Como grande parte das temporadas finais das séries televisivas adolescentes, a terceira e última temporada de Merlí vale-se mais da curiosidade da audiência para conhecer o desfecho do destino dos personagens cuja empatia foi construída nas temporadas anteriores do que da força da narrativa em si. Há uma queda grande de qualidade nesta season se comparada com as duas anteriores - porém com paciência no geral vale a pena chegar aos últimos capítulos, os mais interessantes e emocionantes. Vou sentir falta deles falando "tío!" "Tías"
Tio Spielberg de volta aos seus velhos tempos de fazer filmes ótimos e divertidos ao mesmo tempo - para o deleite de nós nerds, tribo para a cultura da qual ele foi um dos grandes colaboradores! God save the 80's! Filmaço com uma trilha sonora impecável!
Pior season ever! Tá feio as mudanças de regras para favorecer participantes "apadrinhadas" - and the show must go on! #triste, Shangela e Bendela protagonistas!
Yorgos Lanthimos, o mais cultuado diretor da "wierd wave" da Grécia, metendo o pé na porta da família norte-americana. O filme tem influências da tragédia grega de Ifigênia de Eurípedes em seu roteiro e deixa isso bem claro para a interpretação da audiência. Direção indefectível de Yorgos, utilizando sempre o plano geral e criando o horror a partir da exploração do som, som esse que é dos mais louváveis - a todo tempo eu me perguntava onde Yorgos consegue esconder os microfones nas cenas em plano geral para captar esses barulhos todos? Yorgos é um gênio! As interpretações de Colin Farrell e Nicole Kidman são bárbaras, Kidman é uma diva e seu poder em cena é algo a se estudar! Barry Keoghan dá um show como o adolescente psicótico e pentelho, a cena do espaguete é a coroação de um trabalho brilhante desse jovem ator com tanto potencial. De arrepiar todos os pelos!
ps: O resgate do climão thriller anos 90 super cine é coroado com a participação de Alicia Silverstone como a mãe do moleque.
Talvez a melhor interpretação feminina da temporada de premiações. O roteiro não julga as personagens, o que lhe dá um frescor e leveza imensos, além de ser deliciosamente hilário em certos pontos. Diversão garantida! Conta com uma das melhores trilhas musicais da temporada - A OST já nasce antológica!
Roteiro prolixo no segundo ato, compensado pelo carisma dos personagens da primeira trilogia. Efeitos especiais e computação gráfica de altíssima qualidade. Edição e mixagem de som ótimas! Adam Driver pisa!
O Cinema é arte do século XX, e em sua última década, os anos 90, Os Estados Unidos da América nos trouxeram filmes que abordavam a juventude de uma forma geral (sempre contamos com nossas amadas “exceções”) idílica, açucarada ou até mesmo caricatural, com arcos dramáticos e personagens alinhados com o famoso “american way of life”. Abraçando de forma quase democrática todos os gêneros de filmes, fizeram sucesso, e alguns chegaram (oh vida!, oh azar!) a alçar o status de neoclássicos filmes como “10 Coisas que eu Odeio em Você” (1999), “As Patricinhas de Bervely Hills” (1995), “Garotas Selvagens” (1998), “American Pie” (1999), e até algumas pérolas como a reimaginação de Baz Luhrmann para “Romeo e Julieta” de Shakespeare em 1996, e a atualização de “Ligações Perigosas”, que nas mãos do diretor Roger Kumble em “Segundas Intenções”, em 1999, com um ótimo elenco e uma trilha sonora antológica, fez até os mais tacanhos cinéfilos alçarem a obra ao status de “guilty pleasure”. Mas se o cinema é a fábrica de ilusões, a realidade da juventude yankee de alguma forma em tempos de internet discada sabíamos ser bem diferente do que nos mostravam nas telonas. Gritos de alerta pipocavam em produções independentes que dificilmente chegavam ao mercado internacional. Alguém precisava meter o pé na porta – com força - e esta era tão rígida que só dobrou-se à pressão dos pés de dois artistas – o roteirista Harmony Korine e o diretor Larry Clark. O filme “KIDS” de 1995 não apenas quebrou paradigmas na forma de retratar adolescentes norte-americanos de forma ultra-realista (no bom sentido do termo) mas foi um tapa na cara de toda a sociedade estadunidense e mundial e tornou-se uma obra atemporal. “Kids” não encaneceu, não empoeirou-se, e infelizmente não envelhecerá tão cedo.
