Ninguém comentou que apesar de tudo, Fúsi tinha um amigo de verdade. Também sendo um ser humano tão querido, mereceria até um amor, se os roteiros de filmes nórdicos não fossem como a vida, pouco hollywoodianos, mas reais. É assim mesmo.
Assisti na pandemia e esqueci de marcar, lendo comentários aqui, a personagem que sobreviveu a prova do tempo, pra mim, foi a Haidée, queridíssima, em meio ao culto a juventude que é a sociedade, ver ela redescobrir a vida foi lindo.
Não entendi essa nota, Frida é uma das raras personalidades na arte (e até na história) que quanto mais se conhece, mais se gosta e admira, o único defeito que eu daria pra esse documentário é que ele só tem uma hora e meia - e eu que nunca vou gastar as centenas de reais que custa o livro diário da Frida, gostaria de ter ouvido mais algumas passagens desde as dores aos affairs e mesmo a sua relação com a arte - a sua redentora. Tive o privilégio de ver algumas obras dela em SP (isso eu comentei só porque agora que vivo no interior acaba sendo um grande acontecimento, rs).
Primeiro me apaixonando por alguém só por mensagem de texto – a pessoa sendo mais velha e eu me assustando com cada passo dele, ao mesmo tempo que paralisada de medo de não agradar – então influenciada por amigxs que acabavam aumentando as minhas dúvidas quanto a relação por não entenderem, de fora, todos os nuances que as interações tinham. Eu era oprimida¿ eu tinha sido abusada¿ e que mulher nunca se arrependeu de ter ido pra casa do cara – estar na cama do cara – ver ele tirar a roupa e sentido vontade de recuar e não ter sido capaz de dizer e ter sido quase estuprada por educação, por tabu, porque é mais fácil acabar logo com aquilo do que explicar que perdeu o tesão e que preferia só ir pra casa e voltar a ter uma relação platônica que ele nunca aceitará porque afinal, você acha que ele é seu amigo¿ ele tem amigos, ele não precisa de você se você não for, afinal, abrir as pernas – de qualquer forma, é o que ele busca e se você não der, a próxima garota não vai querer você mosqueando ao redor do homem dela. Isso é a vida. Outra coisa, aos 20 a gente é muito self absorved mesmo – quando Robert fala a profissão dele e menciona que ela nunca perguntou, me lembrou sobre como eram esquecíveis as ocupações dos caras quando não estavam comigo. Enfim. Ainda assim, ela quase arruinou a vida do cara por interpretações equivocadas/exageradas pelo medo das estatísticas e séries da tv, ela acabou mais gerando violência do que evitando violência. Claro, ele foi misógino ao xingar Margot, mas na cabeça dele, ele tinha sido rejeitado depois de um date incrível (pra ele). A falta de comunicação é sempre a vilã – ela faz com que carreguemos muitos demônios pra queimar na terapia. True story. Mais o choque de gerações, verdade, as vezes a gente acha que tá arrazando, mas a geração z é outra coisa, sei porque acho difícil assistir coisas com o meu irmão, claro. Still into older guys, rs
Pessoal que diz que os orientais são todos iguais deveriam assistir esse filme porque eu ficava confundindo o pastor, o cara só estádio e o do hotel que eram muito iguais.
Bora lá, primeiro, agora eu entendo melhor a Taylor Swift. Segundo: não sei o que é mais utópico o happy ending monogâmico e eternamente satisfatório ou a poligamia e a honestidade levando-se em conta o ser humano e seu ego do tamanho dos EUA. Terceira e última: achei super contemporânea: o casal millenial (milenar) tentando fazer algo funcionar dentro do caos do casamento e da vida e o casal geração z chegando pra tacar o fds e sair de desconstruidor. Mas adorei o final, que não gostaria de ter tudo?
Eu poderia listar vários defeitos (de roteiro, de produção, até de seleção de atores), mas fazer filme é uma coisa tão difícil e cara (sendo assim, em grande parte monopolizada pelos grandes estúdios até hoje) que eu só posso ficar feliz que esse filme exista.
