Filme bem padrão do gênero de fuga. É daqueles que na maior parte das vezes você consegue antever os rumos que a trama vai tomar. Possui alguns bons momentos que fogem do padrão e alguns outros um pouco fictícios, que beiram o exagero, mas é bem eficiente na sua proposta. O início é meio estranho, deixando o filme com um ar amador.
Bem Sessão da Tarde. Vale pela personagem Nancy Drew , que é muito bem construída. A trama de mistério também não é ruim. O grande problema é que o filme não define quais rumos vai tomar e com isso acaba ficando longo demais. Tem momentos que ele tenta focar no lado adolescente e em outros momentos fica só no lado investigativo e com isso temos vários elementos que poderiam ser descartados (a escola, por exemplo, que aparece uma vez e nunca mais é citada, ou o personagem Ned, que acaba não tendo muita função).
Depois de filmes megalomaníacos como O Nascimento de uma Nação e Intolerância, D.W. Griffith realizou filmes mais simples, porém não menos arrebatadores. É o caso de Lírio Partido, que nos apresenta uma comovente história. O grande problema do filme é o "Yellow Face" (existe esse termo?), onde o personagem chinês é interpretado por um ator nova-iorquino maquiado de uma forma estranha, que ficou me incomodando o filme todo. Pelo menos o filme tem uma mensagem positiva (diferente de O Nascimento de uma Nação).
Um filme que me surpreendeu positivamente, pois é angustiante, com uma boa maquiagem e sem medo de matar determinados personagens ou mostrar gore. Em alguns momentos parece que teremos personagens inteligentes, mas, infelizmente, o filme cai naquele velho estigma das decisões estúpidas. Os personagens também são desprovidos de personalidade, sendo típicos adolescentes, e o final foi um pouco decepcionante, mas, apesar dessas falhas, é um filme bem dirigido e com boa dose de violência.
Um filme de uma época em que ainda acreditávamos que os found footages (ou mockumentarys, no caso) eram reais. Apesar disso, o filme é eficiente, mesmo sabendo que não se trata de algo que realmente aconteceu, principalmente pela baixa qualidade das imagens, algo que funciona muito bem para criar clima (a cena que se passa em Lake Mungo é uma das melhores em um found footage, justamente pela baixa qualidade da imagem). Um problema são algumas subtramas inúteis (o irmão
Típico filme de experimentos (como Linha Mortal ou Renascida do Inferno), porém com alguns bons elementos. Ele é bem virada da década mesmo, tem o ritmo de um filme setentista, mas as viagens oitentistas. As cenas das viagens alucinógenas são o grande destaque do filme, cujos grandes pecados são a demora para estabelecer qual será o motor narrativo e os vários momentos em que o filme se extrapola demais, abandonando o lado científico e exigindo a típica abstração que temos que fazer na maioria das vezes que vemos um filme oitentista.
Filme em que o grande destaque é o bom roteiro. Também é bem dirigido e até consegue disfarçar bem o baixo orçamento, embora as atuações (que são medianas na maioria) e a fotografia entreguem o jogo. É mais um suspense do que terror mesmo. A conclusão do clímax é ótima, apesar da falta de reação da protagonista ter sido um pouco ruim.
Estava bom até a cena do polvo. O filme se leva a sério, tenta trazer polinésios sem serem de forma genérica (e falha), traz uma história sólida com vários elementos (ação, romance, etc), coloca personagens tridimensionais (exceto as mulheres, bem típico da Hollywood dessa época), enfim, o filme tenta ser sério e certinho. E aí temos aquele maldita cena do polvo. Vai entender. Como disseram em outro comentário, provavelmente Ed Wood Dirigiu essa cena.
Sexta-feira 13 deve ser a franquia mais superestimada da história. Só tendo crescido nos anos 80 para entender o fenômeno que esses filmes se tornaram. Passando por duas primeiras partes que são praticamente plágios de outros filmes (To All A Goodnight e Bay Of Blood), chegamos a terceira e quarta parte que são razoáveis, passamos pelos péssimos números 5 e 6, o 7 e o 8 que até são legaizinhos e por fim fomos bombardeados por duas atrocidades produzidas pela New Line: Jason Vai Ao Inferno E Jason X. Imbecis o suficiente para cometer o mesmo erro DE NOVO (as duas partes são até bem produzidas e provavelmente possuem os maiores orçamentos da série, mas não soam como sexta-feira 13: um não tem o Jason e o outro se passa no espaço), o filme mais uma vez se afasta da mitologia da franquia, e nem mesmo a ideia de uma matança futurista é nova (o Leprechaun já tinha ido pro espaço, homenageando Alien) e talvez fosse melhor executada se tivesse soado mais como paródia (sério que consideraram mesmo que o Jason no espaço é uma ideia para ser levada a sério?). Por fim, a produção é ok, mas o roteiro é péssimo (bons momentos apenas na homenagem à Crystal Lake e em algumas mortes) e as atuações conseguem ser as PIORES da franquia (algo que eu julgava praticamente impossível, pois os outros filmes eram compostos por atores amadores que tiveram uma aula de teatro no maternal) o que é inaceitável para um filme que teve uma produção que este teve. Na maioria das vezes parece que selecionaram o primeiro take. Bizarro.
