A Sofia Coppola não consegue fazer um filme simples, ou comum, muito menos clichê. A abordagem feminina dela é sempre tão verdadeira, realista, que até a Maria Antonieta se revela, nos mostra sua visão de mundo num tempo antigo mas com ar jovial, que era o era, uma jovem, despreparada e que só queria viver aquilo que lhe deram, para ser usada pela corte, pelas famílias em acordo.
O filme não fala de Revolução Francesa especificamente, nem sobre a vida real, mas sim sobre Maria, e sobre essa mulher que Sofia tenta ser realista também com o nosso tempo, por isso a trilha sonora alternativa para filmes de época, e uma diferenciada em como contar biografias cinematográficas. Ainda não gosto muito da edição de seus filmes, que poderia ter leveza e sempre é muito brusca, e o roteiro de Coppola nunca me agrada totalmente, apesar que fico feliz que ela entre nesse meio para concluir sua obra, somente sua sobre as mulheres.
Seu sobrenome tem força suficiente para fazer obras tão diferentes, e que podem melhorar mais. Ainda bem que lhe foi concedido o Palácio de Versalhes...fez horrores com ele no filme. Excelente.
Aquela juventude, aquela ideia de que todos os problemas se resumem nessa fase da vida é o que trata esse filme, mas como sempre a Sofia Coppola faz seus filmes de forma sempre diferente, sem clichê ou formato tradicional. Da fotografia alaranjada e a forma como são colocadas as irmãs em tela é digno de uma indentidade, até mesmo com a trilha sonora.
Em uma narração acompanhamos sobre a vida das Lisbon, as 5 irmãs que são perfeitas e por isso tão perigosas. Há uma visão dos meninos em relação a elas, mas o filme não cria um ar machista, e sim de conhecimento sobre as aquelas garotas, aprisionadas pelos pais e sempre em risco. A ideia da juventude como desespero, como epifania única é nos passado com cada personagem verdadeiro e bem interpretado.
Uma coisa que o filme consegue é focar nas mulheres mas sem necessariamente torná-las centrais. É estranho, mas a centralidade está em como os garotos da rua enxergam aquelas garotas, e ao mesmo tempo que funciona muito bem essa dualidade, existe um problema de roteiro, com alguns furos, algumas coisas não explicadas, que provavalmente sejam detalhes do livro adaptado, mas incomoda em algumas ações.
Por fim, não é um high school qualquer. É um daqueles filmes que aborda temas pesados com uma leveza na maior parte e com densidade nas horas precisas, aspirando juventude e toque feminino com assuntos relevantes e adultos.
Uma ópera espacial que enche os olhos. Um filme que não te entrega tudo de forma fácil(não, não quero dizer que o roteiro seja complexo, nem de longe). Depende do interesse e disposição do espectador para absorver e se envolver com aquele universo tão criativo que Luc Besson nos entrega. É um longa-metragem muito especial para ele, e ao mesmo tempo que se torna algo autoral, e por isso tem muita qualidade, torna-se um defeito de leve, podendo tornar o filme enfadonho para alguns desacostumados.
O que mais chama atenção são os Pearls, alienígenas que fazem a trama girar de tal forma que é sutil a forma como se relaciona com a cidade dos mil planetas. São apresentados de forma tão especial, com efeitos tão maravilhosos e precisos, com uma direção exploradora e fluida, que dá vontade de conhecer mais. Acho que um dos pontos bons desse filme é criar uma instigação por aquele mundo. Ainda bem que há partes que diálogos expositivos ajudam a trama a crescer explicadamente. As subtramas são clássicas de aventuras no espaço, que nos faz entrar na brincadeira de Besson em sua ludicidade ao tratar do amor, economia, imigração, conhecimento e consequências da guerra tudo com rapidez e precisão, em seu mundo tão criativo.
Cenas de ação são revigorantes, sem muitos cortes e que usam o CGI de forma tão dinâmica e natural. É uma maravilha assistir 3D e ver aqueles efeitos especiais tão bem encaixados em cena e bem movimentados. Trilha sonora também Desplat é notável. Não é grandiloquente, isso ajuda a diminuir alguns defeitos do filme que acabam por vez não incomodar, pois algumas coisas iriam sobrar.
Algumas cenas, frases ou sequências paracem não ir a lugar nenhum, e as atuações de Cara Delavigne e Danne Dehaan são bem limitados. Então Besson cria um tom divertido e soluções clichês que convecem. Quando algo parece está perdendo o fio da miada há um corte rápido para outro núcleo do Capitão obediente e seu ajudante asiático que não atrapalha a aventura dos parceiros Valerian e Laureline, mas ajudam a se situar naquela missão deles dois. Os papeis das personagens são simples e nem precisam de química a princípio. Eles são semelhantes e como faces marcantes conseguem dá um ar de sabichões necessário, pois a trama é além do que eles. Isso ajuda a não incomodar com atores medíocres, apesar de Danne não conseguir expressar isso com tanta força quanto Cara e suas sobrancelhas grossas. Aqui ela evitou dramatizar, porque não sabe. Apenas fez cara de mal, bem mais fácil.
Por fim, Luc Besson entrega um filme ambicioso em direção, apesar de repetir técnicas de movimento de câmera exploradora, um filme muito inventivo nas cenas de ação, linguas, espécies, efeitos especiais e nas resoluções clichês que convencem quando precisam ser usadas. Tem subtramas de personagens bem interessantes, cria visuais bem variados e uma comédia e trilha sonora que esconde defeitos de elenco e limitações. É um daqueles gêneros do cinema que o cineasta faz para si mesmo, e para absorver sua ideia necessita abraçar o potencial e tudo aquilo de estranhamente maravilhosamente imaginado por uma criança francesa que Luc Besson se revela ao dedicar o filme ao seu pai.
Um remake bem feito e com esmero de Sofia Coppola. É de fato um trabalho bem autoral, com assinatura no roteiro também. Um filme muito silencioso, que valoriza muito as paisagens e pequenos detalhes. É um filme mais leve e calmo que o original, em que define-se assim: o original trabalha narrativamente o explicito para o implicito, enquanto o novo filme o implicito vai se tornando explicito. Isso é diferente, mas não necessariamente bom.
A paciência imposta ao público, com valorização do ambiente com fotografia linda e contrastante, com cenas de transição e com takes estáticos cadenciam o filme, porém não fica chato em momento algum, pois há o propósito do suspense e da tensão com um homem em meio a tantas mulheres, ou ao contrário também. A sensibilidade é algo muito presente, com foco em mãos, suspiros, entre outros detalhes que vão mudando baseada no convívio do estranho na casa. Cria-se um empoderamento feiminino com muito cuidado, e isso vai se concretizando, mesmo que haja um desenvolvimento narrativo baseado no homem inesperado. As mulheres são bem definidas quando falam com John, uma com sensualismo, outra com desprezo, outra por curiosidade e outra admiração. O figurino é otimo, e assim como muitas mulheres valorizam-o o filme valoriza para determinar mudanças no ambiente social.
Apesar dessas qualidades, muita coisa fica sem personalidade. A tensão se apaga e muito pouco se conta quando conhece o original. As ideias e clima não se tornam realmente sintomáticos, bem diferente do original que cria um conflito forte. Pode ser que isso aconteça por diminuir a figura do homem, quando se anula desenvolvimento dele, pois tudo é baseado na visão das mulheres. É uma proposta certeira, mas poderia ser melhor executada se houvesse mais tempo de filme e se construísse uma ideia de tempo mais concreta. Além disso, ao mesmo tempo que John desperta as mudanças na história, ele não é bem tratado pelo roteiro no final do filme. Por sinal, o terceiro ato ferve e apaga rapidamente.
Fato é que se você viu o original primeiro a experiência fica levemente comprometida, ou mais gratificante, dependendo do quão você gosta do filme de 1971. As atrizes estão ótimas, principalmente Elle Faning e Nicole Kidman. Collin Farrell se esforça com uma atuação segura, mas pelo pouco espaço que tem e como seus sentimentos são explicitados demais, Clint Eastwood leva a melhor na comparação dos papeis. A última cena é sensacional e minha preferida, que cria uma imagem de poder magnífica e até de boa vilania das mulheres diante das suas atitudes, apenas com um zoom.
São esses personagens que só no Brasil existe, que culturalmente é de dá orgulho. Nosso folclore apresenta muitas histórias fantasiosas com muito humor e aprendizado. Esse filme não foge da sua origem de conto e teatro tão forte nas antigas histórias compartilhadas e contadas pelos portugueses, além de apresentar efeitos especiais suficientes para surgir uma ideia de progresso no cinema nacional.
Primeiramente é maravilhoso o papel do ator Jesuíta Barbosa como Malasartes. Ele nos faz amar o personagem logo de cara. O elenco de apoio também conta muito. Isís Valverde entrega um papel bem trabalhado no sotaque no que é proposto. Candinho também é bem colocado na trama como fonte de aprendizado e humor citado anteriormente como o forte dessas histórias do tipo de Malasartes. O humor não é absurdo, mas consegue animar o filme e caracterizar bem os personagens por meio da comédia. Os efeitos especiais são necessários para criar um mundo bem criativo e poderoso. Todo aquele ambiente é forte o suficiente para criar um contraste entre as belas cenas rurais. Detalhe para a boa direção, com planos sequências e dinamismo de palco que contribui para o filme. A trilha sonora também é ótima, mas repetitiva.
Em compensação, as personagens do mundo da Morte poderiam ser melhores desenvolvidos. Enquanto o mundo de Malasartes é bem sincronizado, - tanto que quando não é levado em conta o filme perde o ritmo - o mundo dos efeitos especiais perde o encanto em boas partes do filme, quando necessita de um forte apoio da personagem da Morte, Esculápio e as bruxas. O prelúdio belíssimo nos dá um ar maravilhoso, mas a execução e como as coisas acontecem nesse mundo entre os personagens é bem curto e ínfimo, se apegando apenas ao estilo, e nada mais. No mundo real existem problemas, mas muitos podem ser relevados pelo estilo teatral do filme, mas uma dinâmica no roteiro do segundo ato era necessária.
Por fim, é um filme bom, que se pode sair do cinema satisfeito, levando para casa a vontade de conhecer mais sobre Malasartes e seu mundo. Traz a felicidade de ter um mundo tão rico pertencente ao Brasil e reproduzido nacionalmente.
"Apes together, strong". É uma frase, um grito de união muito forte e intensa quando acompanha-se a história de Caesar, Maurice e todos os outros símios. Algo necessário para um desfecho de uma trilogia impactante, profunda demais para um blockbuster. Não espere guerra, espere emoção.
De fato os efeitos especiais foram aprimorados, com uma realidade que pode assustar até os membros da Academia, quando forem ver Andy Serkis atuando realmente. Todo aquele mundo é muito verossímil, cria um peso e uma dramaticidade extremamente importante para um final digno dessa trilogia de Prelúdios. Caesar se torna mais ainda o foco da narrativa, com semelhanças a peregrinação dos soldados do Vietnã em Apocalypse Now, assim como o General vivido por Woody Harrison se assemelha muito ao personagem que Marlom Brando interpreta. Além disso, o fator vírus que foi desenvolvido em suas consequências abre margem para variadas interpretações, mais ainda ao mostrar sua origem, já que o filme de 68 com certeza discutia. É aterrorizante e muito tocante, quando coloca Nova no filme, fazendo outra ponte com os originais.
