Eu gosto de toda a filmografia do Villeneuve e muitas das críticas que ele recebeu em Blade Runner 2049 e Duna Parte 1 fizeram com que ele mudasse o ritmo na parte 2 e isso para mim teve um efeito negativo.
Na minha concepção o desenvolvimento do Paul foi muito apressado. Não houve nenhuma dificuldade em ele conquistar a confiança dos freeman e todo o conhecimento que levaria anos para adquirir, foi resolvido rapidamente.
Há alguns cortes bruscos que não são característicos do Villeneuve e que eu particularmente não gostei. Assim que ele monta o verme, acontece um corte brusco e de repente ele já não tá mais lá. Como eles fazem para descer do verme?
Eles viajaram pro sul e em outro corte brusco ele já está no lugar onde acabaria tomando a fonte da vida (não lembro se esse é o nome exato).
São pequenos detalhes que não são característicos do diretor. E o cuidado que ele tinha com esses detalhes é o que sempre me cativou.
No fim das contas é um filme tecnicamente impecável, bem dirigido, com uma trilha imponente, mas com personagem difíceis de empatizar e de se importar e muito acredito que seja por conta do ritmo.
Não consegui sentir, por exemplo, o impacto da ruptura da relação entre Paul e Chani. Em um momento eles estão criando uma relação, em outro eles já tem uma relação e bruscamente já vem esse momento de ruptura, é tudo muito rápido e superficial.
Existem tantas discussões que poderiam ser aprofundadas e tratadas com mais carinho... mas no fim acredito que a decisão foi fazer um filme mais comercial, que fosse direto ao ponto, tivesse mais ação e levasse mais pessoas ao cinema. Se essa era a decisão, funcionou. Mas como história para mim ficou devendo.
O filme inicia muito bem, mas depois são 3h de repetição de tudo que foi estabelecido. A estética e cinematografia são o ponto alto. Não há nada criativo ou empolgante no roteiro, você sempre tem a sensação de já ter visto a história, só que com atores melhores. Esse Batman é uma boa versão, mas vejo um problema de empatia, de conexão com o público. Acredito que poucas pessoas conseguirão se relacionar com esse Bruce introspectivo e deprimido. No objetivo de ser um símbolo, creio que ele falhe. Talvez por ser uma representação de um Batman ainda jovem, a exemplo de Ano Um. Sinto uma tentativa enorme de criar complexidade e grandeza para uma história simples e batida. Várias ações são exageradas e caricatas - alguns vão usar a carta "quadrinhos" para justificar. No meu ranking ainda coloco toda a trilogia do Nolan acima deste. É um deleite visual, mas sem muita substância.
Em 20 minutos de filme você entende que a Jane Campion tá invocando uma tensão inexistente só para subverter sua expectativa e brincar com suas emoções. Só que é isso até o fim. O "plot twist" foi bem óbvio e na real que é só uma história desinteressante, com muitos arcos que levam a lugar nenhum, mas ainda assim tem um bom valor cinematográfico.
Não sei nem se dá pra dizer que o roteiro é criativo, já que é um retrato fiel da nossa sociedade haha. É quase um documentário. As atuações estão impecáveis, Leo e Jlaw sempre ótimos... Timothée sempre com personagens e atuações descartáveis.
Eu SINCERAMENTE não entendo quem não gosta do Reloaded e do Revolutions. Eu acho que as pessoas foram injustas com esses filmes porque muitos ignoraram o cerne de Matrix: a luta entre humanos e máquinas. Já no primeiro isso fica bem claro, que a história não havia acabado ali, que ainda tinha muito a se fazer. No Reloaded a gente descobre que Zion foi destruída inúmeras vezes e que o Neo precisaria quebrar um loop de fracasso. Em Revolutions tem um grande embate que define qual seria o destino de Zion, após uma das cenas mais bonitas do cinema que é a Trinity vendo o céu pela primeira vez. Matrix Resurrections simplesmente joga tudo isso fora e ignora tudo o que foi construído, assim como vários espectadores desatentos. E isso me deixou muito frustrado. Você não mexe em algo que está décadas parado só para produzir um filme genérico.