Um exploitation bem estranho, pois foi feito por um diretor que chegou a fazer filmes com Ingmar Bergman e por isso o filme não parece com os outros exploitation, sendo bem lento e, em alguns momentos, lembrando filmes de arte. O fato deste filme ter uma relação com Bergman me pareceu estranha, mas um dos precursores do subgênero rape-revenge foi dirigido por ele, o filme "The Virgin Spring". Enfim, algumas decisões do filme são estranhas, como se fossem de diretor de primeira viagem, "descobrindo" o uso da câmera (exemplo, os momentos em que a câmera fica em primeira pessoa são interessantes, mas não possuem motivos narrativos para serem usados). Também esperava, pela fama que este filme tem, que ele fosse mais angustiante e violento, mas ele está no mesmo nível dos outros desse mesmo subgênero (The Last House On The Left e até mesmo Sex Traffic são mais angustiantes), sendo a cena do olho a de maior destaque do filme. Por último, a grande vantagem é que nos filmes rape-revenge somos sempre agraciados com um final catártico, que expurga todo o sofrimento que nós (e a protagonista) passaram, e este filme não falha neste quesito (embora o uso da câmera lenta tenha sido um pouco exagerado).
Depois do sucesso de Hereditário, era provável que Ari Aster pudesse se tornar autoindulgente em seu próximo trabalho e a longa duração do filme é um indício disso. Agora com carta branca para executar um filme a seu modo, sem se preocupar com os produtores e até com o público, vemos um filme que não teme fugir de convenções, as vezes até deixando de soar como aquilo que ele é: um filme de terror. Essa fuga do convencional é notável pela falta de ritmo, pela ausência de cenas noturnas e pela falta de um clímax frenético e violento, com perseguições, mortes e cenas de ação. Pode parecer estranho, mas isso é um ponto positivo. Infelizmente, essa fuga do convencional não ocorre em outro aspecto, o roteiro. Se você já assistiu algum filme no estilo (como o Homem de Palha), ou mesmo outros filmes de suspense/terror, a história de Midsommar se torna óbvia e não foge das convenções. A estrutura do filme é criativa e atípica, mas o roteiro toma decisões padrões e previsíveis
(qualquer um sabe que os amigos do Pelle foram convidados para servir de sacrifício, a protagonista com certeza vai se tornar Rainha de Maio, etc)
. Entretanto, há diversos pontos positivos, como a violência, que é uma das mais realistas já vistas. Comparem com o Splatter ou gore da década de 90 ou do início do milênio. Na maioria das vezes é mostrado rapidamente, para que não percebamos que se trata de bonecos ou ketchup (um dos únicos que ousava mostrar bastante foi o filme Banquete de Sangue, que era bem realista para a época, embora visto hoje em dia seja um pouco cartunesco). No caso, não há cortes rápidos ao mostrar a violência, demonstrando o ótimo trabalho de maquiagem nesse quesito. Outros elementos são belíssimos, como o design de produção, figurino, rúnicas, construções, músicas e principalmente a fotografia. Chega quase a ser uma ofensa não ter concorrido ao Oscar nessa categoria. Agora, outro ponto que eu achei negativo no roteiro (é o único elemento que o filme possui problemas) é que ele parece uma colcha de retalhos de conflitos e de temas (morte dos pais, problemas psicológicos da protagonista, o deficiente da aldeia, os conflitos dos secundários, etc). Alguns desses elementos são bem usados, mas outros são superficiais ou descartáveis. Também no roteiro temos a conclusão, que achei um pouco mal construída.
O Relacionamento dos protagonistas é frio e tendendo a um óbvio fim. Em nenhum momento temos alguma demonstração de carinho, amor ou de qualquer outra coisa entre os dois. Sendo assim, é estranho que a Dani tenha se importado quando o Christian traiu ela. Ela mesma já tinha admitido que não tinha a menor expectativa de que ele se importasse com ela. Se em alguns momentos o relacionamento tivesse mais tridimensionalidade, com o Christian sendo minimamente carinhoso, talvez a decisão da Dani no final tivesse mais impacto.
