O desenvolvimento é ótimo. O comportamento dos personagens, os gestos, as atuações. Entretanto, o filme se perdeu do meio pro fim. O roteiro se tornou um pouco preguiçoso e perdeu a aura de realidade que tinha.
Dói, poque é real. Uma poesia cinematográfica, sem grandes ambições narrativas. O roteiro foge das convenções e dos conflitos genéricos, para desenvolver o relacionamento das protagonistas. Elas sentem, se expressam, são intensas e, ao mesmo tempo, extremamente maduras. Os pequenos detalhes fazem toda a diferença: a linguagem corporal de cada uma delas, os olhares, as maneiras de se posicionarem.
Um dos trabalhos mais interessantes do Hong Sang-soo. O cineasta expõe histórias semelhantes, do ponto de vista de uma (não) escritora. "Eu não sou escritora. Eu apenas escrevo." Sang-soo hora nos coloca no papel da protagonista e hora nos transforma em uma testemunha. O interessante da estética é que, como em todos os filmes do diretor, a câmera parece pesada. Ela está, constantemente, limitada à certos planos e ângulos. Quando se move, parece se arrastar lentamente, com grande esforço. Dizendo para o telespectador o quanto é "pesado" e difícil nos colocarmos, de fato, no local do outro. A própria protagonista, que adora ouvir as histórias de desconhecidos, não consegue entender decisões simples de seu próprio irmão. É uma obra bastante curta, mas longe de ser adequada para passar o tempo. O melhor aqui é mergulhar na melancolia dos personagens e aproveitar o poder que a fotografia tem de contar histórias.
Muito interessante. Talvez eu ainda não saiba apreciar totalmente a obra do Glauber Rocha, mas estou procurando mais conteúdo dele justamente pra melhorar minha visão do cinema. Até agora já vi "Deus e o Diabo na Terra do Sol", "O Dragão da Maldade contra O Santo Guerreiro", "Terra em Transe" e agora "Barravento". Junto com Terra em Transe, esse último foi o que mais gostei e me conectei. A trilha sonora é ótima e a filmagem é peculiar, mas estranhamente boa.
Verdadeiramente decepcionante. Dolan fez, aqui, o pior filme de toda sua carreira. Apático, pretensioso, maçante...parecem os personagens mais sem graças já escritos. O que salvou foi a fotografia e algumas atuações que deram um pouco de gás no filme.. Se não fosse por isso, seria extremamente difícil terminar de ver.
Amo como o Wes Anderson tem a capacidade de transmitir tanta inocência e ao mesmo tempo ser um filme maduro. (Importante ressaltar que não é um filme infantil). Muito gostoso de assistir, com uma trilha sonora maravilhosa. Mas o maior destaque vai pra fotografia e principalmente pra direção de arte.
No primeiro, eles tentaram fazer algo legal mas falharam com um final péssimo. Aqui, eles sequer tentaram. Aliás, o filme já tava um desastre com situações repetidas e forçadas, personagens sem carisma nenhuma (mesmo os protagonistas, que criamos simpatia no primeiro filme, estão completamente sem graças). Mas o estopim do horror que foi essa sequência, foi a cena final (a verdadeira cena final, depois que passa o nome do diretor). Muito sem noção, uma perda de tempo total.
Ele até diverte e prende na tela, mas vai acumulando furo de roteiro que te faz pensar "no final todos esses furos na verdade são estratégias de roteiro etc.", mas no fim eram só furos mesmo. E o final é ridículo, quase estragou o filme todo.
Uma delícia de assistir, com músicas maravilhosas e com momentos bem engraçados. Tinha um certo preconceito com esse filme, mas me surpreendeu bastante.
Yonlu é um caso complicado. Eu sabia do Vinícius já antes de assistir o filme, e por isso talvez tenha sido mais fácil pegar os elementos surrealistas. Mas, ainda sim, eles são puramente estéticos.. . não há propósito narrativo nem reflexivo. E mesmo encarando como um filme sensorial, ainda tem dificuldades de manter o telespectador assistindo. Não é ruim: é bastante experimental e esteticamente lindo, mas talvez um pouco pedante e com uma romantização muito clara da condição em que o Yonlu se encontrava. Mesmo os relatos do psicólogo não resolveram esse problema.
