Visualmente falando, acho que o filme é irrepreensível; por isso mesmo ele abusa de paisagens de tirar o fôlego, efeitos especiais e uma fotografia linda, mas não é o bastante, na minha opinião, pra conquistar o espectador por completo. O roteiro me pareceu um pouco confuso por vezes e sinto que faltaram elementos pra nos conectarem com os protagonistas e nos convencerem do amor que nascia ali.
Saber que esta foi apenas uma entre as milhares de histórias de dor e sofrimento na década de 80 só torna nossa percepção, enquanto assistimos ao filme, mais triste e angustiante. Imaginar que tanta gente viveu o pânico e o medo, doentes e/ou perdendo pessoas amadas, sem o menor apoio do governo, é chocante.
Em momento algum discordei da postura incisiva de Ned enquanto militante, que lutou dando a cara a tapa, sem a vergonha de ser o que é.
A discussão entre ele e o irmão sobre aceitação e, depois, a briga com os colegas no momento da demissão foram brilhantes. E, infelizmente, esse discurso é válido até hoje para fazer com que minorias sejam ouvidas.
Na cena final no hospital com o Felix; meu coração se apertou até se reduzir a uma ervilha. Me imaginei por um momento no lugar deles, perdendo metade de mim e frustrada em níveis astronômicos por ter dado tudo de mim por uma causa, sem ver nada mudar, além do número de mortes. Mas aí veio a última cena, com Ned observando tantos casais gays dançando, muitos com sua "cara-metade", tão vulneráveis à chegada de uma doença impiedosa - a resposta para o que Felix havia dito antes de morrer: "Ache um jeito de lutar novamente".
O filme é um bom entretenimento, mas fiquei com a sensação o tempo inteiro de que estavam passando várias incoerências na minha frente. Pra começar: nada contra humanizar um vilão (às vezes é um sucesso, como em Wicked, às vezes não, como em Hannibal), mas fazer isso decentemente com Malévola iria requerer, a meu ver, uma coisa completamente diferente.
Malévola significa 'aquela que causa o mal'. Como alguém que é bom DESDE QUE NASCEU pode se chamar Malévola, pra começo de conversa? Ela FICA má, e não É má. Ao mesmo tempo, como uma personagem com todos os elementos característicos clichês do lado negro da força (chifres, roupas pretas, olhos com pupilas que remetem a bodes, logo, ao capiroto) pode representar o bem? Tudo nos filmes comunica, mas nesse caso a solução foi tacar um foda-se pra criar a Malévola boazinha que na verdade só foi maltratada.
A direção me pareceu uma coisa completamente perdida, parecia que o cara não sabia o que estava fazendo. As cenas sem cadência, mal amarradas umas às outras; o trio de fadas mais sem graça do mundo, uma inserção forçada do príncipe na história (pelamor, de onde ele surgiu na última cena?), um homem-corvo que não tem a menor química com a Jolie (e que ainda PRECISA explicar porque a Aurora acordou com o beijo da Malévola, como se o público fosse burro o bastante pra não entender), etc.
Falando em beijo, foi uma graça, mas Frozen fez primeiro, bitches.
Não sei nem o que dizer desse filme sensacional. Super teatral, com um elenco foda, personagens ótimos e pitadas de todos os tipos: comédia, suspense, drama e por aí vai. Uma delícia :)
Um filme de guerra diferente dos que estamos acostumados a 'ouvir falar', pois foca na transformação psicológica (e, por que não, física) de alguém que vê de perto os horrores do período.
As melhores coisas de Vá e Veja, pra mim, são as expressões do Aleksei e a sonoplastia, que é quase um personagem à parte. A primeira metade é mais arrastada, te preparando (ou não) para a violência chocante da segunda.
O final, como muitos disseram, fecha com chave de ouro. O que me chamou a atenção é o momento em que um dos soldados nazistas tenta "justificar" a matança generalizada, sem poupar crianças, dizendo que as pessoas já nascem comunistas; ou seja: o mal já está instalado, então a solução é cortá-lo pela raiz. Aí depois, quando Florya atira loucamente no retrato de Hitler e vemos sua vida de trás pra frente - como se aquela realidade alternativa do menino pudesse evitar toda a desgraça que ele viu e viveu -, os tiros param quando a linha do tempo para na infância do ditador.
Lars Von Trier mostrando novamente ser incrédulo quando à humanidade e socando alguns estômagos. Mais uma voz se juntando ao coro dos que curtiram a cena em que Joe fala sobre hipocrisia.
