Onde as cores de Almodovar nasceram, em 'Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos' o cineasta espanhol volta a falar sobre a mulher com esse olhar tão profundo e ao mesmo tempo hilário. Sem dúvida um divisor de água na carreira do cara e que lhe garantiu sua primeira indicação ao Oscar, merecidamente - se não me engano ganhou. To fazendo maratona dos filmes do Almodovar, tentando ver todos em ordem cronológica a cada filme que descubro dele eu me apaixono mais e mais pela sua forma de contar história, forma essa tão peculiar, própria e irreverente que tornou seu trabalho tão importante no cinema espanhol e mundial. Grande Pedro!
Estava bem ansioso pra assistir esse filme, por se tratar da estreia da Maggie Gyllenhaal na direção e por ter Olivia Colman nos brindando com mais uma estrondosa atuação. Já me faltam adjetivos pra expressar minha admiração pelo trabalho dessa mulher, e aqui, ela segue irretocável ao interpretar uma professora que vai em busca de férias tranquilas num litoral afastado grego quando é tirada de sua paz por uma família espaçosa e intimidadora. O desenrolar da trama é bem lenta, mas extremamente intrigante ao mesmo tempo que em certos momentos sufocante. Maggie estreia com pé direito na direção com um trabalho muito bem feito e envolvente. Como já disse, Olivia dispensa comentários. Creio que o filme tem boas chances para ser indicado com roteiro adaptado e melhor atriz. Nessa última categoria pode ficar mais difícil se você observar a concorrência desse ano e pelo fato de Colman ter levado o prêmio há pouquissimo tempo, mas acho que ela merecia bem mais por esse trabalho aqui.
Sabe aquele filme que após assisti-lo você quer indicar pra meio mundo com a certeza que boa parte daqueles que indicar irá se emocionar com a história? Esse é o caso de CODA. Queria conseguir botar em palavras a sensação que estou sentindo após assistir esse filme, mas tá foda porque a emoção foi grande. Esse filme é de uma humanidade sem igual, fala de amor da forma mais simples e precisa possível. Vejam!
Futuramente será um clássico cult e tem todas os elementos para o posto, mas hoje, ele é um tanto quanto superestimado. Tem seus pontos positivos, com destaque para o ótimo trabalho da direção do James Wan, seus movimentos de câmera que já se tornou sua identidade, e os artifícios de tensão e medo que é criado pela boa trilha sonora. De resto, a história é boba, fantasiosa ao extremo, e as atuações são pra lá de caricatas, apesar de ainda não saber se gostei ou odiei a da protagonista. No mais, é um bom terror, e só.
Talvez o melhor documentário sobre o ocorrido na manhã de 11/9/01, em NY, que já pude assisti. Os registros aqui mostrados são crus e reais, são de pessoas normais que gravavam seu cotidiano de forma despretensiosa quando de repente são pegas de surpresa e testemunham um dos maiores atentados terroristas dos últimos anos. Ali, bem diante de seus olhos e das lentes das câmeras. O documentário é extremamente imersivo e de repente você se ver lá dentro, sofrendo angustiado presenciando aquele terror, com aperto no coração e a beira de um ataque do coração com tamanha tensão e medo. Incrível.
Fiquei curioso de ver esse aqui por causa do filme do remake que sai nos próximos meses. Não esperava lá grande coisa já que conhecia a reputação de problemático que o filme tinha por aí, só não imaginava que seria tão sofrido acompanhar as 2h de filme. Deu vergonha alheia em certos momentos.
Caótico, claustrofóbico e constrangedor. Dos bons e diferentes filmes que tive o prazer de conhecer esse ano. A forma como os elementos são postos no filme me chamou atenção, desde a curiosa trilha sonora de terror que acompanha, principalmente, os momentos de tensão e constrangimento de certos personagens, em especial da protagonista, até a iluminação baixa e o fato do longa se passar em um ambiente só fazem com que a sensação de claustrofobia seja efetiva, ainda mais quando se há momentos de tensão e conflitos a serem desenvolvidos sempre de maneira urgente. Gostei bastantw!
