Por volta de 1969, vários estranhos, a maioria com um segredo para enterrar, encontram-se por acaso no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Ao longo de uma noite, todo mundo mostrará suas verdadeiras cores - antes que tudo vá para o inferno.
Pegue elementos de Pulp Fiction, Hotel Artemis, o primeiro trabalho de Goddard" The Cabin in the Woods" , e a sua direção em equilibrar a tonalidade na série Netflix" Daredevil(S01)", que terás uma imagem do que encontrar no Hotel Royale.
Goddard introduz uma maneira extremamente eficaz de concretizar o elenco e suas motivações, além de um arco próprio para os personagens por meio de flashbacks ou por linhas extensas de diálogos, o desenrolar da trama parte através das perspectivas dos personagens, que garante uma narrativa não linear no segundo acto, gerando duas cenas repetidas, porém, com ângulos diferentes, claramente não é um método novo de narrar uma história.
Há um equilíbrio perfeito em mascarar as verdsdeiras intenções dos personagens, e os desconstruir ao longo do processo, que ao meu ver gerou uma maior imprevisibilidade para o filme, por outro ele perde o gás no terceiro acto, que jamais volta a trazer a mesa o mesmo sabor comparando aos dois primeiros...
Dakota Johnson está simplesmente intrigante, ela impõe uma hipnose desde a sua primeira cena, crua, direita, sagaz, ha uma dualidade dentro de si não concreta, conseguiu tirar com êxito aquela imagem vergonhosa em Fifty Shades of Grey, já Jeff Bridges impõe a camada mais sutil, subjectivo, incerta, e Cynthia Erivo é a parte humana do hotel, e com um tempo mais favorável em cenas, notasse a tentativa por meio dessa personagem de tornar o filme "musicalizado", que caso era a intenção, ele consegue. ..A mixagem da trilha sonora é excepcional, bem como a edição de som, Erivo tem um talento nato que precisa transparecer fora dos teatros. ..
Fora desses, Jon Hamm está engraçado e possui, talvez o "arco" mais convidativo e Chris Hemsworth apesar de carismático, se torna a vertente menos Interresante.
Apesar de pecar no enredo em seu último acto, a direção é perfeita, fora cenas irreverentes que se arrastam em demasia, a visualização do cenário é primoroso, recheado de planos detalhes subtis a primeira vez..a cinematografia atraente causa uma imersão, do uso dramático da chuva, para o canto representando que há uma esperança, e quando essa esperança se torna subjectiva em grande escala, ela se torna desequilibrada, seja pela dicção da Erivo, ou pela trilha sonora de fundo.
Fiquei imerso nesse cenário após 8 minutos de duração, que tal experiência foi crescendo, crescendo, até no ponto da exposição, que apesar de algumas tomadas falhas, a experiência se torna gloriosa que entrega uma obra memorável e sofisticada.
É um filme muito mais inclinado pela direção, apesar do elenco se torna o ponto mais alto após o guião do Goddard.
A Quiet Place é o típico filme onde não nos é apresentado o seu início, e nem o seu fim, é que nem uma série com um cenário apocalíptico, só que, tivemos o privilégio de calhar com o melhor episódio. Se eu usei a palavra "típico", deixa- me rectificar, esse filme não está sujeito a comparações.
Dirigido por John Krasinski, que consegue proporcionar uma experiência sufocante logo nas primeiros 8 minutos, isso sem revelar nada da trama, o filme não é explicito, ele não explica nada, apenas está contando uma história, do resto cabe a Você teorizar.
O longa tem a duração de uma hora e vinte e quatro minutos, porém Krasinski não o deixa raso, cada minuto, cada arco, por mais pequeno que for, é bem gozado, o primeiro acto é seco, e cru, onde é abordado o estilo de vida dos personagens, e como a queda de um objeto pode ser fatal . Nesse momento você enxerga a essência do Silêncio, desse modo criado um clima tenso, não existindo quase nenhum diálogo, mais sim pela linguagem de sinais. ..
Certos momentos, onde os personagens causam um barulho, ou estão em condições que exigem ruídos e sons, você se permanece tenso, e aflito, afinal de contas uma vez que os personagens são humanizados a bom estilo, e carismáticos, você fica torcendo pela sua sobrevivência; e és aqui onde está a beleza do filme, todos os personagens se encontram em condições precárias, ninguém está a salvo, surgindo alguns pequenos clichés, sendo inferiorizado pela competência da mixagem do som, que em certas cenas peca, e a boa utilização do CGI, o orçamento é baixo, e surpreende.
Há planos fechados e enquadramentos que dão uma sensação angustiante, isso numa cena onde exige muito da Emily Blunt, ele é cheio de detalhes, seja no jeito de andar dos personagens, ou mesmo na construção da casa.
O elenco é competente, a relação dos personagens é bastante orgânica, cada um faz alguma coisa, medo, dor, angústia, traumas , tudo são apresentados por expressões faciais, mais, EMILY BLUNT NÃO SE ENCONTRA NO MESMO PATAMAR, uma actuação intensa e controlada, ela é a personagem, você não vê uma actriz.
Já no terceiro acto, a luta pela sobrevivência é muito mais eminente e arrebatadora, com uma resolução agridoce. ..que gera discórdias, e teorias, eu particularmente achei- o excelente dentro do contexto do filme.
Se os filmes de terror geralmente usam sons, ou ruídos pra causar susto, A Quiet Place inverte isso.
O melhor: A performance da Emily Blunt, o design do SOM.
O pior: Alguns clichés, e certas cenas que apelam para o absurdo. ...Senti a falta da ambição. ..O filme é excelente e complexo, porém de alguma forma ele é. ...vazio.
Tully conta a história de uma mãe chamada Marlo (Charlize Theron), que é presenteada com uma babá noturna por seu irmão (Mark Duplass). Embora inicialmente cético em relação à aceitação da ajuda, Marlo acaba criando um vínculo único com a jovem mulher chamada Tully (Mackenzie Davis).
O seu roteiro nada mais é do que um conto espirituoso e comovente sobre a maternidade, pintando um quadro dolorosamente relatável para todas as novas mamães.
Um ciclo interminável de mamadas noturnas, mudanças de fraldas e privação de sono em uma montagem que caracteriza a vida de toda nova mãe. A cena dura talvez um minuto, mas parece horas, algo idêntico em #Shame, onde o roteiro retrata a vida de um Ninfomaniaco.
Marlo se arrasta para fora da cama para enfrentar mais uma noite sozinha, enquanto seu marido Drew (Ron Livingston), dorme tranquilamente ao lado dela, nunca sabendo da extensão da angústia de sua esposa.
Aqui o trabalho de Charlize é marcado por retratos familiares e crus de feminilidade; se ela posou como a estrela de ação, ou trocando socos por punchlines, aqui é uma mãe aos seus 42 anos totalmente exausta.
"esse túnel escuro, onde você está de pé a cada duas horas e você está privado de sono e você tem outro filho que está precisando de você, e é muito" relatou Theron, continuo "Eu senti uma verdadeira sensação de unidade fazendo este filme, e para mim, mesmo" .