Ah, não vou marcar spoiler pq ninguém vai ler e eu misturei muito spoiler com opinião. I’m a virgo – confesso que eu quase desisti quando vi que o protagonista era gigante, mas a atriz que fazia a mãe dele é a maravilhosa (nome) e pensei, vou ver mais um pouco – ainda bem. Que série, mds. Pra começar o menino gigante, Cootie foi criado escondido por seus pais por medo da reação das pessoas, mas ele é jovem e vai desobedecer, claro. Ele encontra três jovens e começa a sair com eles e, óbvio, todo mundo acha ele uma sensação. O sonho do garoto é comer um big bang burguer e a rebeldia começa quando ele descobre que seus pais comiam fast food mesmo dizendo que era veneno pra ele, enfim. E é na lanchonete que ele encontra a sua pisciana e enquanto ele cria coragem pra chamá-la pra sair, fica sem grana, óbvio, aí aparece um agente e ele começa a fazer trabalhos de modelo, anúncios publicitários (esse eixo da história meio que fica interrompido pela sequência de acontecimentos posterior, mas tem questionamentos muito pertinentes sobre como a sociedade que explora tudo o que é diferente e joga fora). Temos uma cena estranhíssima de sexo no terceiro ep, mas é, talvez um alívio cômico porque logo depois um dos grandes amigos dele sofre um acidente e não é atendido no hospital porque não tem convênio/dinheiro. E é quando a história ganha profundidade, Jones, um dos três amigos de Cootie, explica duas vezes com precisão analítica o sistema capitalista. Ela protesta e começa greves. Mas esqueço o vilão da série, aliás, o herói – Herói era um personagem de quadrinhos que saiu pra vida real se tornar o que um dos personagens chama ‘fantasma’ – ele usa toda tecnologia milionária de um Batman só que boring, um Batman meio Elon Musk - ele combate o crime, mas os pequenos crimes, traficantes, shoplifters, baderneiros, ninguém do povo gosta dele, mas Cootie gostava por ter crescido a ler os quadrinhos dele. Até serem confrontados e ele entender que Herói não é assim tão incrível, na verdade, ele vive na sua bolha bilionária e é um psicopata total. Mas tem muito mais pra história que isso – como gigante, ele ganha uma seita de adoradores que conta que ele foi profetizado muitos anos antes e precisa perder um olho pra se tornar o messias (sempre). E tem outros carinhas da vizinhança que encolhem, ficam bem/bem pequeninhos. E eles finalmente se unem como um grupo pra combater o Herói/o sistema/o capitalismo. I’m a virgo – foi a melhor série que eu já assisti por coincidência na história da vidinha inteira – sim, eu pesquisava a palavra-chave Virgo porque eu sou virgo de asc e lua. E o que falam dos virginianos (e piscianos, porque uma pisciana muito rápida quebra o estereótipo injusto de que somos lentos).
Eu gostei. Sexual healing is a thing. E aceitar que envelhecemos e mesmo assim encararmos nossos corpos como um parque de diversões e não um peso é desafiante mesmo. Mas a aceitação é libertadora.
O fanatismo religioso é horrível - todo mundo sabe - Israel tá dizimando os palestinos exatamente agora e ninguém faz nada com medo de parecer antissemita. Os cristãos não são melhores, vejam as cruzadas - o papa senta num trono de ouro (roubado, em grande parte da América Latina) enquanto tem gente morrendo de fome na África (e se bobear, aqui na esquina também). A religião não tem nada a ver com deus (ou a deusa ou deuses ou forças cósmicas que nos regem, ela só serve aos interesses dos homens.
E pior que a religião é uma mãe daquelas - a mulher era o verdadeiro calvário. mas ninguém percebeu que a mensagem tão anti religão é dúbia? Afinal, a menina fez um sacrifício pela fala do irmão - e, na urgência da falta dela - ele falou - um milagre migalha de um salvador nêmesis.
3 estrelas porque a ísis carregou o filme - mas, realmente, o roteiro é bem problemático - a cada três cenas do casal, duas são cama e entre elas, uma em que ele é um animal com ela, ao mesmo tempo, é mais ou menos essa a dinâmica de um relacionamento abusivo - geralmente, o sexo vira uma espécie de catalizador da violência, uma ilusão de intimidade redentora - até que o ciclo recomeça, a crise de ciúmes, a nova agressão. Pena que acabou sendo mesmo bem raso, mas certamente eu verei a série com a Marjorie Estiano (ainda que no próximo,rs).
