O protagonista encarna magistralmente a figura do assassino objetivo, frio e calculista, num filme de poucas palavras e silêncios significativos. Em acréscimo, a construção de tensão em algumas cenas (vide a sequência da tentativa da polícia em identificar o matador em meio aos suspeitos) contribuem com a atmosfera noir, que remete aos melhores clássicos em preto e branco.
Tímida e mal sucedida tentativa de fugir do filme de guerra convencional. Ter mais violência do que a média dos filmes do gênero, e ter batalha de tanques (não, tanques se enfrentando com tiros iluminados não é emocionante!), não fazem um ótimo filme. Para piorar a situação, furos de um roteiro que por vezes não sabe para onde ir (a alemã se apaixonar tão rápido pelo personagem do Logan foi muito sem noção!) e atuações medianas (Logan Lerman com a cara de paspalho de sempre e Shia LaBeouf, que parece só chorar) marcam negativamente o filme. Se salva pouca coisa: Jon “Shane” Bernthal atua bem e o espírito de camaradagem da equipe no ato final casa perfeitamente com o clima do filme. Nota 3 de 5.
Perfeita construção de uma atmosfera pesada e sufocante, em que muito contribui a câmera "colada" com o rosto dos personagens (talvez tentando mostrar com toda crueza possível os seus sentimentos). Como não ficar tenso em certas cenas, como na fuga da personagem? Como não ficar aterrorizado com aquele final impactante? Grande atuação da Mia Farrow e a metáfora da dominação machista dos homens sobre as mulheres complementam este filmaço!
Da época em que o Brian De Palma trabalhava com a nata de Hollywood. Dessa vez, numa obra menor, que embora apresente elementos consagrados do estilo do diretor (a perspectiva em primeira pessoa em algumas cenas, a tela dividida mostrando acontecimentos simultâneos, a femme fatale; tudo o que define o De Palma está lá), não deixa de ser um retrocesso na filmografia única do diretor. Talvez por ser uma comédia quase kafkiana, talvez por seguir a linha dos contos morais. Salvam-se (algumas) atuações: Morgan Freeman atua com esmero e autenticidade, ao contrário do Tom Hanks, que parece ter encarnado os personagens pastelão das suas comédias oitentistas. Nota 3,5 com jeitão de 3,0.
Diálogos rápidos e instigantes marcam este romance, que tem como palco a Paris tomada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Impossível não torcer pelos personagens, por um final feliz
Andamento um tantinho lento, o que é compensado pelas ótimas atuações, de praticamente todo o elenco (e nem se deve exclusivamente à pesada maquiagem usada pelos atores). Certamente não será um filme que cairá no gosto geral, mas que pelo menos revela um ótimo trabalho dos atores em encarnar os personagens o mais fielmente possível.
Benedict Cumberbatch, esse monstro da atuação, nos brinda com uma representação precisa do arrogante, isolado e perturbado Alan Turing, pai da computação. Interessante como o filme desenvolve a premissa da angústia de Turing ao guardar um segredo "maior" (a possibilidade de quebrar o código nazista), em detrimento do segredo mais intimista, o seu próprio segredo (sua escondida homossexualidade), num equilibrado jogo de idas e vindas no tempo. Uma homenagem mais do que justa a um gênio.
Filme interessante sobre uma família "disfuncional", com seus problemas e conflitos (de dificuldades financeiras às briguinhas corriqueiras entre os irmãos), e indo mais além, apresentando uma panorama da cultura negra americana, embalado ao som de uma linda trilha sonora. Difícil não se identificar ao menos em pequena escala com alguns dos hábitos e costumes da família. Acima de tudo um filme sobre amadurecimento. Os 20 minutos finais são de cortar o coração!
Aventura com ritmo vertiginoso a princípio, que tenta amarrar cientificamente a questão das viagens do tempo. Lá pelas tantas perde o ritmo e se torna repetitiva. Só para fãs do gênero.
Até que ponto pode ir a obsessão de dois homens pela honra e violência? A ambientação é um primor e Harvey Keitel, como sempre, dando um show de atuação, tudo isso em cenas tensas, que literalmente prendem do início ao fim a atenção, e um final extremamente inventivo. Ridley Scott não faz filmes como antes!