No entanto, mínimos defeitos são possíveis de perceber. Primeiro o filme se arrisca em colocar 4 atos no filme, e por isso torna o longa mais longo, tornando épico mas não tanto equilibrado. A busca por dramatizar, apenas fechando e começando com ação, é extremamente certeira, mas é cadenciada demais. Óbvio que tudo ali é bem contado, mas abre dúvidas sobre enxugar ou permanecer no roteiro. Além disso o final quebra um pouco aquele realismo tão cravado durante a maior parte do filme, com explosões nível Micheal Bay, no entanto também vale como acerto, pois não se esquece do público ou tipo de filme que é. E sobre o alívio cômico que inicialmente não me fez falta, é gratificante, porém posteriormente causa um leve desconforto, mas bem de leve. Até porque Bad Ape é um personagem fenômenal e muito característico do Planeta dos Macacos.
E assim se encerra a saga de Caesar e começo concreto dos Planeta dos Macacos. Grandioso, dramático e um blockbuster alternativo que também não abre mão de seu orçamento grande e necessário para um realismo absurdo de efeitos especiais. Assim como começo, termino: "Apes Together, Strong!"🙈🙉🙊💪✊
OBS: os close-ups extremamente usados com orgulho, tem uma das melhores cenas do filme. Quando Bad Ape tem sua cena nos escombros, sua conversa, é sensacional aquela descoberta.
O Filme da Minha Vida é principalmente prazeroso de se ver, seja por frases poéticas, por uma fotografia deslumbrante e uma trilha sonora linda. Uma verdadeira metalinguagem, com uma ambição de fantasia, mas não esquece da parte naturalista, humana e cruel da realidade.
Um longa brasileiro paciente, contemplativo em muitos momentos, que marca o tempo para falas e valoriza as paisagens gaúchas colorizadas com muita qualidade. Cria-se uma poesia durantes muitos momentos, quando aborda frases sonhadoras, reflexivas, que não seriam faladas normalmente mas encaixa com as simbologias e metáforas que o filme apresenta no texto. É sensivel em tratar o amadurecimento de Tony e também parte para a comédia brasileira, de indentidade, mas não prejudicial. Sobre o amadurecimento, o vermelho é muito valorizado no filme, que traz um ar de sexualidade e paixão que Tony sente pelas irmãs Bandeira. Além disso apresenta um roteiro diferente, que como foi dito, valoriza frases e frases que nos trazem um pouco de cada personagem, complementado pela direção de arte. A sonoridade do filme é tocante, com cada barulhinho é trazido a tona, buscando criar um imersão na grande metalinguagem. E a direção de Selton é certeira.
No entanto existem determinados problemas, começando pelo desenvolvimento de alguns personagens, que deveriam ser tomados com atenção para recompensar a paciência virtuosa que o filme nos traz em não explicar demais, ou partir para tramas paralelas que alegram o filme mas não são determinantes para a história. Demasiado tempo foi gasto com comédia, pontual, verdade, mas faltou tempo para o pai vivido por Vicent Cassel nos mostrar sua importância na história além dos maravilhosos flashbacks, que nos contam muitas coisas. Por isso, perde um pouco no encerramento e nas decisões tomadas, que poderiam ter mais força e competência com algo mais consistente para encerrar. As poucas palavras de alguns personagens dizem o suficiente deles e para a história, mas não funciona para todos, muito menos quando necessita de uma ferramenta a mais para que tal poesia tome ar nas nossas mentes, seja um diálogo mais real e menos metafórico, ou até mesmo em explorar mais a fantasia que tanto mergulha com equilíbrio, quando nos faz entender a mente de Tony Terranova.
Por fim, é um filme brasileiro que entra no rol dos melhores, com uma qualidade fora do padrão, com um trabalho elegante de Selton Mello, que ainda por cima traz outro personagem marcante na sua carreira: Paco. Certamente mais um filme na minha vida que não vou esquecer, irreal e verossimilhante a década de 60. O trem se tornou para mim ainda mais relevante.
Obs 1: as cenas mais intimas da cabeça de Tony são as melhores. Um toque de fantasia muda tudo, e o cinema é o mundo mravilhoso que vemos sonhos acontecerem.
Qual é a diferença entre um porco e um homem? Você já sonhou que foi para marte de moto voadora? Você já se sentiu voando após vê um filme?
Bellbottoms, Easy, Tequila, Debora, Cry Baby Cry, Brighton Rock, Blue Song e Baby Driver. Muitas músicas de um Ipod especial, que tocam na mente de Baby e tocam na nossa mente, sendo quase um musical, com cada música se misturando no filme. Nós acompanhamos intrisecamente esse personagem, com muito ritmo, velocidade, graças a direção praticamente impecável de Edgar Wright, com o uso do clichê ao seu favor.
Falando mais de Edgar Wright, da direção especificamente, é algo sensacional. É efervescente, apaixonante. A edição e rapida e bem produzida. Inicialmente, nos primeiros 6 minutos, há uma cena de ação frenética, com cortes sucessivos de forma fluida e dimensional, que mostra o geográfico da cena, expande o carro na tela em vários ângulos sem perder a aceleração. Sem dúvida um maestro da câmera.
Agora abordando as músicas e a edição sonora, mixagem...enfim, é algo que permeia as cenas de forma natural e ritmada. E mesmo com tanta edição, a mixagem de sons naturais permanecem e fazem mais sentido com a música ao fundo.
Além disso é importante tratarmos do roteiro. Edgar Wright escreve essa história, que sem dúvida não é nada original, mas espere...existe originalidade ainda. Claro, Edgar não poderia decepcionar. Tudo está nos detalhes, nas tatuagens, nos gestos, nos óculos, nas frases e nas músicas. Pode ser que não seja tão bem percebido, e aí pode se tornar um erro, poderia-se acusar uma falta de desenvolvimento de personagens com excessão de Baby. Eu discordo. Tudo se desenvolve milimetricamente. Nenhum personagem termina ou é visto no final da mesma forma. Aparentemente sim, mas observando as ações deles ao longo do filme, mostra outra leve camada que não tinhamos visto.
E sobre surpresa, o filme com esse roteiro e edição consegue evitar a previsibilidade e por isso surpreende, não busca surpreender apenas. Contrói uma atmosfera de envolvimento que não se espera o que vai acontecer, pois não há tempo para isso e não há brechas para tal. Mesmo com uma indicaçõe em determinada cena, ainda sim há a novidade do acontecimento.
Concluindo, é um filme excepcional, que você rir, se diverte, sente-se emocionado e imersivo naquela vida de Baby. Estava me mexendo na cadeira com tanta empolgação. Tem muitas referências a filmes antigos, porque Edgar ainda valoriza o cinema antigo, e está mais que certo, mesmo sendo um diretor bem moderno. Incrível.
Obs: a minha cena preferida é na lavanderia. Um maravilha.
Obs 2: as atuações todas estão ótimas. Cada personagem é bem caracterizado e são funcionais na medida.
Obs 3: Baby é um personagem extremamente bem criado. Não é inovador, mas muito marcante. Eu o comparo como um James Bond moderno e mais jovem. A cena com Jamie Foxx e os óculos mostram que ele sempre quer permanecer no estilo, assim como 007 ajeita o peletó após desabar de um prédio.
Mais um filme do Sr. Nolan, o diretor que arrebatou fãs como quase nenhum diretor faz. Esse filme aparenta ser um consequência disso, um filme que diferente dos outros longas com muita explicação(Interestellar)esse apresenta poucas linhas de diálogos, expondo mais a situação de fuga e emergência para retirada dos soldados ingleses de Dunkirk. Uma obra-prima? Só o tempo dirá, mas acho que não, mas é um espetáculo que não se fazia a muito tempo.
A ideia visivelmente proposta de trazer um aspecto conjuntural de pessoas, não protagonistas, não personagens, apenas soldados é desafiadora, arriscada. Isso é ao mesmo tempo um dos pontos fortes do filme por permitir uma imersão do expectador, e não transmissão do ambiente por meio de alguém, mas você mesmo sentir a Guerra, o avião, a fuselagem, como se estivesse dentro de um avião ou se afogando. Ainda mais, sua ideia de nos mostrar 3 segmentos em tempos distintos traz a ideia de perca de noção de tempo em situações extremas. É surpreendente, com certeza. É uma experiência pessoalmente única e bem real. Ora, também nada é pomposo, com verossimilhança nas bombas, no ouvir de uma bala e no próprio design do filme.
Isso é a técnica de Nolan falando muito alta, sendo seu auge, sua, e quase plenamente sua mágica perfeita, pois ao contar sua história, o próprio ponto positivo incomoda, o de não revelar rostos(heróis e personagens) ou empatias. É diferente? De fato, mas é contraditório e mal executado em pontos pontuais do filme. A sua ideia é transmitida no suicídio, na fotografia melancólica, na trilha sem dó de Hans Zimmer( que incomoda propositalmente, mas tira ás vezes a verossimilhança) e como disse, nos rostos apagados, sem falar nada...quando não fala, quando há os gestos o Nolan acerta, mas quando precisa trazer vida aos "personagens" e até mesmo ao seu protagonista, sente-se algo faltando, como se houvesse uma contradição, que aliás, esse filme é daqueles que você gosta por não ter se sentido bem, pois a obra atinge, transmitindo o paradoxo desse longa...mas que não é um acerto.
Dilatando mais a ideia, Tom Hardy conclui seu arco de forma ótima, sem nem ter quase falado(missão cumprida Nolan, em seu segmento dos ares). No mar, apesar de apresentar um arco sem sal, o soldado molhado e atordoado e o velho dando conselhos para os jovens sobre a situação do tal homem reforça a ideia do trauma,além de reforçar também a ideia de solidadariedade e de novo o do conjunto, de valorizar as pessoas e não apenas alguns.(Nolan faz muito isso, e não acho ruim). Mas quando passa para seu "protagonista", suas falas e as falas dos homens ao seu redor são estranhas, como se fossem diálogos que precisavam ser ditos porque a ideia não estava sendo clara? Se não havia falas por confiança no expectador, agora há falas demais para explicar algo? E porque complicar na edição? Fica mais legal 3 segmentos, mas precisava repetir cenas e confudir? Sim, sim, é bem feito, mas podia ser melhor hein, já há fontes necessárias para nos passar tensão, e o exagero pode vim aliado ao desequilíbrio.
Por fim, o final é o meu tipo de final, no estilo Spielberg, mas também compreendo sua proposta, mesmo sendo também um pouco amargo para alguns que esperavam o longa diferentão. Eu gosto desses finais, e encerrou bem. Kenneth Branagh fez certo seu papel, falou direito, não reclamo dele. Era necessário sua posicão para nos situar no que estávamos vendo. O silêncio absurdo retrata bem o resgate, além de outras coisinhas que prefiro não falar.
É impactante, é único, é muito imersivo(assista em Imax ou use fone de ouvido quando for assistir em casa) e paradoxal, pois coisas que você não gosta sua cabeça debate: era isso que Nolan queria? É defeito do roteiro? É um filme que merece ser debatido, e o valor principal do filme é esse, pois é assim que Dunkirk é, uma incógnita da derrota ou vitória dos ingleses. Faltou um roteiro consistente, mas conseguimos extrair algo, mesmo que de forma difícil dessa arte do Sr. Nolan.
OBS: Harry Stiles...bem...sei lá...ele é só mais um soldado, mas é o Harry, com sua cara fotogênica? Isso me deixa confuso também sobre o filme, então sem mais delongas.
OBS 2: eu gostei do filme ok. Só não é o melhor filme. Tem coisas incríveis mas que não permeiam todo o filme. Fato: Oscar, Oscar, Oscar. Ganhar no máximo 2 ou 3, e indicação a quase todas as categorias. Merece muito!(menos de atores kkkk).
OBS 3: há uma genialidade no Nolan, ele só precisa desenvolver seus roteiros, pois sobra técnica. Jonathan Nolan faz falta.
