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Últimas opiniões enviadas

  • Délcio

    Por volta de 1969, vários estranhos, a maioria com um segredo para enterrar, encontram-se por acaso no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Ao longo de uma noite, todo mundo mostrará suas verdadeiras cores - antes que tudo vá para o inferno.

    Pegue elementos de Pulp Fiction, Hotel Artemis, o primeiro trabalho de Goddard" The Cabin in the Woods" , e a sua direção em equilibrar a tonalidade na série Netflix" Daredevil(S01)", que terás uma imagem do que encontrar no Hotel Royale.

    Goddard introduz uma maneira extremamente eficaz de concretizar o elenco e suas motivações, além de um arco próprio para os personagens por meio de flashbacks ou por linhas extensas de diálogos, o desenrolar da trama parte através das perspectivas dos personagens, que garante uma narrativa não linear no segundo acto, gerando duas cenas repetidas, porém, com ângulos diferentes, claramente não é um método novo de narrar uma história.

    Há um equilíbrio perfeito em mascarar as verdsdeiras intenções dos personagens, e os desconstruir ao longo do processo, que ao meu ver gerou uma maior imprevisibilidade para o filme, por outro ele perde o gás no terceiro acto, que jamais volta a trazer a mesa o mesmo sabor comparando aos dois primeiros...

    Dakota Johnson está simplesmente intrigante, ela impõe uma hipnose desde a sua primeira cena, crua, direita, sagaz, ha uma dualidade dentro de si não concreta, conseguiu tirar com êxito aquela imagem vergonhosa em Fifty Shades of Grey, já Jeff Bridges impõe a camada mais sutil, subjectivo, incerta, e Cynthia Erivo é a parte humana do hotel, e com um tempo mais favorável em cenas, notasse a tentativa por meio dessa personagem de tornar o filme "musicalizado", que caso era a intenção, ele consegue. ..A mixagem da trilha sonora é excepcional, bem como a edição de som, Erivo tem um talento nato que precisa transparecer fora dos teatros. ..

    Fora desses, Jon Hamm está engraçado e possui, talvez o "arco" mais convidativo e Chris Hemsworth apesar de carismático, se torna a vertente menos Interresante.

    Apesar de pecar no enredo em seu último acto, a direção é perfeita, fora cenas irreverentes que se arrastam em demasia, a visualização do cenário é primoroso, recheado de planos detalhes subtis a primeira vez..a cinematografia atraente causa uma imersão, do uso dramático da chuva, para o canto representando que há uma esperança, e quando essa esperança se torna subjectiva em grande escala, ela se torna desequilibrada, seja pela dicção da Erivo, ou pela trilha sonora de fundo.

    Fiquei imerso nesse cenário após 8 minutos de duração, que tal experiência foi crescendo, crescendo, até no ponto da exposição, que apesar de algumas tomadas falhas, a experiência se torna gloriosa que entrega uma obra memorável e sofisticada.

    É um filme muito mais inclinado pela direção, apesar do elenco se torna o ponto mais alto após o guião do Goddard.

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  • Délcio

    A Quiet Place: Crítica (Sem spoiler)

    A Quiet Place é o típico filme onde não nos é apresentado o seu início, e nem o seu fim, é que nem uma série com um cenário apocalíptico, só que, tivemos o privilégio de calhar com o melhor episódio. Se eu usei a palavra "típico", deixa- me rectificar, esse filme não está sujeito a comparações.

    Dirigido por John Krasinski, que consegue proporcionar uma experiência sufocante logo nas primeiros 8 minutos, isso sem revelar nada da trama, o filme não é explicito, ele não explica nada, apenas está contando uma história, do resto cabe a Você teorizar.

    O longa tem a duração de uma hora e vinte e quatro minutos, porém Krasinski não o deixa raso, cada minuto, cada arco, por mais pequeno que for, é bem gozado, o primeiro acto é seco, e cru, onde é abordado o estilo de vida dos personagens, e como a queda de um objeto pode ser fatal . Nesse momento você enxerga a essência do Silêncio, desse modo criado um clima tenso, não existindo quase nenhum diálogo, mais sim pela linguagem de sinais. ..

    Certos momentos, onde os personagens causam um barulho, ou estão em condições que exigem ruídos e sons, você se permanece tenso, e aflito, afinal de contas uma vez que os personagens são humanizados a bom estilo, e carismáticos, você fica torcendo pela sua sobrevivência; e és aqui onde está a beleza do filme, todos os personagens se encontram em condições precárias, ninguém está a salvo, surgindo alguns pequenos clichés, sendo inferiorizado pela competência da mixagem do som, que em certas cenas peca, e a boa utilização do CGI, o orçamento é baixo, e surpreende.