Estive assistindo Herb and Dorothy – os colecionadores de arte e fiquei pensando, talvez eu seja uma apreciadora da arte – alguém com a sensibilidade pra entender grandes e pequenas obras com todas suas camadas e intensidade (ainda que nem sempre, mas sempre usando todas as fibras tenras do material que fui feita pra tentar) e não pra produzir elas. Ver o pessoal circulando pelas galerias de arte no filme me lembrou também esse universinho tacanha lá em POA, ajudei o C. A fazer uma exposição dessas – quase ninguém vendia nada, mas era o tipo de coisa que servia de ‘currículo’ pra ficar conhecido pelas pessoas que realmente talvez consumissem arte – elas existiam. Mais tarde, trabalhando com A. Que era artista plástica – descobri que o mercado de arte rentável mesmo, ali na província, eram as lojas de sofá. Porque não era como se algum deles pudesse ambicionar o MoMa ou coisa parecida – mesmo o pessoal que foi na ideia dela, uma mostra em Miami por algo em torno de 1.5 doláres, na época uns 5 mil. Mas quem ia era gente já grande – todos com mais de 40, 50, 60 anos, gente que não precisava vender aqueles quadros de 4 algumas vezes até 5 dígitos, mas que se vendesse, legal. Era assim nas lojas de sofá, A. Vendia quadros abstratos de um, dois, três mil. Existia, é claro, aquele outro mundo com artes de cinco a sete dígitos, um outro mundo, onde estavam os Pollacks e Picassos e eu penso que sentiria ainda mais ódio no coração se fosse das artes plásticas porque sem entender muito desse mundo já passo raiva de ver o que faz sucesso e o que eu acho mesmo bonito estarem separados as vezes por milhares de reais, que fico quase grata por não ser um desses artistas de rua que pintam retratos perfeitos que as pessoas perguntam, mas por que não tirar uma foto (!) e eu já fui uma dessas pessoas – também achava a fotografia a coisa mais simples do mundo, ué, é só apertar um botão – ah a juventude é um desastre, por isso quando vejo a Greta militando pelo meio ambiente com 17 anos, a Malala ganhando o Nobel da Paz com 15 e a Billie Eillish com 8 grammys aos 18 penso que deve ter algo de super dotado nessas meninas da geração Z, devem ter vindo dum material cármico mais aperfeiçoado que nós millenials, que nos perdemos na internet, não nos fez bem receber toda informação do mundo aos 13 anos. Decerto é mais saudável ter desde os 3 meses, sei lá. Enfim.
Ahhh minha outra observação sobre Herb and Dorothy cheguei me emocionar – bem, como eles eram um casal incrível e como eles moldaram suas vidas em uma paixão comum – será isso ainda possível no século XXI
P.S: esse texto estava no meu arquivo de pandemia e achei que ele não merecia morrer na gaveta. Vai que alguém lê.
Não entendi essa série não ser renovada e Only murders in the building (que nem tinha plot depois da primeira, continuar). Tinha um potencial nostálgico e, ao mesmo tempo, contemporâneo que era muito querido, bem guilty pleasure mesmo - adorei a Sophie ser streetphotographer, a Valentina é muito querida, um pouco Robyn até, o Jesse é tão sem sorte e sem jeito que é impossível não gostar dele e o que dizer o sotaque inglês maravilhoso do Charlie, o Sid é legal e a Ellen é o espereótipo da sapatão gente fina - tem muito mais diversidade que a original, ainda que não tenha nem de longe o apelo romântico de HIMYF. Damn bussiness world. YOU SUCK.
A última novela que vi com o meu pai <3 a fotografia e a história e os sentimentos lá do pessoal no meio do pantanal, só quem já viveu, de fato, no mato, poderiam entender. As cenas de militância ambiental, absolutamente, necessárias.
Sabe, o filme não é horrível, apesar de não ser muito meu gênero e eu desconfiar muito do POV da polícia - acho, de verdade, que o final foi o pior possível, quebrou o personagem, então ele tem que agir de acordo,
que adianta a policial se revoltar e surtar e pegar o bandido e quando a gente acha que ela vai matá-lo, ah não, vou fazer um vídeo pra viralizar e ser presa
achei uma decisão de roteiro covarde e que, tomada, poderia rende um segundo filme com mais camadas.