Filme que me apresentou a Nouvelle vague e François Truffaut. Por muitos, um dos maiores clássicos do cinema frances, essa história sobre o rebelde Antoine e sua vida incompreendida em sua casa, com pais que o tratam como qualquer coisa menos filho e, na escola, onde é vitima de um sistema educacional falido, é um ótimo e realista retrato da juventude da época. Encantado pelo desfecho da história e a forma poética que tudo se encerra ao mostrar a fuga do protagonista em uma longa cena de corrida do mesmo indo de encontro a sua liberdade longe de uma sociedade que o marginalizava.
Pesado, incomodo e repugnante. Não imaginei que esse filme do Larraín fosse me causar tdas as sensações que causaram... A repulsa é causada bem mais pelas atitudes de certos personagens e seus diálogos pesados e carregados de culpa e remorso. Mais um trabalho ímpar do diretor chileno Pablo Larraín.
Com uma atmosfera claustrofobica e sufocante, aliada a bons plots e uma ótima atuação Mélanie Laurent, o longa consegue prender a sua atenção do começo ao fim a cada nova descoberta que a protagonista faz dentro daquele pequeno espaço que a mesma desperta. Ah, vale ainda destacar os momentos em que uma potente trilha sonora aparece, com uma belíssima vista do espaço, me fez lembrar de 2001.
Venho me encantando pelo trabalho Jafar Panahi a cada nova descoberta que faço dele. Essa aqui é uma pérola, e seu pseudo-documentário é uma ótima critica do cineasta a sociedade patriarcal iraniana e a forma como as mulheres são impostas a esses costumes e como seus desejos e vontades são jogadas ao vento sem valor. Envolvente!
Eu queria tanto ter amado o filme, e eu tentei, mas não deu. Não é um péssimo filme e está longe de ser o que muitos estão tachando dele, mas, pra mim, não funcionou. A impressão que eu tive é que o filme quer beber da água de histórias do cinema anteriores a sua, e acaba se perdendo. Tem um Q de Janela Indiscreta, o que é interessante, mas o final é meio novelesco e morno. Amy salva, Gary despensa comentários, mas queria mesmo era ter visto mais da Julianne.
Cara, eu começo a escrever esse comentário já com os olhos cheios de lágrimas. Assisti esse filme pela primeira vez há cinco dias atrás, e ainda estou pra entender o efeito que ele tomou dentro de mim depois que o finalizei e até agora mesmo, sempre que leio algo sobre, vejo imagens, trechos ou ouço a música tema (essa eu me acabo). Acho que o que mais me encantou no filme foi a sutileza com que a trama é contada, a sensibilidade e humanidade postas aqui pra narrar a linda história de amor de Birdy e Jia-Han. É tudo muito orgânico, verdadeiro e simples. Desde os minutos iniciais do longa você já sente o poder desse amor pelas lágrimas de Jia-Han ao tentar se confessar com o padre de sua escola - que aliás, os dois entregam os melhores e mais profundos diálogos do filme - até o desfecho extremamente simbólico e melancólico. Foi aí que eu me desmanchei em lágrimas... "Seu Nome Gravado em Mim" entrou para a minha seleta lista de romances que me fizeram desmanchas em lágrimas e sentir um pouco do amor dos protagonistas, e nessa lista está "Me Chame pelo seu Nome", "O Segredo de Broke Back Mountain", "Eu Estava Justamente Pensando em Você" e a trilogia do Antes.
Estou em estado de paixão por essa história de amor.
A impressão que tive com o filme é que ele traz uma trama com potencial, simbólica, com conflito social e humano interessante de acompanhar ao trazer uma história de amor "impossível" entre dois homens gays de nacionalidades com histórico de rivalidade, mas que ao por tudo em prática o resultado é morno, sem muita emoção, muito pelas atuações fracas e um desfecho que deixou um pouco a desejar. Mas vale a intenção.
Como um fã que cresceu jogando os games no supernitendo na década de 90/2000, e que adorava assistir os filmes que passavam na Tela de Sucessos no SBT às sextas à noite na década passada, eu clamava muito por um remake dessa saga tão cheia de história a ser contada nos cinemas.
O Mortal Kombat de 2021 consegue cumprir bem o seu papel de entreter os fãs da franquia que sempre foram órfãos - vamos dizer assim - de um filme decente. O longa entrega fã service a todo momento, seja pelo time de personagens memoráveis do game, pelas lutas seguidas dos "fatalities" fiéis ao game ou pelo bom tom descontraído que o filme traz. No entanto, nem tudo isso é suficiente para entregar um ótimo filme. Aqui, o roteiro é fraco, do meio pro final a trama parece correr sem muita explicação, o que deixa o filme um pouco vazio, as atitudes de alguns personagens são questionáveis, além de algumas atuações forçadas e caricatas que conseguem te deixar com vergonha alheia.
