Manuela dias recebeu a missão de escrever uma nova temporada de "Justiça", após o sucesso da série exibida pela Globo há 8 anos. A autora criou quatro novas histórias que se interligam, repetindo o formato original, e manteve apenas uma personagem da história de 2016. A trama teve uma imensa repercussão na época e foram vários elogios. No entanto, apesar do saldo muito positivo, a produção teve problemas visíveis no desenvolvimento. E as incongruências da narrativa se agravaram em "Justiça 2".
O novo enredo chegou ao fim no Globoplay nesta quinta-feira (23/05), depois da liberação dos quatro últimos episódios, fechando o ciclo com um total de 28 capítulos. A sinopse da série resumiu bem o drama dos protagonistas. O motoboy Balthazar (Juan Paiva) é preso injustamente após ser reconhecido como assaltante do restaurante Canto do Bode em um catálogo digital de suspeitos da polícia. Violentada pelo tio na adolescência, Carolina (Alice Wegmann) muda de cidade para se distanciar da situação. Quando volta para Ceilândia (DF), revive traumas do passado e decide denunciar seu abusador. Renato (Filipe Bragança), um traficante de classe média, se muda para a comunidade do Sol Nascente. Com seu som alto ligado 24 horas por dia, passa a entrar em conflito com as vizinhas Geíza (Belize Pombal) e Sandra (Gi Fernandes). Em um momento de desespero, Milena (Nanda Costa) rouba um carro e acaba presa por um crime que não cometeu. Das quatro histórias, a única que não deu para engolir desde o primeiro ato foi a de Milena. A autora subestimou a inteligência do público do primeiro ao último minuto daquele enredo. O objetivo era claro: formar um casal lésbico sem sofrer a censura da televisão aberta. E a química entre Paolla Oliveira e Nanda Costa foi visível. Mas só química não sustenta uma trama.
Não precisava ter sacrificado tanto a lógica para a paixão das personagens. Milena ter roubado um carro e esfaqueado o motorista apenas para usar a bateria do veículo como gerador --- para a sua mãe não perder os salgadinhos em sua geladeira --- foi o suprassumo do ridículo. E todos os acontecimentos posteriores deixaram o contexto ainda pior, incluindo três assassinatos que desafiaram a racionalidade de qualquer um. Tudo sobre o núcleo já foi analisado em uma crítica anterior (que você pode ler aqui: Trama de Milena em "Justiça 2" faz o público de idiota).
Já as outras três tramas prenderam a atenção graças ao desempenho visceral do elenco e ao contexto, que representa uma rotina triste da sociedade brasileira em cima do que acontece com o povo preto e mulheres vítimas de estupradores. No entanto, até mesmo as narrativas de Balthazar, Carolina e Geíza foram se perdendo ao longo dos episódios a ponto de também ultrapassarem a linha tênue da licença poética. É importante tomar cuidado na cobrança de verossimilhança na ficção porque toda obra tem seus furos, o que é compreensível e até 'perdoado' pelo público caso a história seja muito boa e bem estruturada. Mas no caso da série as situações estapafúrdias foram virando uma bola de neve.
O conflito que desencadeia todas as desgraças na vida de Geíza é bastante frágil. Um playboy jamais ficaria com um som ligado 24 horas em uma favela sem ser enquadrado pelo tráfico local. Ainda que ele estivesse dentro do 'esquema'. E como assim Geíza e Sandra decidem fugir do local do crime comprando passagens na rodoviária? A saída de Geíza da prisão, após sete anos, promoveu uma inversão de papeis com sua filha virando protagonista e ela coadjuvante. A lógica seria Geíza lutar pela sua inocência, uma vez que assassinou Renato em legítima defesa. Mas a personagem se viu diante de um esquema de lavagem de dinheiro, onde sua filha era a laranja. Tudo por culpa de Nestor (Marco Ricca), um político corrupto e responsável por 99% das maldades da série, o que também enfraqueceu a narrativa. O bom plot é a morte de Sandra, que assusta e surpreende. O telespectador não espera aquele desfecho. Mas o crime acontece por conta de uma situação forçada. Como pode Cassiano (Luciano Mallman), o sujeito que mais quer se vingar de Nestor, colocar as duas em um carro com um motorista que ele nunca viu na vida? E, após a outra desgraça que acomete a vida de Geíza, fica difícil comprar o romance que surge entre ela e Abílio (Danton Mello), pai do rapaz que ela matou. Até porque ele foi o responsável indireto pela morte de Sandra, já que compactuava com o esquema. Por mais que tenham se unido contra Nestor, é uma situação tão incômoda quanto a criada pela mesma autora em "Justiça", quando Elisa (Debora Bloch) se envolveu com Vicente (Jesuíta Barbosa), o genro que matou a filha dela.
A trama de Carolina começou muito bem e era a que mais instigava porque Jayme (Murilo Benício) foi preso pelas várias tentativas de estupro, após a denúncia da sobrinha. A omissão da família diante do crime ainda expunha uma dura realidade na vida de muitas mulheres e adolescentes. Mas, depois que Júlia (Júlia Lemmertz) acabou no hospital, o enredo começou a degringolar. Carolina decidiu virar garota de programa para pagar a conta do hospital particular que cobrava semanalmente pela internação. E seu único cliente era Nestor. A mãe acabou morrendo porque Jayme contou sobre a nova profissão de Carol, mas a personagem seguiu com o político. Após muitos encontros, o vilão se encantou pela garota, que virou uma espécie de amante fixa. A sobrinha de Jayme descobriu que foi ele o responsável pela morte da mãe e decidiu matá-lo. Então seduziu Nestor para que aprendesse com o cliente a atirar. Aprendeu, furtou a arma dele e armou um plano idiota. Ia matá-lo durante uma campanha feita para a pet shop de sua propriedade e depois fugiria. Simples assim. Kellen (Leandra Leal) descobriu e não permitiu que a burrice se concretizasse. Só que Carol aceitou uma carona do tio, que tentou violentá-la outra vez, mas não conseguiu porque a sobrinha provocou um acidente e fugiu.