Por incrível que pareça o filme não é de todo ruim. Me surpreendeu a atuação da Larissa Manoela e o 2 ato do filme, q fugiu um pouco do tradicional segundo ato de roteiros brasileiros imitando filme teen americano. A grande decepção são os diálogos, o 3° ato chatíssimo e o Erasmo Carlos que parecia ter esquecido as falas e ficado confuso sobre como atuar.
Não enxerguei romantização, mas sim uma dualidade. É pra incomodar mesmo, pois é uma relação romantizada pelos dois personagens. Gostei muito da trilha sonora e da fotografia, tanto quanto do final. Um filme pra se rever.
MUITO BOM. Super envolvente, clima de suspense muito bem criado, resolução muito satisfatória. As situações são um pouco exageradas, mas são apresentadas de uma maneira que convence. Um filme pra se ver mais de uma vez.
Queria entender qual o valor de fazer uma protagonista um pouco diferente das de outros filmes do gênero (apesar da vibe "I'm not like the other girls), se for pra fazer o resto do filme inteiro nos mesmos moldes de sempre (e ainda insuportável). Só pra passar raiva mesmo.
Lindo filme. Tem um tema pesado com uma abordagem leve de comédia, sem desrespeitar a importância do assuntos. Os atores todos muito bens e um roteiro original e bem escrito, que dá vontade de ver cada vez mais. Nem vi o tempo passar. Lindo demais.
Ok, ok... legal fugir do clichê de vilão, história progressiva etc. mas acho que realmente não funcionou aqui. Ao final do filme, eu percebi que só gostei um pouco por causa dos personagens que eu amo no primeiro filme. Aliás, todos eles nesse filme precisavam de uma terapia porque meu deus... O maior problema é que não diverte, não tem músicas cativantes e a mensagem, apesar de bonita, é passada de maneira muito rasa. Uma pena, roteiro repetitivo e cansativo que parece um desperdício de tempo... sem emoção nenhuma.
Que surpresa ótima, eu não esperava gostar tanto. O filme, cheio de personagens, também é cheio de diálogos muito reais e viscerais. A trilha sonora é ótima e as atuações também.
Todo mundo já viu essa história: > Um cara malandro precisa se safar de uma situação, então ele conhece pessoas novas (geralmente um par romântico e um amigo de bom coração) e as usa pra alcançar seu objetivo. > Com o tempo, o malandro simpatiza e cria sentimentos por essas pessoas, e todas se unem por uma causa. > Os vilões são contra as atitudes do malandro, então descobrem o segredo dele e expõe pra todos depois que a relação dos personagens está bem construída. > Todos se decepcionam e viram as costas pro malandro. Os vilões quase vencem e os mocinhos estão desistindo. > O malandro, então, agora mudado, resolve arriscar tudo para ajudar os mocinhos a vencerem os vilões. > No meio da batalha, eles quase perdem, mas o malandro vence usando uma lição de moral. > O malandro tem seu amigo e seu par romântico de volta, finalizando o filme. [BÔNUS] > O amigo do malandro revela que irá seguir sua jornada sozinho, e os dois se despedem em paz.
Lembrou de outros inúmeros filmes desse mesmo jeito? Pois é...
É um bom documentário, realista e sutilmente crítico. Os moradores de Toritama são orgulhosos do liberalismo econômico, da autonomia que eles possuem mas, no fim, acabam trabalhando muito mais do que pessoas "presas" numa jornada de trabalho de 8h.
Me partiu o coração ver as pessoas vendendo as coisas pra ir pra praia no carnaval.
O que não gostei, além da narração meio desnecessária (há uma tentativa de inserir uma pessoalidade, mas sem propósitos narrativos interessantes), foi a falta de uma trilha sonora com mais personalidade.
Corações de Pedra
3.9 185O desenvolvimento é ótimo. O comportamento dos personagens, os gestos, as atuações. Entretanto, o filme se perdeu do meio pro fim. O roteiro se tornou um pouco preguiçoso e perdeu a aura de realidade que tinha.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 901 Assista AgoraDói, poque é real. Uma poesia cinematográfica, sem grandes ambições narrativas. O roteiro foge das convenções e dos conflitos genéricos, para desenvolver o relacionamento das protagonistas. Elas sentem, se expressam, são intensas e, ao mesmo tempo, extremamente maduras. Os pequenos detalhes fazem toda a diferença: a linguagem corporal de cada uma delas, os olhares, as maneiras de se posicionarem.