Fui leitor de Stephen King desde a infância - "Jogo Perigoso" é um livro divisor de águas na obra do autor, pois foi lançado após a fase realmente genial de King (o mestre do horror e suspense) onde temos livros aterrorizantes e escritos com uma genialidade ímpar como "Carrie, a Estranha", "Salem's Lot", "O Iluminado", "O Cemitério", "Christine", " It - A Coisa" (que rendeu um ótimo telefilme em 1990 e este chatíssimo remake caça-niqueis em 2017). Considero essa adaptação da Netflix um desastre! Além de errar grotescamente ao transferir o livro para um roteiro de cinema (A parte mais aterrorizante no livro vira uma cena clichê patética no filme) ainda traz um filme arrastado, sem uma boa câmera (essencial na nova leva de bons filmes de horror), interpretações fraquíssimas e nenhum vislumbre de horror ou tensão psicológica! Uma decepção!
Tirando um ou outro cuspe às leis da Física, algo perigoso em um universo nerd, o filme é divertido e vibrante! Bom roteiro que constrói um ótimo vilão, interpretado dignamente por Michael Keaton. Boas cenas de ação e uma ótima trilha sonora do genial Michael Giacchino com direito a créditos finais com a canção dos Ramones que por si só já valia o ingresso!
Anne Hathaway fora da zona de conforto hollywoodiana produzindo e protagonizando o ótimo delírio sci-fi de Nacho Vigalondo. Boas doses de humor e tensão em uma história sensacional!
O ato da criação e a relação criador-criatura, substratos de diversas discussões filosóficas e inspiração para livros que fazem parte da história da civilização, são temas fortemente presentes neste novo filme da franquia do diretor Ridley Scott. Mais filosófico que a tetralogia original, mais sanguinolento que “Prometheus” (2012), “Alien: Covenant” é eletrizante, fascinante e magnificamente realizado.
Com plot e roteiro ótimos e uma segurança na direção rara em marinheiros de primeira viagem como o diretor estreante Jordan Peele (esnobando sua técnica logo na introdução do filme com um long shot perfeito) "Get Out" junta-se a uma ótima safra de filmes de terror norte-americanos contemporâneos, onde a crítica social une-se à ostentação da perfeição técnica sem nunca esquecer de flertar com os deliciosos clichês do gênero - Podemos nesse grupo de filmes incluir ainda "It Follows" (2014), "Don't Breathe" (2016) entre outros.
Depois do remake desnecessário de "Evil Dead", Fede Alvarez dirige uma obra à altura dos fãs do gênero. Esbanjando competência, nos traz cenas incríveis como o plano sequência dos três assaltantes entrando e sondando a casa do homem cego. O diretor sabe criar tensão com requinte e nos salvas daqueles sustos clichês e chatíssimos da maioria dos filmes de horror atuais. O roteiro tem uns furos bem claros na parte final, por uma necessidade dispensável de plot twist, outra maldição dos longas de terror contemporâneos.
Rebecca é o primeiro filme de Hitchcock em Hollywood, após sua soberba fase inglesa. É muito fácil entender porque este filme não agradaria tanto ao diretor, pois o produtor Selznick, da Selznick Internationational Pictures interferia o tempo todo nas filmagens, e a relação entre os dois só não azedou de vez pois Selznick estava mais comprometido com a produção de "E o Vento Levou..." que seria o grande sucesso de sua produtora. Mas percebemos tons melodramáticos na obra e de overacting nos atores que não são próprios ao estilo do mestre do suspense neste filme, mas que se tornam deliciosos dentro da narrativa da obra; Fora a trilha sonora deliciosamente exagerada. A personagem de Judith Anderson, a obsessiva governanta Sra. Danvers, é antológica e influenciaria cineastas por toda a história do cinema - É uma referência claríssima, por exemplo, na personagem de Rossy de Palma em "Julieta" de Pedro Almodóvar (2016)
É sempre bom rever "Assim Caminha a Humanidade". Não me canso de revisitar a obra! Classicão épico norte-americano com um sabor dos ingredientes dos filmes dos estúdios Warner da era de ouro (mais realistas que os da MGM) tratando questões como a independência da mulher, a meritocracia e desigualdade de classes e o racismo e xenofobia. Belíssimas interpretações da diva máxima Lyz Taylor, o sexy portentoso Rock Hudson e o inigualável James Dean. Fotografia, direção de arte, beauty e figurinos são deslumbrantes! <3
Agrada da mesma forma os fãs da série de tv e os não iniciados pelo cuidado com a estética, um bom roteiro, direção e montagem excelentes e uma trilha sonora deliciosa! Os easter-eggs para os fãs são uma pérola!
