A crise dos 20 retratada com fidelidade aos sentimentos de incerteza e auto sabotagem que a nossa geração vem lidando frequentemente. Uns realizando seus sonhos profissionais, formando família, enquanto outros ainda não sabem que rumo tomar na vida. Um mundo de comparações e contrastes que afetam individualmente muita gente que necessita da metáfora do unicórnio pra enxergar o seu valor.
Outra personagem da Brie que servirá de inspiração pra milhares de pessoas, especialmente mulheres. Escolhas pertinentes de quem realmente quer deixar uma mensagem através da sua arte e visibilidade.
Vivemos em um mundo tão controverso e complexo que é realmente difícil se manter correto, me lembra a máxima de que todos somos hipócritas em algum nível. The Good Place é genial, suas saídas são sempre coerentes com aquilo que apresenta, todo debate filosófico tem propósito concreto na história.
Adora é uma figura macabra que teve muitos anos para praticar sua crueldade, dentro da vista de várias pessoas na cidade que nada fizeram para impedir tantas atrocidades. Foi necessário um detetive forasteiro ligar certos pontos para fazer a justiça entrar em curso. Ninguém mais além da Camille pode fazer esse confronto e evidenciar a verdade. Ela, inclusive, é uma guerreira sobrevivente e uma força da natureza. Nunca se submeteu ao controle da mãe.
Me doeu muito toda essa história sendo revelada e a maneira que ela foi se esclarecendo. Todos os parabéns ao Jean-Marc Vallée e a equipe de edição pelo belíssimo trabalho na composição da narrativa que é simplesmente brilhante. Toda a tensão e densidade que um thriller psicológico deve ter. Passam vários flashes na mente, cenas em episódios passados que reforçam tudo o que foi mostrado nesse 1x7. A construção dos personagens e a forma que os acontecimentos vão se encaixando é fascinante.
A finale tem todos os ingredientes para consolidar Sharp Objects entre as grandes produções que a HBO já nos proporcionou.
Certamente o episódio mais lindo de Westworld. Há vários episódios maravilhosos, profundos e densos filosoficamente, mas esse teve tudo e mais um pouco. Uma grande aula de narrativa e de humanização de personagens que deu um novo panorama pra série.
Eu nem consigo dizer mais nada. Westworld é foda. Esse episódio consolidou a grandeza da segunda temporada e da obra como um todo.
"Me parece que sempre existiu muita violência no mundo, sempre houveram muitos políticos, sempre houveram problemas financeiros e crises financeiras, em qualquer lugar sempre ocorre alguma coisa, seja fome, flagelo, uma praga, um rei terrível, invadido por países estrangeiros que chegam e destroem tudo. Isso vem acontecendo por muito tempo e nós não somos muito diferentes. Mas sempre existiu um pequeno grupo de pessoas que vai dizer "Não quero fazer parte desse caminho e então vou tentar ser uma pessoa mais gentil, compreensiva, eu vou pensar melhor no mundo em que vivo, eu vou pensar nas minhas ações no mundo, e eu vou tentar ser mais amável." E sempre existiu alguns pequenos grupos através das eras e do tempo que decidiram fazer isso. Os Yogis são um desses grupos e sua longevidade, em termos de manter a prática viva, tem sido impressionante. A ideia do Yoga pode parecer um pouco diferente agora, mas a ideia por trás é essencialmente a mesma. Eu não quero fazer parte do mundo dentro do mesmo método que eu vejo causando um monte de sofrimento às pessoas. Quero fazer parte do mundo de um modo que crie mais felicidade, mais gentileza, mais compreensão, mais cuidado. Então precisamos desse tempo em silêncio para vivenciar essas coisas. Apenas serve para deixar nossa vida um pouco mais estável, e deixar nossa percepção um pouco mais clara, e nos dar um maior reconhecimento de que todos em nossa volta estão atravessando a mesma dificuldade."
Um documentário que aborda várias visões sobre a prática do Yoga e que nos dá várias percepções da vida e do próximo em níveis profundos. A fotografia consegue acompanhar o tema com maestria, é uma experiência audiovisual muito espiritual. Arte em estado puro que ficará marcada para sempre em que tiver o privilégio de assistir, não tenho dúvidas.
Eu não tenho palavras para expressar o que senti assistindo esse documentário. Foi uma experiência de sentimentos momentâneos e que ecoam até agora. Chorei enquanto assistia. É libertador poder olhar pra dentro de si e ver que somos afetados externamente de maneiras tão brutais que nem nos damos conta do quanto isso nos controla. Sentir que somos muito mais do que isso e que temos capacidade de experenciar a vida de maneira única, sem os filtros da sociedade moderna.
"Olhe a si mesmo, olhe em volta. Pessoas infelizes, totalmente desconectadas com a mente e o corpo, há tantas pessoas vivendo em suas cabeças, mas sem suas emoções. Algo deve estar muito errado."
Era da informação, decisões já tomadas por terceiros e corrida contra o tempo. Indo mais além, entramos na era da informação errada e tendenciosa, algo comum nos dias atuais. A alienação se tornou ainda mais poderosa e nociva. Podemos olhar pra sociedade brasileira; cheia de preconceitos, intolerância e falta de cooperatividade. Não há fundamento algum nos discursos, só reações ao cotidiano estressante em que vivemos. A falta da intuição faz com que fiquemos robóticos e extravasemos nossas frustrações no próximo, consolidando a falta de empatia. O grande paradoxo da era racional em meio a tanta loucura, guerras e solidão.
Torço para que a humanidade realmente dê um passo para trás, um foco dentro de si e observe os danos que já foram feitos mas que podem ser reparados por nós mesmos. Torço para que possamos ser autênticos, sem julgamentos manipulados pelas distrações da mídia e dos valores morais obsoletos. Precisamos conhecer o desconhecido, deixar a intuição fluir, nos relacionar com o próximo e com a natureza.