Tully era tudo o que Marlo precisava, além de ser pontual e dinâmica, também era um interlocutor divertido e cheia de diversão, cheia de inteligência e com uma melhor compreensão da síndrome da mãe cansada do que qualquer outra pessoa no mundo.
Associo Tully como uma espécie de geração Y Mary Poppins, vestida com mini-jeans e repleta de informações divertidas. Mas é claro que uma babá da noite não pode ficar para sempre
Não estou relatando um longa dramático, ou uma comédia obscura, mas sim um melodrama que soube agrupar suas vertentes em perfeita harmonia, você sente o peso da mensagem, mas também se diverte com a tragédia da protagonista, através de cenas afim de atribuir um certo equilíbrio.
Claramente retratar a vida monótona de uma gravidez e o custo da paternidade, iria impor um cliché por não ser propriamente uma inovação, porém, Theron não o deixa se configurar como tal, uma vez que o filme é sobre o mundo interior de Marlo.
Marlo inveja a esposa de seu irmão, que projeta uma perfeição esbelta. Se até este ponto a lacuna econômica se manifesta como um sentimento de de inferioridade e culpa, girando em torno de carros, casas e outros bens materiais, a capacidade de empregar uma babá como Tully mostra a verdadeira disparidade. Não é por acaso que Tully explica a Marlo que ela está lá para cuidar não só do bebê, mas também dela. Esse é o significado do dinheiro.
E em seus últimos minutos, há um plot twist que muda toda o circuito do filme, sendo concreto, mesmo por mais raciocínios lógicos, jamais haverá uma lacuna a ser preenchida. ..Talvez aqui há uma ousadia em incorporar "Sereias", que de acordo com sua mitologia ordinária, se incorporam na metáfora criada por Marlo.
Adorei o retrato fiel, e cru, de um viciado na área das drogas, o quão é pesado e sufocante essa luta em contradizer os impulsos da tentação, e como esse facto gera uma degradação no laço familiar.
Aliás, o ritmo aqui não é algo que deve lhe inferiorizar, pelo contrário, torna a experiência mais completa e "sóbria"...Apesar de merecer um desfecho mais concreto.
Temos um Steve Carell inspirado, porém, é com o desempenho do Chalamet que merece, ao menos , ser nomeado ao Oscar, mas não ganha- lo.
Avengers é um presente cinematográfico para todos os fãs da Marvel e de super heróis...esse universo compartilhado deu -se início em 2008 com o filme solo do Homem de ferro seguindo para o Incrível Hulk, pulando para Capitão América : O primeiro vingador, e finalizando com Thor de 2011, mencionando também a sequência de Iron Man que preparou O terreno desse filme.
O que estou tentando dizer é que praticamente todos os personagens presentes em Avengers já tinham sido apresentados e trabalhados nos filmes anteriores Incluindo o próprio antagonista, nesse sentido, o trabalho de Avengers é simples: Reunir os personagens de uma forma coerente (algo que o filme executa bem), e apresentar a trama principal, isso torna o filme mais leve e dinâmico, o filme não tem a obrigação de desenvolver os personagens e nem precisar ser alto explicito em várias cenas, porque todos já eram conhecidos pelo publico....
A "estratégica" resultou, nós vimos nos seus solos os personagens evoluindo, e da forma de como foram abordados nos cinemas, suas motivações, suas habilidades , seja um fã das hqs, ou mesmo alguém que só assistiu essa série de filmes , se sentiu impactante na cena onde todos os vingadores se uniam e a câmara girava em torno deles, sendo acompanhada pela trilha sonora original já conhecida...O que falar dessa cena. ...Satisfatória.
Joss Whedon nos apresenta uma direcção bastante costurada, apesar de ser longo, ele evita cair em cenas irrelevantes e em clichés que não levam a lugar algum, ele todo é dinâmico acompanhado com um humor na dose certa (90% das piadas rolam sem problema ao ver ), com cenas melhores que as anteriores, não estou só me referindo em cenas "fantásticas", mais sim nas interacções entre os personagens. Whedon nos apresenta logo de cara o "perigo" do longa, Onde Loki invade uma base de pesquisa pertencente à S.H.I.E.L.D. e rouba o Tesseract conhecido também como o" cubo mágico", mostrando a ambição e persistência do vilão, e o poder destrutivo do Cubo, precisando ceder rápido a INICIATIVA VINGADORES, depois dessa cena o roteiro começa a nós apresentar os personagens (depois dos acontecimentos de seus filmes solos e não só), sendo o ponto de partida a Viúva negra, e não podia ter uma cena introdutória melhor que essa, onde Scarlett Johansson nos montra que está aqui pra brilhar.
Avengers tem 4 pontos que todo filme do género tem pra funcionar:
A: um óptimo vilão que representa o caos eminente, que precisa ser parado, louco, poderoso, inteligente e acima de tudo carismático;
B: Os conflitos internos da equipe, todos têm pontos de vista diferentes, e ambições que vão contra que as do outros, e Joss não deixa isso passar;
C: O tom do filme, bem....A cena da conversa persuasiva entre Nick Furry com Loki tem um tom mais sério, o bate papo entre os Chitauri com o Loki mais misterioso, a união e os conflitos dos personagens mais humorada, e o "sacrifício" do Tony é mais densa. ...O filme não é sombrio, nem denso, e muito menos uma comédia, ele é mais " Marvel"...tentando achar uma palavra;
D: As cenas de acção chupadas directamente dos quadrinhos, A luta entre Thor com Hulk, e o mesmo tentando levantar o martelo? ....o encontro entre Tony/Steve com o Thor? ....Natasha contra o Clint? ....Ou quando o capitão diz ao Hulk" Esmaga" e ele sai por lá destruído os Chitauri de prédios por prédios? ....Isso é pura diversão!
The Avengers não tem alguém que brilha mais do restante do elenco ou alguém que se destaca mais no contexto do roteiro, O elenco é competente e ambicioso, todos têm suas próprias cenas, e seus respectivos arcos, Scarlett Johansson como a Agente Romanoff está excelente (a minha favorita do filme), é a personagem que mais exige expressões, ela tem muita importância no desenvolvimento da trama , Joss tenta dar uma profundidade nela de maneira bidimensional que resulta, seus diálogos, e especificamente as suas cenas de acção são do tipo "Quero mais".
Mark Ruffalo está bem, eu gostaria de ver aquele Hulk de 2008 aqui, porém Ruffalo é o melhor Bruce Benner, ele montra aquele outro lado humano tentando fugir de outro seu "Eu", é mais "nerd", e claro actuou melhor que o Norton. ...e uma das cenas daquele Hulk são apresentadas aqui, ou seja, são o mesmo personagens, o que mudou só foi a troca de actores. ...que no meu ponto de vista melhorou. E o CGI é bem mais satisfatório. Samuel L Jackson está a vontade e impotente, Robert Downey Jr, e Evans não fica bem atrás. Tom Hiddleston mais uma vez brilha como Loki, e o personagem do Jeremy Renner é o mais vazio.