E nem o drama de Balthazar escapou do amontoado de contrassensos. A saga do motoboy era uma das mais realistas diante de tantas situações que ocorrem com jovens negros no país. Porém, tudo começou a mudar quando a aliança com Cassiano foi firmada. Além do personagem ter perdido o destaque que tinha, passou a protagonizar situações esdrúxulas, como a cena em que o rapaz deduziu que Maria Eduarda (Helena Kern) entenderia um código de ligar apenas três vezes porque jogava um negócio chamado "Game 3" e por lá eles poderiam conversar sem serem grampeados por Nestor. A filha do corrupto se aliou aos dois para libertar a mãe, Silvana (Maria Padilha), da clínica em que acabou internada contra a vontade. Mas a tal aliança não teve qualquer resultado até a última semana da série. Para piorar, Larissa (Jéssica Marques) descobriu que o autor do assalto ao restaurante Canto do Bode foi o seu ex-noivo, Túlio (Breno da Matta). O crime que caiu nas costas de Balthazar só foi desvendado porque a garota reconheceu o tênis do sujeito, que ainda usava o par sete anos depois. Após ter sido desmascarado pela ex, o motoboy foi até Nestor e pediu autorização para matar Balthazar com a garantia de que não iria para a cadeia. A proposta foi aceita. E o que ele fez? Pegou um carro e atropelou o rival, que fazia entregas de bicicleta e usando um capacete. A tentativa de assassinato aconteceu no meio de uma avenida movimentada e na frente de uma multidão que acompanhava os ensaios de Milena. Outra sequência que desafiou os limites da lógica. O criminoso achou que não tinha câmera de tráfego na área? Que não teria testemunha? Fora que a cena do atropelamento foi tão fraca e mal realizada que nem o para-brisa do carro quebrou.
A autora tinha a chance de melhorar o saldo da trama com finais catárticos e estruturados. Mas não conseguiu. Os três últimos episódios pareceram um surto coletivo e apenas o fim de Balthazar se mostrou condizente com sua trajetória, uma vez que o motoboy viveu um verdadeiro inferno repleto de desgraças até o seu merecido final feliz com direito ao dinheiro da indenização pela sua prisão injusta e um bonito casamento com Larissa. Mas que ideia infeliz exibir o jornal com todos os desfechos no término de cada episódio. Era para ter a imagem apenas no último. O telespectador recebeu uma cuspida de spoilers na cara a ponto de arruinar qualquer surpresa dos demais desfechos e que não foram bons.
A solução que Carolina encontrou para se vingar de Jayme foi quase um plano infalível do Cebolinha, da "Turma da Mônica". Qual o sentido da personagem concluir que Darlan (Fábio Lago) surtaria com o sequestro da sua cachorra a ponto de assassinar alguém a sangue frio? E tudo funcionou direitinho por pura conveniência de roteiro. A personagem ainda traiu as duas únicas pessoas que a ajudaram em meio ao caos de sua vida. Seria muito mais lógico o Nestor ter sido usado por ela para matar o seu abusador. Aliás, a ex-prostituta roubou a arma dele e o sujeito mais esperto da trama não descobriu? Ele nunca mais a procurou por qual motivo? E por que o casamento de Carolina tinha acabado? Uma cena longa de 'DR' (Discussão de Relacionamento) foi exibida e não teve explicação para o mais importante. Eles reataram? Dividiram o dinheiro da indenização? Nada foi dito. Ao menos a última cena, quando Carolina mergulhou no mar para limpar sua alma ao som de "Triste, Louca ou Má", cantada por Maria Gadú, merece elogios.
Já o desfecho de Geísa e Abílio foi pior ainda. A mãe de Sandra deu seu apartamento para o chefe do tráfico para que o pai de Renato conseguisse fugir do presídio (o sujeito foi preso por conta de uma armação de Nestor). E os dois foram embora de ônibus sem um tostão no bolso, mas felizes pelo amor que criaram um pelo outro. Não teve vingança alguma ou justiça. Para que gravaram aquele vídeo de Nestor transando com Carolina se não teve qualquer serventia? Assim como aconteceu com Carolina, a punição do algoz do casal foi realizada por outra pessoa, no caso Silvana, que esfaqueou o marido enquanto o asqueroso homem a estuprava. Uma morte muito 'simples' e rápida diante de todos os horrores que o vilão fez na série. E o que aconteceu depois? Só aparece a manchete no jornal impresso com a notícia de que a 'esposa matou o marido a sangue frio'. Sangue frio? Não foi comprovado que ela estava sendo violentada? Não foi feito nenhum exame? Ela foi parar na cadeia? O que aconteceu com a filha deles? Marco Ricca e Maria Padilha deram um show, mas foi outro desfecho que deixou a desejar e não teve nem a metade do impacto esperado.
