Esse é o primeiro filme da sequência Anjos da Lei, que é uma adaptação de uma série de ação e comédia voltada para o público teen nos anos 1980, e que foi responsável por revelar ninguém mais, ninguém menos que o astro Johnny Depp. O filme foi mais voltado para o gênero comédia, e a escolha dos protagonistas foi no mínimo discutível. O filme começa nos apresentando os personagens principais: Schmidt e Jenko, interpretados por Jonah Hill e Channing Tatum, respectivamente. Nas primeiras cenas, vemos Hill, como um fracassado, e Tatum como o sujeito popular, e ambos se odeiam mutuamente. A situação muda, quando os dois ingressam na academia de polícia, e um passa a precisar da ajuda do outro, e a partir daí os dois se tornam amigos. Pois bem, ao analisarmos esse filme, vemos que ele é bem parecido com muitas comédias que surgiram antes ou depois dessa. E que ele acaba de certa forma, adotando a mesma fórmula das outras, que são piadas prontas, apelo sexual, e uma história pra lá de previsível. Mas o filme não é de maneira alguma, de se jogar fora, e em vista de muitas comédias, é até interessante. Entre os pontos positivos, estão, as atuações de Jonah Hill e Ice Cube, que são os atores que ditam o ritmo cômico da trama, no caso de Hill ainda mais, pois é ele que junto com Tatum, é o personagem em destaque. Falando em Tatum, sua atuação, como de costume em seus filmes, é totalmente engessada, de forma que seu personagem não apresenta nada de interessante, e seja totalmente insosso, de forma que, se ele não estivesse ali, não sentiríamos a menor falta. Além de ser extremamente sem graça, ou carisma. Dave Franco é outro que tem um papel importante na trama, mas é outro ator que não nos apresenta nada de interessante, e tem uma atuação bastante apagada. O roteiro é demasiadamente previsível. Não que isso seja alguma novidade nas comédias atualmente, mas obviamente são fatores que de certa forma cansam o expectador. Tom Hanson, personagem principal na série, interpretado por Johnny Depp, tem uma pequena aparição no longa, talvez no melhor momento do filme, em uma cena em que finalmente acontece algo de surpreendente. O final do filme cai bem a trama, porém não deixa de ser aquilo que todos esperavam. Em resumo, Anjos da Lei é uma comédia bem regular, porém recomendo a quem quiser assisti-lo como puro entretenimento. Nada além disso. Nota: 6.0
Faroeste filosófico, dirigido por Jim Jamursch, e estrelado por Johnny Depp, é um filme realmente diferente de tudo que já vimos no cinema. Em primeiro lugar, não se trata de um simples filme de bang-bang, mas sim de uma história que nos traz profundas reflexões sobre o comportamento humano, lealdade, traição, vingança, amizade, companheirismo, ódio... Todos os elementos que nos tornam humanos. A história começa bem interessante, com o personagem de Depp em uma viagem de trem, partindo rumo ao Oeste, para trabalhar como contador na única metalúrgica do local. Essa primeira cena, é uma tomada bem longa, onde podemos ver que, a cada estação, os passageiros que estão a frente do protagonista vão mudando, ao mesmo passo que vemos a mudança da paisagem, ficando cada vez mais desértica e selvagem, conforme o personagem se aproxima de seu destino, a fotografia se destaca nesse início de forma brilhante, lembrando que opcionalmente, ele fora filmado em preto e branco, o que foi considerado um veneno de bilheteria por muitos. Após esse início, temos ainda dentro do trem, o primeiro de muitos longos e excelentes diálogos do filme, que é interrompido por uma caçada a búfalos. Quando o personagem principal chega a cidade de destino, é que vemos o quão brilhante fora o trabalho de reconstrução de época, já que desde o cenário ao figurino, tudo ficou perfeito, nos fazendo voltar no tempo. O inicio da trama é pautada por diálogos, mas após Willian Blake (Johnny Depp), se envolver com uma mulher, e assassinar seu amante, em legítima defesa, o filme ganha uma nova dinâmica, pois o falecido, era filho do poderoso industrial do local, que ordena uma caçada contra Blake, que está extremamente ferido. A partir daí o filme contrasta, entre as reflexões de seu protagonista, a amizade com um indígena que o salvou, e a crueldade dos assassinos enviados para caçá-lo, e o filme se torna completamente envolvente. O desfecho da trama é perfeito, e deixa o espectador completamente satisfeito. Johnny Depp tem uma atuação eletrizante, e mostrava desde aquela época o grande ator que era, apesar de ser considerado um ator que não era rentável aos estúdios, exatamente por projetos como aquele, sua caracterização ficou perfeita, e suas expressões são um show a parte. Outros nomes a destacar no filme, são os de John Hurt, Billy Bob Thornton e do músico Iggy Pop, além de pequenas aparições de Gabriel Bryne e Alfred Molina. A fotografia do filme em preto e branco, é um verdadeiro espetáculo, e a trilha sonora se encaixa muito bem na história. Em resumo, Dead Man é um grande filme, e sem dpuvida alguma eu recomendo. Nota: 10
Único longa que conta com o astro Johnny Depp na direção, é também um filme muito interessante. E como não poderia deixar de ser, por se tratar de Depp, o filme é diferente e muito louco. Nesse filme Johnny tem uma oportunidade pela qual, muitos diretores matariam para conseguir, que é a chance de dirigir, ninguém mais ninguém menos, que o gênio Marlon Brando, considerado por muitos o maior ator da história do cinema mundial. Pois bem, o filme é dirigido,e protagonizado por Depp, que interpreta um índio americano, que, com sérias dificuldades financeiras, vivendo na miséria, acaba conhecendo uma sinistra organização criminosa, que oferece 50 mil dólares a sua família, caso ele aceite ser torturado morto pelos carrascos dessa quadrilha. Com essa temática muito louca, o filme de certa forma, foi bem sucedido em sua proposta, que é a de mostrar a decadência das minorias nos E.U.A., e tudo ao qual eles tem de se sujeitar. Como drama familiar, o filme também funciona muito bem, pois mostra o relacionamento complicado de um pai, que mesmo amando sua família, se envolve em vários negócios ilícitos, com intuito de atenuar sua situação social, e acaba sendo um pai de certa forma ausente, um marido ruim, e o pior exemplo para uma criança se espelhar. O grande problema do filme, está na inexperiência de Depp na direção, pois o filme não tem o Time ideal, e em alguns momentos ele é excessivamente vagaroso, enquanto outras questões importantes, ficaram por explicar. No quesito atuação, Depp está bem, porém está distante de sua melhor forma, e passa ao público, em determinados momentos, a sensação de cansaço, ou de impaciência, por estar em duas frentes no mesmo filme (digo direção e atuação), mas nada que comprometa a sua atuação, ou o filme em si. Marlon Brando, outro destaque do elenco, tem uma atuação apenas sutil, já estava em seu final de carreira, e não conseguiu ser o Brando que estávamos acostumados a ver. Porém, tem alguns diálogos bem interessantes com o personagem de Depp, além das expressões faciais que o definiram como o grande que foi. O restante do elenco, traz artistas praticamente amadores, com exceção de um ou outro nome, mas em todo o caso, se esses não tem uma atuação magistral, estão longe de comprometer. O desfecho do filme é bem interessante, e é também uma reflexão, do que somos capazes de fazer por amor a alguém. A fotografia é interessante, mas nos leva a crer que se trata de uma produção B, com dois grandes astros no elenco, o que torna tudo ainda mais interessante. Em resumo, O Bravo é um filme diferente e inteligente, que vale a pena ser visto. Um trabalho que tem a cara de seu diretor, pena que ele não tenha se arriscado em outros longas, pois seria interessante ver sua evolução como diretor. Nota: 7.5
O segundo filme da franquia Piratas do Caribe, mantém o bom nível visto no longa anterior. A grande diferença, desse para seu antecessor, está no próprio roteiro, já que, para esta sequência, muitos elementos fantásticos foram acrescentados, e a trama acabou por ganhar o seu mais famoso antagonista, o Capitão Davy Jones, e seus corsários amaldiçoados do Navio Holandês Voador. Assim como no primeiro filme, os efeitos visuais são uma atração a parte, e fazem o expectador grudar na cadeira. Grande parte disso, causada pelo próprio novo vilão acrescentado a trama. Temos nesse filme, outro elemento importante em uma sequência: o retorno dos personagens originais, com os mesmos atores do filme anterior. Entre eles é claro, Johnny Depp, que, de maneira brilhante, conduz o personagem Jack Sparrow, que desta vez, se vê ameaçado por um antigo pacto feito com o vilão da trama, que agora terá de pagar sua parte do acordo, e se tornar escravo do Capitão Jones. Imposição essa, que Jack reluta com todas as forças, e assim inicia mais uma grande aventura recheada de bom humor, e cenas alucinantes, tal como vimos em A Maldição do Pérola Negra. O elenco de apoio também está muito bem encaixado, e dessa vez, o destaque é para Bill Night, o temido vilão, que conseguiu com todos os méritos, fazer o que dele se esperava: ser amedrontador (Sparrow que o diga)... Keira Knightley e Orlando Bloom, também continuam perfeitos em seus devidos papéis, mostrando o quão necessários são a trama (talvez essa seja a falta que fez com que o quarto filme ficasse tão abaixo dos outros). O roteiro é muito bem conduzido, e o final é perfeito, pois deixa o espectador, ao mesmo tempo satisfeito com o resultado do longa, e com aquele gostinho de "quero mais", que foi muito bem explorado. A maquiagem e o figurino, novamente estão impecáveis, e são mais um ponto alto do longa. Em resumo, Piratas do Caribe - o Baú da Morte é um excelente filme, super divertido, engraçado, e merece ser visto. Eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 10
Um filme que, literalmente, não só ressuscitou o gênero, Piratas, como também deu uma nova cara ao mesmo. E ainda de quebra, consagrou, aquele que, hoje, é um dos mais idolatrados astros de Hollywood: Johnny Depp, que anteriormente, era considerado um veneno de bilheteria, já que, seus filmes, não visavam lucros de bilheteria, e sim qualidade cinematográfica (vide Dead Man, Ed Wood, Benny e Joon...). Mas ao contrário da maioria, Johnny, conseguiu emplacar um blockbuster que, é bem a sua cara, e um personagem tão autêntico, quanto aquele que o interpreta, não atoa, ele recebeu ali, sua primeira indicação ao Oscar. Pois bem, Piratas do Caribe começa, com um tema, a muito esquecido no cinema, pirataria. E que rendeu alguns bons filmes no passado, como: Os Piratas diabólicos (Christopher Lee), A Ilha da Garganta cortada, O Cisne Negro... Só que, com alguns elementos um pouco diferentes. Já que, o longa é uma produção de Walt Disney, não poderíamos esperar algo diferente, dos elementos de fantasia, encontrados ao longo da história. Pois é exatamente esse o trunfo do filme. Explorar as lendas, e o mundo fantástico que cercavam as histórias dos piratas naquela naquela época, e transformar, todos esses contos, de pilhagens, invasões, maldições, navios fantasmas, em uma realidade dentro da trama. Testemunhamos ali também, o nascimento de um dos personagens mais amados da história do cinema, o Capitão Jack Sparrow. Com seu jeito irreverente, uma forma engraçada de falar e andar, e um senso de humor único, Johnny conseguiu cativar o público, com seu mais novo, e hoje famoso personagem. A história é muito bem conduzida, de forma que, todos os elementos do filme são muito bem explorados, e nesse caso, como não pode deixar de ser, um filme sempre é tão bom quanto seu vilão. E nessa posição, temos o Capitão Barbosa, que assume, e muito bem o papel, do cara mau. Se bem que, nem o próprio Jack, pode ser efetivamente considerado um herói, já que seu jeito malandro, e aproveitador, fazem dele, um sujeito que pensa primeiro em si mesmo, e em segundo também... transformando-o em uma espécie de anti-herói. O mocinho da trama, de verdade, se chama Will Turner, muito bem interpretado por Orlando Bloom, que tem papel central no longa, já que, é o único capaz de livrar os piratas, da tal, maldição sofrida pelos marujos do Pérola Negra, que se tornaram uma espécie de mortos vivos, por conta do roubo de um tesouro proibido. Keira Knightley é outra que tem um papel de extrema importância, e o executa muito bem, como a filha do governador, e a falsa herdeira de "Bootstrap" Turner, pai de Will, e nesse caso, aquela que livraria os piratas de sua maldição. Geofrey Rush é outro grande destaque, já que, como eu disse acima, interpreta com destreza o vilão da trama. Os efeitos visuais são um show a parte nesse longa, que também conta com um figurino incrível, e uma reconstrução de época magistral. Em resumo, um grande filme, que deve ser visto por todos os que gostam do que há de melhor no cinema. Nota: 10
Filme que é uma de cinebiografia de George Jung, que durante o seu auge, trabalhos, para, ninguém mais ninguém menos, que o narcotraficante mais famoso da história o colombiano Pablo Escobar. Johnny Depp vive Jung, que era a principal ligação do tráfico de drogas, do Cartel de Medelim, para os E.U.A., e Depp executa o papel com extrema competência, já que, após algumas visitas ao George Jung original, Johnny conseguiu catalizar todos os trejeitos e a personalidade do sujeito, fazendo com que ele o espectador visse, não o ator em cena e sim o próprio traficante. E nesse quesito, também devemos destacar o trabalho da equipe de maquiagem e figurino, que remontaram muito bem os personagens, e também a equipe que trabalhou na construção do cenário, que ficou perfeita, realmente nos levando de volta aos anos 70. A história começa nos apresentando Jung ainda jovem, com seus cabelos lisos, e sua aparência jovial, começando a comprar drogas de Derek Foreal, dono de um salão de cabeleireiro, interpretado por Paul Reubens, e repassando a vários usuários nas praias de Miami. Nesse momento, vemos seu romance com Barbara Buckley (interpretada por Franka Potente), com quem teve um relacinanamento, e que fora seu grande amor, fato muito bem explorado no longa, trazendo muita realidade em torno do relacionamento, e da sua morte prematura, vítima dos excessos de sua vida louca. Outro ator que devemos destacar ma trama, é o experiente Ray Liotta, que interpreta Fred Jung, pai do protagonista, que demonstra todos os conflitos e as emoções da família do famoso traficante. E é o pivô de uma das cenas mais tocantes da trama. Penélope Cruz é uma que entra na trama em sua metade, no papel de Mirtha mulher de um traficante, que acaba sendo seduzida pelo personagem de Depp, e juntos iniciam um relacionamento, que ficara marcado pela instabilidade, por brigas, excessos, e com quem Jung teve uma filha, que de certa forma, era seu elo com o mundo real, e também, o motivo de sua profunda depressão, já que, nunca conseguira ser definitivamente um boa pai para a pequena Kristina (interpretada por Emma Roberts), fato que se reflete de maneira muito triste no fim da trama. Outro destaque do filme, apesar de sua pequena participação na trama, é o personagem Pablo Escobar, muito bem interpretado por Cliff Curtis, que demonstra a frieza e a postura do maior narcotraficante da história. O final do filme, também reflete também o estado emocional e físico do personagem, e a caracterização novamente está um show, já que Depp, está idêntico ao personagem. Em resumo, é um excelente filme. Um dos melhores no quesito narcotráfico, feitos até hoje no cinema. Nota: 10
Um grande filme. Uma trama tensa, inteligente e intrigante. Aliás bem a cara de seu diretor: o genial Roman Polanski. Um filme que renova o gênero terror, assim como Polanski já havia feito no surpreendente O Bebê de Rosemay, um dos grandes clássicos do terror. Nesse filme, Polanski nos traz uma história totalmente inovadora, sobre um livreiro, que é contratado por um magnata, para verificar a autenticidade de um livro, que contém elementos satânicos que evocam o próprio Senhor das Trevas, e se é conhecido como o Livro sobre os 9 portais do Reino das trevas. Johnny Depp vive o livreiro Dean Corso (que inspirou meu nome no Filmow, inclusive), que após receber essa tarefa, se vê em meio a uma conspiração, que engloba o sobrenatural, poder, sexo, assassinato, e muito mistério, em uma trama muito bem desenvolvida e super bem conduzida por Polanski. É um filme que não deve ser visto como um simples terror, e sim como um jogo de Xadrez, onde cada peça vai sendo lançada em seu tempo, até o surpreendente Xeque-Mate. A trilha sonora, também é um ponto positivo a destacar, pois atenua ainda mais a tensão presente no filme, que ajuda a transformar cada morte em um novo e sinistro quebra-cabeças, pronto para ser montado. O figurino também está perfeito, tal como a fotografia, que é sempre um ponto importante nos filmes de Polanski. A atuação de Johnny Depp, beira a perfeição, de forma que ele consegue captar com precisão, e passar ao espectador a mudança de Dean Corso, de um homem cético, que não crê em absolutamente nada, para um sujeito totalmente obcecado pelos segredos referentes ao nove portais. Essa é inclusive, na minha opinião, uma das mais brilhantes atuações da carreira de Depp, pena que não é tão conhecida. O desfecho do filme é perfeito, e deixa no ar uma dúvida, o que o torna ainda mais sinistro. Em resumo, O Último Portal é um grande filme, que merece ser visto por todos os amantes do Cinema Arte, sem dúvida alguma, um dos filmes mais espetaculares que tive o previlégio de assistir. Nota: 10