Observação: Quando Phil faz uma ligação à Viúva negra, ele olha num computador, sendo este apresentando uma das cenas finais onde O arqueiro e a mesma estão lutando contra os Chitauri....paranóia minha!?
Os diálogos são divertidos, os efeitos visuais e especiais me convenceram, e foi cenas de acção de tirar o fôlego, em suma, o filme cumpre o que propõe, Tentei ver erros que iriam me influenciar na nota, e felizmente não há gigantes, ele entra fácil nos melhores filmes do género e no meu top 5 dos melhores do MCU. ...divertido, emocionante.... excelente
O melhor: a Direcção consistente do Jess/ a união dos vingadores numa cena icónica/ o humor.
O pior: O personagem do Jeremy Renne, que é o mais vazio daqui.
-Darren e Lawrence mostram o porquê que estão...onde estão.
Darren Aronofsky voltou a mostrar o porque que é um dos melhores directores da actualidade, traumatizado, intrigado ou impressionado, quando você terminar de ver um filme do Darren sentes um destes estado ou a soma destes três, ele mostra experiências intensas, aterrorizadoras, perturbadoras e paranóicas, rumo à perfeição, à cura ou à prisão de mais uma dose, personagens a busca da perfeição ou enfrentando os seus maiores medos, com uma trilha sonora perfeita, seja o ventos das árvores ou a própria respiração dos actores, diálogos e cenas desnecessárias, que no qual têm uma grande importância na construção da narrativa, histórias marcantes e emocionantes, Darren nos faz sofrer e nos faz amar, filmes que dão um nó no estômago, esse é o Darren Aronofsky , Incomoda, choca, divide, estimula, ofende, impressiona,e provoca., ele crítica a sociedade actual.
Nada salva o filme de ter um ritmo lento, porém satisfatório, diálogos e cenas que parecem estar sem anexos, que fazem um todo sentindo nos momentos finais , Jennifer Lawrence não decepcionar em nada, ela consegue transmite a tensão, a dor, em duas horas de projecção ela está firme e focada em seu personagem, ela representa uma mulher que busca por direitos iguais e que quer ser respeitada, Darren trabalha o seu lado psicológico e é a sua garra, devendo o seu filho a qualquer custo, e uma das melhores cenas, é quando ele vê a sua vida destruída e montra o seu lado ferra, um momento perturbador, chocante, você não acredita que está vendo aqui, mais estás amando, Lawrence merece ser reconhecida nesse desempenho, cade o segundo Óscar?.
Aqui Darren faz uma reestruturação Bíblica, explicando detalhadamente, os personagem não são nomeados e nem precisam...uma abordagem pura, e impressionante. .. Michelle Pfeiffer elegante como sempre, e Javier Bardem claro , o melhor é que certas vezes ele não deixa transmitir nada de seu personagem, deixando cada vez mais o filme, num suspense total.
A câmara sempre focada na cara da Jennifer, a invasão...Entre outros pontos tornam o filme mais claustrofóbico, e contribuem mais na perfeição, Mother é uma obra prima, um filme gratificante, viva Aronofsky!, viva Lawrence!.
Tenho de admitir, a princípio achei logo que seria só mais um filme qualquer de ficção. ..mas não , enganei -me.
Amy Adams na pele de Louise Banks que é a intérprete suprema de um enredo que mais uma vez coloca uma mulher na dianteira das decisões lideradas por homens, mostrando que a linguagem é o fio condutor de qualquer civilização e a primeira arma arremessada numa batalha.
A interpretação genuína de Amy é uma das coisas mais notáveis no filme, elegância, maturidade, e sensibilidade foi tudo bastante notável, mesmo cedo um filme de ficção científica a temática extraterrestre não foi exagerada se mantendo só numa temática terrestre.
E claro, sendo um filme desse género, sempre tem aquele final que te deixa reflectindo por um bom tempo, e com Arrival não foi diferente, até agora estou tentando entender bem.
: é um exercício contemplativo que monstra sobre a força da palavra , e de como a língua pode construí e ou destruir tudo o que somos ou tudo o que temos.
Bem. ..é uma obra prima que toca na alma com um ato divino. Perfeito. Nota:10/10.
"A perfeição nem sempre é sobre o controle, às vezes você tem que deixar ir".
JÁ é de notar que Darren Aronofsky gosta de utilizar em seus filmes, aqueles toques de delírios "psicológicos", delírios visuais, cenas que em certas partes dão um nó na garganta. Bem com Black Swan não foi diferente, digo, até foi melhor.
A história gira em torno de Nina (essa beleza do poster), uma bailarina bastante rigorosa com si mesma, que sempre busca perfeição em suas técnicas, e que é sempre vigiada pela Mãe (ex bailarina), quando uma nova adaptação mais ousada e visceral musical do clássico : O lago dos cisnes, começa a ser planejado pelo ambicioso Coreográfico Thomas Leroy, que numa ideia inovadora decidi escalar a mesma actriz para interpretar os dois papeis fundamentais ( o Cisne negro, e o Cisne branco), Nina se montra uma candidata forte para ser o Cisne branco, , mas aí está o problema, através da sua personalidade ingénua e frágil, é difícil ela não se encaixa no Cisne negro, o filme apresenta as dificuldades e as lutas de Nina para interpretar os dois cisnes numa só obra, mostrando a sua transformação de Cisne branco para o Cisne Negro. ...essa é a magia do filme..
Natalie Portman (aliás o Óscar foi mais que merecido), conseguiu transmitir a tensão e a dedicação de uma forma realista da Nina conquistando o seu papel, e a transformação pra um Cisne negro de uma maneira tensa e agonizante.
Nina tem "tudo" pra ser um Cisne branco perfeito, mas não se pode dizer o mesmo em ser um Cisne Negro, ela tem de encarar o seu outro lado negro, aí começa o amadurecimento, começa na sua maduração sexual(símbolo de transição entre a frase infantil pra adulta), , Quando isso acontece, o Cisne Negro começa a acordar. Você pode notar isso onde todo o seu quarto é infantil, mas entre os luxuosos você pode ver um Cisne Negro, em contraste com a cor clara do resto. No entanto, quando ela vê a mãe dela, ela pára, envergonhada. Sua mãe é a força levando suas costas e segurando-a da maturidade. Como também as penas do cisne negro que começam a aparecer sob suas costas (simbolicamente, mas também literalmente em suas futuras alucinações), e não é um sentimento agradável. Ela começa a coçar compulsivamente. Sobre essa transformação de Cisne branco para o Negro, entendo como uma tomada interessante sobre o conceito de dois eus ... que existe o eu de lembrança e o eu que se experimenta, que estão muitas vezes fora de alinhamento e podem causar grande sofrimento quando estão em desacordo um com o outro.
