Ideias originais e ótimos efeitos práticos no melhor estilo gore, sem aquelas frescuras "higiênicas" do CGI. Porém, a execução é irregular (por ter diretores diferentes em cada segmento) e a maioria das histórias são pessimamente conduzidas. A primeira história foi a única de que gostei totalmente; além de ser bizarra e criativa, ainda satiriza alguns problemas comuns no Brasil: a corrupção dos governantes e a injustiça e burocracia do "não é aqui, ligue pra fulano; também não é aqui, fale com sicrano". A história do lobisomem foi previsível e teve um clímax bem chinfrim; a do Saci é interessante, traz à tona questões como fanatismo religioso, hipocrisia e preconceito, além de apresentar um Saci realmente assustador, muito diferente do molequinho travesso sobre o qual a professora nos conta no ensino primário; porém, ainda assim o roteiro é fraco e as atuações, terríveis. A história da loira do banheiro foi a pior, na minha opinião; extremamente teatral, com as atuações mais ridículas e as personagens mais estúpidas e estereotipadas; achei pretensioso demais querer mostrar a "origem" dessa lenda de forma tão clichê. Quanto à última história, foi a mais mal-executada; é muito curta, confusa e tem um final abrupto e sem impacto, mesmo propondo uma conexão com a primeira história. Conexão forçada, diga-se de passagem.
Assim como o recente "Revenge", a nota que eu dei é só pelo gore, que é ótimo, porque nos quesitos roteiro, originalidade e atuações, é bem medíocre. Aliás, fazia tempo que eu não via uma combinação tão "eficaz" de personagens estúpidos e história totalmente previsível. Não é preciso ser nenhum Sherlock para deduzir logo de cara como a invasora conhece a mulher grávida, o que ela quer e por quê. Quanto à protagonista... A mulher berra e chora quando está a sós com a louca, mas fica convenientemente surda e muda quando aparece a polícia ou algum conhecido, larga o revólver e prefere usar uma agulha como arma e não sabe reconhecer a voz da mãe.
Belíssima fotografia e ótimas atuações de Edward Norton e, principalmente, de Naomi Watts (cada vez essa mulher me surpreende mais!); além da questão do relacionamento conturbado do casal, a abordagem do choque cultural é impactante.
Fa-ANAL-tico! Eu tinha que viver para ver Colossus fazendo piada suja e dizendo "porra"! Mesmo correndo o risco de ser linchado pelo séquito da DC, achei este filme bem melhor do que o da Liga da Justiça, onde Zack Snyder se comportou como o típico político brasileiro, prometendo muito e cumprindo pouco. Diferente daquele filme, este Deadpool, assim como o original, é totalmente despretensioso; quem viu o primeiro obviamente não assistiu a este esperando uma inovação genial no universo dos quadrinhos e nem um roteiro complexo ao estilo Chris Nolan. Tratam-se simplesmente de autoparódias metalinguísticas (tradução: filmes que tiram sarro de si mesmos), e neste sentido não me decepcionaram. Adorei a trilha sonora (Celine Dion?! Haha) e a personagem Domino; só fiquei um pouco frustrado com Negasonic Teenage Warhead (a piada com esse nome enorme foi bem colocada), que quase não "existe" neste filme; ela mal aparece e ainda assim parece que só serviu para apresentar a namorada aqui. As cenas pós-crédito são hilárias, principalmente aquela em que ele "corrige" sua participação em Lanterna Verde!
Começa como "Gravidade", prossegue como "Jurassic World" e termina como "Kong: A Ilha da Caveira". Como ficção científica acho que deixou muito a desejar (eu esperava explicações mais detalhadas sobre a edição genética e sobre os seus propósitos); em compensação, como filme de ação, não tenho do que me queixar: é mesmo um "arrasa-quarteirão", literalmente. E maior do que os animais mutantes é a ironia de "Alcide" ser comido por um lobo!
