Uma coisa que me fascina nos filmes dos anos 20, em especial nos europeus, é uma certa androginia das pessoas. Em La Glace à Trois Faces, essa androginia parece ainda mais sedutora.
A velha história da mulher que não é servil o suficiente, que toma suas próprias decisões e escolhe seu caminho, então precisa ser punida no final.
Apesar disso, a cena de dança surpreende por trazer uma sensualidade inesperada para um filme de 1910. Asta Nielsen continua provocante mais de cem anos depois.
Como pessoa de humor inadequado, que acha graça do que não deve e faz piada fora de hora, me sinto plenamente representado por Daisy Doodad. (e essa atriz, hein?! que perfeição, Florence Turner)
Cinematograficamente não há nada demais, são só pessoas falando. O que interessa é o que elas dizem, discursos contundentes e (que triste) ainda atuais. Além disso, acho importante esse documentário pra mostrar que nem tudo começou com Stonewall, nem a militância americana é a única, muito menos a mais refinada. Acontece que os americanos sabem vender melhor o seu peixe, só isso.
não sei se gostei tanto por causa da qualidade do trabalho de Derek Jarman ou por causa da minha admiração profunda por Marianne Faithfull. Essa mulher é duma lucidez! Todos deveriam ouvir a palavra de Marianne Faithfull.
Isso é o que acontece diariamente com as pessoas trans. Têm suas identidades negadas enquanto vivas, pois dificilmente conseguem mudar o nome no registro civil, e também depois da morte, quando a família faz questão de enterrá-las com o nome de batismo. Só conhecemos a personagem como “Aristeu”. O resto foi silenciado e apagado. Sobraram só os sapatos.
O bom do documentário são os depoimentos de pessoas que talvez não tenham oportunidade de conversar com ninguém sobre suas vivências e sentimentos. Vozes de fora da famosa bolha. A questão indígena aparece superficialmente, porém.
A naturalidade com que os entrevistados expressam seu ódio contra os homossexuais é assustadora. Fico pensando: hoje em dia as pessoas em geral escolhem melhor as palavras, mas será que realmente pensam diferente?
Fascinante ver a galeria Alaska pulsando no auge. Semprei ouvi dizer que foi um lugar clássico de pegação gay no Rio. Virou até música do Agnaldo Timóteo, Galeria do amor (maravilhosa de tão babadeira e tão brega).
Lembro de encontrar no youtube há muito tempo atrás, quando ainda não havia tanto conteúdo LGBT no youtube. Até hoje acho engraçadas as caras e bocas da drag.
Go! Go! Go!
4.0 3Quicker than a ray of light
The Invasion of Thunderbolt Pagoda
4.5 2Uma experiência lisérgica sem precisar usar drogas.
Lights
3.4 3como são sedutoras as luzes
me sinto um pouco como uma mosca em volta da lãmpada
Les grenouilles qui demandent un roi
4.2 1#elenão
Schwechater
3.2 3depois dessa vou até tomar uma cerveja
38/79: Sentimental Punk
2.6 3Essa matéria talvez ajude a entender um pouco qual era a proposta:
http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2748,1.shl
Visual Training
3.7 8Daria pra fazer uma montagem com a música "Comida", dos Titãs.
O Espelho de Três Faces
4.0 3Uma coisa que me fascina nos filmes dos anos 20, em especial nos europeus, é uma certa androginia das pessoas. Em La Glace à Trois Faces, essa androginia parece ainda mais sedutora.
O Abismo
3.9 5A representação da figura feminina é bastante problematizável.
A velha história da mulher que não é servil o suficiente, que toma suas próprias decisões e escolhe seu caminho, então precisa ser punida no final.
Daisy Doodad’s Dial
4.0 2Como pessoa de humor inadequado, que acha graça do que não deve e faz piada fora de hora, me sinto plenamente representado por Daisy Doodad.
(e essa atriz, hein?! que perfeição, Florence Turner)
O F.H.A.R. (Frente Homossexual de Ação Revolucionária)
4.5 4Cinematograficamente não há nada demais, são só pessoas falando. O que interessa é o que elas dizem, discursos contundentes e (que triste) ainda atuais. Além disso, acho importante esse documentário pra mostrar que nem tudo começou com Stonewall, nem a militância americana é a única, muito menos a mais refinada. Acontece que os americanos sabem vender melhor o seu peixe, só isso.
Broken English: Three Songs by Marianne Faithfull
3.9 3não sei se gostei tanto por causa da qualidade do trabalho de Derek Jarman ou por causa da minha admiração profunda por Marianne Faithfull. Essa mulher é duma lucidez! Todos deveriam ouvir a palavra de Marianne Faithfull.
Blazes
2.8 1Epiléticos devem desviar desse filme.
AAA AAA
3.7 4AAaaaAAAaaaaAAAaaaaaAAAaaaaaAAAAAaaaaaAAaaaAAAaaaaAAAaaaaaAAAaaaaaAAAAAaaaaaAAaaaAAAaaaaAAAaaaaaAAAaaaaaAAAAAaaaaaAAaaaAAAaaaaAAAaaaaaAAAaaaaaAAA
Princess Ali
2.7 7Claramente eu no final da noite.
Les époux vont au lit
3.2 4A mulher começa a tirar a roupa, vai tirando a roupa,
tira mais um pouco, sempre tem mais roupa pra tirar, mais roupa, daí acaba o filme e ela está vestida
O Almoço do Bebê
3.5 37Primeiro reality show.
Os Sapatos de Aristeu
4.0 10Isso é o que acontece diariamente com as pessoas trans. Têm suas identidades negadas enquanto vivas, pois dificilmente conseguem mudar o nome no registro civil, e também depois da morte, quando a família faz questão de enterrá-las com o nome de batismo. Só conhecemos a personagem como “Aristeu”. O resto foi silenciado e apagado. Sobraram só os sapatos.
O Poeta do Castelo
4.3 33Procurei o filme pra ver imagens em movimento de Manuel Bandeira e quando o filme acabou eu já me sentia amigo dele.
Tibira é Gay
3.0 1O bom do documentário são os depoimentos de pessoas que talvez não tenham oportunidade de conversar com ninguém sobre suas vivências e sentimentos. Vozes de fora da famosa bolha. A questão indígena aparece superficialmente, porém.
Vivencial I
3.8 1Lembra os momentos finais do filme Tatuagem. Riponguice de primeira.
Temporada de Caça
4.4 6A naturalidade com que os entrevistados expressam seu ódio contra os homossexuais é assustadora. Fico pensando: hoje em dia as pessoas em geral escolhem melhor as palavras, mas será que realmente pensam diferente?
Galeria Alaska
4.1 2Fascinante ver a galeria Alaska pulsando no auge. Semprei ouvi dizer que foi um lugar clássico de pegação gay no Rio. Virou até música do Agnaldo Timóteo, Galeria do amor (maravilhosa de tão babadeira e tão brega).
A Drag a Gozar
2.7 95Lembro de encontrar no youtube há muito tempo atrás, quando ainda não havia tanto conteúdo LGBT no youtube. Até hoje acho engraçadas as caras e bocas da drag.