Achei que ia assistir um filme de terror, mas me deparei com um filme conservador conspiratório. A primeira metade parece Nasce Uma Estrela, e demora para finamente demonstrar sobre o que o filme é, sendo arrastada e tediosa. Então, as coisas começam a ficar mais estranhas, pois estamos diante de um plano demoníaco para criar a Nova Ordem Mundial, associando os socialistas ao demônio, enquanto os evangélicos nos libertariam dessa ameça (quem diria que essa paranoia já existia nessa época?). É divertida apenas pela cinematografia noventista e pela história sem pé-nem-cabeça, que culmina em um final bem ruim
(Molech matou o seu emissário por que? O anjo demorou demais para intervir, além da aparência tosca do anjo. Sério, ele tem que ser um branco saradinho de cabelos loiros?).
Além disso, o final é meio sem graça, não envolvendo uma boa cena de ação ou algo mais climático.
O segundo melhor da franquia e uma das melhores continuações da história dos slashers. O filme é um predecessor de Pânico 2 (do mesmo Wes Craven) e um dos primeiros de terror a usar ostensivamente a quebra da quarta parede (creio que o primeiro terror a fazer isso foi Exorcismo Negro). O grande ponto deste filme é que ele é um raro filme de terror que é um estudo de personagem (ou seria um estudo da franquia?), possibilitando um ótimo encerramento e homenagem à franquia, funcionando como uma enorme metáfora para os rumos que os filmes de A Hora do Pesadelo tomaram: Freddy sai do controle de Wes Craven da mesma forma que a franquia saiu do controle do seu criador, ao passo que Nancy, a heroína original, retorna para dar um fim definitivo e digno ao Freddy (e à franquia), de forma semelhante à tentativa de fazer isso no terceiro filme. Vários outros paralelos ao processo criativo podem ser citados, ainda mais com a presença do próprio Wes Craven no filme (exemplo: o Freddy assombra os envolvidos na franquia, de forma semelhante a que acontece na vida real: Heather é associada sempre a Nancy, seja pela enfermeira ou pelo cara da limusine, a vida de Robert Englund se resume a participações em talks shows como Freddy, etc, demonstrando como o Freddy parece estar entranhado na vida de quem atuou em A Hora do Pesadelo). Enfim, muito mais do que apenas uma continuação, é uma tentativa de um diretor encerrar de forma satisfatória para si mesmo um ciclo que ele criou e, de quebra homenagear e agradecer (de forma fofa, diga-se de passagem) à Heather Langenkamp, por iniciar e fechar esse ciclo. Os únicos pontos meio negativos são o paralelo com João E Maria (por que essa história em específico?) e o visual de Freddy, que seria melhor terem mantido o mesmo (a cena da nuvem é meio ruim também).
Leprechaun In Space... Alguma dúvida de que esse filme vai ser ruim? Antes de assistir eu tinha certeza de que seria, mas enquanto eu via o filme, percebi que ele faz isso de propósito. É como se os realizadores pensassem: "Qual será o maior absurdo que podemos faze agora?" É um filme tosco e caça-níquel (usando mulheres semi-nuas sem nenhum motivo para atrair público), mas que não tem medo de ser um filme tosco e caça-níquel (diferente de outras continuações de slashers oitentistas). É extremamente exagerado e caricato, com uma história que simplesmente não faz o menor sentido: Como o duende está no espaço? De onde saiu esse reino? Em que ano estamos (os personagens fazem referências a coisas do século XX)? Mesmo os elementos narrativos são jogados, utilizados uma vez e depois descartados (a máquina que faz as coisas crescerem está na nave por que? E aquela área contaminada que nunca mais é citada? Entre outros...). É um filme que é intencionalmente exagerado e aleatório e, por sorte, isso acaba funcionando na maior parte do tempo, pois acaba deixando o filme divertido.
O início era promissor (nada mais filme de terror que uma "gostosa" usando apenas toalha, recém saída de um chuveiro, correndo por corredores de um sanatório), mas a falta de uma história interessante e a edição que tenta fugir do lugar-comum faz com que o filme ora pareça um videoclipe, ora pareça um filme pornô. O gore é bem feito e é um ponto positivo, mas isso é o padrão nos filmes de baixo orçamento.
Estranho filme dos anos 80, que usa de estereótipos exagerados como base para críticas e reflexões ao universo adolescente. Foge do padrão dos outros filmes teens oitentistas (Clube Dos Cinco, Namorada de Aluguel, Quase Igual Aos Outros, Te Pego Lá Fora, etc) pelo tom e pela cinematografia que buscam dar um ar mais bizarro ao filme (algo ao estilo Tim Burton), além do humor negro, algo pouquíssimo utilizado em filmes do tipo. Boas frases e boas atuações tornam este um dos melhores filmes teens oitentistas de todos os tempos.