A cena final é muito impactante, quando Héloise ouve, enfim, a ópera que Marianne mencionou.
Silvestre
3.6 11Um dos trabalhos mais interessantes do Hong Sang-soo. O cineasta expõe histórias semelhantes, do ponto de vista de uma (não) escritora. "Eu não sou escritora. Eu apenas escrevo."
Sang-soo hora nos coloca no papel da protagonista e hora nos transforma em uma testemunha. O interessante da estética é que, como em todos os filmes do diretor, a câmera parece pesada. Ela está, constantemente, limitada à certos planos e ângulos. Quando se move, parece se arrastar lentamente, com grande esforço. Dizendo para o telespectador o quanto é "pesado" e difícil nos colocarmos, de fato, no local do outro. A própria protagonista, que adora ouvir as histórias de desconhecidos, não consegue entender decisões simples de seu próprio irmão.
É uma obra bastante curta, mas longe de ser adequada para passar o tempo. O melhor aqui é mergulhar na melancolia dos personagens e aproveitar o poder que a fotografia tem de contar histórias.
Barravento
3.9 70Muito interessante. Talvez eu ainda não saiba apreciar totalmente a obra do Glauber Rocha, mas estou procurando mais conteúdo dele justamente pra melhorar minha visão do cinema. Até agora já vi "Deus e o Diabo na Terra do Sol", "O Dragão da Maldade contra O Santo Guerreiro", "Terra em Transe" e agora "Barravento". Junto com Terra em Transe, esse último foi o que mais gostei e me conectei. A trilha sonora é ótima e a filmagem é peculiar, mas estranhamente boa.
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Verdadeiramente decepcionante. Dolan fez, aqui, o pior filme de toda sua carreira. Apático, pretensioso, maçante...parecem os personagens mais sem graças já escritos. O que salvou foi a fotografia e algumas atuações que deram um pouco de gás no filme.. Se não fosse por isso, seria extremamente difícil terminar de ver.
O Dia em que Ele Chegar
3.8 18Parecia que eu estava lendo um livro do Murakami só que sem gatos e fantasia.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraAmo como o Wes Anderson tem a capacidade de transmitir tanta inocência e ao mesmo tempo ser um filme maduro. (Importante ressaltar que não é um filme infantil). Muito gostoso de assistir, com uma trilha sonora maravilhosa. Mas o maior destaque vai pra fotografia e principalmente pra direção de arte.
A Morte Te Dá Parabéns 2
3.0 714No primeiro, eles tentaram fazer algo legal mas falharam com um final péssimo. Aqui, eles sequer tentaram. Aliás, o filme já tava um desastre com situações repetidas e forçadas, personagens sem carisma nenhuma (mesmo os protagonistas, que criamos simpatia no primeiro filme, estão completamente sem graças). Mas o estopim do horror que foi essa sequência, foi a cena final (a verdadeira cena final, depois que passa o nome do diretor). Muito sem noção, uma perda de tempo total.
A Morte Te Dá Parabéns
3.3 1,5K Assista AgoraEle até diverte e prende na tela, mas vai acumulando furo de roteiro que te faz pensar "no final todos esses furos na verdade são estratégias de roteiro etc.", mas no fim eram só furos mesmo. E o final é ridículo, quase estragou o filme todo.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraUma delícia de assistir, com músicas maravilhosas e com momentos bem engraçados. Tinha um certo preconceito com esse filme, mas me surpreendeu bastante.
Yonlu
3.4 144Yonlu é um caso complicado. Eu sabia do Vinícius já antes de assistir o filme, e por isso talvez tenha sido mais fácil pegar os elementos surrealistas. Mas, ainda sim, eles são puramente estéticos.. . não há propósito narrativo nem reflexivo. E mesmo encarando como um filme sensorial, ainda tem dificuldades de manter o telespectador assistindo. Não é ruim: é bastante experimental e esteticamente lindo, mas talvez um pouco pedante e com uma romantização muito clara da condição em que o Yonlu se encontrava. Mesmo os relatos do psicólogo não resolveram esse problema.
1917
4.2 1,8K Assista Agoraacho que nunca gostei tanto de um filme de guerra
Modo Avião
2.8 243 Assista AgoraPor incrível que pareça o filme não é de todo ruim. Me surpreendeu a atuação da Larissa Manoela e o 2 ato do filme, q fugiu um pouco do tradicional segundo ato de roteiros brasileiros imitando filme teen americano. A grande decepção são os diálogos, o 3° ato chatíssimo e o Erasmo Carlos que parecia ter esquecido as falas e ficado confuso sobre como atuar.