A intuição é tudo que nós temos e todo o crédito tem que ser dado -no- agora.
É o tipo de filme que me atinge forte demais. De sentir a sensação mesmo horas depois de ter acabado. E o sentimento vai durar por muito mais. Simplesmente inesquecível.
Uma filme sobre a vida. Sobre um indivíduo em toda a busca pelos seus sentidos. Sobre família. Amizade. Pessoas. A relação com o mundo. É muito difícil não se colocar e se encaixar em várias situações dessa história. Essa experiência cinematográfica teve um tom de nostalgia e muita reflexão para o futuro que enxergo.
Lady Bird não poderia ter se nomeado de outra forma. Um ser humano que em qualquer lugar do mundo irá se sentir grande demais praquilo que vivencia. Um pássaro de voos estratosféricos. A forma que a história usa o ambiente de uma família tradicional, principalmente a relação entre mãe e filha, é simplesmente brilhante. As inquietações, o contraste de mentalidades, um interiorzão servindo como palco e background dão o equilíbrio perfeito pra esse turbilhão de existência.
Sou muito grato a Greta, por ter roteirizado e dirigido essa história tão simples e ao mesmo tempo tão complexa. E a Saoirse pela composição dessa personagem. Tá se tornando uma atriz que além do grande talento, sabe estar no projeto certo e na hora certa. Brooklyn e Lady Bird; dois filmes brilhantes e particulares. É realmente um pássaro essa artista. Ainda a veremos traçando voos cada vez mais altos na carreira.
I, Tonya mostra de um jeito particular como a mídia e as pessoas gostam de julgar histórias que não conhecem. Vidas que são expostas por quem não tem um pingo de conhecimento e tampouco ética.
Tonya Harding é uma mulher que nasceu em uma família desestruturada, com uma mãe abusiva e um pai omisso. Ainda teve o azar de se juntar com um lixo de homem, desses que proliferam no mundo até hoje. Assim como prolifera mídia e pessoas com ânsia de serem juízes de histórias desconhecidas e incompletas.
Na vida não existe heróis nem vilões. Somos apenas seres humanos. E é exatamente isso que ela é. Uma mulher que nasceu com um talento, mas num meio onde não pôde extrair o melhor de si. Quantos assim não existem por aí? Quantos não são abusados, reprimidos e sabotados pelo meio em que vivem? História triste de um período nebuloso. Feliz em saber que ela encontrou seu lugar no mundo e uma família pra chamar de sua.
Filmaço com uma narrativa que conseguiu ser light mesmo abordando assuntos tão complexos e fodidos. Allison Janney mereceu o Globo de Ouro. Sebastian Stan esteve ótimo. E Margot Robbie esteve Margot Robbie; incrível e soberba. Uma deusa.
Dizer que esse 7x01 só teve a vingança da Arya como momento importante pra série é de uma injustiça sem tamanho.
Só a descoberta do Sam desenrola totalmente o fim da série. Serve como ponte para o encontro entre Daenerys e Jon. Além de mostrar uma saída para derrotar os white walkers. Isso por si só já valeu todo o episódio.
Assim que se começa uma temporada! Repleta de vingança e planejamentos! Isso é Game of Thrones!!!
DC Comics, Patty Jenkins & Gal Gadot: YOU SHOULD BE HONORED!
Uma maravilha de filme. Lindo, preciso e inspirador. Visualmente falando é estonteante... a fotografia e a paleta de cores conseguiram transmitir a beleza do paraíso e o horror da guerra com maestria.
O roteiro e a direção conseguiram executar uma fórmula impecável. A carga dramática emocionou, o humor contagiou com timming cirúrgico e a ação mostrou toda a grandeza e imponência da Mulher Maravilha.
Gal Gadot nasceu pra ser essa entidade. Esteve confortável em todas as nuances; na ingenuidade da princesa conhecendo um novo mundo, na imponência de uma guerreira destemida e na graciosidade de uma deusa em toda sua beleza.
Até a nova intro da DC está digna de ser tombada como uma maravilha. Filmão digno desse ícone.
MUITO OBRIGADO, PATTY JENKINS E GAL GADOT! OBRIGADO, DC!
Sam Esmail já tinha dito em entrevista que essa segunda temporada seria focada no desenvolvimento dos seus personagens. Natural que a narrativa tenha sido diferente da primeira temporada e o ritmo um pouco mais lento. O que na minha opinião, aumentou a qualidade do roteiro e a genialidade dos seus diálogos, usando metalinguagem, abordando metafísica e outros temas que Mr. Robot usa como plano de fundo dentro do seu universo cibernético.
Além do mais, como reclamar de uma temporada tão bem produzida? Essa trilha sonora e a fotografia que foram complementadas com todos os episódios dirigidos magistralmente pelo próprio Sam. Personagens como Darlene, Angela e Dominique tiveram o destaque merecido e no final da temporada, tudo aquilo que foi mostrado se justificou dentro da evolução da trama. Não foi uma encheção de linguiça e nada maçante.
Mr. Robot é um êxtase audiovisual e essa segunda temporada foi uma obra de arte em todos os níveis. Rami Malek e Sam Esmail merecem todo o reconhecimento possível. A fórmula não foi a mesma da primeira temporada, mas conseguiu superar e consolidar o show como um dos melhores dos últimos tempos.
O filme é bom? Sim. É aquilo que tentaram nos vender? Nem de longe.