Um filme que me surpreendeu positivamente. Dez anos atrás eu quase aluguei ele numa locadora diversas vezes, mas sempre acaba pegando outro filme. Agora, finalmente assisti e é melhor do que eu pensava. É um raro filme que consegue usar o jump scare por diversas vezes de forma positiva. Não tem muita construção de suspense, não investe no clima de tensão, e sim no susto, mas faz isso de forma extremamente eficiente, principalmente pelo design criativo dos fantasmas e das criaturas. Acaba caindo um pouco no lugar comum no terceiro ato, mas não o suficiente para estregar o filme. Aliás, Gary Oldman, se você estiver lendo este comentário e souber português, me diga, como você veio parar neste filme?
Excelente filme que iniciou a onda do gênero "torture porn". Contado através de flashbacks, ele possui todos os elementos que povoariam a cultura pop em torno do filme (o boneco, a pig, etc). Apesar de responsável pela popularização do gênero de tortura e violência, o primeiro jogos mortais é mais um thriller de terror investigativo (como Seven), e, apesar de violento, não possui a violência e as armadilhas como motor narrativo (diferente das continuações e outros filmes que vieram "na onda" deste, como O Albergue).
Genérico. E se tem algo que prejudica o suspense, é o filme ser genérico, pois se torna previsível, não conseguindo criar tensão nem sustos em momento algum. Tem uma produção boa, mas a falta de uma história que fugisse do lugar comum prejudicou muito o filme, que possui como pontos positivos uma reviravolta até interessante e o personagem de Raymond Cruz, que foge do estereótipo dos filmes do gênero.
Esperava mais. Esperava que fosse um filme repleto de momentos toscos, mas no geral ele é até bem filmado. As atuações são boas, talvez até melhores do que as do High School original (Michelle Batista emula muito bem a Sharpay). O ponto negativo é o Olavo, cuja atuação é bem ruim (mas, convenhamos, Zac Efron também está péssimo nos dois primeiros High Schools). A história falha também em transpor o original para o Brasil, afinal, aqui as escolas não tem armários, entre outras coisas e essa falta de criatividade faz o filme ficar desinteressante, parecendo ter uma duração bem maior do que as uma hora e meia, além de possuir diálogos pavorosos (principalmente os que envolvem o pai de Olavo). As músicas são em grande parte boas e salvam um pouco o filme. Enfim, esperava que fosse me decepcionar mais, ou que o filme possuísse uma dose maior de humor involuntário, mas (in)felizmente isso não aconteceu.
Só porque um filme é de baixo orçamento, não significa que ele não precisa ser simples. Nos primeiros 35 minutos absolutamente nada acontece. Depois, algumas explicações são dadas, mas a maioria não faz sentido nenhum. O ponto positivo foi a protagonista, que entrega uma boa atuação.
Um filme que poderia se chamar "Trago Verdades". Ótimas imagens e uma narração que trás bons paralelos com a vida da própria diretora, embora traga muito pouco de novo em relação à situação política brasileira durante o período do golpe (exceto algumas entrevistas com o Lula e com a Dilma), o filme funciona como um ótimo resumo de tudo que aconteceu na esfera política nos últimos anos e evidencia os vícios e a falta de imparcialidade do legislativo e do judiciário. A conclusão é que o PMDB (agora MDB) é a maior praga que já aconteceu ao nosso país (Rodrigo Maia, José Sarney, Eduardo Cunha, Romero Jucá e o Conde Temer, entre outros, são todos pmdebistas).
O diretor é eficiente em criar um clima de terror utilizando espaços vazios (algo que também ocorre em Plataforma do Medo, do mesmo diretor), mas o ponto mais positivo do filme está no roteiro, que poderia seguir um lugar-comum mas ousa em apresentar algo diferente
do que um mero ciclo temporal, se assemelhando mais a uma espiral ou a um ciclo duplo
e em vários momentos parece que essa ousadia do roteiro irá ocasionar falhas de roteiro, mas o filme é suficientemente inteligente para evitá-las. Creio que eu observei apenas uma ou duas em um filme que, se tivesse sido feito com um pouco menos de cuidado, teria uma quantidade imensa de furos. Enfim, um filme que é inteligente e não abandona os elementos do terror.
A ideia é boa, mas a condução é genérica, seguindo os padrões dos filmes pós-apocalípticos. Talvez o diferencial seja intercalar as cenas da parte inicial (na casa), com as do final (no rio), ajudando a dar mais ritmo para o filme. Imagina se fosse linear, acompanharíamos a descida pelo rio durante quase uma hora e o ritmo seria prejudicado.