... descobriu a anti-life, porém perdeu a batalha para os heróis da terra e depois simplesmente esqueceu onde a Terra ficava - sendo esse o único planeta que ele não conseguiu conquistar, segundo a Diana. Além disso, quando o Steppenwolf informa que a Terra tem anti-life, ele decide deixar nas mãos do cara que já o havia traído ao invés de unir suas tropas e ir pra Terra. Parabéns Zequinha por mais um brilhante roteiro.
Melhor que o de 2017 (difícil não ser), mas continuo vendo muitos problemas. Não acho que as 4h02 se justificam. Vejo alguns problemas no CGI e um certo exagero no uso dele, chegando a poluição visual em alguns momentos. Há também um excessivo uso de slow motion. Eu sei que é a assinatura do Snyder, mas parece que o diretor não tem alternativas em suas cenas de ação a não ser usar o slow motion para criar peso dramático. E pra ser sincero é um roteiro bem básico, bem genérico e bobo. Como fã da DC eu gostaria de ver algo bem mais complexo e criativo.
Acho cômico quem só consegue se prender a superfície do filme, ao lance de "homem se apaixonada por IA"...
Pra dar um pouco de background para futuros interessados nesse filme:
Spike Jonze foi casado com Sofia Coppola, que lançou em 2003 Lost in Translation. Pouco tempo depois eles se separaram. Com mais de 10 anos de produção, Jonze lança Her. Os filmes conversam muito entre si. Então, mais do que o filme do cara que se apaixona pela IA, é o filme do cara que se separou da esposa e está passando por várias coisas. É sensível, bonito e tem muitas camadas a serem exploradas.
Revi e continuo amando. A cena do karaokê, quando o Bob canta "More than this" e gera uma sequência de troca de olhares entre os dois é surreal de boa. E o final... me lembra "The Graduate". O sentimento transpassado é de melancolia e solidão, de um futuro impossível... Caralho, que filme bom.
Quem tem algum tipo de transtorno, principalmente os que envolvem ansiedade, conseguiram sentir todo o peso da cena após o pai da Violet mandá-lo pra casa. É muito fidedigna. Consegui sentir toda a angústia do personagem. Ao contrário do que muitos podem achar, ele não foi egoísta entrando na vida dela e por fim cometendo suicídio. Ele queria ajudá-la e queria ser feliz, mas infelizmente ele possuía uma doença, não é algo que ele podia controlar sem ajuda especializada. Não achei que o filme romantizou o suicídio. Ele não deixou nenhuma carta, não fez nenhum drama, só se foi. E tudo isso mexeu bastante comigo, pois sinto e já senti tudo que o personagem sentiu e saber que tem pessoas que não suportam a dor... é muito triste.
Me incomoda o filme utilizar da situação social em que a família se encontra para justificar atitudes moralmente erradas. Eles agiram mal em todas as oportunidades que tiveram, todas. Quando vão dobrar as caixas de pizza, não fazem um bom trabalho e tentam persuadir a gerente da pizzaria a demitir um dos funcionários. Depois, toda a situação na casa é errada. O filme tenta vilanizar os ricos, mas são os pobres que cometeram um crime.
Outro ponto que me incomoda bastante é o fato do exagero em filmes Sul-coreanos. Sempre há um plot mirabolante. Nesse um homem vive no subsolo, passa semanas sem comer, não vê a luz, não se comunica, não tem acesso ao mundo exterior e ainda assim mantém sua consciência. Ok, tudo isso serviu de metáfora para "Parasite", ainda assim, é tão surreal que me tira do filme.
Assim como o humor "situacional". Quando a família é feita de refém após a gravação do vídeo... chega a ser constrangedor de tão caricato.
Conclusão: roteiro problemático, ritmo arrastado, humor fora do tom.
Nada aconteceu de verdade. Ele (Arthur), como sugere o final do terceiro ato, está no hospício e delirou sobre toda a história, que deu início a sua decisão sobre virar o Coringa, começando por matar a psiquiatra e tentar fugir.
O que motiva a minha hipótese é que no início do filme, quando ele está na primeira sessão com a psiquiatra, ela o questiona sobre os motivos que o levaram a ser internado e ele desconversa. Além dela possuir uma similaridade física muito grande com a psiquiatra do final.
Depois quando vai buscar os papéis sobre a internação da mãe, pergunta ao cara do administrativo o que leva uma pessoa parar ali. Dando a entender que nunca tinha passado por aquilo. O que justifica a minha hipótese de que ele está apenas delirando.