Eu não tenho mais aquela paciência pra dramédias românticas, ainda assim, animações impecáveis que nos lembram que o amor é possível - ainda que pouco provável - me interessam, rs. P.s: as viagens sonoras e gráficas combinam demais com 1 2.
Disse a Greta Gerwig que esse é um dos filmes/séries que a inspiraram pra fazer o roteiro de Barbie e eu prevejo muitas várias crises existenciais/culturais e acho muito muito legal que algo assim possa, finalmente, ser mainstream. É uma ótima série, mas tem que prestar atenção porque são mesmo muitas camadas e talvez eu precise até rever um dia, mas o paralelo com a web é ainda mais interessante
quando a gente repara que quando foi feita, ainda não existiam esses jogos que fazem o pessoal se matar. E tem a diferença essencial entre the wire e the web que é, na wire você ainda é você, ainda que sem corpo, e na nossa realidade sem corpo você também some da web, as vezes a arte tenta prever o que nos é impossível inventar. Ou sei lá. Mas gostei.
Não acreditei nessa nota. Filme necessário - pena que essas conversas não chegam onde precisam, na cabeça dos heterotop. E quem as escuta, está alheio demais a realidade de mulheres no oriente médio, por exemplo, ou em qualquer lugar do Brasil e seus índices talibãs de violência contra a mulher e assédio e estupro e, enfim. Triste. Mas otimista.
Desajustados
3.9 119 Assista AgoraNinguém comentou que apesar de tudo, Fúsi tinha um amigo de verdade. Também sendo um ser humano tão querido, mereceria até um amor, se os roteiros de filmes nórdicos não fossem como a vida, pouco hollywoodianos, mas reais. É assim mesmo.
Sessão de Terapia (4ª Temporada)
4.4 27Assisti na pandemia e esqueci de marcar, lendo comentários aqui, a personagem que sobreviveu a prova do tempo, pra mim, foi a Haidée, queridíssima, em meio ao culto a juventude que é a sociedade, ver ela redescobrir a vida foi lindo.
Frida
3.9 4 Assista AgoraNão entendi essa nota, Frida é uma das raras personalidades na arte (e até na história) que quanto mais se conhece, mais se gosta e admira, o único defeito que eu daria pra esse documentário é que ele só tem uma hora e meia - e eu que nunca vou gastar as centenas de reais que custa o livro diário da Frida, gostaria de ter ouvido mais algumas passagens desde as dores aos affairs e mesmo a sua relação com a arte - a sua redentora. Tive o privilégio de ver algumas obras dela em SP (isso eu comentei só porque agora que vivo no interior acaba sendo um grande acontecimento, rs).
Cat Person
3.0 17Assisti Cat person e me senti muito impactada porque o cara tinha quase a minha idade, mas a menina jovem era claramente eu – anos atrás.
Primeiro me apaixonando por alguém só por mensagem de texto – a pessoa sendo mais velha e eu me assustando com cada passo dele, ao mesmo tempo que paralisada de medo de não agradar – então influenciada por amigxs que acabavam aumentando as minhas dúvidas quanto a relação por não entenderem, de fora, todos os nuances que as interações tinham. Eu era oprimida¿ eu tinha sido abusada¿ e que mulher nunca se arrependeu de ter ido pra casa do cara – estar na cama do cara – ver ele tirar a roupa e sentido vontade de recuar e não ter sido capaz de dizer e ter sido quase estuprada por educação, por tabu, porque é mais fácil acabar logo com aquilo do que explicar que perdeu o tesão e que preferia só ir pra casa e voltar a ter uma relação platônica que ele nunca aceitará porque afinal, você acha que ele é seu amigo¿ ele tem amigos, ele não precisa de você se você não for, afinal, abrir as pernas – de qualquer forma, é o que ele busca e se você não der, a próxima garota não vai querer você mosqueando ao redor do homem dela. Isso é a vida. Outra coisa, aos 20 a gente é muito self absorved mesmo – quando Robert fala a profissão dele e menciona que ela nunca perguntou, me lembrou sobre como eram esquecíveis as ocupações dos caras quando não estavam comigo. Enfim. Ainda assim, ela quase arruinou a vida do cara por interpretações equivocadas/exageradas pelo medo das estatísticas e séries da tv, ela acabou mais gerando violência do que evitando violência. Claro, ele foi misógino ao xingar Margot, mas na cabeça dele, ele tinha sido rejeitado depois de um date incrível (pra ele). A falta de comunicação é sempre a vilã – ela faz com que carreguemos muitos demônios pra queimar na terapia. True story. Mais o choque de gerações, verdade, as vezes a gente acha que tá arrazando, mas a geração z é outra coisa, sei porque acho difícil assistir coisas com o meu irmão, claro. Still into older guys, rs
Segredos de um Escândalo
3.5 312 Assista AgoraEu gostei, mas essa trilha sonora de pianinhos parece filme dos anos 90 - como se eles estivessem ambientando duplamente o espectador no ano do caso.
