O filme começa com uma contextualização que trata os nativos de Oklahoma como nada, enquanto os colonos feito selvagem partem numa corrida pra usurpar as terras dos indígenas. Insensível ao extremo, mas precisamos considerar o contexto.
O filme me lembrou um pouco o britânico Cavalcade, que se tornaria o próximo vencedor de Melhor Filme no Oscar.
Eu não tive problema com o ritmo da produção, muito pelo contrário, mas tem alguns problemas mais graves.
Apesar das boas atuações, o protagonista desanima por ser um poço de moralismo e hipocrisia. Sem falar no complexo de Mary Sue (ou Gary Stu). O cara é editor, pastor, pistoleiro, advogado, soldado, governador, ativista dos direitos indígenas e até feminista. No fim, ele ainda vira herói. Ha.
Irene Dunne faz o que pode com uma personagem sem graça, que tem um arco de redenção que poderia ser melhor desenvolvido.
Eugene Jackson serve como alívio cômico, antes de ser descartado sem um bom motivo.
Além disso, o roteiro parece muito artificial em alguns momentos (como no segmento de 1890-93) ignorância bem cínica em relação a questões sociais da época. E claro, ufanista demais pra uma história genocida e criminosa, mas isso era a regra.
Olha, não concordo com nenhum dos prêmios que levou, mas não é uma produção terrível e dá pra perceber alguns pontos que o fizeram ganhar como melhor filme em 1932.
Extremamente bobo e sem grandes momentos, o filme não tem bons personagens e o desenvolvimento deles só piora a situação, mas é uma produção simpática.
A revolta frente as regras da sociedade burguesa me fez lembrar L'Age d'Or, do Bunuel. Claro, em um contexto completamente diferente, tanto social quanto narrativo, mas ambos divertidos e com muito a dizer.
O filme é lindo e muito romântico, ainda que eu não consiga torcer pelo casal nem nos meus dias mais inspirados. Como dorme tranquilo ao lado do esposo depois de uma quase tentativa de assassinato? Apesar disso, o filme é tão bem feito (e claramente um projeto apaixonado de todos os envolvidos) que encanta em cada cena.
Eu acho que nem precisa ser um grande expert em cinema pra perceber o quanto a produção é inovadora e influente, tanto em termos de enredo quanto nas técnicas de filmagem. Pra ver e rever.
A Gloria Swanson merecia muito um Oscar pela sua Sadie Thompson, mas depois dessa jornada épica da Janet Gaynor, alguém poderia negar o prêmio a ela? Nunca!
O filme não envelheceu tão bem, mas continua com mais qualidades que defeitos. Eu gostei bastante do tom divertido e sensual, mas isso é tão forte que acaba prejudicando as cenas de carga dramática.
O elenco está muito bem, e o casal protagonista é um dos mais belos que já vi (mas não conseguiram disfarçar nem dois meses a idade do Willian Holden).
Enfim, gostei, mas o filme vai se alongando demais sem aproveitar o tempo para desenvolver a história, e acaba apostando em soluções um pouco constrangedoras.
Filme excepcional, uma grande produção do final da década de 1910 sobre relações de poder entre as classes e os gêneros. Praticamente tudo impressiona.
Inclusive, seria um bom filme para ser revisitado agora que as discussões evoluíram (se bem que Triangle of Sadness é quase isso), pois parece que DeMille não compreendeu tão bem o potencial dos conflitos, ou simplesmente limitou as possibilidades.
Sou apaixonado por Gloria Swanson e pelas escolhas corajosas que fez ao longo da carreira. Tivesse o Oscar sido criado antes, acho que ela teria garantido seu prêmio no início da carreira.
Lauren Bacall está muito divertida e em uma boa sintonia com o Henry Fonda.
Comecei assistindo uma comédia despretensiosa com a Natalie Wood e me deparei com esse grande elenco. Infelizmente, somente o casal principal é bem aproveitado, pois o elenco todo parece ter mais a oferecer.
Aliás, parece que o diretor perdeu um pouco o tato pra comédias, algumas cenas poderiam ser mais precisas, mas gostei do espaço dado ao improviso.
Down with Love, com a Renée Zellweger e Ewan Mcgregor é basicamente um remake.
Apesar de eu não ser muito fã desses recursos de flashback e voiceover, confesso que combinou bem com o filme e com a história. Na verdade, acho que se tem um gênero que essas técnicas podem ser bem empregadas é o noir.
Acredito que o uso do recurso não me incomodou, principalmente, por dois motivos: o texto é muito bem escrito e enriquece muito o tom de mistério da produção.