Sendo assim, a verdadeira origem do Coringa se inicia nos últimos minutos do filme, ao matar a psiquiatra.
A química do casal era quase inexistente até os últimos 20 minutos, o que prejudicou bastante o filme. Porém, vamos ser sinceros, pegaram o conceito da trilogia Before + Lost in Translation e fizeram esse filme. Tem seus méritos, principalmente o final que me deixou enfurecido, mas com um sorriso no rosto.
Diferente de muita gente que teve problema com o segundo ato, o meu problema foi com o primeiro mesmo. Que escalação horrível de atores e que diálogos pobres. Até a primeira cena com o Patrick Wilson o filme era uma grande vergonha e, apesar de ser mais um vilão genérico, ele tem suficientes argumentos para responder por suas ações. A trilha também parece sempre deslocada, desorganizada, como se não soubesse qual tom dar para o filme. Ao mesmo tempo que tem problemas grandiosos, há enormes vitórias. A construção de mundo é incrível e é de comum acordo que o terceiro ato é fantástico. E pra minha surpresa e quase que contradição, eu gostei da Amber Heard, me julguem.
Assisti esse filme há meses e ele meio que faz parte de mim agora, pois constantemente me pego pensando em algum trecho. Creio eu que isso se dá pelo fato de eu interpretar o filme como fragmentos de memória. E a memória é assim mesmo, né? Confusa, as vezes não lembramos direito o início, meio e fim, mas isso nem sempre importa muito. Malick virou meu diretor favorito porque sinto que ele consegue dialogar sobre solidão, niilismo, religião, poder, sucesso, fama etc... de uma maneira muito singular. Tem uma cena em que a Rooney Mara está aos prantos com seu pai, que caso não houvesse narração seria a nossa interpretação de que ela estava triste por estar "decepcionando-o", mas então ela em pensamento diz algo como: estou chorando porque estou arrependida ou por que quero que ele pense que estou arrependida? E esse é o genial dos filmes do Malick, ele fala sobre coisas do íntimo das pessoas, coisas que poucas vezes são ditas no cinema e são tão importantes.
O filme poderia muito bem se chamar "Thanos: Guerra Infinita", o que não seria de maneira alguma prejudicial. Os irmãos Russo fizeram um bom trabalho em desenvolver o vilão do filme, bem como em dirigir as cenas de ação, sem cortes ou caos visual. Falharam, porém, na direção dos Guardiões, que tiveram a "obrigação" de ser o alivio cômico toda vez que apareciam em cena. A história também é rasa e genérica, mas ganha peso com as motivações do Thanos. De qualquer forma, foi dos últimos grandes filmes de herói aquele que mais me surpreendeu e por isso merece destaque. 8/10.
A estrutura narrativa me lembrou Fargo, nunca é previsível demais, não tenta ser importante demais também, o que é bom. É aquele filme pé no chão que tem muito para dizer sobre tantas questões sociais e éticas, mas sem se aprofundar, tratando os assuntos como uma retórica visual. Belo trabalho de direção do Martin McDonagh e boas interpretações do elenco principal e de apoio. Ênfase para Frances McDormand.
Li alguns comentários absurdos tanto aqui no Filmow, quanto no Rotten e Metracritic, então decidi deixar o meu ponto de vista sobre algumas considerações, a fim de ajudar na interpretação do filme.
O principal argumento do filme está em como nós temos uma percepção errada sobre os Jedi e sobre o que é a força. Com essa filosofia estabelecida, o filme se compromete a realizar uma transição entre os antigos personagens e novos. Sendo assim, percebemos que a força é uma energia que envolve TODOS e não é uma propriedade dos Jedi. Vimos isso como Chirrut em Rogue One e na última cena de The Last Jedi um garoto pobre utiliza a força para pegar sua vassoura e lhe servir de sabre, sem falar na Rey que tem o melhor plot da saga SW pra mim, quebrando todos os paradigmas: não é filha de ninguém importante. Essa foi a decisão mais corajosa que eu vi na saga até hoje e a mais consciente. É uma forma de SW nos dizer: esqueçam os rótulos, você não precisa ser especial para ser herói. Na sequência inicial uma rebelde morre e sua ação reverbera no filme inteiro, isso é tão especial quanto ser Jedi.