No entanto, o longa consegue concluir sua história com a mesma eficiência que começa, entregando cenas de luta memoráveis em um final que deixou qualquer fã do game eufórico, assim como eu. Torço muito para que, finalmente, essa franquia ganhe o destaque e valor que merece nos cinemas, com mais filmes, mais histórias a serem contadas - pois há muita - além de trazer mais personagens memoráveis para histórias futuras (TRAGAM LOGO JOHNNY, KITANA, NOOB SAIBOT, SINDEL E NIGHTWOLF).
No mais, é um filme divertido, que serve pra entreter quem gosta do game ou até quem nunca ouviu falar, mas peca por um roteiro fraco e atuações medianas.
O Tony Manero de Pablo Larrain é imersivo, cru e extremamente realista. Ambientado no Chile de Pinochet, o diretor nos leva de volta aos tempos da ditadura no país através de sua fotografia e a forma com que ele filmou a sua película com cÂmera 35 mm e imagens granuladas e sem cores, o que remete bem aqueles tempos de horror e sem vida que o país passou. Além disso, o longa ainda nos mostra um ótimo estudo de personagem com seu protagonista, Rual Peralta, e toda a complexidade envolvendo seus comportamentos anti sociais e sociopatas. A cada nova descoberta que faço do trabalho do Pablo Larrain, minha admiração pelo trabalho do cara só cresce.
Mais um filme que retrata de forma eficiente os horrores da Segunda Guerra Mundial, mas o diferencial desse aqui é trazer com tamanho realismo os últimos momentos não só de Hittler, mas de toda sua corja imunda, abordando os conflitos dentro do partido nazista que se via encurralado num bunker e também as atitudes e personalidades horrendas dessas pessoas. Relato cru e preciso, uma verdadeira aula de história.
Filme bacana, que encanta pelos seus bons efeitos especiais, com estaque para suas cena no "espaço", mas acho que a grande beleza do filme se limita a isso. Sua história não cativa, muito menos os personagens dela. Em alguns momentos é cansativo e parece que to vendo mais do mesmo sobre filmes espaciais com temáticas dramáticas. Vi um pouco de Ad Astra aqui. Acho que faltou originalidade e um enredo mais intrigante. O final pode ser uma surpresa pra alguns, mas me pareceu um tanto quanto previsível.
Filme simpático, divertido de acompanhar e com uma fotografia belíssima que casa muito bem com o rico e detalhista trabalho de figurino e penteado que o filme traz. Gostei do ritmo da narrativa, apresentando sempre diálogos rápidos, bem humorado no momento certo.
Como se faz necessário cada vez mais que essa ala de profissionais sejam reconhecidos pelo seu trabalho arduo e necessário. Em sociedades como a da Romênia - falo isso pensando na brasileira, sem dúvida alguma - o trabalho da mídia é necessário pra que a corrupção não se alastre sem impunidade e que esse mal seja escancarado para que todos vejam. Documentário urgente, que nos entrega fatos impressionantes sobre uma vasta fraude no sistema de saúde da Romênia, ligado a um jogo político que não via vidas sendo ceifadas enquanto seus bolsos eram enchidos com dinheiro. Realmente é impressionante os registros que esse documentário nos mostra, desde os minutos de terror vividos pelas vítimas da boate que pegou fogo, até os desdobramentos das investigações por parte do jornal romeno Gazeta Sports, com direito até a morte misteriosa de um dos grandes responsáveis por essas fraudes e perseguição aos jornalistas envolvidos nas denúncias. Vale muito a pena conferir esse registro incrível.
Daqueles filmes que você não dá muita coisa mas que acaba lhe surpreendendo. O longa tem um roteiro muito bem escrito, protagonista forte, trama cheia de surpresas e uma mensagem foda sobre a sociedade indiana, a forma a classe mais vulnerável e pobre dessa sociedade é enxergada por quem está em cima da cadeia social, e como o sistema desse país só menospreza essa parte da população. Bela duma cutucada na ferida dos caras.