As Veias (penianas) Abertas da Geração Z – Pele Suja Minha Carne
É interessante que o primeiro som do filme “Pele Suja Minha Carne” seja a suave voz do Metrô Rio indicando para observar atentamente o espaço entre o trem e a plataforma. Partes de um conjunto arquitetônico dinâmico separados por um espaço que merece atenção é uma bela metáfora que nos remete ao próprio título do curta e a seu protagonista João, em sua difícil jornada de autoconhecimento da sexualidade, e o quão doloroso pode ser vencer o espaço que existe entre ela e as cobranças sociais típicas do dia a dia de todo adolescente.
“Pele Suja Minha Carne” é o filme de estreia do jovem diretor e roteirista Bruno Ribeiro e conta a história do menino negro tijucano e peladeiro João (Diego Francisco) lidando com o turbilhão de hormônios e sentimentos canalizados em seu parceiro de pelada Cauã (André Muniz). Genuíno representante da geração Z, filho de uma mãe jovem que talvez dedique menos tempo à educação do filho do que a encontrar bons aplicativos para seu smartfone, a jornada de João está longe da alegria e doçura das baladas teens, acertadamente deixadas de fora da trilha sonora do filme, composta apenas por uma ótima coleção de sons diegéticos.
Bruno Ribeiro apresenta um bom trabalho de direção; os enquadramentos e a mise-en-scène são corretos em sua maior parte, com destaque a decisão de filmar seus personagens muitas vezes de costas, permitindo-os que guardem seus segredos e as belas sequências do jogo de futebol que compensam uma incômoda câmera parada quando João e Cauã caminham voltando da escola. A cena em que João toma banho em casa após a pelada com os amigos esfregando-se vigorosamente enquanto a espuma de sabão desce ralo abaixo mimetizando sua própria tentativa de desvencilhar-se de um sentimento crescente que provavelmente lhe é estranho e incômodo é belíssima.
A arte do filme aposta certeiramente em uma claustrofobia criada pelos padrões de gradis quadriculados seja das paredes metálicas que enjaulam a quadra de futebol, ou os pequenos azulejos e o tecido do pano de prato da cozinha do apartamento onde mora João – belos reflexos do reprimido e nascente aflorar da homossexualidade do protagonista. Na correta fotografia destaca-se a excelência nas cenas onde utiliza a luz direta. Os sons diegéticos que preenchem a ausência de trilha musical são louváveis, porém eclipsados por uma grotesca e amadora falha no som da cena inicial onde o anúncio da estação do metrô não corresponde ao que vemos geograficamente na tela, um erro primário que não combina com a grandiosidade do projeto. A dupla de jovens atores do elenco é uma pérola. Diego Francisco, o protagonista, é belo e fotografa maravilhosamente bem, o que compensa sua atuação por vezes monocórdica. O coadjuvante André Muniz rouba a cena e brilha, é o grande destaque do filme e espero vê-lo em outros trabalhos no cinema nacional.
“Pele Suja Minha Carne” toca de forma não homogênea em feridas seculares de preconceito contra a cor de pele (menos) e orientação sexual (mais) que em pleno século XXI ainda vergonhosamente mancham nossa sociedade. Reflete uma tendência do cinema atual de voltar seu olhar às minorias sempre relegadas a um segundo plano, e por isso é urgente e necessário. É envolvente, é intenso, mas não perde a ternura ao tratar temas tão delicados e difíceis.
Que bela história para ser contada! Viva o cinema! O concorrente ao Oscar de melhor filme mais simples tecnicamente (dos que vi até agora) é o que mais me emocionou e tocou o coração. É isso! O cinema pode ser um contar de histórias simples e avassalador. O que é esse menino Sunny Pawar em cena? que olhos expressivos e melancólicos, me remeteu ao Bruno de "Ladrões de Bicicletas". Lindo demais! <3
Merlí (3ª Temporada)
4.4 186Como grande parte das temporadas finais das séries televisivas adolescentes, a terceira e última temporada de Merlí vale-se mais da curiosidade da audiência para conhecer o desfecho do destino dos personagens cuja empatia foi construída nas temporadas anteriores do que da força da narrativa em si. Há uma queda grande de qualidade nesta season se comparada com as duas anteriores - porém com paciência no geral vale a pena chegar aos últimos capítulos, os mais interessantes e emocionantes. Vou sentir falta deles falando "tío!" "Tías"
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraTio Spielberg de volta aos seus velhos tempos de fazer filmes ótimos e divertidos ao mesmo tempo - para o deleite de nós nerds, tribo para a cultura da qual ele foi um dos grandes colaboradores! God save the 80's! Filmaço com uma trilha sonora impecável!