O filme também acertou muito na escalação do elenco, com a Barbara Stanwyck interpretando um dos papéis mais célebres da Era de Ouro.
A Helen Mirren trabalha bem demais, não importa o papel ou o gênero do filme.
As partes que o filme se leva a sério são muito decepcionantes, e os papos de relacionamento não me interessam muito. Fora isso, é um bom entretenimento pra desligar a mente e assistir.
Produto de seu tempo, com aquele clichê do galã mulherengo com idade pra ser pai e a mocinha inocente apaixonada. Aliás, é um dos poucos filmes que eu assisti em que a diferença de idade é reconhecida explicitamente e comentada.
Apesar disso, o filme conquista e encanta, graças à direção magnífica de Billy Wilder e pelo elenco talentoso. Chevalier está engraçadíssimo e a Audrey comove bastante. Cheguei a lacrimejar no final ainda que não tenha torcido pelo casal ao longo do filme.
Ainda não vi uma performance do Gary Cooper que me desagradou. Um dos maiores de Hollywood.
Um filme bem inteligente, mas a execução pode afastar o espectador em certos momentos. Eu achei a experiência muito imersiva e a construção do texto super sagaz, e o tom debochado só enriquece a história e gera situações muito engraçadas.
Fiquei muito satisfeito com a morte do Mark, mas todos os personagens são irritantes e cabecinhas (em graus diferentes, claro, e talvez com exceção do Franz).
Jean Arthur sempre uma graça de assistir, e o restante do elenco também está muito bem. Ray Milland em seu papel mai engraçado que já vi até agora. O filme é muito bom, divertidísimo e tem legendado de graça no Youtube.
Primeiro, a Ana de Armas interpreta perfeitamente a Marilyn Monroe, não a mulher real, mas essa caricatura que o diretor estava buscando. O filme realmente funciona como um veículo para a atriz, mas a performance perde a força porque o diretor (posso estar sendo injusto, mas é minha percepção) decide usar a produção como um veículo para suas próprias fantasias. Acaba que o filme não emociona, só expõe o sofrimento ao público.
Eu também gosto muito dessa pegada surrealista, pena que nem sempre foi bem empregado. Algumas cenas são de extremo mau gosto, e nem os movimentos de câmera e a montagem inspirados deixa mais palatável. As cenas do feto eu preciso comentar? Puta que pariu, eu quase zerei a nota por conta disso. Chacota demais.
Extremamente longo e desagradável, não é um filme que eu veria novamente ou que merece ser revisitado, na minha humilde opinião. Muito sensacionalista, acaba optando pela espetacularização e pelo fetichismo com o sofrimento da mulher.
Alguns diálogos são muito constrangedores, não exatamente pelo conteúdo, mas porque dá pra perceber que soam menos inteligente do que enunciados pelos personagens. A produção tenta entregar muitos sentimentos e reações, mas tudo fica em segundo plano por conta do extremo mau gosto do roteiro.
Uma pena, tem muita sacada legal que é desperdiçada. Terminei tentando entender se é um trabalho patético de um homem ou um trabalho de um homem patético.
Se o trabalho de edição fosse um pouco mais dinâmico, com uma montagem menos convencional, o filme seria melhor. Isso desvalorizou muito a produção, que tem bastante charme. Queria assistir no cinema sentindo os cheiros, deve ser muito legal.
Elizabeth Taylor em uma pequena ponta não creditada no filme produzido pelo ex-enteado.
Bom filme, mas que poderia ser mais imersivo considerando o clima tenso de guerra. David Farrar impressiona com seu protagonista respeitado, mas frustrado com a vida. Merecia reconhecimento no Oscar com uma indicação, excluiria John Wayne da lista dos indicados facilmente pra incluir Farrar.
Barbara Stanwyck, Fredric March e William Holden são alguns dos atores que mais admiro da Hollywood clássica, e o filme apresenta uma história simples mas bem executada e com um ritmo agradável. Por ser um tema demasiado corporativo, o enredo poderia ser burocrático demais pra despertar o interesse do grande público, mas parece que tudo foi levado em consideração. Daquela turminha de protagonistas idealistas que dificilmente encontraremos na vida / mercado de trabalho / vizinhança, porque somos mais complexos que personagens de filme. Mas ah, esquenta o coração.
Narrativas religiosas não costumam me atrair, mas que filme divertido! Texto muito bom, personagens ótimas e interpretações magníficas. Poitier foi gigante e Lilia Skala não fica atrás aqui.