Mesmo tratando de assuntos sérios e necessários, como racismo, em alguns momentos, o filme me pareceu daqueles "confort films" pelo simples fato da amizade aqui criada entre Daisy e Hoke. A confiança e companheirismo que é criada entre os dois, conforme o tempo passa é bonito de acompanhar, e o desfecho final é simbólico. O que me incomodou foi só a forma como o tempo passava sem nada impresso no filme identificando a passagem dos anos além dos cabelos brancos que nasciam na cabeça dos personagens.
Pesado e extremamente comovente, o representante da Bósnia no Oscar 2021 retrata um capitulo duro na vida de tantos bósnios durante a guerra no que o país enfrentou na década de 90, o maior ato genocida da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O sentimento de impotência e revolta que o filme causa em quem assiste, além da dor que ele consegue passar durante as 2 horas de longa é de partir o coração. Imagino que não deve ter sido fácil a diretora do filme ter recriado aquele cenário de desespero das pessoas a procura de ajuda, clamando pelas suas vidas em meio a uma perseguição sem fim. A atriz que interpreta a personagem principal da história, Aida, entrega uma atuação vísceral e impactante, que merecia um destaque maior entre os indicados na categoria de melhor atriz do Oscar desse ano. Jasna é gigante em seu papel e consegue levar a dor e desespero de sua personagem a quem assiste, com certeza. Esse longa bosnio é sem dúvida o meu favorito para receber o prêmio de filme internacional do Oscar, e com méritos para isso. História que não conhecia, que me impactou de uma forma que me fez ir atrás de conhecer mais a respeito e que merece sua atenção pela barbárie que o homem é capaz de fazer quando tem o poder em mãos e ninguém para lhe deter. Chocante relato.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraOnde as cores de Almodovar nasceram, em 'Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos' o cineasta espanhol volta a falar sobre a mulher com esse olhar tão profundo e ao mesmo tempo hilário. Sem dúvida um divisor de água na carreira do cara e que lhe garantiu sua primeira indicação ao Oscar, merecidamente - se não me engano ganhou.
To fazendo maratona dos filmes do Almodovar, tentando ver todos em ordem cronológica a cada filme que descubro dele eu me apaixono mais e mais pela sua forma de contar história, forma essa tão peculiar, própria e irreverente que tornou seu trabalho tão importante no cinema espanhol e mundial. Grande Pedro!
A Filha Perdida
3.6 573Estava bem ansioso pra assistir esse filme, por se tratar da estreia da Maggie Gyllenhaal na direção e por ter Olivia Colman nos brindando com mais uma estrondosa atuação. Já me faltam adjetivos pra expressar minha admiração pelo trabalho dessa mulher, e aqui, ela segue irretocável ao interpretar uma professora que vai em busca de férias tranquilas num litoral afastado grego quando é tirada de sua paz por uma família espaçosa e intimidadora.
O desenrolar da trama é bem lenta, mas extremamente intrigante ao mesmo tempo que em certos momentos sufocante. Maggie estreia com pé direito na direção com um trabalho muito bem feito e envolvente. Como já disse, Olivia dispensa comentários. Creio que o filme tem boas chances para ser indicado com roteiro adaptado e melhor atriz. Nessa última categoria pode ficar mais difícil se você observar a concorrência desse ano e pelo fato de Colman ter levado o prêmio há pouquissimo tempo, mas acho que ela merecia bem mais por esse trabalho aqui.
No Ritmo do Coração
4.1 754 Assista AgoraSabe aquele filme que após assisti-lo você quer indicar pra meio mundo com a certeza que boa parte daqueles que indicar irá se emocionar com a história? Esse é o caso de CODA. Queria conseguir botar em palavras a sensação que estou sentindo após assistir esse filme, mas tá foda porque a emoção foi grande. Esse filme é de uma humanidade sem igual, fala de amor da forma mais simples e precisa possível. Vejam!
Maligno
3.3 1,2KFuturamente será um clássico cult e tem todas os elementos para o posto, mas hoje, ele é um tanto quanto superestimado. Tem seus pontos positivos, com destaque para o ótimo trabalho da direção do James Wan, seus movimentos de câmera que já se tornou sua identidade, e os artifícios de tensão e medo que é criado pela boa trilha sonora. De resto, a história é boba, fantasiosa ao extremo, e as atuações são pra lá de caricatas, apesar de ainda não saber se gostei ou odiei a da protagonista.