Por que esse velho oeste não tem o culto que merece? Está no nível ou até acima de outros considerados clássicos do gênero. A ideia de se passar na neve e o protagonista de poucas palavras (ou mudo, no caso) são muito bem exploradas, além de não ter medo de mostrar sangue durante as mortes. A condução fria do filme está em todos os aspectos (fotografia, ritmo, atuaçoes). De bônus, ainda tem uma trilha sonora de Ennio Morricone e uma discussão política acerca dos caçadores de recompensa.
Ótimo terror, com uma boa premissa, boa condução e mortes bem feitas. As cenas do metrô vazio possuem um ótimo clima, além das cenas de perseguição serem boas (justificando a Franka Potente, afinal, se tem algo que ela sabe fazer é correr). O único ponto negativo é que o filme não apresenta nenhuma surpresa ou reviravolta que o tirasse do lugar comum. Os grandes méritos são mesmo o bom suspense (vindo da boa escolha do cenário) e o bom gore.
O problema do filme é que quando você acha que ele vai começar, ele não começa. E vai assim o filme todo até que quando o filme finalmente começa, ele acaba, pois está faltando só dez minutos. Vale a pena pela discussão de alguns elementos satanistas (de forma bem superficial, é verdade). A atuação de Sarah Hyland é ótima, principalmente nas partes de terror, já o Steven Krueger não tem muito sentido aqui, ele tem cara de ator de comédia besteirol adolescente, e toda vez que ele aparece me dá vontade de rir, cortando o clima. Enfim, o filme tem a condução de um found footage sem ser um found footage, mostrando muito pouco ao longo do filme, todas as cenas envolvem os protagonistas e culminam no clímax frenético nos últimos dez minutos, mas apesar disso não é ruim como pintam, funcionando como um bom thriller de terror.
Horrível. Qual o sentido de fazer um sexta-feira 13 sem o Jason? Não parece sexta-feira 13. O primeiro ato é sonolento e sem graça, se salvando o filme no seu segundo ato, onde as mortes passam a ser mais elaboradas e com bons efeitos, inclusive o homem que derreteu (alguém me explica o sentido das primeiras mortes não serem mostradas, enquanto as últimas ocorrem de forma explícita? Parecem dois filmes diferentes). A conclusão é absolutamente sem sentido (de onde saiu aquela adaga?). O filme (assim como a morte de Freddy Krueger) insere uma irmã do assassino que nunca tinha aparecido antes, gerando uma quantidade enorme de falhas de roteiro com isso. Ora, se Jason está perseguindo ela ao estilo Michael Myers, porque nunca fez isso nos OITO FILMES anteriores? Por que a mãe do Jason teria enlouquecido e se tornado uma psicopata (é doloroso perder um filho, mas tendo uma outra filha, a morte do Jason teria um impacto bem menor no psicológico da Sra Voorhees)? Onde o caçador de recompensas conseguiu tantas informações? Como ele sabe da adaga? Quem raios fez aquela profecia aleatória, que nunca é explicada? Quero dizer, ela é o principal motor da narrativa, a origem das motivações da Jason e dos protagonistas e mesmo assim, nunca é explicada. Enfim, simplesmente horrível, uma das piores continuações da história do terror (difícil saber se pior que a parte 5) e fica mais desnecessária ainda em frente ao final da parte 8 e do fato de que já tem tanto filme do Jason que não precisavam forçar mais um. Além disso, sequer funciona como comédia involuntária (como o 5), o que poderia salvar um pouco o filme.
Um filme sobre a Cherry, mas que muito pouco explica ou explora as motivações e e características da personagem sobre a qual o filme supostamente é sobre. Os outros personagens tem seus conflitos e motivações muito mais bem explicados e explorados, enquanto nunca é entendido muito bem o porque da protagonista fazer o que ela faz (talvez não haja uma motivação?). Enfim, a Ashley Grace até funciona muito bem nas cenas mais "físicas", mas não tem uma atuação tão memorável assim nos momentos em que ela é mais exigida. Difícil também aturar o James Franco, que, como sempre, parece estar no piloto automático.
Um dos melhores found footage de todos os tempos, com efeitos especiais excelentes e uma boa história, com boas ideias em relação à forma que o governo oculta os trolls. O único problema é determinada morte ser tratada como nada, não tendo impacto algum nem pros personagens, que tratam o personagem morto como se fosse descartável, substituindo ele por outro. Enfim, um dos primeiros found footages a mostrar muito (no geral, esse gênero evita exposição excessiva de seus vilões) e, portanto, acaba sendo eficiente por conta dos ótimos efeitos.
1939 foi um dos melhores anos do cinema e este é mais um ótimo filme desse ano. O roteiro é bem redondinho, as cenas de ação são boas e Brian Donlevy entrega uma boa atuação como vilão. A ideia de começar o filme com a cena final é ótima, fazendo o resto do filme funcionar como um quebra-cabeça, que aos poucos vai explicando os acontecimentos vistos no início do filme.