Alguns disseram que Luke, Rey e Kylo começaram e terminaram o filme da mesma maneira. Vamos começar pelo Luke:
2.1 Luke: a presença da Rey na ilha foi muito mais importante para o Luke, do que o Luke poderia servir de mestre para ela. Em A New Hope o Luke precisa constantemente ser lembrado pelo Obi-Wan que ele deveria acreditar na força. Rey nunca precisou de incentivo, ela sempre teve fé e essa impulsividade é muito mais uma lição para o Luke que estava exilado pelos seus antos, do que qualquer outra coisa. Quando o Luke luta contra o Kylo, saindo do seu exílio (ainda que em projeção astral), é uma ação que não só contraria toda sua vontade e serve de ajuda para os rebeldes, como ele entende sua posição no mundo e pode enfim se recolher e descansar. Se isso não é desenvolvimento, então eu não sei o que é.
2.2 Kylo: Snoke, como em muitos filmes, serviu apenas para desenvolver o personagem do Kylo, principalmente ao compará-lo com Vader, fazendo crescer no personagem uma vontade de acabar com os rótulos do mundo atual e construir um novo, um próprio e isso é uma evolução de mentalidade, que é resultada na ação de matar seu mestre e posteriormente começar uma caçada a Rey.
2.3 Rey: irei falar melhor sobre ela no próximo tópico, pois mato dois assuntos em um
Como citado no primeiro tópico, esse é um filme de transição e, em uma transição há sempre aprendizagem. Alguns reclamaram sobre a Rey não receber treinamento e não ter uma desenvolvimento, porém não é verdade. Quando Luke a pergunta: o que é a força/ser Jedi e ela responde que é levitar pedras, começa o seu treinamento de conhecimento interior, pois para a Rey entender quem ela é o mesmo que entender a força. Toda vez que um personagem entende algo novo, ele está se desenvolvendo. Não para por aí, Luke e Yoda estão de acordo sobre o fato de que nada nos livros poderiam ensinar a Rey nessa nova era e que nada melhor do que o erro para ensiná-la o caminho. A Rey está certa de que consegue converter o Kylo assim como o Luke o fez com Anakin, mas é frustrada e tem uma das suas grandes decepções, o que faz a personagem aprender e evoluir, o que veremos certamente no episódio IX. O mesmo ocorre para Poe, Fimm e Rose: Seus arcos parecem não terem os levados a lugar algum, entretanto foram conscientemente escritos dessa forma, para que em sua resolução aprendessem sobre respeitar as decisões de seu comandante e perceber que mesmo com boas intenções a impulsividade pode levar a destruição.
The Last Jedi de maneira orgânica nos convida a embarcar em uma nova era SW, com novos personagens, novos conceitos, uma nova visão. Ao mesmo tempo em que respeita os antigos e os coloca na mais alta escala de importância para a história. Decidir manter a Leia, mesmo com a morte da Carrie Fisher, é uma maneira de respeitar e homenagear a personagem/atriz. Assistir Luke se recompor ao mesmo tempo em que observa o Binary Sunset é uma forma de homenagear a trilogia original e todo o legado do maior Jedi de todos os tempos. Nos fazer entender que a força não é uma propriedade de pessoas especiais é o mesmo que respeitar todos aqueles que, ainda que de maneira pequena, influenciaram a história. É acabar com as diferenças e unificar, uma lição que não deveria servir apenas para o universo SW e sim para nossa vida particular.
Caso tenham dúvida, deixem aqui nos comentários que ficarei feliz em responder. É claro que você não precisa concordar com tudo, mas espero ter apresentado argumentos suficiente para te fazer refletir.
Duna: Parte 2
4.4 616Esse é o filme menos Villeneuve do Villeneuve.
Eu gosto de toda a filmografia do Villeneuve e muitas das críticas que ele recebeu em Blade Runner 2049 e Duna Parte 1 fizeram com que ele mudasse o ritmo na parte 2 e isso para mim teve um efeito negativo.
Na minha concepção o desenvolvimento do Paul foi muito apressado. Não houve nenhuma dificuldade em ele conquistar a confiança dos freeman e todo o conhecimento que levaria anos para adquirir, foi resolvido rapidamente.