No mais, é um bom terror, e só.
11/09: A Vida Sob Ataque
4.3 22Talvez o melhor documentário sobre o ocorrido na manhã de 11/9/01, em NY, que já pude assisti. Os registros aqui mostrados são crus e reais, são de pessoas normais que gravavam seu cotidiano de forma despretensiosa quando de repente são pegas de surpresa e testemunham um dos maiores atentados terroristas dos últimos anos. Ali, bem diante de seus olhos e das lentes das câmeras. O documentário é extremamente imersivo e de repente você se ver lá dentro, sofrendo angustiado presenciando aquele terror, com aperto no coração e a beira de um ataque do coração com tamanha tensão e medo. Incrível.
Duna
2.9 412 Assista AgoraFiquei curioso de ver esse aqui por causa do filme do remake que sai nos próximos meses. Não esperava lá grande coisa já que conhecia a reputação de problemático que o filme tinha por aí, só não imaginava que seria tão sofrido acompanhar as 2h de filme. Deu vergonha alheia em certos momentos.
Shiva Baby
3.8 260 Assista AgoraCaótico, claustrofóbico e constrangedor. Dos bons e diferentes filmes que tive o prazer de conhecer esse ano.
A forma como os elementos são postos no filme me chamou atenção, desde a curiosa trilha sonora de terror que acompanha, principalmente, os momentos de tensão e constrangimento de certos personagens, em especial da protagonista, até a iluminação baixa e o fato do longa se passar em um ambiente só fazem com que a sensação de claustrofobia seja efetiva, ainda mais quando se há momentos de tensão e conflitos a serem desenvolvidos sempre de maneira urgente. Gostei bastantw!
Os Incompreendidos
4.4 645Filme que me apresentou a Nouvelle vague e François Truffaut. Por muitos, um dos maiores clássicos do cinema frances, essa história sobre o rebelde Antoine e sua vida incompreendida em sua casa, com pais que o tratam como qualquer coisa menos filho e, na escola, onde é vitima de um sistema educacional falido, é um ótimo e realista retrato da juventude da época. Encantado pelo desfecho da história e a forma poética que tudo se encerra ao mostrar a fuga do protagonista em uma longa cena de corrida do mesmo indo de encontro a sua liberdade longe de uma sociedade que o marginalizava.
O Clube
3.9 146Pesado, incomodo e repugnante. Não imaginei que esse filme do Larraín fosse me causar tdas as sensações que causaram... A repulsa é causada bem mais pelas atitudes de certos personagens e seus diálogos pesados e carregados de culpa e remorso. Mais um trabalho ímpar do diretor chileno Pablo Larraín.
Oxigênio
3.4 499 Assista AgoraCom uma atmosfera claustrofobica e sufocante, aliada a bons plots e uma ótima atuação Mélanie Laurent, o longa consegue prender a sua atenção do começo ao fim a cada nova descoberta que a protagonista faz dentro daquele pequeno espaço que a mesma desperta. Ah, vale ainda destacar os momentos em que uma potente trilha sonora aparece, com uma belíssima vista do espaço, me fez lembrar de 2001.
3 Faces
3.7 39Venho me encantando pelo trabalho Jafar Panahi a cada nova descoberta que faço dele. Essa aqui é uma pérola, e seu pseudo-documentário é uma ótima critica do cineasta a sociedade patriarcal iraniana e a forma como as mulheres são impostas a esses costumes e como seus desejos e vontades são jogadas ao vento sem valor. Envolvente!
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraEu queria tanto ter amado o filme, e eu tentei, mas não deu. Não é um péssimo filme e está longe de ser o que muitos estão tachando dele, mas, pra mim, não funcionou. A impressão que eu tive é que o filme quer beber da água de histórias do cinema anteriores a sua, e acaba se perdendo. Tem um Q de Janela Indiscreta, o que é interessante, mas o final é meio novelesco e morno. Amy salva, Gary despensa comentários, mas queria mesmo era ter visto mais da Julianne.
Seu Nome Gravado em Mim
4.0 181Cara, eu começo a escrever esse comentário já com os olhos cheios de lágrimas. Assisti esse filme pela primeira vez há cinco dias atrás, e ainda estou pra entender o efeito que ele tomou dentro de mim depois que o finalizei e até agora mesmo, sempre que leio algo sobre, vejo imagens, trechos ou ouço a música tema (essa eu me acabo).