OBS 4: tem tensão, emoção...no final...pouco mas tem...proposital? Essa pergunta é um problema, mas é uma dádiva para conversas cinéfilas. O filme já ganhou por causar tanta conversa quando não se percebe que houve uma "unanimidade" de que o filme é bom. Isso é um máximo.
OBS 5: quem disser que não tem um certo nacionalismo...tem pouco, mas tem, reforçando a ideia de que o patriotismo faz parte da guerra. Ela não precisa ser idealizada, e se for que seja bem feita, mas está lá, nem que seja só uma bandeira, que tem takes focais de leve.
É um cinema feito a moda antiga, ou que nos passa é isso, de forma delicada, fria e calma. Com uma fotografia muito bela, esse filme enriquece o acervo de longa produzidos sobre o tema da Grande Guerra, não com diálogos ou emoções desenvolvidas a um nível interessante demais, mas com uma forma simplista e com ideias funebres.
A premissa de Frantz é interessante, pois envolve a morte e como ela vai permeando a vida dos personagens, além de trazer a tona assuntos como família, preconceito, amor, morte e amizade. São assuntos puros, e assim necessitam de uma refinada, e o diretor consegue. Ele consegue trazer pequenas e lindas surpresas com as curtas variações para o colorido, a quase ausência de trilha sonora, deixando os passos, toques entre outros sons naturais tomarem conta do filme. Além disso, traduz conflitos com uma calma e frieza, que ao meu ver faz parte do cinema alemão. Junto a isso, ela cria também um ar mais branco da França, difenciando da Alemanha. Os dois personagens são levemente retratados com ar de cada origem. É gracioso assistir isso.
Entretanto, a lentidão é exagerada em alguns pontos, atrapalhando ate alguns diálogos que ficam deslocados, já que são muito puros e até certo ponto clichês. Além disso, a química do casal protagonista é um pouco confusa, e isso é retratado também nas transições para o colorido, que por um momento são bem colocadas e com sentido, mas em determinados momentos em que na teoria deveria acontecer não acontece, trazendo a confusão do casal mais a tona. De fato, em parte há uma intencionalidade, mas ela não bem executada. Você torce por Anna, mas Adrien se perde na trama, apesar de ser bem atuado.
Enfim, é um filme gratificante, que esconde uma profundidade, uma felicidade inesperada e um retrato da Grande Guerra bem simplista.
OBS: Obrigado Dragão do Mar(Fortaleza, CE) por me permitir assistir filmes como esse no Cinema. -------Uma morte pode renascer uma vida-------
O Rápido como um jato e veloz como o foguete tem mais um filme, finalmente digno da Pixar, depois do fiasco, não menos carismático contudo, entretanto, mas fiasco. Filme que mexe com você, tem nostalgia, mas também tem repetição fraca e confusão de roteiro, mas o importante é o final gracioso.
O Relâmpago MacQueen nesse filme é mostrado como mais velho, ou tentaram mostrar. Isso atrapalha na identificação da história, além de não dá espaço ao expectador sentir essa passagem de tempo. Os carros high-tech são as únicas coisas que realmente criam a sensação de antigo. Os sentimentos, as engrenagens velhas, tudo isso é nos passado como fato sem provar nada. Além disso, o filme recorre a ideias bem executadas do primeiro e tenta repetí-las sem sucesso, como músicas pop, direita-esquerda, travellings também com música pop...nada passa a ideia de progresso nessa horas. O primeiro ato tenta ser o mesmo primeiro ato do Carros 1 com uma leve repaginada apenas, uma nostalgia mal executada e apressada. Isso é um pecado para o Estúdio Pixar, tão conhecido por inovação.
Complementando isso, o roteiro inicialmente apresenta uma ideia, velhice, legado, será que é a hora de parar? Ele vai conseguir dá a volta por cima? Depois apresenta a Cruz, uma personagem incrível, que conquista qualquer um. Pixar sabe fazer bons personagens, seja com carros, formigas, ratos, monstros...etc. Aqui é um acerto vindo de outro erro. O erro é mudar o roteiro quando as coisas estavam dando mal na ideia inicial. Isso mostra desconfiança na própria ideia ou até mesmo um ato de desespero, mas acabou dando muito certo...no final.
A segunda ideia envolve a velhice ainda, mas de forma de diferente, e que necessitava mais ainda do expectador acreditar: Relâmpago está velho(e não parece). Tudo degringola num final emocionante, arrebatador e porque não representativo. Um final que traz a tona o que era Carros 1, a metáfora do carro sempre foi a de Rocky, a da Menina de Ouro, o Lutador e Karatê Kid. É clichê mais é lindo e sempre funciona e até salva filmes quando são feitos de forma bem feita.
PS: que curta! O curta-metragem antes do filme, Lou, é um pouco superior ao filme. Lindo, assim como o filme apresenta um final que dá arrepio ou emoção, mas curta e curta, nem se compara(foi de leve).
Acho que é o filme que mostra o potencial de pureza e estilo que Zack Snyder pode nos trazer. Com certeza um filme que marca sua carreira, transcendendo a HQ de Frank Miller para as telas em seu potencial altíssimo de visual onírico, com uma fotografia que transforma o vermelho em uma cor além do sangue, uma cor que representa Esparta em uníssono. Fisiculturismo na medida, com corpos esbeltos que simboliza mais que estética, cria um exército uniforme de músculos. Um filme que demonstra saber o que fazer para criar um grupo de espartanos vivos em tela, cada dublê ou ator lutam em uma câmera lenta como se fossem deuses da guerra. Slow motion aqui é exagerado e ainda bem.
Tem muitos defeitos de ritmo e de roteiro, mas é inegável como Snyder criou Esparta definitiva no cinema, seja você achando ruim ou não o filme.Um épico puro, defeituoso, e um tanto exagerado demais como um estilismo sem igual. Tem inspiração!
Já é o terceiro filme, que na real, está funcionando cada vez mais só para crianças, e isso não necessariamente é bom, pois mostra uma regressão em vários aspectos de história e até de diversão. E não só isso, perdeu a brincadeira com a vilania, ficou agora tudo tão forçado repetir o mesmo esquema.
Ainda é divertido, engraçado, principalmente dublado. Gru é um personagem excelente, com seu humor maléfico ainda e as situações em que aparece, e todos nós já sabemos disso. Logo o filme busca diversificar os núcleos da história.
Lucy tenta se tornar mãe(muito bom, tem realmente ótimas cenas), Agnes e Edith buscam o Unicórnio(fofo, apenas),a relação dos irmãos gêmeos(para mim, o irmão foi infame na maioria do tempo) e o os Minions(melhor parte, infelizmente).
Acho que uma das melhores coisas desse filme é o vilão Balthazar Bratt. Meu Malvado Favorito é um filme popular por ter esse tema de vilões, naquele estilo caricatural de essência, que é bom demais. Aquele ar retrô desse vilão é maravilhoso, e pode divertir os mais velhos. Aliado a esse trunfo, as músicas são sensacionais, repetindo a dose do segundo filme. Além disso vale citar os Minions, que ganham espaço próprio a cada filme, infelizmente, pois percebi que as crianças só se divertem com eles.
Por fim é mais um filme razoável, pois o núcleo mais importante não é bom, é forçado. O irmão gêmeo como relevância é indigesto e algumas piadas entre eles são boazinhas, tanto que Lucy e as crianças achavam estranho(kkkkk). Aceito no máximo mais um filme, como uma chance.
Hey! Ho! Let's go! A música dos Ramones nos créditos traduz muito o que é esse filme. Bateu uma juventude ao ouvir essa música que nem é da minha época, e o Homem-Aranha é isso, o herói humano que passa gerações conseguindo fãs, seja por seu estilo chamativo e engraçado, seja por ser o Peter Parker que veste aquela roupa, um herói nas escolhas e sacríficios, não sendo a roupa que traduz seu heroísmo. E o filme fala exatamente disso.
Os pontos altos desse nosso 6° filme do teioso é Tom Holland, com sua atuação equilibrada entre Tobey e Garfield. Sério, inocente e engraçado nas horas certas. Aqui temos uma adaptação definitiva do Peter, pois até aqui a melhor forma de adaptar esse herói que começou na escola é mostrando seu dia-a-dia na escola, com o gênero teen que John Hughes imortalizou. Misturar a vida do Aranha e do Peter foi um dos grandes acertos, com um roteiro que fala de amadurecimento e indentificação do herói, em meio a piadas, um clima juvenil e tudo bem simples.
Além disso, isso só poderia dá certo com um bom vilão, e finalmente a Marvel entregou. Era o que precisava para um filme do Aranha, pois a frase clichê é concreta: atrás de um grande herói vem sempre um grande vilão. Se não for grande, que seja a altura. Micheal Keaton se deu bem, apesar de infelizmente a história não permitir ir ao fundo desse vilão. Tenho vários elogios, mas não escondo os defeitos.
Tecnicamente o filme tem muitos defeitos, direção é pouco inspirada, o CGI do Homem-Aranha é bem dificil de acreditar, além do Abutre, que visualmente é bonito mas não tanto na ação. Liz Allen é a mais fraca entre os atores, mas graças consegue sair sem nem incomodar demais nem alegrar de menos. E por fim as cenas de ação, nada memoráveis, além de uma trilha que não me satisfez no contexto do filme, achei muito épica para algo simples demais(a princípio, quero analisar melhor), no entanto Micheal Giacchino domina. A trilha é muito boa.
OBS: Tony Stark está muito bem, bem colocado e bem usado. As discussões acerca de sua presença como substituíção do Tio Ben, a roupa tecnológica e sua ânsia de Peter de agradar o Iron Man, a princípio me incomodaram pelo meu saudosismo. Mas admito, é muito bem feito, e faz sentido. Adaptações são necessárias e esse reboot é extremamente bem feito.
OBS 2: Ned arrasa, marca presença, marca tudo(adaptação). MJ o pouco que aparece agradou muito(adaptação) e Flash foi de boa. É o novo Bullyng(adaptação). Happy também bem colocado no filme, com diálogos e piadas refinadas.
Eu realmente senti vontade de sair da frente da minha TV.(Get Out) Não é um filmão, incrível, mas não precisa, só em trazer esse terror social com o absurdo Black Fashion e inegavelmente nos trazer uma mensagem mais aterrorizante ainda já vale a pena ter visto. OBS: Black Mirror tem feito bons pupilos cinematográficos.
Um filme bem teórico, expositivo, e até didático, numa narrativa sem ritmo e morna, o que poderia ser intencional, mas isso não fica bem claro, tornando-se um defeito. Tudo se resume na ideia, que se for realmente levada em conta torna esse filme razoável aos meus olhos.
O grande mérito desse filme é te fazer pensar, ficar levemente tenso e buscar a obra original, o livro que inspirou o filme. As metáforas, o mundo realista futurista, as comparações com o nosso mundo, são detalhes que enchem o filme, que realmente não é novidade, principalmente para quem viu Black Mirror, mas isso não apaga a ideia do filme, a ideia de trazer a teoria de uma ditadura cibernética, de tocar em assuntos como Democracia, liberdade e de abrir mão dela em prol das propagandas de algo melhor, como um plano de saúde de qualidade para sua família. De fato, tem ideias e são muitas, não desenvolvidas, mas há e trazem reflexões, mesmo as mais simples, e por isso me fez querer descobrir o livro que esse sim foi extremamente elogiado.
O grande defeito aqui é não fazer um filme quando a proposta é fazer um filme. É uma palestra com nuances de uma história de uma personagem interpretada pela Emma Watson, que como não é tão boa atriz(ela é mediana) pode até te trair na falta de coerência emocional diantes os fatos. Determinantes para mudanças da personagem são vazios e sem explicação. Há uma sensação as vezes de que o diretor não sabe o que é mais importante mostrar. Tudo se mantêm estável, frio, pois o roteiro é expositivo. Personagens que aparentemente são relevantes simplesmente tem uma função desconhecida na trama...como assim. Quando você acha que algo vai acontecer nada acontece. Quando você não espera acontece, mas sem benefício. Uma completa falta de cinematografia, como se houvesse problema em todos os setores basicamente.
