Não sei se foi Machado de Assis, talvez tenha sido Nietzsche, quem disse que a virtude é filha do vício. Da mesma forma, parece que um amor tão belo surge a partir de um relacionamento "vil" aqui neste filme; além do mais, a mulher adúltera é mãe da inocência e candura em pessoa. Apenas acho que esse namorico entre Ben e Elaine durou por muito pouco tempo da projeção, parece algo muito frágil pra durar tanto na mente dos pobres pombinhos apaixonados (falo da parte em que estão se encontrando e Elaine ainda não sabe das sacanagens de Ben com sua mãe). Então o filme traz uma perspectiva bem romântica das coisas. Na verdade, não paro de imaginar um The Graduate em que tudo se invertesse e o rapaz se apaixonasse pela mãe da garota com quem namorou. Ou até mesmo um em que a protagonista fosse uma mulher, seduzida por quem deveria ser seu sogro. Com certeza, existem dessas variantes e só precisamos mesmo é caçá-las. Curtiria muito um em que Ben fica com a mulher mais velha, enfrentando todos os preconceitos, fugindo, etc... Preciso dizer que esperava me emocionar bastante com o filme, mas acho que já não sou mais dado a romantismos. Alguma coisa secou dentro de mim ou sei lá. Pois vi no filme apenas a primeira história de grande fracasso de um homem, algo pelo que ele deveria passar de qualquer maneira. Ah, mas o final é tão melancólico!
O casal ali no ônibus, após ter causado tanto estrago familiar, indo pra lugar algum, perdido, e se dando conta de que não há mesmo para onde ir. A coisa termina aí, não há chance para aquele caso de amor, pois estarão todos contra. O namoro é completamente impossível e mais proibido até do que o adultério que fora cometido.
Muitas vezes nós ferramos com algum prazer futuro por conta de um simples momento idiota, e temos a certeza de que estamos fazendo errado... Mas quem não gostaria de fazer ainda pior? Ser um Ben, rico e promissor, com a vida inteira pela frente; e então fazer um monte de merda? Acho que consegui me re-sintonizar ao meu romantismo agora.
Quem dera que todos os filmes de Jess Franco fossem tão bons quanto Faceless. Achei-o uma grande peça do entretenimento e fiquei até com vontade de comprar o box do diretor, lançado pela Obras-Primas, com outros de seus clássicos nunca assistido por este que escreve.
O subgênero giallo é obviamente bastante machista, já que as principais vítimas da violência retratada nos tantos exemplares desse cinema são mulheres. Só não sei se o objetivo dos idealizadores era dar vazão a um desejo sádico enrustido ou se tudo não passava de uma desculpa para mostrar peitos e bundas para o público. Mas parece que em O Estripador de Nova York as duas motivações obscuras foram fartamente exploradas. De qualquer forma, é um dado da realidade que a maioria dos seriais killers odeiam as mulheres, e esse fato pode ser evocado para justificar (até certo ponto) o desconforto causado. Fulci é mesmo um grosseirão, um chucro, e tudo aquilo que fica sugerido nas obras de seus conterrâneos, é exposto em suas fitas. É como se ele dissesse "pois bem, o negócio é matar mulheres nuas ou as torturar ao máximo, é isso que o público quer: façamos isso!". Não há sutileza, não há "meio termo" com o tal diretor. E, ao apresentar sua visão simplista de todo um subgênero, o diretor italiano aproxima-se do moralismo dos norte-americanos em seus "slasher movies". Nos giallos clássicos de Sérgio Martino, Mário Bava e companhia, por mais explorada, a mulher geralmente tem sua liberdade sexual assegurada, diferente do que ocorre nos Sextas 13 da vida, em que promiscuidade é punida com a morte. No cinema de Fulci há um fator moralizante da mulher, que chega a incomodar. Vejamos que a única
sobrevivente em O Estripador de Nova York é a moça de rosto angelical, cujo QI é relatado como altíssimo.
Aqui temos o eterno maniqueísmo da "pureza x perversão", da "inteligência x beleza sedutora", etc. Pra ficarmos numa única comparação, em O Estranho Vício da Senhora Wardh, de Martino, a "pervertida" é
humilhada e morta como se devesse expiar seus pecados.
Neste ponto me lembro de outra personagem de Fulci, que parece contradizer o moralismo do autor, a moça que seduz adolescentes em O Segredo do Bosque dos Sonhos.
Ela não tem um final atroz e até mesmo fica como mocinha da trama.
Talvez Fulci não filmou as cenas de sedução de menores para realçar o abuso, e sim o deleite dos meninos, que se descobrem homens (é a perspectiva da sociedade machista, se um menino passa por situação semelhante, ele não foi abusado e sim "teve muita sorte").
Apesar de seus defeitos, o filme é eficiente como um produto para causar aflição. Olhando-o como um conjunto mais ou menos coeso de cenas, sem se aprofundar em suas razões profundas, não há como negar que a obra sabe entreter (mesmo com tantos furos de roteiro). E, devo dizer, acaba sendo uma grata surpresa depois de ter visto tanta coisa sem pé nem cabeça pretensamente sofisticada do tal do Dario Argento (prefiro muitas vezes o Fulci). Ah, e no fim das contas, o mesmo diretor que parece uma besta quadrada acaba transcendendo o gênero terror em uma outra cena (mesma impressão tive em O Segredo do Bosque dos Sonhos durante todo o seguimento em que a mulher é linchada). Quando a ninfomaníaca é testada sexualmente pelos caras mais nojentos do mundo naquele bar. Essa é uma cena que vai além. Incomoda por diversas razões, mas traz uma perspectiva mais humana para a mulher em cena. Acredito que esse momento vale o filme, como o episódio do linchamento vale o outro filme citado do mesmo macarrônico diretor.