Há alguns cortes bruscos que não são característicos do Villeneuve e que eu particularmente não gostei. Assim que ele monta o verme, acontece um corte brusco e de repente ele já não tá mais lá. Como eles fazem para descer do verme?
Eles viajaram pro sul e em outro corte brusco ele já está no lugar onde acabaria tomando a fonte da vida (não lembro se esse é o nome exato).
São pequenos detalhes que não são característicos do diretor. E o cuidado que ele tinha com esses detalhes é o que sempre me cativou.
No fim das contas é um filme tecnicamente impecável, bem dirigido, com uma trilha imponente, mas com personagem difíceis de empatizar e de se importar e muito acredito que seja por conta do ritmo.
Não consegui sentir, por exemplo, o impacto da ruptura da relação entre Paul e Chani. Em um momento eles estão criando uma relação, em outro eles já tem uma relação e bruscamente já vem esse momento de ruptura, é tudo muito rápido e superficial.
Existem tantas discussões que poderiam ser aprofundadas e tratadas com mais carinho... mas no fim acredito que a decisão foi fazer um filme mais comercial, que fosse direto ao ponto, tivesse mais ação e levasse mais pessoas ao cinema. Se essa era a decisão, funcionou. Mas como história para mim ficou devendo.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraO filme inicia muito bem, mas depois são 3h de repetição de tudo que foi estabelecido. A estética e cinematografia são o ponto alto.
Não há nada criativo ou empolgante no roteiro, você sempre tem a sensação de já ter visto a história, só que com atores melhores.
Esse Batman é uma boa versão, mas vejo um problema de empatia, de conexão com o público. Acredito que poucas pessoas conseguirão se relacionar com esse Bruce introspectivo e deprimido. No objetivo de ser um símbolo, creio que ele falhe. Talvez por ser uma representação de um Batman ainda jovem, a exemplo de Ano Um.
Sinto uma tentativa enorme de criar complexidade e grandeza para uma história simples e batida. Várias ações são exageradas e caricatas - alguns vão usar a carta "quadrinhos" para justificar.
No meu ranking ainda coloco toda a trilogia do Nolan acima deste. É um deleite visual, mas sem muita substância.
Ataque dos Cães
3.7 932Em 20 minutos de filme você entende que a Jane Campion tá invocando uma tensão inexistente só para subverter sua expectativa e brincar com suas emoções. Só que é isso até o fim. O "plot twist" foi bem óbvio e na real que é só uma história desinteressante, com muitos arcos que levam a lugar nenhum, mas ainda assim tem um bom valor cinematográfico.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraNão sei nem se dá pra dizer que o roteiro é criativo, já que é um retrato fiel da nossa sociedade haha. É quase um documentário. As atuações estão impecáveis, Leo e Jlaw sempre ótimos... Timothée sempre com personagens e atuações descartáveis.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraEu SINCERAMENTE não entendo quem não gosta do Reloaded e do Revolutions. Eu acho que as pessoas foram injustas com esses filmes porque muitos ignoraram o cerne de Matrix: a luta entre humanos e máquinas. Já no primeiro isso fica bem claro, que a história não havia acabado ali, que ainda tinha muito a se fazer. No Reloaded a gente descobre que Zion foi destruída inúmeras vezes e que o Neo precisaria quebrar um loop de fracasso. Em Revolutions tem um grande embate que define qual seria o destino de Zion, após uma das cenas mais bonitas do cinema que é a Trinity vendo o céu pela primeira vez.
Matrix Resurrections simplesmente joga tudo isso fora e ignora tudo o que foi construído, assim como vários espectadores desatentos. E isso me deixou muito frustrado. Você não mexe em algo que está décadas parado só para produzir um filme genérico.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraTem que ser muito chatão pra não gostar desse filme.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KMe dei conta que o Darkseid foi pra terra e...
... descobriu a anti-life, porém perdeu a batalha para os heróis da terra e depois simplesmente esqueceu onde a Terra ficava - sendo esse o único planeta que ele não conseguiu conquistar, segundo a Diana.
Além disso, quando o Steppenwolf informa que a Terra tem anti-life, ele decide deixar nas mãos do cara que já o havia traído ao invés de unir suas tropas e ir pra Terra.