Num filme em que a química do casal nunca de perde, sustentado por um roteiro que humaniza os personagens, e com cenas de ação soberbamente construídas, este exemplar do cinema americano tem todos os motivos do mundo para merecer chamado de clássico. Destaque para a sensualidade despretensiosa de Faye Dunaway... Não é a toa que Clyde se perde por ela.
Filme que se ancora nas atuações e nas interações inspiradas entre os protagonistas. A abordagem de temas polêmicos, como discriminação racial e bioética em pesquisa científica, garantem uma discussão rica e atual. Super relevante!
Simpática animação, com um subtexto nas entrelinhas sobre autoestima, e a percepção que achamos que os outros têm sobre nós (representado principalmente no personagem do Ash). O estilo é o de sempre: Wes Anderson se sentindo a vontade para fazer o que de melhor sabe fazer, narrativas repletas de recursos visuais que encantam e tornam a história altamente atrativa (por mais insípida que seja, em conteúdo).
Este filme prova que Almodóvar sabe tratar temas pesados (luto e sexualidade, só para ficar nos mais evidentes) de forma acessível. Somado a isso, pode-se dizer que o diretor entende com toda a sensibilidade possível, com as suas nuances, a alma feminina.
As coincidências inexplicáveis do roteiro não chegam a comprometer. Merece cada ponto na média atual no Filmow.
Os clichês e frases de efeito não chegam a comprometer essa história sobre a determinação de um homem, em meio a Segunda Grande Guerra Mundial. Jack O'Connell consegue passar satisfatoriamente toda a força de vontade que o personagem demonstra. Destaque para os dias vividos no mar, à deriva. A tensão criada em torno da sobrevivência dos três rapazes é o ponto alto do filme. Seu ponto desfavorável é o clímax com o
Roteiro melhor resolvido que no filme anterior, uma maior participação do carismático Q, e cenas de ação vertiginosas garantem uma ótima aventura do 007. Ressalva apenas para o fato da boa ideia do 007 agir à revelia do Serviço Secreto ter sido "esquecida" no filme.
Mesmo com um pouco do charme do Connery, e vivendo situações absurdas a la Moore, parece que Timothy Dalton sempre será conhecido como o Bond dos gadgets. Isso, é claro, se não for lembrado como um 007 inferior aos seus antecessores. O filme é equilibrado na cenas de ação, e algumas renovações, como a nova atriz que interpreta a Moneypenny, vieram para bem. Divertido, mas não marcante.
Com uma extensa galeria de personagens bizarros, e uma narrativa em que o mais importante é a linguagem visual, Park Chan cria um filme vigoroso e violento sobre vingança.
P.s.: Park Chan Wook não deve ser reconhecido apenas por Oldboy!
Divertida animação, com personagens carismáticos, e aquela dinamicidade típica das melhores aventuras. Única ressalva: um final mais impactante talvez a tornasse um novo clássico!
Até que ponto você é capaz de se superar para se tornar o melhor?
É em torno dessa instigante questão que Whiplash se ancora. Um filme que fala da música - com coração - sem parecer um pseudo musical desinteressante. Com um pano de fundo que toca no doloroso assunto das inseguranças da escolha profissional e falta de apoio da família (comum na vida dos adolescentes). Atuações memoráveis e sinceras de todo elenco (J.K. Simmons está um filho da mãe!).
Aqui nós temos a figura dos vampiros lascivos, sedutores no sentido sexual da palavra. A sutil sugestão de homossexualidade entre os personagens do Pitt e do Cruise já garantem uma adaptação minimamente diferente, somando também a discussão em torno do peso da imortalidade na construção da personalidade e da motivação dos personagens.
Pena que a obra de Anne Rice ainda ganharia uma adaptação ingrata com A Rainha dos Condenados.
O Samurai
4.2 145O protagonista encarna magistralmente a figura do assassino objetivo, frio e calculista, num filme de poucas palavras e silêncios significativos. Em acréscimo, a construção de tensão em algumas cenas (vide a sequência da tentativa da polícia em identificar o matador em meio aos suspeitos) contribuem com a atmosfera noir, que remete aos melhores clássicos em preto e branco.