É difícil avaliar este aqui, visto que foi um dos filmes que eu mais vi na minha infância. Gostava muito dessa temática de aranhas e cobras gigantes, mas quase todos eram de terror e eu não podia assistir enquanto Malditas Aranhas eu podia ver por ser de comédia. Vendo de novo e tentando avaliar sem a carga nostálgica, dá para dizer que os elementos do filme funcionam muito bem. A comédia é eficiente na maior parte do tempo, os conflitos e desenvolvimentos dos personagens não são nada extraordinários, mas funcionam e as cenas envolvendo as aranhas conseguem misturar muito bem terror e comédia (as aranhas realizando atos de alguma inteligência e fazendo sons funcionam bem). É um filme que homenageia muito bem o gênero, além de ter uma mistura muito boa entre o tom trash e de filme sério (observe como a maioria dos atores realmente tentam entregar uma atuação, com exceção do policial, contando também com a presença de uma Scarlett Johansson recém-saída de Ghostworld). Os efeitos são bons para a época e os diálogos são bem divertidos (algo no qual a dublagem contribui muito), não possuindo grandes falhas de roteiro e evitando apelar para o "pastelão". Enfim, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos.
Primeira metade boa e segunda metade horrenda. A primeira metade não se leva a sério, resultando em mortes até divertidas, pelo absurdo das ideias e dos efeitos. Mas a segunda parte tenta realizar alguma construção de história e falha horrivelmente. Desde quando Freddy tinha uma filha? Porque as pessoas agora andam enquanto sonham com o Freddy? Além disso, o cameo do Johnny Depp foi bem desperdiçado. Parecem dois filmes diferentes, a segunda parte é completamente mal-editada e insere elementos completamente aleatórios (óculos? controlar os sonhos? pacto com espíritos-minhoca?). As coisas boas da segunda metade são a homenagem aos filmes anteriores do Freddy e o fato de matarem o Freddy de vez (embora ele merecesse uma morte mais bem trabalhada, de onde saiu aquela dinamite, pelo amor de Niko Bellic?). Enfim, a primeira metade salva o filme (a cama de espinhos e o aparelho de audição são bem pensados e o videogame é hilário de tão ruim), mas não são suficientes para salvar o filme que é o pior junto com a parte 5 (difícil decidir qual é pior, a parte 5 consegue ser mais forçada que a 6).
Filme que é uma verdadeira mistura de gêneros. Dá primeira vez que eu assisti eu achei que eu ia ver um filme de terror, mas é um filme que alterna bastante entre o drama, a comédia e a tensão, sendo eficiente em todos esses gêneros. É curiosos assistir este filme dez anos depois da primeira vez que eu vi ele, considerando que é do mesmo diretor de Parasita, fica muito mais evidente que toda a história é apenas o pano de fundo para várias críticas, principalmente às políticas externas do governo estadounidense (mas também há críticas ao capitalismo, não é a toa que um mendigo tem um papel importante na história). Bong Joon-ho também conta com atores com bom timming para a comédia, além de ser um ótimo diretor para construir tensão, usando principalmente o recurso de focar a câmera primeiro na reação dos personagens, para depois de um longo tempo, cortar para um plano mais aberto, revelando a situação como um todo (o recurso é usados várias vezes, mas sempre de forma eficiente).
O filme é totalmente expositivo e mesmo assim consegue ser extremamente confuso e sem sentido. São universos paralelos? Viagem no tempo? São aliens ou humanos do futuro? O que são aqueles avatares? Por que existem pessoas iguais em épocas diferentes? E os pais do protagonista? Ele era original da década de 80? Por que tantas citações de Einstein? Enfim, se você não pensar muito, pode até se divertir, se você pensar, se diverte ainda mais com a bagunça absurda que é o roteiro. Em alguns momentos, claro, fica inassitível (o jogo de apostas não explica quem está controlando quem), mas possui algumas críticas que acabam sendo uma boa surpresa (à política de guerra e à religião). Uma curiosidade é que o ator principal, que se chama Jesse, tem apenas três créditos no IMDB, todos por personagens chamados Jesse! Enfim, sessão da tarde total (incluindo a criança prodígio que sabe tratar estado febril ocasionado por ferimentos). *Edit: Olhei agora e vi que todos os filmes que esse tal de Jesse fez foram dirigidos pelo próprio pai. Pelo jeito ele planejava os personagens para serem interpretados pelo filho.