Mas no final, é um filme que pode surpreender, não tanto, pois há coisas bem previsíveis, mas como disse, as ideias expostas e como termina o filme traz várias reflexões sobre vários assuntos, não sô um. Tom Hanks faz um uma ótima faceta de Steve Jobs. Concluindo, é confuso dizer que gostei, até por que não indico assistirem, então...estranho, mas eu gostei!
Obs: o filme deveria fazer um falso documentário, ou fugir um pouco da ideia de um personagem central, abraçar a ideia de ser expositivo. Seria um filme diferente e inesperado. Essa é minha proposta para melhorar o filme.
Obs2: design de produção é bem legal, não é inovador, mas o layout da empresa The Circle realmente é admirável.
Um deleite musical, com canções que salvam o filme e esconde defeitos para mim, um lado mais melancólico e psicodélico dos Beatles que eu não tinha visto. Bem dirigido e editado e full Beatles, ou seja, já é ótimo por natureza. While My Guitar Gently Weeps e Jude são minhas favoritas. All my loving é tocante, logo no início, Let it be sempre é arrebatador, Because é realmente muito noiado e psicodélico. Come Together muito boa para introduzir um personagem, no entanto o filme falha em explorar os núcleos dos coadjuvantes. Apesar de ter uma música para cada um, eles não contribuem muito para a trama que já é um clichê básico. O filme é sem brilho, também pelos atores que são medianos e pouco cativantes, mas pelo menos são ótimos cantores. Além disso algumas adaptações eu pessoalmente não gostei, mas não tiro ponto por isso. E como não sou fanzaço dos Beatles, mas amo demais essa banda, acabei conhecendo algumas músicas deles.
Destaque que não conhecia e gostei muito: Across the Universe e I've Just Seen A Face.
Com pouco menos de um pingo de sensibilidade esse filme vai te comover de uma forma ou de outra. Esse filme mostra como a arte é importante, seja para trazer reflexões, seja para construir uma história. ...(lágrima)...
Prefiro esse filme como começo do Dark Universe. Simples, curto, bonito, estiloso, história legal, sem muito peso, verdade, mas dá uma tensãozinha. Luke Evans faz porte de heró, porque é o Drácula, filho do demônio(tem umas coisinhas toscas que não combinam, e tem explicações ás vezes demais), Vlad, o príncipe, é um super-herói. Sem dúvida. Até a cena de descoberta de poderes existe aqui, que é...pois é. Fotografia gratificante e cenas de luta extremamente estilosas e bem filmadas. Direção boa.
A cena da primeira batalha do Drácula é sensacional. O reflexo da espada, um breve slow motion...animal. Bom filme,
O grande problema desse filme é que parece aquelas animações que quase nada se relaciona com os adultos. O tom dos filmes de Spielberg, com aquela inocência e boa infantilidade, aqui é exagerado. Não tem trabalho aqui para o Spielberg, aí fica paia. Um filme sobre Peter Pan e que tem crianças. com um mundo fantasioso, é uma escolha fácil para fazer esse filme. De novo, dois anos depois de Além da Eternidade. há um falha desse grande diretor. Ele só se torna razoável, e não ruim para mim, pela produção e de novo pelas atuações, além de bons e poucos momentos de emoção de sempre do Spielberg, sempre com um final satisfatório. Além disso não foge da proposta que tem e não conta mal a história, só não é nada demais no final das contas, e o que a gente espera do Spielberg é bem mais.
O que mais gostei desse filme foi Dustin Hoffman como Hook.
O filme vai depender da sua sensibilidade. Não é um dos melhores do Spielberg, com certeza, mas ainda tem sua inocência em trazer assuntos tão mundanos com pureza, sacrifício e abnegação. Não deixa de ser um filme emocionante em algumas partes. É triste e tem uma mensagem legal. Atuações ótimas e a cinematografia do Spielberg ajudaram o filme, pois a história foi bem mal contada. Razoável para ruim. Infelizmente. Todo grande diretor falha, apesar dele nunca falhar miseravelmente ao meu ver.
Entre boas risadas, e ótimas piadas, é mais um filme que tenta colocar ação onde não deve e um falso drama que não tem ritmo. Uma história simples, um tanto surreal para Guarda-Vidas que apresenta mega problemas, além de não ter tempo de tela bom para os personagens quando se propõe uma equipe. Tudo isso afogado em CGI no mar que dá um ar estranho no filme, e nas cenas de erro de gravação você confirma a teoria das cenas estranhas. Apesar disso, vale a pena ver quem gosta de ver mulherões e homenzarrões. Não é meu estilo, mas reconheço que funciona e na comédia acerta muita coisa.
O filme podia ser um doble coop do Zac Efron e do The Rock. Eles dois juntos arrebentam. O ritmo deles nas piada é ótimo. Eles são o ponto forte do filme. As piadas entre eles são hilárias. Outras piadas R no filme são realmente relacionadas ao ambiente de praia que eles vivem, sempre ligadas a partes do corpo endeusadas na praia ou que causam vergonha. E a medida disso é boa, porque não vira nível Deadpool e não deixa de aproveitar a piada gráfica. E as piadas metalinguísticas são fenomenais.
Em relação aos defeitos, o que me chamou atenção foi as mulheres, mas não do jeito que vocês estão pensando. Elas são monossilábicas e beiram ao ridículo. Há pessoas que gostam nisso no filme, mas nem para a piada isso é usado. É quase levado a sério. Daddario me surpreendeu com a falsa ideia que a personagem quer passar, de mulher ávida e ignorante com homens como Zac Efron no filme, mas durante todo o filme ela parece inexistente. A atuação de IIfenesh Hadera(Stephanie Golden)já me chamou mais atenção positivamente. E Daddario e Zac foi muito forçado.
Por fim, faltou mais mar e menos polícia. Cadê o treinamento dos Guardas-Vidas? Cadê a interação com os personagens além do Zac e The Rock? Ficaram só nas piadas? E por que os resgates sempre são cenas de solução rápida de roteiro? Pois é, não achei ruim a historinha de mudança do Zac no filme como alguns, achei ruim existir mais um filme que não aceita o que é, uma comédia na praia, uma adaptação de uma série antiga. Menos ação, menos repetição e drama bem colocado faria esse filme ser bom. Pelo menos a câmera lenta é um artifício de piada, mas até isso perdeu o charme que a série tinha. Faltou criatividade nesse filme, isso sim.
PS: não sei porque mais a trilha sonora nesse filme me irritou. São batidas e batidas, nunca permite você entrar realmente no clima da praia. Só que isso é na minha percepção, porque há ainda a possibilidade das músicas estarem se variando muito no ambiente da praia. Ser nostálgico não é ruim, esse filme podia ter uma medida a mais nisso para não entrar na zona proibida do conforto. Ao menos David aparece de forma ótima.
Fazia tempo que não ria tanto com um filme. É incrível que mesmo você até deduzindo a piada você ri, porque é muito boa. Com um ritmo bom entre draminha e comédia besteirol, ás vezes bem inteligente. e sem ser repetitivo chato, ou seja, retoma uma piada na hora certa. Um filme que é o vai e vem de um carro nas estradas ruins que existem no Brasil quando você viaja, e com muito estilo.
O que faz um herói? A arma ou o homem? Fiz uma breve pesquisa dentre 50 pessoas aproximadamente, e a resposta unânime é: o homem. Que coincidência, pois é exatamente o que falta nesse filme, um personagem central que você se importe, que se prove como herói, sendo um estilo gangster ou não. Em uma história arthuriana, sendo moldada por Guy Ritche ou não, precisa da forte presença do Arthur, não só músculos ou piadinhas(que são ótimas, admito). Isso está na proposta do filme, se não tivesse não reclamaria. A espada também perde sua importância, servindo apenas de ataque especial do super combo do video-game que o Guy Ritche inventou de forma criativa, mas não menos estranha e até certo ponto mal feita. No geral, tirando esses defeitos, se ao menos tivesse uma história a ser contada o resultado ainda podia ser melhor.
Dividir aqui os pontos fortes e os dois pontos mais fracos.
Pontos fortes se resumem a Guy Ritche e sua assinatura exemplar. Esse diretor arrebenta muito. Sua direção é tudo de bom e suas ideias de transformar tudo em ambiente de ladrões e policiais, mesmo na Idade Média. Mas tem outro ponto forte que vem em complemento a direção, que é a comédia britânica afiada, além dois diálogos rápidos e esdrúxulos que fazem o entorno do filme e que se tornam mais legais que a "história" do filme, que é basicamente ausente. Nesses quesitos o filme se torna divertido,e por isso até indico as pessoas verem.
Já os pontos negativos vou me ater a dois desessenciais: ausência de história a ser contada em um ambiente arthuriano e a pobreza do personagem principal. O filme é um ajuntamento de video clips. Me lembrou muito os trabalhos do Zack Snyder, quando se prioriza apenas as cenas. O primeiro ato tem uma história, mas ela vai se diluindo e não se construindo nas piadas e nos bons diálogos. Parece que o Guy Ritche tentou maquiar isso, tentando ao máximo colocar sua assinatura divertida e super original. Para alguns funcionou, para mim não. O terceiro ato vira um video-game que teria muito mais impacto se tivesse uma história por trás. Isso nos leva ao problema do personagem principal. Charlie Hunnam, ator de carisma e que gosto muito, mas ou disseram algo errado para ele ou ele simplesmente não quis se esforçar para ser o Arthur. Não há nenhuma mudança em sua personalidade diante dos "desafios" que ele passa. Ele só faz piadas e quando chega na cena de usar a espada? Caramba, a motivação pobre e mal feita para o uso. Todos aqueles sonhos mega repetidos...Charlie fica no mesmo e não tem nenhuma faceta de herói, e isso está na marketing do filme: Do nada a Rei, ou seja, é necessário uma transformação que não acontece.
Para ficar mais claro: eu gostei mais do Jude Law, do vilão, do que do herói, porque nesse quesito o Jude Law, mesmo não sendo uma das suas melhores performances, ele está preocupado em atuar.
Por fim, foi divertido por um momento, mas um final amargo, até porque há tanto uma falta de coesão nos clips para formar uma história que o final fica desconexo. Chega a uma parte que você não entende o que aconteceu para aquele tal personagem está ali. É triste filmes que esquecem da história em prol do estilo, não sendo a proposta do filme que tem um intuito de ter uma leve história arthuriana, um épico, que nesse caso falha feio.
PS: Assistam os filmes do Guy Ritche, esse cara arrebenta muito. E outra coisa,
David Beckham foi uma surpresa, mas atrapalhou a Excalibur naquela cena. :-(
Segundo PS: a trilha sonora é ótima, como nos filmes em geral do Guy. E elenco é ótimo. Ninguém falha, só o Charlie que devia mais. No entanto os coadjuvantes existem para completar a piada, nada de história. E os nomes dos personagens são bem criativos, no estilo Ritche.
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraA Sofia Coppola não consegue fazer um filme simples, ou comum, muito menos clichê. A abordagem feminina dela é sempre tão verdadeira, realista, que até a Maria Antonieta se revela, nos mostra sua visão de mundo num tempo antigo mas com ar jovial, que era o era, uma jovem, despreparada e que só queria viver aquilo que lhe deram, para ser usada pela corte, pelas famílias em acordo.