Como resultado dessa luta de dois eus, ela é destruída. Sua mente cai em pedaços por causa desta guerra dentro, e quando finalmente um vencedor é decidido , O Cisne Negro, , seu corpo também fica destruído Mas, ela obtém o que queria. Ela executa uma dança tecnicamente, e emocionalmente perfeita. Ou Eu seja executou os dois cisnes na perfeição, ela finalmente atingiu a perfeição, mesmo que o custo seja sua vida. "Eu senti isso, a Perfeição" .
No final, não importa se Nina morreu ou viveu (importa sim), . Seu objetivo era ser "perfeito". E ela consegue, ela se torna os Cisnes Preto e Branco, atingindo a perfeição, mesmo que a destrua psíquica e fisicamente, talvez até mesmo se matando , ela alcançou a perfeição.
A incrível e perfeita Direcção de Aronofsky, que transmitiu aquela sensação de terror psicológico em pouco tempo, , foi muito bom, como também a utilização do som técnico, os efeitos visuais não foram exagerados e nem deixou a desejar, o filme todo é cercado de suspense, drama, sempre te deixa ansioso para a próxima cena, já o terceiro arco, foi sensacional, com um final ácido que te deixa com aquelas perguntas "acabou? , e que acontece depois? ", uma verdadeira obra prima, Viva Portman! Viva Aronofsky! viva Cisne Negro! .
O grande crime da comunidade caucasiana no centro do filme não é o seu ódio destruidor por pessoas pretas, mas a sua incapacidade de ver nelas seres humanos. Por isso, eles tratam os corpos afro-americanos como invólucros desejáveis nos quais querem depositar a sua própria consciência, eliminando as mentes originais dessas pessoas como se de uma erva daninha se tratassem. É esta a grande proposta fantástica do filme: brancos liberais que raptam afro-americanos para depois realizarem transplantes de cérebro e assim trocarem os seus corpos envelhecidos por potentes objetos cheios de vitalidade. Peele vai ainda mais longe, exemplificando os tóxicos costumes de apropriação cultural através de um artista falhado e cego que deseja ficar com o corpo de Chris, pois quer ver o mundo através dos seus olhos, quer a sua perspetiva individual, nascida de uma cultura socialmente distante.
um privilégio ser capaz de experimentar a cultura de outra pessoa", diz Dean, mostrando os bijuterias multiculturais de suas viagens, exibindo suas credenciais étnicas. Quanto ao título do filme, ele pode ser lido como uma ameaça ou um aviso, uma dualidade enfatizada pela nota rica e enganosa de Michael Abels. De crecks e sussurros para falhas e explosões, a trilha sonora nos guia através dessa estranha terra comestível. "Na próxima vez que você ouvir uma colher de prata na China de ossos, você quer correr pelas colinas"
Não se trata de um filme perfeito, bem longe disso, mas é um formidável exercício de terror e filme político, que, para além do mais, consegue ser tão divertido como é acídico. Resumindo , é um filme importante, quase vital na atualidade política, que merece todo o sucesso que tem alcançado
Quero mais filmes com este tipo de ambição! Um estrondoso virtuosismo, esse filme explorou o racismo de uma forma única.
Observações
Chris pergunta a sua namorada, Rose quando o casal se prepara para um fim de semana "conhecer o pessoal" em sua casa rural. "Eles deveriam?", Ela responde, assegurando a Chris que seu pai de neurocirurgião votaria por Obama uma terceira vez se pudesse, uma reivindicação que ele repetia devidamente. "Odeio, como isso parece"
Fala o patriarca Dean , mostrando a Chris em torno da propriedade Armitage ("família branca, servos negros, clichê total"), onde o terapeuta Walter.e a governanta Georgina , sorria como apoiando jogadores em Gone With The wind.
Missy , promete curar Chris de seu hábito de fumar através de uma única hipnoterapia, desencadeada pelo toque de uma colher em uma xícara de chá.
Atomic BLONDE apresenta uma experiência estética não um conteúdo textual
A trama é simples, mas as vezes o filme é lento principalmente no primeiro ato , com cenas que parecem mais curtas metragens agrupadas, isso também se deve aos diálogos longos, o filme é cheiro de luzes néon, com uma trilha incrível, na qual, as mais importantes cenas do filme são manifestos nas escolhas músicas, como a música de David Bowie " “Cat People" que acompanha a primeira aparição da agente Lorraine cheira de hematomas espalhados em todo corpo, numa banheira cheio de focos de gelo, Que diz na tentativa de resolver um problema, é preciso apagar fogo com gasolina. A trilha sonora é uma junção de músicas dos anos 80/90, como "Fight The power", " Magor Tom", "Cities in dust", " voices carry" " Blue Monday" "Cat People" entre outras que têm de estar na playlist de todos (não paro de ouvir).
O elenco é quase perfeito pro filme, mas tenho de admitir o filme é só da Charlize, A performance da Theron é bastante notável, ela deu profundidade emocional ao comportamento da personagem, ela o faz perspicaz. .... podemos notar a sua intensidade durante as cenas de ação do filme que não seriam possível sem o esforço acrobáticos da Charlize , mas uma vez Theron se integrou de corpo e alma no seu personagem, seja nas cenas de acção, nos momentos sensuais, em todo o momento do filme, ela se mantém firme e dedicada, sim, Em Mad Max , George criou um novo ícone de acção, e esse ano, Leitch conseguio fazer o mesmo.
As sequências de acção(oh my god), são totalmente nuas , ou seja bastante realistas, do estilo "firmadas a mão" nesse filme, podemos ver uma das cenas de acção mais realistas e fodasticas dos últimos anos, vemos os resultados de uma boa briga, olhos roxos feios, hematomas espalhados por todo o corpo , sangue por ali e por aqui, sem dúvidas, Leitch deixou as cenas de acção de volta ao jogo, e se dedicou à cenas de acção mais realistas e corporais
O filme também tem inúmeras referências a cultura pop, Hitman, Stalker, até mesmo ao próprio John Wick, já o humor é explicito e introduzido nas horas certas, um exemplo é quando ouvem na gravação uma cena de sexo entre Lorraine e uma agente e lhe perguntam "então fizeste contacto com a agente francesa? "! Ela respondeu" obviamente", ou quando o seu informante lhe dizer " "acho que estou apaixonado por você", com o seu comportamento agridoce responde suavemente " que pena".
Num cenário mais dominado por homens , desta vez tem como protagonista uma personagem forte , poderosa e humana , , Charlize conseguiu transmitir de novo o verdadeiro poder feminino, viva . Charlize Theron, viva David Leitch .
Lorraine é cercada no apartamento do Cascoigne por vários polícias, ela utiliza como arma uma corda e parti para a acção, somente essa cena já valeu a espera.
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista AgoraPor volta de 1969, vários estranhos, a maioria com um segredo para enterrar, encontram-se por acaso no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Ao longo de uma noite, todo mundo mostrará suas verdadeiras cores - antes que tudo vá para o inferno.
Pegue elementos de Pulp Fiction, Hotel Artemis, o primeiro trabalho de Goddard" The Cabin in the Woods" , e a sua direção em equilibrar a tonalidade na série Netflix" Daredevil(S01)", que terás uma imagem do que encontrar no Hotel Royale.