Bem doentio, com cenas realistas (principalmente a cena do corpo sendo aberto e eviscerado), mas um tanto cansativo e com um final meio nada a ver... No fim das contas, o saldo é positivo se você estiver esperando algo pra embrulhar seu estômago, num desses dias frios, só pra ver se sua tarde escurece mais lívida. Ah, e achei que o maior terror do filme é o rapaz ser forçado a ficar com essa governanta extremamente horrível. Tinha arrepios toda vez que ela ia se chegava perto, como quem não quer nada - aff, ela até parece a bruxa do Popeye!... Fora que é a pessoa mais nojenta (vide a cena da sopa) e sem escrúpulos, orgulho próprio, ou qualquer coisa semelhante à dignidade, na face do planeta cuja superfície é 70% coberta por água. Sou obrigado a favoritar este que, até a presente data, foi o último filme capaz de me causar uma grande perturbação psicológica.
O filme se chama Macabro, mas um adjetivo melhor para ele seria "idiota". É a pior coisa que vi em muito tempo. Pra começar, qual o objetivo da menina?
Acabar com a própria mãe? Ela arquitetou tudo desde o começo para essa finalidade? Mas então por que não simplesmente deixou a mulher seguir sua vida e loucura? Estaria facilmente livre dela... Seu objetivo, então, era punir sua genitora por conta da traição que o pai sofrera?
Como aquela cabeça foi colocada na geladeira? Qualquer tentativa de explicar esse ponto cai no absurdo. O casal de amantes sofreu o acidente e então a mulher pegou a cabeça do cara, foi até a casa, congelou-a, para só então passar pelo tratamento psicológico de um ano?... E aí ela voltou para a casa do finado amante e estava tudo certinho lá, congelado? Ninguém teve a ideia de abrir o congelador?
... É a ideia mais estúpida que tive o desprazer de ver filmada.
Como se poderia congelar uma parte humana por tanto tempo? Tá certo que apodreceu tudo no fim das contas - ah, e aí tem outro problema: como as pessoas na casa suportariam o cheiro que certamente emanaria dali?...
Agora, o que irrita mesmo é esse ceguinho. Puta que o pariu, é o personagem mais desgraçado que já existiu em todos os tempos! Ele fica tremendo as mãos sem parar, tateando tudo tremulamente (até a comida para se alimentar), e sempre com aquela cara de coitado. Como eu queria que alguém o tivesse matado.
Melhor e bem menos arrogante que Prelúdio para Matar, ainda antecipando este nos motivos principais do roteiro. De qualquer forma, possui um argumento bem imaturo, com personagens pouco convincentes e motivações "pff". Para Argento, uma pessoa se torna assassina após qualquer coisa. Uma crise de idade, um resfriado mais forte, uma unha encrava e pronto: que contem os corpos! Acho que não preciso ver mais nada de Dario Argento, pois me decepcionei com Suspiria, Tenebre, A Mansão do Inferno, reavaliei Prelúdio para Matar após uma nova conferida, e achei esse seu primeiro giallo uma coisa bem mediana. Além disso, vi algumas coisas dele que nem me lembro, como Síndrome Mortal. Melhor ficar com a boa lembrança da trasheira Phenomena (o negócio é não rever!) e esquecer o que não vi.
Mais um cult de Dario Argento que me decepciona, assim como A Mansão do Inferno e até mesmo Suspiria (que é bom, mas não tudo o que eu esperava). O filme é cheio de erros de continuidade, o que o torna bem confuso. Parece que faltam cenas para explicar os acontecimentos e outras cenas ficaram sobrando. O enredo é bem atrapalhado e nada é convincente nesse ponto. As cenas de morte são inverossímeis e mal editadas, apesar dos ângulos bacanosos. Aliás, acho que o filme vale mesmo é pelos lances de câmera, ângulos e tal. A câmera parece estar viajando o tempo todo, coisa também muito presente em Suspiria e Prelúdio para Matar. A melhor cena é a do cachorro perseguindo a mulher. Ah, e a trilha sonora é legal...
Dario Argento, o diretor mais superestimado do cinema italiano. Todos seus filmes são mais do mesmo, vazios em conteúdo, feitos como uma espécie de livre ensaio das possibilidades de planos de filmagem. É tudo extremamente técnico nesses filmes; ao mesmo tempo, boa parte do material não passa de experimentalismo insosso, bastante datado. E seus fãs acham a coisa mais sofisticada do mundo. Acho que ninguém nunca disse a Argento que ele não sabia criar bons argumentos. Se disse, o sujeito não deu ouvidos a tal crítica e saiu filmando o que queria, do jeito que queria, em cima de baboseiras sem sentido (seus fãs estão felizes com isso até hoje). Prelúdio para matar me convencia quando era um adolescente que se impressionava com qualquer coisa. Mas, por favor, que ser humano adulto em sã consciência pode acreditar que uma pessoa faria
todo esse inferno que a vilã faz para encobrir um assassinato de muitos anos atrás, como Dario Argento quer que acreditemos? A desculpa é: trata-se de uma esquizofrênica!
Bá, que baboseira estúpida! E a explicação é a mesma dada em O Pássaro das Plumas de Cristal. Para Argento,
uma pessoa se torna psicótica da noite para o dia e o resultado só pode ser uma série de assassinatos: pronto, está tudo explicado, o público tá feliz, próximo filme...