Uma animação bem ao estilo Tim Burton, como haviam sido Vincent e O Estranho mundo de Jack, antes dela. Cenário bastante sombrio, fotografia escura, e personagens exageradamente deformados, são marca registrada nessa, e em outras animações do excêntrico diretor. E mais uma vez, tudo funciona perfeitamente. O grande trunfo do filme, é conseguir juntar o belo e o feio com uma precisão fantástica, e transformar tudo isso em beleza. Além de dar um ar mais leve a um fato que assombra todo o ser humano: a morte. Uma animação que passa longe de ser um mero filme infantil, pois aborda temas muito sérios, como preconceito, amor, família, assassinato... Mas também nos brinda com uma hilária comédia, e canções super divertidas, que sem dúvida alguma, cativarão toda a família. Tim Burton tem todos os méritos nesse filme, pois conseguiu transformar sua bizarra história em algo bem maior que isso. Os personagens são muito bem definidos, e a escolha das vozes foi definitivamente acertada. Johnny Depp e Helena Bohan Carter emprestam suas vozes para Victor e A Noiva-Cadáver, respectivamente os dois protagonistas, e fazem um trabalho de dublagem impecável. Trazendo a emoção e a vitalidade (apesar do paradoxo) necessária aos personagens. A hipocrisia do final do Século XIX, onde tudo era extremamente regrado, e manipulado por interesses, é exposto com muita precisão, de forma que o filme passa a mensagem de que, o mundo dos mortos é mais divertido que o dos vivos. O que de certa forma, também se torna uma mensagem para os dias de hoje, pois o ser humano tende a ser mesquinho, egoísta e preconceituoso, e não aceita o próximo como ele é, tal como é abordado no filme. Os diálogos também são um ponto positivo a destacar, e dão um tom muito interessante ao filme. Pois vão do hilário ao sinistro, passando por reflexões importantes sobre o comportamento humano, tudo com extrema leveza e uma beleza monstruosa. Em resumo, A Noiva-Cadáver é uma excelente animação, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 10
Adaptação de um conto de Stephen King, A Janela Secreta, conta a história de um escritor decadente, que após flagrar a traição de sua esposa, decide se divorciar, e se auto-exilar em uma casa no campo. Sua vida seguia em um curso aparentemente normal, até que um estranho começa a atormentar sua vida, sob a acusação de plágio de uma de suas obras. Pelo início da sinopse, parece mais um daqueles filmes que vimos, zilhões e zilhões de vezes no cinema. Porém, em A Janela Secreta, tudo, de certa forma é diferente, e o filme funciona muito bem em seu propósito, que é o de trazer ao espectador um suspense surpreendente, e altamente psicológico. O diretor David Koep, que antes desse filme, não havia feito nada de muito interessante, consegue, nesse filme, reunir um elenco de grades estrelas, como Johnny Depp, John Turturro, Timothy Hutton e Maria Bello, e dá a eles, personagens que condizem com a personalidade de cada um, e na minha opinião, esse é o grande mérito do filme, saber aproveitar o melhor de cada artista. A trama começa de forma interessante, com a descoberta da traição, porém, a partir daquele momento, tem uma quebra de ritmo, e começa a se tronar um pouco lenta, mas a situação muda, quando um personagem fundamental entra no filme, John Shooter, brilhantemente interpretado por John Turturro (com exceção para o sotaque caipira, que não lhe caiu bem), que traz um tom sombrio e sinistro a trama, atormentando a vida do escritor Mort Rainey, vivdo por Johnny Depp, que também está em excelente forma no longa, demonstrando toda a paranoia e perturbação na mente do personagem, aliás, o tipo de perfil que parece atrair Depp, já que, o mesmo é conhecido por seus personagens excêntricos e mentalmente abalados. Maria Bello, é outra que tem um papel bem interessante no longa, pois, apesar de ser a pivô, de grande parte das debilidades mentais do protagonista, é também seu elo de ligação com o mundo real. O desfecho da trama, é simplesmente surpreendente, e literalmente tira o fôlego do espectador. Final digno de uma trama sombria e diferente. Em resumo, A Janela Secreta, é um bom, filme, e eu recomendo a todos os que gostam de um bom suspense. Prepare-se para ser surpreendido. Nota: 8.5
Johnny Depp em 1990: um jovem marcado por um esteriótipo, alcunha essa que ele tinha medo que o marcasse para o resto de sua vida, e que não atingisse um status de ator respeitado por conta disso. O esteriótipo: ser um ídolo teen, algo que grudou nele como um carrapato após a série Anjos da Lei, que é até hoje o grande arrependimento da carreira de Depp. Porém, na peregrinação para tentar se livrar daquela nhaca, ele acaba encontrando o diretor John Waters, famoso na época pelo musical HairSpray, que lhe dá um conselho: "se você quer se livrar de uma imagem, nada melhor que debochar dela"... E foi exatamente o que Depp fez ao aceitar o papel de Wade Walker, um esteriótipo de ídolo teen, só que comediado, e totalmente debochado. Uma espécie de contraventor juvenil, que se apaixona por uma jovem totalmente diferente del, e que tem um namorado ainda mais avesso ao seu modo de vida. Johnny consegue fazer ali, sua primeira atuação mais convincente na carreira, e ali podemos ver que ele era muito mais do que o adolescente namorador de A Hora do Pesadelo, e o jovem descompromissado de Férias do Barulho. O filme vale principalmente pelas referências musicais, principalmente a Elvis Presley. O figurino usado no filme foi perfeito, e a iniciativa de mostrar uma juventude rebelde e incompreendida foi levada a sério pelo diretor, e o mesmo concretizou essa tarefa com precisão. Em resumo, Cry Baby é um filme muito divertido, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 7.0
O Libertino: um filme de cunho histórico, que conta a história de um dos personagens mais excêntricos e controversos da história, o 2º Conde de Rochester John Wilmott, conhecido por seu temperamento difícil e seus hábitos nada ortodoxos, principalmente no que diz respeito aos seus hábitos sexuais. Johnny Depp interpreta Wilmott, o personagem principal da trama, que já começa a se desenvolver de uma forma muito interessante, pois a abertura é um prólogo do próprio Wilmot, falando com o espectador e enumerando as razões pela qual ele deveria ser odiado pelos homens, e o porque ele era tão desejado pelas mulheres. Já de início vemos um homem problemático, e que não consegue conter seus impulsos sexuais, e isso é bem explícito desde o início. Vemos que ele está com sérios problemas na Côrte por conta disso, mas o Rei Charles II (John Malkovich) dá a ele a oportunidade de escrever uma peça, e essa peça deve agradar a realeza francesa, que será recebida pelo monarca britânico. A trama se desenvolve mostrando o conturbado casamento do Conde com Elizabeth Malet interpretada pela belíssima Rosamund Pike, e a sua atração por uma atriz que ele pretende transformar na estrela de sua peça, mesmo que ninguém veja talento na mesma. A mulher em questão é Elizabeth Berry (Samantha Morton), por quem o Conde acaba se afeiçoando. O filme mostra toda a construção da peça, que foi considerada pornográfica e subversiva, e chocou a toda nobreza da época. E a partir daí mostra o declínio de Wilmot, tanto moralmente, quanto fisicamente, já que o mesmo termina o filme de forma irreconhecível devido a complicações causadas por uma sífilis severa. Johnny Depp nos entrega em O Libertino uma de suas mais excêntricas e estupendas atuações, e consegue nos fazer amar e odiar o seu personagem ao mesmo tempo, de forma que vemos a seguinte situação: Wilmot não é bom nem ruim, ele é apenas humano, um homem em sua essência, com um extinto animalesco incontrolável, alguém que sempre sucumbia aos desejos de sua carne, e não escondia isso. O prólogo do personagem é simplesmente de arrepiar, e nos fazem ter uma ideia de que o personagem é alguém que não temos como sentir a mínima simpatia, porém o epílogo, após vermos toda a sua história, nos traz uma outra ideia sobre o personagem, e o próprio personagem reconhece isso ao espectador, quebrando a barreira entre TV e espectador, de forma que você sente o personagem se comunicando diretamente com você, algo extraordinário. John Malkovich, uma lenda do cinema, tem uma pequena participação na pele do Rei Charles II. E diga-se de passagem está fisicamente irreconhecível devido a brilhante caracterização, um dos trunfos do longa. Outro destaque do filme é a atriz Samantha Morton, que interpreta o objeto de desjo do personagem de Depp, e mostra toda a evolução se sua personagem que vai do anonimato ao estrelato com a ajuda de Wilmot, a quem ela esnobaria futuramente. Rosamund Pike é outra grande atriz do longa e que vive a esposa de Wilmot, uma mulher que sempre tentou segurar seu casamento com um homem infiel, e consegue mostrar todo o drama de alguém que ama, e de certa forma não é correspondida. O trabalho do diretor Laurence Dunmore foi impecável, principalmente no que diz respeito a pesquisar sobre os personagens e seus hábitos, é uma pena que ele só tenha feito esse filme em sua carreira. As locações e o figurino também se mostraram escolhas mais do que acertadas, já que remontam com perfeição a Inglaterra por volta de 1.640. A caracterização final do personagem de Johnny Depp também é algo louvável, um minucioso trabalho de alguém que entende do assunto. A fotografia também é esplêndida, tal como a trilha sonora, que se encaixa muito bem na trama. Em resumo, O Libertino é um grande filme, um trabalho magistral do astro Johnny Depp que merece ser aplaudido de pé por todos os que amam a sétima arte. Eu sem dúvida alguma recomendo... Nota: 10
Donnie Brasco, um filme de máfia com um grande elenco, uma incrível história real, e um gênio que realmente domina o tema: Al Pacino. Um filme com tantos elementos positivos que realmente não poderia dar errado, e não deu. Mike Newell na época diretor da comédia Quatro casamentos e um funeral, indicado ao Oscar de melhor filme em 1995, assumiu a direção da adaptação cinematográfica do livro Donnie Brasco, que conta a real história de Joe Pistone, um agente do FBI que passou alguns anos infiltrado no coração da Família Bonnano, uma perigosa organização criminosa que agia em Nova York. Johnny Depp interpreta o protagonista da trama, e desde o início se destaca na pele de um homem determinado, e conturbado em sua missão, e que vai se transformando ao longo da trama de um bom policial, em um sujeito paranoico, e confuso sobre seu próprio dever. E diga-se de passagem, Depp se sai muito bem no papel, mesmo na época não sendo tão experiente, e tendo pela frente astros do peso de Al Pacino e Michael Madsen, mostrando que o jovem prodígio não se intimidava com facilidade. O filme inicialmente segue a cartilha dos clássicos filmes de máfia, e a presença de Al Pacino reforça essa tendência, mas o filme começa a se diferenciar do restante dos filmes desse gênero pelo próprio Pacino, que dessa vez não interpreta mais um gangster durão e temido, e sim um criminoso mais velho, com vícios e manias, que ficou responsável por iniciar Donnie Brasco (nome falso usado por Pistone para entrar na organização) no mundo do crime. O filme a partir daí se divide entre o dia a dia no mundo do crime, e os conflitos de um pai de família com uma dupla identidade, que tem que esconder de ambos os lados onde vive. Para a família ele é apenas Joseph Pistone, e para a máfia ele só pode ser Donnie Brasco. Essa vida dupla acaba enlouquecendo o personagem, e ele acaba oscilando entre ser o mocinho e o bandido. Michael Madsen, o astro dos filmes de Tarantino é outro destaque positivo na trama, e novamente ele vive um personagem que é bem a sua cara, o gangster Sonny Black, um homem cruel e impiedoso que causaria pesadelos em qualquer rival. O cenário do filme foi algo minuciosamente construído, e o trabalho de caracterização dos personagens foi perfeito, de forma que podemos nos sentir nos guetos de Nova York nos anos 1970. Em resumo Donnie Brasco é um excelente filme, que eu recomendo a todos os fãs dos bons filmes de máfia. Nota: 10
Armageddon, um filme tão apedrejado quanto seu diretor: Michael Bay, trucidado por críticos, que já tem respostas programadas pra definí-lo: filme com muitos clichês, excesso de explosões, falta isso, exageraram naquilo... Em relação ao público, um filme amado por muitos, e odiado por outros. Muitas de suas críticas tem fundamento, o filme realmente é repleto de clichês, e super americanizado, e tem aquela mensagem patriótica de dar nó nas vistas. Porém, está muito longe de ser um filme ruim, na verdade, me atrevo a dizer, que esse é um excelente filme, e que para mim, foi injustamente massacrado por tantos entendedores de cinema. Pois bem, o filme conta a história de um asteroide que entra em rota de colisão com a terra, a Nasa descobre o tal corpo celeste, que irá colidir de forma fatal com o planeta em 18 dias. Nesse período os cientistas da Nasa estudam possíveis ações que possam salvar o planeta da extinção, e é aí que entra o Harry Stamper, o protagonista interpretado por Bruce Willis. Harry era o dono de uma companhia de petróleo, e fora chamado pois, foi concluído que, a única forma de destruir o asteroide era o explodindo por dentro, então eles precisariam furar o corpo celeste, por isso a presença de Willis. A partir desse momento começamos a ser apresentados aos personagens que conduzirão a trama, e formarão a missão que tentará salvar a terra do Apocalipse. O filme é conduzido em um ritmo muito dinâmico, e Michael Bay, junto com o produtor Jerry Bruckheimer, fazem nesse filme aquilo que eles melhor sabem fazer: grandes cenas de ação, com muitas explosões e magníficos efeitos visuais, que são um show a parte. A abertura do filme inclusive faz valer esse recurso, e mostra a terra na época em que os dinossauros a habitavam, ao mesmo tempo que mostra um pequeno asteroide se chocando com o solo, e destruindo o planeta de forma incrível, tudo isso acompanhado de uma narração de arrepiar. Agora voltando ás apresentações. O personagem de Bruce Willis decide que aceitará a missão da Nasa de tentar salvar o planeta, mas não usará a equipe determinada pela Agência Espacial para isso, ele irá convocar seus companheiros de prospecção, para juntos, serem a força tarefa que irá salvar a terra. Em matéria de elenco, é inegável, mesmo para os tais críticos, que Armageddon acertou em cheio, pois o filme consegue reunir um grande número de estrelas, sem que ninguém seja deixado de lado. Obviamente Bruce Willis pela importância de seu personagem é o grande destaque do filme. Mas temos outros atores que se destacam como coadjuvantes, e entre esses podemos destacar: Michael Clarke Duncan, que tem uma atuação hilária, ao lado de Steve Buscemi, o grande destaque cômico do longa, Willian Fichtner, o Piloto arrogante da Nasa, que passa por cima de tudo pra cumprir as ordens vindas da terra e Peter Stormare, que interpreta um cosmonauta russo, que acidentalmente se integra a missão de destruir o asteroide. Talvez os destaques negativos do elenco estejam por conta de Billy Bob Thornton, que parece deslocado no longa, que não consegue destaque mesmo sendo um dos protagonistas, Livy Tyler, que parece muito insossa no papel e Ben Afleck, no seu auge canastreiro. Mas nada que seja fatal para o filme. A trilha sonora do filme é super envolvente, e a música I don't wanna miss a thing, da Banda Aerosmith se encaixa muito bem na história. Em resumo, Armageddon é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo a todos aqueles que queiram se divertir sem se importar com a opinião da crítica especializada. Nota: 8.5