A Fúria dos Anjos
2.9 6Achei que ia assistir um filme de terror, mas me deparei com um filme conservador conspiratório. A primeira metade parece Nasce Uma Estrela, e demora para finamente demonstrar sobre o que o filme é, sendo arrastada e tediosa. Então, as coisas começam a ficar mais estranhas, pois estamos diante de um plano demoníaco para criar a Nova Ordem Mundial, associando os socialistas ao demônio, enquanto os evangélicos nos libertariam dessa ameça (quem diria que essa paranoia já existia nessa época?). É divertida apenas pela cinematografia noventista e pela história sem pé-nem-cabeça, que culmina em um final bem ruim
(Molech matou o seu emissário por que? O anjo demorou demais para intervir, além da aparência tosca do anjo. Sério, ele tem que ser um branco saradinho de cabelos loiros?).
O Novo Pesadelo: O Retorno de Freddy Krueger
3.4 393 Assista AgoraO segundo melhor da franquia e uma das melhores continuações da história dos slashers. O filme é um predecessor de Pânico 2 (do mesmo Wes Craven) e um dos primeiros de terror a usar ostensivamente a quebra da quarta parede (creio que o primeiro terror a fazer isso foi Exorcismo Negro). O grande ponto deste filme é que ele é um raro filme de terror que é um estudo de personagem (ou seria um estudo da franquia?), possibilitando um ótimo encerramento e homenagem à franquia, funcionando como uma enorme metáfora para os rumos que os filmes de A Hora do Pesadelo tomaram: Freddy sai do controle de Wes Craven da mesma forma que a franquia saiu do controle do seu criador, ao passo que Nancy, a heroína original, retorna para dar um fim definitivo e digno ao Freddy (e à franquia), de forma semelhante à tentativa de fazer isso no terceiro filme. Vários outros paralelos ao processo criativo podem ser citados, ainda mais com a presença do próprio Wes Craven no filme (exemplo: o Freddy assombra os envolvidos na franquia, de forma semelhante a que acontece na vida real: Heather é associada sempre a Nancy, seja pela enfermeira ou pelo cara da limusine, a vida de Robert Englund se resume a participações em talks shows como Freddy, etc, demonstrando como o Freddy parece estar entranhado na vida de quem atuou em A Hora do Pesadelo).
Enfim, muito mais do que apenas uma continuação, é uma tentativa de um diretor encerrar de forma satisfatória para si mesmo um ciclo que ele criou e, de quebra homenagear e agradecer (de forma fofa, diga-se de passagem) à Heather Langenkamp, por iniciar e fechar esse ciclo.
Os únicos pontos meio negativos são o paralelo com João E Maria (por que essa história em específico?) e o visual de Freddy, que seria melhor terem mantido o mesmo (a cena da nuvem é meio ruim também).
O Duende 4: No Espaço
2.1 46 Assista AgoraLeprechaun In Space... Alguma dúvida de que esse filme vai ser ruim? Antes de assistir eu tinha certeza de que seria, mas enquanto eu via o filme, percebi que ele faz isso de propósito. É como se os realizadores pensassem: "Qual será o maior absurdo que podemos faze agora?" É um filme tosco e caça-níquel (usando mulheres semi-nuas sem nenhum motivo para atrair público), mas que não tem medo de ser um filme tosco e caça-níquel (diferente de outras continuações de slashers oitentistas). É extremamente exagerado e caricato, com uma história que simplesmente não faz o menor sentido: Como o duende está no espaço? De onde saiu esse reino? Em que ano estamos (os personagens fazem referências a coisas do século XX)? Mesmo os elementos narrativos são jogados, utilizados uma vez e depois descartados (a máquina que faz as coisas crescerem está na nave por que? E aquela área contaminada que nunca mais é citada? Entre outros...). É um filme que é intencionalmente exagerado e aleatório e, por sorte, isso acaba funcionando na maior parte do tempo, pois acaba deixando o filme divertido.
O Túnel da Morte
1.5 66O início era promissor (nada mais filme de terror que uma "gostosa" usando apenas toalha, recém saída de um chuveiro, correndo por corredores de um sanatório), mas a falta de uma história interessante e a edição que tenta fugir do lugar-comum faz com que o filme ora pareça um videoclipe, ora pareça um filme pornô. O gore é bem feito e é um ponto positivo, mas isso é o padrão nos filmes de baixo orçamento.
Atração Mortal
3.7 318 Assista AgoraEstranho filme dos anos 80, que usa de estereótipos exagerados como base para críticas e reflexões ao universo adolescente. Foge do padrão dos outros filmes teens oitentistas (Clube Dos Cinco, Namorada de Aluguel, Quase Igual Aos Outros, Te Pego Lá Fora, etc) pelo tom e pela cinematografia que buscam dar um ar mais bizarro ao filme (algo ao estilo Tim Burton), além do humor negro, algo pouquíssimo utilizado em filmes do tipo. Boas frases e boas atuações tornam este um dos melhores filmes teens oitentistas de todos os tempos.