A Warner/DC repetiu as mesmas falhas de edição que havia cometido em BvS. O roteiro é bem simples, mas a edição confusa e o corte de cenas comprometeram o resultado final. Personagens como a Katana e o Joker foram subaproveitados na trama. Vi muitas críticas ao Jared Leto, mas ele sequer teve tempo para desenvolver o seu personagem. O ponto negativo fica com aquela risada desconexa e super caricata na maioria das cenas.
Amanda Waller, Deadshot e Harley Quinn são os destaques do filme, junto com a trilha sonora. El Diablo e Captain Booberang também tiveram o mínimo de um desenvolvimento aceitável. O resto do time/elenco foram trabalhados de forma rasa. Todos os parabéns para a Margot que encarnou a Arlequina. Para o Will e pra Viola que sempre toca muito samba.
O desenvolvimento da Harley era uma das coisas mais esperadas desse filme. Os flashbacks poderiam ter recriado alguns diálogos clássicos entre ela e o Coringa, mas o fanservice não veio. Aliás, o Coringa não teve um diálogo decente, apenas naquela cena onde pergunta se ela viveria por ele. Um potencial enorme jogado fora e o pouco tempo de tela não é desculpa pra isso.
E por falar em descaracterização, o que foi aquela cena do Floyd sendo capturado? O Batman nunca abordaria um alvo acompanhado de sua filha em um beco, sabendo que a situação poderia fugir do seu controle e ela ser pega no fogo cruzado. Tudo isso pra ressaltar o Deadshot badass que foi pego pois estava com a filha.
Isso tudo só não foi mais sem sentido que o fato do grupo ter se transformado em uma família já na metade da missão. Novamente ficou a impressão de um vazio devido aos cortes que fizeram, pois só isso explica a falta dessa evolução na narrativa.
Pra quem dizia que já tinha visto o filme pelos trailers, parece que foram enganados, né? Muitos cortes e curiosamente, foi uma das coisas que prejudicaram a edição final. Até quando as produtoras e os executivos vão meter o bedelho na parte criativa dos projetos? Não tem que mexer em nada, façam uma adaptação com a essência do material original e caia nas graças do público. A crítica não precisa influenciar o tom de nenhuma obra. Uma pena que o filme não tenha seguido a linha do trailer lançado na Comic-Con. Mudaram a temática no segundo trailer por causa de fatores externos. Uma pena, mas no final das contas, o filme é um bom entretenimento.
Game of Thrones é uma série que pode ter alguns episódios com furos de roteiro, núcleos magníficos sendo negligenciados e plots promissores sendo desperdiçados... mas nada disso apaga a grandiosidade do seu universo.
Episódios como 6x09 e 6x10 são obras de arte e se eternizam no coração dos fãs. Como não se apaixonar pela origem e personalidade de Jon Snow? Como não se encantar com o character development de Sansa Stark? Como não admirar a personalidade astuta de Arya Stark? E a amizade cada vez mais sólida entre Daenerys e Tyrion?! Entre tantos outros personagens/acontecimentos marcantes.
Como não favoritar uma temporada onde as conspirações, guerras e a sede por poder estiveram no ápice? E melhor ainda, é só um aperitivo do que está por vir. Game of Thrones é do caralho!
Aquela série de comédia que você começou para se entreter e hoje é um dos dramas que mais te causa impacto.
Não dá para fazer uma resenha descrevendo todos os sentimentos que essa temporada trouxe. Foram muitos os momentos cômicos, mas o final foi uma constante de tristeza e revolta. A arte imitando a vida, principalmente naquela ideologia fascista dos novos guardas de Litchfield. É impossível não traçar um paralelo com a nossa realidade, nos mais variados âmbitos.
Fica a reflexão sobre o corporativismo que pisa na liberdade civil, nas questões raciais, nos inúmeros preconceitos e de como a sociedade negligencia esses temas, jogando no lixo qualquer possibilidade de apoio e oportunidades para aqueles que necessitam.
Parabéns a todos os envolvidos na produção dessa série. Eu não esperava pela montanha russa que foi essa quarta temporada. A melhor da série, sem dúvida alguma!
Battle of the Bastards foi o ápice do apuro técnico, das ótimas atuações, dos dramas e das cargas emocionais. FUCKING DRAGÕES E UM PLANO SEQUÊNCIA DEVASTADOR.
Ozymandias encontrou um episódio companheiro para se juntar à sua mesa!
Os principais responsáveis pela desregulamentação em décadas passadas, são os mesmos envolvidos numa possível restauração da confiança no setor financeiro e na esperança de que leis sejam criadas para acompanhar de perto o que fazem com o dinheiro alheio. Isso parece modus operandi de Brasília... mas é um fato da maior potência mundial. E, claro, quem paga o preço são os pobres e os imigrantes.
A primeira parte da temporada foi empolgante e a segunda deixou o ritmo cair. Vários furos no roteiro e situações patéticas. Incrível como cientistas brilhantes ficam tão idiotas e sempre são feitos de peões pelo vilão.
O Zoom tinha tudo para ser um personagem inesquecível, daqueles que tocam o terror e deixam sua marca registrada. Infelizmente seus planos foram simplórios e a resolução com o Flash foi fraca diante de tudo aquilo que ele mostrou durante a temporada.
Um dos maiores vacilos dessa segunda temporada foi não ter mencionado a ida do Barry à Terra da Supergirl. Enfim, acredito que esse cheiro de Flashpoint na terceira temporada irá arrumar as coisas. Em todas as séries da DC. É o que todos nós esperamos.
Um dos episódios mais simbólicos e importantes da série. O leque de possibilidades com a descoberta dessa 'habilidade' desperta muitas teorias sobre o passado e de como ele vai afetar o futuro.
O episódio já tinha mostrado uma parte da mitologia fascinante do universo GOT e nos presenteia com esse final; paradoxo temporal. Bran Stark aka The Flash dos Sete Reinos (outro paradoxo).