    Há planos fechados e enquadramentos que dão uma sensação angustiante, isso numa cena onde exige muito da Emily Blunt, ele é cheio de detalhes, seja no jeito de andar dos personagens, ou mesmo na construção da casa.

    O elenco é competente, a relação dos personagens é bastante orgânica, cada um faz alguma coisa, medo, dor, angústia, traumas , tudo são apresentados por expressões faciais, mais, EMILY BLUNT NÃO SE ENCONTRA NO MESMO PATAMAR, uma actuação intensa e controlada, ela é a personagem, você não vê uma actriz.

    Já no terceiro acto, a luta pela sobrevivência é muito mais eminente e arrebatadora, com uma resolução agridoce. ..que gera discórdias, e teorias, eu particularmente achei- o excelente dentro do contexto do filme.

    Se os filmes de terror geralmente usam sons, ou ruídos pra causar susto, A Quiet Place inverte isso.

    O melhor: A performance da Emily Blunt, o design do SOM.

    O pior: Alguns clichés, e certas cenas que apelam para o absurdo. ...Senti a falta da ambição. ..O filme é excelente e complexo, porém de alguma forma ele é. ...vazio.

    Nota: 09/10

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  • Délcio

    Tully:

    Tully conta a história de uma mãe chamada Marlo (Charlize Theron), que é presenteada com uma babá noturna por seu irmão (Mark Duplass). Embora inicialmente cético em relação à aceitação da ajuda, Marlo acaba criando um vínculo único com a jovem mulher chamada Tully (Mackenzie Davis).

    O seu roteiro nada mais é do que um conto espirituoso e comovente sobre a maternidade, pintando um quadro dolorosamente relatável para todas as novas mamães.

    Um ciclo interminável de mamadas noturnas, mudanças de fraldas e privação de sono em uma montagem que caracteriza a vida de toda nova mãe. A cena dura talvez um minuto, mas parece horas, algo idêntico em #Shame, onde o roteiro retrata a vida de um Ninfomaniaco.

    Marlo se arrasta para fora da cama para enfrentar mais uma noite sozinha, enquanto seu marido Drew (Ron Livingston), dorme tranquilamente ao lado dela, nunca sabendo da extensão da angústia de sua esposa.

    Aqui o trabalho de Charlize é marcado por retratos familiares e crus de feminilidade; se ela posou como a estrela de ação, ou trocando socos por punchlines, aqui é uma mãe aos seus 42 anos totalmente exausta.

    "esse túnel escuro, onde você está de pé a cada duas horas e você está privado de sono e você tem outro filho que está precisando de você, e é muito" relatou Theron, continuo "Eu senti uma verdadeira sensação de unidade fazendo este filme, e para mim, mesmo" .

    Tully era tudo o que Marlo precisava, além de ser pontual e dinâmica, também era um interlocutor divertido e cheia de diversão, cheia de inteligência e com uma melhor compreensão da síndrome da mãe cansada do que qualquer outra pessoa no mundo.

    Associo Tully como uma espécie de geração Y Mary Poppins, vestida com mini-jeans e repleta de informações divertidas. Mas é claro que uma babá da noite não pode ficar para sempre

    Não estou relatando um longa dramático, ou uma comédia obscura, mas sim um melodrama que soube agrupar suas vertentes em perfeita harmonia, você sente o peso da mensagem, mas também se diverte com a tragédia da protagonista, através de cenas afim de atribuir um certo equilíbrio.

    Claramente retratar a vida monótona de uma gravidez e o custo da paternidade, iria impor um cliché por não ser propriamente uma inovação, porém, Theron não o deixa se configurar como tal, uma vez que o filme é
    sobre o mundo interior de Marlo.

    Marlo inveja a esposa de seu irmão, que projeta uma perfeição esbelta. Se até este ponto a lacuna econômica se manifesta como um sentimento de de inferioridade e culpa, girando em torno de carros, casas e outros bens materiais, a capacidade de empregar uma babá como Tully mostra a verdadeira disparidade. Não é por acaso que Tully explica a Marlo que ela está lá para cuidar não só do bebê, mas também dela. Esse é o significado do dinheiro.

    E em seus últimos minutos, há um plot twist que muda toda o circuito do filme, sendo concreto, mesmo por mais raciocínios lógicos, jamais haverá uma lacuna a ser preenchida. ..Talvez aqui há uma ousadia em incorporar "Sereias", que de acordo com sua mitologia ordinária, se incorporam na metáfora criada por Marlo.

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