Essa franquia piora a cada novo filme depois do 2º; eu achava o 3º insuportável, mas este supera todos os recordes de roteiro estúpido, personagens idiotas e situações absurdas. Só vale por uma ou outra cena sangrenta. Não há nada pior nesse tipo de filme do que o personagem humanitário que não permite que se matem os vilões porque "não somos como eles". Fiquei o tempo todo torcendo para aquela personagem ter a morte mais cruel, lenta e dolorosa, para ela engolir essa consciência moral. Não gostei da morte dela: muito rápida e "misericordiosa". E que isso lhes sirva de lição, crianças: se tiverem a chance de matar os canibais deformados que estão lhes perseguindo, não hesitem nem por um segundo. Deixem o exame de autocrítica e a filosofia ética para quando estiverem em segurança nas suas caminhas quentes, bem longe deles.
Notas relevantes: - Essa família tem um autocontrole tão grande que até o bebê já nasce sabendo quando não deve choramingar; - Que hora essa mulher foi escolher para parir... - John Krasinski é o cruzamento do Gerard Butler com o Shia LaBeouf.
Thomas Kretschmann poderia ter sido um bom Drácula, Rutger Hauer poderia ser um bom Van Helsing e Argento seria uma ótima opção para dirigir essa nova versão do clássico Drácula... Mas, infelizmente não é o que acontece: esse filme é uma decepção quase absoluta. Além do péssimo CG, que é um dos piores que já vi (aquele louva-a-deus e aquela "destransformação" de lobo dão vergonha alheia, parecem desenho animado), o roteiro é uma asneira sem precedentes, não tendo praticamente nada do livro original, além da ambientação e alguns personagens. Curiosamente, ao invés de revisitar o romance de Bram Stoker, Argento preferiu copiar a ideia do Coppola reciclando a história da reencarnação do amor perdido de Drácula em Mina. Para piorar, Kretschmann cochichando o filme todo é uma coisa de dar nos nervos.
Achei original, realmente um dos melhores do Romero. Só o que considerei sem noção (e isso vale para outros filmes dos anos 70) é esse sangue laranja e grosso demais, parecendo xarope de abóbora (se é que isso existe). É curioso que o trabalho de maquiagem dos ferimentos nos filmes do Romero é extremamente realista para a época, mas esse sangue... totalmente fake, não convence.
É uma ótima adaptação do livro de Charlotte Brontë: a fotografia e os figurinos são belíssimos e as atuações do casal protagonista são impecáveis também. Só lamentei o fato de o roteiro seguir o mesmo rumo da versão de "O Morro do Ventos Uivantes", de 1939: simplifica demais a segunda parte da história, praticamente eliminando-a por completo (os eventos que acontecem depois do "quase-casamento"). Mesmo assim, vale muito a pena conferir essa produção, e se eu lamento é justamente porque acho que se a história continuasse como na primeira metade este filme seria perfeito, pois já tem a essência e o espírito da obra escrita. Com mais uns 40 minutos de duração o roteiro poderia aproveitar o livro ainda mais; eu adoraria ver os Rivers nessa versão.
A parte boa é que a casa do Richard ganhou uma demão de tinta extra no final. As paredes vermelhas ficaram uma obra de arte que deixaria Tarantino orgulhoso.
Eu me pergunto o que a pessoa responsável por esse título nacional tomou antes de escolhê-lo; sinceramente, acho "As colinas têm olhos" um título muito mais instigante e ameaçador do que "Quadrilha de sádicos", que além de brega já entrega o conteúdo do filme sem necessidade de sinopse. Mas, deixando isso de lado, o que mais gostei neste filme foi o fato de que apesar de a família canibal ser totalmente pirada, é representada de forma quase comum, ou seja, sem aquele visual ridiculamente deformado do remake, que parece copiado do pessoal de "Pânico na floresta". Com um bom banho e uma visita ao dentista e ao barbeiro, a família de Júpiter poderia até passar despercebida (com exceção do cabeça de ovo que ilustra os pôsteres). A propósito, mesmo com as limitações e tosqueiras da época, achei as relações entre Júpiter e sua família muito mais interessantes e bem desenvolvidas aqui do que no remake (no qual o patriarca mal aparece e nem sequer fala; apenas rosna).