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista AgoraMerecido o Troféu Redentor no Festival do Rio. Ótimo filme!
RuPaul's Drag Race: All Stars (3ª Temporada)
3.3 197Pior season ever! Tá feio as mudanças de regras para favorecer participantes "apadrinhadas" - and the show must go on! #triste, Shangela e Bendela protagonistas!
A Forma da Água
3.9 2,7KMeu coração faz chica chica boom chic!
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraYorgos Lanthimos, o mais cultuado diretor da "wierd wave" da Grécia, metendo o pé na porta da família norte-americana. O filme tem influências da tragédia grega de Ifigênia de Eurípedes em seu roteiro e deixa isso bem claro para a interpretação da audiência. Direção indefectível de Yorgos, utilizando sempre o plano geral e criando o horror a partir da exploração do som, som esse que é dos mais louváveis - a todo tempo eu me perguntava onde Yorgos consegue esconder os microfones nas cenas em plano geral para captar esses barulhos todos? Yorgos é um gênio! As interpretações de Colin Farrell e Nicole Kidman são bárbaras, Kidman é uma diva e seu poder em cena é algo a se estudar! Barry Keoghan dá um show como o adolescente psicótico e pentelho, a cena do espaguete é a coroação de um trabalho brilhante desse jovem ator com tanto potencial. De arrepiar todos os pelos!
ps: O resgate do climão thriller anos 90 super cine é coroado com a participação de Alicia Silverstone como a mãe do moleque.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraTalvez a melhor interpretação feminina da temporada de premiações. O roteiro não julga as personagens, o que lhe dá um frescor e leveza imensos, além de ser deliciosamente hilário em certos pontos. Diversão garantida! Conta com uma das melhores trilhas musicais da temporada - A OST já nasce antológica!
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraRoteiro prolixo no segundo ato, compensado pelo carisma dos personagens da primeira trilogia. Efeitos especiais e computação gráfica de altíssima qualidade. Edição e mixagem de som ótimas! Adam Driver pisa!
Kids
3.5 665O Cinema é arte do século XX, e em sua última década, os anos 90, Os Estados Unidos da América nos trouxeram filmes que abordavam a juventude de uma forma geral (sempre contamos com nossas amadas “exceções”) idílica, açucarada ou até mesmo caricatural, com arcos dramáticos e personagens alinhados com o famoso “american way of life”. Abraçando de forma quase democrática todos os gêneros de filmes, fizeram sucesso, e alguns chegaram (oh vida!, oh azar!) a alçar o status de neoclássicos filmes como “10 Coisas que eu Odeio em Você” (1999), “As Patricinhas de Bervely Hills” (1995), “Garotas Selvagens” (1998), “American Pie” (1999), e até algumas pérolas como a reimaginação de Baz Luhrmann para “Romeo e Julieta” de Shakespeare em 1996, e a atualização de “Ligações Perigosas”, que nas mãos do diretor Roger Kumble em “Segundas Intenções”, em 1999, com um ótimo elenco e uma trilha sonora antológica, fez até os mais tacanhos cinéfilos alçarem a obra ao status de “guilty pleasure”.
Mas se o cinema é a fábrica de ilusões, a realidade da juventude yankee de alguma forma em tempos de internet discada sabíamos ser bem diferente do que nos mostravam nas telonas. Gritos de alerta pipocavam em produções independentes que dificilmente chegavam ao mercado internacional. Alguém precisava meter o pé na porta – com força - e esta era tão rígida que só dobrou-se à pressão dos pés de dois artistas – o roteirista Harmony Korine e o diretor Larry Clark. O filme “KIDS” de 1995 não apenas quebrou paradigmas na forma de retratar adolescentes norte-americanos de forma ultra-realista (no bom sentido do termo) mas foi um tapa na cara de toda a sociedade estadunidense e mundial e tornou-se uma obra atemporal. “Kids” não encaneceu, não empoeirou-se, e infelizmente não envelhecerá tão cedo.
Polícia Federal: A Lei é Para Todos
3.1 321Incômodo esse enquadramento e fotografia televisivos!
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraAs veias abertas da parentalidade da geração Z. Pobre Alyosha!