Eu não tenho nem palavras pra definir esse episódio. Um dos melhores da série. Uma pena termos perdido duas figuras tão amadas por causa de um vacilo... a curiosidade matou um lobo e um HERÓI!
Duas semanas após ver o filme dá para tirar uma conclusão sem aquele hype exalando. É, sem dúvidas, um dos melhores filmes da Marvel. E a franquia do Capitão América é a mais sólida da Casa das Ideias.
O único problema do filme é o mesmo de BvS: a releitura de um ótimo vilão. Lex Luthor e Zemo são qualquer coisa menos Lex Luthor e Zemo. Esse subaproveitamento me lembra o que a Fox faz com personagens do nível de Tempestade, Vampira, Mística, Emma Frost e outros.
Em contrapartida, temos as melhores sequências de ação do gênero e as melhores introduções de personagens; Pantera Negra e Homem Aranha são sangue novo e bombam como se fossem protagonistas. Ritmo fluído e timming cômico cirúrgico. A fórmula foi seguida com muita competência pelos irmãos Russo.
Duas ponderações sobre série até o quarto episódio dessa temporada;
Primeira: não é a Tatiana Maslany que não tem um Emmy. O Emmy que não tem o Clone Club da Tatiana Maslany.
Segunda: só queria avisar ao Manoel Carlos que temos a verdadeira e definitiva Helena. O carisma e o character development só aumentam a cada episódio. Personagem muito preciosa.
Captain America: Civil War é um filme que segue a clássica cartilha da Marvel Studios, mas com os traços criativos dos irmãos Russo. Os momentos cômicos estão lá sem os exageros habituais e bem contextualizados. As cenas de ação são as melhores desse universo compartilhado e os personagens são bem explorados dramaticamente.
O que seria uma missão quase impossível; unir tantos bons personagens sem prevalecer um ou outro, os dividindo em um timming aceitável, se transforma numa realização super coesa e que não nos confunde em nenhum momento. É um entretenimento maravilhoso.
A primeira cena de ação é de tirar o fôlego e dá a tônica do filme. Ela consegue refletir tudo o que os irmãos Russo sabem fazer com maestria: pequenas nuances de espionagem e lutas muito bem coreografadas. Assim se mantém durante a fuga do Bucky; no confronto dos dois times e no duelo Cap & Barnes X Iron Man. Vamos ressaltar a sequência do aeroporto que é de longe a melhor do MCU até o momento. Todos os envolvidos conseguem o seu momento de brilhantismo e o tempo em tela é dividido com precisão cirúrgica, nunca os deixando de lado.
Pantera Negra e Homem Aranha tiveram as melhores introduções possíveis. T'Challa como um jovem idealista e um guerreiro notável, levando adiante o legado do Pantera. Ressaltando o sotaque que ficou super fiel a clássica animação dos Vingadores. Peter Parker como um adolescente nerd de um humor aflorado foi a melhor representação do personagem nos cinemas. Se existe alguma ressalva, essa fica para a Tia May que acredito nunca ter sido projetada como uma mulher tão maravilhosa (fisicamente falando). A personagem sempre teve a áurea e a simpatia da terceira idade.
Agora focando nos líderes de todo o confronto... a trama consegue defender muito bem o ponto de vista de ambos, nunca beneficiando um ou outro. Capitão América sempre foi um idealista que se baseia em fatos quando toma as suas decisões e nunca deixaria um amigo para trás. Esse é o espírito que fez o seu nome e sustenta a patente que ele carrega. Já o Homem de Ferro vem de dois filmes acumulando culpa e as consequências dos seus atos. Temos uma versão mais contida do personagem que está emocionalmente abalado, por isso toda a sua pronta submissão diante da ONU, tentando se penalizar de alguma maneira. Um lado complexo que não conhecíamos e que o Downey Jr. desenvolveu com autoridade.
Bazão Zemo foi o ponto fraco do filme. Assim como Ultron ele foi um vilão desperdiçado numa trama que poderia ter sido épica. Nem de longe esteve à altura desse filme, esperava mais vilania e incisão. Mera vingança tendo como aliado o acaso? Sério?
Destacando os pontos altos: Temos um T'Challa soberano; Peter Parker/Homem Aranha em sua melhor versão; Wanda Maximoff cada vez mais poderosíssima e o Homem Formiga que roubou a cena na melhor sequência da Marvel, simplesmente sensacional. A dramaticidade de Steve e Tony foram cruciais para o sucesso desse filme, os dois intérpretes se superaram mais uma vez.
A receita da Marvel se repete, mas com um tempero muito mais agradável que os demais. Esse filme é TOP-3 tranquilamente. Agora é rever sem o hype para termos uma real dimensão da sua magnitude.
A série voltando com esse flashback e nos mostrando que o potencial da história principal é maior do que possamos imaginar. Não precisam introduzir um Clone Club do Bolinha ou outros plots super fillers. Podem e conseguem explorar as inúmeras possibilidades que esses personagens maravilhosos nos proporcionam.
Vão passar 10 temporadas e não vou deixar de me surpreender com os mínimos detalhes que a Tatiana consegue colocar em cada clone que aparece. Sempre tão distintos e únicos à sua maneira.
Loja de Unicórnios
2.8 252A crise dos 20 retratada com fidelidade aos sentimentos de incerteza e auto sabotagem que a nossa geração vem lidando frequentemente. Uns realizando seus sonhos profissionais, formando família, enquanto outros ainda não sabem que rumo tomar na vida. Um mundo de comparações e contrastes que afetam individualmente muita gente que necessita da metáfora do unicórnio pra enxergar o seu valor.
Outra personagem da Brie que servirá de inspiração pra milhares de pessoas, especialmente mulheres. Escolhas pertinentes de quem realmente quer deixar uma mensagem através da sua arte e visibilidade.