Acho que o que mais me encantou no filme foi a sutileza com que a trama é contada, a sensibilidade e humanidade postas aqui pra narrar a linda história de amor de Birdy e Jia-Han. É tudo muito orgânico, verdadeiro e simples. Desde os minutos iniciais do longa você já sente o poder desse amor pelas lágrimas de Jia-Han ao tentar se confessar com o padre de sua escola - que aliás, os dois entregam os melhores e mais profundos diálogos do filme - até o desfecho extremamente simbólico e melancólico. Foi aí que eu me desmanchei em lágrimas...
"Seu Nome Gravado em Mim" entrou para a minha seleta lista de romances que me fizeram desmanchas em lágrimas e sentir um pouco do amor dos protagonistas, e nessa lista está "Me Chame pelo seu Nome", "O Segredo de Broke Back Mountain", "Eu Estava Justamente Pensando em Você" e a trilogia do Antes.
Estou em estado de paixão por essa história de amor.
Além da Fronteira
3.8 439 Assista AgoraA impressão que tive com o filme é que ele traz uma trama com potencial, simbólica, com conflito social e humano interessante de acompanhar ao trazer uma história de amor "impossível" entre dois homens gays de nacionalidades com histórico de rivalidade, mas que ao por tudo em prática o resultado é morno, sem muita emoção, muito pelas atuações fracas e um desfecho que deixou um pouco a desejar. Mas vale a intenção.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraComo um fã que cresceu jogando os games no supernitendo na década de 90/2000, e que adorava assistir os filmes que passavam na Tela de Sucessos no SBT às sextas à noite na década passada, eu clamava muito por um remake dessa saga tão cheia de história a ser contada nos cinemas.
O Mortal Kombat de 2021 consegue cumprir bem o seu papel de entreter os fãs da franquia que sempre foram órfãos - vamos dizer assim - de um filme decente. O longa entrega fã service a todo momento, seja pelo time de personagens memoráveis do game, pelas lutas seguidas dos "fatalities" fiéis ao game ou pelo bom tom descontraído que o filme traz. No entanto, nem tudo isso é suficiente para entregar um ótimo filme. Aqui, o roteiro é fraco, do meio pro final a trama parece correr sem muita explicação, o que deixa o filme um pouco vazio, as atitudes de alguns personagens são questionáveis, além de algumas atuações forçadas e caricatas que conseguem te deixar com vergonha alheia.
No entanto, o longa consegue concluir sua história com a mesma eficiência que começa, entregando cenas de luta memoráveis em um final que deixou qualquer fã do game eufórico, assim como eu. Torço muito para que, finalmente, essa franquia ganhe o destaque e valor que merece nos cinemas, com mais filmes, mais histórias a serem contadas - pois há muita - além de trazer mais personagens memoráveis para histórias futuras (TRAGAM LOGO JOHNNY, KITANA, NOOB SAIBOT, SINDEL E NIGHTWOLF).
No mais, é um filme divertido, que serve pra entreter quem gosta do game ou até quem nunca ouviu falar, mas peca por um roteiro fraco e atuações medianas.
Tony Manero
3.4 86 Assista AgoraO Tony Manero de Pablo Larrain é imersivo, cru e extremamente realista. Ambientado no Chile de Pinochet, o diretor nos leva de volta aos tempos da ditadura no país através de sua fotografia e a forma com que ele filmou a sua película com cÂmera 35 mm e imagens granuladas e sem cores, o que remete bem aqueles tempos de horror e sem vida que o país passou. Além disso, o longa ainda nos mostra um ótimo estudo de personagem com seu protagonista, Rual Peralta, e toda a complexidade envolvendo seus comportamentos anti sociais e sociopatas.
A cada nova descoberta que faço do trabalho do Pablo Larrain, minha admiração pelo trabalho do cara só cresce.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 775Mais um filme que retrata de forma eficiente os horrores da Segunda Guerra Mundial, mas o diferencial desse aqui é trazer com tamanho realismo os últimos momentos não só de Hittler, mas de toda sua corja imunda, abordando os conflitos dentro do partido nazista que se via encurralado num bunker e também as atitudes e personalidades horrendas dessas pessoas. Relato cru e preciso, uma verdadeira aula de história.