Parabéns Zequinha por mais um brilhante roteiro.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KMelhor que o de 2017 (difícil não ser), mas continuo vendo muitos problemas. Não acho que as 4h02 se justificam. Vejo alguns problemas no CGI e um certo exagero no uso dele, chegando a poluição visual em alguns momentos. Há também um excessivo uso de slow motion. Eu sei que é a assinatura do Snyder, mas parece que o diretor não tem alternativas em suas cenas de ação a não ser usar o slow motion para criar peso dramático. E pra ser sincero é um roteiro bem básico, bem genérico e bobo. Como fã da DC eu gostaria de ver algo bem mais complexo e criativo.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraAcho cômico quem só consegue se prender a superfície do filme, ao lance de "homem se apaixonada por IA"...
Pra dar um pouco de background para futuros interessados nesse filme:
Spike Jonze foi casado com Sofia Coppola, que lançou em 2003 Lost in Translation. Pouco tempo depois eles se separaram. Com mais de 10 anos de produção, Jonze lança Her. Os filmes conversam muito entre si. Então, mais do que o filme do cara que se apaixona pela IA, é o filme do cara que se separou da esposa e está passando por várias coisas. É sensível, bonito e tem muitas camadas a serem exploradas.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraRevi e continuo amando. A cena do karaokê, quando o Bob canta "More than this" e gera uma sequência de troca de olhares entre os dois é surreal de boa.
E o final... me lembra "The Graduate". O sentimento transpassado é de melancolia e solidão, de um futuro impossível... Caralho, que filme bom.
Por Lugares Incríveis
3.2 627 Assista AgoraMinha visão de pessoa diagnosticada com depressão, sobre o filme:
Quem tem algum tipo de transtorno, principalmente os que envolvem ansiedade, conseguiram sentir todo o peso da cena após o pai da Violet mandá-lo pra casa.
É muito fidedigna. Consegui sentir toda a angústia do personagem.
Ao contrário do que muitos podem achar, ele não foi egoísta entrando na vida dela e por fim cometendo suicídio. Ele queria ajudá-la e queria ser feliz, mas infelizmente ele possuía uma doença, não é algo que ele podia controlar sem ajuda especializada.
Não achei que o filme romantizou o suicídio. Ele não deixou nenhuma carta, não fez nenhum drama, só se foi.
E tudo isso mexeu bastante comigo, pois sinto e já senti tudo que o personagem sentiu e saber que tem pessoas que não suportam a dor... é muito triste.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraDeixa eu nadar contra a maré aqui.
Me incomoda o filme utilizar da situação social em que a família se encontra para justificar atitudes moralmente erradas.
Eles agiram mal em todas as oportunidades que tiveram, todas. Quando vão dobrar as caixas de pizza, não fazem um bom trabalho e tentam persuadir a gerente da pizzaria a demitir um dos funcionários. Depois, toda a situação na casa é errada.
O filme tenta vilanizar os ricos, mas são os pobres que cometeram um crime.
Outro ponto que me incomoda bastante é o fato do exagero em filmes Sul-coreanos. Sempre há um plot mirabolante. Nesse um homem vive no subsolo, passa semanas sem comer, não vê a luz, não se comunica, não tem acesso ao mundo exterior e ainda assim mantém sua consciência. Ok, tudo isso serviu de metáfora para "Parasite", ainda assim, é tão surreal que me tira do filme.
Assim como o humor "situacional". Quando a família é feita de refém após a gravação do vídeo... chega a ser constrangedor de tão caricato.
Conclusão: roteiro problemático, ritmo arrastado, humor fora do tom.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraMais um bom filme do Woody... ops, do Noah Baumbach.
Adam Driver, pra mim, já é o ganhador moral do Oscar.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraRevi Coringa e tenho uma teoria.
Nada aconteceu de verdade. Ele (Arthur), como sugere o final do terceiro ato, está no hospício e delirou sobre toda a história, que deu início a sua decisão sobre virar o Coringa, começando por matar a psiquiatra e tentar fugir.
O que motiva a minha hipótese é que no início do filme, quando ele está na primeira sessão com a psiquiatra, ela o questiona sobre os motivos que o levaram a ser internado e ele desconversa. Além dela possuir uma similaridade física muito grande com a psiquiatra do final.
Depois quando vai buscar os papéis sobre a internação da mãe, pergunta ao cara do administrativo o que leva uma pessoa parar ali. Dando a entender que nunca tinha passado por aquilo. O que justifica a minha hipótese de que ele está apenas delirando.