Outra coisa é que eu não consegui entender a atuação nula do Jack Reynor, na maioria das vezes não dá para perceber o que ele está querendo transmitir (ou mesmo se ele está querendo transmitir algo). A frieza dele chega até a contrastar com o sol, sempre presente. Enfim, um filme estruturalmente e tecnicamente perfeito, mas com alguns deslizes fatais no roteiro.
"Não há medida numa mentira. Não é pequena ou grande. Sempre é uma mentira". O grande destaque do filme é mesmo a discussão sobre os costumes e sobre o FEMINISMO do início do século, não sendo tão "divertidinho" como os primeiros filmes da Shirley Temple. A discussão sobre o conservadorismo e fofocas entre os membros da comunidade é o grande ponto do filme.
História bem batida, porém bem executada, o clima de filme (trilha fotografia, atuações, etc) é bem construído, possuindo ainda uma dose de violência em momentos pontuais. O grande problema é que na maior parte do tempo o filme é óbvio.
Ótimo filme. Assisti sem saber absolutamente nada e até perto do fim estava achando um filme bem original, seja no roteiro, seja na cinematografia. O grande problema foi o final
Entretanto, não consigo imaginar alguma forma de contornar esse problema. Talvez se já tivessem deixado claro desde o início. Enfim, um filme que não teve o destaque que merecia.
O mais influente filme de terror até a produção de Psicose, O Gabinete Do Dr. Caligari também foi o precursor de uma das reviravoltas mais repetidas do cinema (e que seria bem popular na primeira década de 2000). Além da reviravolta, o outro grande destaque do filme são seus cenários, que são um ótimo complemento para o final do filme. Explico
o motivo de estarmos vendo um mundo distorcido e estranho é que estamos assistindo a história contada pelo protagonista e portanto estamos compartilhando a visão que um louco tem do mundo, todo desvirtuado e estranho. É um filme que vale ser revisto, podendo gerar outras interpretações. Talvez ele tenha enlouquecido com a morte do amigo, o mesmo ocorrendo com a garota depois de ter sido atacada. Internado, ele coloca a culpa dos assassinatos na figura de poder do manicômio ou, na visão dele, o Dr. Caligari.
Filme musical bem típico da época, sem grandes atrativos exceto os bons números musicais (com a breve presença de Carmem Miranda). Começa como um romance e termina como um filme de esporte, sendo bem clichê em ambos gêneros.
Tava achando bem ruim, mas o final deu uma salvada. O problema é que o DVD não dava indícios de que era um filme de baixíssimo orçamento. Antes de assistir eu tive a impressão de que ia ver algo na linha de O Exorcismo de Emily Rose e não uma espécie de thriller de baixo orçamento.
Os recursos para fazer cinema no Brasil eram realmente limitados, mas compensa pela qualidade das músicas. Numa época em que não existia a MTV, ou mesmo a televisão, era essa a forma encontrada para divulgar os "videoclips". É interessante também ver a cara desses cantores e cantoras, que eu conhecia apenas pelos discos. Enfim, o Brasil não sabe preservar a sua cultura, as versões desse filme que eu encontrei para assistir tinham uma qualidade de som e imagem muita baixas.
Um dos melhores filmes do Shyamalan, embora não pareça ser um filme dele. É estranho um diretor já renomado decidir realizar um filme em found footage. Geralmente os filmes desse gênero são realizados por diretores estreantes ou pouco conhecidos. O estilo Shyamalan é perceptível apenas na boa construção de tensão (algo que ele sempre foi eficiente) e na reviravolta sempre presente nos seus filmes. Eficiente também em outros quesitos (o alívio cômico funciona e as atuações e cenas de ação também são boas), é um dos filmes do Shyamalan que mais possui ritmo (praticamente todos os seus outros filmes são arrastados), o que é uma contradição interessante, visto que a maioria dos found footages são bem arrastados. Ainda sobre o uso do found footage, é curioso como o filme não soa como os outros filmes do gênero, pela decisão de realizar filmagens muito perfeitas, com bons enquadramentos, boa fotografia, sem sombras ou outros defeitos, pois, apesar de ser realizado por uma garota com pretensão de dirigir documentários, é estranho que ela (e o seu irmão) sempre consigam enquadramentos perfeitos (mesmo com todo aquele equipamento).