Goddard introduz uma maneira extremamente eficaz de concretizar o elenco e suas motivações, além de um arco próprio para os personagens por meio de flashbacks ou por linhas extensas de diálogos, o desenrolar da trama parte através das perspectivas dos personagens, que garante uma narrativa não linear no segundo acto, gerando duas cenas repetidas, porém, com ângulos diferentes, claramente não é um método novo de narrar uma história.
Há um equilíbrio perfeito em mascarar as verdsdeiras intenções dos personagens, e os desconstruir ao longo do processo, que ao meu ver gerou uma maior imprevisibilidade para o filme, por outro ele perde o gás no terceiro acto, que jamais volta a trazer a mesa o mesmo sabor comparando aos dois primeiros...
Dakota Johnson está simplesmente intrigante, ela impõe uma hipnose desde a sua primeira cena, crua, direita, sagaz, ha uma dualidade dentro de si não concreta, conseguiu tirar com êxito aquela imagem vergonhosa em Fifty Shades of Grey, já Jeff Bridges impõe a camada mais sutil, subjectivo, incerta, e Cynthia Erivo é a parte humana do hotel, e com um tempo mais favorável em cenas, notasse a tentativa por meio dessa personagem de tornar o filme "musicalizado", que caso era a intenção, ele consegue. ..A mixagem da trilha sonora é excepcional, bem como a edição de som, Erivo tem um talento nato que precisa transparecer fora dos teatros. ..
Fora desses, Jon Hamm está engraçado e possui, talvez o "arco" mais convidativo e Chris Hemsworth apesar de carismático, se torna a vertente menos Interresante.
Apesar de pecar no enredo em seu último acto, a direção é perfeita, fora cenas irreverentes que se arrastam em demasia, a visualização do cenário é primoroso, recheado de planos detalhes subtis a primeira vez..a cinematografia atraente causa uma imersão, do uso dramático da chuva, para o canto representando que há uma esperança, e quando essa esperança se torna subjectiva em grande escala, ela se torna desequilibrada, seja pela dicção da Erivo, ou pela trilha sonora de fundo.
Fiquei imerso nesse cenário após 8 minutos de duração, que tal experiência foi crescendo, crescendo, até no ponto da exposição, que apesar de algumas tomadas falhas, a experiência se torna gloriosa que entrega uma obra memorável e sofisticada.
É um filme muito mais inclinado pela direção, apesar do elenco se torna o ponto mais alto após o guião do Goddard.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraA Quiet Place: Crítica (Sem spoiler)
A Quiet Place é o típico filme onde não nos é apresentado o seu início, e nem o seu fim, é que nem uma série com um cenário apocalíptico, só que, tivemos o privilégio de calhar com o melhor episódio. Se eu usei a palavra "típico", deixa- me rectificar, esse filme não está sujeito a comparações.
Dirigido por John Krasinski, que consegue proporcionar uma experiência sufocante logo nas primeiros 8 minutos, isso sem revelar nada da trama, o filme não é explicito, ele não explica nada, apenas está contando uma história, do resto cabe a Você teorizar.
O longa tem a duração de uma hora e vinte e quatro minutos, porém Krasinski não o deixa raso, cada minuto, cada arco, por mais pequeno que for, é bem gozado, o primeiro acto é seco, e cru, onde é abordado o estilo de vida dos personagens, e como a queda de um objeto pode ser fatal . Nesse momento você enxerga a essência do Silêncio, desse modo criado um clima tenso, não existindo quase nenhum diálogo, mais sim pela linguagem de sinais. ..
Certos momentos, onde os personagens causam um barulho, ou estão em condições que exigem ruídos e sons, você se permanece tenso, e aflito, afinal de contas uma vez que os personagens são humanizados a bom estilo, e carismáticos, você fica torcendo pela sua sobrevivência; e és aqui onde está a beleza do filme, todos os personagens se encontram em condições precárias, ninguém está a salvo, surgindo alguns pequenos clichés, sendo inferiorizado pela competência da mixagem do som, que em certas cenas peca, e a boa utilização do CGI, o orçamento é baixo, e surpreende.
Há planos fechados e enquadramentos que dão uma sensação angustiante, isso numa cena onde exige muito da Emily Blunt, ele é cheio de detalhes, seja no jeito de andar dos personagens, ou mesmo na construção da casa.
O elenco é competente, a relação dos personagens é bastante orgânica, cada um faz alguma coisa, medo, dor, angústia, traumas , tudo são apresentados por expressões faciais, mais, EMILY BLUNT NÃO SE ENCONTRA NO MESMO PATAMAR, uma actuação intensa e controlada, ela é a personagem, você não vê uma actriz.
Já no terceiro acto, a luta pela sobrevivência é muito mais eminente e arrebatadora, com uma resolução agridoce. ..que gera discórdias, e teorias, eu particularmente achei- o excelente dentro do contexto do filme.
Se os filmes de terror geralmente usam sons, ou ruídos pra causar susto, A Quiet Place inverte isso.
O melhor: A performance da Emily Blunt, o design do SOM.
O pior: Alguns clichés, e certas cenas que apelam para o absurdo. ...Senti a falta da ambição. ..O filme é excelente e complexo, porém de alguma forma ele é. ...vazio.
Nota: 09/10
Tully
3.9 562 Assista AgoraTully:
Tully conta a história de uma mãe chamada Marlo (Charlize Theron), que é presenteada com uma babá noturna por seu irmão (Mark Duplass). Embora inicialmente cético em relação à aceitação da ajuda, Marlo acaba criando um vínculo único com a jovem mulher chamada Tully (Mackenzie Davis).
O seu roteiro nada mais é do que um conto espirituoso e comovente sobre a maternidade, pintando um quadro dolorosamente relatável para todas as novas mamães.
Um ciclo interminável de mamadas noturnas, mudanças de fraldas e privação de sono em uma montagem que caracteriza a vida de toda nova mãe. A cena dura talvez um minuto, mas parece horas, algo idêntico em #Shame, onde o roteiro retrata a vida de um Ninfomaniaco.
Marlo se arrasta para fora da cama para enfrentar mais uma noite sozinha, enquanto seu marido Drew (Ron Livingston), dorme tranquilamente ao lado dela, nunca sabendo da extensão da angústia de sua esposa.
Aqui o trabalho de Charlize é marcado por retratos familiares e crus de feminilidade; se ela posou como a estrela de ação, ou trocando socos por punchlines, aqui é uma mãe aos seus 42 anos totalmente exausta.
"esse túnel escuro, onde você está de pé a cada duas horas e você está privado de sono e você tem outro filho que está precisando de você, e é muito" relatou Theron, continuo "Eu senti uma verdadeira sensação de unidade fazendo este filme, e para mim, mesmo" .
Tully era tudo o que Marlo precisava, além de ser pontual e dinâmica, também era um interlocutor divertido e cheia de diversão, cheia de inteligência e com uma melhor compreensão da síndrome da mãe cansada do que qualquer outra pessoa no mundo.