Sendo assim, a verdadeira origem do Coringa se inicia nos últimos minutos do filme, ao matar a psiquiatra.
Already Tomorrow in Hong Kong
3.4 17 Assista AgoraA química do casal era quase inexistente até os últimos 20 minutos, o que prejudicou bastante o filme. Porém, vamos ser sinceros, pegaram o conceito da trilogia Before + Lost in Translation e fizeram esse filme. Tem seus méritos, principalmente o final que me deixou enfurecido, mas com um sorriso no rosto.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraDiferente de muita gente que teve problema com o segundo ato, o meu problema foi com o primeiro mesmo. Que escalação horrível de atores e que diálogos pobres. Até a primeira cena com o Patrick Wilson o filme era uma grande vergonha e, apesar de ser mais um vilão genérico, ele tem suficientes argumentos para responder por suas ações. A trilha também parece sempre deslocada, desorganizada, como se não soubesse qual tom dar para o filme.
Ao mesmo tempo que tem problemas grandiosos, há enormes vitórias. A construção de mundo é incrível e é de comum acordo que o terceiro ato é fantástico. E pra minha surpresa e quase que contradição, eu gostei da Amber Heard, me julguem.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraA melhor experiência cinematográfica de 2018 até o momento.
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraAssisti esse filme há meses e ele meio que faz parte de mim agora, pois constantemente me pego pensando em algum trecho. Creio eu que isso se dá pelo fato de eu interpretar o filme como fragmentos de memória. E a memória é assim mesmo, né? Confusa, as vezes não lembramos direito o início, meio e fim, mas isso nem sempre importa muito.
Malick virou meu diretor favorito porque sinto que ele consegue dialogar sobre solidão, niilismo, religião, poder, sucesso, fama etc... de uma maneira muito singular. Tem uma cena em que a Rooney Mara está aos prantos com seu pai, que caso não houvesse narração seria a nossa interpretação de que ela estava triste por estar "decepcionando-o", mas então ela em pensamento diz algo como: estou chorando porque estou arrependida ou por que quero que ele pense que estou arrependida? E esse é o genial dos filmes do Malick, ele fala sobre coisas do íntimo das pessoas, coisas que poucas vezes são ditas no cinema e são tão importantes.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraLife is so fucking sad.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraO filme poderia muito bem se chamar "Thanos: Guerra Infinita", o que não seria de maneira alguma prejudicial.
Os irmãos Russo fizeram um bom trabalho em desenvolver o vilão do filme, bem como em dirigir as cenas de ação, sem cortes ou caos visual.
Falharam, porém, na direção dos Guardiões, que tiveram a "obrigação" de ser o alivio cômico toda vez que apareciam em cena. A história também é rasa e genérica, mas ganha peso com as motivações do Thanos.
De qualquer forma, foi dos últimos grandes filmes de herói aquele que mais me surpreendeu e por isso merece destaque. 8/10.
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista AgoraBom pra caralho.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraA estrutura narrativa me lembrou Fargo, nunca é previsível demais, não tenta ser importante demais também, o que é bom. É aquele filme pé no chão que tem muito para dizer sobre tantas questões sociais e éticas, mas sem se aprofundar, tratando os assuntos como uma retórica visual.
Belo trabalho de direção do Martin McDonagh e boas interpretações do elenco principal e de apoio. Ênfase para Frances McDormand.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraLi alguns comentários absurdos tanto aqui no Filmow, quanto no Rotten e Metracritic, então decidi deixar o meu ponto de vista sobre algumas considerações, a fim de ajudar na interpretação do filme.
1. Objetivo do filme:
O principal argumento do filme está em como nós temos uma percepção errada sobre os Jedi e sobre o que é a força. Com essa filosofia estabelecida, o filme se compromete a realizar uma transição entre os antigos personagens e novos.
Sendo assim, percebemos que a força é uma energia que envolve TODOS e não é uma propriedade dos Jedi. Vimos isso como Chirrut em Rogue One e na última cena de The Last Jedi um garoto pobre utiliza a força para pegar sua vassoura e lhe servir de sabre, sem falar na Rey que tem o melhor plot da saga SW pra mim, quebrando todos os paradigmas: não é filha de ninguém importante.