Prova de Vida
3.0 61 Assista AgoraFilme de ação com pretensão a drama de atuações, que no mais, vem a ser justamente o seu forte. Termina por ser arrastado demais, e ter ação de menos.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraTímida e mal sucedida tentativa de fugir do filme de guerra convencional. Ter mais violência do que a média dos filmes do gênero, e ter batalha de tanques (não, tanques se enfrentando com tiros iluminados não é emocionante!), não fazem um ótimo filme. Para piorar a situação, furos de um roteiro que por vezes não sabe para onde ir (a alemã se apaixonar tão rápido pelo personagem do Logan foi muito sem noção!) e atuações medianas (Logan Lerman com a cara de paspalho de sempre e Shia LaBeouf, que parece só chorar) marcam negativamente o filme. Se salva pouca coisa: Jon “Shane” Bernthal atua bem e o espírito de camaradagem da equipe no ato final casa perfeitamente com o clima do filme. Nota 3 de 5.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraPerfeita construção de uma atmosfera pesada e sufocante, em que muito contribui a câmera "colada" com o rosto dos personagens (talvez tentando mostrar com toda crueza possível os seus sentimentos). Como não ficar tenso em certas cenas, como na fuga da personagem? Como não ficar aterrorizado com aquele final impactante? Grande atuação da Mia Farrow e a metáfora da dominação machista dos homens sobre as mulheres complementam este filmaço!
A Fogueira das Vaidades
3.0 90 Assista AgoraDa época em que o Brian De Palma trabalhava com a nata de Hollywood. Dessa vez, numa obra menor, que embora apresente elementos consagrados do estilo do diretor (a perspectiva em primeira pessoa em algumas cenas, a tela dividida mostrando acontecimentos simultâneos, a femme fatale; tudo o que define o De Palma está lá), não deixa de ser um retrocesso na filmografia única do diretor. Talvez por ser uma comédia quase kafkiana, talvez por seguir a linha dos contos morais. Salvam-se (algumas) atuações: Morgan Freeman atua com esmero e autenticidade, ao contrário do Tom Hanks, que parece ter encarnado os personagens pastelão das suas comédias oitentistas. Nota 3,5 com jeitão de 3,0.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraDiálogos rápidos e instigantes marcam este romance, que tem como palco a Paris tomada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Impossível não torcer pelos personagens, por um final feliz
(que não ocorre de todo)
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 808 Assista AgoraAndamento um tantinho lento, o que é compensado pelas ótimas atuações, de praticamente todo o elenco (e nem se deve exclusivamente à pesada maquiagem usada pelos atores). Certamente não será um filme que cairá no gosto geral, mas que pelo menos revela um ótimo trabalho dos atores em encarnar os personagens o mais fielmente possível.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraBenedict Cumberbatch, esse monstro da atuação, nos brinda com uma representação precisa do arrogante, isolado e perturbado Alan Turing, pai da computação. Interessante como o filme desenvolve a premissa da angústia de Turing ao guardar um segredo "maior" (a possibilidade de quebrar o código nazista), em detrimento do segredo mais intimista, o seu próprio segredo (sua escondida homossexualidade), num equilibrado jogo de idas e vindas no tempo. Uma homenagem mais do que justa a um gênio.
Crooklyn - Uma Família de Pernas pro Ar
3.8 36 Assista AgoraFilme interessante sobre uma família "disfuncional", com seus problemas e conflitos (de dificuldades financeiras às briguinhas corriqueiras entre os irmãos), e indo mais além, apresentando uma panorama da cultura negra americana, embalado ao som de uma linda trilha sonora. Difícil não se identificar ao menos em pequena escala com alguns dos hábitos e costumes da família. Acima de tudo um filme sobre amadurecimento. Os 20 minutos finais são de cortar o coração!
Linha do Tempo
3.0 133 Assista AgoraAventura com ritmo vertiginoso a princípio, que tenta amarrar cientificamente a questão das viagens do tempo. Lá pelas tantas perde o ritmo e se torna repetitiva. Só para fãs do gênero.
Os Duelistas
3.8 56 Assista AgoraAté que ponto pode ir a obsessão de dois homens pela honra e violência? A ambientação é um primor e Harvey Keitel, como sempre, dando um show de atuação, tudo isso em cenas tensas, que literalmente prendem do início ao fim a atenção, e um final extremamente inventivo. Ridley Scott não faz filmes como antes!
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista AgoraNum filme em que a química do casal nunca de perde, sustentado por um roteiro que humaniza os personagens, e com cenas de ação soberbamente construídas, este exemplar do cinema americano tem todos os motivos do mundo para merecer chamado de clássico. Destaque para a sensualidade despretensiosa de Faye Dunaway... Não é a toa que Clyde se perde por ela.