Nunca achei que fosse possível dar uma nota inferior a 3 a um filme do grande Fritz Lang, mas O Grande Segredo decepciona muito. Filme de espionagem sem qualquer clima de suspense, com eventos conduzidos de forma artificial demais pra acreditarmos na história.
O romance também é muito apressado, com o primeiro contato entre os personagens após 40 minutos de filme, e os atores sem química alguma. Além disso, o protagonista é mal construído demais e, talvez até por isso, digo que essa foi a primeira atuação do Gary Cooper que me desagradou.
Um dos filmes mais medianos que eu já vi na vida, mas nem de longe um dos piores. Tudo decepciona, mas nada deixa a experiência insuportável, apesar de algumas escolhas constrangedoras.
Muito constrangedor pra ficar completamente vidrado no filme o tempo todo, mas muito divertido acompanhar. Não curto essas doideiras escatológicas, mas pareceu natural à história, e as cenas foram muitíssimo bem dirigidas.
Elenco também está muito bom, com uma participação ilustre do Woody Harrelson, ator que gosto muito. Gostei demais do filme, provocativo, engraçado e consistente (mas não gostei do final aberto, nem entendi a escolha).
Jean Gabin é ótimo, mas é o típico filme que valoriza o protagonista por seu forte caráter ético, mas bastam duas palavras pra abaixar o zíper - e o público fica com a missão de simpatizar com as crises consequentes disso. Não cola mais, mas o filme é extremamente bem feito, direção quase impecável.
Cimarron
3.1 36 Assista AgoraO filme começa com uma contextualização que trata os nativos de Oklahoma como nada, enquanto os colonos feito selvagem partem numa corrida pra usurpar as terras dos indígenas. Insensível ao extremo, mas precisamos considerar o contexto.
O filme me lembrou um pouco o britânico Cavalcade, que se tornaria o próximo vencedor de Melhor Filme no Oscar.
Eu não tive problema com o ritmo da produção, muito pelo contrário, mas tem alguns problemas mais graves.
Apesar das boas atuações, o protagonista desanima por ser um poço de moralismo e hipocrisia. Sem falar no complexo de Mary Sue (ou Gary Stu). O cara é editor, pastor, pistoleiro, advogado, soldado, governador, ativista dos direitos indígenas e até feminista. No fim, ele ainda vira herói. Ha.
Irene Dunne faz o que pode com uma personagem sem graça, que tem um arco de redenção que poderia ser melhor desenvolvido.
Eugene Jackson serve como alívio cômico, antes de ser descartado sem um bom motivo.
Além disso, o roteiro parece muito artificial em alguns momentos (como no segmento de 1890-93) ignorância bem cínica em relação a questões sociais da época. E claro, ufanista demais pra uma história genocida e criminosa, mas isso era a regra.
Olha, não concordo com nenhum dos prêmios que levou, mas não é uma produção terrível e dá pra perceber alguns pontos que o fizeram ganhar como melhor filme em 1932.
Asas
4.0 95O Jack carregando o corpo do David ao som de My Buddy é de cortar o coração. A versão restaurada de 2012 é magnífica.
Melodia da Broadway
2.9 48Extremamente bobo e sem grandes momentos, o filme não tem bons personagens e o desenvolvimento deles só piora a situação, mas é uma produção simpática.
Pena que o roteiro é ruim até dizer chega.
Meteorango Kid, Héroi Intergalático
3.6 45A revolta frente as regras da sociedade burguesa me fez lembrar L'Age d'Or, do Bunuel. Claro, em um contexto completamente diferente, tanto social quanto narrativo, mas ambos divertidos e com muito a dizer.
Aurora
4.4 205 Assista AgoraO filme é lindo e muito romântico, ainda que eu não consiga torcer pelo casal nem nos meus dias mais inspirados. Como dorme tranquilo ao lado do esposo depois de uma quase tentativa de assassinato? Apesar disso, o filme é tão bem feito (e claramente um projeto apaixonado de todos os envolvidos) que encanta em cada cena.
Eu acho que nem precisa ser um grande expert em cinema pra perceber o quanto a produção é inovadora e influente, tanto em termos de enredo quanto nas técnicas de filmagem. Pra ver e rever.
A Gloria Swanson merecia muito um Oscar pela sua Sadie Thompson, mas depois dessa jornada épica da Janet Gaynor, alguém poderia negar o prêmio a ela? Nunca!
Férias de Amor
3.6 29 Assista AgoraO filme não envelheceu tão bem, mas continua com mais qualidades que defeitos. Eu gostei bastante do tom divertido e sensual, mas isso é tão forte que acaba prejudicando as cenas de carga dramática.