O rosto da assassina aparece inteiro já no início, no espelho. Qualquer um que pause essa cena já terá o maior spoiler de todos. Claro que o recurso de pausar uma cena não era possível quando o filme saiu nos cinemas, mas o mundo dá suas voltas... Outra coisa curiosa é que Argento tenta
nos enganar com a personagem Carlos, mas isso é basicamente chamar o público de imbecil na cara dura.
Fora essa mistura de coisas naturais e sobrenaturais, que apenas deixa o roteiro ainda mais confuso e cheio de furos! Não me convence em nada a paranormal ser morta por perceber uma energia negativa emanando de alguém que ela sequer viu. Não me convence que a mesma paranormal quisesse investigar algo (se é que ela queria, não me lembro bem). Não me convence a mulher que escreveu aquele livro ter sido morta. Não me convence esse pessoal entrando em qualquer lugar que queira à noite, fuçando documentos sem qualquer problema com a polícia... Enfim, uma bobagem colossal filmada com técnica, rebuscamento e narcisismo de sobras, o que torna a experiência algo constrangedora.
Em Nausicaä do Vale do Vento, que é anterior a esse, já possuíamos basicamente todos os elementos presentes nessa obra. Nos dois filmes os humanos lutam contra a natureza e não percebem que podem conviver pacificamente com os seres da floresta - em Princesa Mononoke, com os animais; no caso de Nausicaä, com insetos gigantes. Em ambos os filmes, a natureza é idealizada e tudo possui uma razão clara de existência. Essa mesma natureza pode expressar um lado menos "bondoso", comprometida pela ação humana. Os seres que vivem na floresta se perturbam com os humanos e se juntam para matá-los, atacando em bando. No mundo dos humanos, existe uma guerra em curso e ambos os lados têm lá seus motivos e deméritos em agir como agem (mas de qualquer forma, sua ignorância só causará problemas cada vez maiores para todos). As pessoas mais inteligentes são as simples, que procuram respeitar a natureza e viver em harmonia com todos os seres da terra. Talvez por eu ter perdido alguns minutos de filme, não entendi alguns pontos em Princesa Mononoke. Como exatamente ocorre dos animais se tornarem demoníacos? É a simples raiva contra os humanos que os torna assim? Perdi algum momento de explicação, com certeza. Um detalhe que chama a atenção é a violência gráfica e, ao mesmo tempo, cômica em Princessa Mononoke. Cabeças são arrancadas e parece haver uma atenuação do efeito chocante por conta de algum detalhe que faz da cena um tanto risível (Seja a expressão de espanto dos personagens, seja a forma muito abrupta com que a coisa se dá). Apesar de ter me maravilhada com muita coisa em Princesa Mononoke, acho que prefiro Nausicaä do Vale do Vento, que me pareceu mais original (se não houver um filme da mesma produtora ainda anterior com argumento semelhante) e um tanto mais belo, curioso, movimentado, estiloso etc... Aqueles insetos feiões, aqueles cenários inesquecíveis e bastante "alienígenas", onde o fukai se espalha, as perseguições aéreas... Em Mononoke, temos florestas muito bem desenhadas e aldeias do Japan feudal, além dos animais gigantes e demônios, mas tudo isso a gente pode ver parecido em outros desenhos do gênero.
Não tão bom quanto outros filmes de John Waters que tenha visto, mas ainda assim merecendo uma conferida pelo que há nele de transgressor e politicamente incorreto, é assim que defino esse Multiple Maniacs. Uma obra no meio termo, com alguns bons momentos, algumas ideias excepcionais, e filmada da forma mais amadora possível. Talvez possamos o ver como um pré-Pink Flamingos, já que todos os elementos aqui presentes foram explorados de maneira mais intensa na obra posterior do diretor. Mas só poderia afirmar isso se visse os filmes ainda anteriores ao Multiple Maniacs...
Muito bonito esse filme. Serve para esquecer um pouco a realidade desse mundo e nos transportarmos para um outro, romântico, em que tudo faz sentido. Porém, de alguma forma, as coisas aqui não são tão maniqueístas quanto em outras obras do gênero. Se retirarmos todo o fundo da obra, ainda sobram imagens tão belas e cenas tão inacreditavelmente bem conduzidas para nos maravilhar. Apesar dos monstros, a coisa que achei mais esquisita a princípio é esse vestidinho aberto e curto da princesa pra lá e pra cá. A impressão é que ela não usa nada por baixo. Só depois fui perceber que ela tem uma espécie de calça quase da cor da pele muito colada ao corpo. Pensava: será que nesse mundo idealizado os orgãos sexuais não são tabu e as pessoas andam por aí sem se preocupar e até curtindo um ventinho na bunda? kkkkkk
mantendo a menina encarcerada para gerar uma filha sua
, não sei como o público encarou isso, mas eu achei uma merda, pois só consigo pensar: como ele teria feito isso tudo? O filme é muito absurdo e "marmelento" pro meu gosto. Esse ceguinho é um deus todo poderoso que pode fazer o que quiser, e os demais personagens são bem ingênuos e fazem burrada atrás de burrada. É assistir um Esqueceram de Mim versão adulta. No pior momento, os assaltantes
têm a chance de matar seu algoz, mas decidem apenas sair com o dinheiro.