Achei a cena final incrível. Joe achando que finalmente encontrou um amigo, aquele senhor aparentemente tão bondoso e compreensível, quando se vê prestes a ser abusada por ele. Não é porque ela é uma ninfomaníaca que precisa/quer transar com todo mundo e ser tratada como pedaço de carne. Todas as suas relações sexuais ao longo do filme se deram com o consentimento dela, e aí vem a fala matadora e que reflete tão bem a sociedade machista: "Mas você trepou com centenas de caras...".
Daria três estrelas, não fosse pela reviravolta próxima do final. Achei um bom terror/suspense, me surpreendeu algumas vezes, mas como a colega aí de baixo disse, achei o argumento da 'explicação' fraco. Senti falta de um fechamento mais amarrado também.
Já em relação à heroína, vibrei com cada sacada de astúcia, rs.
Eu estava com uma vontade louca de assistir e a espera finalmente acabou numa noite de sexta, bem tarde. Infelizmente eu estava com bastante sono e acabei dormindo em alguns trechos, consequentemente não absorvendo as cenas. Terminei, não achei nada de mais (claro rs) e fiquei sem saber por que as pessoas estavam elogiando tanto.
Hoje, bem desperta e com tempo livre, resolvi dar uma segunda chance. Aí que não parei de chorar até agora.
Assisti ontem, mas estou digerindo hoje. Fui fisgada pela trilha sonora (e olha que nem sou fã do gênero), pelo Johan Heldenbergh, pelos diálogos, por aquele discurso matador do final, pela banda maravilhosa, 'a' tatuagem, a dor. Socorro.
Ainda que não tenha atendido 100% às minhas expectativas, é um filmaço. Quanto sofrimento! É incrível, e não de uma maneira boa (rs), como seres humanos puderam ser capazes de submeter outros a tanta tortura.
Palmas para Lupita Nyong'o, conseguiu me fazer remexer na cadeira de tanta aflição e angústia.
Excelente documentário, do tipo todos "merecem" assistir. O sexismo e machismo estão tão enraizados na sociedade que às vezes, para algumas pessoas, é preciso desenhar pra explicitar o quanto está presente em toda parte.
Saí do cinema me sentindo sufocada, gritando por dentro, e fiquei muito tempo depois ainda pensando no que tinha acabado de assistir.
3 horas que passam sem você perceber. Uma história simples até demais - a jornada de uma adolescente descobrindo-se até a vida adulta através -, mas que, com direção e atuações MONSTRAS, transformam tudo em uma experiência maravilhosa e dolorosa. Eu vi Adele, fui Adele e me senti bizarramente impotente de não poder atravessar a tela do cinema, tentar impedir certas coisas ou dizer a ela que tudo ficaria bem.
Trecho de entrevista do Kechiche para o The Guardian: "When I first spoke to Kechiche a few weeks ago in Paris, he was at pains to understand what people meant when they said his film was made from a male point of view. "Do I need to be a woman, and a lesbian, to talk about love between women? We're talking about love here – it's absolute, it's cosmic. I've had testimonies from a number of women – including one who's lived with a woman for 15 years or more, and said that the film revitalised her sex life with her partner."
Descobri por causa da música do The Irrepressibles, mas quase que assisto sem saber do filme anterior que, aliás, gostei menos do que esse.
Pra mim ficou claro que não se trata exatamente de H. e Babi ou H. e Gim, mas sim da jornada pessoal de um cara que descobre o amor, a maturidade, a amizade e o perdão através das pessoas que cruzam o seu caminho.
A Bela e a Fera
3.3 699 Assista AgoraVisualmente falando, acho que o filme é irrepreensível; por isso mesmo ele abusa de paisagens de tirar o fôlego, efeitos especiais e uma fotografia linda, mas não é o bastante, na minha opinião, pra conquistar o espectador por completo. O roteiro me pareceu um pouco confuso por vezes e sinto que faltaram elementos pra nos conectarem com os protagonistas e nos convencerem do amor que nascia ali.
Mas, num geral, é um bom filme. :)
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraSaber que esta foi apenas uma entre as milhares de histórias de dor e sofrimento na década de 80 só torna nossa percepção, enquanto assistimos ao filme, mais triste e angustiante. Imaginar que tanta gente viveu o pânico e o medo, doentes e/ou perdendo pessoas amadas, sem o menor apoio do governo, é chocante.