Ótimo filme que utiliza o mesmo recurso de Amizade Desfeita para contar uma história de mistério. Eficiente em manter o ritmo e contar a história com esse recurso limitado, o filme também utiliza isso para esconder os reviravoltas. O fato do modo de contar a história não ser convencional não deixa as reviravoltas serem previsíveis. Talvez o problema maior seja o final, que perde um pouco o tom de realidade de todo o filme, contando com uma coincidência conveniente, além de que
a garota ter sobrevivido àquela queda parecer meio improvável, parecendo que o filme estava buscando entregar um final feliz. Mas, considerando que é sobre a jornada de superação do pai, esse tinha que ser o final,
Excelente filme de ação e um exercício de estilo. Poucos filme são tão "puros" em um único gênero. Não temos comédia, romance, temos apenas ação pura e desenfreada, sem abandonar, claro, um roteiro decente como base. A ideia da câmera em primeira pessoa possibilita isso, além de funcionar como um ótimo exercício de imersão (ainda mais que o personagem não tem voz), ao mesmo tempo que gera enormes desafios aos realizadores, como a ausência de cenas paralelas, envolvendo outros personagens,ou ter que disfarçar a todo momento os cortes, gerando várias cenas que parecem terem sido filmadas em plano-sequência. Enfim, conta com vários exageros que justificam o termo hardcore (a violência é um ponto positivo), como lança-chamas e uma quantidade enorme de explosões.
Bom roteiro e ótimas atuações, além da temática criativa de explorar mitos pagãos, desconhecidos da maioria de nós e, portanto, exóticos de certo modo. A trilha sonora e a fotografia são perfeitas, colaborando com o clima de estranheza (principalmente no uso das cores, bem setentista). Setentista também é o clima do filme como um tudo, abordando a temática ritualística e anti-cristã, bem comum na época. O maior problema talvez seja a falta de explicação sobre o "lado" que o filme tomou. Ele é uma crítica ao paganismo? Eles são os vilões? O cristianismo exacerbado do protagonista é uma crítica? Ou isso é algo defendido?
Afinal, esse exagero dele acabou causando sua morte. Se pensarmos bem, Deus não intercedeu em prol de seu servo, enquanto o Deus Sol, dos pagãos surge imponente, demonstrado pela imagem do sol no final. Ou talvez, a morte dele como mártir fosse algo que Deus queria, e no final o cristianismo venceu. Se pensarmos bem, o preconceito inicial do protagonista sobre o paganismo que causou a morte dele, afinal, a investigação dele nem era necessária, ele só continuou por preconceito mesmo, achando que só por serem pagão, realizariam sacrifícios.
Enfim, talvez o filme tenha apenas tentado ser isento, sem querer "tomar partido", mas isso não ficou muito claro sendo, para mim, o único defeito do filme.
Um filme certinho, com uma boa cinematografia (as cenas de terror, em sua maioria são até boas e os personagens tem personalidades até interessantes), mas que não funciona como continuação de A Bruxa de Blair. Nos primeiros minutos até se assemelha com o primeiro, mas a segunda metade acaba se afastando por demais e perde o sentido de fazer parte da franquia (por que a bruxa atacaria esse grupo em específico? Afinal, a cidade virou um ponto turístico, se ela for matar todo mundo que aparece lá, ela não vai ter descanso). O mesmo roteiro como um filme sem fazer parte da franquia teria sido mais eficiente. Além disso, não ser found footage é uma decisão difícil: se por um lado faz o filme não parecer parte da franquia, por outro, se fosse found footage, o filme perderia o tom de realidade que o primeiro possuía, pois seria bem difícil de engolir que outros vídeos envolvendo a bruxa seriam achados (mais tarde Atividade Paranormal fez continuações, mas nessa época ninguém acreditava mais que esses filmes eram reais mesmo). Aliás, um ponto bem positivo é o uso de câmeras e filmagens esporádicos, meio que homenageando o estilo do filme anterior.
Alguém sabe o porque do subtítulo? Que livro é esse?
Quase mantem o mesmo nível dos filmes anteriores. Alguns sustos são previsíveis, mas mesmo assim são bem bolados (meio contraditório, então explicarei melhor; o fato de que o susto ocorrerá é previsível, mas a forma como ele ocorre é que geralmente é bem bolada, ou seja, sabemos que o susto irá ocorrer, mas mesmo assim ele é surpreendente). O primeiro e o segundo ato são muito bons, mas o terceiro ato cai no lugar comum e na necessidade de se mostrar como "membro" da franquia, se assemelhando demais ao primeiro filme. Outro ponto negativo são a penca de personagens inúteis, que mal aparecem, não possuem conflitos ou função, desaparecendo durante o filme (o síndico, o crush, a Velma e o irmão mala). Enfim, um filme que se sai até bem, considerando a baixa expectativa.
Sem Saída
3.3 735Filme bem padrão do gênero de fuga. É daqueles que na maior parte das vezes você consegue antever os rumos que a trama vai tomar. Possui alguns bons momentos que fogem do padrão e alguns outros um pouco fictícios, que beiram o exagero, mas é bem eficiente na sua proposta. O início é meio estranho, deixando o filme com um ar amador.