Pra terminar de estragar tudo é citada a máxima "Se você aceita que Deus não existe, então tudo é permitido", passando a impressão que os piores caracteres da sociedade são os ateus, tese tantas vezes demonstrada equivocada. Acabei não tendo muita empatia por ninguém, nem considerei os personagens suficientemente maus para me incomodar. São tipos: o babacoloide, o menino bonzinho que só está no lugar errado, a menina problemática que precisa se redimir por seus erros e se tornar a heroína, o vilão indestrutível...
O pior filme de John Carpenter que já vi. Tem um papo filosófico, cheio das descobertas científicas pra tentar prender nossa atenção, mas tudo redunda em cenas risíveis de monstros, mendigos esquisitos e paranormalidades sem qualquer explicação ou nexo dentro da trama. Uma ou outra cena de efeitos especiais se salva pelo gore... Acho esse ator, Donald Pleasence, bem chatão. Sei que muitos gostam dele, mas não consigo e ele chega a me irritar bastante. Um filme para velhinhas muito crédulas.
Possui um anticlímax, à semelhança de p. ex. Onde os Fracos não tem Vez. Acho que o recurso engrandece a obra, causando maiores danos em nossas pobres cabeças. É interessante que todos os personagens são podres, nojentos, corruptíveis, mas conseguimos sentir empatia por eles. Ao menos eu senti. É estranho como você pode torcer para que um sujeito pérfido (a ponto de
adúltera que arma um golpe como a que Sharla armou
. Ao mesmo tempo, sentimos ódio e queremos punições, humilhações aos citados personagens. A própria menina Dottie é tão carismática e decepcionante ao mesmo tempo. Não sei se são os melhores termos para se usar. Mas quando ela
senti uma certa raiva, e não sei nem se era da Dottie, da situação (o fato de uma criança tão frágil, naquele mundo, ser quase que predestinada a viver esse tipo de coisa). O único personagem que não me inspira empatia é Joe. Não sei se isso é uma boa atuação, nem tenho parâmetros agora para julgar, porém ele é o personagem menos "humano". Funciona quase que como um robô, infalível e frio ao extremo. E o que ele tem de humano é o lado paranoico, doentio, que surge em vários momentos. Não sei se estou bem certo de minha consideração, mas de alguma fora sinto esse personagem como mais fácil de se conceber (embora o texto seja bom e o ator idem).
A subtrama da guerra civil é tratada de forma bem superficial e não se consegue entender qualquer motivo político dela existir - isso faz com que o filme se assemelhe a mais um exemplar de ação descerebrada (só faltou um mocinho brucutú), cheio dos clichês do gênero (quantas vezes alguém é salvo em cima da hora por algo ou alguém que surge de fora da cena?). Como filme de horror, apenas mostra um crocodilo em cg, bastante falso (chega a gritar revoltado e se sacudir todo de raiva), aparecendo de supetão para matar alguém em cada 5 minutos. E isso era pra nos assustar?... Achei que haveria, apesar do gênero, algum tipo de profundidade especial nessa obra por conta das circunstâncias em que Gustave surgiu naquele povoado, cheio de violência e miséria. Fui enganado por uma produção das mais medíocres.
Melhor que o primeiro. Esse consegue ser tão absurdo que dá pra rir e se entreter com as loucuras todas. O ritmo é mais acelerado e os efeitos nojentos estão por toda a parte. A Troma tem coisas melhores, mas esse filme também vale a pena.
Ruinzinho. Esses punk sem graça ferram com tudo. A Troma já produziu gangs de vilões mais engraçadinhos... Só curti quando apareceu o monstro gosmento, mas ele poderia ter sido mais sanguinário ainda.
Um tanto superestimado. As cores são lindas, os cenários, maravilhosos... Tudo visualmente intenso e chamativo. Gosto da forma com que a câmera soa não-óbvia, indo pra lá e pra cá, viajando geral... O problema é que o roteiro é "sem pé nem cabeça" total. E não há qualquer revelação interessante nem nada... Além do mais, as cenas mais violentas ou nojentas não impactam muito (acho Phenomena ou Prelúdio para Matar bem mais pesados).
Muito bom. Tem o clima certo e está dentro da estética dos giallo (mas com mortes um tanto menos violentas do que viria a seguir). Há muita tensão em diversos momentos do filme, e quando o assassino persegue Agnes com toda a fúria pela casa é tipo... "wow!". Raramente se vê uma explosão assim nesses momentos. O problema é que logo o assassino se "acalma" e sai de cena para voltar o suspense. E então a tensão já não funcionou para mim. Acho que gostei até dos personagens aqui, injusto dizer que não sejam nada carismáticos. Talvez falte um tiquinho de desenvolvimento para eles, principalmente para o casal que aparece o filme todo. Só que o defeito não é grave. O final foi desconcertante pra mim. Tive de voltar pra ver se não havia entendido algo. E então vi que era isso mesmo e nada poderia remediar a verdade rsrsrsrs.
O clima estava certo no início do filme, depois a coisa vai se perdendo um pouco e o final é fraco. É mais um desses filmes que criam um rocambole barroco na sua cabeça pra tentar encobrir o assassino até o último segundo, dando pistas falsas, com trilha sonora sinistra em momentos sem sentido... Mas quando a identidade do vilão é revelada é decepcionante.
Vi muito quando criança, apenas não me lembrava o nome do filme. Acabei revendo revirando o you tube e curti à beça, talvez pelo fator "saudosismo". Ainda pude dar boas risadas dos monstrinhos que me aterrorizaram na infância.
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 809 Assista AgoraNão sei se foi Machado de Assis, talvez tenha sido Nietzsche, quem disse que a virtude é filha do vício. Da mesma forma, parece que um amor tão belo surge a partir de um relacionamento "vil" aqui neste filme; além do mais, a mulher adúltera é mãe da inocência e candura em pessoa.