O vigésimo oitavo episódio foi marcado pela conclusão da saga do casal Jordana e Milena, que foi formado após uma sucessão de situações absurdas. Portanto, a expectativa era bem baixa diante do conjunto da trama da aspirante a cantora. E realmente não houve nada de impactante ou surpreendente. As incongruências seguiram ali a ponto de Jayme desvendar que Milena foi a assassina de Egisto por conta de uma pulseira que ele lembrou que ela usava durante um encontro que teve com Jordana por cerca de um minuto. A empresária ainda levou o casaco em que Luara (Juliana Xavier) costurou cópias dos documentos que comprovavam seus crimes, após tê-la matado, para jogar no mar, ação que foi vista por Jayme. Não era mais fácil ter queimado o tecido em casa? E graças ao tio de Carolina que Jordana soube do crime de Milena. A última cena, em que Jordana viu Luara em um show de Milena, foi a comprovação derradeira da parceria das duas. Mas a milionária manteve o relacionamento com a cantora e fez uma cara de decepção para manter a dúvida no telespectador sobre o que aconteceu depois (se matou a namorada afogada ou se vai ficar sempre com medo de ser a próxima vítima).
"Justiça 2" foi uma série carregada pelo seu elenco repleto de talentos. Quase todos merecem aplausos e defenderam seus personagens com segurança. E no quesito entretenimento, a produção também prendeu até o final graças aos bons ganchos de Manuela Dias. Mas a autora pecou bastante no desenvolvimento de todas as histórias e muitas vezes subestimou a inteligência do público, o que afetou conjunto da obra e o resultado final, que se mostrou bem aquém da primeira temporada. Uma grande decepção.
A nova série da TV, escrita por Manuela Dias e baseada no mesmo formato e universo de "Justiça", exibida em 2016, apresenta quatro histórias fortes e com elementos que prendem a atenção do público. No entanto, há várias incongruências no roteiro que prejudicam a narrativa. Ainda assim, o conjunto desperta interesse por conta de um fator decisivo: o elenco escalado.
Os atores sustentam a história através de interpretações contundentes. A autora e o diretor, Gustavo Fernández, foram muito felizes na escolha do time de "Justiça 2" e em todas as cenas o êxito na escalação aflora. É até injusto citar um grande destaque porque a disputa é acirrada, inclusive entre os coadjuvantes e participações pontuais.
Entre os protagonistas, Belize Pombal, Alice Wegmann e Juan Paiva acabam sobressaindo por conta da dramaticidade de suas respectivas histórias, todas impregnadas de sofrimento por todos os lados, onde não há um respiro sequer.
Uma mulher presa por ter cometido um crime em legítima defesa, uma garota violentada pelo tio e um rapaz que foi parar na cadeia por conta de um reconhecimento facial racista. A narrativa do trio fica cada vez mais pesada com o passar dos episódios, o que vai exigindo uma entrega mais intensa doa atores, que correspondem integralmente.
Belize Pombal é uma força da natureza. Sua potência cênica é fascinante e seu trabalho irretocável ficou conhecido pelo grande público através da primeira fase do remake de "Renascer", onde emocionou na pele da também sofrida Quitéria, mãe de Maria Santa (Duda Santos). A atriz ganhou uma merecida protagonista na série e arrebata assim que surge em cena. A saga de Geiza é a pior de todas e as cenas dilaceram o telespectador. O olhar de profunda tristeza da personagem toca fundo em quem assiste e Belize fez uma dobradinha incrível com a igualmente talentosa Gi Fernandes, que viveu Sandra, a única filha daquela mulher. E o acontecimento trágico dessa trama proporcionou uma cena de elevado grau de dificuldade para a intérprete, que tirou de letra.
Alice Wegmann prova mais uma vez que está pronta para qualquer desafio, inclusive uma protagonista de novela, ainda que não esteja em seus planos por agora diante do seu envolvimento com tantos outros projetos. Carolina é uma mulher de olhar triste e distante por conta de tantos abusos sofridos ao longo da infância e adolescência. A prisão do abusador Jayme (Murilo Benício), durante sete anos, não provoca qualquer melhora em seu estado psicológico e sua soltura ocasiona uma piora ainda maior em sua vida. São cenas desconfortáveis e pesadas. A atriz está irretocável em cena e vale destacar seus momentos ao lado de Murilo Benício e Júlia Lemmertz, intérprete de Júlia, a mãe omissa e adoentada de Carolina.
Juan Paiva vem se destacando como João Pedro no remake de "Renascer" e ganhou mais um personagem sofredor em "Justiça 2", uma vez que Balthazar come o pão que o diabo amassou e está em uma situação muito pior que a do caçula de Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) na novela das nove. Preso injustamente por sete anos, o motoboy não conseguiu se despedir da avó, que faleceu enquanto o neto estava na cadeia, e se viu sem o pouco que tinha quando saiu da prisão. O ator virou um 'expert' em interpretar tipos que não conseguem um segundo de paz e está ótimo na série. Aliás, em seu núcleo há outros talentos que precisam ser citados. Jéssica Marques merece elogios pela composição da íntegra Larissa, amor da vida do rapaz, assim como as participações de Dja Martins como a avó Regina e Amir Haddad como o Seu Galdino. E o que dizer sobre Marco Ricca e Maria Padilha?! O ator está magistral vivendo o violento e corrupto Nestor, um vilão maniqueísta digno de dramalhão mexicano. Já Maria faz muita falta na televisão e voltou com uma personagem que honra seu talento. A perua Silvana aparenta valer tão pouco quanto o seu marido, mas com o passar dos episódios vai ficando claro que é mais uma vítima do responsável por todos os males da história.
A saga de Milena (Nanda Costa) é a mais fraca da série e é impossível comprar qualquer narrativa em cima do que vai acontecendo com aquela protagonista, mas a química entre Nanda e Paolla Oliveira é incontestável e sempre é bom ver um casal homoafetivo sendo explorado sem a censura ainda tão presente na teledramaturgia da Globo. E Paolla interpreta uma personagem totalmente diferente de tudo o que já tinha feito na televisão. A poderosa empresária musical é uma psicopata que não pensou duas vezes antes de assassinar o meio irmão que conheceu no dia do velório de seu pai. A atriz está à vontade em cena. Vale elogiar também Marcello Novaes na pele do mau-caráter Egisto, assim como Teresa Seiblitz (mais uma figura que faz falta nas novelas) na pele de Silvana e Juliana Xavier como Luara.