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraFui leitor de Stephen King desde a infância - "Jogo Perigoso" é um livro divisor de águas na obra do autor, pois foi lançado após a fase realmente genial de King (o mestre do horror e suspense) onde temos livros aterrorizantes e escritos com uma genialidade ímpar como "Carrie, a Estranha", "Salem's Lot", "O Iluminado", "O Cemitério", "Christine", " It - A Coisa" (que rendeu um ótimo telefilme em 1990 e este chatíssimo remake caça-niqueis em 2017). Considero essa adaptação da Netflix um desastre! Além de errar grotescamente ao transferir o livro para um roteiro de cinema (A parte mais aterrorizante no livro vira uma cena clichê patética no filme) ainda traz um filme arrastado, sem uma boa câmera (essencial na nova leva de bons filmes de horror), interpretações fraquíssimas e nenhum vislumbre de horror ou tensão psicológica! Uma decepção!
Jonas e o Circo sem Lona
4.2 33Lindo! Me fez voltar à infância desabrochando a veia artística!
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraTirando um ou outro cuspe às leis da Física, algo perigoso em um universo nerd, o filme é divertido e vibrante! Bom roteiro que constrói um ótimo vilão, interpretado dignamente por Michael Keaton. Boas cenas de ação e uma ótima trilha sonora do genial Michael Giacchino com direito a créditos finais com a canção dos Ramones que por si só já valia o ingresso!
Colossal
3.1 339 Assista AgoraAnne Hathaway fora da zona de conforto hollywoodiana produzindo e protagonizando o ótimo delírio sci-fi de Nacho Vigalondo. Boas doses de humor e tensão em uma história sensacional!
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraO ato da criação e a relação criador-criatura, substratos de diversas discussões filosóficas e inspiração para livros que fazem parte da história da civilização, são temas fortemente presentes neste novo filme da franquia do diretor Ridley Scott. Mais filosófico que a tetralogia original, mais sanguinolento que “Prometheus” (2012), “Alien: Covenant” é eletrizante, fascinante e magnificamente realizado.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraCom plot e roteiro ótimos e uma segurança na direção rara em marinheiros de primeira viagem como o diretor estreante Jordan Peele (esnobando sua técnica logo na introdução do filme com um long shot perfeito) "Get Out" junta-se a uma ótima safra de filmes de terror norte-americanos contemporâneos, onde a crítica social une-se à ostentação da perfeição técnica sem nunca esquecer de flertar com os deliciosos clichês do gênero - Podemos nesse grupo de filmes incluir ainda "It Follows" (2014), "Don't Breathe" (2016) entre outros.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraDepois do remake desnecessário de "Evil Dead", Fede Alvarez dirige uma obra à altura dos fãs do gênero. Esbanjando competência, nos traz cenas incríveis como o plano sequência dos três assaltantes entrando e sondando a casa do homem cego. O diretor sabe criar tensão com requinte e nos salvas daqueles sustos clichês e chatíssimos da maioria dos filmes de horror atuais. O roteiro tem uns furos bem claros na parte final, por uma necessidade dispensável de plot twist, outra maldição dos longas de terror contemporâneos.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
4.2 359 Assista AgoraRebecca é o primeiro filme de Hitchcock em Hollywood, após sua soberba fase inglesa. É muito fácil entender porque este filme não agradaria tanto ao diretor, pois o produtor Selznick, da Selznick Internationational Pictures interferia o tempo todo nas filmagens, e a relação entre os dois só não azedou de vez pois Selznick estava mais comprometido com a produção de "E o Vento Levou..." que seria o grande sucesso de sua produtora. Mas percebemos tons melodramáticos na obra e de overacting nos atores que não são próprios ao estilo do mestre do suspense neste filme, mas que se tornam deliciosos dentro da narrativa da obra; Fora a trilha sonora deliciosamente exagerada. A personagem de Judith Anderson, a obsessiva governanta Sra. Danvers, é antológica e influenciaria cineastas por toda a história do cinema - É uma referência claríssima, por exemplo, na personagem de Rossy de Palma em "Julieta" de Pedro Almodóvar (2016)
Assim Caminha a Humanidade
4.2 229 Assista AgoraÉ sempre bom rever "Assim Caminha a Humanidade". Não me canso de revisitar a obra! Classicão épico norte-americano com um sabor dos ingredientes dos filmes dos estúdios Warner da era de ouro (mais realistas que os da MGM) tratando questões como a independência da mulher, a meritocracia e desigualdade de classes e o racismo e xenofobia. Belíssimas interpretações da diva máxima Lyz Taylor, o sexy portentoso Rock Hudson e o inigualável James Dean. Fotografia, direção de arte, beauty e figurinos são deslumbrantes! <3
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraAgrada da mesma forma os fãs da série de tv e os não iniciados pelo cuidado com a estética, um bom roteiro, direção e montagem excelentes e uma trilha sonora deliciosa! Os easter-eggs para os fãs são uma pérola!
