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29 years, Belém (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Gabriel Darwich

    Irônico como o filme, apesar de bem desenvolvido, cai no prenúncio do próprio título - é uma revolução pela metade, que busca trazer a linguagem desenvolvida por Godard em La Chinoise, mas não se preocupa em transformar essa linguagem para ser usada hoje, quase 50 anos depois daquele prelúdio do Maio de 68. O resultado: uma estréia mundial onde metade do público deixou a sala de cinema, e o que mais se escutava eram poltronas se fechando e portas se abrindo.

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  • Gabriel Darwich

    Aquarius é um filme de resistência, de afirmação da memória. O plot já deixa isso incontestável: Clara, uma muher que, frente a uma força coercitiva que demanda modernização, se recusa a abrir mão do que o Edífico Aquarius representa tanto para a memória do Recife, quanto como documento de suas próprias memórias de vida. E isso acontece em meio a elementos narrativos que evocam algumas intrigantes nuances das relações sociais (de nepotismo e provincianismo, a orgias e igrejas) exclusivas da realidade brasileira, fazendo desse filme uma obra ao mesmo tempo nostálgica e absurdamente atual.

    Porém, apesar do plot bem desenvolvido e bem aparado, a verdadeira mágica que o cinema proporciona está justamente nas entelinhas, no "dizer sem dizer". E olhando para além do que é dito, mas também para como tudo é filmado e a forma que essa obra assume, é aí que as peculiaridades de Aquarius emergem.

    Aquarius é a história de uma mulher e um prédio, ambos querendo existir, se afirmar. E a existência de um está invariavelmente condicionada à existência do outro. Sem Clara, o edifício vai ao chão para dar lugar a um condomínio de luxo e ser apagado do Recife, e sem o apartamento, Clara deixa morrer um grande pedaço de si, no que diz respeito às décadas de memórias pessoais que o prédio carrega consigo.

    Portanto, não é por acaso que Kléber Mendonça Filho, com seus movimentos de câmera já consagrados como uma assinatura, alterna pontos de vista, nos botando para ver com os olhos de Clara, mas também nos fazendo enxergar o que o próprio prédio vê, como se suas paredes e corredores tivessem olhos próprios. E não apenas é o prédio um confidente de seus residentes - as paredes abarrotadas de discos e livros, a cômoda que guardou segredos por gerações, em um simbolismo memorável - mas um confidente que dialoga com Clara e revela

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    , em um sonho, o "câncer" silencioso que se espalha por suas paredes, evocando uma memória que traz de volta à tona o câncer dela. Um pedido de socorro, atendido com a extirpação e devolução do tumor cultivado lá.

    Talvez seja até irônico que essa sublime homenagem ao velho (ou vintage) venha ainda no segundo longa de um diretor que, por mais experiência e técnica apurada que tenha, faz parte de um movimento emergente, que aos poucos muda a cara e finalmente dá personalidade ao Cinema Brasileiro.

    E ironia por ironia, Aquarius já transcende a própria ode à memória contida no enredo. Ao se dedicar tanto ao subtexto, à interpretação de imagens pelo espectador e ao não-verbal - em um momento em que o Cinema caminha para cada vez mais verbalizar, levar tudo direto ao ponto; o filme torna-se, em um plano metalinguístico, uma obra de resistência da verdadeira linguagem do Cinema, que diz tudo sem precisar necessariamente dizer nada (não diretamente, ao menos).

    Por Aquarius, e pelo que Kleber Mendonça Filho e seus conterrâneos têm feito, digo: o Cinema Brasileiro respira!

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  • Gabriel Darwich

    Um filme bem fraco mesmo, que só faz aumentar minha apatia pela maioria dos musicais. Apesar de ser interessante ver o Tom Hardy com um estilo completamente diferente de atuação, não sei se isso por si só compensa assistir o filme, visto o pouco tempo de tela dele.

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