A Rocha é até hoje disparado o melhor filme do contestado diretor Michael Bay. Um diretor que é perseguido pela crítica, mas que provou saber trabalhar muito bem naquela que é sua proposta: os filmes de ação. Quem assiste esse filme, dificilmente identificará Bay como o diretor de Transformers e companhia. Com um roteiro muito bem elaborado, e assinado por ninguém mais ninguém menos que Quentin Tarantino, o filme consegue ter muita ação e adrenalina sem ser um filme desconexo. Um filme instigante e que prende o espectador na cadeira da primeira a última cena. O elenco é uma verdadeira constelação, e conta com alguns dos grandes nomes do cinema na época. E todos estão muito bem no longa, diga-se de passagem. Os protagonistas do longa são Sean Connery, o eterno James Bond e o na época requisitado Nicolas Cage, que havia acabado de vencer o Oscar por Despedida em Las Vegas. Sean interpreta John Mason, um ex-agente do serviço secreto britânico (se você pensou 007, acertou, a referência é clara), que está preso pelo governo americano por conta de ter descoberto as grandes mentiras da história americana. Após anos de prisão a CIA precisará dele, pois o antigo Presídio de Alcatraz, conhecido como A Rocha, foi tomado por militares, liderados pelo General Francis Hummell (Ed Harris), que ameaça disparar uma arma biológica sobre São Francisco caso suas exigências não sejam atendidas, e ele é o único homem que escapou da penitenciária, então seria o único que poderia entrar lá sem ser notado, já que uma operação fora descartada por conta de 81 turistas que foram feitos reféns. Sean nos brinda com uma grande atuação, que obviamente nos faz lembrar seu personagem mais famoso, o Espião James Bond, só que agora mais velho, mas com a mesma competência de sempre, e uma imprevisibilidade de assustar. Nicolas Cage interpreta o Dr. Stanley Goodspeed, um químico que entrará junto com a equipe Militar em Alcatraz, com o objetivo de desarmar as armas biológicas antes que as mesmas sejam disparadas. E diga-se de passagem Cage tem uma das melhores atuações de sua carreira nesse filme, e nos faz sentir saudades dessa época, onde ele emplacava seguidamente Despedida em Las Vegas, A Rocha, Con Air e A outra Face. Já que hoje o máximo que ele emplaca, é uma bomba atrás da outra. Ed Harris interpreta o personagem que em tese seria o vilão, mas esse está bem longe de ser um personagem simples, pois sua complexidade está em, ele ser um bom homem, e um patriota, que se sente no dever de mostrar as injustiças que o Governo Americano cometeu com seus bravos soldados, mortos em campo de batalha, e esquecidos por seu país, que deixaram suas famílias totalmente desamparadas. Harris, como de costume tem uma brilhante atuação, e consegue passar ao espectador todos os conflitos, éticos e morais que seu personagem passa, de forma que ao assistirmos o filme, podemos até nos compadecer do General, o que geralmente não acontece com os personagens rotulados como vilões. David Morse e Michael Bieh são outros destaque do longa, apesar de terem papéis menores, porém de extrema importância, principalmente no caso de Morse. Os efeitos visuais de A Rocha, são um verdadeiro espetáculo, tal como a locação escolhida, que realmente nos leva para dentro de uma Alcatraz tomada por militares minuciosamente treinados, e preparados para a guerra. Em resumo, A Rocha é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo a todos os que queiram assistir um bom filme, sem se importar com o que dizem os críticos. Nota: 10
Embora muito criticado, não acho, nem de longe, que tenha sido um filme ruim. A história é muito boa, e as interpretações musicais estão bem sincronizadas. Achei interessante também o fato de reescrever alguns contos de fadas, trazendo a tona sua verdadeira origem, que é o caso de Cinderela, por exemplo... Maryl Streep está perfeita no papel da bruxa, e é o grande destaque do filme. James Corden e Emily Blunt, ficam devendo, e poderiam ter usado melhor o protagonismo de seus personagens. Anna Kendrick está bem no papel de Cinderela, mas com ressalvas... Chris Pine se encaixou bem no papel do Príncipe, porém sua participação não é das mais longas. Johnny Depp apesar do pouco tempo em cena, tem uma divertidíssima atuação no papel do Lobo-mau, que como sempre, fica no encalço da Chapeuzinho Vermelho, que foi muito bem interpretada pela jovem, Lilla Crawford. Outras histórias que ficaram muito bem definidas, e com fidelidade aos contos originais foram as de Rapunzel e João e o pé de feijão. Caminhos da Floresta na verdade se define como uma belíssima homenagem aos eternos clássicos de Walt Disney, mas sem todo o apelo nostálgico. A fotografia do filme é deslumbrante, e o figurino impecável, tal como a caracterização, principalmente de Maryl Streep, que fica irreconhecível na pele da bruxa. Então juntando todos esses fatores, não temos o melhor filme da história, mas temos sim uma grande opção de entretenimento, que sem dúvida irá agradar aos fãs do gênero... Nota: 6.5
Como definir um clássico? O que dizer que melhor explique aquela que é a melhor animação da história do cinema, e que palavras usar para descrever tamanha beleza? O Rei Leão é sem dúvida alguma a grande majestade de todas as animações, capaz de cativar crianças e adultos por gerações, e continuará perpetuado por muitas e muitas gerações. O filme é um marco na história do cinema, e representa a aurora da Walt Diney, a Era de Ouro dos estúdios, onde foram produzidos os melhores filmes de sua história. Só para se ter ideia, a Disney lançou seguidamente nessa época: A Pequena Sereia (1989) / A Bela e a Fera (1991) / Aladdin (1992) / O Rei Leão (1994) / Pocahontas (1995) / O Corcunda de Notre Dame (1996) / Hércules (1997) / Mulan (1998) / Tarzan (1999). Fazendo dos anos 90 a maior e mais brilhante fase das animações 2D, que infelizmente começaram a ser substituídas no ano 2000 com o lançamento de Dinossauro, em um novo formato de animação: o 3D. Voltando ao filme, adaptação de Hamlet, de Willian Shakespeare, O Rei Leão conta com um visual magistral das savanas africanas, músicas cativantes, uma abertura magistral, ao som de Elton John, uma das melhores da história do cinema, diga-se de passagem, e embalados por The Circle of Life, conhecemos o cenário principal do filme: a Pedra do Rei, conhecemos sua Majestade, Mufasa, dublado de forma imponente por James Earl Jones (o mesmo de Darth Vader)., e seus leais súditos, reunidos para conhecer o novo herdeiro do trono, o recém-nascido Simba. Temos já na abertura outra cena icônica da história do cinema, que é a do babuíno feiticeiro Rafik erguendo o jovem Simba e o apresentando aos seus súditos, que o reverenciam numa das mais emocionantes cenas já vistas na história da 7ª arte. Após a brilhante abertura, somos apresentados ao grande algoz da trama, o maquiavélico irmão de Mufasa, chamado Scar, um sujeito traiçoeiro que planeja se livrar do irmão e do sobrinho para se tornar o Rei. O filme acompanha o crescimento de Simba, seus aprendizados e perigos ao qual se envolve, e sua infância destruída por uma das mais chocantes tragédias da história do cinema (quem viu sabe do que estou falando). O filme também nos apresenta de início personagens muito importantes, como o pássaro e fiel mordomo do Rei, Zazu, que em determinados momentos chega a ser um personagem irritante com suas infinitas regras, nada atrativas para Simba, e sua amiga Nala, que também será uma figura importantíssima no desenvolvimento da história, tal como Sarabi, a mãe de Simba. Outros vilões também são abordados na trama, mas com um tom menos sombrio, do que Scar, e com uma pegada muito mais cômica, mas sem perder sua essência maligna, que são as Hienas: Shenzi, Banzai e Ed. Como o filme tem uma tomada bem mais séria que o normal, o alívio cômico veio na forma de um suricato e um javali super carismáticos e hilários, e que acabaram roubando a cena, que são: Timão e Pumba. Que após resgatarem o jovem Simba da morte, passam a criar o jovem leão, e o ensinam o Hakuna Matata, que consiste em deixar o passado para trás, algo que Simba acaba fazendo, e lhe trará um sério confronto pessoal adiante. A história se desenvolve em um ritmo extraordinário, e as músicas dão um tom mágico ao filme, mesmo a sombria "Be Prepared", interpretada por Scar e as Hienas as vésperas do golpe para tomar o reino de Mufasa, ou as divertidas "Hakuna Matata" e "I Just cant wai't to be king" e a romântica "Can You Fell the love tonight" . O final é simplesmente extraordinário, e nos deixa com aquela magnífica certeza de que o filme valeu a pena. Em resumo, Sua Majestade, o Rei Leão, é um clássico que merece ser visto pelos amantes da Sétima Arte, por muitas e muitas gerações. VIDA LONGA AO REI... Nota: 10
O Lobo de Wall Street, a parte final de uma trilogia não declarada de Martin Scorsese, que mostra os caminhos do dinheiro nos E.U.A., ao mesmo tempo que mostra a ruína a qual todos esses três caminhos podem levar. O primeiro filme, Os bons companheiros, de 1990, aborda a máfia. O segundo, Cassino, de 1995, aborda a máfia das apostas, e o terceiro é justamente O Lobo de Wall Street de 2013, que aborda a máfia que é o mercado financeiro, mais precisamente Wall Street. O filme conta a história de Jordan Belfort, um homem que foi do nada a extrema riqueza através de sua determinação, e senso de oportunidade no mercado financeiro. Quem vive o empresário nessa cinebiografia, é o ator Leonardo DiCaprio, que nos brinda com uma de suas mais estupendas atuações até hoje, de forma que podemos afirmar que ele foi mais uma vez injustiçado pela academia ao perder o Oscar para Matthew McConnaugey, em Clube de compras Dallas. Matthew inclusive que está presente em O Lobo de Wall Street, no papel de Mark Hanna, o mentor de Belfort, e apesar de uma curta participação, está muito bem no filme. A belíssima Margot Robbie vive a segunda esposa de Jordan, uma mulher sensual, e de personalidade forte, com quem o protagonista tem um relacionamento conturbado, e pautado em excessos. Jonah Hill é outro que integra o estrelado elenco do filme, vivendo Donnie Azoff, um corretor de imóveis, que intrigado com a vida financeira de Belfort, decide que irá trabalhar com ele, e a partir dali desenvolvem uma grande amizade, porém pautada por exageros de ambas as partes. Scorsese, que faz mais um de seus brilhantes trabalhos, tem nesse filme, o objetivo de mostrar o submundo do Mercado Financeiro, um lugar de intenso estresse, onde para fugir do dia a dia tumultuado e desgastante, as pessoas recorrem a tudo que lhes possa aliviar física e mentalmente, e entre essas medidas estão as drogas e o sexo, que são mostrados nesse filme sem nenhum pudor, o que faz com que muitos tenham reprovado o novo projeto do cineasta. Porém ao meu ver, isso precisava ser mostrado nesse longa especificamente, pois é um filme que não tem a intenção de velar a realidade em absolutamente nada. Inclusive um dos temas abordados por Scorsese no filme, é o de como os excessos podem destruir uma vida teoricamente estável, e por isso vemos o declínio moral, físico e financeiro do personagem de DiCaprio, um homem com tantos vícios que mal podemos contabilizar. O filme em si, se apresenta como mais um trabalho audacioso de Scorsese, que tem na coragem de inovar, um de seus principais atributos. A ascensão e queda do Lobo de Wall Street é mostrada de forma competente, e sem pressa de definir nenhum ponto, respeitando a cronologia dos eventos. A trilha sonora do longa é impecável, e se encaixa bem no ambiente descrito no filme. As cenas são muito bem montadas, e as locações e cenários foram escolhidos de forma certeira, de forma que podemos mergulhar nesse mundo de luxo, loucura, estresse e prazer desenfreado, e entender o que se passa na mente dos envolvidos, algo que Martin Scorsese sempre faz muito bem. O filme tem um desfecho chocante, e lhe dá a certeza de que as 3 horas de filme não foram em vão. Em resumo, O Lobo de Wall Street é um grande filme, que eu recomendo a todos os cinéfilos, mas aqueles que se sentem incomodados com drogas, sexo e uma linguagem chula, passem longe desse filme. Nota: 10
Por um punhado de dólares, filme dirigido pelo mestre italiano Sergio Leone, o primeiro filme da famosa trilogia do Homem sem nome, o personagem icônico interpretado por Clint Eastwood. Esse faroeste é uma adaptação do clássico filme Samurai de Akira Kurosawa: Yojimbo o guarda-costas (1961), onde Toshiro Mifune interpreta um Samurai forasteiro que chega a uma cidadezinha onde duas famílias criminosas se flagelam pelo controle do local. O enredo de Por um punhado de dólares é basicamente o mesmo do clássico japonês, a grande diferença é que as espadas são trocadas por pistolas, e o Samurai e os esgrimistas são trocados por pistoleiros. Clint interpreta um forasteiro americano, que chega a uma pequena cidade em San Juan, no México, dominada por duas famílias mafiosas, os Rojos e os Baxters, que há anos lutam pelo controle da região. O personagem, um homem sem nome, decide se aproveitar dessa guerra e ganhar dinheiro trabalhando para os dois lados do conflito como pistoleiro. A partir dali começam as primeiras mortes causadas pelo personagem de Clint, e o filme se torna muito interessante, ao mesmo tempo somos apresentados aquele que será o grande algoz da trama, o mexicano Ramón Rojo, um pistoleiro habilidoso e impiedoso, que se configura desde o início como opositor e único adversário capaz de prejudicar os planos do pistoleiro americano. O filme vai transcorrendo em um ritmo muito interessante, porém para aqueles que já assistiram Yojimbo se torna bastante previsível, já que todos os eventos são absurdamente idênticos, com exceção de um ou outro elemento propositalmente modificado. A proposta de Sergio Leone de fazer uma espécie de homenagem ao clássico Samurai, ao mesmo tempo em que cria o seu próprio foi muito bem sucedida, mas esse filme não seria o ponto alto da trilogia, que tem em seu desfecho o capítulo mais marcante (Três homens em conflito). Em relação às atuações, Clint Eastwood tem uma participação memorável, dentro da característica que o consagraria no cinema, um homem sério, de poucas palavras e muita ação, e sobretudo, alguém que seria respeitado e temido. O restante do elenco, a maioria italianos desconhecidos do grande público, servem bem a seu propósito no longa, mas o destaque fica por conta de Gian Maria Volonte, que interpreta o pistoleiro Ramón, e tem uma atuação memorável. A trilha sonora de Ennio Morricone é simplesmente fantástica, e tal como Kurosawa havia feito em Yojimbo, Leone utiliza a mesma para dar um tom sinistro ao longa. A fotografia é simplesmente deslumbrante, e toda a reconstrução de cenário e figurino nos transportam ao velho oeste, a terra de ninguém onde uma arma é a lei. Em resumo, Por um punhado de dólares é um grande filme, um verdadeiro clássico, e uma incrível releitura de um dos mais brilhantes longas do cinema oriental, e merece ser assistido, não só pelos fãs do gênero, mas também por todos os amantes da Sétima arte. Nota: 8.0
O que esperar de um filme que ganha uma sequência 14 anos após o o lançamento de seu último longa? Geralmente tal sequência gera dois tipos de sentimento: o pessimismo e o otimismo, onde geralmente os pessimistas tendem a ser maioria, principalmente entre os críticos. Porém com Jurassic World o resultado foi diferente, o filme apesar de dividir muito as opiniões, pode ser classificado como um verdadeiro sucesso, tanto que sua bilheteria se estabeleceu em dado momento, até a estréia de Star Wars 7 para ser mais preciso, como a 3ª maior da história do cinema. A história do filme se passa alguns anos após os acontecimentos catastróficos do primeiro filme, quando o parque seria inaugurado, mas após problemas técnicos, os dinossauros se soltaram, e o resultado foi uma carnificina. Porém dessa vez a Ilha de Nubar finalmente foi aberta para a visitação, e os dinossauros estão perfeitamente controlados, e prontos para serem vistos pelo mundo. Mas não por muito tempo. Como vimos no primeiro filme, a teoria do caos, exposta pelo Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum), no primeiro filme viria a tona novamente, desta vez na forma de um experimento científico, onde mais uma vez uma frase do Dr. Malcom se faz presente: "vocês podem, mas será que devem?", o experimento consiste em criar uma nova espécie de dinossauro, um híbrido geneticamente modificado, um mostro criado num laboratório, usando informações genéticas de várias espécies, o que obviamente irá gerar problemas mais adiante no longa. Mudando o foco, e passando para as referências, o filme possui algumas do primeiro filme de 1995, uma das mais icônicas é a presença do personagem Lowery Cruthers, que mais parece uma continuação do Dr. Malcolm, com sua teoria do caos, o mesmo usa uma camisa que faz menção ao parque anterior, vítima do tal caos. Spoiler: Esse novo filme não conta com nenhum dos protagonistas dos filmes anteriores, e talvez esse seja o maior pecado cometido pelos envolvidos na produção, porém os novos protagonistas deram conta do recado, embora o destaque mesmo fique por conta dos Dinossauros. Chris Pratt interpreta Owen Grady, um personagem que nos faz lembrar Peter Quill em Guardiões da Galáxia, e que parece ser uma extensão de si mesmo, para dizer a verdade, mas está longe de ser um personagem ruim. Bryce Dallas Howard é o grande "destaque humano" do longa, mesmo com toda a polêmica do salto alto. Os jovens do elenco: Ty Simpkins e Nick Robisnon, tem atuações consistentes, porém nada brilhante, entretanto, dentro da proposta de seus personagens, se saíram muito bem. Como todo o filme precisa de um vilão, a esse filme o papel não cabe apenas ao Dinossauro Híbrido sanguinário, e o papel de "vilão humano" da trama recai sobre o excelente Vincent D'Onofrio, que sabe muito bem ser o cara mau, quem assistiu a série Demolidor sabe do que eu estou falando, e nesse filme novamente ele obtém destaque nesse tipo de papel, desta vez como um militar ganancioso, Spoiler: Voltando aos dinossauros, o filme nos apresenta novas espécies, até então não abordadas, o Mossassauro, um réptil marinho carnívoro do período cretáceo é sem dúvida alguma uma grande novidade. Mas o grande destaque entre os novatos ficou por conta do Indominus Rex, o tal Híbrido causa de toda a bagunça no segundo parque. Entre os veteranos o destaque ficou para os Velociraptores, agora treinados, e de certa forma domados. Inclusive Blue, uma Raptor acaba roubando a cena no filme, quem ver entenderá. Os pteranodontes novamente são abordados, tal como no Terceiro, em uma cena simplesmente alucinante. Spoiler: O filme é basicamente feito a base do CGI, porém os envolvidos souberam usar e bem esse recurso, para fazer um excelente filme. Em resumo, Jurassic World é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 8.0