Associo Tully como uma espécie de geração Y Mary Poppins, vestida com mini-jeans e repleta de informações divertidas. Mas é claro que uma babá da noite não pode ficar para sempre
Não estou relatando um longa dramático, ou uma comédia obscura, mas sim um melodrama que soube agrupar suas vertentes em perfeita harmonia, você sente o peso da mensagem, mas também se diverte com a tragédia da protagonista, através de cenas afim de atribuir um certo equilíbrio.
Claramente retratar a vida monótona de uma gravidez e o custo da paternidade, iria impor um cliché por não ser propriamente uma inovação, porém, Theron não o deixa se configurar como tal, uma vez que o filme é
sobre o mundo interior de Marlo.
Marlo inveja a esposa de seu irmão, que projeta uma perfeição esbelta. Se até este ponto a lacuna econômica se manifesta como um sentimento de de inferioridade e culpa, girando em torno de carros, casas e outros bens materiais, a capacidade de empregar uma babá como Tully mostra a verdadeira disparidade. Não é por acaso que Tully explica a Marlo que ela está lá para cuidar não só do bebê, mas também dela. Esse é o significado do dinheiro.
E em seus últimos minutos, há um plot twist que muda toda o circuito do filme, sendo concreto, mesmo por mais raciocínios lógicos, jamais haverá uma lacuna a ser preenchida. ..Talvez aqui há uma ousadia em incorporar "Sereias", que de acordo com sua mitologia ordinária, se incorporam na metáfora criada por Marlo.
Querido Menino
3.8 471 Assista Agora:Beautiful Boy
Adorei o retrato fiel, e cru, de um viciado na área das drogas, o quão é pesado e sufocante essa luta em contradizer os impulsos da tentação, e como esse facto gera uma degradação no laço familiar.
Aliás, o ritmo aqui não é algo que deve lhe inferiorizar, pelo contrário, torna a experiência mais completa e "sóbria"...Apesar de merecer um desfecho mais concreto.
Temos um Steve Carell inspirado, porém, é com o desempenho do Chalamet que merece, ao menos , ser nomeado ao Oscar, mas não ganha- lo.
(A) Fronteira
3.4 494Pesado, porém ruim.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraAvengers é um presente cinematográfico para todos os fãs da Marvel e de super heróis...esse universo compartilhado deu -se início em 2008 com o filme solo do Homem de ferro seguindo para o Incrível Hulk, pulando para Capitão América : O primeiro vingador, e finalizando com Thor de 2011, mencionando também a sequência de Iron Man que preparou O terreno desse filme.
O que estou tentando dizer é que praticamente todos os personagens presentes em Avengers já tinham sido apresentados e trabalhados nos filmes anteriores
Incluindo o próprio antagonista, nesse sentido, o trabalho de Avengers é simples: Reunir os personagens de uma forma coerente (algo que o filme executa bem), e apresentar a trama principal, isso torna o filme mais leve e dinâmico, o filme não tem a obrigação de desenvolver os personagens e nem precisar ser alto explicito em várias cenas, porque todos já eram conhecidos pelo publico....
A "estratégica" resultou, nós vimos nos seus solos os personagens evoluindo, e da forma de como foram abordados nos cinemas, suas motivações, suas habilidades , seja um fã das hqs, ou mesmo alguém que só assistiu essa série de filmes , se sentiu impactante na cena onde todos os vingadores se uniam e a câmara girava em torno deles, sendo acompanhada pela trilha sonora original já conhecida...O que falar dessa cena. ...Satisfatória.
Joss Whedon nos apresenta uma direcção bastante costurada, apesar de ser longo, ele evita cair em cenas irrelevantes e em clichés que não levam a lugar algum, ele todo é dinâmico acompanhado com um humor na dose certa (90% das piadas rolam sem problema ao ver ), com cenas melhores que as anteriores, não estou só me referindo em cenas "fantásticas", mais sim nas interacções entre os personagens. Whedon nos apresenta logo de cara o "perigo" do longa, Onde Loki invade uma base de pesquisa pertencente à S.H.I.E.L.D. e rouba o Tesseract conhecido também como o" cubo mágico", mostrando a ambição e persistência do vilão, e o poder destrutivo do Cubo, precisando ceder rápido a INICIATIVA VINGADORES, depois dessa cena o roteiro começa a nós apresentar os personagens (depois dos acontecimentos de seus filmes solos e não só), sendo o ponto de partida a Viúva negra, e não podia ter uma cena introdutória melhor que essa, onde Scarlett Johansson nos montra que está aqui pra brilhar.
Avengers tem 4 pontos que todo filme do género tem pra funcionar:
A: um óptimo vilão que representa o caos eminente, que precisa ser parado, louco, poderoso, inteligente e acima de tudo carismático;
B: Os conflitos internos da equipe, todos têm pontos de vista diferentes, e ambições que vão contra que as do outros, e Joss não deixa isso passar;
C: O tom do filme, bem....A cena da conversa persuasiva entre Nick Furry com Loki tem um tom mais sério, o bate papo entre os Chitauri com o Loki mais misterioso, a união e os conflitos dos personagens mais humorada, e o "sacrifício" do Tony é mais densa. ...O filme não é sombrio, nem denso, e muito menos uma comédia, ele é mais " Marvel"...tentando achar uma palavra;
D: As cenas de acção chupadas directamente dos quadrinhos, A luta entre Thor com Hulk, e o mesmo tentando levantar o martelo? ....o encontro entre Tony/Steve com o Thor? ....Natasha contra o Clint? ....Ou quando o capitão diz ao Hulk" Esmaga" e ele sai por lá destruído os Chitauri de prédios por prédios? ....Isso é pura diversão!
The Avengers não tem alguém que brilha mais do restante do elenco ou alguém que se destaca mais no contexto do roteiro, O elenco é competente e ambicioso, todos têm suas próprias cenas, e seus respectivos arcos, Scarlett Johansson como a Agente Romanoff está excelente (a minha favorita do filme), é a personagem que mais exige expressões, ela tem muita importância no desenvolvimento da trama , Joss tenta dar uma profundidade nela de maneira bidimensional que resulta, seus diálogos, e especificamente as suas cenas de acção são do tipo "Quero mais".
Mark Ruffalo está bem, eu gostaria de ver aquele Hulk de 2008 aqui, porém Ruffalo é o melhor Bruce Benner, ele montra aquele outro lado humano tentando fugir de outro seu "Eu", é mais "nerd", e claro actuou melhor que o Norton. ...e uma das cenas daquele Hulk são apresentadas aqui, ou seja, são o mesmo personagens, o que mudou só foi a troca de actores. ...que no meu ponto de vista melhorou. E o CGI é bem mais satisfatório. Samuel L Jackson está a vontade e impotente, Robert Downey Jr, e Evans não fica bem atrás. Tom Hiddleston mais uma vez brilha como Loki, e o personagem do Jeremy Renner é o mais vazio.
Observação: Quando Phil faz uma ligação à Viúva negra, ele olha num computador, sendo este apresentando uma das cenas finais onde O arqueiro e a mesma estão lutando contra os Chitauri....paranóia minha!?
