Filme pouco lembrado do grande mestre, mas notável pelo domínio narrativo e pela elegante direção. A reviravolta e a mudança de tom da última terça parte é o ponto alto do filme. Faz até esquecer a fama de romance açucarado que o filme (injustamente!) tem.
Raridade encontrada e assistida! Fraca como comédia pastelão, mas se salva pelo "filme dentro do filme", pela presença do lendário Kirk Douglas e pelo voyeurismo característico depalmiano. Em tempo, a trilha chatinha foi muito mal trabalhada.
Hitchcock teria ficado orgulhoso com a primeira parte do filme, que enfoca o tema do voyeurismo! A segunda, seguindo uma linha temática diferente, acerta na veia crítica à guerra do Vietnã, ao radicalismo, ao racismo. Sem contar que De Niro era talentosíssimo, mesmo antes da consagração.
Como pano de fundo à forte amizade entre as duas mulheres vai se tecendo um panorama do papel da mulher frente a uma sociedade machista (não muito diferente do que temos - ainda - nos dias de hoje). A narrativa leve, entremeada pelos flashbacks (também interessantes), se desenvolve de maneira a mostrar que as mudanças de papel de gênero são possíveis.
Quando Um Corpo que Cai encontra Édipo Rei. Obra corajosa para a época, cujo o maior mérito, mostrar a culpa de um homem (personagem em muito beneficiado pelos olhos constantemente marejados do ator que o interpreta, não por seus méritos de atuação), resulta num epílogo em aberto, no mínimo perturbador.
Pastiche musical que remete à Rocky Horror Picture Show, tendo como ingredientes O Fantasma da Ópera, Fausto, rock da melhor qualidade (ótimas canções!), e até uma referência desgarrada à Psicose. O clima meio lisérgico, meio experimental faz valer a pena a conferida.
Trata-se de um adoçado romance, certo? Certo. Mas sob a direção elegante de um Hitchcock, até o mais sem graça plot se torna fenomenal. Aqui em muito ajuda os planos sequências, close constante na cara dos atores destacando as boas atuações, a trilha opressiva e as inesperadas viradas. O velho Hitch sempre sabia o que fazia.
Crítica e sátira à Guerra do Vietnã se misturam para formar uma obra fragmentada e inesperadamente contundente, que faz todo o sentido quando analisada de forma integral. Temos também um Robert De Niro que rouba a cena sempre que surge em tela, anos antes das suas atuações consagradas. No mínimo uma experiência curiosa.
Nada como revisar um obra e descobrir que ela só melhora com o tempo! Aquela cena de abertura, mostrando o momento da descoberta sexual, que bonita, tocante! Mais a famosa cena do baile, misto de poesia e violência visual (com a cor vermelha estourando na saturação, em complemento à fotografia avermelhada de todo o filme), formam os pontos altos do filme.
A jornada de uma mulher em busca de sua própria redenção, em uma viagem de penitência e auto descoberta. Dentre todas as qualidades e acertos do filme está o uso das canções, que transmitem todos os sentimentos, pensamentos e experiências sensoriais da personagem (abundam as sensações, o contato com a natureza), enquanto somos jogados de modo episódico a sua vida, a sua culpa e seu sofrimento. Se a personagem encontra a resposta para sua pergunta ao final do filme? O mais importante é o caminho...
Mesmo as coincidências forçadas não tiram o mérito deste tenso thriller, com Cruise em grande atuação, equilibrando muito bem o tom de ameaça e profundidade do seu personagem. A fotografia e o trabalho meticuloso com o som se destacam.
Filme triste sobre a perda da autonomia, do controle sobre a mente, e até do direito sobre a própria vida e morte. Julianne Moore mostra o poder devastador do Mal de Alzheimer, numa atuação arrebatadora, fazendo merecer o recém ganho Oscar. Difícil conter as lágrimas lá pelas tantas.
Ótimo filme sobre vingança, em que nunca sabemos onde o ponto de partida vai dar. Como toda história de segmentos, tem seus altos e baixos. A história do restaurante parece estar incompleta, e a última, por mais catártica que seja, poderia ter menor duração.
História de humor negro sobre um corpo e a desastrada (e quase impossível) tentativa de explicar o inexplicável. Trata-se do subtema do álibi ideal, tantas vezes abordado elegantemente por Hitchcock. Pode não ser o melhor filme do mestre, mas a paisagem bucólica em muito contribui para a beleza visual do filme e, no mais, Shirley MacLaine sempre uma gracinha!
Com a primeira metade se detendo sobre a construção do vínculo dos personagens (momento fantástico e eficientemente ambientado que remete à Era uma Vez na América, uma história de crimes e amizade que atravessa décadas), a segunda lamentavelmente se transforma num drama de tribunal, com andamento sensivelmente mais lento e desinteressante. No geral, não é um filme ruim, apenas uma obra que tinha potencial para se tornar um clássico moderno, no que foi mal sucedido. A melhor coisa do filme é o belo, comovente e espontâneo epílogo.