Alma Perdida
2.6 594 Assista AgoraUm filme que me surpreendeu positivamente. Dez anos atrás eu quase aluguei ele numa locadora diversas vezes, mas sempre acaba pegando outro filme. Agora, finalmente assisti e é melhor do que eu pensava. É um raro filme que consegue usar o jump scare por diversas vezes de forma positiva. Não tem muita construção de suspense, não investe no clima de tensão, e sim no susto, mas faz isso de forma extremamente eficiente, principalmente pelo design criativo dos fantasmas e das criaturas. Acaba caindo um pouco no lugar comum no terceiro ato, mas não o suficiente para estregar o filme.
Aliás, Gary Oldman, se você estiver lendo este comentário e souber português, me diga, como você veio parar neste filme?
Jogos Mortais
3.7 1,6K Assista AgoraExcelente filme que iniciou a onda do gênero "torture porn". Contado através de flashbacks, ele possui todos os elementos que povoariam a cultura pop em torno do filme (o boneco, a pig, etc). Apesar de responsável pela popularização do gênero de tortura e violência, o primeiro jogos mortais é mais um thriller de terror investigativo (como Seven), e, apesar de violento, não possui a violência e as armadilhas como motor narrativo (diferente das continuações e outros filmes que vieram "na onda" deste, como O Albergue).
Enfim, o filme ainda é coroado com um dos desfechos mais marcantes do cinema.
A Maldição da Chorona
2.3 525 Assista AgoraGenérico. E se tem algo que prejudica o suspense, é o filme ser genérico, pois se torna previsível, não conseguindo criar tensão nem sustos em momento algum. Tem uma produção boa, mas a falta de uma história que fugisse do lugar comum prejudicou muito o filme, que possui como pontos positivos uma reviravolta até interessante e o personagem de Raymond Cruz, que foge do estereótipo dos filmes do gênero.
High School Musical: O Desafio
1.7 330Esperava mais. Esperava que fosse um filme repleto de momentos toscos, mas no geral ele é até bem filmado. As atuações são boas, talvez até melhores do que as do High School original (Michelle Batista emula muito bem a Sharpay). O ponto negativo é o Olavo, cuja atuação é bem ruim (mas, convenhamos, Zac Efron também está péssimo nos dois primeiros High Schools). A história falha também em transpor o original para o Brasil, afinal, aqui as escolas não tem armários, entre outras coisas e essa falta de criatividade faz o filme ficar desinteressante, parecendo ter uma duração bem maior do que as uma hora e meia, além de possuir diálogos pavorosos (principalmente os que envolvem o pai de Olavo). As músicas são em grande parte boas e salvam um pouco o filme. Enfim, esperava que fosse me decepcionar mais, ou que o filme possuísse uma dose maior de humor involuntário, mas (in)felizmente isso não aconteceu.
Almas Condenadas
2.1 104Só porque um filme é de baixo orçamento, não significa que ele não precisa ser simples. Nos primeiros 35 minutos absolutamente nada acontece. Depois, algumas explicações são dadas, mas a maioria não faz sentido nenhum. O ponto positivo foi a protagonista, que entrega uma boa atuação.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KUm filme que poderia se chamar "Trago Verdades". Ótimas imagens e uma narração que trás bons paralelos com a vida da própria diretora, embora traga muito pouco de novo em relação à situação política brasileira durante o período do golpe (exceto algumas entrevistas com o Lula e com a Dilma), o filme funciona como um ótimo resumo de tudo que aconteceu na esfera política nos últimos anos e evidencia os vícios e a falta de imparcialidade do legislativo e do judiciário. A conclusão é que o PMDB (agora MDB) é a maior praga que já aconteceu ao nosso país (Rodrigo Maia, José Sarney, Eduardo Cunha, Romero Jucá e o Conde Temer, entre outros, são todos pmdebistas).
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraO diretor é eficiente em criar um clima de terror utilizando espaços vazios (algo que também ocorre em Plataforma do Medo, do mesmo diretor), mas o ponto mais positivo do filme está no roteiro, que poderia seguir um lugar-comum mas ousa em apresentar algo diferente
do que um mero ciclo temporal, se assemelhando mais a uma espiral ou a um ciclo duplo
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraA ideia é boa, mas a condução é genérica, seguindo os padrões dos filmes pós-apocalípticos. Talvez o diferencial seja intercalar as cenas da parte inicial (na casa), com as do final (no rio), ajudando a dar mais ritmo para o filme. Imagina se fosse linear, acompanharíamos a descida pelo rio durante quase uma hora e o ritmo seria prejudicado.
O Vingador Silencioso
4.1 61 Assista AgoraPor que esse velho oeste não tem o culto que merece? Está no nível ou até acima de outros considerados clássicos do gênero. A ideia de se passar na neve e o protagonista de poucas palavras (ou mudo, no caso) são muito bem exploradas, além de não ter medo de mostrar sangue durante as mortes. A condução fria do filme está em todos os aspectos (fotografia, ritmo, atuaçoes). De bônus, ainda tem uma trilha sonora de Ennio Morricone e uma discussão política acerca dos caçadores de recompensa.