Nancy Drew e o Mistério de Hollywood
3.0 80 Assista AgoraBem Sessão da Tarde. Vale pela personagem Nancy Drew , que é muito bem construída. A trama de mistério também não é ruim. O grande problema é que o filme não define quais rumos vai tomar e com isso acaba ficando longo demais. Tem momentos que ele tenta focar no lado adolescente e em outros momentos fica só no lado investigativo e com isso temos vários elementos que poderiam ser descartados (a escola, por exemplo, que aparece uma vez e nunca mais é citada, ou o personagem Ned, que acaba não tendo muita função).
Lírio Partido
4.0 97 Assista AgoraDepois de filmes megalomaníacos como O Nascimento de uma Nação e Intolerância, D.W. Griffith realizou filmes mais simples, porém não menos arrebatadores. É o caso de Lírio Partido, que nos apresenta uma comovente história. O grande problema do filme é o "Yellow Face" (existe esse termo?), onde o personagem chinês é interpretado por um ator nova-iorquino maquiado de uma forma estranha, que ficou me incomodando o filme todo. Pelo menos o filme tem uma mensagem positiva (diferente de O Nascimento de uma Nação).
As Ruínas
2.9 521 Assista AgoraUm filme que me surpreendeu positivamente, pois é angustiante, com uma boa maquiagem e sem medo de matar determinados personagens ou mostrar gore. Em alguns momentos parece que teremos personagens inteligentes, mas, infelizmente, o filme cai naquele velho estigma das decisões estúpidas. Os personagens também são desprovidos de personalidade, sendo típicos adolescentes, e o final foi um pouco decepcionante, mas, apesar dessas falhas, é um filme bem dirigido e com boa dose de violência.
Lake Mungo
3.2 291Um filme de uma época em que ainda acreditávamos que os found footages (ou mockumentarys, no caso) eram reais. Apesar disso, o filme é eficiente, mesmo sabendo que não se trata de algo que realmente aconteceu, principalmente pela baixa qualidade das imagens, algo que funciona muito bem para criar clima (a cena que se passa em Lake Mungo é uma das melhores em um found footage, justamente pela baixa qualidade da imagem). Um problema são algumas subtramas inúteis (o irmão
falsificando as fotos e os vídeos, quando realmente havia fantasmas nas fotos e nos vídeos
Viagens Alucinantes
3.7 186Típico filme de experimentos (como Linha Mortal ou Renascida do Inferno), porém com alguns bons elementos. Ele é bem virada da década mesmo, tem o ritmo de um filme setentista, mas as viagens oitentistas. As cenas das viagens alucinógenas são o grande destaque do filme, cujos grandes pecados são a demora para estabelecer qual será o motor narrativo e os vários momentos em que o filme se extrapola demais, abandonando o lado científico e exigindo a típica abstração que temos que fazer na maioria das vezes que vemos um filme oitentista.
Sombra da Morte
3.0 84Filme em que o grande destaque é o bom roteiro. Também é bem dirigido e até consegue disfarçar bem o baixo orçamento, embora as atuações (que são medianas na maioria) e a fotografia entreguem o jogo. É mais um suspense do que terror mesmo. A conclusão do clímax é ótima, apesar da falta de reação da protagonista ter sido um pouco ruim.
No Rastro da Bruxa Vermelha
3.4 5 Assista AgoraEstava bom até a cena do polvo. O filme se leva a sério, tenta trazer polinésios sem serem de forma genérica (e falha), traz uma história sólida com vários elementos (ação, romance, etc), coloca personagens tridimensionais (exceto as mulheres, bem típico da Hollywood dessa época), enfim, o filme tenta ser sério e certinho. E aí temos aquele maldita cena do polvo. Vai entender. Como disseram em outro comentário, provavelmente Ed Wood Dirigiu essa cena.