Criatividade e falta de noção andavam de mãos dadas na era de ouro do cinema trash (década de 80), e é sempre interessante quando uma produção "recente" revisita o gênero. Talvez porque ninguém tivesse pensado ainda em galinhas zumbis ou para fazer um apelo mais visceral em prol das penosas do que o feito em "A fuga das galinhas", eis que surge "Poultrygeist". Apesar de nojento, escatológico e politicamente incorreto a um nível estratosférico, este filme não é páreo para "Fome animal", produção com a qual é comparado. Acho que se tivessem deixado de lado aquele excesso de vômito verde e substituído puramente pelo bom e velho sangue vermelho vivo (e eventualmente uma ou outra gosminha) como Peter Jackson fez, o resultado teria sido bem mais memorável e genuinamente trash. O fato de ser parcialmente musical também não ajuda na proposta de intercalar horror gore e humor negro escrachado. Mesmo assim, não resisti e acabei cantando junto "Fast food love": foi inevitável.
Acabou me lembrando um pouco "A insustentável leveza do ser": as tramas são diferentes e retratam épocas distintas, mas ainda assim são semelhantes na forma como entrelaçam o erotismo das relações dos personagens à tensão do contexto histórico-político vivido por eles. A fotografia, figurinos e trilha sonora são ótimos.
O pôster é bonito, a sinopse engana bem, mas o filme é uma decepção quase completa. Digo "quase" porque a fotografia é ótima e os (poucos) efeitos especiais são melhores (ou menos ruins) do que os da SyFy, o que no caso deste filme já é alguma coisa. Quanto à história, é uma mistura broxante de "Vampiros", do John Carpenter (um vampiro líder que busca um meio de se tornar imune à luz do sol: tem coisa mais clichê?) e "Crepúsculo" (os protagonistas não são adolescentes, mas o romance é bobo e os atores parece terem sido escolhidos por beleza, não talento). Em suma, mais uma produção esquecível.
Muito se fala que "Julianne Moore é a melhor coisa deste filme", mas para mim ela é a pior, porque apesar de ser uma das minhas atrizes favoritas, ela não se encaixou na personagem de jeito nenhum. O filme é basicamente mais um terror adolescente genérico, com atuações medíocres, então Julianne fica muito "descontextualizada" no meio de um monte de jovens no molde de Malhação (bonitinhos, mas ordinários). Além disso, a própria concepção da personagem dela foi muito fraca. Depois de ler o livro, sempre imagino a mãe da Carrie como uma fanática espalhafatosa que beira a caricatura (como Marcia Gay Harden em "O nevoeiro"), e não essa mulher fria e apática deste filme. Então, na minha opinião o que realmente "é a melhor coisa deste filme" são as cenas de violência e destruição, que são obviamente muito superiores às dos dois filmes anteriores: o de 1976, devido às limitações do orçamento e dos próprios recursos disponíveis na época; e o de 2002, por causa das restrições e da censura, por ser produção de TV aberta.