Os diálogos são divertidos, os efeitos visuais e especiais me convenceram, e foi cenas de acção de tirar o fôlego, em suma, o filme cumpre o que propõe, Tentei ver erros que iriam me influenciar na nota, e felizmente não há gigantes, ele entra fácil nos melhores filmes do género e no meu top 5 dos melhores do MCU. ...divertido, emocionante.... excelente
O melhor: a Direcção consistente do Jess/ a união dos vingadores numa cena icónica/ o humor.
O pior: O personagem do Jeremy Renne, que é o mais vazio daqui.
Nota: 9,6
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraQuero a LEGENDA!, POR FAVOR, se alguem tiver me passe
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista Agoramelhor: Charlize Theron
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraMoore.....amo essa mulher.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraQueria mais da Cate, teve um potencial desperdicado, porem...Arasou.
Armas na Mesa
4.0 223 Assista Agoraestou surpreendido e encantado pela Jessica nesse filme, monstrou o seu talento.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraTheron deixou a sua marca.
Mãe!
4.0 3,9K Assista Agora-Darren e Lawrence mostram o porquê que estão...onde estão.
Darren Aronofsky voltou a mostrar o porque que é um dos melhores directores da actualidade, traumatizado, intrigado ou impressionado, quando você terminar de ver um filme do Darren sentes um destes estado ou a soma destes três, ele mostra experiências intensas, aterrorizadoras, perturbadoras e paranóicas, rumo à perfeição, à cura ou à prisão de mais uma dose, personagens a busca da perfeição ou enfrentando os seus maiores medos, com uma trilha sonora perfeita, seja o ventos das árvores ou a própria respiração dos actores, diálogos e cenas desnecessárias, que no qual têm uma grande importância na construção da narrativa, histórias marcantes e emocionantes, Darren nos faz sofrer e nos faz amar, filmes que dão um nó no estômago, esse é o Darren Aronofsky , Incomoda, choca, divide, estimula, ofende, impressiona,e provoca., ele crítica a sociedade actual.
Nada salva o filme de ter um ritmo lento, porém satisfatório, diálogos e cenas que parecem estar sem anexos, que fazem um todo sentindo nos momentos finais , Jennifer Lawrence não decepcionar em nada, ela consegue transmite a tensão, a dor, em duas horas de projecção ela está firme e focada em seu personagem, ela representa uma mulher que busca por direitos iguais e que quer ser respeitada, Darren trabalha o seu lado psicológico e é a sua garra, devendo o seu filho a qualquer custo, e uma das melhores cenas, é quando ele vê a sua vida destruída e montra o seu lado ferra, um momento perturbador, chocante, você não acredita que está vendo aqui, mais estás amando, Lawrence merece ser reconhecida nesse desempenho, cade o segundo Óscar?.
Aqui Darren faz uma reestruturação Bíblica, explicando detalhadamente, os personagem não são nomeados e nem precisam...uma abordagem pura, e impressionante. .. Michelle Pfeiffer elegante como sempre, e Javier Bardem claro , o melhor é que certas vezes ele não deixa transmitir nada de seu personagem, deixando cada vez mais o filme, num suspense total.
A câmara sempre focada na cara da Jennifer, a invasão...Entre outros pontos tornam o filme mais claustrofóbico, e contribuem mais na perfeição, Mother é uma obra prima, um filme gratificante, viva Aronofsky!, viva Lawrence!.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraTenho de admitir, a princípio achei logo que seria só mais um filme qualquer de ficção. ..mas não , enganei -me.
Amy Adams na pele de Louise Banks que é a intérprete suprema de um enredo que mais uma vez coloca uma mulher na dianteira das decisões lideradas por homens, mostrando que a linguagem é o fio condutor de qualquer civilização e a primeira arma arremessada numa batalha.
A interpretação genuína de Amy é uma das coisas mais notáveis no filme, elegância, maturidade, e sensibilidade foi tudo bastante notável, mesmo cedo um filme de ficção científica a temática extraterrestre não foi exagerada se mantendo só numa temática terrestre.
E claro, sendo um filme desse género, sempre tem aquele final que te deixa reflectindo por um bom tempo, e com Arrival não foi diferente, até agora estou tentando entender bem.
: é um exercício contemplativo que monstra sobre a força da palavra , e de como a língua pode construí e ou destruir tudo o que somos ou tudo o que temos.
Bem. ..é uma obra prima que toca na alma com um ato divino. Perfeito.
Nota:10/10.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista Agora"A perfeição nem sempre é sobre o controle, às vezes você tem que deixar ir".
JÁ é de notar que Darren Aronofsky gosta de utilizar em seus filmes, aqueles toques de delírios "psicológicos", delírios visuais, cenas que em certas partes dão um nó na garganta. Bem com Black Swan não foi diferente, digo, até foi melhor.
A história gira em torno de Nina (essa beleza do poster), uma bailarina bastante rigorosa com si mesma, que sempre busca perfeição em suas técnicas, e que é sempre vigiada pela Mãe (ex bailarina), quando uma nova adaptação mais ousada e visceral musical do clássico : O lago dos cisnes, começa a ser planejado pelo ambicioso Coreográfico Thomas Leroy, que numa ideia inovadora decidi escalar a mesma actriz para interpretar os dois papeis fundamentais ( o Cisne negro, e o Cisne branco), Nina se montra uma candidata forte para ser o Cisne branco, , mas aí está o problema, através da sua personalidade ingénua e frágil, é difícil ela não se encaixa no Cisne negro, o filme apresenta as dificuldades e as lutas de Nina para interpretar os dois cisnes numa só obra, mostrando a sua transformação de Cisne branco para o Cisne Negro. ...essa é a magia do filme..
Natalie Portman (aliás o Óscar foi mais que merecido), conseguiu transmitir a tensão e a dedicação de uma forma realista da Nina conquistando o seu papel, e a transformação pra um Cisne negro de uma maneira tensa e agonizante.
Nina tem "tudo" pra ser um Cisne branco perfeito, mas não se pode dizer o mesmo em ser um Cisne Negro, ela tem de encarar o seu outro lado negro, aí começa o amadurecimento, começa na sua maduração sexual(símbolo de transição entre a frase infantil pra adulta), , Quando isso acontece, o Cisne Negro começa a acordar. Você pode notar isso onde todo o seu quarto é infantil, mas entre os luxuosos você pode ver um Cisne Negro, em contraste com a cor clara do resto. No entanto, quando ela vê a mãe dela, ela pára, envergonhada. Sua mãe é a força levando suas costas e segurando-a da maturidade. Como também as penas do cisne negro que começam a aparecer sob suas costas (simbolicamente, mas também literalmente em suas futuras alucinações), e não é um sentimento agradável. Ela começa a coçar compulsivamente. Sobre essa transformação de Cisne branco para o Negro, entendo como uma tomada interessante sobre o conceito de dois eus ... que existe o eu de lembrança e o eu que se experimenta, que estão muitas vezes fora de alinhamento e podem causar grande sofrimento quando estão em desacordo um com o outro.