E Leandra Leal é a única atriz que participou de "Justiça" há 8 anos e voltou como Kellen, a cafetina que acaba participante direta ou indiretamente de todas as histórias. Ela foi um dos grandes destaques da série original e não é diferente na continuação. Ainda mais solta em cena, a atriz faz uma dobradinha deliciosa com Fábio Lago, intérprete de Darlan, marido da personagem. Ainda é necessário mencionar todos os demais integrantes do elenco que se destacam, como Danton Mello interpretando um tipo que nunca tinha vivido antes na carreira. O metódico, introspectivo e depressivo Abílio é um perfil que muitos autores jamais direcionariam para o ator, que está seguro em cena. Rita Assemany (tia Ingrid), Giovanni Venturinni (Elias) e a participação visceral de Filipe Bragança no terceiro episódio (como Renato) também foram grandes acertos.
"Justiça 2" tem bastante problemas em seu desenvolvimento, mas o talento dos atores faz diferença. É o ponto alto da série.
Os detalhes da trama da 2ª temporada de Tulsa King estão envoltos em segredo, mas o final da 1ª temporada forneceu muitas dicas sobre para onde a história irá.
No final da 1ª temporada, Dwight (Sylvester Stallone)
e sua equipe derrotaram Waltrip e sua gangue de motoqueiros locais. Após a doce vitória, porém, Stacy Beale traiu Dwight e mandou prendê-lo durante os eventos do final.
Além da virada surpresa de Stacy, o Chickie (Domenick Lombardozzi) é outro inimigo à espreita nas sombras que pode ser empurrado para a frente na 2ª temporada.
Com base no final, a 2ª temporada provavelmente começará com Dwight na prisão. Apesar disso, dado que ele tem muitos inimigos do lado de fora que ele quer caçar, há uma boa chance de que ele escape da prisão.
Também é possível que ele possa fazer novas alianças dentro da prisão que poderiam ajudá-lo a escapar e derrubar seus inimigos do lado de fora.
Quanto ao vilão da 2ª temporada, o Chickie (Domenick Lombardozzi) pode se tornar uma nova ameaça que rivalizaria com Dwight, especialmente após sua jogada
chocante de matar seu pai para assumir seus negócios.
Embora Dwight ainda tenha problemas para resolver na 2ª temporada, a Paramount+ já deu a entender o potencial de ver spin-offs sob o guarda-chuva de Tulsa King.
Em entrevista ao IndieWire em janeiro de 2023, a diretora de programação da Paramount+, Tanya Giles, disse que o "enorme sucesso" de Tulsa King no streamer "abre possibilidades" de programas derivados:
"O enorme sucesso que tivemos com 'Tulsa King' e Sylvester Stallone abre possibilidades com Taylor Sheridan, que consistentemente sua mente trabalha em termos de universos e histórias de fundo, então acho que sempre há uma possibilidade de que haja mais nesse universo e mais nessa história. Mais por vir."
Dirigido por Mark L. Lester (de “Os Donos do Amanhã” e “Comando Para Matar”), Massacre no Bairro japonês é o típico filme de ação dos anos 80: violento, muitas explosões, certa nudez, tiroteios e cenas de artes marciais. Talvez uma das coisas mais interessantes do filme é ver a inversão de papéis: Dolph, um praticante de artes marciais, não oriental, inserido nos costumes japoneses e Lee como um chinês criado na América que nada conhece de seu país de origem, preso aos hábitos americanos e igualmente praticante de artes marciais desde pequeno. Dolph Lundren era a estrela da produção e filmes com dupla de atores (Boddy-cop) combatendo o crime estava em moda: 48 Horas (1982); A Fúria do Protetor (1985); Máquina Mortífera (1987); Tocaia (1987); Tango & Cash (1989); O Último Boy Scout (1991); Bad Boys (1995); Seven (1995); A Hora do Rush (1998); Miami Vice (2006) ... apenas para citar alguns antes, durante e depois deste período. Logo, era interessante ter também uma dupla que levasse o público aos cinemas. E Brandon Lee (filho de Bruce Lee), que vinha surgindo, poderia ser um bom chamariz em seu primeiro filme americano. Não por acaso, o filme seguinte, do ator sueco, seria o sucesso “Soldado Universal” ao lado de outro astro que vinha com ótimos resultados: Jean Claude Van Damme. “Massacre ..." se apresenta como um filme de altos e baixos, talvez pelos estúdios “Warner Bros", insatisfeitos com o resultado inicial, terem reduzido a sua metragem, de 90 minutos para 79 minutos, em uma tentativa de apresentar um filme com uma montagem rápida, dinâmica e com muita ação. Situação que levou o diretor Mark L. Lester, depois de ficar desapontado com o estúdio, a começar a financiar e vender seus próprios filmes para mantê-los sob controle. O rascunho original, inclusive, teria mais seriedade e menos o tom irônico apresentado em tela. Talvez hoje, após o termos assistido “O Corvo” e “Rajada de Fogo”, nos venha a pergunta do porquê Brandon aceitou fazer o papel de um policial fanfarão, sempre com piadas prontas e parecendo extremamente ingênuo. A melhor resposta era que Brandon não era ainda uma estrela na América e Dolph estava em franca ascensão. Mas quando o assunto é lutas a dupla não decepciona, pois há no elenco muitos outros atores que realmente dominam artes marciais e volta e meia frequentavam diversos filmes de ação dos anos 80 e 90 como Al Leong (Garantia de Morte), James Lew (A Arma Perfeita), George Cheung (Rambo II) e outros atores que também apareceriam em filmes do gênero como Branscombe Richmond (Difícil de Matar) Quanto ao elenco, Dolph esteve mais solto neste filme e fez aquilo que se tornou sua especialidade: ser o “exército de um só homem” contra as forças do mal, atuando aqui como um “samurai americano” (os filmes de ninja e samurais também iam bem) a combater o crime. Brandon Lee faleceria precocemente, dois anos depois, durante as gravações de “O Corvo” (1994) e, apesar de aceitar um papel que funcionaria como a parte cômica da dupla, penso que foi prejudicado. Se o filme tivesse seguido o planejamento inicial, e fosse mais sério, com certeza, veríamos uma grande atuação e um filme muito melhor elaborado. Ainda assim, como já citado, nas cenas de luta, Brandon mostrou-se muito bem, mas o seu potencial seria revelado em seu último filme "O corvo" que certamente daria uma guinada em sua carreira.