Italiano para Principiantes
3.7 25Pessoal que diz que os orientais são todos iguais deveriam assistir esse filme porque eu ficava confundindo o pastor, o cara só estádio e o do hotel que eram muito iguais.
Conversas entre amigos (1ª Temporada)
3.7 24Bora lá, primeiro, agora eu entendo melhor a Taylor Swift. Segundo: não sei o que é mais utópico o happy ending monogâmico e eternamente satisfatório ou a poligamia e a honestidade levando-se em conta o ser humano e seu ego do tamanho dos EUA. Terceira e última: achei super contemporânea: o casal millenial (milenar) tentando fazer algo funcionar dentro do caos do casamento e da vida e o casal geração z chegando pra tacar o fds e sair de desconstruidor. Mas adorei o final, que não gostaria de ter tudo?
Coração de Neon
3.0 9Eu poderia listar vários defeitos (de roteiro, de produção, até de seleção de atores), mas fazer filme é uma coisa tão difícil e cara (sendo assim, em grande parte monopolizada pelos grandes estúdios até hoje) que eu só posso ficar feliz que esse filme exista.
Sou de Virgem (1ª Temporada)
3.9 9 Assista AgoraAh, não vou marcar spoiler pq ninguém vai ler e eu misturei muito spoiler com opinião.
I’m a virgo – confesso que eu quase desisti quando vi que o protagonista era gigante, mas a atriz que fazia a mãe dele é a maravilhosa (nome) e pensei, vou ver mais um pouco – ainda bem. Que série, mds. Pra começar o menino gigante, Cootie foi criado escondido por seus pais por medo da reação das pessoas, mas ele é jovem e vai desobedecer, claro. Ele encontra três jovens e começa a sair com eles e, óbvio, todo mundo acha ele uma sensação. O sonho do garoto é comer um big bang burguer e a rebeldia começa quando ele descobre que seus pais comiam fast food mesmo dizendo que era veneno pra ele, enfim. E é na lanchonete que ele encontra a sua pisciana e enquanto ele cria coragem pra chamá-la pra sair, fica sem grana, óbvio, aí aparece um agente e ele começa a fazer trabalhos de modelo, anúncios publicitários (esse eixo da história meio que fica interrompido pela sequência de acontecimentos posterior, mas tem questionamentos muito pertinentes sobre como a sociedade que explora tudo o que é diferente e joga fora). Temos uma cena estranhíssima de sexo no terceiro ep, mas é, talvez um alívio cômico porque logo depois um dos grandes amigos dele sofre um acidente e não é atendido no hospital porque não tem convênio/dinheiro. E é quando a história ganha profundidade, Jones, um dos três amigos de Cootie, explica duas vezes com precisão analítica o sistema capitalista. Ela protesta e começa greves. Mas esqueço o vilão da série, aliás, o herói – Herói era um personagem de quadrinhos que saiu pra vida real se tornar o que um dos personagens chama ‘fantasma’ – ele usa toda tecnologia milionária de um Batman só que boring, um Batman meio Elon Musk - ele combate o crime, mas os pequenos crimes, traficantes, shoplifters, baderneiros, ninguém do povo gosta dele, mas Cootie gostava por ter crescido a ler os quadrinhos dele. Até serem confrontados e ele entender que Herói não é assim tão incrível, na verdade, ele vive na sua bolha bilionária e é um psicopata total. Mas tem muito mais pra história que isso – como gigante, ele ganha uma seita de adoradores que conta que ele foi profetizado muitos anos antes e precisa perder um olho pra se tornar o messias (sempre). E tem outros carinhas da vizinhança que encolhem, ficam bem/bem pequeninhos. E eles finalmente se unem como um grupo pra combater o Herói/o sistema/o capitalismo.
