Assisti na pandemia e esqueci de marcar, lendo comentários aqui, a personagem que sobreviveu a prova do tempo, pra mim, foi a Haidée, queridíssima, em meio ao culto a juventude que é a sociedade, ver ela redescobrir a vida foi lindo.
Bora lá, primeiro, agora eu entendo melhor a Taylor Swift. Segundo: não sei o que é mais utópico o happy ending monogâmico e eternamente satisfatório ou a poligamia e a honestidade levando-se em conta o ser humano e seu ego do tamanho dos EUA. Terceira e última: achei super contemporânea: o casal millenial (milenar) tentando fazer algo funcionar dentro do caos do casamento e da vida e o casal geração z chegando pra tacar o fds e sair de desconstruidor. Mas adorei o final, que não gostaria de ter tudo?
Ah, não vou marcar spoiler pq ninguém vai ler e eu misturei muito spoiler com opinião. I’m a virgo – confesso que eu quase desisti quando vi que o protagonista era gigante, mas a atriz que fazia a mãe dele é a maravilhosa (nome) e pensei, vou ver mais um pouco – ainda bem. Que série, mds. Pra começar o menino gigante, Cootie foi criado escondido por seus pais por medo da reação das pessoas, mas ele é jovem e vai desobedecer, claro. Ele encontra três jovens e começa a sair com eles e, óbvio, todo mundo acha ele uma sensação. O sonho do garoto é comer um big bang burguer e a rebeldia começa quando ele descobre que seus pais comiam fast food mesmo dizendo que era veneno pra ele, enfim. E é na lanchonete que ele encontra a sua pisciana e enquanto ele cria coragem pra chamá-la pra sair, fica sem grana, óbvio, aí aparece um agente e ele começa a fazer trabalhos de modelo, anúncios publicitários (esse eixo da história meio que fica interrompido pela sequência de acontecimentos posterior, mas tem questionamentos muito pertinentes sobre como a sociedade que explora tudo o que é diferente e joga fora). Temos uma cena estranhíssima de sexo no terceiro ep, mas é, talvez um alívio cômico porque logo depois um dos grandes amigos dele sofre um acidente e não é atendido no hospital porque não tem convênio/dinheiro. E é quando a história ganha profundidade, Jones, um dos três amigos de Cootie, explica duas vezes com precisão analítica o sistema capitalista. Ela protesta e começa greves. Mas esqueço o vilão da série, aliás, o herói – Herói era um personagem de quadrinhos que saiu pra vida real se tornar o que um dos personagens chama ‘fantasma’ – ele usa toda tecnologia milionária de um Batman só que boring, um Batman meio Elon Musk - ele combate o crime, mas os pequenos crimes, traficantes, shoplifters, baderneiros, ninguém do povo gosta dele, mas Cootie gostava por ter crescido a ler os quadrinhos dele. Até serem confrontados e ele entender que Herói não é assim tão incrível, na verdade, ele vive na sua bolha bilionária e é um psicopata total. Mas tem muito mais pra história que isso – como gigante, ele ganha uma seita de adoradores que conta que ele foi profetizado muitos anos antes e precisa perder um olho pra se tornar o messias (sempre). E tem outros carinhas da vizinhança que encolhem, ficam bem/bem pequeninhos. E eles finalmente se unem como um grupo pra combater o Herói/o sistema/o capitalismo. I’m a virgo – foi a melhor série que eu já assisti por coincidência na história da vidinha inteira – sim, eu pesquisava a palavra-chave Virgo porque eu sou virgo de asc e lua. E o que falam dos virginianos (e piscianos, porque uma pisciana muito rápida quebra o estereótipo injusto de que somos lentos).
Não entendi essa série não ser renovada e Only murders in the building (que nem tinha plot depois da primeira, continuar). Tinha um potencial nostálgico e, ao mesmo tempo, contemporâneo que era muito querido, bem guilty pleasure mesmo - adorei a Sophie ser streetphotographer, a Valentina é muito querida, um pouco Robyn até, o Jesse é tão sem sorte e sem jeito que é impossível não gostar dele e o que dizer o sotaque inglês maravilhoso do Charlie, o Sid é legal e a Ellen é o espereótipo da sapatão gente fina - tem muito mais diversidade que a original, ainda que não tenha nem de longe o apelo romântico de HIMYF. Damn bussiness world. YOU SUCK.