A havaiana Tia Carrere, emprestou sua beleza exótica (todas as suas cenas de nudez foram feitas por uma dublê de corpo) à personagem da cantora da boate de Yoshido, em uma atuação bem sóbria.
Cary-Hiroyuki Tagawa entregou o vilão que o filme precisava com uma atuação bem intensa. Ainda a lembrar: a atriz Renee Allman, em rápida aparição, como a mulher morta pelo vilão, e Nathan Jung (1946–2021) outro que participou de vários filmes famosos nos anos 80 /90 e que poderá ser lembrado como um dos lutadores de Kendo que enfrenta “O Homem- Aranha” no filme de 1977. Massacre no Bairro Japonês colheu boas críticas ao apresentar um misto de comédia com ação. Ainda hoje pode ser visto como um filme violento, repleto de diálogos rasos, mas cuja intenção sempre foi se apresentar como um passatempo rápido, rentável e divertido. Pode ser visto, com alguma regularidade, nos canais a cabo. Com pipoca e refrigerante flui muito bem, e você consegue se divertir vendo o filme.
No 8º episódio, Ciclope tenta estreitar os laços com seu filho, enquanto os X-Men são surpreendidos por Bastion e sua Operação Tolerância Zero. Cable conta para os X-Men que o massacre em Genosha perpetrado por Bastion criou um ponto absoluto no tempo, que não pode ser alterado. Com apoio do governo, Bastion usou o mesmo vírus techno orgânico que infectou Cable, para criar uma nova raça de super sentinelas. Seres híbridos capazes de se reproduzir. A cena, extremamente reveladora, conta com as rápidas aparições de Polaris (a filha de Magneto) e Rachel Summers (filha de Ciclope e Jean Grey de uma outra realidade). E não para por ai, o Fera faz uma referência aos místicos do Kamar-Taj e Morfo faz uma divertida piada, alfinetando os roteiristas que insistem em criar futuros distópicos onde Wolverine é sempre o único sobrevivente. Na televisão podemos ver William Stryker, falando sobre a inevitável guerra entre humanos e mutantes. Mas o Stryker que aparece não é do cinema, mas a versão dos quadrinhos da clássica história "Deus ama, o homem mata". Nela, o reverendo William Stryker é um fanático religioso com histórico militar. Seu ódio pelos mutantes é tão grande, que ele foi capaz de matar a esposa e seu filho mutante imediatamente após o nascimento. Como sempre, vale destacar o desenvolvimentos dos personagens. Noturno tem uma linda cena com Jean Grey, demonstrando toda empatia do mundo por Madeline Pryor, e acolhendo a Garota Marvel sem julgamentos. "Sangue é sangue, família é uma escolha." Logo adiante, na cena em que Valerie Cooper confronta o Sr. Sinistro, ela, de forma bem oportuna, chama o maligno geneticista de Dr. Mengele. Josef Mengele, chamado de o "Anjo da Morte" foi um médico alemão no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, que foi responsável pelas vítimas mortas nas câmaras de gás. Ele também realizou milhares de experimentos desumanos que levaram a um numero desconhecido de mortes. Depois da guerra, o anjo da morte fugiu para a América do Sul, e se escondeu um bom tempo no Brazil. Com uma narrativa bastante dinâmica, acompanhamos Ciclope, Jean Gray e Cable até Pittsburgh, atrás de uma pista que os leva até a casa onde Bastion cresceu. É revelado que o pai de Bastion foi infectado por Nimrod, fazendo de Bastion um descendente direto de cada Sentinela. De quebra, temos dois easter eggs, um panfleto da Stark Expo, e um boneco do Homem Máquina, muito sugestivo. Após descobrir que o plano de Bastion, consiste no extermínio de toda raça mutante, através do uso de seres humanos transformados em super sentinelas, Valerie Cooper fica cara a cara com o vilão e com um Magneto acorrentado, subjugado mais uma vez. Em uma espécie de videoconferência, somos surpreendidos de novo, pelas participações do Dr. Destino e do Barão Zemo. É interessante notar que Destino não concorda com os "crimes de guerra", mas apoia e compactua com as decisões de Bastion. Talvez pela Latvéria, talvez para no momento oportuno, usurpar o poder para si mesmo. Corroída pela culpa, e pelo futuro sombrio que ajudou a construir, Valerie Cooper protagoniza um dos melhores momentos do show, ela liberta Magneto e confronta Bastion e Sinistro. Dizendo que sentiu muitas coisas em Genosha, mas a mais estranho de tudo, era a sensação de déjà vu, porque sempre acabamos no mesmo lugar horrível. Magneto nos conhece melhor do que Charles, a coisa mais assustadora sobre Genosha não foram as mortes, mas a constatação de que Magneto estava certo. Que cena memorável, esse pensamento permeia não apenas a mente de Valerie, mas a mente de todos os espectadores do show. Outra coisa que impressiona são as cenas de ação, todas elas são incríveis, mas nenhuma se compara ao show dado por Wolverine e Noturno. Os fãs ganham nove motivos para literalmente surtar. Além do elegante balé mortal, apresentado pelo "Elfo" (no melhor estilo Errol Flynn), podemos ver o velho carcaju fatiando, picotando e transformando os super sentinelas em picadinhos. A cereja do bolo, é você literalmente ser teletransportado junto com Noturno e Wolverine para fora da mansão. A visão de câmera te joga pra dentro da aventura. Uma vez em liberdade, Magneto vai até o polo norte, para emitir um enorme pulso eletromagnético, desligando toda eletricidade do planeta, desativando todos os Super Sentinelas e criando um mundo de trevas. A onda eletromagnética chama a atenção do Homem-Aranha, do Samurai de Prata, além de colocar um fim na hibernação do Ômega Vermelho. Que f0d@. O ato de Magneto irá soar como uma declaração de guerra. A escola destruída é uma metáfora para o sonho de Xavier em ruínas. Perto do final da temporada, fica claro que Beau De Mayo tinha a série nas mãos, um maestro regendo uma grande orquestra, onde tudo funciona de forma coesa, precisa e metódica. São os X-Men na sua forma mais brilhante, mais fabulosa, mais necessária. Poesia em forma de resistência. Será que os eventos finais, podem colocar os X-Men em confronto direto com os poderosos Vingadores? Tudo pode acontecer, o fim está próximo e parece inevitável.