Apenas acho que esse namorico entre Ben e Elaine durou por muito pouco tempo da projeção, parece algo muito frágil pra durar tanto na mente dos pobres pombinhos apaixonados (falo da parte em que estão se encontrando e Elaine ainda não sabe das sacanagens de Ben com sua mãe). Então o filme traz uma perspectiva bem romântica das coisas.
Na verdade, não paro de imaginar um The Graduate em que tudo se invertesse e o rapaz se apaixonasse pela mãe da garota com quem namorou. Ou até mesmo um em que a protagonista fosse uma mulher, seduzida por quem deveria ser seu sogro. Com certeza, existem dessas variantes e só precisamos mesmo é caçá-las. Curtiria muito um em que Ben fica com a mulher mais velha, enfrentando todos os preconceitos, fugindo, etc...
Preciso dizer que esperava me emocionar bastante com o filme, mas acho que já não sou mais dado a romantismos. Alguma coisa secou dentro de mim ou sei lá. Pois vi no filme apenas a primeira história de grande fracasso de um homem, algo pelo que ele deveria passar de qualquer maneira.
Ah, mas o final é tão melancólico!
O casal ali no ônibus, após ter causado tanto estrago familiar, indo pra lugar algum, perdido, e se dando conta de que não há mesmo para onde ir. A coisa termina aí, não há chance para aquele caso de amor, pois estarão todos contra. O namoro é completamente impossível e mais proibido até do que o adultério que fora cometido.
Muitas vezes nós ferramos com algum prazer futuro por conta de um simples momento idiota, e temos a certeza de que estamos fazendo errado... Mas quem não gostaria de fazer ainda pior? Ser um Ben, rico e promissor, com a vida inteira pela frente; e então fazer um monte de merda? Acho que consegui me re-sintonizar ao meu romantismo agora.
Sem Face
3.2 14Quem dera que todos os filmes de Jess Franco fossem tão bons quanto Faceless. Achei-o uma grande peça do entretenimento e fiquei até com vontade de comprar o box do diretor, lançado pela Obras-Primas, com outros de seus clássicos nunca assistido por este que escreve.
O Estripador de Nova York
3.4 65O subgênero giallo é obviamente bastante machista, já que as principais vítimas da violência retratada nos tantos exemplares desse cinema são mulheres. Só não sei se o objetivo dos idealizadores era dar vazão a um desejo sádico enrustido ou se tudo não passava de uma desculpa para mostrar peitos e bundas para o público. Mas parece que em O Estripador de Nova York as duas motivações obscuras foram fartamente exploradas.
De qualquer forma, é um dado da realidade que a maioria dos seriais killers odeiam as mulheres, e esse fato pode ser evocado para justificar (até certo ponto) o desconforto causado.
Fulci é mesmo um grosseirão, um chucro, e tudo aquilo que fica sugerido nas obras de seus conterrâneos, é exposto em suas fitas. É como se ele dissesse "pois bem, o negócio é matar mulheres nuas ou as torturar ao máximo, é isso que o público quer: façamos isso!". Não há sutileza, não há "meio termo" com o tal diretor. E, ao apresentar sua visão simplista de todo um subgênero, o diretor italiano aproxima-se do moralismo dos norte-americanos em seus "slasher movies".
Nos giallos clássicos de Sérgio Martino, Mário Bava e companhia, por mais explorada, a mulher geralmente tem sua liberdade sexual assegurada, diferente do que ocorre nos Sextas 13 da vida, em que promiscuidade é punida com a morte.
No cinema de Fulci há um fator moralizante da mulher, que chega a incomodar. Vejamos que a única
sobrevivente em O Estripador de Nova York é a moça de rosto angelical, cujo QI é relatado como altíssimo.
Pra ficarmos numa única comparação, em O Estranho Vício da Senhora Wardh, de Martino, a "pervertida" é
também mocinha e sobrevive aos muitos homens sem caráter que a rodeiam
humilhada e morta como se devesse expiar seus pecados.
Neste ponto me lembro de outra personagem de Fulci, que parece contradizer o moralismo do autor, a moça que seduz adolescentes em O Segredo do Bosque dos Sonhos.
Ela não tem um final atroz e até mesmo fica como mocinha da trama.
Apesar de seus defeitos, o filme é eficiente como um produto para causar aflição. Olhando-o como um conjunto mais ou menos coeso de cenas, sem se aprofundar em suas razões profundas, não há como negar que a obra sabe entreter (mesmo com tantos furos de roteiro). E, devo dizer, acaba sendo uma grata surpresa depois de ter visto tanta coisa sem pé nem cabeça pretensamente sofisticada do tal do Dario Argento (prefiro muitas vezes o Fulci).
Ah, e no fim das contas, o mesmo diretor que parece uma besta quadrada acaba transcendendo o gênero terror em uma outra cena (mesma impressão tive em O Segredo do Bosque dos Sonhos durante todo o seguimento em que a mulher é linchada). Quando a ninfomaníaca é testada sexualmente pelos caras mais nojentos do mundo naquele bar. Essa é uma cena que vai além. Incomoda por diversas razões, mas traz uma perspectiva mais humana para a mulher em cena. Acredito que esse momento vale o filme, como o episódio do linchamento vale o outro filme citado do mesmo macarrônico diretor.
Buio Omega
3.6 60Bem doentio, com cenas realistas (principalmente a cena do corpo sendo aberto e eviscerado), mas um tanto cansativo e com um final meio nada a ver...