O Pacto, um filme que para aqueles que tem como referência Despedida em Las Vegas, A Rocha e A outra face, foi horrível, e para os que tem como referência O Apocalipse, O Sacrifício e Reféns, foi "digno de Oscar". Esse talvez seja o filme mais meio termo de Nicolas Cage, mas mesmo assim está bem longe de ser uma afirmação positiva, mas se tratando de Nicolas Cage, um astro que faz de tudo para se afundar nos últimos anos. O filme tem um início clichê, um casal perfeito, que é surpreendido por uma tragédia, nesse caso o estupro da esposa do personagem Will Gerard (Nicolas Cage), a bela Laura, interpretada por January Jones. A partir dali entra em cena um homem misterioso (Guy Pearce), que promete vingar o marido, e assassinar o estuprador, contanto que o personagem de Cage aceite fazer com ele uma espécie de acordo, de quando preciso, ele fazer algum serviço para aquele estranho. E Cage aceita, o estuprador é assassinado, e o personagem de Guy Pearce desaparece. Algum tempo depois, ele ressurge cobrando a tal dívida, e Will Gerard agora tem que matar um homem, um pedófilo pelo que consta nos arquivos, mas nada é tão simples assim, e de repente o personagem de Cage se vê envolvido em uma grande conspiração, onde tudo o que ele conhece pode ser mentira. O filme funciona bem em alguns momentos, tem uma história com início, meio e fim, porém além de ser bem clichê, é um tanto confusa em alguns momentos, e algumas atuações não ajudam a melhorar o longa. Nicolas Cage por exemplo tem uma atuação sofrível, e suas expressões exageradas, contrastadas com uma absurda "cara de nada" em outros momentos, ajudam a piorar o que já não é bom, suas corridas "alucinadas" então, nem se fala. O restante do elenco também não ajuda, nem mesmo Guy Pearce, que está no mínimo esforçado. O filme em si é bem curto, mas nos dá a impressão de que poderia ter acabado antes. E o final nos dá a impressão de termos sido feitos de idiota. Mas para não dizer que o filme é todo ruim, temos alguns pontos positivos, como alguns momentos de suspense, e os mistérios sobre a tal organização com o qual Cage fez o acordo, que vão sendo descobertos. É um filme com uma ideia interessante que foi mal executada por assim dizer. Em resumo, O Pacto é um filme bem limitado, que eu não recomendaria. Nota: 5.0
Um verdadeiro clássico, um épico da história do cinema, e porque não, da história da humanidade. Um filme que retrata com precisão, a vida após a revolução industrial, e como o ser humano ser tornou escravo dessa nova era. Chaplin no conduz nesse longa, a uma reflexão sobre a forma com que o ser humano é tratado no período pós revolução, onde a produção e os lucros, são mais importantes que o indivíduo. A primeira tomada do filme demonstra bem isso, quando vemos um bando e ovelhas correndo em uma direção, e logo após, vemos os trabalhadores na mesma situação entrando na fábrica, verdadeiramente como um rebanho, que não pensam, e são conduzidos numa mesma direção por seus superiores. O detalhe é que Chaplin tem a capacidade de nos conduzir ao cenário político e social dos anos 30, de uma forma leve e descontraída, mas sem perder o foco da crítica social. A própria forma com que a justiça é abordada nos mostra como foi a época da caça as bruxas comunistas, fato que se intensificaria anos mais tarde. Um filme que aborda as manifestações dos trabalhadores por melhores condições de trabalho, os sonhos e as frustrações do proletariado, as decisões arbitrarias das autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da lei, as dificuldades enfrentadas pelos desempregados, as greves... Tudo isso com o carisma e humor de um verdadeiro mito do cinema, e sem dizer uma única palavra. Tempos Modernos, apesar de datar 1936, nos parece cada vez mais atual, quando vemos que, em tantos anos parece que muita coisa definitivamente não mudou. E essa brilhante obra continua a nos impressionar. Paulette Godard interpreta uma pobre garota órfã, que vive com suas dua irmãs e seu pai desempregado, e se vê em enormes dificuldades até mesmo para se alimentar, e tem uma atuação de gala, brilhando ao lado de ninguém mais do que o gênio dos gênios: Charles Chaplin. De quem se tornara esposa. Chaplin como sempre, está magistral, pois consegue nos fazer rir e ao mesmo tempo refletir, sobre uma situação séria e importante. A cena de Chaplin nas engrenagens da máquina na fábrica é inclusive até hoje, uma das mais famosas da história do cinema, e faz parte de um dos momentos mais hilários desse filme, tal como a chegada dele e de sua companheira ao novo lar: um barraco de madeira, onde tudo fatalmente despencava de alguma forma. A fotografia do filme, em preto e branco, é simplesmente deslumbrante, e o desenrolar da história é fantástico, tal como o número musical de Chaplin, perto do fim, e o seu emocionante desfecho. Em resumo, acredito não ser digno de falar muito mais sobre esse grande clássico, pois não há mais palavras que possam descrever a grandeza que é a experiência de assisti-lo, e aqueles que realmente amam a Sétima Arte pensarão da mesma forma ao verem, e se sentirão honrados por estarem frente a frente com a grande obra, do mestre dos mestres do cinema, o magnífico Charles Spencer Chaplin. Nota: 10
Tolerância Zero, um filme desconhecido com o na época desconhecido Ryan Gosling. Um jovem promissor, que desde aquele momento mostrava sua enorme capacidade para papéis complexos. O filme aborda a história de um jovem judeu problemático, que tem um passado conturbado, e decide se voltar para o outro lado, e se torna um neonazista. Defensor de ideias radicais de extermínio dos judeus, ele é prontamente aceito na comunidade, porém é considerado radical demais até mesmo entre os membros do grupo, que vêem nele um exemplo de antissemita, obviamente não sabendo a sua real linhagem. Ryan interpreta Danny Ballint, personagem inspirado em Daniel Dan Burros, um judeu, que se tornou membro de um grupo neonazista. O personagem é bastante complexo, e toda essa complexidade é passada por Gosling de forma magistral, já que o mesmo consegue passar ao espectador todos os conflitos de um jovem que se divide entre o ódio e o amor por suas origens. Um judeu que segue os preceitos de sua religião, mas que se encontra em posição de confronto com a mesma, e parece querer se encontrar enquanto faz tudo isso, pois o mesmo não parece ser alguém seguro de seus atos. Temos também no elenco o ator Billy Zane, famoso por ser o antagonista do casal Jack e Rose em Titanic, que nesse filme interpreta um magnata fascista, que defende seus interesses de maneira moderada, e pautadas principalmente nas questões econômicas. Seu personagem é muito bem desenvolvido, e apesar de sua curta participação no longa, ele tem uma atuação de destaque. O restante do elenco é formado por atores desconhecidos do grande público, mas que tem atuações muito interessantes. Entre os personagens chave para o longa está Carla Moebius, enteada de Curtis Zampf, personagem de Billy Zane, que se torna a paixão de Danny, ao mesmo tempo que mantém um caso com seu padrasto. Uma mulher misteriosa que se interessa subitamente pelos conhecimentos judaicos do protagonista, que terá consequências ao fim do longa. Apesar de desconhecida a jovem Summer Phoenix, irmã de Joaquim Phoenix, tem uma atuação decisiva e consistente no longa. O diretor Henry Bean que não teve grandes trabalhos ao longo de sua carreira, dirigiu apenas Passando dos Limites (Tim Robbins), tem um trabalho fantástico nesse longa, tirando o melhor de cada ator, e conduzindo muito bem, um bom roteiro que tinha em mãos. O filme tem um desfecho chocante, que define o personagem principal durante todo o longa, um final simplesmente surpreendente. Em resumo, Tolerância Zero é um grande filme, que merece ser visto. Nota: 8.0
Batman o Cavaleiro das Trevas ressurge, um filme que encerra de forma monumental uma trilogia épica, dirigida pelo brilhante Christopher Nolan. Uma trilogia que foi capaz de resgatar a moral do Homem Morcego, que andava abalada, e trazê-lo de volta a vida depois das tentativas de assassinato cometidas pelo diretor Joel Schumacher em Batman Eternamente e Batman e Robin. Nessa épica conclusão, vemos novamente Christian Bale na pele de Bruce Wayne, só que desta vez não mais como o vigilante mascarado de Gotham, mas sim como um recluso, que a anos não é visto, tal como o Batman. Desta vez ao invés de um Wayne forte e decidido, vemos um herói frágil, depressivo, e fisicamente destruído pelas lutas do passado, isso sem contar os conflitos psicológicos frequentes, por conta da morte de Rachel Dowes e do próprio Harvey Dent, algo que Bale explora muito bem em seu personagem. O cenário de Gotham City nesse filme é bem diferente dos filmes anteriores, o que vemos agora, é uma cidade em paz, graças a lei Harvey Dent, que praticamente dizimou a máfia, e uma cidade onde o Batman não só é página virada, como se tornara um foragido, acusado do assassinato do promotor, Harvey Dent. E é nesse cenário de paz, fundamentada em uma mentira, que vemos o personagem de Gary Oldman, o Comissário Gordon, agora divorciado, deprimido, e remoendo uma imensa culpa pela mentira que é obrigado a sustentar, algo que o ator consegue transparecer com enorme destreza. Dentro desse contexto, surgem dois personagens que serão centrais a trama: Selina Kyle, a Mulher Gato (Anne Hathaway) e Bane, o vilão da trama, interpretado por Tom Hardy. Isso sem contar Miranda Tate, uma milionária misteriosa, que se torna aliada de Bruce Wayne, interpretada de forma brilhante por Marion Cotillard. E falando no vilão, Tom Hardy tem uma atuação irretocável na pele de Bane, e se torna um grande tormento para Wayne ao longo do filme. Algo sensacional, para quem acabou sendo uma saída de emergência para a morte de Heath Ledger, já que seria do Coringa, a missão de infernizar o Batman nesse novo longa. Anne Hathaway surpreende como Selina Kyle, a Mulher-Gato, um papel fatal, para quem tem um perfil tão delicado. Porém em alguns momentos, ela deixa com que esse perfil transpareça, e sua personagem deixe um pouco a desejar, em relação aos quadrinhos, ou mesmo a referência anterior: Michelle Pfeiffer em Batman o Retorno. Outro novato na franquia é Joseph Gordon Lewitt, que tem um papel crucial no longa, como o Policial John Blake, que mais para frente dá a entender que se tornaria um herói bem conhecido no Universo DC Comics. Ele acaba se tornando um aliado do Batman na luta contra Bane e contra o fim da cidade. E diga-se de passagem, sua atuação é formidável. Os já experientes Michael Caine e Morgan Freeman, fecham o brilhante elenco, e novamente tem atuações super consistentes, no caso do primeiro, uma atuação de dimensões ainda maiores que os primeiros filmes. Assim como nos filmes anteriores, a trilha sonora e a fotografia são um show a parte, assim como a as locações e cenários escolhidos por Nolan, que nos mergulham nesse obscuro universo. Em resumo, Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge, é um grandioso encerramento para uma franquia magnífica, que merece ser assistida por todos os amantes da Sétima Arte. Nota: 9.0
Batman Begins, um filme que definitivamente deu certo. Primeiramente porque foi capaz de recuperar a moral de um personagem que vinha de um bom tempo no anonimato, principalmente após os péssimos trabalhos feitos por Joel Schumacher, o último em 1997. Mas eis que em 2005 uma luz no fim do túnel sombrio ao qual o personagem se encontrava, surge, e ela vem na forma do diretor Christopher Nolan, um diretor que já havia feito grandes trabalhos em filmes como: Amnésia e Insônia, e agora tinha a árdua missão de recuperar o prestígio do Homem Morcego, algo longe de ser fácil aquela altura. Porém foi exatamente o que ele fez. Primeiramente tendo o cuidado de escolher as peças certas, que se encaixassem em uma história coerente, e digna de um dos Super Heróis mais famosos da história. A escolha do novo Bruce Wayne se mostrou uma tacada certeira, o ator Christian Bale, que desde criança exibia todo o seu talento em Império do Sol, e que antes de ser o novo Batman, fizera grandes trabalhos em O Operário e Equlibrium, mostrando que ele estava sim, apto para ser o dono do cobiçado papel. O roteiro do longa é muito bem alinhado, e conta a origem de Bruce Wayne, nos apresentando os primeiros eventos, que o fariam se tornar o vigilante de Gotham. Gotham City é apresentada como uma cidade sombria, dominada pela máfia, pela pobreza, e pela criminalidade. Criminalidade essa que causaria uma perda terrível a Bruce Wayne ainda criança, e que mudaria sua vida para sempre. A partir dali, começamos a ser apresentados a personagens cruciais ao longo da história, como o Policial James Gordon, interpretado por Gary Oldman, e o mordomo Alfred, que tem como interprete uma grande lenda do cinema, o ator Michael Caine. Passado esse período onde vemos o inferno astral do protagonista, somos apresentados a outros personagens, e a outros mundos com o qual Bruce Wayne lida após sair de Gotham, e os novos personagens que vão sendo inseridos na trama, o principal deles é Henry Ducar, que assume o papel de mentor de Wayne, e o ingressa em uma organização conhecida como: A Liga das Sombras. Uma organização que se dedica a combater a criminalidade m escala Global, onde o perdão não é uma opção, e que desempenhará um papel chave ao longo do filme. Depois de uma série de eventos, Bruce retorna a Gotham, onde começa a transformação, de um bilionário que ressurge dos mortos, ao futuro Batman, tudo isso feito com extrema precisão, um roteiro impecável. A partir dali, começamos a ter um contato maior com alguns personagens, entre eles Rachel Dowes, interpretada por Katie Holmes, que é o grande amor de Bruce, e é também um dos pontos fracos do longa, devido a sua atuação, um tanto destoada, em relação ao resto do elenco. Outros personagens que ganham importância no longa, são Carmine Falconi, o chefão da máfia, interpretado de forma brilhante por Tom Wilkinson, e o Dr. Crane, que também atende pelo nome de Espantalho, muitobem interpretado por Cillian Murphy e Lucius Fox, interpretado pelo gênio Morgan Freeman. A fotografia da sombria Gotham City, ou das montanhas cheias cobertas de neve na Ásia, é um espetáculo a parte, tal como as locações, que foram muito bem escolhidas pelos produtores do longa, o mesmo pode ser dito da estupenda trilha sonora. Com um final surpreendente, cenas de ação de tiras o fôlego e efeitos visual esteticamente perfeitos, Batman Begins conseguirá agradar aos mais exigentes cinéfilos. Nota: 8.0
Anjos da Lei