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Definitivamente X-Men 97 está fazendo história. O sétimo episódio da série é magnifico, extremamente bem roteirizado e repleto de momentos emocionantes.
Em "Olhos Brilhantes" acompanhamos o funeral de Gambit após sua surpreendente morte em Genosha. As palavras de Kurt, realmente me fizeram chorar. "Todo jogador tem um sinal quando blefa, o do Gambit, era a modéstia." Enquanto isso, Vampira tem que lidar com a perda de seu grande amor, ao mesmo tempo que parte em uma caçada alucinante, para descobrir quem está por trás do massacre mutante, com direito a uma rápida participação do velho trovão, Thunderbolt Ross, e do Capitão América, que a exemplo de Vampira, também procura por respostas. Imagino que o Capitão Rogers esteja procurando seu escudo, até agora. A série continua investindo pesado no desenvolvimento de seus personagens. Jubileu e Mancha Solar, protagonizam uma esclarecedora cena com a mãe de Roberto daCosta. Roberto decide que chegou a hora de revelar para sua mãe que ele é um mutante. Inicialmente a mãe de Roberto reage bem, mas será que ela está disposta a enfrentar ao lado de seu filho, a sociedade, a família...o mundo? Uma ótima analogia a situações recorrentes vividas por inúmeras pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Dificilmente elas são acolhidas plenamente pelos pais, são na maioria das vezes expulsas de casa. O restante, a exemplo de Roberto, são apenas toleradas. No México, em meio as comemorações do "Dia de Los Muertos" Vampira finalmente tem tempo para sentir a morte de Gambit. Que cena forte e comovente, repleta de conteúdo emocional. Foi aqui que eu chorei de novo. Depois de uma impressionante e inacreditável morte por esganadura (é, mortes estão frequentes na animação), o verdadeiro vilão é finalmente é revelado. Quem foi o responsável pelo massacre em Genosha, quem estava puxando as cordas...
Bastion. Mas afinal de contas, quem é Bastion? Bastion é a combinação mortal do Molde Mestre com Nimrod, o sentinela do Futuro. Nos quadrinhos, o Molde Mestre absorveu os sistemas de um Sentinela imensamente poderoso que veio do futuro, Nimrod. Criando um ser híbrido que acabou se tornando Bastion. A existência de Bastion cria um loop paradoxal. Nimrod, o sentinela do futuro, é o responsável por sua própria criação. Ele cria Bastion no presente, que será o responsável por sua criação no futuro. Cable muito provavelmente está tentando quebrar esse loop. Bastion cria então, os Prime Sentinelas, humanos aperfeiçoados com nanotecnologia. Como vimos acontecer com Bolivar Trask nesse episódio. A cena em questão, exemplifica os reais motivos que causaram a demissão de Beau De Mayo. Do alto do prédio, prestes a saltar para a morte, Trask é chamada de Oppenheimer por Morfo. A comparação de Trask, com o monstro que criou a bomba atômica (que os americanos tentam humanizar a todo custo) é bastante interessante. Principalmente quando notamos que Trask, teve mais dignidade que Oppenheimer. Trask não conseguiu viver com as mortes que causou, ela sabia o monstro que havia se tornado. Já Oppenheimer... Cada episódio tem a estrutura de um filme, e o terceiro ato não podia ser mais espetacular. Os X-Men enfrentando uma nova espécie de super sentinela humano. Um show em cenas de ação, com direito a um inesperado e comovente reencontro. Um episódio excelente, que termina com grandes revelações, uma incrível demonstração de poder e acena para um futuro sombrio e mortal para todos os mutantes. Nós não estamos preparados para o que está por vir.