No fim das contas, o saldo é positivo se você estiver esperando algo pra embrulhar seu estômago, num desses dias frios, só pra ver se sua tarde escurece mais lívida.
Ah, e achei que o maior terror do filme é o rapaz ser forçado a ficar com essa governanta extremamente horrível. Tinha arrepios toda vez que ela ia se chegava perto, como quem não quer nada - aff, ela até parece a bruxa do Popeye!... Fora que é a pessoa mais nojenta (vide a cena da sopa) e sem escrúpulos, orgulho próprio, ou qualquer coisa semelhante à dignidade, na face do planeta cuja superfície é 70% coberta por água.
Sou obrigado a favoritar este que, até a presente data, foi o último filme capaz de me causar uma grande perturbação psicológica.
Macabro
3.2 18O filme se chama Macabro, mas um adjetivo melhor para ele seria "idiota". É a pior coisa que vi em muito tempo.
Pra começar, qual o objetivo da menina?
Acabar com a própria mãe? Ela arquitetou tudo desde o começo para essa finalidade? Mas então por que não simplesmente deixou a mulher seguir sua vida e loucura? Estaria facilmente livre dela... Seu objetivo, então, era punir sua genitora por conta da traição que o pai sofrera?
Como aquela cabeça foi colocada na geladeira? Qualquer tentativa de explicar esse ponto cai no absurdo. O casal de amantes sofreu o acidente e então a mulher pegou a cabeça do cara, foi até a casa, congelou-a, para só então passar pelo tratamento psicológico de um ano?... E aí ela voltou para a casa do finado amante e estava tudo certinho lá, congelado? Ninguém teve a ideia de abrir o congelador?
Como se poderia congelar uma parte humana por tanto tempo? Tá certo que apodreceu tudo no fim das contas - ah, e aí tem outro problema: como as pessoas na casa suportariam o cheiro que certamente emanaria dali?...
Agora, o que irrita mesmo é esse ceguinho. Puta que o pariu, é o personagem mais desgraçado que já existiu em todos os tempos! Ele fica tremendo as mãos sem parar, tateando tudo tremulamente (até a comida para se alimentar), e sempre com aquela cara de coitado. Como eu queria que alguém o tivesse matado.
A Lâmina de Aço
3.4 15Onde conseguiram encontrar esse filme?
O Pássaro das Plumas de Cristal
3.8 103Melhor e bem menos arrogante que Prelúdio para Matar, ainda antecipando este nos motivos principais do roteiro. De qualquer forma, possui um argumento bem imaturo, com personagens pouco convincentes e motivações "pff".
Para Argento, uma pessoa se torna assassina após qualquer coisa. Uma crise de idade, um resfriado mais forte, uma unha encrava e pronto: que contem os corpos!
Acho que não preciso ver mais nada de Dario Argento, pois me decepcionei com Suspiria, Tenebre, A Mansão do Inferno, reavaliei Prelúdio para Matar após uma nova conferida, e achei esse seu primeiro giallo uma coisa bem mediana. Além disso, vi algumas coisas dele que nem me lembro, como Síndrome Mortal.
Melhor ficar com a boa lembrança da trasheira Phenomena (o negócio é não rever!) e esquecer o que não vi.
Tenebre
3.8 132 Assista AgoraMais um cult de Dario Argento que me decepciona, assim como A Mansão do Inferno e até mesmo Suspiria (que é bom, mas não tudo o que eu esperava).
O filme é cheio de erros de continuidade, o que o torna bem confuso. Parece que faltam cenas para explicar os acontecimentos e outras cenas ficaram sobrando. O enredo é bem atrapalhado e nada é convincente nesse ponto.
As cenas de morte são inverossímeis e mal editadas, apesar dos ângulos bacanosos. Aliás, acho que o filme vale mesmo é pelos lances de câmera, ângulos e tal. A câmera parece estar viajando o tempo todo, coisa também muito presente em Suspiria e Prelúdio para Matar.
A melhor cena é a do cachorro perseguindo a mulher.
Ah, e a trilha sonora é legal...
Prelúdio Para Matar
4.0 257 Assista AgoraDario Argento, o diretor mais superestimado do cinema italiano. Todos seus filmes são mais do mesmo, vazios em conteúdo, feitos como uma espécie de livre ensaio das possibilidades de planos de filmagem. É tudo extremamente técnico nesses filmes; ao mesmo tempo, boa parte do material não passa de experimentalismo insosso, bastante datado. E seus fãs acham a coisa mais sofisticada do mundo.
Acho que ninguém nunca disse a Argento que ele não sabia criar bons argumentos. Se disse, o sujeito não deu ouvidos a tal crítica e saiu filmando o que queria, do jeito que queria, em cima de baboseiras sem sentido (seus fãs estão felizes com isso até hoje).
Prelúdio para matar me convencia quando era um adolescente que se impressionava com qualquer coisa. Mas, por favor, que ser humano adulto em sã consciência pode acreditar que uma pessoa faria
todo esse inferno que a vilã faz para encobrir um assassinato de muitos anos atrás, como Dario Argento quer que acreditemos? A desculpa é: trata-se de uma esquizofrênica!
uma pessoa se torna psicótica da noite para o dia e o resultado só pode ser uma série de assassinatos: pronto, está tudo explicado, o público tá feliz, próximo filme...
O rosto da assassina aparece inteiro já no início, no espelho. Qualquer um que pause essa cena já terá o maior spoiler de todos. Claro que o recurso de pausar uma cena não era possível quando o filme saiu nos cinemas, mas o mundo dá suas voltas... Outra coisa curiosa é que Argento tenta
nos enganar com a personagem Carlos, mas isso é basicamente chamar o público de imbecil na cara dura.