3.6 1,4K Assista AgoraEsse é o primeiro filme da sequência Anjos da Lei, que é uma adaptação de uma série de ação e comédia voltada para o público teen nos anos 1980, e que foi responsável por revelar ninguém mais, ninguém menos que o astro Johnny Depp. O filme foi mais voltado para o gênero comédia, e a escolha dos protagonistas foi no mínimo discutível. O filme começa nos apresentando os personagens principais: Schmidt e Jenko, interpretados por Jonah Hill e Channing Tatum, respectivamente. Nas primeiras cenas, vemos Hill, como um fracassado, e Tatum como o sujeito popular, e ambos se odeiam mutuamente. A situação muda, quando os dois ingressam na academia de polícia, e um passa a precisar da ajuda do outro, e a partir daí os dois se tornam amigos. Pois bem, ao analisarmos esse filme, vemos que ele é bem parecido com muitas comédias que surgiram antes ou depois dessa. E que ele acaba de certa forma, adotando a mesma fórmula das outras, que são piadas prontas, apelo sexual, e uma história pra lá de previsível. Mas o filme não é de maneira alguma, de se jogar fora, e em vista de muitas comédias, é até interessante. Entre os pontos positivos, estão, as atuações de Jonah Hill e Ice Cube, que são os atores que ditam o ritmo cômico da trama, no caso de Hill ainda mais, pois é ele que junto com Tatum, é o personagem em destaque. Falando em Tatum, sua atuação, como de costume em seus filmes, é totalmente engessada, de forma que seu personagem não apresenta nada de interessante, e seja totalmente insosso, de forma que, se ele não estivesse ali, não sentiríamos a menor falta. Além de ser extremamente sem graça, ou carisma. Dave Franco é outro que tem um papel importante na trama, mas é outro ator que não nos apresenta nada de interessante, e tem uma atuação bastante apagada. O roteiro é demasiadamente previsível. Não que isso seja alguma novidade nas comédias atualmente, mas obviamente são fatores que de certa forma cansam o expectador. Tom Hanson, personagem principal na série, interpretado por Johnny Depp, tem uma pequena aparição no longa, talvez no melhor momento do filme, em uma cena em que finalmente acontece algo de surpreendente. O final do filme cai bem a trama, porém não deixa de ser aquilo que todos esperavam. Em resumo, Anjos da Lei é uma comédia bem regular, porém recomendo a quem quiser assisti-lo como puro entretenimento. Nada além disso. Nota: 6.0
Homem Morto
3.8 203 Assista AgoraFaroeste filosófico, dirigido por Jim Jamursch, e estrelado por Johnny Depp, é um filme realmente diferente de tudo que já vimos no cinema. Em primeiro lugar, não se trata de um simples filme de bang-bang, mas sim de uma história que nos traz profundas reflexões sobre o comportamento humano, lealdade, traição, vingança, amizade, companheirismo, ódio... Todos os elementos que nos tornam humanos. A história começa bem interessante, com o personagem de Depp em uma viagem de trem, partindo rumo ao Oeste, para trabalhar como contador na única metalúrgica do local. Essa primeira cena, é uma tomada bem longa, onde podemos ver que, a cada estação, os passageiros que estão a frente do protagonista vão mudando, ao mesmo passo que vemos a mudança da paisagem, ficando cada vez mais desértica e selvagem, conforme o personagem se aproxima de seu destino, a fotografia se destaca nesse início de forma brilhante, lembrando que opcionalmente, ele fora filmado em preto e branco, o que foi considerado um veneno de bilheteria por muitos. Após esse início, temos ainda dentro do trem, o primeiro de muitos longos e excelentes diálogos do filme, que é interrompido por uma caçada a búfalos. Quando o personagem principal chega a cidade de destino, é que vemos o quão brilhante fora o trabalho de reconstrução de época, já que desde o cenário ao figurino, tudo ficou perfeito, nos fazendo voltar no tempo. O inicio da trama é pautada por diálogos, mas após Willian Blake (Johnny Depp), se envolver com uma mulher, e assassinar seu amante, em legítima defesa, o filme ganha uma nova dinâmica, pois o falecido, era filho do poderoso industrial do local, que ordena uma caçada contra Blake, que está extremamente ferido. A partir daí o filme contrasta, entre as reflexões de seu protagonista, a amizade com um indígena que o salvou, e a crueldade dos assassinos enviados para caçá-lo, e o filme se torna completamente envolvente. O desfecho da trama é perfeito, e deixa o espectador completamente satisfeito. Johnny Depp tem uma atuação eletrizante, e mostrava desde aquela época o grande ator que era, apesar de ser considerado um ator que não era rentável aos estúdios, exatamente por projetos como aquele, sua caracterização ficou perfeita, e suas expressões são um show a parte. Outros nomes a destacar no filme, são os de John Hurt, Billy Bob Thornton e do músico Iggy Pop, além de pequenas aparições de Gabriel Bryne e Alfred Molina. A fotografia do filme em preto e branco, é um verdadeiro espetáculo, e a trilha sonora se encaixa muito bem na história. Em resumo, Dead Man é um grande filme, e sem dpuvida alguma eu recomendo. Nota: 10
O Bravo
3.3 65Único longa que conta com o astro Johnny Depp na direção, é também um filme muito interessante. E como não poderia deixar de ser, por se tratar de Depp, o filme é diferente e muito louco. Nesse filme Johnny tem uma oportunidade pela qual, muitos diretores matariam para conseguir, que é a chance de dirigir, ninguém mais ninguém menos, que o gênio Marlon Brando, considerado por muitos o maior ator da história do cinema mundial. Pois bem, o filme é dirigido,e protagonizado por Depp, que interpreta um índio americano, que, com sérias dificuldades financeiras, vivendo na miséria, acaba conhecendo uma sinistra organização criminosa, que oferece 50 mil dólares a sua família, caso ele aceite ser torturado morto pelos carrascos dessa quadrilha. Com essa temática muito louca, o filme de certa forma, foi bem sucedido em sua proposta, que é a de mostrar a decadência das minorias nos E.U.A., e tudo ao qual eles tem de se sujeitar. Como drama familiar, o filme também funciona muito bem, pois mostra o relacionamento complicado de um pai, que mesmo amando sua família, se envolve em vários negócios ilícitos, com intuito de atenuar sua situação social, e acaba sendo um pai de certa forma ausente, um marido ruim, e o pior exemplo para uma criança se espelhar. O grande problema do filme, está na inexperiência de Depp na direção, pois o filme não tem o Time ideal, e em alguns momentos ele é excessivamente vagaroso, enquanto outras questões importantes, ficaram por explicar. No quesito atuação, Depp está bem, porém está distante de sua melhor forma, e passa ao público, em determinados momentos, a sensação de cansaço, ou de impaciência, por estar em duas frentes no mesmo filme (digo direção e atuação), mas nada que comprometa a sua atuação, ou o filme em si. Marlon Brando, outro destaque do elenco, tem uma atuação apenas sutil, já estava em seu final de carreira, e não conseguiu ser o Brando que estávamos acostumados a ver. Porém, tem alguns diálogos bem interessantes com o personagem de Depp, além das expressões faciais que o definiram como o grande que foi. O restante do elenco, traz artistas praticamente amadores, com exceção de um ou outro nome, mas em todo o caso, se esses não tem uma atuação magistral, estão longe de comprometer. O desfecho do filme é bem interessante, e é também uma reflexão, do que somos capazes de fazer por amor a alguém. A fotografia é interessante, mas nos leva a crer que se trata de uma produção B, com dois grandes astros no elenco, o que torna tudo ainda mais interessante. Em resumo, O Bravo é um filme diferente e inteligente, que vale a pena ser visto. Um trabalho que tem a cara de seu diretor, pena que ele não tenha se arriscado em outros longas, pois seria interessante ver sua evolução como diretor. Nota: 7.5
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
3.9 872 Assista AgoraO segundo filme da franquia Piratas do Caribe, mantém o bom nível visto no longa anterior. A grande diferença, desse para seu antecessor, está no próprio roteiro, já que, para esta sequência, muitos elementos fantásticos foram acrescentados, e a trama acabou por ganhar o seu mais famoso antagonista, o Capitão Davy Jones, e seus corsários amaldiçoados do Navio Holandês Voador. Assim como no primeiro filme, os efeitos visuais são uma atração a parte, e fazem o expectador grudar na cadeira. Grande parte disso, causada pelo próprio novo vilão acrescentado a trama. Temos nesse filme, outro elemento importante em uma sequência: o retorno dos personagens originais, com os mesmos atores do filme anterior. Entre eles é claro, Johnny Depp, que, de maneira brilhante, conduz o personagem Jack Sparrow, que desta vez, se vê ameaçado por um antigo pacto feito com o vilão da trama, que agora terá de pagar sua parte do acordo, e se tornar escravo do Capitão Jones. Imposição essa, que Jack reluta com todas as forças, e assim inicia mais uma grande aventura recheada de bom humor, e cenas alucinantes, tal como vimos em A Maldição do Pérola Negra. O elenco de apoio também está muito bem encaixado, e dessa vez, o destaque é para Bill Night, o temido vilão, que conseguiu com todos os méritos, fazer o que dele se esperava: ser amedrontador (Sparrow que o diga)... Keira Knightley e Orlando Bloom, também continuam perfeitos em seus devidos papéis, mostrando o quão necessários são a trama (talvez essa seja a falta que fez com que o quarto filme ficasse tão abaixo dos outros). O roteiro é muito bem conduzido, e o final é perfeito, pois deixa o espectador, ao mesmo tempo satisfeito com o resultado do longa, e com aquele gostinho de "quero mais", que foi muito bem explorado. A maquiagem e o figurino, novamente estão impecáveis, e são mais um ponto alto do longa. Em resumo, Piratas do Caribe - o Baú da Morte é um excelente filme, super divertido, engraçado, e merece ser visto. Eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 10
Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra
4.1 1,1K Assista AgoraUm filme que, literalmente, não só ressuscitou o gênero, Piratas, como também deu uma nova cara ao mesmo. E ainda de quebra, consagrou, aquele que, hoje, é um dos mais idolatrados astros de Hollywood: Johnny Depp, que anteriormente, era considerado um veneno de bilheteria, já que, seus filmes, não visavam lucros de bilheteria, e sim qualidade cinematográfica (vide Dead Man, Ed Wood, Benny e Joon...). Mas ao contrário da maioria, Johnny, conseguiu emplacar um blockbuster que, é bem a sua cara, e um personagem tão autêntico, quanto aquele que o interpreta, não atoa, ele recebeu ali, sua primeira indicação ao Oscar. Pois bem, Piratas do Caribe começa, com um tema, a muito esquecido no cinema, pirataria. E que rendeu alguns bons filmes no passado, como: Os Piratas diabólicos (Christopher Lee), A Ilha da Garganta cortada, O Cisne Negro... Só que, com alguns elementos um pouco diferentes. Já que, o longa é uma produção de Walt Disney, não poderíamos esperar algo diferente, dos elementos de fantasia, encontrados ao longo da história. Pois é exatamente esse o trunfo do filme. Explorar as lendas, e o mundo fantástico que cercavam as histórias dos piratas naquela naquela época, e transformar, todos esses contos, de pilhagens, invasões, maldições, navios fantasmas, em uma realidade dentro da trama. Testemunhamos ali também, o nascimento de um dos personagens mais amados da história do cinema, o Capitão Jack Sparrow. Com seu jeito irreverente, uma forma engraçada de falar e andar, e um senso de humor único, Johnny conseguiu cativar o público, com seu mais novo, e hoje famoso personagem. A história é muito bem conduzida, de forma que, todos os elementos do filme são muito bem explorados, e nesse caso, como não pode deixar de ser, um filme sempre é tão bom quanto seu vilão. E nessa posição, temos o Capitão Barbosa, que assume, e muito bem o papel, do cara mau. Se bem que, nem o próprio Jack, pode ser efetivamente considerado um herói, já que seu jeito malandro, e aproveitador, fazem dele, um sujeito que pensa primeiro em si mesmo, e em segundo também... transformando-o em uma espécie de anti-herói. O mocinho da trama, de verdade, se chama Will Turner, muito bem interpretado por Orlando Bloom, que tem papel central no longa, já que, é o único capaz de livrar os piratas, da tal, maldição sofrida pelos marujos do Pérola Negra, que se tornaram uma espécie de mortos vivos, por conta do roubo de um tesouro proibido. Keira Knightley é outra que tem um papel de extrema importância, e o executa muito bem, como a filha do governador, e a falsa herdeira de "Bootstrap" Turner, pai de Will, e nesse caso, aquela que livraria os piratas de sua maldição. Geofrey Rush é outro grande destaque, já que, como eu disse acima, interpreta com destreza o vilão da trama. Os efeitos visuais são um show a parte nesse longa, que também conta com um figurino incrível, e uma reconstrução de época magistral. Em resumo, um grande filme, que deve ser visto por todos os que gostam do que há de melhor no cinema. Nota: 10
Profissão de Risco
3.9 380 Assista AgoraFilme que é uma de cinebiografia de George Jung, que durante o seu auge, trabalhos, para, ninguém mais ninguém menos, que o narcotraficante mais famoso da história o colombiano Pablo Escobar. Johnny Depp vive Jung, que era a principal ligação do tráfico de drogas, do Cartel de Medelim, para os E.U.A., e Depp executa o papel com extrema competência, já que, após algumas visitas ao George Jung original, Johnny conseguiu catalizar todos os trejeitos e a personalidade do sujeito, fazendo com que ele o espectador visse, não o ator em cena e sim o próprio traficante. E nesse quesito, também devemos destacar o trabalho da equipe de maquiagem e figurino, que remontaram muito bem os personagens, e também a equipe que trabalhou na construção do cenário, que ficou perfeita, realmente nos levando de volta aos anos 70. A história começa nos apresentando Jung ainda jovem, com seus cabelos lisos, e sua aparência jovial, começando a comprar drogas de Derek Foreal, dono de um salão de cabeleireiro, interpretado por Paul Reubens, e repassando a vários usuários nas praias de Miami. Nesse momento, vemos seu romance com Barbara Buckley (interpretada por Franka Potente), com quem teve um relacinanamento, e que fora seu grande amor, fato muito bem explorado no longa, trazendo muita realidade em torno do relacionamento, e da sua morte prematura, vítima dos excessos de sua vida louca. Outro ator que devemos destacar ma trama, é o experiente Ray Liotta, que interpreta Fred Jung, pai do protagonista, que demonstra todos os conflitos e as emoções da família do famoso traficante. E é o pivô de uma das cenas mais tocantes da trama. Penélope Cruz é uma que entra na trama em sua metade, no papel de Mirtha mulher de um traficante, que acaba sendo seduzida pelo personagem de Depp, e juntos iniciam um relacionamento, que ficara marcado pela instabilidade, por brigas, excessos, e com quem Jung teve uma filha, que de certa forma, era seu elo com o mundo real, e também, o motivo de sua profunda depressão, já que, nunca conseguira ser definitivamente um boa pai para a pequena Kristina (interpretada por Emma Roberts), fato que se reflete de maneira muito triste no fim da trama. Outro destaque do filme, apesar de sua pequena participação na trama, é o personagem Pablo Escobar, muito bem interpretado por Cliff Curtis, que demonstra a frieza e a postura do maior narcotraficante da história. O final do filme, também reflete também o estado emocional e físico do personagem, e a caracterização novamente está um show, já que Depp, está idêntico ao personagem. Em resumo, é um excelente filme. Um dos melhores no quesito narcotráfico, feitos até hoje no cinema. Nota: 10
O Último Portal
3.2 461 Assista AgoraUm grande filme. Uma trama tensa, inteligente e intrigante. Aliás bem a cara de seu diretor: o genial Roman Polanski. Um filme que renova o gênero terror, assim como Polanski já havia feito no surpreendente O Bebê de Rosemay, um dos grandes clássicos do terror. Nesse filme, Polanski nos traz uma história totalmente inovadora, sobre um livreiro, que é contratado por um magnata, para verificar a autenticidade de um livro, que contém elementos satânicos que evocam o próprio Senhor das Trevas, e se é conhecido como o Livro sobre os 9 portais do Reino das trevas. Johnny Depp vive o livreiro Dean Corso (que inspirou meu nome no Filmow, inclusive), que após receber essa tarefa, se vê em meio a uma conspiração, que engloba o sobrenatural, poder, sexo, assassinato, e muito mistério, em uma trama muito bem desenvolvida e super bem conduzida por Polanski. É um filme que não deve ser visto como um simples terror, e sim como um jogo de Xadrez, onde cada peça vai sendo lançada em seu tempo, até o surpreendente Xeque-Mate. A trilha sonora, também é um ponto positivo a destacar, pois atenua ainda mais a tensão presente no filme, que ajuda a transformar cada morte em um novo e sinistro quebra-cabeças, pronto para ser montado. O figurino também está perfeito, tal como a fotografia, que é sempre um ponto importante nos filmes de Polanski. A atuação de Johnny Depp, beira a perfeição, de forma que ele consegue captar com precisão, e passar ao espectador a mudança de Dean Corso, de um homem cético, que não crê em absolutamente nada, para um sujeito totalmente obcecado pelos segredos referentes ao nove portais. Essa é inclusive, na minha opinião, uma das mais brilhantes atuações da carreira de Depp, pena que não é tão conhecida. O desfecho do filme é perfeito, e deixa no ar uma dúvida, o que o torna ainda mais sinistro. Em resumo, O Último Portal é um grande filme, que merece ser visto por todos os amantes do Cinema Arte, sem dúvida alguma, um dos filmes mais espetaculares que tive o previlégio de assistir. Nota: 10