O filme não fala de Revolução Francesa especificamente, nem sobre a vida real, mas sim sobre Maria, e sobre essa mulher que Sofia tenta ser realista também com o nosso tempo, por isso a trilha sonora alternativa para filmes de época, e uma diferenciada em como contar biografias cinematográficas. Ainda não gosto muito da edição de seus filmes, que poderia ter leveza e sempre é muito brusca, e o roteiro de Coppola nunca me agrada totalmente, apesar que fico feliz que ela entre nesse meio para concluir sua obra, somente sua sobre as mulheres.
Seu sobrenome tem força suficiente para fazer obras tão diferentes, e que podem melhorar mais. Ainda bem que lhe foi concedido o Palácio de Versalhes...fez horrores com ele no filme. Excelente.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraAquela juventude, aquela ideia de que todos os problemas se resumem nessa fase da vida é o que trata esse filme, mas como sempre a Sofia Coppola faz seus filmes de forma sempre diferente, sem clichê ou formato tradicional. Da fotografia alaranjada e a forma como são colocadas as irmãs em tela é digno de uma indentidade, até mesmo com a trilha sonora.
Em uma narração acompanhamos sobre a vida das Lisbon, as 5 irmãs que são perfeitas e por isso tão perigosas. Há uma visão dos meninos em relação a elas, mas o filme não cria um ar machista, e sim de conhecimento sobre as aquelas garotas, aprisionadas pelos pais e sempre em risco. A ideia da juventude como desespero, como epifania única é nos passado com cada personagem verdadeiro e bem interpretado.
Uma coisa que o filme consegue é focar nas mulheres mas sem necessariamente torná-las centrais. É estranho, mas a centralidade está em como os garotos da rua enxergam aquelas garotas, e ao mesmo tempo que funciona muito bem essa dualidade, existe um problema de roteiro, com alguns furos, algumas coisas não explicadas, que provavalmente sejam detalhes do livro adaptado, mas incomoda em algumas ações.
Por fim, não é um high school qualquer. É um daqueles filmes que aborda temas pesados com uma leveza na maior parte e com densidade nas horas precisas, aspirando juventude e toque feminino com assuntos relevantes e adultos.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraUma ópera espacial que enche os olhos. Um filme que não te entrega tudo de forma fácil(não, não quero dizer que o roteiro seja complexo, nem de longe). Depende do interesse e disposição do espectador para absorver e se envolver com aquele universo tão criativo que Luc Besson nos entrega. É um longa-metragem muito especial para ele, e ao mesmo tempo que se torna algo autoral, e por isso tem muita qualidade, torna-se um defeito de leve, podendo tornar o filme enfadonho para alguns desacostumados.
O que mais chama atenção são os Pearls, alienígenas que fazem a trama girar de tal forma que é sutil a forma como se relaciona com a cidade dos mil planetas. São apresentados de forma tão especial, com efeitos tão maravilhosos e precisos, com uma direção exploradora e fluida, que dá vontade de conhecer mais. Acho que um dos pontos bons desse filme é criar uma instigação por aquele mundo. Ainda bem que há partes que diálogos expositivos ajudam a trama a crescer explicadamente. As subtramas são clássicas de aventuras no espaço, que nos faz entrar na brincadeira de Besson em sua ludicidade ao tratar do amor, economia, imigração, conhecimento e consequências da guerra tudo com rapidez e precisão, em seu mundo tão criativo.
Cenas de ação são revigorantes, sem muitos cortes e que usam o CGI de forma tão dinâmica e natural. É uma maravilha assistir 3D e ver aqueles efeitos especiais tão bem encaixados em cena e bem movimentados. Trilha sonora também Desplat é notável. Não é grandiloquente, isso ajuda a diminuir alguns defeitos do filme que acabam por vez não incomodar, pois algumas coisas iriam sobrar.
Algumas cenas, frases ou sequências paracem não ir a lugar nenhum, e as atuações de Cara Delavigne e Danne Dehaan são bem limitados. Então Besson cria um tom divertido e soluções clichês que convecem. Quando algo parece está perdendo o fio da miada há um corte rápido para outro núcleo do Capitão obediente e seu ajudante asiático que não atrapalha a aventura dos parceiros Valerian e Laureline, mas ajudam a se situar naquela missão deles dois. Os papeis das personagens são simples e nem precisam de química a princípio. Eles são semelhantes e como faces marcantes conseguem dá um ar de sabichões necessário, pois a trama é além do que eles. Isso ajuda a não incomodar com atores medíocres, apesar de Danne não conseguir expressar isso com tanta força quanto Cara e suas sobrancelhas grossas. Aqui ela evitou dramatizar, porque não sabe. Apenas fez cara de mal, bem mais fácil.
Por fim, Luc Besson entrega um filme ambicioso em direção, apesar de repetir técnicas de movimento de câmera exploradora, um filme muito inventivo nas cenas de ação, linguas, espécies, efeitos especiais e nas resoluções clichês que convencem quando precisam ser usadas. Tem subtramas de personagens bem interessantes, cria visuais bem variados e uma comédia e trilha sonora que esconde defeitos de elenco e limitações. É um daqueles gêneros do cinema que o cineasta faz para si mesmo, e para absorver sua ideia necessita abraçar o potencial e tudo aquilo de estranhamente maravilhosamente imaginado por uma criança francesa que Luc Besson se revela ao dedicar o filme ao seu pai.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615Um remake bem feito e com esmero de Sofia Coppola. É de fato um trabalho bem autoral, com assinatura no roteiro também. Um filme muito silencioso, que valoriza muito as paisagens e pequenos detalhes. É um filme mais leve e calmo que o original, em que define-se assim: o original trabalha narrativamente o explicito para o implicito, enquanto o novo filme o implicito vai se tornando explicito. Isso é diferente, mas não necessariamente bom.
A paciência imposta ao público, com valorização do ambiente com fotografia linda e contrastante, com cenas de transição e com takes estáticos cadenciam o filme, porém não fica chato em momento algum, pois há o propósito do suspense e da tensão com um homem em meio a tantas mulheres, ou ao contrário também. A sensibilidade é algo muito presente, com foco em mãos, suspiros, entre outros detalhes que vão mudando baseada no convívio do estranho na casa. Cria-se um empoderamento feiminino com muito cuidado, e isso vai se concretizando, mesmo que haja um desenvolvimento narrativo baseado no homem inesperado. As mulheres são bem definidas quando falam com John, uma com sensualismo, outra com desprezo, outra por curiosidade e outra admiração. O figurino é otimo, e assim como muitas mulheres valorizam-o o filme valoriza para determinar mudanças no ambiente social.
Apesar dessas qualidades, muita coisa fica sem personalidade. A tensão se apaga e muito pouco se conta quando conhece o original. As ideias e clima não se tornam realmente sintomáticos, bem diferente do original que cria um conflito forte. Pode ser que isso aconteça por diminuir a figura do homem, quando se anula desenvolvimento dele, pois tudo é baseado na visão das mulheres. É uma proposta certeira, mas poderia ser melhor executada se houvesse mais tempo de filme e se construísse uma ideia de tempo mais concreta. Além disso, ao mesmo tempo que John desperta as mudanças na história, ele não é bem tratado pelo roteiro no final do filme. Por sinal, o terceiro ato ferve e apaga rapidamente.
Fato é que se você viu o original primeiro a experiência fica levemente comprometida, ou mais gratificante, dependendo do quão você gosta do filme de 1971. As atrizes estão ótimas, principalmente Elle Faning e Nicole Kidman. Collin Farrell se esforça com uma atuação segura, mas pelo pouco espaço que tem e como seus sentimentos são explicitados demais, Clint Eastwood leva a melhor na comparação dos papeis. A última cena é sensacional e minha preferida, que cria uma imagem de poder magnífica e até de boa vilania das mulheres diante das suas atitudes, apenas com um zoom.
Malasartes e o Duelo com a Morte
3.2 102São esses personagens que só no Brasil existe, que culturalmente é de dá orgulho. Nosso folclore apresenta muitas histórias fantasiosas com muito humor e aprendizado. Esse filme não foge da sua origem de conto e teatro tão forte nas antigas histórias compartilhadas e contadas pelos portugueses, além de apresentar efeitos especiais suficientes para surgir uma ideia de progresso no cinema nacional.
Primeiramente é maravilhoso o papel do ator Jesuíta Barbosa como Malasartes. Ele nos faz amar o personagem logo de cara. O elenco de apoio também conta muito. Isís Valverde entrega um papel bem trabalhado no sotaque no que é proposto. Candinho também é bem colocado na trama como fonte de aprendizado e humor citado anteriormente como o forte dessas histórias do tipo de Malasartes. O humor não é absurdo, mas consegue animar o filme e caracterizar bem os personagens por meio da comédia. Os efeitos especiais são necessários para criar um mundo bem criativo e poderoso. Todo aquele ambiente é forte o suficiente para criar um contraste entre as belas cenas rurais. Detalhe para a boa direção, com planos sequências e dinamismo de palco que contribui para o filme. A trilha sonora também é ótima, mas repetitiva.
Em compensação, as personagens do mundo da Morte poderiam ser melhores desenvolvidos. Enquanto o mundo de Malasartes é bem sincronizado, - tanto que quando não é levado em conta o filme perde o ritmo - o mundo dos efeitos especiais perde o encanto em boas partes do filme, quando necessita de um forte apoio da personagem da Morte, Esculápio e as bruxas. O prelúdio belíssimo nos dá um ar maravilhoso, mas a execução e como as coisas acontecem nesse mundo entre os personagens é bem curto e ínfimo, se apegando apenas ao estilo, e nada mais. No mundo real existem problemas, mas muitos podem ser relevados pelo estilo teatral do filme, mas uma dinâmica no roteiro do segundo ato era necessária.
Por fim, é um filme bom, que se pode sair do cinema satisfeito, levando para casa a vontade de conhecer mais sobre Malasartes e seu mundo. Traz a felicidade de ter um mundo tão rico pertencente ao Brasil e reproduzido nacionalmente.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 970 Assista Agora"Apes together, strong". É uma frase, um grito de união muito forte e intensa quando acompanha-se a história de Caesar, Maurice e todos os outros símios. Algo necessário para um desfecho de uma trilogia impactante, profunda demais para um blockbuster. Não espere guerra, espere emoção.
De fato os efeitos especiais foram aprimorados, com uma realidade que pode assustar até os membros da Academia, quando forem ver Andy Serkis atuando realmente. Todo aquele mundo é muito verossímil, cria um peso e uma dramaticidade extremamente importante para um final digno dessa trilogia de Prelúdios. Caesar se torna mais ainda o foco da narrativa, com semelhanças a peregrinação dos soldados do Vietnã em Apocalypse Now, assim como o General vivido por Woody Harrison se assemelha muito ao personagem que Marlom Brando interpreta. Além disso, o fator vírus que foi desenvolvido em suas consequências abre margem para variadas interpretações, mais ainda ao mostrar sua origem, já que o filme de 68 com certeza discutia. É aterrorizante e muito tocante, quando coloca Nova no filme, fazendo outra ponte com os originais.
No entanto, mínimos defeitos são possíveis de perceber. Primeiro o filme se arrisca em colocar 4 atos no filme, e por isso torna o longa mais longo, tornando épico mas não tanto equilibrado. A busca por dramatizar, apenas fechando e começando com ação, é extremamente certeira, mas é cadenciada demais. Óbvio que tudo ali é bem contado, mas abre dúvidas sobre enxugar ou permanecer no roteiro. Além disso o final quebra um pouco aquele realismo tão cravado durante a maior parte do filme, com explosões nível Micheal Bay, no entanto também vale como acerto, pois não se esquece do público ou tipo de filme que é. E sobre o alívio cômico que inicialmente não me fez falta, é gratificante, porém posteriormente causa um leve desconforto, mas bem de leve. Até porque Bad Ape é um personagem fenômenal e muito característico do Planeta dos Macacos.