Plataforma do Medo
2.8 400 Assista AgoraÓtimo terror, com uma boa premissa, boa condução e mortes bem feitas. As cenas do metrô vazio possuem um ótimo clima, além das cenas de perseguição serem boas (justificando a Franka Potente, afinal, se tem algo que ela sabe fazer é correr). O único ponto negativo é que o filme não apresenta nenhuma surpresa ou reviravolta que o tirasse do lugar comum. Os grandes méritos são mesmo o bom suspense (vindo da boa escolha do cenário) e o bom gore.
Satânico
1.6 180 Assista AgoraO problema do filme é que quando você acha que ele vai começar, ele não começa. E vai assim o filme todo até que quando o filme finalmente começa, ele acaba, pois está faltando só dez minutos. Vale a pena pela discussão de alguns elementos satanistas (de forma bem superficial, é verdade). A atuação de Sarah Hyland é ótima, principalmente nas partes de terror, já o Steven Krueger não tem muito sentido aqui, ele tem cara de ator de comédia besteirol adolescente, e toda vez que ele aparece me dá vontade de rir, cortando o clima. Enfim, o filme tem a condução de um found footage sem ser um found footage, mostrando muito pouco ao longo do filme, todas as cenas envolvem os protagonistas e culminam no clímax frenético nos últimos dez minutos, mas apesar disso não é ruim como pintam, funcionando como um bom thriller de terror.
Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira
2.3 349 Assista AgoraHorrível. Qual o sentido de fazer um sexta-feira 13 sem o Jason? Não parece sexta-feira 13. O primeiro ato é sonolento e sem graça, se salvando o filme no seu segundo ato, onde as mortes passam a ser mais elaboradas e com bons efeitos, inclusive o homem que derreteu (alguém me explica o sentido das primeiras mortes não serem mostradas, enquanto as últimas ocorrem de forma explícita? Parecem dois filmes diferentes). A conclusão é absolutamente sem sentido (de onde saiu aquela adaga?). O filme (assim como a morte de Freddy Krueger) insere uma irmã do assassino que nunca tinha aparecido antes, gerando uma quantidade enorme de falhas de roteiro com isso. Ora, se Jason está perseguindo ela ao estilo Michael Myers, porque nunca fez isso nos OITO FILMES anteriores? Por que a mãe do Jason teria enlouquecido e se tornado uma psicopata (é doloroso perder um filho, mas tendo uma outra filha, a morte do Jason teria um impacto bem menor no psicológico da Sra Voorhees)? Onde o caçador de recompensas conseguiu tantas informações? Como ele sabe da adaga? Quem raios fez aquela profecia aleatória, que nunca é explicada? Quero dizer, ela é o principal motor da narrativa, a origem das motivações da Jason e dos protagonistas e mesmo assim, nunca é explicada. Enfim, simplesmente horrível, uma das piores continuações da história do terror (difícil saber se pior que a parte 5) e fica mais desnecessária ainda em frente ao final da parte 8 e do fato de que já tem tanto filme do Jason que não precisavam forçar mais um. Além disso, sequer funciona como comédia involuntária (como o 5), o que poderia salvar um pouco o filme.
Doce Tentação
2.4 163 Assista AgoraUm filme sobre a Cherry, mas que muito pouco explica ou explora as motivações e e características da personagem sobre a qual o filme supostamente é sobre. Os outros personagens tem seus conflitos e motivações muito mais bem explicados e explorados, enquanto nunca é entendido muito bem o porque da protagonista fazer o que ela faz (talvez não haja uma motivação?). Enfim, a Ashley Grace até funciona muito bem nas cenas mais "físicas", mas não tem uma atuação tão memorável assim nos momentos em que ela é mais exigida. Difícil também aturar o James Franco, que, como sempre, parece estar no piloto automático.
O Caçador de Troll
3.1 377 Assista AgoraUm dos melhores found footage de todos os tempos, com efeitos especiais excelentes e uma boa história, com boas ideias em relação à forma que o governo oculta os trolls. O único problema é determinada morte ser tratada como nada, não tendo impacto algum nem pros personagens, que tratam o personagem morto como se fosse descartável, substituindo ele por outro. Enfim, um dos primeiros found footages a mostrar muito (no geral, esse gênero evita exposição excessiva de seus vilões) e, portanto, acaba sendo eficiente por conta dos ótimos efeitos.
Beau Geste
3.8 14 Assista Agora1939 foi um dos melhores anos do cinema e este é mais um ótimo filme desse ano. O roteiro é bem redondinho, as cenas de ação são boas e Brian Donlevy entrega uma boa atuação como vilão. A ideia de começar o filme com a cena final é ótima, fazendo o resto do filme funcionar como um quebra-cabeça, que aos poucos vai explicando os acontecimentos vistos no início do filme.