A Noiva Cadáver
3.8 1,4K Assista AgoraUma animação bem ao estilo Tim Burton, como haviam sido Vincent e O Estranho mundo de Jack, antes dela. Cenário bastante sombrio, fotografia escura, e personagens exageradamente deformados, são marca registrada nessa, e em outras animações do excêntrico diretor. E mais uma vez, tudo funciona perfeitamente. O grande trunfo do filme, é conseguir juntar o belo e o feio com uma precisão fantástica, e transformar tudo isso em beleza. Além de dar um ar mais leve a um fato que assombra todo o ser humano: a morte. Uma animação que passa longe de ser um mero filme infantil, pois aborda temas muito sérios, como preconceito, amor, família, assassinato... Mas também nos brinda com uma hilária comédia, e canções super divertidas, que sem dúvida alguma, cativarão toda a família. Tim Burton tem todos os méritos nesse filme, pois conseguiu transformar sua bizarra história em algo bem maior que isso. Os personagens são muito bem definidos, e a escolha das vozes foi definitivamente acertada. Johnny Depp e Helena Bohan Carter emprestam suas vozes para Victor e A Noiva-Cadáver, respectivamente os dois protagonistas, e fazem um trabalho de dublagem impecável. Trazendo a emoção e a vitalidade (apesar do paradoxo) necessária aos personagens. A hipocrisia do final do Século XIX, onde tudo era extremamente regrado, e manipulado por interesses, é exposto com muita precisão, de forma que o filme passa a mensagem de que, o mundo dos mortos é mais divertido que o dos vivos. O que de certa forma, também se torna uma mensagem para os dias de hoje, pois o ser humano tende a ser mesquinho, egoísta e preconceituoso, e não aceita o próximo como ele é, tal como é abordado no filme. Os diálogos também são um ponto positivo a destacar, e dão um tom muito interessante ao filme. Pois vão do hilário ao sinistro, passando por reflexões importantes sobre o comportamento humano, tudo com extrema leveza e uma beleza monstruosa. Em resumo, A Noiva-Cadáver é uma excelente animação, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 10
A Janela Secreta
3.7 1,4K Assista AgoraAdaptação de um conto de Stephen King, A Janela Secreta, conta a história de um escritor decadente, que após flagrar a traição de sua esposa, decide se divorciar, e se auto-exilar em uma casa no campo. Sua vida seguia em um curso aparentemente normal, até que um estranho começa a atormentar sua vida, sob a acusação de plágio de uma de suas obras. Pelo início da sinopse, parece mais um daqueles filmes que vimos, zilhões e zilhões de vezes no cinema. Porém, em A Janela Secreta, tudo, de certa forma é diferente, e o filme funciona muito bem em seu propósito, que é o de trazer ao espectador um suspense surpreendente, e altamente psicológico. O diretor David Koep, que antes desse filme, não havia feito nada de muito interessante, consegue, nesse filme, reunir um elenco de grades estrelas, como Johnny Depp, John Turturro, Timothy Hutton e Maria Bello, e dá a eles, personagens que condizem com a personalidade de cada um, e na minha opinião, esse é o grande mérito do filme, saber aproveitar o melhor de cada artista. A trama começa de forma interessante, com a descoberta da traição, porém, a partir daquele momento, tem uma quebra de ritmo, e começa a se tronar um pouco lenta, mas a situação muda, quando um personagem fundamental entra no filme, John Shooter, brilhantemente interpretado por John Turturro (com exceção para o sotaque caipira, que não lhe caiu bem), que traz um tom sombrio e sinistro a trama, atormentando a vida do escritor Mort Rainey, vivdo por Johnny Depp, que também está em excelente forma no longa, demonstrando toda a paranoia e perturbação na mente do personagem, aliás, o tipo de perfil que parece atrair Depp, já que, o mesmo é conhecido por seus personagens excêntricos e mentalmente abalados. Maria Bello, é outra que tem um papel bem interessante no longa, pois, apesar de ser a pivô, de grande parte das debilidades mentais do protagonista, é também seu elo de ligação com o mundo real. O desfecho da trama, é simplesmente surpreendente, e literalmente tira o fôlego do espectador. Final digno de uma trama sombria e diferente. Em resumo, A Janela Secreta, é um bom, filme, e eu recomendo a todos os que gostam de um bom suspense. Prepare-se para ser surpreendido. Nota: 8.5
Cry-Baby
3.6 518 Assista AgoraJohnny Depp em 1990: um jovem marcado por um esteriótipo, alcunha essa que ele tinha medo que o marcasse para o resto de sua vida, e que não atingisse um status de ator respeitado por conta disso. O esteriótipo: ser um ídolo teen, algo que grudou nele como um carrapato após a série Anjos da Lei, que é até hoje o grande arrependimento da carreira de Depp. Porém, na peregrinação para tentar se livrar daquela nhaca, ele acaba encontrando o diretor John Waters, famoso na época pelo musical HairSpray, que lhe dá um conselho: "se você quer se livrar de uma imagem, nada melhor que debochar dela"... E foi exatamente o que Depp fez ao aceitar o papel de Wade Walker, um esteriótipo de ídolo teen, só que comediado, e totalmente debochado. Uma espécie de contraventor juvenil, que se apaixona por uma jovem totalmente diferente del, e que tem um namorado ainda mais avesso ao seu modo de vida. Johnny consegue fazer ali, sua primeira atuação mais convincente na carreira, e ali podemos ver que ele era muito mais do que o adolescente namorador de A Hora do Pesadelo, e o jovem descompromissado de Férias do Barulho. O filme vale principalmente pelas referências musicais, principalmente a Elvis Presley. O figurino usado no filme foi perfeito, e a iniciativa de mostrar uma juventude rebelde e incompreendida foi levada a sério pelo diretor, e o mesmo concretizou essa tarefa com precisão. Em resumo, Cry Baby é um filme muito divertido, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 7.0
O Libertino
3.4 302O Libertino: um filme de cunho histórico, que conta a história de um dos personagens mais excêntricos e controversos da história, o 2º Conde de Rochester John Wilmott, conhecido por seu temperamento difícil e seus hábitos nada ortodoxos, principalmente no que diz respeito aos seus hábitos sexuais. Johnny Depp interpreta Wilmott, o personagem principal da trama, que já começa a se desenvolver de uma forma muito interessante, pois a abertura é um prólogo do próprio Wilmot, falando com o espectador e enumerando as razões pela qual ele deveria ser odiado pelos homens, e o porque ele era tão desejado pelas mulheres. Já de início vemos um homem problemático, e que não consegue conter seus impulsos sexuais, e isso é bem explícito desde o início. Vemos que ele está com sérios problemas na Côrte por conta disso, mas o Rei Charles II (John Malkovich) dá a ele a oportunidade de escrever uma peça, e essa peça deve agradar a realeza francesa, que será recebida pelo monarca britânico. A trama se desenvolve mostrando o conturbado casamento do Conde com Elizabeth Malet interpretada pela belíssima Rosamund Pike, e a sua atração por uma atriz que ele pretende transformar na estrela de sua peça, mesmo que ninguém veja talento na mesma. A mulher em questão é Elizabeth Berry (Samantha Morton), por quem o Conde acaba se afeiçoando. O filme mostra toda a construção da peça, que foi considerada pornográfica e subversiva, e chocou a toda nobreza da época. E a partir daí mostra o declínio de Wilmot, tanto moralmente, quanto fisicamente, já que o mesmo termina o filme de forma irreconhecível devido a complicações causadas por uma sífilis severa. Johnny Depp nos entrega em O Libertino uma de suas mais excêntricas e estupendas atuações, e consegue nos fazer amar e odiar o seu personagem ao mesmo tempo, de forma que vemos a seguinte situação: Wilmot não é bom nem ruim, ele é apenas humano, um homem em sua essência, com um extinto animalesco incontrolável, alguém que sempre sucumbia aos desejos de sua carne, e não escondia isso. O prólogo do personagem é simplesmente de arrepiar, e nos fazem ter uma ideia de que o personagem é alguém que não temos como sentir a mínima simpatia, porém o epílogo, após vermos toda a sua história, nos traz uma outra ideia sobre o personagem, e o próprio personagem reconhece isso ao espectador, quebrando a barreira entre TV e espectador, de forma que você sente o personagem se comunicando diretamente com você, algo extraordinário. John Malkovich, uma lenda do cinema, tem uma pequena participação na pele do Rei Charles II. E diga-se de passagem está fisicamente irreconhecível devido a brilhante caracterização, um dos trunfos do longa. Outro destaque do filme é a atriz Samantha Morton, que interpreta o objeto de desjo do personagem de Depp, e mostra toda a evolução se sua personagem que vai do anonimato ao estrelato com a ajuda de Wilmot, a quem ela esnobaria futuramente. Rosamund Pike é outra grande atriz do longa e que vive a esposa de Wilmot, uma mulher que sempre tentou segurar seu casamento com um homem infiel, e consegue mostrar todo o drama de alguém que ama, e de certa forma não é correspondida. O trabalho do diretor Laurence Dunmore foi impecável, principalmente no que diz respeito a pesquisar sobre os personagens e seus hábitos, é uma pena que ele só tenha feito esse filme em sua carreira. As locações e o figurino também se mostraram escolhas mais do que acertadas, já que remontam com perfeição a Inglaterra por volta de 1.640. A caracterização final do personagem de Johnny Depp também é algo louvável, um minucioso trabalho de alguém que entende do assunto. A fotografia também é esplêndida, tal como a trilha sonora, que se encaixa muito bem na trama. Em resumo, O Libertino é um grande filme, um trabalho magistral do astro Johnny Depp que merece ser aplaudido de pé por todos os que amam a sétima arte. Eu sem dúvida alguma recomendo... Nota: 10
Donnie Brasco
3.8 326 Assista AgoraDonnie Brasco, um filme de máfia com um grande elenco, uma incrível história real, e um gênio que realmente domina o tema: Al Pacino. Um filme com tantos elementos positivos que realmente não poderia dar errado, e não deu. Mike Newell na época diretor da comédia Quatro casamentos e um funeral, indicado ao Oscar de melhor filme em 1995, assumiu a direção da adaptação cinematográfica do livro Donnie Brasco, que conta a real história de Joe Pistone, um agente do FBI que passou alguns anos infiltrado no coração da Família Bonnano, uma perigosa organização criminosa que agia em Nova York. Johnny Depp interpreta o protagonista da trama, e desde o início se destaca na pele de um homem determinado, e conturbado em sua missão, e que vai se transformando ao longo da trama de um bom policial, em um sujeito paranoico, e confuso sobre seu próprio dever. E diga-se de passagem, Depp se sai muito bem no papel, mesmo na época não sendo tão experiente, e tendo pela frente astros do peso de Al Pacino e Michael Madsen, mostrando que o jovem prodígio não se intimidava com facilidade. O filme inicialmente segue a cartilha dos clássicos filmes de máfia, e a presença de Al Pacino reforça essa tendência, mas o filme começa a se diferenciar do restante dos filmes desse gênero pelo próprio Pacino, que dessa vez não interpreta mais um gangster durão e temido, e sim um criminoso mais velho, com vícios e manias, que ficou responsável por iniciar Donnie Brasco (nome falso usado por Pistone para entrar na organização) no mundo do crime. O filme a partir daí se divide entre o dia a dia no mundo do crime, e os conflitos de um pai de família com uma dupla identidade, que tem que esconder de ambos os lados onde vive. Para a família ele é apenas Joseph Pistone, e para a máfia ele só pode ser Donnie Brasco. Essa vida dupla acaba enlouquecendo o personagem, e ele acaba oscilando entre ser o mocinho e o bandido. Michael Madsen, o astro dos filmes de Tarantino é outro destaque positivo na trama, e novamente ele vive um personagem que é bem a sua cara, o gangster Sonny Black, um homem cruel e impiedoso que causaria pesadelos em qualquer rival. O cenário do filme foi algo minuciosamente construído, e o trabalho de caracterização dos personagens foi perfeito, de forma que podemos nos sentir nos guetos de Nova York nos anos 1970. Em resumo Donnie Brasco é um excelente filme, que eu recomendo a todos os fãs dos bons filmes de máfia. Nota: 10
Armageddon
3.5 1,1KArmageddon, um filme tão apedrejado quanto seu diretor: Michael Bay, trucidado por críticos, que já tem respostas programadas pra definí-lo: filme com muitos clichês, excesso de explosões, falta isso, exageraram naquilo... Em relação ao público, um filme amado por muitos, e odiado por outros. Muitas de suas críticas tem fundamento, o filme realmente é repleto de clichês, e super americanizado, e tem aquela mensagem patriótica de dar nó nas vistas. Porém, está muito longe de ser um filme ruim, na verdade, me atrevo a dizer, que esse é um excelente filme, e que para mim, foi injustamente massacrado por tantos entendedores de cinema. Pois bem, o filme conta a história de um asteroide que entra em rota de colisão com a terra, a Nasa descobre o tal corpo celeste, que irá colidir de forma fatal com o planeta em 18 dias. Nesse período os cientistas da Nasa estudam possíveis ações que possam salvar o planeta da extinção, e é aí que entra o Harry Stamper, o protagonista interpretado por Bruce Willis. Harry era o dono de uma companhia de petróleo, e fora chamado pois, foi concluído que, a única forma de destruir o asteroide era o explodindo por dentro, então eles precisariam furar o corpo celeste, por isso a presença de Willis. A partir desse momento começamos a ser apresentados aos personagens que conduzirão a trama, e formarão a missão que tentará salvar a terra do Apocalipse. O filme é conduzido em um ritmo muito dinâmico, e Michael Bay, junto com o produtor Jerry Bruckheimer, fazem nesse filme aquilo que eles melhor sabem fazer: grandes cenas de ação, com muitas explosões e magníficos efeitos visuais, que são um show a parte. A abertura do filme inclusive faz valer esse recurso, e mostra a terra na época em que os dinossauros a habitavam, ao mesmo tempo que mostra um pequeno asteroide se chocando com o solo, e destruindo o planeta de forma incrível, tudo isso acompanhado de uma narração de arrepiar. Agora voltando ás apresentações. O personagem de Bruce Willis decide que aceitará a missão da Nasa de tentar salvar o planeta, mas não usará a equipe determinada pela Agência Espacial para isso, ele irá convocar seus companheiros de prospecção, para juntos, serem a força tarefa que irá salvar a terra. Em matéria de elenco, é inegável, mesmo para os tais críticos, que Armageddon acertou em cheio, pois o filme consegue reunir um grande número de estrelas, sem que ninguém seja deixado de lado. Obviamente Bruce Willis pela importância de seu personagem é o grande destaque do filme. Mas temos outros atores que se destacam como coadjuvantes, e entre esses podemos destacar: Michael Clarke Duncan, que tem uma atuação hilária, ao lado de Steve Buscemi, o grande destaque cômico do longa, Willian Fichtner, o Piloto arrogante da Nasa, que passa por cima de tudo pra cumprir as ordens vindas da terra e Peter Stormare, que interpreta um cosmonauta russo, que acidentalmente se integra a missão de destruir o asteroide. Talvez os destaques negativos do elenco estejam por conta de Billy Bob Thornton, que parece deslocado no longa, que não consegue destaque mesmo sendo um dos protagonistas, Livy Tyler, que parece muito insossa no papel e Ben Afleck, no seu auge canastreiro. Mas nada que seja fatal para o filme. A trilha sonora do filme é super envolvente, e a música I don't wanna miss a thing, da Banda Aerosmith se encaixa muito bem na história. Em resumo, Armageddon é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo a todos aqueles que queiram se divertir sem se importar com a opinião da crítica especializada. Nota: 8.5
A Rocha