Fora essa mistura de coisas naturais e sobrenaturais, que apenas deixa o roteiro ainda mais confuso e cheio de furos!
Não me convence em nada a paranormal ser morta por perceber uma energia negativa emanando de alguém que ela sequer viu. Não me convence que a mesma paranormal quisesse investigar algo (se é que ela queria, não me lembro bem). Não me convence a mulher que escreveu aquele livro ter sido morta. Não me convence esse pessoal entrando em qualquer lugar que queira à noite, fuçando documentos sem qualquer problema com a polícia...
Enfim, uma bobagem colossal filmada com técnica, rebuscamento e narcisismo de sobras, o que torna a experiência algo constrangedora.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraEm Nausicaä do Vale do Vento, que é anterior a esse, já possuíamos basicamente todos os elementos presentes nessa obra. Nos dois filmes os humanos lutam contra a natureza e não percebem que podem conviver pacificamente com os seres da floresta - em Princesa Mononoke, com os animais; no caso de Nausicaä, com insetos gigantes. Em ambos os filmes, a natureza é idealizada e tudo possui uma razão clara de existência. Essa mesma natureza pode expressar um lado menos "bondoso", comprometida pela ação humana. Os seres que vivem na floresta se perturbam com os humanos e se juntam para matá-los, atacando em bando. No mundo dos humanos, existe uma guerra em curso e ambos os lados têm lá seus motivos e deméritos em agir como agem (mas de qualquer forma, sua ignorância só causará problemas cada vez maiores para todos). As pessoas mais inteligentes são as simples, que procuram respeitar a natureza e viver em harmonia com todos os seres da terra.
Talvez por eu ter perdido alguns minutos de filme, não entendi alguns pontos em Princesa Mononoke. Como exatamente ocorre dos animais se tornarem demoníacos? É a simples raiva contra os humanos que os torna assim? Perdi algum momento de explicação, com certeza.
Um detalhe que chama a atenção é a violência gráfica e, ao mesmo tempo, cômica em Princessa Mononoke. Cabeças são arrancadas e parece haver uma atenuação do efeito chocante por conta de algum detalhe que faz da cena um tanto risível (Seja a expressão de espanto dos personagens, seja a forma muito abrupta com que a coisa se dá).
Apesar de ter me maravilhada com muita coisa em Princesa Mononoke, acho que prefiro Nausicaä do Vale do Vento, que me pareceu mais original (se não houver um filme da mesma produtora ainda anterior com argumento semelhante) e um tanto mais belo, curioso, movimentado, estiloso etc... Aqueles insetos feiões, aqueles cenários inesquecíveis e bastante "alienígenas", onde o fukai se espalha, as perseguições aéreas... Em Mononoke, temos florestas muito bem desenhadas e aldeias do Japan feudal, além dos animais gigantes e demônios, mas tudo isso a gente pode ver parecido em outros desenhos do gênero.
Multiple Maniacs
3.7 46 Assista AgoraNão tão bom quanto outros filmes de John Waters que tenha visto, mas ainda assim merecendo uma conferida pelo que há nele de transgressor e politicamente incorreto, é assim que defino esse Multiple Maniacs. Uma obra no meio termo, com alguns bons momentos, algumas ideias excepcionais, e filmada da forma mais amadora possível. Talvez possamos o ver como um pré-Pink Flamingos, já que todos os elementos aqui presentes foram explorados de maneira mais intensa na obra posterior do diretor. Mas só poderia afirmar isso se visse os filmes ainda anteriores ao Multiple Maniacs...
Nausicaä do Vale do Vento
4.3 453 Assista AgoraMuito bonito esse filme. Serve para esquecer um pouco a realidade desse mundo e nos transportarmos para um outro, romântico, em que tudo faz sentido. Porém, de alguma forma, as coisas aqui não são tão maniqueístas quanto em outras obras do gênero.
Se retirarmos todo o fundo da obra, ainda sobram imagens tão belas e cenas tão inacreditavelmente bem conduzidas para nos maravilhar.
Apesar dos monstros, a coisa que achei mais esquisita a princípio é esse vestidinho aberto e curto da princesa pra lá e pra cá. A impressão é que ela não usa nada por baixo. Só depois fui perceber que ela tem uma espécie de calça quase da cor da pele muito colada ao corpo. Pensava: será que nesse mundo idealizado os orgãos sexuais não são tabu e as pessoas andam por aí sem se preocupar e até curtindo um ventinho na bunda? kkkkkk
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraDerrapa em muitas coisas.
Quando descobrimos que o velho estava
mantendo a menina encarcerada para gerar uma filha sua
O filme é muito absurdo e "marmelento" pro meu gosto.
Esse ceguinho é um deus todo poderoso que pode fazer o que quiser, e os demais personagens são bem ingênuos e fazem burrada atrás de burrada. É assistir um Esqueceram de Mim versão adulta. No pior momento, os assaltantes
têm a chance de matar seu algoz, mas decidem apenas sair com o dinheiro.
Pra terminar de estragar tudo é citada a máxima "Se você aceita que Deus não existe, então tudo é permitido", passando a impressão que os piores caracteres da sociedade são os ateus, tese tantas vezes demonstrada equivocada.
Acabei não tendo muita empatia por ninguém, nem considerei os personagens suficientemente maus para me incomodar. São tipos: o babacoloide, o menino bonzinho que só está no lugar errado, a menina problemática que precisa se redimir por seus erros e se tornar a heroína, o vilão indestrutível...