The Good Place (3ª Temporada)
4.0 195The Good Place - 3x10 - The Book of Dougs
Vivemos em um mundo tão controverso e complexo que é realmente difícil se manter correto, me lembra a máxima de que todos somos hipócritas em algum nível. The Good Place é genial, suas saídas são sempre coerentes com aquilo que apresenta, todo debate filosófico tem propósito concreto na história.
Objetos Cortantes
4.3 834 Assista Agora1x7 - Falling
Adora é uma figura macabra que teve muitos anos para praticar sua crueldade, dentro da vista de várias pessoas na cidade que nada fizeram para impedir tantas atrocidades. Foi necessário um detetive forasteiro ligar certos pontos para fazer a justiça entrar em curso. Ninguém mais além da Camille pode fazer esse confronto e evidenciar a verdade. Ela, inclusive, é uma guerreira sobrevivente e uma força da natureza. Nunca se submeteu ao controle da mãe.
Me doeu muito toda essa história sendo revelada e a maneira que ela foi se esclarecendo. Todos os parabéns ao Jean-Marc Vallée e a equipe de edição pelo belíssimo trabalho na composição da narrativa que é simplesmente brilhante. Toda a tensão e densidade que um thriller psicológico deve ter. Passam vários flashes na mente, cenas em episódios passados que reforçam tudo o que foi mostrado nesse 1x7. A construção dos personagens e a forma que os acontecimentos vão se encaixando é fascinante.
A finale tem todos os ingredientes para consolidar Sharp Objects entre as grandes produções que a HBO já nos proporcionou.
Westworld (2ª Temporada)
4.2 4912x08: Kiksuya
Certamente o episódio mais lindo de Westworld. Há vários episódios maravilhosos, profundos e densos filosoficamente, mas esse teve tudo e mais um pouco. Uma grande aula de narrativa e de humanização de personagens que deu um novo panorama pra série.
Eu nem consigo dizer mais nada. Westworld é foda. Esse episódio consolidou a grandeza da segunda temporada e da obra como um todo.
On Yoga: Arquitetura da Paz
4.4 33"Me parece que sempre existiu muita violência no mundo, sempre houveram muitos políticos, sempre houveram problemas financeiros e crises financeiras, em qualquer lugar sempre ocorre alguma coisa, seja fome, flagelo, uma praga, um rei terrível, invadido por países estrangeiros que chegam e destroem tudo. Isso vem acontecendo por muito tempo e nós não somos muito diferentes. Mas sempre existiu um pequeno grupo de pessoas que vai dizer "Não quero fazer parte desse caminho e então vou tentar ser uma pessoa mais gentil, compreensiva, eu vou pensar melhor no mundo em que vivo, eu vou pensar nas minhas ações no mundo, e eu vou tentar ser mais amável." E sempre existiu alguns pequenos grupos através das eras e do tempo que decidiram fazer isso. Os Yogis são um desses grupos e sua longevidade, em termos de manter a prática viva, tem sido impressionante. A ideia do Yoga pode parecer um pouco diferente agora, mas a ideia por trás é essencialmente a mesma. Eu não quero fazer parte do mundo dentro do mesmo método que eu vejo causando um monte de sofrimento às pessoas. Quero fazer parte do mundo de um modo que crie mais felicidade, mais gentileza, mais compreensão, mais cuidado. Então precisamos desse tempo em silêncio para vivenciar essas coisas. Apenas serve para deixar nossa vida um pouco mais estável, e deixar nossa percepção um pouco mais clara, e nos dar um maior reconhecimento de que todos em nossa volta estão atravessando a mesma dificuldade."
Um documentário que aborda várias visões sobre a prática do Yoga e que nos dá várias percepções da vida e do próximo em níveis profundos. A fotografia consegue acompanhar o tema com maestria, é uma experiência audiovisual muito espiritual. Arte em estado puro que ficará marcada para sempre em que tiver o privilégio de assistir, não tenho dúvidas.
InnSæi
4.2 36Eu não tenho palavras para expressar o que senti assistindo esse documentário. Foi uma experiência de sentimentos momentâneos e que ecoam até agora. Chorei enquanto assistia. É libertador poder olhar pra dentro de si e ver que somos afetados externamente de maneiras tão brutais que nem nos damos conta do quanto isso nos controla. Sentir que somos muito mais do que isso e que temos capacidade de experenciar a vida de maneira única, sem os filtros da sociedade moderna.
"Olhe a si mesmo, olhe em volta. Pessoas infelizes, totalmente desconectadas com a mente e o corpo, há tantas pessoas vivendo em suas cabeças, mas sem suas emoções. Algo deve estar muito errado."
Era da informação, decisões já tomadas por terceiros e corrida contra o tempo. Indo mais além, entramos na era da informação errada e tendenciosa, algo comum nos dias atuais. A alienação se tornou ainda mais poderosa e nociva. Podemos olhar pra sociedade brasileira; cheia de preconceitos, intolerância e falta de cooperatividade. Não há fundamento algum nos discursos, só reações ao cotidiano estressante em que vivemos. A falta da intuição faz com que fiquemos robóticos e extravasemos nossas frustrações no próximo, consolidando a falta de empatia. O grande paradoxo da era racional em meio a tanta loucura, guerras e solidão.
Torço para que a humanidade realmente dê um passo para trás, um foco dentro de si e observe os danos que já foram feitos mas que podem ser reparados por nós mesmos. Torço para que possamos ser autênticos, sem julgamentos manipulados pelas distrações da mídia e dos valores morais obsoletos. Precisamos conhecer o desconhecido, deixar a intuição fluir, nos relacionar com o próximo e com a natureza.
