douglas rodrigues

Comecei assistir a série com uma expectativa baseada na seguinte premissa: os produtores tinham o dever de fazer essa adaptação agradar os fãs que já conhecem o universo The Witcher, pelos livros e pelos jogos, mas também conquistar um público que iria comparar diretamente com outros universos de fantasia medieval, como GOT, para decidir se ama ou odeia (visto que somente uma pequena parcela das pessoas, nos dias atuais, consegue justificar seu ponto de vista de forma coerente e com senso de proporção ao invés de julgar tudo como um jogo de futebol no qual um perde e outro ganha). E tudo isso com um orçamento baixo, extremamente a quem do necessário para fazer a série bater de frente com outras grandes produções, no quesito técnico.

Eu, como amante dessa grande obra do Andrzej Sapkowski, acredito que a adaptação conseguiu sim agradar os fãs do conto, uns mais outro menos, mas no geral agradou. E esse era o principal desafio dos produtores. Porém, dentre os pontos negativos, apenas um não se justifica pela falta de recursos financeiros: as fracas interpretações de personagens importantes. Poderiam sim ter escolhido melhor alguns dos atores. E isso faria grande diferença na avaliação dessa temporada pelo público geral.

No entanto, é notável a evolução dos personagens ao longo da série, principalmente do Henry. É nítido que foi difícil pra ele conseguir interpretar um personagem que é carismático, mas ao mesmo tempo é privado das suas emoções e não pode reagir expressivamente a todos os acontecimentos, como Geralt. E de fato isso parece algo muito complicado de se fazer. Mas no final, ele se saiu bem como o Lobo Branco. Acho que foi uma excelente escolha da direção.

Freya é uma jovem atriz talentosa, mas ainda precisa de bastante experiência para interpretar uma personagem com o peso da princesa Cirila. Não há muito o que comentar sobre sua atuação, pois não seria justo exigir dela uma grande expressão de Ciri. Ela evoluiu pouco no decorrer dos episódios, mas também teve sua melhoria técnica.

Anya, apesar de surpreender o público geral, não chegou a superar minhas expectativas. Acho que ela interpretou bem a Yennefer, que também é uma personagem de grande peso para uma atriz ainda jovem e sem grandes atuações, mas poderia ter sido mais presunçosa, sarcástica e menos emotiva. Talvez seja falha da direção.

Por fim, absolutamente NENHUM ponto negativo foi suficiente para me decepcionar. Como fã do universo, passei a série quase toda com um largo sorriso no rosto unicamente pelo fato de estar acontecendo.

Ver a cena do grande banquete no palácio de Cintra, por exemplo, foi extremamente gratificante. Fiquei arrepiado ao lembrar de como foi na primeira vez que li esse conto, ficava imaginando os personagens, as roupas, o ambiente, etc, e tudo isso foi muito bem representado na série. As falhas técnicas, aqui, nem arranharam minha alegria ao ver tudo tomando vida.

E o melhor é saber que nem estamos pertos do ápice desse conto fantástico. Esses 8 eps foram só o começo da grande aventura de Geralt de Rívia.

Com a aprovação dos fãs, a tendência é que o orçamento seja aumentado e possamos desfrutar de efeitos especiais e cenários no nível que The Witcher merece.

Que venha a temporada 2!

São poucos os filmes que conseguem prender minha atenção do começo ao fim sem que, em nenhum minuto, eu me distraia com algo aleatório. "O Gângster" é realmente uma obra de arte, a trama se desenrola com uma tensão constante, ela mantém o ritmo de suspense intrigante que nos faz estar sempre ansiosos para saber o que vai acontecer no minuto seguinte.

Não sei o quão fiel o filme foi à história real, espero que não muito, pois estou começando a questionar cada vez mais a decisão dos EUA em se manter no Vietnan durante aquela guerra.

Simplesmente fenomenal. Adorei a série do início ao fim - e que fim, diga-se de passagem.