E assim se encerra a saga de Caesar e começo concreto dos Planeta dos Macacos. Grandioso, dramático e um blockbuster alternativo que também não abre mão de seu orçamento grande e necessário para um realismo absurdo de efeitos especiais. Assim como começo, termino: "Apes Together, Strong!"🙈🙉🙊💪✊
OBS: os close-ups extremamente usados com orgulho, tem uma das melhores cenas do filme. Quando Bad Ape tem sua cena nos escombros, sua conversa, é sensacional aquela descoberta.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraO Filme da Minha Vida é principalmente prazeroso de se ver, seja por frases poéticas, por uma fotografia deslumbrante e uma trilha sonora linda. Uma verdadeira metalinguagem, com uma ambição de fantasia, mas não esquece da parte naturalista, humana e cruel da realidade.
Um longa brasileiro paciente, contemplativo em muitos momentos, que marca o tempo para falas e valoriza as paisagens gaúchas colorizadas com muita qualidade. Cria-se uma poesia durantes muitos momentos, quando aborda frases sonhadoras, reflexivas, que não seriam faladas normalmente mas encaixa com as simbologias e metáforas que o filme apresenta no texto. É sensivel em tratar o amadurecimento de Tony e também parte para a comédia brasileira, de indentidade, mas não prejudicial. Sobre o amadurecimento, o vermelho é muito valorizado no filme, que traz um ar de sexualidade e paixão que Tony sente pelas irmãs Bandeira. Além disso apresenta um roteiro diferente, que como foi dito, valoriza frases e frases que nos trazem um pouco de cada personagem, complementado pela direção de arte. A sonoridade do filme é tocante, com cada barulhinho é trazido a tona, buscando criar um imersão na grande metalinguagem. E a direção de Selton é certeira.
No entanto existem determinados problemas, começando pelo desenvolvimento de alguns personagens, que deveriam ser tomados com atenção para recompensar a paciência virtuosa que o filme nos traz em não explicar demais, ou partir para tramas paralelas que alegram o filme mas não são determinantes para a história. Demasiado tempo foi gasto com comédia, pontual, verdade, mas faltou tempo para o pai vivido por Vicent Cassel nos mostrar sua importância na história além dos maravilhosos flashbacks, que nos contam muitas coisas. Por isso, perde um pouco no encerramento e nas decisões tomadas, que poderiam ter mais força e competência com algo mais consistente para encerrar. As poucas palavras de alguns personagens dizem o suficiente deles e para a história, mas não funciona para todos, muito menos quando necessita de uma ferramenta a mais para que tal poesia tome ar nas nossas mentes, seja um diálogo mais real e menos metafórico, ou até mesmo em explorar mais a fantasia que tanto mergulha com equilíbrio, quando nos faz entender a mente de Tony Terranova.
Por fim, é um filme brasileiro que entra no rol dos melhores, com uma qualidade fora do padrão, com um trabalho elegante de Selton Mello, que ainda por cima traz outro personagem marcante na sua carreira: Paco. Certamente mais um filme na minha vida que não vou esquecer, irreal e verossimilhante a década de 60. O trem se tornou para mim ainda mais relevante.
Obs 1: as cenas mais intimas da cabeça de Tony são as melhores. Um toque de fantasia muda tudo, e o cinema é o mundo mravilhoso que vemos sonhos acontecerem.
Qual é a diferença entre um porco e um homem?
Você já sonhou que foi para marte de moto voadora?
Você já se sentiu voando após vê um filme?
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraBellbottoms, Easy, Tequila, Debora, Cry Baby Cry, Brighton Rock, Blue Song e Baby Driver. Muitas músicas de um Ipod especial, que tocam na mente de Baby e tocam na nossa mente, sendo quase um musical, com cada música se misturando no filme. Nós acompanhamos intrisecamente esse personagem, com muito ritmo, velocidade, graças a direção praticamente impecável de Edgar Wright, com o uso do clichê ao seu favor.
Falando mais de Edgar Wright, da direção especificamente, é algo sensacional. É efervescente, apaixonante. A edição e rapida e bem produzida. Inicialmente, nos primeiros 6 minutos, há uma cena de ação frenética, com cortes sucessivos de forma fluida e dimensional, que mostra o geográfico da cena, expande o carro na tela em vários ângulos sem perder a aceleração. Sem dúvida um maestro da câmera.
Agora abordando as músicas e a edição sonora, mixagem...enfim, é algo que permeia as cenas de forma natural e ritmada. E mesmo com tanta edição, a mixagem de sons naturais permanecem e fazem mais sentido com a música ao fundo.
Além disso é importante tratarmos do roteiro. Edgar Wright escreve essa história, que sem dúvida não é nada original, mas espere...existe originalidade ainda. Claro, Edgar não poderia decepcionar. Tudo está nos detalhes, nas tatuagens, nos gestos, nos óculos, nas frases e nas músicas. Pode ser que não seja tão bem percebido, e aí pode se tornar um erro, poderia-se acusar uma falta de desenvolvimento de personagens com excessão de Baby. Eu discordo. Tudo se desenvolve milimetricamente. Nenhum personagem termina ou é visto no final da mesma forma. Aparentemente sim, mas observando as ações deles ao longo do filme, mostra outra leve camada que não tinhamos visto.
E sobre surpresa, o filme com esse roteiro e edição consegue evitar a previsibilidade e por isso surpreende, não busca surpreender apenas. Contrói uma atmosfera de envolvimento que não se espera o que vai acontecer, pois não há tempo para isso e não há brechas para tal. Mesmo com uma indicaçõe em determinada cena, ainda sim há a novidade do acontecimento.
Concluindo, é um filme excepcional, que você rir, se diverte, sente-se emocionado e imersivo naquela vida de Baby. Estava me mexendo na cadeira com tanta empolgação. Tem muitas referências a filmes antigos, porque Edgar ainda valoriza o cinema antigo, e está mais que certo, mesmo sendo um diretor bem moderno. Incrível.
Obs: a minha cena preferida é na lavanderia. Um maravilha.
Obs 2: as atuações todas estão ótimas. Cada personagem é bem caracterizado e são funcionais na medida.
Obs 3: Baby é um personagem extremamente bem criado. Não é inovador, mas muito marcante. Eu o comparo como um James Bond moderno e mais jovem. A cena com Jamie Foxx e os óculos mostram que ele sempre quer permanecer no estilo, assim como 007 ajeita o peletó após desabar de um prédio.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraMais um filme do Sr. Nolan, o diretor que arrebatou fãs como quase nenhum diretor faz. Esse filme aparenta ser um consequência disso, um filme que diferente dos outros longas com muita explicação(Interestellar)esse apresenta poucas linhas de diálogos, expondo mais a situação de fuga e emergência para retirada dos soldados ingleses de Dunkirk. Uma obra-prima? Só o tempo dirá, mas acho que não, mas é um espetáculo que não se fazia a muito tempo.
A ideia visivelmente proposta de trazer um aspecto conjuntural de pessoas, não protagonistas, não personagens, apenas soldados é desafiadora, arriscada. Isso é ao mesmo tempo um dos pontos fortes do filme por permitir uma imersão do expectador, e não transmissão do ambiente por meio de alguém, mas você mesmo sentir a Guerra, o avião, a fuselagem, como se estivesse dentro de um avião ou se afogando. Ainda mais, sua ideia de nos mostrar 3 segmentos em tempos distintos traz a ideia de perca de noção de tempo em situações extremas. É surpreendente, com certeza. É uma experiência pessoalmente única e bem real. Ora, também nada é pomposo, com verossimilhança nas bombas, no ouvir de uma bala e no próprio design do filme.
Isso é a técnica de Nolan falando muito alta, sendo seu auge, sua, e quase plenamente sua mágica perfeita, pois ao contar sua história, o próprio ponto positivo incomoda, o de não revelar rostos(heróis e personagens) ou empatias. É diferente? De fato, mas é contraditório e mal executado em pontos pontuais do filme. A sua ideia é transmitida no suicídio, na fotografia melancólica, na trilha sem dó de Hans Zimmer( que incomoda propositalmente, mas tira ás vezes a verossimilhança) e como disse, nos rostos apagados, sem falar nada...quando não fala, quando há os gestos o Nolan acerta, mas quando precisa trazer vida aos "personagens" e até mesmo ao seu protagonista, sente-se algo faltando, como se houvesse uma contradição, que aliás, esse filme é daqueles que você gosta por não ter se sentido bem, pois a obra atinge, transmitindo o paradoxo desse longa...mas que não é um acerto.
Dilatando mais a ideia, Tom Hardy conclui seu arco de forma ótima, sem nem ter quase falado(missão cumprida Nolan, em seu segmento dos ares). No mar, apesar de apresentar um arco sem sal, o soldado molhado e atordoado e o velho dando conselhos para os jovens sobre a situação do tal homem reforça a ideia do trauma,além de reforçar também a ideia de solidadariedade e de novo o do conjunto, de valorizar as pessoas e não apenas alguns.(Nolan faz muito isso, e não acho ruim). Mas quando passa para seu "protagonista", suas falas e as falas dos homens ao seu redor são estranhas, como se fossem diálogos que precisavam ser ditos porque a ideia não estava sendo clara? Se não havia falas por confiança no expectador, agora há falas demais para explicar algo? E porque complicar na edição? Fica mais legal 3 segmentos, mas precisava repetir cenas e confudir? Sim, sim, é bem feito, mas podia ser melhor hein, já há fontes necessárias para nos passar tensão, e o exagero pode vim aliado ao desequilíbrio.
Por fim, o final é o meu tipo de final, no estilo Spielberg, mas também compreendo sua proposta, mesmo sendo também um pouco amargo para alguns que esperavam o longa diferentão. Eu gosto desses finais, e encerrou bem. Kenneth Branagh fez certo seu papel, falou direito, não reclamo dele. Era necessário sua posicão para nos situar no que estávamos vendo. O silêncio absurdo retrata bem o resgate, além de outras coisinhas que prefiro não falar.
É impactante, é único, é muito imersivo(assista em Imax ou use fone de ouvido quando for assistir em casa) e paradoxal, pois coisas que você não gosta sua cabeça debate: era isso que Nolan queria? É defeito do roteiro? É um filme que merece ser debatido, e o valor principal do filme é esse, pois é assim que Dunkirk é, uma incógnita da derrota ou vitória dos ingleses. Faltou um roteiro consistente, mas conseguimos extrair algo, mesmo que de forma difícil dessa arte do Sr. Nolan.
OBS: Harry Stiles...bem...sei lá...ele é só mais um soldado, mas é o Harry, com sua cara fotogênica? Isso me deixa confuso também sobre o filme, então sem mais delongas.
OBS 2: eu gostei do filme ok. Só não é o melhor filme. Tem coisas incríveis mas que não permeiam todo o filme. Fato: Oscar, Oscar, Oscar. Ganhar no máximo 2 ou 3, e indicação a quase todas as categorias. Merece muito!(menos de atores kkkk).
OBS 3: há uma genialidade no Nolan, ele só precisa desenvolver seus roteiros, pois sobra técnica. Jonathan Nolan faz falta.
OBS 4: tem tensão, emoção...no final...pouco mas tem...proposital? Essa pergunta é um problema, mas é uma dádiva para conversas cinéfilas. O filme já ganhou por causar tanta conversa quando não se percebe que houve uma "unanimidade" de que o filme é bom. Isso é um máximo.
OBS 5: quem disser que não tem um certo nacionalismo...tem pouco, mas tem, reforçando a ideia de que o patriotismo faz parte da guerra. Ela não precisa ser idealizada, e se for que seja bem feita, mas está lá, nem que seja só uma bandeira, que tem takes focais de leve.