Dias Melhores
3.9 139 Assista AgoraFilme profundo, que traz uma história de amor dentro de uma trama dura de assistir, mas que é necessária.
O Céu da Meia-Noite
2.7 511Filme bacana, que encanta pelos seus bons efeitos especiais, com estaque para suas cena no "espaço", mas acho que a grande beleza do filme se limita a isso. Sua história não cativa, muito menos os personagens dela. Em alguns momentos é cansativo e parece que to vendo mais do mesmo sobre filmes espaciais com temáticas dramáticas. Vi um pouco de Ad Astra aqui. Acho que faltou originalidade e um enredo mais intrigante. O final pode ser uma surpresa pra alguns, mas me pareceu um tanto quanto previsível.
Emma.
3.4 290 Assista AgoraFilme simpático, divertido de acompanhar e com uma fotografia belíssima que casa muito bem com o rico e detalhista trabalho de figurino e penteado que o filme traz. Gostei do ritmo da narrativa, apresentando sempre diálogos rápidos, bem humorado no momento certo.
Colectiv
4.0 99Como se faz necessário cada vez mais que essa ala de profissionais sejam reconhecidos pelo seu trabalho arduo e necessário. Em sociedades como a da Romênia - falo isso pensando na brasileira, sem dúvida alguma - o trabalho da mídia é necessário pra que a corrupção não se alastre sem impunidade e que esse mal seja escancarado para que todos vejam.
Documentário urgente, que nos entrega fatos impressionantes sobre uma vasta fraude no sistema de saúde da Romênia, ligado a um jogo político que não via vidas sendo ceifadas enquanto seus bolsos eram enchidos com dinheiro.
Realmente é impressionante os registros que esse documentário nos mostra, desde os minutos de terror vividos pelas vítimas da boate que pegou fogo, até os desdobramentos das investigações por parte do jornal romeno Gazeta Sports, com direito até a morte misteriosa de um dos grandes responsáveis por essas fraudes e perseguição aos jornalistas envolvidos nas denúncias. Vale muito a pena conferir esse registro incrível.
O Tigre Branco
3.8 403 Assista AgoraDaqueles filmes que você não dá muita coisa mas que acaba lhe surpreendendo. O longa tem um roteiro muito bem escrito, protagonista forte, trama cheia de surpresas e uma mensagem foda sobre a sociedade indiana, a forma a classe mais vulnerável e pobre dessa sociedade é enxergada por quem está em cima da cadeia social, e como o sistema desse país só menospreza essa parte da população. Bela duma cutucada na ferida dos caras.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 416 Assista AgoraMesmo tratando de assuntos sérios e necessários, como racismo, em alguns momentos, o filme me pareceu daqueles "confort films" pelo simples fato da amizade aqui criada entre Daisy e Hoke. A confiança e companheirismo que é criada entre os dois, conforme o tempo passa é bonito de acompanhar, e o desfecho final é simbólico. O que me incomodou foi só a forma como o tempo passava sem nada impresso no filme identificando a passagem dos anos além dos cabelos brancos que nasciam na cabeça dos personagens.
Quo Vadis, Aida?
4.2 177 Assista AgoraPesado e extremamente comovente, o representante da Bósnia no Oscar 2021 retrata um capitulo duro na vida de tantos bósnios durante a guerra no que o país enfrentou na década de 90, o maior ato genocida da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O sentimento de impotência e revolta que o filme causa em quem assiste, além da dor que ele consegue passar durante as 2 horas de longa é de partir o coração. Imagino que não deve ter sido fácil a diretora do filme ter recriado aquele cenário de desespero das pessoas a procura de ajuda, clamando pelas suas vidas em meio a uma perseguição sem fim. A atriz que interpreta a personagem principal da história, Aida, entrega uma atuação vísceral e impactante, que merecia um destaque maior entre os indicados na categoria de melhor atriz do Oscar desse ano. Jasna é gigante em seu papel e consegue levar a dor e desespero de sua personagem a quem assiste, com certeza.
Esse longa bosnio é sem dúvida o meu favorito para receber o prêmio de filme internacional do Oscar, e com méritos para isso. História que não conhecia, que me impactou de uma forma que me fez ir atrás de conhecer mais a respeito e que merece sua atenção pela barbárie que o homem é capaz de fazer quando tem o poder em mãos e ninguém para lhe deter. Chocante relato.