Essa foi a decisão mais corajosa que eu vi na saga até hoje e a mais consciente. É uma forma de SW nos dizer: esqueçam os rótulos, você não precisa ser especial para ser herói. Na sequência inicial uma rebelde morre e sua ação reverbera no filme inteiro, isso é tão especial quanto ser Jedi.
2. "Não há desenvolvimento de personagem":
Alguns disseram que Luke, Rey e Kylo começaram e terminaram o filme da mesma maneira. Vamos começar pelo Luke:
2.1 Luke: a presença da Rey na ilha foi muito mais importante para o Luke, do que o Luke poderia servir de mestre para ela. Em A New Hope o Luke precisa constantemente ser lembrado pelo Obi-Wan que ele deveria acreditar na força. Rey nunca precisou de incentivo, ela sempre teve fé e essa impulsividade é muito mais uma lição para o Luke que estava exilado pelos seus antos, do que qualquer outra coisa.
Quando o Luke luta contra o Kylo, saindo do seu exílio (ainda que em projeção astral),
é uma ação que não só contraria toda sua vontade e serve de ajuda para os rebeldes,
como ele entende sua posição no mundo e pode enfim se recolher e descansar. Se isso não é desenvolvimento, então eu não sei o que é.
2.2 Kylo: Snoke, como em muitos filmes, serviu apenas para desenvolver o personagem do Kylo, principalmente ao compará-lo com Vader, fazendo crescer no personagem uma vontade de acabar com os rótulos do mundo atual e construir um novo, um próprio e isso é uma evolução de mentalidade, que é resultada na ação de matar seu mestre e posteriormente começar uma caçada a Rey.
2.3 Rey: irei falar melhor sobre ela no próximo tópico, pois mato dois assuntos em um
3. Transição e Aprender com os erros:
Como citado no primeiro tópico, esse é um filme de transição e, em uma transição há sempre aprendizagem.
Alguns reclamaram sobre a Rey não receber treinamento e não ter uma desenvolvimento,
porém não é verdade.
Quando Luke a pergunta: o que é a força/ser Jedi e ela responde que é levitar pedras,
começa o seu treinamento de conhecimento interior, pois para a Rey entender quem ela é o mesmo que entender a força. Toda vez que um personagem entende algo novo, ele está se desenvolvendo. Não para por aí, Luke e Yoda estão de acordo sobre o fato de que nada nos livros poderiam ensinar a Rey nessa nova era e que nada melhor do que
o erro para ensiná-la o caminho.
A Rey está certa de que consegue converter o Kylo assim como o Luke o fez com Anakin,
mas é frustrada e tem uma das suas grandes decepções, o que faz a personagem aprender e evoluir, o que veremos certamente no episódio IX.
O mesmo ocorre para Poe, Fimm e Rose:
Seus arcos parecem não terem os levados a lugar algum, entretanto foram conscientemente escritos dessa forma, para que em sua resolução aprendessem sobre respeitar as decisões de seu comandante e perceber que mesmo com boas intenções a impulsividade pode levar a destruição.
4. Conclusão:
The Last Jedi de maneira orgânica nos convida a embarcar em uma nova era SW,
com novos personagens, novos conceitos, uma nova visão. Ao mesmo tempo em que respeita os antigos e os coloca na mais alta escala de importância para a história. Decidir manter a Leia, mesmo com a morte da Carrie Fisher, é uma maneira de respeitar e homenagear a personagem/atriz.
Assistir Luke se recompor ao mesmo tempo em que observa o Binary Sunset é uma forma de homenagear a trilogia original e todo o legado do maior Jedi de todos os tempos.
Nos fazer entender que a força não é uma propriedade de pessoas especiais é o mesmo que respeitar todos aqueles que, ainda que de maneira pequena, influenciaram a história.
É acabar com as diferenças e unificar, uma lição que não deveria servir apenas para o universo SW e sim para nossa vida particular.
Caso tenham dúvida, deixem aqui nos comentários que ficarei feliz em responder. É claro que você não precisa concordar com tudo, mas espero ter apresentado argumentos suficiente para te fazer refletir.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraJá escrevi umas 200 críticas e apaguei. Uma frase resume esse episódio: Do caral#$@. DCU e MU podem decepcionar, a franquia Star Wars, não.