I’m a virgo – foi a melhor série que eu já assisti por coincidência na história da vidinha inteira – sim, eu pesquisava a palavra-chave Virgo porque eu sou virgo de asc e lua. E o que falam dos virginianos (e piscianos, porque uma pisciana muito rápida quebra o estereótipo injusto de que somos lentos).
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraEu gostei. Sexual healing is a thing. E aceitar que envelhecemos e mesmo assim encararmos nossos corpos como um parque de diversões e não um peso é desafiante mesmo. Mas a aceitação é libertadora.
Monos: Entre o Céu e o Inferno
3.3 39 Assista AgoraAs furadas que os 1001 filmes pra ver antes de morrer me levam.
só salvo a cena dos shroons
14 Estações de Maria
4.0 78O fanatismo religioso é horrível - todo mundo sabe - Israel tá dizimando os palestinos exatamente agora e ninguém faz nada com medo de parecer antissemita. Os cristãos não são melhores, vejam as cruzadas - o papa senta num trono de ouro (roubado, em grande parte da América Latina) enquanto tem gente morrendo de fome na África (e se bobear, aqui na esquina também). A religião não tem nada a ver com deus (ou a deusa ou deuses ou forças cósmicas que nos regem, ela só serve aos interesses dos homens.
E pior que a religião é uma mãe daquelas - a mulher era o verdadeiro calvário.
mas ninguém percebeu que a mensagem tão anti religão é dúbia? Afinal, a menina fez um sacrifício pela fala do irmão - e, na urgência da falta dela - ele falou - um milagre migalha de um salvador nêmesis.
Angela
2.5 813 estrelas porque a ísis carregou o filme - mas, realmente, o roteiro é bem problemático - a cada três cenas do casal, duas são cama e entre elas, uma em que ele é um animal com ela, ao mesmo tempo, é mais ou menos essa a dinâmica de um relacionamento abusivo - geralmente, o sexo vira uma espécie de catalizador da violência, uma ilusão de intimidade redentora - até que o ciclo recomeça, a crise de ciúmes, a nova agressão.
Pena que acabou sendo mesmo bem raso, mas certamente eu verei a série com a Marjorie Estiano (ainda que no próximo,rs).
Borboletas Negras
3.7 91The child isn't dead.
Herb and Dorothy
3.6 1Estive assistindo Herb and Dorothy – os colecionadores de arte e fiquei pensando, talvez eu seja uma apreciadora da arte – alguém com a sensibilidade pra entender grandes e pequenas obras com todas suas camadas e intensidade (ainda que nem sempre, mas sempre usando todas as fibras tenras do material que fui feita pra tentar) e não pra produzir elas.
Ver o pessoal circulando pelas galerias de arte no filme me lembrou também esse universinho tacanha lá em POA, ajudei o C. A fazer uma exposição dessas – quase ninguém vendia nada, mas era o tipo de coisa que servia de ‘currículo’ pra ficar conhecido pelas pessoas que realmente talvez consumissem arte – elas existiam. Mais tarde, trabalhando com A. Que era artista plástica – descobri que o mercado de arte rentável mesmo, ali na província, eram as lojas de sofá. Porque não era como se algum deles pudesse ambicionar o MoMa ou coisa parecida – mesmo o pessoal que foi na ideia dela, uma mostra em Miami por algo em torno de 1.5 doláres, na época uns 5 mil. Mas quem ia era gente já grande – todos com mais de 40, 50, 60 anos, gente que não precisava vender aqueles quadros de 4 algumas vezes até 5 dígitos, mas que se vendesse, legal. Era assim nas lojas de sofá, A. Vendia quadros abstratos de um, dois, três mil. Existia, é claro, aquele outro mundo com artes de cinco a sete dígitos, um outro mundo, onde estavam os Pollacks e Picassos e eu penso que sentiria ainda mais ódio no coração se fosse das artes plásticas porque sem entender muito desse mundo já passo raiva de ver o que faz sucesso e o que eu acho mesmo bonito estarem separados as vezes por milhares de reais, que fico quase grata por não ser um desses artistas de rua que pintam retratos perfeitos que as pessoas perguntam, mas por que não tirar uma foto (!) e eu já fui uma dessas pessoas – também achava a fotografia a coisa mais simples do mundo, ué, é só apertar um botão – ah a juventude é um desastre, por isso quando vejo a Greta militando pelo meio ambiente com 17 anos, a Malala ganhando o Nobel da Paz com 15 e a Billie Eillish com 8 grammys aos 18 penso que deve ter algo de super dotado nessas meninas da geração Z, devem ter vindo dum material cármico mais aperfeiçoado que nós millenials, que nos perdemos na internet, não nos fez bem receber toda informação do mundo aos 13 anos. Decerto é mais saudável ter desde os 3 meses, sei lá. Enfim.
