Últimas opiniões enviadas
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Enquanto em Little Odessa, Gray utilizava as sombras para expor a natureza de seus personagens, aqui o diretor trabalha esse artifício para quebrá-los. Na cena em que o personagem de Phoenix está no carro com metade do rosto na luz e a outra nas sombras, é o exemplo claro disso. Assim que seu rosto é tomado pelas trevas, uma única lágrima cai, o destruindo por completo.
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Shyamalan não dá espaço ao seu público, mastigando seu roteiro até não fazer sentido mais explicações, não temos uma sensação de surpresa com os plot twists por conta dessa falta de espaço.
É frustrante você não sentir que fez parte de toda a construção narrativa como público, já que o diretor parece querer tudo só pra ele. Diverte em alguns momentos e a atuação do McAvoy é ótima, tirando isso, é bem esquecível.
Todo o arco de Bobby é quase uma desconstrução da realidade, no começo, ele se sente poderoso, trabalha ao seu ritmo, curte a noite e tem tudo o que deseja. Isso vai desmoronando de acordo com o filme vai passando. Quando um choque de realidade o atinge, fica evidente que o mesmo não estava preparado para aquilo.
É interessante notar que, quando Bobby recebe esse choque, o mundo parece estar em suas costas, a atuação de Phoenix trabalha muito bem nesse quesito, de expor o quanto aquele personagem está desiludido, principalmente através de seu olhar, procurando um rumo através da dor e do ódio.