O elenco está muito bem, e o casal protagonista é um dos mais belos que já vi (mas não conseguiram disfarçar nem dois meses a idade do Willian Holden).
Enfim, gostei, mas o filme vai se alongando demais sem aproveitar o tempo para desenvolver a história, e acaba apostando em soluções um pouco constrangedoras.
Miragem
3.6 8 Assista AgoraVisualmente, o filme é maravilhoso e muito inspirado, mas faltou mais cuidado no roteiro.
Macho e Fêmea
3.9 5Filme excepcional, uma grande produção do final da década de 1910 sobre relações de poder entre as classes e os gêneros. Praticamente tudo impressiona.
Inclusive, seria um bom filme para ser revisitado agora que as discussões evoluíram (se bem que Triangle of Sadness é quase isso), pois parece que DeMille não compreendeu tão bem o potencial dos conflitos, ou simplesmente limitou as possibilidades.
Sou apaixonado por Gloria Swanson e pelas escolhas corajosas que fez ao longo da carreira. Tivesse o Oscar sido criado antes, acho que ela teria garantido seu prêmio no início da carreira.
Médica, Bonita E Solteira
3.6 15 Assista AgoraLauren Bacall está muito divertida e em uma boa sintonia com o Henry Fonda.
Comecei assistindo uma comédia despretensiosa com a Natalie Wood e me deparei com esse grande elenco. Infelizmente, somente o casal principal é bem aproveitado, pois o elenco todo parece ter mais a oferecer.
Aliás, parece que o diretor perdeu um pouco o tato pra comédias, algumas cenas poderiam ser mais precisas, mas gostei do espaço dado ao improviso.
Down with Love, com a Renée Zellweger e Ewan Mcgregor é basicamente um remake.
Pacto de Sangue
4.3 247 Assista AgoraApesar de eu não ser muito fã desses recursos de flashback e voiceover, confesso que combinou bem com o filme e com a história. Na verdade, acho que se tem um gênero que essas técnicas podem ser bem empregadas é o noir.
Acredito que o uso do recurso não me incomodou, principalmente, por dois motivos: o texto é muito bem escrito e enriquece muito o tom de mistério da produção.
O filme também acertou muito na escalação do elenco, com a Barbara Stanwyck interpretando um dos papéis mais célebres da Era de Ouro.
RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos
3.4 457 Assista AgoraA Helen Mirren trabalha bem demais, não importa o papel ou o gênero do filme.
As partes que o filme se leva a sério são muito decepcionantes, e os papos de relacionamento não me interessam muito. Fora isso, é um bom entretenimento pra desligar a mente e assistir.
Amor na Tarde
4.0 98 Assista AgoraProduto de seu tempo, com aquele clichê do galã mulherengo com idade pra ser pai e a mocinha inocente apaixonada. Aliás, é um dos poucos filmes que eu assisti em que a diferença de idade é reconhecida explicitamente e comentada.
Apesar disso, o filme conquista e encanta, graças à direção magnífica de Billy Wilder e pelo elenco talentoso. Chevalier está engraçadíssimo e a Audrey comove bastante. Cheguei a lacrimejar no final ainda que não tenha torcido pelo casal ao longo do filme.
Ainda não vi uma performance do Gary Cooper que me desagradou. Um dos maiores de Hollywood.
Casamento Sangrento
3.5 947 Assista AgoraDivertido e engraçado, dei mais 0.5 pelo final inesperado kkkkk Passei o filme todo chamando o povo de burro por acreditar na lenda
A Terceira Geração
3.6 20Um filme bem inteligente, mas a execução pode afastar o espectador em certos momentos. Eu achei a experiência muito imersiva e a construção do texto super sagaz, e o tom debochado só enriquece a história e gera situações muito engraçadas.
Fiquei muito satisfeito com a morte do Mark, mas todos os personagens são irritantes e cabecinhas (em graus diferentes, claro, e talvez com exceção do Franz).
Garota de Sorte
3.9 8Jean Arthur sempre uma graça de assistir, e o restante do elenco também está muito bem. Ray Milland em seu papel mai engraçado que já vi até agora. O filme é muito bom, divertidísimo e tem legendado de graça no Youtube.
Blonde
2.6 443 Assista AgoraMuito desonesto dizer que é uma cinebiografia, mas a produção não é completamente vazia de qualidades.