Não sei se rio ou choro cada vez que lançam um novo filme da franquia "O massacre da serra elétrica". Dos famosos assassinos clássicos de filmes slasher, Leatherface sempre foi o meu favorito, mas na minha opinião, as sequências dos filmes dele são na maioria bem piores do que as dos outros "camaradas", como Jason e Freddy Krueger. Eu adoro os dois filmes originais dirigidos por Tobe Hooper, o remake de 2003 e "O início", de 2006. Aliás, acho que o filme de Liebesman cumpre infinitamente melhor a função de contar a origem de Leatherface e a influência deturpada que a sua família psicótica exerceu sobre ele. Os demais filmes dessa franquia ( o 3º, de 1990, "O Retorno", de 1994 e "A lenda continua", de 2013) são pura besteira caça-níquel, e nessa categoria eu enquadro também este novo reboot. É um filme violento e eventualmente macabro (com direito até a ménage à trois com um cadáver), mas é vazio e não acrescenta nada de importante ou interessante à história já conhecida. As próprias cenas com a famosa serra elétrica (uma na abertura e uma quando faltam pouco mais de 10 minutos para o filme acabar) não justificam a enrolação ao longo dos quase 90 minutos. Os personagens também não são interessantes: na verdade, ninguém "presta"; a família psicopata é doida, o diretor do hospício é sádico, o xerife é mau caráter, seu ajudante é vira-casaca, os adolescentes são perturbados, e só o que resta é a enfermeira mosca-morta, uma caricatura de "boa menina" e "donzela em perigo" no meio de toda aquela confusão.
Até a metade eu achei que era um filme razoável, nada surpreendente dentro do gênero, mas algo no estilo de "O colecionador de corpos" (que, embora tenha sido lançado dois anos depois, é bem mais interessante e melhor conduzido). Porém, a partir da segunda metade, com aquela "reviravolta" que deveria tornar o rumo do filme imprevisível, o que aconteceu foi que tornou-o terrivelmente clichê, tanto na ação quanto nos diálogos. Além disso, desde o início o casal de protagonistas não tem química. Elisha Cuthbert estava bem melhor chorando, berrando e correndo em "A Casa de Cera" e Daniel Gillies... este não convence e só serve para ser o eterno almofadinha de TVD.
Talvez por não ter visto as outras versões ainda, achei este filme muito bom, sobretudo os aspectos técnicos, como a trilha sonora e a fotografia belíssima. A trama em si me lembrou vagamente Jane Austen, as irmãs Brontë e até um pouco de Margaret Mitchell. Contudo, como muita gente comentou, eu achei o caráter da personagem Bathsheba bem incoerente: de cara ela parece uma mulher independente, do tipo que não quer o cabresto do casamento e que é capaz de gerir uma fazenda; até aí tudo bem... Porém, pouco depois de recusar duas propostas de casamento com homens que realmente a amam, ela não só se deixa seduzir como aceita levianamente uma terceira proposta, e com um sujeito bem menos nobre que os dois anteriores. Não sei se isso foi problema no roteiro ou no timing dos acontecimentos, mas por via das dúvidas vou assistir à versão de 1967 para ter uma outra perspectiva dessa história.
Lento, longo demais e com um roteiro confuso e pouco atraente, exceto pelas partes com Alexander Skarsgård, nas quais ele realmente transmite a melancolia e a solidão do personagem mudo à procura do seu amor desaparecido, enfrentando dificuldades de comunicação, entre outras. Mesmo assim, fiquei com a impressão de que estava vendo duas histórias paralelas: de um lado, a trama de Leo e, do outro, uma espécie de história futurista de suspense e mistério com ares de 1984 que definitivamente não convence. Nem os pirados Cactus e Duck dão uma melhorada no ritmo do filme (aliás, Justin Theroux com aquela peruca de Gugu ficou ridículo). Enfim, vale pelo visual futurista coloridíssimo e pelo final inusitado. Mesmo assim, se tirassem meia hora da duração, não faria falta nenhuma.