Quase Deuses
4.2 498 Assista AgoraFilme que se ancora nas atuações e nas interações inspiradas entre os protagonistas. A abordagem de temas polêmicos, como discriminação racial e bioética em pesquisa científica, garantem uma discussão rica e atual. Super relevante!
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 933 Assista AgoraSimpática animação, com um subtexto nas entrelinhas sobre autoestima, e a percepção que achamos que os outros têm sobre nós (representado principalmente no personagem do Ash). O estilo é o de sempre: Wes Anderson se sentindo a vontade para fazer o que de melhor sabe fazer, narrativas repletas de recursos visuais que encantam e tornam a história altamente atrativa (por mais insípida que seja, em conteúdo).
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraEste filme prova que Almodóvar sabe tratar temas pesados (luto e sexualidade, só para ficar nos mais evidentes) de forma acessível. Somado a isso, pode-se dizer que o diretor entende com toda a sensibilidade possível, com as suas nuances, a alma feminina.
As coincidências inexplicáveis do roteiro não chegam a comprometer. Merece cada ponto na média atual no Filmow.
Invencível
3.9 923 Assista AgoraOs clichês e frases de efeito não chegam a comprometer essa história sobre a determinação de um homem, em meio a Segunda Grande Guerra Mundial. Jack O'Connell consegue passar satisfatoriamente toda a força de vontade que o personagem demonstra. Destaque para os dias vividos no mar, à deriva. A tensão criada em torno da sobrevivência dos três rapazes é o ponto alto do filme. Seu ponto desfavorável é o clímax com o
"desmoronamento emocional" do Watanabe diante da força de Zamperini, numa rápida reação que de maneira alguma convence.
Amor por Acidente
2.0 92 Assista AgoraNo trailer, o nome que aparece como diretor é Stephen Green. Fictício, ou outro diretor que concluiu o projeto?
007: Permissão Para Matar
3.4 150 Assista AgoraRoteiro melhor resolvido que no filme anterior, uma maior participação do carismático Q, e cenas de ação vertiginosas garantem uma ótima aventura do 007. Ressalva apenas para o fato da boa ideia do 007 agir à revelia do Serviço Secreto ter sido "esquecida" no filme.
007: Marcado para a Morte
3.4 138 Assista AgoraMesmo com um pouco do charme do Connery, e vivendo situações absurdas a la Moore, parece que Timothy Dalton sempre será conhecido como o Bond dos gadgets. Isso, é claro, se não for lembrado como um 007 inferior aos seus antecessores. O filme é equilibrado na cenas de ação, e algumas renovações, como a nova atriz que interpreta a Moneypenny, vieram para bem. Divertido, mas não marcante.
Mr. Vingança
4.0 408Com uma extensa galeria de personagens bizarros, e uma narrativa em que o mais importante é a linguagem visual, Park Chan cria um filme vigoroso e violento sobre vingança.
P.s.: Park Chan Wook não deve ser reconhecido apenas por Oldboy!
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraDivertida animação, com personagens carismáticos, e aquela dinamicidade típica das melhores aventuras. Única ressalva: um final mais impactante talvez a tornasse um novo clássico!
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
3.9 2,2K Assista AgoraFiguro e ambientação show de bola! Mas no geral está longe dos melhores trabalhos do Tim Burton!
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraAté que ponto você é capaz de se superar para se tornar o melhor?
É em torno dessa instigante questão que Whiplash se ancora. Um filme que fala da música - com coração - sem parecer um pseudo musical desinteressante. Com um pano de fundo que toca no doloroso assunto das inseguranças da escolha profissional e falta de apoio da família (comum na vida dos adolescentes). Atuações memoráveis e sinceras de todo elenco (J.K. Simmons está um filho da mãe!).
Desde já um dos melhores filmes de 2014-2015!
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraAqui nós temos a figura dos vampiros lascivos, sedutores no sentido sexual da palavra. A sutil sugestão de homossexualidade entre os personagens do Pitt e do Cruise já garantem uma adaptação minimamente diferente, somando também a discussão em torno do peso da imortalidade na construção da personalidade e da motivação dos personagens.
Pena que a obra de Anne Rice ainda ganharia uma adaptação ingrata com A Rainha dos Condenados.