Repleto de sequências surtadas, como a cena da igreja ao som de Lynyrd Skynyrd. A quase ausência de sangue peca contra o filme, tornando-o asséptico, mas a violência estilizada e cartunesca compensa.
Poderosa abordagem que desconstrói mitos e ilusões, para mostrar as inadequações e o pessimismo de uma geração. Talvez, o mito da caverna de Platão seja a melhor referência para representar a busca por uma identidade própria dos personagens, ainda que o que predomine seja a incompreensão geral do meio. A cena do aquário é metaforicamente primorosa e, junto com as outras experimentações estilísticas que são usadas, tornam esse filme uma subestimada obra prima.
Prelúdio que explica algumas pontas soltas da série, com uma linguagem mais ousada (o que inclui, por exemplo, cenas de sexo proibitivas para a TV) e um enfoque maior na construção da personalidade de Laura Palmer (deixada de lado em meados da segunda temporada). Peca apenas por estender um tanto a participação do agente Cooper, que por mais carismático que seja, deveria ter uma participação mais discreta.
Filme tardio sobre a guerra do Vietnã, não tão conhecido como outros exemplares cultuados do gênero (Platoon, por exemplo), mas quase tão bom quanto. Com a vantagem de ter a classe e a estética característica da direção de Brian De Palma, e a belíssima trilha do maestro Ennio Morricone, demarcando os pontos altos do filme (na sequência que envolve o soldado Brown, e a lírica cena final). Faz pensar que tudo fica melhor com Morricone na trilha.
Retrato fiel e ainda atual de uma juventude em busca de um lugar no mundo, de um sentimento de pertença a determinado grupo social. Os ângulos de câmera inusitados contribuem para transmitir a sensação de deslocamento dos personagens, ao mesmo tempo em que a bela fotografia revela o lado humano desses jovens.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
4.2 359 Assista AgoraFilme pouco lembrado do grande mestre, mas notável pelo domínio narrativo e pela elegante direção. A reviravolta e a mudança de tom da última terça parte é o ponto alto do filme. Faz até esquecer a fama de romance açucarado que o filme (injustamente!) tem.
Terapia de Doidos
2.8 8Raridade encontrada e assistida! Fraca como comédia pastelão, mas se salva pelo "filme dentro do filme", pela presença do lendário Kirk Douglas e pelo voyeurismo característico depalmiano. Em tempo, a trilha chatinha foi muito mal trabalhada.
Olá, Mamãe!
3.4 35 Assista AgoraHitchcock teria ficado orgulhoso com a primeira parte do filme, que enfoca o tema do voyeurismo! A segunda, seguindo uma linha temática diferente, acerta na veia crítica à guerra do Vietnã, ao radicalismo, ao racismo. Sem contar que De Niro era talentosíssimo, mesmo antes da consagração.
Tomates Verdes Fritos
4.2 1,3K Assista AgoraComo pano de fundo à forte amizade entre as duas mulheres vai se tecendo um panorama do papel da mulher frente a uma sociedade machista (não muito diferente do que temos - ainda - nos dias de hoje). A narrativa leve, entremeada pelos flashbacks (também interessantes), se desenvolve de maneira a mostrar que as mudanças de papel de gênero são possíveis.
Quem Tudo Quer, Tudo Perde
3.0 7Paródia meio boba dos filmes de máfia.
Trágica Obsessão
3.8 60Quando Um Corpo que Cai encontra Édipo Rei. Obra corajosa para a época, cujo o maior mérito, mostrar a culpa de um homem (personagem em muito beneficiado pelos olhos constantemente marejados do ator que o interpreta, não por seus méritos de atuação), resulta num epílogo em aberto, no mínimo perturbador.
O Fantasma do Paraíso
3.8 104Pastiche musical que remete à Rocky Horror Picture Show, tendo como ingredientes O Fantasma da Ópera, Fausto, rock da melhor qualidade (ótimas canções!), e até uma referência desgarrada à Psicose. O clima meio lisérgico, meio experimental faz valer a pena a conferida.
Sob o Signo de Capricórnio
3.3 63 Assista AgoraTrata-se de um adoçado romance, certo? Certo. Mas sob a direção elegante de um Hitchcock, até o mais sem graça plot se torna fenomenal. Aqui em muito ajuda os planos sequências, close constante na cara dos atores destacando as boas atuações, a trilha opressiva e as inesperadas viradas. O velho Hitch sempre sabia o que fazia.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Segunda vez!
Quem Anda Cantando Nossas Mulheres
3.1 22 Assista AgoraCrítica e sátira à Guerra do Vietnã se misturam para formar uma obra fragmentada e inesperadamente contundente, que faz todo o sentido quando analisada de forma integral. Temos também um Robert De Niro que rouba a cena sempre que surge em tela, anos antes das suas atuações consagradas. No mínimo uma experiência curiosa.