As Fábulas Negras
3.4 61 Assista AgoraIdeias originais e ótimos efeitos práticos no melhor estilo gore, sem aquelas frescuras "higiênicas" do CGI. Porém, a execução é irregular (por ter diretores diferentes em cada segmento) e a maioria das histórias são pessimamente conduzidas. A primeira história foi a única de que gostei totalmente; além de ser bizarra e criativa, ainda satiriza alguns problemas comuns no Brasil: a corrupção dos governantes e a injustiça e burocracia do "não é aqui, ligue pra fulano; também não é aqui, fale com sicrano". A história do lobisomem foi previsível e teve um clímax bem chinfrim; a do Saci é interessante, traz à tona questões como fanatismo religioso, hipocrisia e preconceito, além de apresentar um Saci realmente assustador, muito diferente do molequinho travesso sobre o qual a professora nos conta no ensino primário; porém, ainda assim o roteiro é fraco e as atuações, terríveis. A história da loira do banheiro foi a pior, na minha opinião; extremamente teatral, com as atuações mais ridículas e as personagens mais estúpidas e estereotipadas; achei pretensioso demais querer mostrar a "origem" dessa lenda de forma tão clichê. Quanto à última história, foi a mais mal-executada; é muito curta, confusa e tem um final abrupto e sem impacto, mesmo propondo uma conexão com a primeira história. Conexão forçada, diga-se de passagem.
A Invasora
3.4 706Assim como o recente "Revenge", a nota que eu dei é só pelo gore, que é ótimo, porque nos quesitos roteiro, originalidade e atuações, é bem medíocre. Aliás, fazia tempo que eu não via uma combinação tão "eficaz" de personagens estúpidos e história totalmente previsível. Não é preciso ser nenhum Sherlock para deduzir logo de cara como a invasora conhece a mulher grávida, o que ela quer e por quê. Quanto à protagonista... A mulher berra e chora quando está a sós com a louca, mas fica convenientemente surda e muda quando aparece a polícia ou algum conhecido, larga o revólver e prefere usar uma agulha como arma e não sabe reconhecer a voz da mãe.
O Despertar de uma Paixão
3.9 542 Assista AgoraBelíssima fotografia e ótimas atuações de Edward Norton e, principalmente, de Naomi Watts (cada vez essa mulher me surpreende mais!); além da questão do relacionamento conturbado do casal, a abordagem do choque cultural é impactante.
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraFa-ANAL-tico! Eu tinha que viver para ver Colossus fazendo piada suja e dizendo "porra"! Mesmo correndo o risco de ser linchado pelo séquito da DC, achei este filme bem melhor do que o da Liga da Justiça, onde Zack Snyder se comportou como o típico político brasileiro, prometendo muito e cumprindo pouco. Diferente daquele filme, este Deadpool, assim como o original, é totalmente despretensioso; quem viu o primeiro obviamente não assistiu a este esperando uma inovação genial no universo dos quadrinhos e nem um roteiro complexo ao estilo Chris Nolan. Tratam-se simplesmente de autoparódias metalinguísticas (tradução: filmes que tiram sarro de si mesmos), e neste sentido não me decepcionaram.
Adorei a trilha sonora (Celine Dion?! Haha) e a personagem Domino; só fiquei um pouco frustrado com Negasonic Teenage Warhead (a piada com esse nome enorme foi bem colocada), que quase não "existe" neste filme; ela mal aparece e ainda assim parece que só serviu para apresentar a namorada aqui.
As cenas pós-crédito são hilárias, principalmente aquela em que ele "corrige" sua participação em Lanterna Verde!
Rampage: Destruição Total
3.0 537 Assista AgoraComeça como "Gravidade", prossegue como "Jurassic World" e termina como "Kong: A Ilha da Caveira". Como ficção científica acho que deixou muito a desejar (eu esperava explicações mais detalhadas sobre a edição genética e sobre os seus propósitos); em compensação, como filme de ação, não tenho do que me queixar: é mesmo um "arrasa-quarteirão", literalmente. E maior do que os animais mutantes é a ironia de "Alcide" ser comido por um lobo!
Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas
2.2 473Essa franquia piora a cada novo filme depois do 2º; eu achava o 3º insuportável, mas este supera todos os recordes de roteiro estúpido, personagens idiotas e situações absurdas. Só vale por uma ou outra cena sangrenta.
Não há nada pior nesse tipo de filme do que o personagem humanitário que não permite que se matem os vilões porque "não somos como eles". Fiquei o tempo todo torcendo para aquela personagem ter a morte mais cruel, lenta e dolorosa, para ela engolir essa consciência moral. Não gostei da morte dela: muito rápida e "misericordiosa".