Jason X
1.8 626Sexta-feira 13 deve ser a franquia mais superestimada da história. Só tendo crescido nos anos 80 para entender o fenômeno que esses filmes se tornaram. Passando por duas primeiras partes que são praticamente plágios de outros filmes (To All A Goodnight e Bay Of Blood), chegamos a terceira e quarta parte que são razoáveis, passamos pelos péssimos números 5 e 6, o 7 e o 8 que até são legaizinhos e por fim fomos bombardeados por duas atrocidades produzidas pela New Line: Jason Vai Ao Inferno E Jason X. Imbecis o suficiente para cometer o mesmo erro DE NOVO (as duas partes são até bem produzidas e provavelmente possuem os maiores orçamentos da série, mas não soam como sexta-feira 13: um não tem o Jason e o outro se passa no espaço), o filme mais uma vez se afasta da mitologia da franquia, e nem mesmo a ideia de uma matança futurista é nova (o Leprechaun já tinha ido pro espaço, homenageando Alien) e talvez fosse melhor executada se tivesse soado mais como paródia (sério que consideraram mesmo que o Jason no espaço é uma ideia para ser levada a sério?). Por fim, a produção é ok, mas o roteiro é péssimo (bons momentos apenas na homenagem à Crystal Lake e em algumas mortes) e as atuações conseguem ser as PIORES da franquia (algo que eu julgava praticamente impossível, pois os outros filmes eram compostos por atores amadores que tiveram uma aula de teatro no maternal) o que é inaceitável para um filme que teve uma produção que este teve. Na maioria das vezes parece que selecionaram o primeiro take. Bizarro.
Thriller: Um Filme Cruel
3.7 257Um exploitation bem estranho, pois foi feito por um diretor que chegou a fazer filmes com Ingmar Bergman e por isso o filme não parece com os outros exploitation, sendo bem lento e, em alguns momentos, lembrando filmes de arte. O fato deste filme ter uma relação com Bergman me pareceu estranha, mas um dos precursores do subgênero rape-revenge foi dirigido por ele, o filme "The Virgin Spring". Enfim, algumas decisões do filme são estranhas, como se fossem de diretor de primeira viagem, "descobrindo" o uso da câmera (exemplo, os momentos em que a câmera fica em primeira pessoa são interessantes, mas não possuem motivos narrativos para serem usados). Também esperava, pela fama que este filme tem, que ele fosse mais angustiante e violento, mas ele está no mesmo nível dos outros desse mesmo subgênero (The Last House On The Left e até mesmo Sex Traffic são mais angustiantes), sendo a cena do olho a de maior destaque do filme. Por último, a grande vantagem é que nos filmes rape-revenge somos sempre agraciados com um final catártico, que expurga todo o sofrimento que nós (e a protagonista) passaram, e este filme não falha neste quesito (embora o uso da câmera lenta tenha sido um pouco exagerado).
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraDepois do sucesso de Hereditário, era provável que Ari Aster pudesse se tornar autoindulgente em seu próximo trabalho e a longa duração do filme é um indício disso. Agora com carta branca para executar um filme a seu modo, sem se preocupar com os produtores e até com o público, vemos um filme que não teme fugir de convenções, as vezes até deixando de soar como aquilo que ele é: um filme de terror. Essa fuga do convencional é notável pela falta de ritmo, pela ausência de cenas noturnas e pela falta de um clímax frenético e violento, com perseguições, mortes e cenas de ação. Pode parecer estranho, mas isso é um ponto positivo. Infelizmente, essa fuga do convencional não ocorre em outro aspecto, o roteiro. Se você já assistiu algum filme no estilo (como o Homem de Palha), ou mesmo outros filmes de suspense/terror, a história de Midsommar se torna óbvia e não foge das convenções. A estrutura do filme é criativa e atípica, mas o roteiro toma decisões padrões e previsíveis
(qualquer um sabe que os amigos do Pelle foram convidados para servir de sacrifício, a protagonista com certeza vai se tornar Rainha de Maio, etc)
Entretanto, há diversos pontos positivos, como a violência, que é uma das mais realistas já vistas. Comparem com o Splatter ou gore da década de 90 ou do início do milênio. Na maioria das vezes é mostrado rapidamente, para que não percebamos que se trata de bonecos ou ketchup (um dos únicos que ousava mostrar bastante foi o filme Banquete de Sangue, que era bem realista para a época, embora visto hoje em dia seja um pouco cartunesco). No caso, não há cortes rápidos ao mostrar a violência, demonstrando o ótimo trabalho de maquiagem nesse quesito. Outros elementos são belíssimos, como o design de produção, figurino, rúnicas, construções, músicas e principalmente a fotografia. Chega quase a ser uma ofensa não ter concorrido ao Oscar nessa categoria.
Agora, outro ponto que eu achei negativo no roteiro (é o único elemento que o filme possui problemas) é que ele parece uma colcha de retalhos de conflitos e de temas (morte dos pais, problemas psicológicos da protagonista, o deficiente da aldeia, os conflitos dos secundários, etc). Alguns desses elementos são bem usados, mas outros são superficiais ou descartáveis. Também no roteiro temos a conclusão, que achei um pouco mal construída.