Frantz
4.1 120 Assista AgoraÉ um cinema feito a moda antiga, ou que nos passa é isso, de forma delicada, fria e calma. Com uma fotografia muito bela, esse filme enriquece o acervo de longa produzidos sobre o tema da Grande Guerra, não com diálogos ou emoções desenvolvidas a um nível interessante demais, mas com uma forma simplista e com ideias funebres.
A premissa de Frantz é interessante, pois envolve a morte e como ela vai permeando a vida dos personagens, além de trazer a tona assuntos como família, preconceito, amor, morte e amizade. São assuntos puros, e assim necessitam de uma refinada, e o diretor consegue. Ele consegue trazer pequenas e lindas surpresas com as curtas variações para o colorido, a quase ausência de trilha sonora, deixando os passos, toques entre outros sons naturais tomarem conta do filme. Além disso, traduz conflitos com uma calma e frieza, que ao meu ver faz parte do cinema alemão. Junto a isso, ela cria também um ar mais branco da França, difenciando da Alemanha. Os dois personagens são levemente retratados com ar de cada origem. É gracioso assistir isso.
Entretanto, a lentidão é exagerada em alguns pontos, atrapalhando ate alguns diálogos que ficam deslocados, já que são muito puros e até certo ponto clichês. Além disso, a química do casal protagonista é um pouco confusa, e isso é retratado também nas transições para o colorido, que por um momento são bem colocadas e com sentido, mas em determinados momentos em que na teoria deveria acontecer não acontece, trazendo a confusão do casal mais a tona. De fato, em parte há uma intencionalidade, mas ela não bem executada. Você torce por Anna, mas Adrien se perde na trama, apesar de ser bem atuado.
Enfim, é um filme gratificante, que esconde uma profundidade, uma felicidade inesperada e um retrato da Grande Guerra bem simplista.
OBS: Obrigado Dragão do Mar(Fortaleza, CE) por me permitir assistir filmes como esse no Cinema.
-------Uma morte pode renascer uma vida-------
Carros 3
3.6 316 Assista AgoraO Rápido como um jato e veloz como o foguete tem mais um filme, finalmente digno da Pixar, depois do fiasco, não menos carismático contudo, entretanto, mas fiasco. Filme que mexe com você, tem nostalgia, mas também tem repetição fraca e confusão de roteiro, mas o importante é o final gracioso.
O Relâmpago MacQueen nesse filme é mostrado como mais velho, ou tentaram mostrar. Isso atrapalha na identificação da história, além de não dá espaço ao expectador sentir essa passagem de tempo. Os carros high-tech são as únicas coisas que realmente criam a sensação de antigo. Os sentimentos, as engrenagens velhas, tudo isso é nos passado como fato sem provar nada.
Além disso, o filme recorre a ideias bem executadas do primeiro e tenta repetí-las sem sucesso, como músicas pop, direita-esquerda, travellings também com música pop...nada passa a ideia de progresso nessa horas. O primeiro ato tenta ser o mesmo primeiro ato do Carros 1 com uma leve repaginada apenas, uma nostalgia mal executada e apressada. Isso é um pecado para o Estúdio Pixar, tão conhecido por inovação.
Complementando isso, o roteiro inicialmente apresenta uma ideia, velhice, legado, será que é a hora de parar? Ele vai conseguir dá a volta por cima? Depois apresenta a Cruz, uma personagem incrível, que conquista qualquer um. Pixar sabe fazer bons personagens, seja com carros, formigas, ratos, monstros...etc. Aqui é um acerto vindo de outro erro. O erro é mudar o roteiro quando as coisas estavam dando mal na ideia inicial. Isso mostra desconfiança na própria ideia ou até mesmo um ato de desespero, mas acabou dando muito certo...no final.
A segunda ideia envolve a velhice ainda, mas de forma de diferente, e que necessitava mais ainda do expectador acreditar: Relâmpago está velho(e não parece). Tudo degringola num final emocionante, arrebatador e porque não representativo. Um final que traz a tona o que era Carros 1, a metáfora do carro sempre foi a de Rocky, a da Menina de Ouro, o Lutador e Karatê Kid. É clichê mais é lindo e sempre funciona e até salva filmes quando são feitos de forma bem feita.
PS: que curta! O curta-metragem antes do filme, Lou, é um pouco superior ao filme. Lindo, assim como o filme apresenta um final que dá arrepio ou emoção, mas curta e curta, nem se compara(foi de leve).
PS2: Paul Newman :-)
300
3.8 1,7K Assista AgoraAcho que é o filme que mostra o potencial de pureza e estilo que Zack Snyder pode nos trazer. Com certeza um filme que marca sua carreira, transcendendo a HQ de Frank Miller para as telas em seu potencial altíssimo de visual onírico, com uma fotografia que transforma o vermelho em uma cor além do sangue, uma cor que representa Esparta em uníssono. Fisiculturismo na medida, com corpos esbeltos que simboliza mais que estética, cria um exército uniforme de músculos. Um filme que demonstra saber o que fazer para criar um grupo de espartanos vivos em tela, cada dublê ou ator lutam em uma câmera lenta como se fossem deuses da guerra. Slow motion aqui é exagerado e ainda bem.
Tem muitos defeitos de ritmo e de roteiro, mas é inegável como Snyder criou Esparta definitiva no cinema, seja você achando ruim ou não o filme.Um épico puro, defeituoso, e um tanto exagerado demais como um estilismo sem igual. Tem inspiração!
Meu Malvado Favorito 3
3.4 404 Assista AgoraJá é o terceiro filme, que na real, está funcionando cada vez mais só para crianças, e isso não necessariamente é bom, pois mostra uma regressão em vários aspectos de história e até de diversão. E não só isso, perdeu a brincadeira com a vilania, ficou agora tudo tão forçado repetir o mesmo esquema.
Ainda é divertido, engraçado, principalmente dublado. Gru é um personagem excelente, com seu humor maléfico ainda e as situações em que aparece, e todos nós já sabemos disso. Logo o filme busca diversificar os núcleos da história.
Lucy tenta se tornar mãe(muito bom, tem realmente ótimas cenas), Agnes e Edith buscam o Unicórnio(fofo, apenas),a relação dos irmãos gêmeos(para mim, o irmão foi infame na maioria do tempo) e o os Minions(melhor parte, infelizmente).
Acho que uma das melhores coisas desse filme é o vilão Balthazar Bratt. Meu Malvado Favorito é um filme popular por ter esse tema de vilões, naquele estilo caricatural de essência, que é bom demais. Aquele ar retrô desse vilão é maravilhoso, e pode divertir os mais velhos. Aliado a esse trunfo, as músicas são sensacionais, repetindo a dose do segundo filme. Além disso vale citar os Minions, que ganham espaço próprio a cada filme, infelizmente, pois percebi que as crianças só se divertem com eles.
Por fim é mais um filme razoável, pois o núcleo mais importante não é bom, é forçado. O irmão gêmeo como relevância é indigesto e algumas piadas entre eles são boazinhas, tanto que Lucy e as crianças achavam estranho(kkkkk). Aceito no máximo mais um filme, como uma chance.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraHey! Ho! Let's go! A música dos Ramones nos créditos traduz muito o que é esse filme. Bateu uma juventude ao ouvir essa música que nem é da minha época, e o Homem-Aranha é isso, o herói humano que passa gerações conseguindo fãs, seja por seu estilo chamativo e engraçado, seja por ser o Peter Parker que veste aquela roupa, um herói nas escolhas e sacríficios, não sendo a roupa que traduz seu heroísmo. E o filme fala exatamente disso.
Os pontos altos desse nosso 6° filme do teioso é Tom Holland, com sua atuação equilibrada entre Tobey e Garfield. Sério, inocente e engraçado nas horas certas. Aqui temos uma adaptação definitiva do Peter, pois até aqui a melhor forma de adaptar esse herói que começou na escola é mostrando seu dia-a-dia na escola, com o gênero teen que John Hughes imortalizou. Misturar a vida do Aranha e do Peter foi um dos grandes acertos, com um roteiro que fala de amadurecimento e indentificação do herói, em meio a piadas, um clima juvenil e tudo bem simples.
Além disso, isso só poderia dá certo com um bom vilão, e finalmente a Marvel entregou. Era o que precisava para um filme do Aranha, pois a frase clichê é concreta: atrás de um grande herói vem sempre um grande vilão. Se não for grande, que seja a altura. Micheal Keaton se deu bem, apesar de infelizmente a história não permitir ir ao fundo desse vilão. Tenho vários elogios, mas não escondo os defeitos.
Tecnicamente o filme tem muitos defeitos, direção é pouco inspirada, o CGI do Homem-Aranha é bem dificil de acreditar, além do Abutre, que visualmente é bonito mas não tanto na ação. Liz Allen é a mais fraca entre os atores, mas graças consegue sair sem nem incomodar demais nem alegrar de menos. E por fim as cenas de ação, nada memoráveis, além de uma trilha que não me satisfez no contexto do filme, achei muito épica para algo simples demais(a princípio, quero analisar melhor), no entanto Micheal Giacchino domina. A trilha é muito boa.
OBS: Tony Stark está muito bem, bem colocado e bem usado. As discussões acerca de sua presença como substituíção do Tio Ben, a roupa tecnológica e sua ânsia de Peter de agradar o Iron Man, a princípio me incomodaram pelo meu saudosismo. Mas admito, é muito bem feito, e faz sentido. Adaptações são necessárias e esse reboot é extremamente bem feito.
OBS 2: Ned arrasa, marca presença, marca tudo(adaptação). MJ o pouco que aparece agradou muito(adaptação) e Flash foi de boa. É o novo Bullyng(adaptação). Happy também bem colocado no filme, com diálogos e piadas refinadas.
OBS 3: Melhor cena é a do carro! Atores em alta performace, fiquei nervoso do início a fim. Incrível.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraEu realmente senti vontade de sair da frente da minha TV.(Get Out)
Não é um filmão, incrível, mas não precisa, só em trazer esse terror social com o absurdo Black Fashion e inegavelmente nos trazer uma mensagem mais aterrorizante ainda já vale a pena ter visto.
OBS: Black Mirror tem feito bons pupilos cinematográficos.
O Círculo
2.6 587 Assista AgoraUm filme bem teórico, expositivo, e até didático, numa narrativa sem ritmo e morna, o que poderia ser intencional, mas isso não fica bem claro, tornando-se um defeito. Tudo se resume na ideia, que se for realmente levada em conta torna esse filme razoável aos meus olhos.
O grande mérito desse filme é te fazer pensar, ficar levemente tenso e buscar a obra original, o livro que inspirou o filme. As metáforas, o mundo realista futurista, as comparações com o nosso mundo, são detalhes que enchem o filme, que realmente não é novidade, principalmente para quem viu Black Mirror, mas isso não apaga a ideia do filme, a ideia de trazer a teoria de uma ditadura cibernética, de tocar em assuntos como Democracia, liberdade e de abrir mão dela em prol das propagandas de algo melhor, como um plano de saúde de qualidade para sua família. De fato, tem ideias e são muitas, não desenvolvidas, mas há e trazem reflexões, mesmo as mais simples, e por isso me fez querer descobrir o livro que esse sim foi extremamente elogiado.