E que isso lhes sirva de lição, crianças: se tiverem a chance de matar os canibais deformados que estão lhes perseguindo, não hesitem nem por um segundo. Deixem o exame de autocrítica e a filosofia ética para quando estiverem em segurança nas suas caminhas quentes, bem longe deles.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraNotas relevantes:
- Essa família tem um autocontrole tão grande que até o bebê já nasce sabendo quando não deve choramingar;
- Que hora essa mulher foi escolher para parir...
- John Krasinski é o cruzamento do Gerard Butler com o Shia LaBeouf.
Um Estranho Vampiro
3.0 72 Assista AgoraEm uma palavra: esquizofrenia!
Drácula 3D
2.0 78Thomas Kretschmann poderia ter sido um bom Drácula, Rutger Hauer poderia ser um bom Van Helsing e Argento seria uma ótima opção para dirigir essa nova versão do clássico Drácula... Mas, infelizmente não é o que acontece: esse filme é uma decepção quase absoluta. Além do péssimo CG, que é um dos piores que já vi (aquele louva-a-deus e aquela "destransformação" de lobo dão vergonha alheia, parecem desenho animado), o roteiro é uma asneira sem precedentes, não tendo praticamente nada do livro original, além da ambientação e alguns personagens. Curiosamente, ao invés de revisitar o romance de Bram Stoker, Argento preferiu copiar a ideia do Coppola reciclando a história da reencarnação do amor perdido de Drácula em Mina. Para piorar, Kretschmann cochichando o filme todo é uma coisa de dar nos nervos.
Martin
3.8 102Achei original, realmente um dos melhores do Romero. Só o que considerei sem noção (e isso vale para outros filmes dos anos 70) é esse sangue laranja e grosso demais, parecendo xarope de abóbora (se é que isso existe). É curioso que o trabalho de maquiagem dos ferimentos nos filmes do Romero é extremamente realista para a época, mas esse sangue... totalmente fake, não convence.
Jane Eyre
3.8 35É uma ótima adaptação do livro de Charlotte Brontë: a fotografia e os figurinos são belíssimos e as atuações do casal protagonista são impecáveis também. Só lamentei o fato de o roteiro seguir o mesmo rumo da versão de "O Morro do Ventos Uivantes", de 1939: simplifica demais a segunda parte da história, praticamente eliminando-a por completo (os eventos que acontecem depois do "quase-casamento"). Mesmo assim, vale muito a pena conferir essa produção, e se eu lamento é justamente porque acho que se a história continuasse como na primeira metade este filme seria perfeito, pois já tem a essência e o espírito da obra escrita. Com mais uns 40 minutos de duração o roteiro poderia aproveitar o livro ainda mais; eu adoraria ver os Rivers nessa versão.
Vingança
3.2 582 Assista AgoraA parte boa é que a casa do Richard ganhou uma demão de tinta extra no final. As paredes vermelhas ficaram uma obra de arte que deixaria Tarantino orgulhoso.
Monstros
4.3 509 Assista AgoraSabe aquele filme desconcertante, grotesco e até repulsivo, mas que é igualmente belo, sensível e profundo? Então: é este.
Quadrilha de Sádicos
3.4 205Eu me pergunto o que a pessoa responsável por esse título nacional tomou antes de escolhê-lo; sinceramente, acho "As colinas têm olhos" um título muito mais instigante e ameaçador do que "Quadrilha de sádicos", que além de brega já entrega o conteúdo do filme sem necessidade de sinopse. Mas, deixando isso de lado, o que mais gostei neste filme foi o fato de que apesar de a família canibal ser totalmente pirada, é representada de forma quase comum, ou seja, sem aquele visual ridiculamente deformado do remake, que parece copiado do pessoal de "Pânico na floresta". Com um bom banho e uma visita ao dentista e ao barbeiro, a família de Júpiter poderia até passar despercebida (com exceção do cabeça de ovo que ilustra os pôsteres). A propósito, mesmo com as limitações e tosqueiras da época, achei as relações entre Júpiter e sua família muito mais interessantes e bem desenvolvidas aqui do que no remake (no qual o patriarca mal aparece e nem sequer fala; apenas rosna).