as ausências de Magneto e Gambit na abertura, deixando claro que a morte dos dois personagens é uma realidade. Esse gosto amargo na boca é amenizado por alguns milésimos de segundo, quando somos surpreendidos com a inclusão do Noturno na abertura. Nada mais justo que Kurt Wagner, um dos X-Men mais populares entre os fãs, faça parte da equipe principal. "Elfo" (como é chamado carinhosamente pelo Wolverine) jamais poderia ter ficado de fora da série animada original. "Morte em Vida" parte: 2, começa como uma verdadeira Guerra nas Estrelas entre os impérios, Kree e Shi'ar. De cara somos presenteados com a participação da Guarda Imperial Shi'ar, principalmente pela presença do Gladiador, personagem que possui todos os poderes do Superman. O poderoso Ronan, o acusador (de Guardiões da Galáxia), e seu poderoso exercito Kree, não tiveram a menor chance contra Rapina (irmã de Lilandra) e a Guarda Imperial. Uma cena empolgante e divertida, que explora as incontáveis possibilidades cósmicas do universo X-Men. Após descobrir que Lilandra pretende se casar com Charles Xavier, Rapina invoca um antigo ritual Shi'ar, com o intuito de apagar parte das memórias de Xavier, fazendo-o esquecer de seu período na terra. Mais uma vez o desenvolvimento dos personagens é perfeito. A exemplo de Scott e Jean, Xavier precisa decidir que caminho seguir, qual será sua prioridade. O romance com Lilandra, ou seu dever com os X-Men? Mas talvez a melhor cena do episódio, pode ter passado despercebido por muita gente. Xavier e o Superm..., quer dizer o Gladiador, estão conversando diante das estatuas dos deuses de Shi'ar, a conversa que no inicio é sobre arte, transcende para algo muito maior. O Gladiador tenta justificar o sistema de colonização espacial Shi'ar, dizendo que conectar várias culturas em uma, é uma coisa boa, para manter a paz e a harmonia nas galáxias. Xavier rebate dizendo que isso soou muito Rudyard Kipling. Rudyard Kipling foi um escritor e poeta inglês descrito por muitos como um representante do imperialismo britânico, um colonialista, moralmente insensível e repugnante. Seu poema mais controverso "O fardo do homem branco", defende o colonialismo e retrata inúmeras outras raças como inferiores. Quando o Gladiador, quer dizer o "Super-Homem" pergunta quem foi Kipling? Xavier responde: "Ele foi um homem que possuía vários fardos, mas nenhum deles era real." Ver o Professor X comparando o Gladiador, ou melhor, o Superman, com Kipling, um dos símbolos do imperialismo, não tem preço. Consegue entender agora, porque Beau DeMayo foi demitido? Bob Iger e a Disney não querem esse tipo de mensagem, de militância, preferem entretenimento por entretenimento, simples e burro. Após se recusar a renunciar suas memórias, o Professor X se vê obrigado a entrar em confronto direto com Rapina, que tenta dar um golpe de estado confrontando a Guarda Imperial Shi'ar. Xavier usa então seu maior poder, o de ensinar. O professor X leva todos (inclusive o Gladiador) para o plano astral, onde dentro de uma sala de aula, ele pretende educa-los sobre a coexistência pacifica. O Home de Aço não teria a menos chance contra o maior telepata da terra. Xavier dá uma aula sobre o terror da colonização, sobre como o império Shi'ar é um esquema fraudulento, que destrói culturas mais novas, impedindo-as de se desenvolver. Ele termina dizendo que o universo é muito antigo, e que nós, somos muito jovens, nascidos da poeira estelar, todos...filhos do átomo. Enquanto isso, Tempestade vai a procura de um raro cacto, para curar a ferida no ombro de Forge, mordido pela entidade conhecida como...o adversário. O Adversário é uma manifestação dos medos e dúvidas da Tempestade, um demônio que se alimenta do medo e da insegurança. Ele é derrotado quando Tempestade aceita seu papel como mutante e como uma X-Men. Muito do vemos ali, é de forma metafórica. Tempestade, após derrotar seus medos, emerge como uma nova pessoa, por isso o uniforme clássico surge do nada. Vale lembrar que a maravilhosa cena de voo de Ororo no deserto, é uma clara referência a primeira cena de voo do Superman, em Homem de Aço. Ao final do episódio, descobrimos aparentemente quem foi o responsável pelo massacre de Genosha. Mas será que não existe algo ainda mais "sinistro" por trás de tudo?
X-Men 97 - Crítica do espetacular 5º episódio
"Foi causado por testes atômicos, ou foi a própria natureza que decidiu mudar a raça humana?"