Disse a Greta Gerwig que esse é um dos filmes/séries que a inspiraram pra fazer o roteiro de Barbie e eu prevejo muitas várias crises existenciais/culturais e acho muito muito legal que algo assim possa, finalmente, ser mainstream. É uma ótima série, mas tem que prestar atenção porque são mesmo muitas camadas e talvez eu precise até rever um dia, mas o paralelo com a web é ainda mais interessante
quando a gente repara que quando foi feita, ainda não existiam esses jogos que fazem o pessoal se matar. E tem a diferença essencial entre the wire e the web que é, na wire você ainda é você, ainda que sem corpo, e na nossa realidade sem corpo você também some da web, as vezes a arte tenta prever o que nos é impossível inventar. Ou sei lá. Mas gostei.
Li que Anne with an E era INFP como eu - engraçado mesmo, lembrei da época que era importante dizer pras pessoas que meu nome era Gabriely com Y, essa coisa de criar mundos na cabeça pra realidade ser suportável, mas também porque as coisas são sempre mais bonitas imaginadas - Anne é um amor de ser humano - vi Anne with the green gables de 85 e fiquei bem contente que a série possa desenvolver bem mais o enredo e não fique tudo resolvido muito rápido e na superfície, aqui os dilemas dela se parecem muito com o das meninas de hoje (sim, ainda, várias coisas poderiam muito bem ter ficado pra trás como o estigma da menstruação etc) mas outras são universais e eternas e por isso acho que Anne vai viver muito tempo e ainda bem <3
Ah, eu curti, é criativa e não deixa de fazer graça dos preconceitos americanos quanto a coisas diferentes: eles tem costumes diferentes, será que são europeus, será que são amish? No mais, é engraçado como as pessoas continuam "explorando" os alienígenas e que, por mais que os recursos tecnológicos avancem, eles sempre são abordados da mesma forma: seres meio nonsense que são amigáveis e que - inteligentes demais ou muito burros - nunca nos entendem, Enfim, acredito que valha a pena conferir sim.
Sessão de Terapia (4ª Temporada)
4.4 27Assisti na pandemia e esqueci de marcar, lendo comentários aqui, a personagem que sobreviveu a prova do tempo, pra mim, foi a Haidée, queridíssima, em meio ao culto a juventude que é a sociedade, ver ela redescobrir a vida foi lindo.
Conversas entre amigos (1ª Temporada)
3.7 24Bora lá, primeiro, agora eu entendo melhor a Taylor Swift. Segundo: não sei o que é mais utópico o happy ending monogâmico e eternamente satisfatório ou a poligamia e a honestidade levando-se em conta o ser humano e seu ego do tamanho dos EUA. Terceira e última: achei super contemporânea: o casal millenial (milenar) tentando fazer algo funcionar dentro do caos do casamento e da vida e o casal geração z chegando pra tacar o fds e sair de desconstruidor. Mas adorei o final, que não gostaria de ter tudo?
Sou de Virgem (1ª Temporada)
3.9 9 Assista AgoraAh, não vou marcar spoiler pq ninguém vai ler e eu misturei muito spoiler com opinião.
I’m a virgo – confesso que eu quase desisti quando vi que o protagonista era gigante, mas a atriz que fazia a mãe dele é a maravilhosa (nome) e pensei, vou ver mais um pouco – ainda bem. Que série, mds. Pra começar o menino gigante, Cootie foi criado escondido por seus pais por medo da reação das pessoas, mas ele é jovem e vai desobedecer, claro. Ele encontra três jovens e começa a sair com eles e, óbvio, todo mundo acha ele uma sensação. O sonho do garoto é comer um big bang burguer e a rebeldia começa quando ele descobre que seus pais comiam fast food mesmo dizendo que era veneno pra ele, enfim. E é na lanchonete que ele encontra a sua pisciana e enquanto ele cria coragem pra chamá-la pra sair, fica sem grana, óbvio, aí aparece um agente e ele começa a fazer trabalhos de modelo, anúncios publicitários (esse eixo da história meio que fica interrompido pela sequência de acontecimentos posterior, mas tem questionamentos muito pertinentes sobre como a sociedade que explora tudo o que é diferente e joga fora). Temos uma cena estranhíssima de sexo no terceiro ep, mas é, talvez um alívio cômico porque logo depois um dos grandes amigos dele sofre um acidente e não é atendido no hospital porque não tem convênio/dinheiro. E é quando a história ganha profundidade, Jones, um dos três amigos de Cootie, explica duas vezes com precisão analítica o sistema capitalista. Ela protesta e começa greves. Mas esqueço o vilão da série, aliás, o herói – Herói era um personagem de quadrinhos que saiu pra vida real se tornar o que um dos personagens chama ‘fantasma’ – ele usa toda tecnologia milionária de um Batman só que boring, um Batman meio Elon Musk - ele combate o crime, mas os pequenos crimes, traficantes, shoplifters, baderneiros, ninguém do povo gosta dele, mas Cootie gostava por ter crescido a ler os quadrinhos dele. Até serem confrontados e ele entender que Herói não é assim tão incrível, na verdade, ele vive na sua bolha bilionária e é um psicopata total. Mas tem muito mais pra história que isso – como gigante, ele ganha uma seita de adoradores que conta que ele foi profetizado muitos anos antes e precisa perder um olho pra se tornar o messias (sempre). E tem outros carinhas da vizinhança que encolhem, ficam bem/bem pequeninhos. E eles finalmente se unem como um grupo pra combater o Herói/o sistema/o capitalismo.