Poultrygeist: A Noite das Galinhas Zumbis
3.4 51Criatividade e falta de noção andavam de mãos dadas na era de ouro do cinema trash (década de 80), e é sempre interessante quando uma produção "recente" revisita o gênero. Talvez porque ninguém tivesse pensado ainda em galinhas zumbis ou para fazer um apelo mais visceral em prol das penosas do que o feito em "A fuga das galinhas", eis que surge "Poultrygeist". Apesar de nojento, escatológico e politicamente incorreto a um nível estratosférico, este filme não é páreo para "Fome animal", produção com a qual é comparado. Acho que se tivessem deixado de lado aquele excesso de vômito verde e substituído puramente pelo bom e velho sangue vermelho vivo (e eventualmente uma ou outra gosminha) como Peter Jackson fez, o resultado teria sido bem mais memorável e genuinamente trash.
O fato de ser parcialmente musical também não ajuda na proposta de intercalar horror gore e humor negro escrachado. Mesmo assim, não resisti e acabei cantando junto "Fast food love": foi inevitável.
Delta de Vênus
3.3 35Acabou me lembrando um pouco "A insustentável leveza do ser": as tramas são diferentes e retratam épocas distintas, mas ainda assim são semelhantes na forma como entrelaçam o erotismo das relações dos personagens à tensão do contexto histórico-político vivido por eles.
A fotografia, figurinos e trilha sonora são ótimos.
Vamps: A Morte Não Existe para o Amor
1.6 14 Assista AgoraO pôster é bonito, a sinopse engana bem, mas o filme é uma decepção quase completa. Digo "quase" porque a fotografia é ótima e os (poucos) efeitos especiais são melhores (ou menos ruins) do que os da SyFy, o que no caso deste filme já é alguma coisa.
Quanto à história, é uma mistura broxante de "Vampiros", do John Carpenter (um vampiro líder que busca um meio de se tornar imune à luz do sol: tem coisa mais clichê?) e "Crepúsculo" (os protagonistas não são adolescentes, mas o romance é bobo e os atores parece terem sido escolhidos por beleza, não talento). Em suma, mais uma produção esquecível.
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraO cabelo desse Tommy é mais estranho do que a própria Carrie.
Os Meninos do Brasil
3.6 70 Assista AgoraTia May foi uma MILF nos anos 70, quem diria!
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraMuito se fala que "Julianne Moore é a melhor coisa deste filme", mas para mim ela é a pior, porque apesar de ser uma das minhas atrizes favoritas, ela não se encaixou na personagem de jeito nenhum. O filme é basicamente mais um terror adolescente genérico, com atuações medíocres, então Julianne fica muito "descontextualizada" no meio de um monte de jovens no molde de Malhação (bonitinhos, mas ordinários). Além disso, a própria concepção da personagem dela foi muito fraca. Depois de ler o livro, sempre imagino a mãe da Carrie como uma fanática espalhafatosa que beira a caricatura (como Marcia Gay Harden em "O nevoeiro"), e não essa mulher fria e apática deste filme.
Então, na minha opinião o que realmente "é a melhor coisa deste filme" são as cenas de violência e destruição, que são obviamente muito superiores às dos dois filmes anteriores: o de 1976, devido às limitações do orçamento e dos próprios recursos disponíveis na época; e o de 2002, por causa das restrições e da censura, por ser produção de TV aberta.