3.5 284 Assista AgoraA Rocha é até hoje disparado o melhor filme do contestado diretor Michael Bay. Um diretor que é perseguido pela crítica, mas que provou saber trabalhar muito bem naquela que é sua proposta: os filmes de ação. Quem assiste esse filme, dificilmente identificará Bay como o diretor de Transformers e companhia. Com um roteiro muito bem elaborado, e assinado por ninguém mais ninguém menos que Quentin Tarantino, o filme consegue ter muita ação e adrenalina sem ser um filme desconexo. Um filme instigante e que prende o espectador na cadeira da primeira a última cena. O elenco é uma verdadeira constelação, e conta com alguns dos grandes nomes do cinema na época. E todos estão muito bem no longa, diga-se de passagem. Os protagonistas do longa são Sean Connery, o eterno James Bond e o na época requisitado Nicolas Cage, que havia acabado de vencer o Oscar por Despedida em Las Vegas. Sean interpreta John Mason, um ex-agente do serviço secreto britânico (se você pensou 007, acertou, a referência é clara), que está preso pelo governo americano por conta de ter descoberto as grandes mentiras da história americana. Após anos de prisão a CIA precisará dele, pois o antigo Presídio de Alcatraz, conhecido como A Rocha, foi tomado por militares, liderados pelo General Francis Hummell (Ed Harris), que ameaça disparar uma arma biológica sobre São Francisco caso suas exigências não sejam atendidas, e ele é o único homem que escapou da penitenciária, então seria o único que poderia entrar lá sem ser notado, já que uma operação fora descartada por conta de 81 turistas que foram feitos reféns. Sean nos brinda com uma grande atuação, que obviamente nos faz lembrar seu personagem mais famoso, o Espião James Bond, só que agora mais velho, mas com a mesma competência de sempre, e uma imprevisibilidade de assustar. Nicolas Cage interpreta o Dr. Stanley Goodspeed, um químico que entrará junto com a equipe Militar em Alcatraz, com o objetivo de desarmar as armas biológicas antes que as mesmas sejam disparadas. E diga-se de passagem Cage tem uma das melhores atuações de sua carreira nesse filme, e nos faz sentir saudades dessa época, onde ele emplacava seguidamente Despedida em Las Vegas, A Rocha, Con Air e A outra Face. Já que hoje o máximo que ele emplaca, é uma bomba atrás da outra. Ed Harris interpreta o personagem que em tese seria o vilão, mas esse está bem longe de ser um personagem simples, pois sua complexidade está em, ele ser um bom homem, e um patriota, que se sente no dever de mostrar as injustiças que o Governo Americano cometeu com seus bravos soldados, mortos em campo de batalha, e esquecidos por seu país, que deixaram suas famílias totalmente desamparadas. Harris, como de costume tem uma brilhante atuação, e consegue passar ao espectador todos os conflitos, éticos e morais que seu personagem passa, de forma que ao assistirmos o filme, podemos até nos compadecer do General, o que geralmente não acontece com os personagens rotulados como vilões. David Morse e Michael Bieh são outros destaque do longa, apesar de terem papéis menores, porém de extrema importância, principalmente no caso de Morse. Os efeitos visuais de A Rocha, são um verdadeiro espetáculo, tal como a locação escolhida, que realmente nos leva para dentro de uma Alcatraz tomada por militares minuciosamente treinados, e preparados para a guerra. Em resumo, A Rocha é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo a todos os que queiram assistir um bom filme, sem se importar com o que dizem os críticos. Nota: 10
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraEmbora muito criticado, não acho, nem de longe, que tenha sido um filme ruim. A história é muito boa, e as interpretações musicais estão bem sincronizadas. Achei interessante também o fato de reescrever alguns contos de fadas, trazendo a tona sua verdadeira origem, que é o caso de Cinderela, por exemplo... Maryl Streep está perfeita no papel da bruxa, e é o grande destaque do filme. James Corden e Emily Blunt, ficam devendo, e poderiam ter usado melhor o protagonismo de seus personagens. Anna Kendrick está bem no papel de Cinderela, mas com ressalvas... Chris Pine se encaixou bem no papel do Príncipe, porém sua participação não é das mais longas. Johnny Depp apesar do pouco tempo em cena, tem uma divertidíssima atuação no papel do Lobo-mau, que como sempre, fica no encalço da Chapeuzinho Vermelho, que foi muito bem interpretada pela jovem, Lilla Crawford. Outras histórias que ficaram muito bem definidas, e com fidelidade aos contos originais foram as de Rapunzel e João e o pé de feijão. Caminhos da Floresta na verdade se define como uma belíssima homenagem aos eternos clássicos de Walt Disney, mas sem todo o apelo nostálgico. A fotografia do filme é deslumbrante, e o figurino impecável, tal como a caracterização, principalmente de Maryl Streep, que fica irreconhecível na pele da bruxa. Então juntando todos esses fatores, não temos o melhor filme da história, mas temos sim uma grande opção de entretenimento, que sem dúvida irá agradar aos fãs do gênero... Nota: 6.5
O Rei Leão
4.5 2,7K Assista AgoraComo definir um clássico? O que dizer que melhor explique aquela que é a melhor animação da história do cinema, e que palavras usar para descrever tamanha beleza? O Rei Leão é sem dúvida alguma a grande majestade de todas as animações, capaz de cativar crianças e adultos por gerações, e continuará perpetuado por muitas e muitas gerações. O filme é um marco na história do cinema, e representa a aurora da Walt Diney, a Era de Ouro dos estúdios, onde foram produzidos os melhores filmes de sua história. Só para se ter ideia, a Disney lançou seguidamente nessa época: A Pequena Sereia (1989) / A Bela e a Fera (1991) / Aladdin (1992) / O Rei Leão (1994) / Pocahontas (1995) / O Corcunda de Notre Dame (1996) / Hércules (1997) / Mulan (1998) / Tarzan (1999). Fazendo dos anos 90 a maior e mais brilhante fase das animações 2D, que infelizmente começaram a ser substituídas no ano 2000 com o lançamento de Dinossauro, em um novo formato de animação: o 3D. Voltando ao filme, adaptação de Hamlet, de Willian Shakespeare, O Rei Leão conta com um visual magistral das savanas africanas, músicas cativantes, uma abertura magistral, ao som de Elton John, uma das melhores da história do cinema, diga-se de passagem, e embalados por The Circle of Life, conhecemos o cenário principal do filme: a Pedra do Rei, conhecemos sua Majestade, Mufasa, dublado de forma imponente por James Earl Jones (o mesmo de Darth Vader)., e seus leais súditos, reunidos para conhecer o novo herdeiro do trono, o recém-nascido Simba. Temos já na abertura outra cena icônica da história do cinema, que é a do babuíno feiticeiro Rafik erguendo o jovem Simba e o apresentando aos seus súditos, que o reverenciam numa das mais emocionantes cenas já vistas na história da 7ª arte. Após a brilhante abertura, somos apresentados ao grande algoz da trama, o maquiavélico irmão de Mufasa, chamado Scar, um sujeito traiçoeiro que planeja se livrar do irmão e do sobrinho para se tornar o Rei. O filme acompanha o crescimento de Simba, seus aprendizados e perigos ao qual se envolve, e sua infância destruída por uma das mais chocantes tragédias da história do cinema (quem viu sabe do que estou falando). O filme também nos apresenta de início personagens muito importantes, como o pássaro e fiel mordomo do Rei, Zazu, que em determinados momentos chega a ser um personagem irritante com suas infinitas regras, nada atrativas para Simba, e sua amiga Nala, que também será uma figura importantíssima no desenvolvimento da história, tal como Sarabi, a mãe de Simba. Outros vilões também são abordados na trama, mas com um tom menos sombrio, do que Scar, e com uma pegada muito mais cômica, mas sem perder sua essência maligna, que são as Hienas: Shenzi, Banzai e Ed. Como o filme tem uma tomada bem mais séria que o normal, o alívio cômico veio na forma de um suricato e um javali super carismáticos e hilários, e que acabaram roubando a cena, que são: Timão e Pumba. Que após resgatarem o jovem Simba da morte, passam a criar o jovem leão, e o ensinam o Hakuna Matata, que consiste em deixar o passado para trás, algo que Simba acaba fazendo, e lhe trará um sério confronto pessoal adiante. A história se desenvolve em um ritmo extraordinário, e as músicas dão um tom mágico ao filme, mesmo a sombria "Be Prepared", interpretada por Scar e as Hienas as vésperas do golpe para tomar o reino de Mufasa, ou as divertidas "Hakuna Matata" e "I Just cant wai't to be king" e a romântica "Can You Fell the love tonight" . O final é simplesmente extraordinário, e nos deixa com aquela magnífica certeza de que o filme valeu a pena. Em resumo, Sua Majestade, o Rei Leão, é um clássico que merece ser visto pelos amantes da Sétima Arte, por muitas e muitas gerações. VIDA LONGA AO REI... Nota: 10
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraO Lobo de Wall Street, a parte final de uma trilogia não declarada de Martin Scorsese, que mostra os caminhos do dinheiro nos E.U.A., ao mesmo tempo que mostra a ruína a qual todos esses três caminhos podem levar. O primeiro filme, Os bons companheiros, de 1990, aborda a máfia. O segundo, Cassino, de 1995, aborda a máfia das apostas, e o terceiro é justamente O Lobo de Wall Street de 2013, que aborda a máfia que é o mercado financeiro, mais precisamente Wall Street. O filme conta a história de Jordan Belfort, um homem que foi do nada a extrema riqueza através de sua determinação, e senso de oportunidade no mercado financeiro. Quem vive o empresário nessa cinebiografia, é o ator Leonardo DiCaprio, que nos brinda com uma de suas mais estupendas atuações até hoje, de forma que podemos afirmar que ele foi mais uma vez injustiçado pela academia ao perder o Oscar para Matthew McConnaugey, em Clube de compras Dallas. Matthew inclusive que está presente em O Lobo de Wall Street, no papel de Mark Hanna, o mentor de Belfort, e apesar de uma curta participação, está muito bem no filme. A belíssima Margot Robbie vive a segunda esposa de Jordan, uma mulher sensual, e de personalidade forte, com quem o protagonista tem um relacionamento conturbado, e pautado em excessos. Jonah Hill é outro que integra o estrelado elenco do filme, vivendo Donnie Azoff, um corretor de imóveis, que intrigado com a vida financeira de Belfort, decide que irá trabalhar com ele, e a partir dali desenvolvem uma grande amizade, porém pautada por exageros de ambas as partes. Scorsese, que faz mais um de seus brilhantes trabalhos, tem nesse filme, o objetivo de mostrar o submundo do Mercado Financeiro, um lugar de intenso estresse, onde para fugir do dia a dia tumultuado e desgastante, as pessoas recorrem a tudo que lhes possa aliviar física e mentalmente, e entre essas medidas estão as drogas e o sexo, que são mostrados nesse filme sem nenhum pudor, o que faz com que muitos tenham reprovado o novo projeto do cineasta. Porém ao meu ver, isso precisava ser mostrado nesse longa especificamente, pois é um filme que não tem a intenção de velar a realidade em absolutamente nada. Inclusive um dos temas abordados por Scorsese no filme, é o de como os excessos podem destruir uma vida teoricamente estável, e por isso vemos o declínio moral, físico e financeiro do personagem de DiCaprio, um homem com tantos vícios que mal podemos contabilizar. O filme em si, se apresenta como mais um trabalho audacioso de Scorsese, que tem na coragem de inovar, um de seus principais atributos. A ascensão e queda do Lobo de Wall Street é mostrada de forma competente, e sem pressa de definir nenhum ponto, respeitando a cronologia dos eventos. A trilha sonora do longa é impecável, e se encaixa bem no ambiente descrito no filme. As cenas são muito bem montadas, e as locações e cenários foram escolhidos de forma certeira, de forma que podemos mergulhar nesse mundo de luxo, loucura, estresse e prazer desenfreado, e entender o que se passa na mente dos envolvidos, algo que Martin Scorsese sempre faz muito bem. O filme tem um desfecho chocante, e lhe dá a certeza de que as 3 horas de filme não foram em vão. Em resumo, O Lobo de Wall Street é um grande filme, que eu recomendo a todos os cinéfilos, mas aqueles que se sentem incomodados com drogas, sexo e uma linguagem chula, passem longe desse filme. Nota: 10
Por um Punhado de Dólares
4.2 421 Assista AgoraPor um punhado de dólares, filme dirigido pelo mestre italiano Sergio Leone, o primeiro filme da famosa trilogia do Homem sem nome, o personagem icônico interpretado por Clint Eastwood. Esse faroeste é uma adaptação do clássico filme Samurai de Akira Kurosawa: Yojimbo o guarda-costas (1961), onde Toshiro Mifune interpreta um Samurai forasteiro que chega a uma cidadezinha onde duas famílias criminosas se flagelam pelo controle do local. O enredo de Por um punhado de dólares é basicamente o mesmo do clássico japonês, a grande diferença é que as espadas são trocadas por pistolas, e o Samurai e os esgrimistas são trocados por pistoleiros. Clint interpreta um forasteiro americano, que chega a uma pequena cidade em San Juan, no México, dominada por duas famílias mafiosas, os Rojos e os Baxters, que há anos lutam pelo controle da região. O personagem, um homem sem nome, decide se aproveitar dessa guerra e ganhar dinheiro trabalhando para os dois lados do conflito como pistoleiro. A partir dali começam as primeiras mortes causadas pelo personagem de Clint, e o filme se torna muito interessante, ao mesmo tempo somos apresentados aquele que será o grande algoz da trama, o mexicano Ramón Rojo, um pistoleiro habilidoso e impiedoso, que se configura desde o início como opositor e único adversário capaz de prejudicar os planos do pistoleiro americano. O filme vai transcorrendo em um ritmo muito interessante, porém para aqueles que já assistiram Yojimbo se torna bastante previsível, já que todos os eventos são absurdamente idênticos, com exceção de um ou outro elemento propositalmente modificado. A proposta de Sergio Leone de fazer uma espécie de homenagem ao clássico Samurai, ao mesmo tempo em que cria o seu próprio foi muito bem sucedida, mas esse filme não seria o ponto alto da trilogia, que tem em seu desfecho o capítulo mais marcante (Três homens em conflito). Em relação às atuações, Clint Eastwood tem uma participação memorável, dentro da característica que o consagraria no cinema, um homem sério, de poucas palavras e muita ação, e sobretudo, alguém que seria respeitado e temido. O restante do elenco, a maioria italianos desconhecidos do grande público, servem bem a seu propósito no longa, mas o destaque fica por conta de Gian Maria Volonte, que interpreta o pistoleiro Ramón, e tem uma atuação memorável. A trilha sonora de Ennio Morricone é simplesmente fantástica, e tal como Kurosawa havia feito em Yojimbo, Leone utiliza a mesma para dar um tom sinistro ao longa. A fotografia é simplesmente deslumbrante, e toda a reconstrução de cenário e figurino nos transportam ao velho oeste, a terra de ninguém onde uma arma é a lei. Em resumo, Por um punhado de dólares é um grande filme, um verdadeiro clássico, e uma incrível releitura de um dos mais brilhantes longas do cinema oriental, e merece ser assistido, não só pelos fãs do gênero, mas também por todos os amantes da Sétima arte. Nota: 8.0