I’m a virgo – foi a melhor série que eu já assisti por coincidência na história da vidinha inteira – sim, eu pesquisava a palavra-chave Virgo porque eu sou virgo de asc e lua. E o que falam dos virginianos (e piscianos, porque uma pisciana muito rápida quebra o estereótipo injusto de que somos lentos).
Como Eu Conheci Seu Pai (1ª Temporada)
3.4 57Não entendi essa série não ser renovada e Only murders in the building (que nem tinha plot depois da primeira, continuar). Tinha um potencial nostálgico e, ao mesmo tempo, contemporâneo que era muito querido, bem guilty pleasure mesmo - adorei a Sophie ser streetphotographer, a Valentina é muito querida, um pouco Robyn até, o Jesse é tão sem sorte e sem jeito que é impossível não gostar dele e o que dizer o sotaque inglês maravilhoso do Charlie, o Sid é legal e a Ellen é o espereótipo da sapatão gente fina - tem muito mais diversidade que a original, ainda que não tenha nem de longe o apelo romântico de HIMYF. Damn bussiness world. YOU SUCK.
Serial Experiments Lain
4.4 151Disse a Greta Gerwig que esse é um dos filmes/séries que a inspiraram pra fazer o roteiro de Barbie e eu prevejo muitas várias crises existenciais/culturais e acho muito muito legal que algo assim possa, finalmente, ser mainstream.
É uma ótima série, mas tem que prestar atenção porque são mesmo muitas camadas e talvez eu precise até rever um dia, mas o paralelo com a web é ainda mais interessante
quando a gente repara que quando foi feita, ainda não existiam esses jogos que fazem o pessoal se matar. E tem a diferença essencial entre the wire e the web que é, na wire você ainda é você, ainda que sem corpo, e na nossa realidade sem corpo você também some da web, as vezes a arte tenta prever o que nos é impossível inventar. Ou sei lá. Mas gostei.
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista AgoraLi que Anne with an E era INFP como eu - engraçado mesmo, lembrei da época que era importante dizer pras pessoas que meu nome era Gabriely com Y, essa coisa de criar mundos na cabeça pra realidade ser suportável, mas também porque as coisas são sempre mais bonitas imaginadas - Anne é um amor de ser humano - vi Anne with the green gables de 85 e fiquei bem contente que a série possa desenvolver bem mais o enredo e não fique tudo resolvido muito rápido e na superfície, aqui os dilemas dela se parecem muito com o das meninas de hoje (sim, ainda, várias coisas poderiam muito bem ter ficado pra trás como o estigma da menstruação etc) mas outras são universais e eternas e por isso acho que Anne vai viver muito tempo e ainda bem <3
Daria (1ª Temporada)
4.6 106Podiam cadastrar as outras temporadas // to maratonando e amando e logo serei obrigada a fazer, rs
The Neighbors (1ª Temporada)
3.7 30Ah, eu curti, é criativa e não deixa de fazer graça dos preconceitos americanos quanto a coisas diferentes: eles tem costumes diferentes, será que são europeus, será que são amish? No mais, é engraçado como as pessoas continuam "explorando" os alienígenas e que, por mais que os recursos tecnológicos avancem, eles sempre são abordados da mesma forma: seres meio nonsense que são amigáveis e que - inteligentes demais ou muito burros - nunca nos entendem, Enfim, acredito que valha a pena conferir sim.
Glee (4ª Temporada)
3.6 653 Assista AgoraQue linda essa Marley, inside and out *-*
Go On (1ª Temporada)
3.9 141Eu torço tanto pra que o Chandler não tenha sido o papel da vida do Perry, ainda assim, acho que por enquanto não existe competição.
Os Mistérios de Miss Fisher (1º Temporada)
4.4 36Claro que qualquer coisa ambientada nos anos 20 ficaria um charme. Muito boa. :)
The Real L Word (1ª Temporada)
3.8 73Relacionamentos são complicados até mesmo pra pessoas do mesmo sexo. Que coisa.