Em momento algum discordei da postura incisiva de Ned enquanto militante, que lutou dando a cara a tapa, sem a vergonha de ser o que é.
A discussão entre ele e o irmão sobre aceitação e, depois, a briga com os colegas no momento da demissão foram brilhantes. E, infelizmente, esse discurso é válido até hoje para fazer com que minorias sejam ouvidas.
Na cena final no hospital com o Felix; meu coração se apertou até se reduzir a uma ervilha. Me imaginei por um momento no lugar deles, perdendo metade de mim e frustrada em níveis astronômicos por ter dado tudo de mim por uma causa, sem ver nada mudar, além do número de mortes. Mas aí veio a última cena, com Ned observando tantos casais gays dançando, muitos com sua "cara-metade", tão vulneráveis à chegada de uma doença impiedosa - a resposta para o que Felix havia dito antes de morrer: "Ache um jeito de lutar novamente".
O Filho da Noiva
4.1 297Sou fã do Darín, mas quem rouba a cena neste filme é o Hector Alterio! O amor do Nino pela Norma me tocou profundamente. :)
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraAngelina Jolie é o motivo pra assisti-lo, pois de fato está perfeita como Malévola.
O filme é um bom entretenimento, mas fiquei com a sensação o tempo inteiro de que estavam passando várias incoerências na minha frente. Pra começar: nada contra humanizar um vilão (às vezes é um sucesso, como em Wicked, às vezes não, como em Hannibal), mas fazer isso decentemente com Malévola iria requerer, a meu ver, uma coisa completamente diferente.
Malévola significa 'aquela que causa o mal'. Como alguém que é bom DESDE QUE NASCEU pode se chamar Malévola, pra começo de conversa? Ela FICA má, e não É má. Ao mesmo tempo, como uma personagem com todos os elementos característicos clichês do lado negro da força (chifres, roupas pretas, olhos com pupilas que remetem a bodes, logo, ao capiroto) pode representar o bem? Tudo nos filmes comunica, mas nesse caso a solução foi tacar um foda-se pra criar a Malévola boazinha que na verdade só foi maltratada.
A direção me pareceu uma coisa completamente perdida, parecia que o cara não sabia o que estava fazendo. As cenas sem cadência, mal amarradas umas às outras; o trio de fadas mais sem graça do mundo, uma inserção forçada do príncipe na história (pelamor, de onde ele surgiu na última cena?), um homem-corvo que não tem a menor química com a Jolie (e que ainda PRECISA explicar porque a Aurora acordou com o beijo da Malévola, como se o público fosse burro o bastante pra não entender), etc.
Falando em beijo, foi uma graça, mas Frozen fez primeiro, bitches.
8 Mulheres
3.8 144Não sei nem o que dizer desse filme sensacional. Super teatral, com um elenco foda, personagens ótimos e pitadas de todos os tipos: comédia, suspense, drama e por aí vai. Uma delícia :)
O Passado
4.0 294 Assista AgoraUm ótimo filme, de cenas longas e cheias de simbolismos.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraEstou em êxtase.
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraUm filme de guerra diferente dos que estamos acostumados a 'ouvir falar', pois foca na transformação psicológica (e, por que não, física) de alguém que vê de perto os horrores do período.
As melhores coisas de Vá e Veja, pra mim, são as expressões do Aleksei e a sonoplastia, que é quase um personagem à parte. A primeira metade é mais arrastada, te preparando (ou não) para a violência chocante da segunda.
O final, como muitos disseram, fecha com chave de ouro.
O que me chamou a atenção é o momento em que um dos soldados nazistas tenta "justificar" a matança generalizada, sem poupar crianças, dizendo que as pessoas já nascem comunistas; ou seja: o mal já está instalado, então a solução é cortá-lo pela raiz. Aí depois, quando Florya atira loucamente no retrato de Hitler e vemos sua vida de trás pra frente - como se aquela realidade alternativa do menino pudesse evitar toda a desgraça que ele viu e viveu -, os tiros param quando a linha do tempo para na infância do ditador.
Philomena
4.0 925 Assista AgoraOs olhos de Judi Dench disseram muito. Adorável.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraLars Von Trier mostrando novamente ser incrédulo quando à humanidade e socando alguns estômagos.
Mais uma voz se juntando ao coro dos que curtiram a cena em que Joe fala sobre hipocrisia.