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraO que esperar de um filme que ganha uma sequência 14 anos após o o lançamento de seu último longa? Geralmente tal sequência gera dois tipos de sentimento: o pessimismo e o otimismo, onde geralmente os pessimistas tendem a ser maioria, principalmente entre os críticos. Porém com Jurassic World o resultado foi diferente, o filme apesar de dividir muito as opiniões, pode ser classificado como um verdadeiro sucesso, tanto que sua bilheteria se estabeleceu em dado momento, até a estréia de Star Wars 7 para ser mais preciso, como a 3ª maior da história do cinema. A história do filme se passa alguns anos após os acontecimentos catastróficos do primeiro filme, quando o parque seria inaugurado, mas após problemas técnicos, os dinossauros se soltaram, e o resultado foi uma carnificina. Porém dessa vez a Ilha de Nubar finalmente foi aberta para a visitação, e os dinossauros estão perfeitamente controlados, e prontos para serem vistos pelo mundo. Mas não por muito tempo. Como vimos no primeiro filme, a teoria do caos, exposta pelo Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum), no primeiro filme viria a tona novamente, desta vez na forma de um experimento científico, onde mais uma vez uma frase do Dr. Malcom se faz presente: "vocês podem, mas será que devem?", o experimento consiste em criar uma nova espécie de dinossauro, um híbrido geneticamente modificado, um mostro criado num laboratório, usando informações genéticas de várias espécies, o que obviamente irá gerar problemas mais adiante no longa. Mudando o foco, e passando para as referências, o filme possui algumas do primeiro filme de 1995, uma das mais icônicas é a presença do personagem Lowery Cruthers, que mais parece uma continuação do Dr. Malcolm, com sua teoria do caos, o mesmo usa uma camisa que faz menção ao parque anterior, vítima do tal caos. Spoiler: Esse novo filme não conta com nenhum dos protagonistas dos filmes anteriores, e talvez esse seja o maior pecado cometido pelos envolvidos na produção, porém os novos protagonistas deram conta do recado, embora o destaque mesmo fique por conta dos Dinossauros. Chris Pratt interpreta Owen Grady, um personagem que nos faz lembrar Peter Quill em Guardiões da Galáxia, e que parece ser uma extensão de si mesmo, para dizer a verdade, mas está longe de ser um personagem ruim. Bryce Dallas Howard é o grande "destaque humano" do longa, mesmo com toda a polêmica do salto alto. Os jovens do elenco: Ty Simpkins e Nick Robisnon, tem atuações consistentes, porém nada brilhante, entretanto, dentro da proposta de seus personagens, se saíram muito bem. Como todo o filme precisa de um vilão, a esse filme o papel não cabe apenas ao Dinossauro Híbrido sanguinário, e o papel de "vilão humano" da trama recai sobre o excelente Vincent D'Onofrio, que sabe muito bem ser o cara mau, quem assistiu a série Demolidor sabe do que eu estou falando, e nesse filme novamente ele obtém destaque nesse tipo de papel, desta vez como um militar ganancioso, Spoiler: Voltando aos dinossauros, o filme nos apresenta novas espécies, até então não abordadas, o Mossassauro, um réptil marinho carnívoro do período cretáceo é sem dúvida alguma uma grande novidade. Mas o grande destaque entre os novatos ficou por conta do Indominus Rex, o tal Híbrido causa de toda a bagunça no segundo parque. Entre os veteranos o destaque ficou para os Velociraptores, agora treinados, e de certa forma domados. Inclusive Blue, uma Raptor acaba roubando a cena no filme, quem ver entenderá. Os pteranodontes novamente são abordados, tal como no Terceiro, em uma cena simplesmente alucinante. Spoiler: O filme é basicamente feito a base do CGI, porém os envolvidos souberam usar e bem esse recurso, para fazer um excelente filme. Em resumo, Jurassic World é um grande filme, que eu sem dúvida alguma recomendo. Nota: 8.0
O Pacto
3.1 460O Pacto, um filme que para aqueles que tem como referência Despedida em Las Vegas, A Rocha e A outra face, foi horrível, e para os que tem como referência O Apocalipse, O Sacrifício e Reféns, foi "digno de Oscar". Esse talvez seja o filme mais meio termo de Nicolas Cage, mas mesmo assim está bem longe de ser uma afirmação positiva, mas se tratando de Nicolas Cage, um astro que faz de tudo para se afundar nos últimos anos. O filme tem um início clichê, um casal perfeito, que é surpreendido por uma tragédia, nesse caso o estupro da esposa do personagem Will Gerard (Nicolas Cage), a bela Laura, interpretada por January Jones. A partir dali entra em cena um homem misterioso (Guy Pearce), que promete vingar o marido, e assassinar o estuprador, contanto que o personagem de Cage aceite fazer com ele uma espécie de acordo, de quando preciso, ele fazer algum serviço para aquele estranho. E Cage aceita, o estuprador é assassinado, e o personagem de Guy Pearce desaparece. Algum tempo depois, ele ressurge cobrando a tal dívida, e Will Gerard agora tem que matar um homem, um pedófilo pelo que consta nos arquivos, mas nada é tão simples assim, e de repente o personagem de Cage se vê envolvido em uma grande conspiração, onde tudo o que ele conhece pode ser mentira. O filme funciona bem em alguns momentos, tem uma história com início, meio e fim, porém além de ser bem clichê, é um tanto confusa em alguns momentos, e algumas atuações não ajudam a melhorar o longa. Nicolas Cage por exemplo tem uma atuação sofrível, e suas expressões exageradas, contrastadas com uma absurda "cara de nada" em outros momentos, ajudam a piorar o que já não é bom, suas corridas "alucinadas" então, nem se fala. O restante do elenco também não ajuda, nem mesmo Guy Pearce, que está no mínimo esforçado. O filme em si é bem curto, mas nos dá a impressão de que poderia ter acabado antes. E o final nos dá a impressão de termos sido feitos de idiota. Mas para não dizer que o filme é todo ruim, temos alguns pontos positivos, como alguns momentos de suspense, e os mistérios sobre a tal organização com o qual Cage fez o acordo, que vão sendo descobertos. É um filme com uma ideia interessante que foi mal executada por assim dizer. Em resumo, O Pacto é um filme bem limitado, que eu não recomendaria. Nota: 5.0
Tempos Modernos
4.4 1,1K Assista AgoraUm verdadeiro clássico, um épico da história do cinema, e porque não, da história da humanidade. Um filme que retrata com precisão, a vida após a revolução industrial, e como o ser humano ser tornou escravo dessa nova era. Chaplin no conduz nesse longa, a uma reflexão sobre a forma com que o ser humano é tratado no período pós revolução, onde a produção e os lucros, são mais importantes que o indivíduo. A primeira tomada do filme demonstra bem isso, quando vemos um bando e ovelhas correndo em uma direção, e logo após, vemos os trabalhadores na mesma situação entrando na fábrica, verdadeiramente como um rebanho, que não pensam, e são conduzidos numa mesma direção por seus superiores. O detalhe é que Chaplin tem a capacidade de nos conduzir ao cenário político e social dos anos 30, de uma forma leve e descontraída, mas sem perder o foco da crítica social. A própria forma com que a justiça é abordada nos mostra como foi a época da caça as bruxas comunistas, fato que se intensificaria anos mais tarde. Um filme que aborda as manifestações dos trabalhadores por melhores condições de trabalho, os sonhos e as frustrações do proletariado, as decisões arbitrarias das autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da lei, as dificuldades enfrentadas pelos desempregados, as greves... Tudo isso com o carisma e humor de um verdadeiro mito do cinema, e sem dizer uma única palavra. Tempos Modernos, apesar de datar 1936, nos parece cada vez mais atual, quando vemos que, em tantos anos parece que muita coisa definitivamente não mudou. E essa brilhante obra continua a nos impressionar. Paulette Godard interpreta uma pobre garota órfã, que vive com suas dua irmãs e seu pai desempregado, e se vê em enormes dificuldades até mesmo para se alimentar, e tem uma atuação de gala, brilhando ao lado de ninguém mais do que o gênio dos gênios: Charles Chaplin. De quem se tornara esposa. Chaplin como sempre, está magistral, pois consegue nos fazer rir e ao mesmo tempo refletir, sobre uma situação séria e importante. A cena de Chaplin nas engrenagens da máquina na fábrica é inclusive até hoje, uma das mais famosas da história do cinema, e faz parte de um dos momentos mais hilários desse filme, tal como a chegada dele e de sua companheira ao novo lar: um barraco de madeira, onde tudo fatalmente despencava de alguma forma. A fotografia do filme, em preto e branco, é simplesmente deslumbrante, e o desenrolar da história é fantástico, tal como o número musical de Chaplin, perto do fim, e o seu emocionante desfecho. Em resumo, acredito não ser digno de falar muito mais sobre esse grande clássico, pois não há mais palavras que possam descrever a grandeza que é a experiência de assisti-lo, e aqueles que realmente amam a Sétima Arte pensarão da mesma forma ao verem, e se sentirão honrados por estarem frente a frente com a grande obra, do mestre dos mestres do cinema, o magnífico Charles Spencer Chaplin. Nota: 10
Tolerância Zero
3.7 110Tolerância Zero, um filme desconhecido com o na época desconhecido Ryan Gosling. Um jovem promissor, que desde aquele momento mostrava sua enorme capacidade para papéis complexos. O filme aborda a história de um jovem judeu problemático, que tem um passado conturbado, e decide se voltar para o outro lado, e se torna um neonazista. Defensor de ideias radicais de extermínio dos judeus, ele é prontamente aceito na comunidade, porém é considerado radical demais até mesmo entre os membros do grupo, que vêem nele um exemplo de antissemita, obviamente não sabendo a sua real linhagem. Ryan interpreta Danny Ballint, personagem inspirado em Daniel Dan Burros, um judeu, que se tornou membro de um grupo neonazista. O personagem é bastante complexo, e toda essa complexidade é passada por Gosling de forma magistral, já que o mesmo consegue passar ao espectador todos os conflitos de um jovem que se divide entre o ódio e o amor por suas origens. Um judeu que segue os preceitos de sua religião, mas que se encontra em posição de confronto com a mesma, e parece querer se encontrar enquanto faz tudo isso, pois o mesmo não parece ser alguém seguro de seus atos. Temos também no elenco o ator Billy Zane, famoso por ser o antagonista do casal Jack e Rose em Titanic, que nesse filme interpreta um magnata fascista, que defende seus interesses de maneira moderada, e pautadas principalmente nas questões econômicas. Seu personagem é muito bem desenvolvido, e apesar de sua curta participação no longa, ele tem uma atuação de destaque. O restante do elenco é formado por atores desconhecidos do grande público, mas que tem atuações muito interessantes. Entre os personagens chave para o longa está Carla Moebius, enteada de Curtis Zampf, personagem de Billy Zane, que se torna a paixão de Danny, ao mesmo tempo que mantém um caso com seu padrasto. Uma mulher misteriosa que se interessa subitamente pelos conhecimentos judaicos do protagonista, que terá consequências ao fim do longa. Apesar de desconhecida a jovem Summer Phoenix, irmã de Joaquim Phoenix, tem uma atuação decisiva e consistente no longa. O diretor Henry Bean que não teve grandes trabalhos ao longo de sua carreira, dirigiu apenas Passando dos Limites (Tim Robbins), tem um trabalho fantástico nesse longa, tirando o melhor de cada ator, e conduzindo muito bem, um bom roteiro que tinha em mãos. O filme tem um desfecho chocante, que define o personagem principal durante todo o longa, um final simplesmente surpreendente. Em resumo, Tolerância Zero é um grande filme, que merece ser visto. Nota: 8.0
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraBatman o Cavaleiro das Trevas ressurge, um filme que encerra de forma monumental uma trilogia épica, dirigida pelo brilhante Christopher Nolan. Uma trilogia que foi capaz de resgatar a moral do Homem Morcego, que andava abalada, e trazê-lo de volta a vida depois das tentativas de assassinato cometidas pelo diretor Joel Schumacher em Batman Eternamente e Batman e Robin. Nessa épica conclusão, vemos novamente Christian Bale na pele de Bruce Wayne, só que desta vez não mais como o vigilante mascarado de Gotham, mas sim como um recluso, que a anos não é visto, tal como o Batman. Desta vez ao invés de um Wayne forte e decidido, vemos um herói frágil, depressivo, e fisicamente destruído pelas lutas do passado, isso sem contar os conflitos psicológicos frequentes, por conta da morte de Rachel Dowes e do próprio Harvey Dent, algo que Bale explora muito bem em seu personagem. O cenário de Gotham City nesse filme é bem diferente dos filmes anteriores, o que vemos agora, é uma cidade em paz, graças a lei Harvey Dent, que praticamente dizimou a máfia, e uma cidade onde o Batman não só é página virada, como se tornara um foragido, acusado do assassinato do promotor, Harvey Dent. E é nesse cenário de paz, fundamentada em uma mentira, que vemos o personagem de Gary Oldman, o Comissário Gordon, agora divorciado, deprimido, e remoendo uma imensa culpa pela mentira que é obrigado a sustentar, algo que o ator consegue transparecer com enorme destreza. Dentro desse contexto, surgem dois personagens que serão centrais a trama: Selina Kyle, a Mulher Gato (Anne Hathaway) e Bane, o vilão da trama, interpretado por Tom Hardy. Isso sem contar Miranda Tate, uma milionária misteriosa, que se torna aliada de Bruce Wayne, interpretada de forma brilhante por Marion Cotillard. E falando no vilão, Tom Hardy tem uma atuação irretocável na pele de Bane, e se torna um grande tormento para Wayne ao longo do filme. Algo sensacional, para quem acabou sendo uma saída de emergência para a morte de Heath Ledger, já que seria do Coringa, a missão de infernizar o Batman nesse novo longa. Anne Hathaway surpreende como Selina Kyle, a Mulher-Gato, um papel fatal, para quem tem um perfil tão delicado. Porém em alguns momentos, ela deixa com que esse perfil transpareça, e sua personagem deixe um pouco a desejar, em relação aos quadrinhos, ou mesmo a referência anterior: Michelle Pfeiffer em Batman o Retorno. Outro novato na franquia é Joseph Gordon Lewitt, que tem um papel crucial no longa, como o Policial John Blake, que mais para frente dá a entender que se tornaria um herói bem conhecido no Universo DC Comics. Ele acaba se tornando um aliado do Batman na luta contra Bane e contra o fim da cidade. E diga-se de passagem, sua atuação é formidável. Os já experientes Michael Caine e Morgan Freeman, fecham o brilhante elenco, e novamente tem atuações super consistentes, no caso do primeiro, uma atuação de dimensões ainda maiores que os primeiros filmes. Assim como nos filmes anteriores, a trilha sonora e a fotografia são um show a parte, assim como a as locações e cenários escolhidos por Nolan, que nos mergulham nesse obscuro universo. Em resumo, Batman o Cavaleiro das Trevas Ressurge, é um grandioso encerramento para uma franquia magnífica, que merece ser assistida por todos os amantes da Sétima Arte. Nota: 9.0
Batman Begins
4.0 1,4K Assista AgoraBatman Begins, um filme que definitivamente deu certo. Primeiramente porque foi capaz de recuperar a moral de um personagem que vinha de um bom tempo no anonimato, principalmente após os péssimos trabalhos feitos por Joel Schumacher, o último em 1997. Mas eis que em 2005 uma luz no fim do túnel sombrio ao qual o personagem se encontrava, surge, e ela vem na forma do diretor Christopher Nolan, um diretor que já havia feito grandes trabalhos em filmes como: Amnésia e Insônia, e agora tinha a árdua missão de recuperar o prestígio do Homem Morcego, algo longe de ser fácil aquela altura. Porém foi exatamente o que ele fez. Primeiramente tendo o cuidado de escolher as peças certas, que se encaixassem em uma história coerente, e digna de um dos Super Heróis mais famosos da história. A escolha do novo Bruce Wayne se mostrou uma tacada certeira, o ator Christian Bale, que desde criança exibia todo o seu talento em Império do Sol, e que antes de ser o novo Batman, fizera grandes trabalhos em O Operário e Equlibrium, mostrando que ele estava sim, apto para ser o dono do cobiçado papel. O roteiro do longa é muito bem alinhado, e conta a origem de Bruce Wayne, nos apresentando os primeiros eventos, que o fariam se tornar o vigilante de Gotham. Gotham City é apresentada como uma cidade sombria, dominada pela máfia, pela pobreza, e pela criminalidade. Criminalidade essa que causaria uma perda terrível a Bruce Wayne ainda criança, e que mudaria sua vida para sempre. A partir dali, começamos a ser apresentados a personagens cruciais ao longo da história, como o Policial James Gordon, interpretado por Gary Oldman, e o mordomo Alfred, que tem como interprete uma grande lenda do cinema, o ator Michael Caine. Passado esse período onde vemos o inferno astral do protagonista, somos apresentados a outros personagens, e a outros mundos com o qual Bruce Wayne lida após sair de Gotham, e os novos personagens que vão sendo inseridos na trama, o principal deles é Henry Ducar, que assume o papel de mentor de Wayne, e o ingressa em uma organização conhecida como: A Liga das Sombras. Uma organização que se dedica a combater a criminalidade m escala Global, onde o perdão não é uma opção, e que desempenhará um papel chave ao longo do filme. Depois de uma série de eventos, Bruce retorna a Gotham, onde começa a transformação, de um bilionário que ressurge dos mortos, ao futuro Batman, tudo isso feito com extrema precisão, um roteiro impecável. A partir dali, começamos a ter um contato maior com alguns personagens, entre eles Rachel Dowes, interpretada por Katie Holmes, que é o grande amor de Bruce, e é também um dos pontos fracos do longa, devido a sua atuação, um tanto destoada, em relação ao resto do elenco. Outros personagens que ganham importância no longa, são Carmine Falconi, o chefão da máfia, interpretado de forma brilhante por Tom Wilkinson, e o Dr. Crane, que também atende pelo nome de Espantalho, muitobem interpretado por Cillian Murphy e Lucius Fox, interpretado pelo gênio Morgan Freeman. A fotografia da sombria Gotham City, ou das montanhas cheias cobertas de neve na Ásia, é um espetáculo a parte, tal como as locações, que foram muito bem escolhidas pelos produtores do longa, o mesmo pode ser dito da estupenda trilha sonora. Com um final surpreendente, cenas de ação de tiras o fôlego e efeitos visual esteticamente perfeitos, Batman Begins conseguirá agradar aos mais exigentes cinéfilos. Nota: 8.0