A intuição é tudo que nós temos e todo o crédito tem que ser dado -no- agora.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista Agora"E no final das contas, era tudo uma loucura!"
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraÉ o tipo de filme que me atinge forte demais. De sentir a sensação mesmo horas depois de ter acabado. E o sentimento vai durar por muito mais. Simplesmente inesquecível.
Uma filme sobre a vida. Sobre um indivíduo em toda a busca pelos seus sentidos. Sobre família. Amizade. Pessoas. A relação com o mundo. É muito difícil não se colocar e se encaixar em várias situações dessa história. Essa experiência cinematográfica teve um tom de nostalgia e muita reflexão para o futuro que enxergo.
Lady Bird não poderia ter se nomeado de outra forma. Um ser humano que em qualquer lugar do mundo irá se sentir grande demais praquilo que vivencia. Um pássaro de voos estratosféricos. A forma que a história usa o ambiente de uma família tradicional, principalmente a relação entre mãe e filha, é simplesmente brilhante. As inquietações, o contraste de mentalidades, um interiorzão servindo como palco e background dão o equilíbrio perfeito pra esse turbilhão de existência.
Sou muito grato a Greta, por ter roteirizado e dirigido essa história tão simples e ao mesmo tempo tão complexa. E a Saoirse pela composição dessa personagem. Tá se tornando uma atriz que além do grande talento, sabe estar no projeto certo e na hora certa. Brooklyn e Lady Bird; dois filmes brilhantes e particulares. É realmente um pássaro essa artista. Ainda a veremos traçando voos cada vez mais altos na carreira.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraI, Tonya mostra de um jeito particular como a mídia e as pessoas gostam de julgar histórias que não conhecem. Vidas que são expostas por quem não tem um pingo de conhecimento e tampouco ética.
Tonya Harding é uma mulher que nasceu em uma família desestruturada, com uma mãe abusiva e um pai omisso. Ainda teve o azar de se juntar com um lixo de homem, desses que proliferam no mundo até hoje. Assim como prolifera mídia e pessoas com ânsia de serem juízes de histórias desconhecidas e incompletas.
Na vida não existe heróis nem vilões. Somos apenas seres humanos. E é exatamente isso que ela é. Uma mulher que nasceu com um talento, mas num meio onde não pôde extrair o melhor de si. Quantos assim não existem por aí? Quantos não são abusados, reprimidos e sabotados pelo meio em que vivem? História triste de um período nebuloso. Feliz em saber que ela encontrou seu lugar no mundo e uma família pra chamar de sua.
Filmaço com uma narrativa que conseguiu ser light mesmo abordando assuntos tão complexos e fodidos. Allison Janney mereceu o Globo de Ouro. Sebastian Stan esteve ótimo. E Margot Robbie esteve Margot Robbie; incrível e soberba. Uma deusa.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista Agora14º lugar no top de filmes mas bem avaliados da história do Metacritic. 97% com 23 críticas disponíveis.
Vários portais nível The Guardian afirmando que é o melhor filme do Christopher Nolan. Quase um consenço.
Agora é esperar que o público receba tão bem quanto a crítica. Muito tempo esperando por esse filme que isso é o que merecemos.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraDizer que esse 7x01 só teve a vingança da Arya como momento importante pra série é de uma injustiça sem tamanho.
Só a descoberta do Sam desenrola totalmente o fim da série. Serve como ponte para o encontro entre Daenerys e Jon. Além de mostrar uma saída para derrotar os white walkers. Isso por si só já valeu todo o episódio.
Assim que se começa uma temporada! Repleta de vingança e planejamentos! Isso é Game of Thrones!!!
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraDC Comics, Patty Jenkins & Gal Gadot: YOU SHOULD BE HONORED!
Uma maravilha de filme. Lindo, preciso e inspirador. Visualmente falando é estonteante... a fotografia e a paleta de cores conseguiram transmitir a beleza do paraíso e o horror da guerra com maestria.
O roteiro e a direção conseguiram executar uma fórmula impecável. A carga dramática emocionou, o humor contagiou com timming cirúrgico e a ação mostrou toda a grandeza e imponência da Mulher Maravilha.
Gal Gadot nasceu pra ser essa entidade. Esteve confortável em todas as nuances; na ingenuidade da princesa conhecendo um novo mundo, na imponência de uma guerreira destemida e na graciosidade de uma deusa em toda sua beleza.
Até a nova intro da DC está digna de ser tombada como uma maravilha. Filmão digno desse ícone.
MUITO OBRIGADO, PATTY JENKINS E GAL GADOT! OBRIGADO, DC!
Mr. Robot (2ª Temporada)
4.4 518Sam Esmail já tinha dito em entrevista que essa segunda temporada seria focada no desenvolvimento dos seus personagens. Natural que a narrativa tenha sido diferente da primeira temporada e o ritmo um pouco mais lento. O que na minha opinião, aumentou a qualidade do roteiro e a genialidade dos seus diálogos, usando metalinguagem, abordando metafísica e outros temas que Mr. Robot usa como plano de fundo dentro do seu universo cibernético.
Além do mais, como reclamar de uma temporada tão bem produzida? Essa trilha sonora e a fotografia que foram complementadas com todos os episódios dirigidos magistralmente pelo próprio Sam. Personagens como Darlene, Angela e Dominique tiveram o destaque merecido e no final da temporada, tudo aquilo que foi mostrado se justificou dentro da evolução da trama. Não foi uma encheção de linguiça e nada maçante.
Mr. Robot é um êxtase audiovisual e essa segunda temporada foi uma obra de arte em todos os níveis. Rami Malek e Sam Esmail merecem todo o reconhecimento possível. A fórmula não foi a mesma da primeira temporada, mas conseguiu superar e consolidar o show como um dos melhores dos últimos tempos.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraO filme é bom? Sim. É aquilo que tentaram nos vender? Nem de longe.