Achei a cena final incrível. Joe achando que finalmente encontrou um amigo, aquele senhor aparentemente tão bondoso e compreensível, quando se vê prestes a ser abusada por ele. Não é porque ela é uma ninfomaníaca que precisa/quer transar com todo mundo e ser tratada como pedaço de carne. Todas as suas relações sexuais ao longo do filme se deram com o consentimento dela, e aí vem a fala matadora e que reflete tão bem a sociedade machista: "Mas você trepou com centenas de caras...".
E outra coisa:
O tiro foi no Seligman mesmo?
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraMaravilhoso! Me arrebatou :)
E Pablo, um dos melhores personagens que já vi <3
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraExcelente.
Suspeitei até de mim mesma enquanto assistia.
Ink
3.7 73 Assista AgoraBizarramente bonito.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraSuperou todas as minhas expectativas. Filmaço.
A mudança na postura do Ron ao longo do tempo, após descobrir a AIDS, foi o que mais me tocou.
"Sometimes I feel like I'm fighting for a life I ain't got time to live"
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraDaria três estrelas, não fosse pela reviravolta próxima do final.
Achei um bom terror/suspense, me surpreendeu algumas vezes, mas como a colega aí de baixo disse, achei o argumento da 'explicação' fraco. Senti falta de um fechamento mais amarrado também.
Já em relação à heroína, vibrei com cada sacada de astúcia, rs.
Cena do liquidificador: EPIC WIN
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraEu estava com uma vontade louca de assistir e a espera finalmente acabou numa noite de sexta, bem tarde. Infelizmente eu estava com bastante sono e acabei dormindo em alguns trechos, consequentemente não absorvendo as cenas. Terminei, não achei nada de mais (claro rs) e fiquei sem saber por que as pessoas estavam elogiando tanto.
Hoje, bem desperta e com tempo livre, resolvi dar uma segunda chance.
Aí que não parei de chorar até agora.
Alabama Monroe
4.3 1,4KAssisti ontem, mas estou digerindo hoje.
Fui fisgada pela trilha sonora (e olha que nem sou fã do gênero), pelo Johan Heldenbergh, pelos diálogos, por aquele discurso matador do final, pela banda maravilhosa, 'a' tatuagem, a dor. Socorro.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraApaixonante! Diálogos adoráveis!
Eu queria ser amiga da Frances :)
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KAinda que não tenha atendido 100% às minhas expectativas, é um filmaço.
Quanto sofrimento! É incrível, e não de uma maneira boa (rs), como seres humanos puderam ser capazes de submeter outros a tanta tortura.
Palmas para Lupita Nyong'o, conseguiu me fazer remexer na cadeira de tanta aflição e angústia.
A cena da discussão com o Fassbender e as sequentes chibatadas me esmagou.
Mulheres na Mídia
4.4 52Excelente documentário, do tipo todos "merecem" assistir.
O sexismo e machismo estão tão enraizados na sociedade que às vezes, para algumas pessoas, é preciso desenhar pra explicitar o quanto está presente em toda parte.
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraViva o clássico! :s
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraSaí do cinema me sentindo sufocada, gritando por dentro, e fiquei muito tempo depois ainda pensando no que tinha acabado de assistir.
3 horas que passam sem você perceber. Uma história simples até demais - a jornada de uma adolescente descobrindo-se até a vida adulta através -, mas que, com direção e atuações MONSTRAS, transformam tudo em uma experiência maravilhosa e dolorosa. Eu vi Adele, fui Adele e me senti bizarramente impotente de não poder atravessar a tela do cinema, tentar impedir certas coisas ou dizer a ela que tudo ficaria bem.
A cena da briga me DESTRUIU. Aí veio a do café/restaurante pra me dar mais uns chutes no estômago, mas eu já estava caída no chão.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraTrecho de entrevista do Kechiche para o The Guardian:
"When I first spoke to Kechiche a few weeks ago in Paris, he was at pains to understand what people meant when they said his film was made from a male point of view. "Do I need to be a woman, and a lesbian, to talk about love between women? We're talking about love here – it's absolute, it's cosmic. I've had testimonies from a number of women – including one who's lived with a woman for 15 years or more, and said that the film revitalised her sex life with her partner."
VRÁA
Sou Louco Por Você
3.8 520 Assista AgoraDescobri por causa da música do The Irrepressibles, mas quase que assisto sem saber do filme anterior que, aliás, gostei menos do que esse.
Pra mim ficou claro que não se trata exatamente de H. e Babi ou H. e Gim, mas sim da jornada pessoal de um cara que descobre o amor, a maturidade, a amizade e o perdão através das pessoas que cruzam o seu caminho.