Príncipe das Sombras
3.5 151O pior filme de John Carpenter que já vi. Tem um papo filosófico, cheio das descobertas científicas pra tentar prender nossa atenção, mas tudo redunda em cenas risíveis de monstros, mendigos esquisitos e paranormalidades sem qualquer explicação ou nexo dentro da trama. Uma ou outra cena de efeitos especiais se salva pelo gore... Acho esse ator, Donald Pleasence, bem chatão. Sei que muitos gostam dele, mas não consigo e ele chega a me irritar bastante. Um filme para velhinhas muito crédulas.
O Quê Vocês Fizeram com Solange?
3.8 32Prende a atenção desde o início e o final é muito bem feito.
Killer Joe: Matador de Aluguel
3.6 880 Assista AgoraPossui um anticlímax, à semelhança de p. ex. Onde os Fracos não tem Vez. Acho que o recurso engrandece a obra, causando maiores danos em nossas pobres cabeças.
É interessante que todos os personagens são podres, nojentos, corruptíveis, mas conseguimos sentir empatia por eles. Ao menos eu senti. É estranho como você pode torcer para que um sujeito pérfido (a ponto de
prostituir a própria irmã adolescente
adúltera que arma um golpe como a que Sharla armou
A própria menina Dottie é tão carismática e decepcionante ao mesmo tempo. Não sei se são os melhores termos para se usar. Mas quando ela
se entrega ao assassino
O único personagem que não me inspira empatia é Joe. Não sei se isso é uma boa atuação, nem tenho parâmetros agora para julgar, porém ele é o personagem menos "humano". Funciona quase que como um robô, infalível e frio ao extremo. E o que ele tem de humano é o lado paranoico, doentio, que surge em vários momentos. Não sei se estou bem certo de minha consideração, mas de alguma fora sinto esse personagem como mais fácil de se conceber (embora o texto seja bom e o ator idem).
Primitivo
2.6 136A subtrama da guerra civil é tratada de forma bem superficial e não se consegue entender qualquer motivo político dela existir - isso faz com que o filme se assemelhe a mais um exemplar de ação descerebrada (só faltou um mocinho brucutú), cheio dos clichês do gênero (quantas vezes alguém é salvo em cima da hora por algo ou alguém que surge de fora da cena?).
Como filme de horror, apenas mostra um crocodilo em cg, bastante falso (chega a gritar revoltado e se sacudir todo de raiva), aparecendo de supetão para matar alguém em cada 5 minutos. E isso era pra nos assustar?...
Achei que haveria, apesar do gênero, algum tipo de profundidade especial nessa obra por conta das circunstâncias em que Gustave surgiu naquele povoado, cheio de violência e miséria. Fui enganado por uma produção das mais medíocres.
Class of Nuke'Em High 2
3.4 7Melhor que o primeiro. Esse consegue ser tão absurdo que dá pra rir e se entreter com as loucuras todas. O ritmo é mais acelerado e os efeitos nojentos estão por toda a parte. A Troma tem coisas melhores, mas esse filme também vale a pena.
Class of Nuke'Em High
3.4 36Ruinzinho. Esses punk sem graça ferram com tudo. A Troma já produziu gangs de vilões mais engraçadinhos... Só curti quando apareceu o monstro gosmento, mas ele poderia ter sido mais sanguinário ainda.
Chamas da Morte
3.2 211Não é lá essas coisas, um slasher genericão com alguns momentos interessantes. Acho que estou de saco cheio desse tipo de filme...
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraUm tanto superestimado. As cores são lindas, os cenários, maravilhosos... Tudo visualmente intenso e chamativo. Gosto da forma com que a câmera soa não-óbvia, indo pra lá e pra cá, viajando geral... O problema é que o roteiro é "sem pé nem cabeça" total. E não há qualquer revelação interessante nem nada... Além do mais, as cenas mais violentas ou nojentas não impactam muito (acho Phenomena ou Prelúdio para Matar bem mais pesados).
Noite do Terror
3.5 219Muito bom. Tem o clima certo e está dentro da estética dos giallo (mas com mortes um tanto menos violentas do que viria a seguir).
Há muita tensão em diversos momentos do filme, e quando o assassino persegue Agnes com toda a fúria pela casa é tipo... "wow!". Raramente se vê uma explosão assim nesses momentos. O problema é que logo o assassino se "acalma" e sai de cena para voltar o suspense. E então a tensão já não funcionou para mim.
Acho que gostei até dos personagens aqui, injusto dizer que não sejam nada carismáticos. Talvez falte um tiquinho de desenvolvimento para eles, principalmente para o casal que aparece o filme todo. Só que o defeito não é grave.
O final foi desconcertante pra mim. Tive de voltar pra ver se não havia entendido algo. E então vi que era isso mesmo e nada poderia remediar a verdade rsrsrsrs.
Esquizofrenia
2.9 21O clima estava certo no início do filme, depois a coisa vai se perdendo um pouco e o final é fraco.
É mais um desses filmes que criam um rocambole barroco na sua cabeça pra tentar encobrir o assassino até o último segundo, dando pistas falsas, com trilha sonora sinistra em momentos sem sentido... Mas quando a identidade do vilão é revelada é decepcionante.
O Portão
3.1 150Vi muito quando criança, apenas não me lembrava o nome do filme. Acabei revendo revirando o you tube e curti à beça, talvez pelo fator "saudosismo". Ainda pude dar boas risadas dos monstrinhos que me aterrorizaram na infância.