A Warner/DC repetiu as mesmas falhas de edição que havia cometido em BvS. O roteiro é bem simples, mas a edição confusa e o corte de cenas comprometeram o resultado final. Personagens como a Katana e o Joker foram subaproveitados na trama. Vi muitas críticas ao Jared Leto, mas ele sequer teve tempo para desenvolver o seu personagem. O ponto negativo fica com aquela risada desconexa e super caricata na maioria das cenas.
Amanda Waller, Deadshot e Harley Quinn são os destaques do filme, junto com a trilha sonora. El Diablo e Captain Booberang também tiveram o mínimo de um desenvolvimento aceitável. O resto do time/elenco foram trabalhados de forma rasa. Todos os parabéns para a Margot que encarnou a Arlequina. Para o Will e pra Viola que sempre toca muito samba.
O desenvolvimento da Harley era uma das coisas mais esperadas desse filme. Os flashbacks poderiam ter recriado alguns diálogos clássicos entre ela e o Coringa, mas o fanservice não veio. Aliás, o Coringa não teve um diálogo decente, apenas naquela cena onde pergunta se ela viveria por ele. Um potencial enorme jogado fora e o pouco tempo de tela não é desculpa pra isso.
E por falar em descaracterização, o que foi aquela cena do Floyd sendo capturado? O Batman nunca abordaria um alvo acompanhado de sua filha em um beco, sabendo que a situação poderia fugir do seu controle e ela ser pega no fogo cruzado. Tudo isso pra ressaltar o Deadshot badass que foi pego pois estava com a filha.
Isso tudo só não foi mais sem sentido que o fato do grupo ter se transformado em uma família já na metade da missão. Novamente ficou a impressão de um vazio devido aos cortes que fizeram, pois só isso explica a falta dessa evolução na narrativa.
Pra quem dizia que já tinha visto o filme pelos trailers, parece que foram enganados, né? Muitos cortes e curiosamente, foi uma das coisas que prejudicaram a edição final. Até quando as produtoras e os executivos vão meter o bedelho na parte criativa dos projetos? Não tem que mexer em nada, façam uma adaptação com a essência do material original e caia nas graças do público. A crítica não precisa influenciar o tom de nenhuma obra. Uma pena que o filme não tenha seguido a linha do trailer lançado na Comic-Con. Mudaram a temática no segundo trailer por causa de fatores externos. Uma pena, mas no final das contas, o filme é um bom entretenimento.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KGame of Thrones é uma série que pode ter alguns episódios com furos de roteiro, núcleos magníficos sendo negligenciados e plots promissores sendo desperdiçados... mas nada disso apaga a grandiosidade do seu universo.
Episódios como 6x09 e 6x10 são obras de arte e se eternizam no coração dos fãs. Como não se apaixonar pela origem e personalidade de Jon Snow? Como não se encantar com o character development de Sansa Stark? Como não admirar a personalidade astuta de Arya Stark? E a amizade cada vez mais sólida entre Daenerys e Tyrion?! Entre tantos outros personagens/acontecimentos marcantes.
Como não favoritar uma temporada onde as conspirações, guerras e a sede por poder estiveram no ápice? E melhor ainda, é só um aperitivo do que está por vir. Game of Thrones é do caralho!
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838 Assista AgoraAquela série de comédia que você começou para se entreter e hoje é um dos dramas que mais te causa impacto.
Não dá para fazer uma resenha descrevendo todos os sentimentos que essa temporada trouxe. Foram muitos os momentos cômicos, mas o final foi uma constante de tristeza e revolta. A arte imitando a vida, principalmente naquela ideologia fascista dos novos guardas de Litchfield. É impossível não traçar um paralelo com a nossa realidade, nos mais variados âmbitos.
Fica a reflexão sobre o corporativismo que pisa na liberdade civil, nas questões raciais, nos inúmeros preconceitos e de como a sociedade negligencia esses temas, jogando no lixo qualquer possibilidade de apoio e oportunidades para aqueles que necessitam.
Parabéns a todos os envolvidos na produção dessa série. Eu não esperava pela montanha russa que foi essa quarta temporada. A melhor da série, sem dúvida alguma!
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KBattle of the Bastards foi o ápice do apuro técnico, das ótimas atuações, dos dramas e das cargas emocionais. FUCKING DRAGÕES E UM PLANO SEQUÊNCIA DEVASTADOR.
Ozymandias encontrou um episódio companheiro para se juntar à sua mesa!
Trabalho Interno
4.1 205 Assista AgoraOs principais responsáveis pela desregulamentação em décadas passadas, são os mesmos envolvidos numa possível restauração da confiança no setor financeiro e na esperança de que leis sejam criadas para acompanhar de perto o que fazem com o dinheiro alheio. Isso parece modus operandi de Brasília... mas é um fato da maior potência mundial. E, claro, quem paga o preço são os pobres e os imigrantes.
The Flash (2ª Temporada)
4.1 375 Assista AgoraA primeira parte da temporada foi empolgante e a segunda deixou o ritmo cair. Vários furos no roteiro e situações patéticas. Incrível como cientistas brilhantes ficam tão idiotas e sempre são feitos de peões pelo vilão.
O Zoom tinha tudo para ser um personagem inesquecível, daqueles que tocam o terror e deixam sua marca registrada. Infelizmente seus planos foram simplórios e a resolução com o Flash foi fraca diante de tudo aquilo que ele mostrou durante a temporada.