Massacre no Texas
2.5 432 Assista AgoraNão sei se rio ou choro cada vez que lançam um novo filme da franquia "O massacre da serra elétrica". Dos famosos assassinos clássicos de filmes slasher, Leatherface sempre foi o meu favorito, mas na minha opinião, as sequências dos filmes dele são na maioria bem piores do que as dos outros "camaradas", como Jason e Freddy Krueger. Eu adoro os dois filmes originais dirigidos por Tobe Hooper, o remake de 2003 e "O início", de 2006. Aliás, acho que o filme de Liebesman cumpre infinitamente melhor a função de contar a origem de Leatherface e a influência deturpada que a sua família psicótica exerceu sobre ele. Os demais filmes dessa franquia ( o 3º, de 1990, "O Retorno", de 1994 e "A lenda continua", de 2013) são pura besteira caça-níquel, e nessa categoria eu enquadro também este novo reboot. É um filme violento e eventualmente macabro (com direito até a ménage à trois com um cadáver), mas é vazio e não acrescenta nada de importante ou interessante à história já conhecida. As próprias cenas com a famosa serra elétrica (uma na abertura e uma quando faltam pouco mais de 10 minutos para o filme acabar) não justificam a enrolação ao longo dos quase 90 minutos. Os personagens também não são interessantes: na verdade, ninguém "presta"; a família psicopata é doida, o diretor do hospício é sádico, o xerife é mau caráter, seu ajudante é vira-casaca, os adolescentes são perturbados, e só o que resta é a enfermeira mosca-morta, uma caricatura de "boa menina" e "donzela em perigo" no meio de toda aquela confusão.
Cativeiro
2.6 188 Assista AgoraAté a metade eu achei que era um filme razoável, nada surpreendente dentro do gênero, mas algo no estilo de "O colecionador de corpos" (que, embora tenha sido lançado dois anos depois, é bem mais interessante e melhor conduzido). Porém, a partir da segunda metade, com aquela "reviravolta" que deveria tornar o rumo do filme imprevisível, o que aconteceu foi que tornou-o terrivelmente clichê, tanto na ação quanto nos diálogos. Além disso, desde o início o casal de protagonistas não tem química. Elisha Cuthbert estava bem melhor chorando, berrando e correndo em "A Casa de Cera" e Daniel Gillies... este não convence e só serve para ser o eterno almofadinha de TVD.
Longe Deste Insensato Mundo
3.6 232 Assista AgoraTalvez por não ter visto as outras versões ainda, achei este filme muito bom, sobretudo os aspectos técnicos, como a trilha sonora e a fotografia belíssima. A trama em si me lembrou vagamente Jane Austen, as irmãs Brontë e até um pouco de Margaret Mitchell. Contudo, como muita gente comentou, eu achei o caráter da personagem Bathsheba bem incoerente: de cara ela parece uma mulher independente, do tipo que não quer o cabresto do casamento e que é capaz de gerir uma fazenda; até aí tudo bem... Porém, pouco depois de recusar duas propostas de casamento com homens que realmente a amam, ela não só se deixa seduzir como aceita levianamente uma terceira proposta, e com um sujeito bem menos nobre que os dois anteriores. Não sei se isso foi problema no roteiro ou no timing dos acontecimentos, mas por via das dúvidas vou assistir à versão de 1967 para ter uma outra perspectiva dessa história.
Mudo
2.6 240 Assista AgoraLento, longo demais e com um roteiro confuso e pouco atraente, exceto pelas partes com Alexander Skarsgård, nas quais ele realmente transmite a melancolia e a solidão do personagem mudo à procura do seu amor desaparecido, enfrentando dificuldades de comunicação, entre outras. Mesmo assim, fiquei com a impressão de que estava vendo duas histórias paralelas: de um lado, a trama de Leo e, do outro, uma espécie de história futurista de suspense e mistério com ares de 1984 que definitivamente não convence. Nem os pirados Cactus e Duck dão uma melhorada no ritmo do filme (aliás, Justin Theroux com aquela peruca de Gugu ficou ridículo). Enfim, vale pelo visual futurista coloridíssimo e pelo final inusitado. Mesmo assim, se tirassem meia hora da duração, não faria falta nenhuma.