Pele Suja Minha Carne
3.7 10As Veias (penianas) Abertas da Geração Z – Pele Suja Minha Carne
É interessante que o primeiro som do filme “Pele Suja Minha Carne” seja a suave voz do Metrô Rio indicando para observar atentamente o espaço entre o trem e a plataforma. Partes de um conjunto arquitetônico dinâmico separados por um espaço que merece atenção é uma bela metáfora que nos remete ao próprio título do curta e a seu protagonista João, em sua difícil jornada de autoconhecimento da sexualidade, e o quão doloroso pode ser vencer o espaço que existe entre ela e as cobranças sociais típicas do dia a dia de todo adolescente.
“Pele Suja Minha Carne” é o filme de estreia do jovem diretor e roteirista Bruno Ribeiro e conta a história do menino negro tijucano e peladeiro João (Diego Francisco) lidando com o turbilhão de hormônios e sentimentos canalizados em seu parceiro de pelada Cauã (André Muniz). Genuíno representante da geração Z, filho de uma mãe jovem que talvez dedique menos tempo à educação do filho do que a encontrar bons aplicativos para seu smartfone, a jornada de João está longe da alegria e doçura das baladas teens, acertadamente deixadas de fora da trilha sonora do filme, composta apenas por uma ótima coleção de sons diegéticos.
Bruno Ribeiro apresenta um bom trabalho de direção; os enquadramentos e a mise-en-scène são corretos em sua maior parte, com destaque a decisão de filmar seus personagens muitas vezes de costas, permitindo-os que guardem seus segredos e as belas sequências do jogo de futebol que compensam uma incômoda câmera parada quando João e Cauã caminham voltando da escola. A cena em que João toma banho em casa após a pelada com os amigos esfregando-se vigorosamente enquanto a espuma de sabão desce ralo abaixo mimetizando sua própria tentativa de desvencilhar-se de um sentimento crescente que provavelmente lhe é estranho e incômodo é belíssima.
A arte do filme aposta certeiramente em uma claustrofobia criada pelos padrões de gradis quadriculados seja das paredes metálicas que enjaulam a quadra de futebol, ou os pequenos azulejos e o tecido do pano de prato da cozinha do apartamento onde mora João – belos reflexos do reprimido e nascente aflorar da homossexualidade do protagonista. Na correta fotografia destaca-se a excelência nas cenas onde utiliza a luz direta. Os sons diegéticos que preenchem a ausência de trilha musical são louváveis, porém eclipsados por uma grotesca e amadora falha no som da cena inicial onde o anúncio da estação do metrô não corresponde ao que vemos geograficamente na tela, um erro primário que não combina com a grandiosidade do projeto. A dupla de jovens atores do elenco é uma pérola. Diego Francisco, o protagonista, é belo e fotografa maravilhosamente bem, o que compensa sua atuação por vezes monocórdica. O coadjuvante André Muniz rouba a cena e brilha, é o grande destaque do filme e espero vê-lo em outros trabalhos no cinema nacional.
“Pele Suja Minha Carne” toca de forma não homogênea em feridas seculares de preconceito contra a cor de pele (menos) e orientação sexual (mais) que em pleno século XXI ainda vergonhosamente mancham nossa sociedade. Reflete uma tendência do cinema atual de voltar seu olhar às minorias sempre relegadas a um segundo plano, e por isso é urgente e necessário. É envolvente, é intenso, mas não perde a ternura ao tratar temas tão delicados e difíceis.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraQue bela história para ser contada! Viva o cinema! O concorrente ao Oscar de melhor filme mais simples tecnicamente (dos que vi até agora) é o que mais me emocionou e tocou o coração. É isso! O cinema pode ser um contar de histórias simples e avassalador. O que é esse menino Sunny Pawar em cena? que olhos expressivos e melancólicos, me remeteu ao Bruno de "Ladrões de Bicicletas". Lindo demais! <3
Príncipe
3.0 9Como fazer seu primeiro longa metragem nos Países Baixos com orçamento pequeno e dar uma aula de composição de personagem, direção e fotografia!