Primeiro, a Ana de Armas interpreta perfeitamente a Marilyn Monroe, não a mulher real, mas essa caricatura que o diretor estava buscando. O filme realmente funciona como um veículo para a atriz, mas a performance perde a força porque o diretor (posso estar sendo injusto, mas é minha percepção) decide usar a produção como um veículo para suas próprias fantasias. Acaba que o filme não emociona, só expõe o sofrimento ao público.
Eu também gosto muito dessa pegada surrealista, pena que nem sempre foi bem empregado. Algumas cenas são de extremo mau gosto, e nem os movimentos de câmera e a montagem inspirados deixa mais palatável. As cenas do feto eu preciso comentar? Puta que pariu, eu quase zerei a nota por conta disso. Chacota demais.
Extremamente longo e desagradável, não é um filme que eu veria novamente ou que merece ser revisitado, na minha humilde opinião. Muito sensacionalista, acaba optando pela espetacularização e pelo fetichismo com o sofrimento da mulher.
Alguns diálogos são muito constrangedores, não exatamente pelo conteúdo, mas porque dá pra perceber que soam menos inteligente do que enunciados pelos personagens. A produção tenta entregar muitos sentimentos e reações, mas tudo fica em segundo plano por conta do extremo mau gosto do roteiro.
Uma pena, tem muita sacada legal que é desperdiçada. Terminei tentando entender se é um trabalho patético de um homem ou um trabalho de um homem patético.
Scent of Mystery
2.8 1Se o trabalho de edição fosse um pouco mais dinâmico, com uma montagem menos convencional, o filme seria melhor. Isso desvalorizou muito a produção, que tem bastante charme. Queria assistir no cinema sentindo os cheiros, deve ser muito legal.
Elizabeth Taylor em uma pequena ponta não creditada no filme produzido pelo ex-enteado.
De Volta ao Pequeno Apartamento
3.4 5Bom filme, mas que poderia ser mais imersivo considerando o clima tenso de guerra. David Farrar impressiona com seu protagonista respeitado, mas frustrado com a vida. Merecia reconhecimento no Oscar com uma indicação, excluiria John Wayne da lista dos indicados facilmente pra incluir Farrar.
Um Homem e Dez Destinos
3.6 2 Assista AgoraBarbara Stanwyck, Fredric March e William Holden são alguns dos atores que mais admiro da Hollywood clássica, e o filme apresenta uma história simples mas bem executada e com um ritmo agradável. Por ser um tema demasiado corporativo, o enredo poderia ser burocrático demais pra despertar o interesse do grande público, mas parece que tudo foi levado em consideração. Daquela turminha de protagonistas idealistas que dificilmente encontraremos na vida / mercado de trabalho / vizinhança, porque somos mais complexos que personagens de filme. Mas ah, esquenta o coração.
Uma Voz nas Sombras
3.8 46 Assista AgoraNarrativas religiosas não costumam me atrair, mas que filme divertido! Texto muito bom, personagens ótimas e interpretações magníficas. Poitier foi gigante e Lilia Skala não fica atrás aqui.
O Grande Segredo
3.7 22 Assista AgoraNunca achei que fosse possível dar uma nota inferior a 3 a um filme do grande Fritz Lang, mas O Grande Segredo decepciona muito. Filme de espionagem sem qualquer clima de suspense, com eventos conduzidos de forma artificial demais pra acreditarmos na história.
O romance também é muito apressado, com o primeiro contato entre os personagens após 40 minutos de filme, e os atores sem química alguma. Além disso, o protagonista é mal construído demais e, talvez até por isso, digo que essa foi a primeira atuação do Gary Cooper que me desagradou.
O Ilusionista
3.8 1,4K Assista AgoraUm dos filmes mais medianos que eu já vi na vida, mas nem de longe um dos piores. Tudo decepciona, mas nada deixa a experiência insuportável, apesar de algumas escolhas constrangedoras.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraMuito constrangedor pra ficar completamente vidrado no filme o tempo todo, mas muito divertido acompanhar. Não curto essas doideiras escatológicas, mas pareceu natural à história, e as cenas foram muitíssimo bem dirigidas.
Elenco também está muito bom, com uma participação ilustre do Woody Harrelson, ator que gosto muito. Gostei demais do filme, provocativo, engraçado e consistente (mas não gostei do final aberto, nem entendi a escolha).
Águas Tempestuosas
3.4 1Jean Gabin é ótimo, mas é o típico filme que valoriza o protagonista por seu forte caráter ético, mas bastam duas palavras pra abaixar o zíper - e o público fica com a missão de simpatizar com as crises consequentes disso. Não cola mais, mas o filme é extremamente bem feito, direção quase impecável.