O Relacionamento dos protagonistas é frio e tendendo a um óbvio fim. Em nenhum momento temos alguma demonstração de carinho, amor ou de qualquer outra coisa entre os dois. Sendo assim, é estranho que a Dani tenha se importado quando o Christian traiu ela. Ela mesma já tinha admitido que não tinha a menor expectativa de que ele se importasse com ela. Se em alguns momentos o relacionamento tivesse mais tridimensionalidade, com o Christian sendo minimamente carinhoso, talvez a decisão da Dani no final tivesse mais impacto.
Uma Mulher Contra o Mundo
4.2 3"Não há medida numa mentira. Não é pequena ou grande. Sempre é uma mentira". O grande destaque do filme é mesmo a discussão sobre os costumes e sobre o FEMINISMO do início do século, não sendo tão "divertidinho" como os primeiros filmes da Shirley Temple. A discussão sobre o conservadorismo e fofocas entre os membros da comunidade é o grande ponto do filme.
Influência
2.1 119 Assista AgoraHistória bem batida, porém bem executada, o clima de filme (trilha fotografia, atuações, etc) é bem construído, possuindo ainda uma dose de violência em momentos pontuais. O grande problema é que na maior parte do tempo o filme é óbvio.
O Segredo de Marrowbone
3.7 436 Assista AgoraÓtimo filme. Assisti sem saber absolutamente nada e até perto do fim estava achando um filme bem original, seja no roteiro, seja na cinematografia. O grande problema foi o final
pois essa reviravolta já é bem batida.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraO mais influente filme de terror até a produção de Psicose, O Gabinete Do Dr. Caligari também foi o precursor de uma das reviravoltas mais repetidas do cinema (e que seria bem popular na primeira década de 2000). Além da reviravolta, o outro grande destaque do filme são seus cenários, que são um ótimo complemento para o final do filme. Explico
o motivo de estarmos vendo um mundo distorcido e estranho é que estamos assistindo a história contada pelo protagonista e portanto estamos compartilhando a visão que um louco tem do mundo, todo desvirtuado e estranho. É um filme que vale ser revisto, podendo gerar outras interpretações. Talvez ele tenha enlouquecido com a morte do amigo, o mesmo ocorrendo com a garota depois de ter sido atacada. Internado, ele coloca a culpa dos assassinatos na figura de poder do manicômio ou, na visão dele, o Dr. Caligari.
Serenata Tropical
3.1 25Filme musical bem típico da época, sem grandes atrativos exceto os bons números musicais (com a breve presença de Carmem Miranda). Começa como um romance e termina como um filme de esporte, sendo bem clichê em ambos gêneros.
O Mistério de Rosie
1.9 73 Assista AgoraTava achando bem ruim, mas o final deu uma salvada. O problema é que o DVD não dava indícios de que era um filme de baixíssimo orçamento. Antes de assistir eu tive a impressão de que ia ver algo na linha de O Exorcismo de Emily Rose e não uma espécie de thriller de baixo orçamento.
Alô, Alô, Carnaval
3.5 11Os recursos para fazer cinema no Brasil eram realmente limitados, mas compensa pela qualidade das músicas. Numa época em que não existia a MTV, ou mesmo a televisão, era essa a forma encontrada para divulgar os "videoclips". É interessante também ver a cara desses cantores e cantoras, que eu conhecia apenas pelos discos. Enfim, o Brasil não sabe preservar a sua cultura, as versões desse filme que eu encontrei para assistir tinham uma qualidade de som e imagem muita baixas.
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraUm dos melhores filmes do Shyamalan, embora não pareça ser um filme dele. É estranho um diretor já renomado decidir realizar um filme em found footage. Geralmente os filmes desse gênero são realizados por diretores estreantes ou pouco conhecidos. O estilo Shyamalan é perceptível apenas na boa construção de tensão (algo que ele sempre foi eficiente) e na reviravolta sempre presente nos seus filmes. Eficiente também em outros quesitos (o alívio cômico funciona e as atuações e cenas de ação também são boas), é um dos filmes do Shyamalan que mais possui ritmo (praticamente todos os seus outros filmes são arrastados), o que é uma contradição interessante, visto que a maioria dos found footages são bem arrastados. Ainda sobre o uso do found footage, é curioso como o filme não soa como os outros filmes do gênero, pela decisão de realizar filmagens muito perfeitas, com bons enquadramentos, boa fotografia, sem sombras ou outros defeitos, pois, apesar de ser realizado por uma garota com pretensão de dirigir documentários, é estranho que ela (e o seu irmão) sempre consigam enquadramentos perfeitos (mesmo com todo aquele equipamento).