O grande defeito aqui é não fazer um filme quando a proposta é fazer um filme. É uma palestra com nuances de uma história de uma personagem interpretada pela Emma Watson, que como não é tão boa atriz(ela é mediana) pode até te trair na falta de coerência emocional diantes os fatos. Determinantes para mudanças da personagem são vazios e sem explicação. Há uma sensação as vezes de que o diretor não sabe o que é mais importante mostrar. Tudo se mantêm estável, frio, pois o roteiro é expositivo. Personagens que aparentemente são relevantes simplesmente tem uma função desconhecida na trama...como assim. Quando você acha que algo vai acontecer nada acontece. Quando você não espera acontece, mas sem benefício. Uma completa falta de cinematografia, como se houvesse problema em todos os setores basicamente.
Mas no final, é um filme que pode surpreender, não tanto, pois há coisas bem previsíveis, mas como disse, as ideias expostas e como termina o filme traz várias reflexões sobre vários assuntos, não sô um. Tom Hanks faz um uma ótima faceta de Steve Jobs. Concluindo, é confuso dizer que gostei, até por que não indico assistirem, então...estranho, mas eu gostei!
Obs: o filme deveria fazer um falso documentário, ou fugir um pouco da ideia de um personagem central, abraçar a ideia de ser expositivo. Seria um filme diferente e inesperado. Essa é minha proposta para melhorar o filme.
Obs2: design de produção é bem legal, não é inovador, mas o layout da empresa The Circle realmente é admirável.
Across the Universe
4.1 2,1K Assista AgoraUm deleite musical, com canções que salvam o filme e esconde defeitos para mim, um lado mais melancólico e psicodélico dos Beatles que eu não tinha visto. Bem dirigido e editado e full Beatles, ou seja, já é ótimo por natureza. While My Guitar Gently Weeps e Jude são minhas favoritas. All my loving é tocante, logo no início, Let it be sempre é arrebatador, Because é realmente muito noiado e psicodélico. Come Together muito boa para introduzir um personagem, no entanto o filme falha em explorar os núcleos dos coadjuvantes. Apesar de ter uma música para cada um, eles não contribuem muito para a trama que já é um clichê básico. O filme é sem brilho, também pelos atores que são medianos e pouco cativantes, mas pelo menos são ótimos cantores. Além disso algumas adaptações eu pessoalmente não gostei, mas não tiro ponto por isso. E como não sou fanzaço dos Beatles, mas amo demais essa banda, acabei conhecendo algumas músicas deles.
Destaque que não conhecia e gostei muito: Across the Universe e I've Just Seen A Face.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraCom pouco menos de um pingo de sensibilidade esse filme vai te comover de uma forma ou de outra. Esse filme mostra como a arte é importante, seja para trazer reflexões, seja para construir uma história.
...(lágrima)...
Drácula: A História Nunca Contada
3.2 1,4K Assista AgoraPrefiro esse filme como começo do Dark Universe. Simples, curto, bonito, estiloso, história legal, sem muito peso, verdade, mas dá uma tensãozinha. Luke Evans faz porte de heró, porque é o Drácula, filho do demônio(tem umas coisinhas toscas que não combinam, e tem explicações ás vezes demais), Vlad, o príncipe, é um super-herói. Sem dúvida. Até a cena de descoberta de poderes existe aqui, que é...pois é. Fotografia gratificante e cenas de luta extremamente estilosas e bem filmadas. Direção boa.
A cena da primeira batalha do Drácula é sensacional. O reflexo da espada, um breve slow motion...animal. Bom filme,
Hook - A Volta do Capitão Gancho
3.4 282 Assista AgoraO grande problema desse filme é que parece aquelas animações que quase nada se relaciona com os adultos. O tom dos filmes de Spielberg, com aquela inocência e boa infantilidade, aqui é exagerado. Não tem trabalho aqui para o Spielberg, aí fica paia. Um filme sobre Peter Pan e que tem crianças. com um mundo fantasioso, é uma escolha fácil para fazer esse filme. De novo, dois anos depois de Além da Eternidade. há um falha desse grande diretor. Ele só se torna razoável, e não ruim para mim, pela produção e de novo pelas atuações, além de bons e poucos momentos de emoção de sempre do Spielberg, sempre com um final satisfatório. Além disso não foge da proposta que tem e não conta mal a história, só não é nada demais no final das contas, e o que a gente espera do Spielberg é bem mais.
O que mais gostei desse filme foi Dustin Hoffman como Hook.
Além da Eternidade
3.5 125O filme vai depender da sua sensibilidade. Não é um dos melhores do Spielberg, com certeza, mas ainda tem sua inocência em trazer assuntos tão mundanos com pureza, sacrifício e abnegação. Não deixa de ser um filme emocionante em algumas partes. É triste e tem uma mensagem legal. Atuações ótimas e a cinematografia do Spielberg ajudaram o filme, pois a história foi bem mal contada. Razoável para ruim. Infelizmente. Todo grande diretor falha, apesar dele nunca falhar miseravelmente ao meu ver.
Baywatch: S.O.S. Malibu
2.8 445 Assista AgoraEntre boas risadas, e ótimas piadas, é mais um filme que tenta colocar ação onde não deve e um falso drama que não tem ritmo. Uma história simples, um tanto surreal para Guarda-Vidas que apresenta mega problemas, além de não ter tempo de tela bom para os personagens quando se propõe uma equipe. Tudo isso afogado em CGI no mar que dá um ar estranho no filme, e nas cenas de erro de gravação você confirma a teoria das cenas estranhas. Apesar disso, vale a pena ver quem gosta de ver mulherões e homenzarrões. Não é meu estilo, mas reconheço que funciona e na comédia acerta muita coisa.
O filme podia ser um doble coop do Zac Efron e do The Rock. Eles dois juntos arrebentam. O ritmo deles nas piada é ótimo. Eles são o ponto forte do filme. As piadas entre eles são hilárias. Outras piadas R no filme são realmente relacionadas ao ambiente de praia que eles vivem, sempre ligadas a partes do corpo endeusadas na praia ou que causam vergonha. E a medida disso é boa, porque não vira nível Deadpool e não deixa de aproveitar a piada gráfica. E as piadas metalinguísticas são fenomenais.
Em relação aos defeitos, o que me chamou atenção foi as mulheres, mas não do jeito que vocês estão pensando. Elas são monossilábicas e beiram ao ridículo. Há pessoas que gostam nisso no filme, mas nem para a piada isso é usado. É quase levado a sério. Daddario me surpreendeu com a falsa ideia que a personagem quer passar, de mulher ávida e ignorante com homens como Zac Efron no filme, mas durante todo o filme ela parece inexistente. A atuação de IIfenesh Hadera(Stephanie Golden)já me chamou mais atenção positivamente. E Daddario e Zac foi muito forçado.
Por fim, faltou mais mar e menos polícia. Cadê o treinamento dos Guardas-Vidas? Cadê a interação com os personagens além do Zac e The Rock? Ficaram só nas piadas? E por que os resgates sempre são cenas de solução rápida de roteiro? Pois é, não achei ruim a historinha de mudança do Zac no filme como alguns, achei ruim existir mais um filme que não aceita o que é, uma comédia na praia, uma adaptação de uma série antiga. Menos ação, menos repetição e drama bem colocado faria esse filme ser bom. Pelo menos a câmera lenta é um artifício de piada, mas até isso perdeu o charme que a série tinha. Faltou criatividade nesse filme, isso sim.
PS: não sei porque mais a trilha sonora nesse filme me irritou. São batidas e batidas, nunca permite você entrar realmente no clima da praia. Só que isso é na minha percepção, porque há ainda a possibilidade das músicas estarem se variando muito no ambiente da praia. Ser nostálgico não é ruim, esse filme podia ter uma medida a mais nisso para não entrar na zona proibida do conforto. Ao menos David aparece de forma ótima.
Férias Frustradas
3.2 598 Assista AgoraFazia tempo que não ria tanto com um filme. É incrível que mesmo você até deduzindo a piada você ri, porque é muito boa.
Com um ritmo bom entre draminha e comédia besteirol, ás vezes bem inteligente. e sem ser repetitivo chato, ou seja, retoma uma piada na hora certa.
Um filme que é o vai e vem de um carro nas estradas ruins que existem no Brasil quando você viaja, e com muito estilo.
Rei Arthur: A Lenda da Espada
3.2 623O que faz um herói? A arma ou o homem? Fiz uma breve pesquisa dentre 50 pessoas aproximadamente, e a resposta unânime é: o homem. Que coincidência, pois é exatamente o que falta nesse filme, um personagem central que você se importe, que se prove como herói, sendo um estilo gangster ou não. Em uma história arthuriana, sendo moldada por Guy Ritche ou não, precisa da forte presença do Arthur, não só músculos ou piadinhas(que são ótimas, admito). Isso está na proposta do filme, se não tivesse não reclamaria. A espada também perde sua importância, servindo apenas de ataque especial do super combo do video-game que o Guy Ritche inventou de forma criativa, mas não menos estranha e até certo ponto mal feita. No geral, tirando esses defeitos, se ao menos tivesse uma história a ser contada o resultado ainda podia ser melhor.
Dividir aqui os pontos fortes e os dois pontos mais fracos.
Pontos fortes se resumem a Guy Ritche e sua assinatura exemplar. Esse diretor arrebenta muito. Sua direção é tudo de bom e suas ideias de transformar tudo em ambiente de ladrões e policiais, mesmo na Idade Média. Mas tem outro ponto forte que vem em complemento a direção, que é a comédia britânica afiada, além dois diálogos rápidos e esdrúxulos que fazem o entorno do filme e que se tornam mais legais que a "história" do filme, que é basicamente ausente. Nesses quesitos o filme se torna divertido,e por isso até indico as pessoas verem.
Já os pontos negativos vou me ater a dois desessenciais: ausência de história a ser contada em um ambiente arthuriano e a pobreza do personagem principal. O filme é um ajuntamento de video clips. Me lembrou muito os trabalhos do Zack Snyder, quando se prioriza apenas as cenas. O primeiro ato tem uma história, mas ela vai se diluindo e não se construindo nas piadas e nos bons diálogos. Parece que o Guy Ritche tentou maquiar isso, tentando ao máximo colocar sua assinatura divertida e super original. Para alguns funcionou, para mim não. O terceiro ato vira um video-game que teria muito mais impacto se tivesse uma história por trás. Isso nos leva ao problema do personagem principal. Charlie Hunnam, ator de carisma e que gosto muito, mas ou disseram algo errado para ele ou ele simplesmente não quis se esforçar para ser o Arthur. Não há nenhuma mudança em sua personalidade diante dos "desafios" que ele passa. Ele só faz piadas e quando chega na cena de usar a espada? Caramba, a motivação pobre e mal feita para o uso. Todos aqueles sonhos mega repetidos...Charlie fica no mesmo e não tem nenhuma faceta de herói, e isso está na marketing do filme: Do nada a Rei, ou seja, é necessário uma transformação que não acontece.
Para ficar mais claro: eu gostei mais do Jude Law, do vilão, do que do herói, porque nesse quesito o Jude Law, mesmo não sendo uma das suas melhores performances, ele está preocupado em atuar.
Por fim, foi divertido por um momento, mas um final amargo, até porque há tanto uma falta de coesão nos clips para formar uma história que o final fica desconexo. Chega a uma parte que você não entende o que aconteceu para aquele tal personagem está ali. É triste filmes que esquecem da história em prol do estilo, não sendo a proposta do filme que tem um intuito de ter uma leve história arthuriana, um épico, que nesse caso falha feio.
PS: Assistam os filmes do Guy Ritche, esse cara arrebenta muito. E outra coisa,
David Beckham foi uma surpresa, mas atrapalhou a Excalibur naquela cena. :-(
Segundo PS: a trilha sonora é ótima, como nos filmes em geral do Guy. E elenco é ótimo. Ninguém falha, só o Charlie que devia mais. No entanto os coadjuvantes existem para completar a piada, nada de história. E os nomes dos personagens são bem criativos, no estilo Ritche.