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraCrítico e divertido, embora seja um dos filmes do Kubrick que menos gostei.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraNão enxerguei romantização, mas sim uma dualidade. É pra incomodar mesmo, pois é uma relação romantizada pelos dois personagens. Gostei muito da trilha sonora e da fotografia, tanto quanto do final. Um filme pra se rever.
Tatuagem
4.2 923 Assista AgoraSer LGBT é como ter uma tatuagem.
Um Contratempo
4.2 2,0KMUITO BOM. Super envolvente, clima de suspense muito bem criado, resolução muito satisfatória. As situações são um pouco exageradas, mas são apresentadas de uma maneira que convence. Um filme pra se ver mais de uma vez.
Cinderela Pop
2.9 104Queria entender qual o valor de fazer uma protagonista um pouco diferente das de outros filmes do gênero (apesar da vibe "I'm not like the other girls), se for pra fazer o resto do filme inteiro nos mesmos moldes de sempre (e ainda insuportável). Só pra passar raiva mesmo.
Europa
4.0 117 Assista AgoraBom filme. Trabalho estético e sonoro impressionante. Começa bem e o final é ótimo, mas o meio do filme é que acaba prejudicando o resultado final.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraLindo filme. Tem um tema pesado com uma abordagem leve de comédia, sem desrespeitar a importância do assuntos. Os atores todos muito bens e um roteiro original e bem escrito, que dá vontade de ver cada vez mais. Nem vi o tempo passar. Lindo demais.
Frozen II
3.6 785Ok, ok... legal fugir do clichê de vilão, história progressiva etc. mas acho que realmente não funcionou aqui. Ao final do filme, eu percebi que só gostei um pouco por causa dos personagens que eu amo no primeiro filme. Aliás, todos eles nesse filme precisavam de uma terapia porque meu deus...
O maior problema é que não diverte, não tem músicas cativantes e a mensagem, apesar de bonita, é passada de maneira muito rasa. Uma pena, roteiro repetitivo e cansativo que parece um desperdício de tempo... sem emoção nenhuma.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraQue surpresa ótima, eu não esperava gostar tanto. O filme, cheio de personagens, também é cheio de diálogos muito reais e viscerais. A trilha sonora é ótima e as atuações também.
Que bizarríssimo foi a chuva de sapos. Até agora estou me perguntando o que significa aquilo. Verei de novo depois pra pegar mais informação.
Klaus
4.3 610 Assista AgoraA animação linda é o que diferencia mesmo, mas...
Todo mundo já viu essa história:
> Um cara malandro precisa se safar de uma situação, então ele conhece pessoas novas (geralmente um par romântico e um amigo de bom coração) e as usa pra alcançar seu objetivo.
> Com o tempo, o malandro simpatiza e cria sentimentos por essas pessoas, e todas se unem por uma causa.
> Os vilões são contra as atitudes do malandro, então descobrem o segredo dele e expõe pra todos depois que a relação dos personagens está bem construída.
> Todos se decepcionam e viram as costas pro malandro. Os vilões quase vencem e os mocinhos estão desistindo.
> O malandro, então, agora mudado, resolve arriscar tudo para ajudar os mocinhos a vencerem os vilões.
> No meio da batalha, eles quase perdem, mas o malandro vence usando uma lição de moral.
> O malandro tem seu amigo e seu par romântico de volta, finalizando o filme.
[BÔNUS]
> O amigo do malandro revela que irá seguir sua jornada sozinho, e os dois se despedem em paz.
Lembrou de outros inúmeros filmes desse mesmo jeito? Pois é...
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 210É um bom documentário, realista e sutilmente crítico. Os moradores de Toritama são orgulhosos do liberalismo econômico, da autonomia que eles possuem mas, no fim, acabam trabalhando muito mais do que pessoas "presas" numa jornada de trabalho de 8h.
Me partiu o coração ver as pessoas vendendo as coisas pra ir pra praia no carnaval.
O que não gostei, além da narração meio desnecessária (há uma tentativa de inserir uma pessoalidade, mas sem propósitos narrativos interessantes), foi a falta de uma trilha sonora com mais personalidade.