Um dos maiores vacilos dessa segunda temporada foi não ter mencionado a ida do Barry à Terra da Supergirl. Enfim, acredito que esse cheiro de Flashpoint na terceira temporada irá arrumar as coisas. Em todas as séries da DC. É o que todos nós esperamos.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KUm dos episódios mais simbólicos e importantes da série. O leque de possibilidades com a descoberta dessa 'habilidade' desperta muitas teorias sobre o passado e de como ele vai afetar o futuro.
O episódio já tinha mostrado uma parte da mitologia fascinante do universo GOT e nos presenteia com esse final; paradoxo temporal. Bran Stark aka The Flash dos Sete Reinos (outro paradoxo).
Eu não tenho nem palavras pra definir esse episódio. Um dos melhores da série. Uma pena termos perdido duas figuras tão amadas por causa de um vacilo... a curiosidade matou um lobo e um HERÓI!
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraDuas semanas após ver o filme dá para tirar uma conclusão sem aquele hype exalando. É, sem dúvidas, um dos melhores filmes da Marvel. E a franquia do Capitão América é a mais sólida da Casa das Ideias.
O único problema do filme é o mesmo de BvS: a releitura de um ótimo vilão. Lex Luthor e Zemo são qualquer coisa menos Lex Luthor e Zemo. Esse subaproveitamento me lembra o que a Fox faz com personagens do nível de Tempestade, Vampira, Mística, Emma Frost e outros.
Em contrapartida, temos as melhores sequências de ação do gênero e as melhores introduções de personagens; Pantera Negra e Homem Aranha são sangue novo e bombam como se fossem protagonistas. Ritmo fluído e timming cômico cirúrgico. A fórmula foi seguida com muita competência pelos irmãos Russo.
Orphan Black (4ª Temporada)
4.4 310Duas ponderações sobre série até o quarto episódio dessa temporada;
Primeira: não é a Tatiana Maslany que não tem um Emmy. O Emmy que não tem o Clone Club da Tatiana Maslany.
Segunda: só queria avisar ao Manoel Carlos que temos a verdadeira e definitiva Helena. O carisma e o character development só aumentam a cada episódio. Personagem muito preciosa.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraCaptain America: Civil War é um filme que segue a clássica cartilha da Marvel Studios, mas com os traços criativos dos irmãos Russo. Os momentos cômicos estão lá sem os exageros habituais e bem contextualizados. As cenas de ação são as melhores desse universo compartilhado e os personagens são bem explorados dramaticamente.
O que seria uma missão quase impossível; unir tantos bons personagens sem prevalecer um ou outro, os dividindo em um timming aceitável, se transforma numa realização super coesa e que não nos confunde em nenhum momento. É um entretenimento maravilhoso.
A primeira cena de ação é de tirar o fôlego e dá a tônica do filme. Ela consegue refletir tudo o que os irmãos Russo sabem fazer com maestria: pequenas nuances de espionagem e lutas muito bem coreografadas. Assim se mantém durante a fuga do Bucky; no confronto dos dois times e no duelo Cap & Barnes X Iron Man. Vamos ressaltar a sequência do aeroporto que é de longe a melhor do MCU até o momento. Todos os envolvidos conseguem o seu momento de brilhantismo e o tempo em tela é dividido com precisão cirúrgica, nunca os deixando de lado.
Pantera Negra e Homem Aranha tiveram as melhores introduções possíveis. T'Challa como um jovem idealista e um guerreiro notável, levando adiante o legado do Pantera. Ressaltando o sotaque que ficou super fiel a clássica animação dos Vingadores. Peter Parker como um adolescente nerd de um humor aflorado foi a melhor representação do personagem nos cinemas. Se existe alguma ressalva, essa fica para a Tia May que acredito nunca ter sido projetada como uma mulher tão maravilhosa (fisicamente falando). A personagem sempre teve a áurea e a simpatia da terceira idade.
Agora focando nos líderes de todo o confronto... a trama consegue defender muito bem o ponto de vista de ambos, nunca beneficiando um ou outro. Capitão América sempre foi um idealista que se baseia em fatos quando toma as suas decisões e nunca deixaria um amigo para trás. Esse é o espírito que fez o seu nome e sustenta a patente que ele carrega. Já o Homem de Ferro vem de dois filmes acumulando culpa e as consequências dos seus atos. Temos uma versão mais contida do personagem que está emocionalmente abalado, por isso toda a sua pronta submissão diante da ONU, tentando se penalizar de alguma maneira. Um lado complexo que não conhecíamos e que o Downey Jr. desenvolveu com autoridade.
Bazão Zemo foi o ponto fraco do filme. Assim como Ultron ele foi um vilão desperdiçado numa trama que poderia ter sido épica. Nem de longe esteve à altura desse filme, esperava mais vilania e incisão. Mera vingança tendo como aliado o acaso? Sério?
Destacando os pontos altos: Temos um T'Challa soberano; Peter Parker/Homem Aranha em sua melhor versão; Wanda Maximoff cada vez mais poderosíssima e o Homem Formiga que roubou a cena na melhor sequência da Marvel, simplesmente sensacional. A dramaticidade de Steve e Tony foram cruciais para o sucesso desse filme, os dois intérpretes se superaram mais uma vez.
A receita da Marvel se repete, mas com um tempero muito mais agradável que os demais. Esse filme é TOP-3 tranquilamente. Agora é rever sem o hype para termos uma real dimensão da sua magnitude.
Orphan Black (4ª Temporada)
4.4 310A série voltando com esse flashback e nos mostrando que o potencial da história principal é maior do que possamos imaginar. Não precisam introduzir um Clone Club do Bolinha ou outros plots super fillers. Podem e conseguem explorar as inúmeras possibilidades que esses personagens maravilhosos nos proporcionam.
Vão passar 10 temporadas e não vou deixar de me surpreender com os mínimos detalhes que a Tatiana consegue colocar em cada clone que aparece. Sempre tão distintos e únicos à sua maneira.