Terapia de Doidos
2.8 8Raridade, não tem torrents na internet!
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraNada como revisar um obra e descobrir que ela só melhora com o tempo! Aquela cena de abertura, mostrando o momento da descoberta sexual, que bonita, tocante! Mais a famosa cena do baile, misto de poesia e violência visual (com a cor vermelha estourando na saturação, em complemento à fotografia avermelhada de todo o filme), formam os pontos altos do filme.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraA jornada de uma mulher em busca de sua própria redenção, em uma viagem de penitência e auto descoberta. Dentre todas as qualidades e acertos do filme está o uso das canções, que transmitem todos os sentimentos, pensamentos e experiências sensoriais da personagem (abundam as sensações, o contato com a natureza), enquanto somos jogados de modo episódico a sua vida, a sua culpa e seu sofrimento. Se a personagem encontra a resposta para sua pergunta ao final do filme? O mais importante é o caminho...
Colateral
3.6 613 Assista AgoraMesmo as coincidências forçadas não tiram o mérito deste tenso thriller, com Cruise em grande atuação, equilibrando muito bem o tom de ameaça e profundidade do seu personagem. A fotografia e o trabalho meticuloso com o som se destacam.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraFilme triste sobre a perda da autonomia, do controle sobre a mente, e até do direito sobre a própria vida e morte. Julianne Moore mostra o poder devastador do Mal de Alzheimer, numa atuação arrebatadora, fazendo merecer o recém ganho Oscar. Difícil conter as lágrimas lá pelas tantas.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraÓtimo filme sobre vingança, em que nunca sabemos onde o ponto de partida vai dar. Como toda história de segmentos, tem seus altos e baixos. A história do restaurante parece estar incompleta, e a última, por mais catártica que seja, poderia ter menor duração.
O Terceiro Tiro
3.7 145História de humor negro sobre um corpo e a desastrada (e quase impossível) tentativa de explicar o inexplicável. Trata-se do subtema do álibi ideal, tantas vezes abordado elegantemente por Hitchcock. Pode não ser o melhor filme do mestre, mas a paisagem bucólica em muito contribui para a beleza visual do filme e, no mais, Shirley MacLaine sempre uma gracinha!
Samurai X: Inferno de Kyoto
4.1 176 Assista AgoraBom entretenimento de fim de noite!
Sleepers: A Vingança Adormecida
3.9 465 Assista AgoraCom a primeira metade se detendo sobre a construção do vínculo dos personagens (momento fantástico e eficientemente ambientado que remete à Era uma Vez na América, uma história de crimes e amizade que atravessa décadas), a segunda lamentavelmente se transforma num drama de tribunal, com andamento sensivelmente mais lento e desinteressante. No geral, não é um filme ruim, apenas uma obra que tinha potencial para se tornar um clássico moderno, no que foi mal sucedido. A melhor coisa do filme é o belo, comovente e espontâneo epílogo.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraRepleto de sequências surtadas, como a cena da igreja ao som de Lynyrd Skynyrd. A quase ausência de sangue peca contra o filme, tornando-o asséptico, mas a violência estilizada e cartunesca compensa.
O Selvagem da Motocicleta
4.0 227 Assista AgoraPoderosa abordagem que desconstrói mitos e ilusões, para mostrar as inadequações e o pessimismo de uma geração. Talvez, o mito da caverna de Platão seja a melhor referência para representar a busca por uma identidade própria dos personagens, ainda que o que predomine seja a incompreensão geral do meio. A cena do aquário é metaforicamente primorosa e, junto com as outras experimentações estilísticas que são usadas, tornam esse filme uma subestimada obra prima.
Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
3.9 273 Assista AgoraPrelúdio que explica algumas pontas soltas da série, com uma linguagem mais ousada (o que inclui, por exemplo, cenas de sexo proibitivas para a TV) e um enfoque maior na construção da personalidade de Laura Palmer (deixada de lado em meados da segunda temporada). Peca apenas por estender um tanto a participação do agente Cooper, que por mais carismático que seja, deveria ter uma participação mais discreta.
Pecados de Guerra
3.8 154 Assista AgoraFilme tardio sobre a guerra do Vietnã, não tão conhecido como outros exemplares cultuados do gênero (Platoon, por exemplo), mas quase tão bom quanto. Com a vantagem de ter a classe e a estética característica da direção de Brian De Palma, e a belíssima trilha do maestro Ennio Morricone, demarcando os pontos altos do filme (na sequência que envolve o soldado Brown, e a lírica cena final). Faz pensar que tudo fica melhor com Morricone na trilha.
Vidas Sem Rumo
3.8 259Retrato fiel e ainda atual de uma juventude em busca de um lugar no mundo, de um sentimento de pertença a determinado grupo social. Os ângulos de câmera inusitados contribuem para transmitir a sensação de deslocamento dos personagens, ao mesmo tempo em que a bela fotografia revela o lado humano desses jovens.