Malditas Aranhas!
2.3 349 Assista AgoraÉ difícil avaliar este aqui, visto que foi um dos filmes que eu mais vi na minha infância. Gostava muito dessa temática de aranhas e cobras gigantes, mas quase todos eram de terror e eu não podia assistir enquanto Malditas Aranhas eu podia ver por ser de comédia. Vendo de novo e tentando avaliar sem a carga nostálgica, dá para dizer que os elementos do filme funcionam muito bem. A comédia é eficiente na maior parte do tempo, os conflitos e desenvolvimentos dos personagens não são nada extraordinários, mas funcionam e as cenas envolvendo as aranhas conseguem misturar muito bem terror e comédia (as aranhas realizando atos de alguma inteligência e fazendo sons funcionam bem). É um filme que homenageia muito bem o gênero, além de ter uma mistura muito boa entre o tom trash e de filme sério (observe como a maioria dos atores realmente tentam entregar uma atuação, com exceção do policial, contando também com a presença de uma Scarlett Johansson recém-saída de Ghostworld). Os efeitos são bons para a época e os diálogos são bem divertidos (algo no qual a dublagem contribui muito), não possuindo grandes falhas de roteiro e evitando apelar para o "pastelão". Enfim, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos.
A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final, A Morte de …
3.0 376 Assista AgoraPrimeira metade boa e segunda metade horrenda. A primeira metade não se leva a sério, resultando em mortes até divertidas, pelo absurdo das ideias e dos efeitos. Mas a segunda parte tenta realizar alguma construção de história e falha horrivelmente. Desde quando Freddy tinha uma filha? Porque as pessoas agora andam enquanto sonham com o Freddy? Além disso, o cameo do Johnny Depp foi bem desperdiçado. Parecem dois filmes diferentes, a segunda parte é completamente mal-editada e insere elementos completamente aleatórios (óculos? controlar os sonhos? pacto com espíritos-minhoca?). As coisas boas da segunda metade são a homenagem aos filmes anteriores do Freddy e o fato de matarem o Freddy de vez (embora ele merecesse uma morte mais bem trabalhada, de onde saiu aquela dinamite, pelo amor de Niko Bellic?). Enfim, a primeira metade salva o filme (a cama de espinhos e o aparelho de audição são bem pensados e o videogame é hilário de tão ruim), mas não são suficientes para salvar o filme que é o pior junto com a parte 5 (difícil decidir qual é pior, a parte 5 consegue ser mais forçada que a 6).
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraFilme que é uma verdadeira mistura de gêneros. Dá primeira vez que eu assisti eu achei que eu ia ver um filme de terror, mas é um filme que alterna bastante entre o drama, a comédia e a tensão, sendo eficiente em todos esses gêneros. É curiosos assistir este filme dez anos depois da primeira vez que eu vi ele, considerando que é do mesmo diretor de Parasita, fica muito mais evidente que toda a história é apenas o pano de fundo para várias críticas, principalmente às políticas externas do governo estadounidense (mas também há críticas ao capitalismo, não é a toa que um mendigo tem um papel importante na história). Bong Joon-ho também conta com atores com bom timming para a comédia, além de ser um ótimo diretor para construir tensão, usando principalmente o recurso de focar a câmera primeiro na reação dos personagens, para depois de um longo tempo, cortar para um plano mais aberto, revelando a situação como um todo (o recurso é usados várias vezes, mas sempre de forma eficiente).
Viajantes do Futuro
2.0 2O filme é totalmente expositivo e mesmo assim consegue ser extremamente confuso e sem sentido. São universos paralelos? Viagem no tempo? São aliens ou humanos do futuro? O que são aqueles avatares? Por que existem pessoas iguais em épocas diferentes? E os pais do protagonista? Ele era original da década de 80? Por que tantas citações de Einstein? Enfim, se você não pensar muito, pode até se divertir, se você pensar, se diverte ainda mais com a bagunça absurda que é o roteiro. Em alguns momentos, claro, fica inassitível (o jogo de apostas não explica quem está controlando quem), mas possui algumas críticas que acabam sendo uma boa surpresa (à política de guerra e à religião). Uma curiosidade é que o ator principal, que se chama Jesse, tem apenas três créditos no IMDB, todos por personagens chamados Jesse! Enfim, sessão da tarde total (incluindo a criança prodígio que sabe tratar estado febril ocasionado por ferimentos).
*Edit: Olhei agora e vi que todos os filmes que esse tal de Jesse fez foram dirigidos pelo próprio pai. Pelo jeito ele planejava os personagens para serem interpretados pelo filho.