Como resultado dessa luta de dois eus, ela é destruída. Sua mente cai em pedaços por causa desta guerra dentro, e quando finalmente um vencedor é decidido , O Cisne Negro, , seu corpo também fica destruído Mas, ela obtém o que queria. Ela executa uma dança tecnicamente, e emocionalmente perfeita. Ou Eu seja executou os dois cisnes na perfeição, ela finalmente atingiu a perfeição, mesmo que o custo seja sua vida. "Eu senti isso, a Perfeição" .
No final, não importa se Nina morreu ou viveu (importa sim), . Seu objetivo era ser "perfeito". E ela consegue, ela se torna os Cisnes Preto e Branco, atingindo a perfeição, mesmo que a destrua psíquica e fisicamente, talvez até mesmo se matando , ela alcançou a perfeição.
A incrível e perfeita Direcção de Aronofsky, que transmitiu aquela sensação de terror psicológico em pouco tempo, , foi muito bom, como também a utilização do som técnico, os efeitos visuais não foram exagerados e nem deixou a desejar, o filme todo é cercado de suspense, drama, sempre te deixa ansioso para a próxima cena, já o terceiro arco, foi sensacional, com um final ácido que te deixa com aquelas perguntas "acabou? , e que acontece depois? ", uma verdadeira obra prima, Viva Portman! Viva Aronofsky! viva Cisne Negro! .
Nota:10/10.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraO grande crime da comunidade caucasiana no centro do filme não é o seu ódio destruidor por pessoas pretas, mas a sua incapacidade de ver nelas seres humanos. Por isso, eles tratam os corpos afro-americanos como invólucros desejáveis nos quais querem depositar a sua própria consciência, eliminando as mentes originais dessas pessoas como se de uma erva daninha se tratassem. É esta a grande proposta fantástica do filme: brancos liberais que raptam afro-americanos para depois realizarem transplantes de cérebro e assim trocarem os seus corpos envelhecidos por potentes objetos cheios de vitalidade. Peele vai ainda mais longe, exemplificando os tóxicos costumes de apropriação cultural através de um artista falhado e cego que deseja ficar com o corpo de Chris, pois quer ver o mundo através dos seus olhos, quer a sua perspetiva individual, nascida de uma cultura socialmente distante.
um privilégio ser capaz de experimentar a cultura de outra pessoa", diz Dean, mostrando os bijuterias multiculturais de suas viagens, exibindo suas credenciais étnicas. Quanto ao título do filme, ele pode ser lido como uma ameaça ou um aviso, uma dualidade enfatizada pela nota rica e enganosa de Michael Abels. De crecks e sussurros para falhas e explosões, a trilha sonora nos guia através dessa estranha terra comestível. "Na próxima vez que você ouvir uma colher de prata na China de ossos, você quer correr pelas colinas"
Não se trata de um filme perfeito, bem longe disso, mas é um formidável exercício de terror e filme político, que, para além do mais, consegue ser tão divertido como é acídico. Resumindo , é um filme importante, quase vital na atualidade política, que merece todo o sucesso que tem alcançado
Quero mais filmes com este tipo de ambição! Um estrondoso virtuosismo, esse filme explorou o racismo de uma forma única.
Observações
Chris pergunta a sua namorada, Rose quando o casal se prepara para um fim de semana "conhecer o pessoal" em sua casa rural. "Eles deveriam?", Ela responde, assegurando a Chris que seu pai de neurocirurgião votaria por Obama uma terceira vez se pudesse, uma reivindicação que ele repetia devidamente. "Odeio, como isso parece"
Fala o patriarca Dean , mostrando a Chris em torno da propriedade Armitage ("família branca, servos negros, clichê total"), onde o terapeuta Walter.e a governanta Georgina , sorria como apoiando jogadores em Gone With The wind.
Missy , promete curar Chris de seu hábito de fumar através de uma única hipnoterapia, desencadeada pelo toque de uma colher em uma xícara de chá.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraAtomic BLONDE apresenta uma experiência estética não um conteúdo textual
A trama é simples, mas as vezes o filme é lento principalmente no primeiro ato , com cenas que parecem mais curtas metragens agrupadas, isso também se deve aos diálogos longos, o filme é cheiro de luzes néon, com uma trilha incrível, na qual, as mais importantes cenas do filme são manifestos nas escolhas músicas, como a música de David Bowie " “Cat People" que acompanha a primeira aparição da agente Lorraine cheira de hematomas espalhados em todo corpo, numa banheira cheio de focos de gelo, Que diz na tentativa de resolver um problema, é preciso apagar fogo com gasolina. A trilha sonora é uma junção de músicas dos anos 80/90, como "Fight The power", " Magor Tom", "Cities in dust", " voices carry" " Blue Monday" "Cat People" entre outras que têm de estar na playlist de todos (não paro de ouvir).
O elenco é quase perfeito pro filme, mas tenho de admitir o filme é só da Charlize, A performance da Theron é bastante notável, ela deu profundidade emocional ao comportamento da personagem, ela o faz perspicaz. .... podemos notar a sua intensidade durante as cenas de ação do filme que não seriam possível sem o esforço acrobáticos da Charlize , mas uma vez Theron se integrou de corpo e alma no seu personagem, seja nas cenas de acção, nos momentos sensuais, em todo o momento do filme, ela se mantém firme e dedicada, sim, Em Mad Max , George criou um novo ícone de acção, e esse ano, Leitch conseguio fazer o mesmo.
As sequências de acção(oh my god), são totalmente nuas , ou seja bastante realistas, do estilo "firmadas a mão" nesse filme, podemos ver uma das cenas de acção mais realistas e fodasticas dos últimos anos, vemos os resultados de uma boa briga, olhos roxos feios, hematomas espalhados por todo o corpo , sangue por ali e por aqui, sem dúvidas, Leitch deixou as cenas de acção de volta ao jogo, e se dedicou à cenas de acção mais realistas e corporais
O filme também tem inúmeras referências a cultura pop, Hitman, Stalker, até mesmo ao próprio John Wick, já o humor é explicito e introduzido nas horas certas, um exemplo é quando ouvem na gravação uma cena de sexo entre Lorraine e uma agente e lhe perguntam "então fizeste contacto com a agente francesa? "! Ela respondeu" obviamente", ou quando o seu informante lhe dizer " "acho que estou apaixonado por você", com o seu comportamento agridoce responde suavemente " que pena".
Num cenário mais dominado por homens , desta vez tem como protagonista uma personagem forte , poderosa e humana , , Charlize conseguiu transmitir de novo o verdadeiro poder feminino, viva . Charlize Theron, viva David Leitch .
Lorraine é cercada no apartamento do Cascoigne por vários polícias, ela utiliza como arma uma corda e parti para a acção, somente essa cena já valeu a espera.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista Agorapuro, lindo, e emocionante.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraA supressa foi a criatividade para a retratar a historia toda, e a excelente perfomance da Lawrence