Ahhh minha outra observação sobre Herb and Dorothy cheguei me emocionar – bem, como eles eram um casal incrível e como eles moldaram suas vidas em uma paixão comum – será isso ainda possível no século XXI
P.S: esse texto estava no meu arquivo de pandemia e achei que ele não merecia morrer na gaveta. Vai que alguém lê.
Como Eu Conheci Seu Pai (1ª Temporada)
3.4 57Não entendi essa série não ser renovada e Only murders in the building (que nem tinha plot depois da primeira, continuar). Tinha um potencial nostálgico e, ao mesmo tempo, contemporâneo que era muito querido, bem guilty pleasure mesmo - adorei a Sophie ser streetphotographer, a Valentina é muito querida, um pouco Robyn até, o Jesse é tão sem sorte e sem jeito que é impossível não gostar dele e o que dizer o sotaque inglês maravilhoso do Charlie, o Sid é legal e a Ellen é o espereótipo da sapatão gente fina - tem muito mais diversidade que a original, ainda que não tenha nem de longe o apelo romântico de HIMYF. Damn bussiness world. YOU SUCK.
Pantanal
4.2 49 Assista AgoraA última novela que vi com o meu pai <3
a fotografia e a história e os sentimentos lá do pessoal no meio do pantanal, só quem já viveu, de fato, no mato, poderiam entender. As cenas de militância ambiental, absolutamente, necessárias.
Intervenção
3.0 83 Assista AgoraSabe, o filme não é horrível, apesar de não ser muito meu gênero e eu desconfiar muito do POV da polícia - acho, de verdade, que o final foi o pior possível, quebrou o personagem, então ele tem que agir de acordo,
que adianta a policial se revoltar e surtar e pegar o bandido e quando a gente acha que ela vai matá-lo, ah não, vou fazer um vídeo pra viralizar e ser presa
achei uma decisão de roteiro covarde e que, tomada, poderia rende um segundo filme com mais camadas.
Entergalactic
4.1 90 Assista AgoraEu não tenho mais aquela paciência pra dramédias românticas, ainda assim, animações impecáveis que nos lembram que o amor é possível - ainda que pouco provável - me interessam, rs.
P.s: as viagens sonoras e gráficas combinam demais com 1 2.
Serial Experiments Lain
4.4 153Disse a Greta Gerwig que esse é um dos filmes/séries que a inspiraram pra fazer o roteiro de Barbie e eu prevejo muitas várias crises existenciais/culturais e acho muito muito legal que algo assim possa, finalmente, ser mainstream.
É uma ótima série, mas tem que prestar atenção porque são mesmo muitas camadas e talvez eu precise até rever um dia, mas o paralelo com a web é ainda mais interessante
quando a gente repara que quando foi feita, ainda não existiam esses jogos que fazem o pessoal se matar. E tem a diferença essencial entre the wire e the web que é, na wire você ainda é você, ainda que sem corpo, e na nossa realidade sem corpo você também some da web, as vezes a arte tenta prever o que nos é impossível inventar. Ou sei lá. Mas gostei.
Todo Mundo em Pânico 5
1.9 1,6KSofrível, só vi pelas cenas do Mac Miller e o Snoop Dog <3
Entre Mulheres
3.7 262Não acreditei nessa nota. Filme necessário - pena que essas conversas não chegam onde precisam, na cabeça dos heterotop. E quem as escuta, está alheio demais a realidade de mulheres no oriente médio, por exemplo, ou em qualquer lugar do Brasil e seus índices talibãs de violência contra a mulher e assédio e estupro e, enfim. Triste. Mas otimista.
Chris Rock: Indignação Seletiva
3.5 31 Assista AgoraWhy is holding hands more intimate than licking ass? Pois é.
Tapa na Pantera
3.8 298Será a erva que me faz feliz ou eu já tinha uma tendência a felicidade?
<3