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraÓtimo filme que utiliza o mesmo recurso de Amizade Desfeita para contar uma história de mistério. Eficiente em manter o ritmo e contar a história com esse recurso limitado, o filme também utiliza isso para esconder os reviravoltas. O fato do modo de contar a história não ser convencional não deixa as reviravoltas serem previsíveis. Talvez o problema maior seja o final, que perde um pouco o tom de realidade de todo o filme, contando com uma coincidência conveniente, além de que
a garota ter sobrevivido àquela queda parecer meio improvável, parecendo que o filme estava buscando entregar um final feliz. Mas, considerando que é sobre a jornada de superação do pai, esse tinha que ser o final,
Hardcore: Missão Extrema
3.5 383 Assista AgoraExcelente filme de ação e um exercício de estilo. Poucos filme são tão "puros" em um único gênero. Não temos comédia, romance, temos apenas ação pura e desenfreada, sem abandonar, claro, um roteiro decente como base. A ideia da câmera em primeira pessoa possibilita isso, além de funcionar como um ótimo exercício de imersão (ainda mais que o personagem não tem voz), ao mesmo tempo que gera enormes desafios aos realizadores, como a ausência de cenas paralelas, envolvendo outros personagens,ou ter que disfarçar a todo momento os cortes, gerando várias cenas que parecem terem sido filmadas em plano-sequência. Enfim, conta com vários exageros que justificam o termo hardcore (a violência é um ponto positivo), como lança-chamas e uma quantidade enorme de explosões.
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraBom roteiro e ótimas atuações, além da temática criativa de explorar mitos pagãos, desconhecidos da maioria de nós e, portanto, exóticos de certo modo. A trilha sonora e a fotografia são perfeitas, colaborando com o clima de estranheza (principalmente no uso das cores, bem setentista). Setentista também é o clima do filme como um tudo, abordando a temática ritualística e anti-cristã, bem comum na época. O maior problema talvez seja a falta de explicação sobre o "lado" que o filme tomou. Ele é uma crítica ao paganismo? Eles são os vilões? O cristianismo exacerbado do protagonista é uma crítica? Ou isso é algo defendido?
Afinal, esse exagero dele acabou causando sua morte. Se pensarmos bem, Deus não intercedeu em prol de seu servo, enquanto o Deus Sol, dos pagãos surge imponente, demonstrado pela imagem do sol no final. Ou talvez, a morte dele como mártir fosse algo que Deus queria, e no final o cristianismo venceu. Se pensarmos bem, o preconceito inicial do protagonista sobre o paganismo que causou a morte dele, afinal, a investigação dele nem era necessária, ele só continuou por preconceito mesmo, achando que só por serem pagão, realizariam sacrifícios.
Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras
2.0 488Um filme certinho, com uma boa cinematografia (as cenas de terror, em sua maioria são até boas e os personagens tem personalidades até interessantes), mas que não funciona como continuação de A Bruxa de Blair. Nos primeiros minutos até se assemelha com o primeiro, mas a segunda metade acaba se afastando por demais e perde o sentido de fazer parte da franquia (por que a bruxa atacaria esse grupo em específico? Afinal, a cidade virou um ponto turístico, se ela for matar todo mundo que aparece lá, ela não vai ter descanso). O mesmo roteiro como um filme sem fazer parte da franquia teria sido mais eficiente. Além disso, não ser found footage é uma decisão difícil: se por um lado faz o filme não parecer parte da franquia, por outro, se fosse found footage, o filme perderia o tom de realidade que o primeiro possuía, pois seria bem difícil de engolir que outros vídeos envolvendo a bruxa seriam achados (mais tarde Atividade Paranormal fez continuações, mas nessa época ninguém acreditava mais que esses filmes eram reais mesmo). Aliás, um ponto bem positivo é o uso de câmeras e filmagens esporádicos, meio que homenageando o estilo do filme anterior.
Alguém sabe o porque do subtítulo? Que livro é esse?
Sobrenatural: A Origem
3.1 729 Assista AgoraQuase mantem o mesmo nível dos filmes anteriores. Alguns sustos são previsíveis, mas mesmo assim são bem bolados (meio contraditório, então explicarei melhor; o fato de que o susto ocorrerá é previsível, mas a forma como ele ocorre é que geralmente é bem bolada, ou seja, sabemos que o susto irá ocorrer, mas mesmo assim ele é surpreendente). O primeiro e o segundo ato são muito bons, mas o terceiro ato cai no lugar comum e na necessidade de se mostrar como "membro" da franquia, se assemelhando demais ao primeiro filme. Outro ponto negativo são a penca de personagens inúteis, que mal aparecem, não possuem conflitos ou função, desaparecendo durante o filme (o síndico, o crush, a Velma e o irmão mala).
Enfim, um filme que se sai até bem, considerando a baixa expectativa.