Fernanda

Uau.

Minimalismo, teatro, poesia. Que obra de arte.
Obrigada a Roy Andersson por não ser mais um artista pretensioso e por me fazer rir de verdade.
Nossa realidade é absurda, não nos levemos tão a sério.

Da filha
“Você não pode buscar rostos reais?
— Esses rostos são reais. Isso é realidade.”

Da mãe
“Quanto mais velho você fica, mais estúpido eles acreditam que você seja. Ao invés disso você compreende mais, porque você reflete.”

Delas
“O que vai acontecer a todos aqueles livros depois? Eles ocupam toda uma parede na casa de minha mãe. Aonde vão todos aqueles anos de estudo e de trabalho? Todas aquelas horas, todo dia… todos os dias!”

Uma história sobre a solidão de uma mulher em sua micro vivência idealista (sem correspondente na por vezes intragável realidade do macro) e o contraste com a vivência de sua mãe.
Existimos nos fragmentos de como fizemos o outro se sentir, e aqui jaz nossa única e possível imortalidade.