Com esses questionamentos feitos pela repórter de TV Trish Tilby, (a eterna namorada do fera) começa "Lembre-se disso" o espetacular 5º episódio de X-Men 97. Ouso falar que esse episódio não é apenas o melhor episódio da série até agora, mas um dos melhores episódios de uma série animada de todos os tempos. A primeira metade do episódio é usada para o desenvolvimento de seus personagens e suas relações interpessoais. Trish Tilby, comanda uma série de entrevistas na mansão X, por conta da inacreditável resolução da ONU de reconhecer a soberania de Genosha. Enquanto isso, Magneto, Gambit e Vampira, viajam para a "ilha mutante" para um gigantesco evento comemorativo, nos mesmos moldes do Hellfire Gala. (os atuais fãs dos quadrinhos dos X-Men, devem ter surtado). As referências a "era Krakoana" não param por ai, Genosha é governado por um conselho formado por: Sebastian Shaw, Emma Frost, Dra. Moira MacTaggert, Sean Cassidy e Madelyne Pryor, muito parecido com o modelo socialista, usado pelos moradores da ilha viva Krakoa. Quanto ao desenvolvimento de personagens, ele é extremamente bem feito. Enquanto Ciclope desabafa em frente as câmeras de TV, sobre a ingratidão dos ditos normais, o clássico triangulo amoroso dos X-Men finalmente ganha destaque. Em meio as lembranças do passado, Jean beija Logan, que a exemplo dos quadrinhos, quebra o momento, lembrando os dois das "regras", que Jean aparentemente esqueceu, como ele bem diz, por alguns segundos. Sempre foi assim, Logan sempre respeitou o relacionamento de Jean e Scott. Falando ainda de Ciclope, finalmente podemos ver Scott, sofrendo e refletindo sobre o destino do pequeno Cable, e pelo fim de seu relacionamento com Madelyne Pryor. As consequências desse fatos foram totalmente ignoradas no 3º episódio. Vampira conta para Gambit que viveu um romance com Magneto no passado. O relacionamento de Vampira e magneto na Terra Selvagem, agora também é cânone na animação. O roteiro aborda temas extremamente adultos, que enriquecem e aumentam a qualidade do show. Após inúmeros corações partidos, e uma rápida aparição do Vigia, tudo se encaminha para um final esperançoso para a raça mutante. Porém, o que se vê é destruição, caos e morte. Genosha é atacada por um novo tipo de Molde Mestre Sentinela, muito mais poderoso que os anteriores. Vários mortos, vários feridos, vários sonhos destruídos. Medo e insegurança é tudo que resta para os mutantes. Incríveis cenas de ação, intercalam com momentos inacreditáveis e muito bem construidos. Perdas irreparáveis, que vão mudar o status quo da produção. O que parecia ser um episódio de relacionamentos interpessoais, se transforma em um pesadelo de morte, desespero e destruição. Gambit tem seus melhores momentos de todos os tempos, ele nunca foi tão heroico, tão legal, tão f0d@stico, tão...mortal. Os momentos finais te deixam sem ar, sem palavras, você literalmente fica sem respirar por alguns segundos. "O nome é Gambit, mon ami. Lembre-se disso." A música final, em tom fúnebre, é de cortar o coração. A abertura do próximo episódio deve revelar quem realmente morreu de verdade. Fica a pergunta: Quem organizou o ataque a Genosha? Jean e Madelyne sofreram ataques psíquicos durante todo tempo. O responsável pelo ataque tem que ser um telepata, tão poderoso quanto Xavier. Só pode ser a irmã maligna de Charles, Cassandra Nova. Nos quadrinhos, Cassandra usou um exército de Sentinelas para destruir Genosha, na tentativa de exterminar todos os mutantes. Um episódio adulto, que mostra todo o potencial desses personagens. Que eleva o crivo das animações para outro patamar. O que será de nós e de X-Men 97, sem seu produtor e roteirista, Beau DeMayo, que foi demitido da Marvel às vésperas da estreia do show.
Aconteceu de tudo em "Fogo Encarnado", o 3º episódio de X-Men 97.
Com a chegada de uma "sósia" de Jean Grey, os filhos do átomo precisam descobrir quem é a verdadeira Garota Marvel e quem é a impostora. Após surpreendentes revelações, o episódio vira um verdadeiro conto de terror, a voz do Sr. Sinistro projetada através da babá eletrônica é horripilante. O que vemos a partir dai, é o que existe de melhor no universo mutante. Recortes da origem de Madelyne Pryor nos quadrinhos, se entrelaçam com a saga Inferno, proporcionando um episódio dinâmico, divertido e surpreendentemente aterrorizante. Nos quadrinhos, Madelyne Pryor era inicialmente uma sósia de Jean Grey, que acabou se tornando um clone, por decisão dos executivos da editora, que resolveram trazer Jean Grey de volta, para fazer parte do X_Factor. Durante a saga Inferno Madelyne fez um pacto com um demônio e foi transformada na Rainha dos Duendes. Inferno foi uma saga dos anos 90 que reuniu várias equipes mutantes. Dois demônios do limbo pretendiam usar os poderes de Illyana Rasputin, para abrir uma passagem entre a terra e o inferno. A cena em que os X-Men são tentados no inferno é espetacular, repleta de momentos icônicos dos quadrinhos. Culminando em confrontos extremamente empolgantes. Magneto contra Jean Gray, mutante ômega contra mutante ômega. Mas nada te prepara para o confronto entre a Rainha dos Duendes, a fúria forjada em puro enxofre, contra Jean Grey, o poder encarnado de quem já possuiu o fogo da Fenix. Um incrível duelo mental, que literalmente humilhou o embate entre Xavier e Wanda no Multiverso da Loucura. Como nem tudo são flores... A forma como Ciclope lida com Madelyne no final do episódio, fugindo de suas responsabilidades e deixando toda difícil decisão nos ombros de sua nova mulher, é no mínimo, sem sentido. Por não suportar abandonar seu filho, ciclope abandona o filho e a antiga esposa. Scott deveria estar ao lado de Jean nos dois momentos, na despedida do pequeno Cable, enviado para o futuro, e na partida de Madelyne Pryor, mãe de seu filho e parte integrante dos X-Men durante muito tempo. Ciclope pagou de pai brasileiro, não quis assumir nenhum dos B.O.s.
Em 2022, somente no Brasil, mais de 164 mil crianças foram abandonadas pelo genitor ainda no útero materno. No país, 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas, e 90% delas são negras.
Uma história não linear, contada da frente pra trás, de acordo com o desenrolar das situações, é montada em oito episódios que precisam necessariamente ser visto em ordem cronológica, correndo o risco de não ser compreendida caso isso não seja respeitado. Tudo porque a história é centrada no Departamento de Polícia de Louisiana, onde dois detetives investigam o assassinato covarde da prostituta Dora Lange, cujo corpo é encontrado em uma posição de reza, com uma galhada de veado na cabeça e cercado de objetos que se assemelham à cultura cajum (bastante popular na região sul do Mississipi), o que poderia evidenciar alguma espécie de ritual ou crime religioso. A partir daí, a história vai sendo desvendada, com lapsos confusos que depois se encaixam como peças de um quebra-cabeças bastante elaborado.
Encabeçando a investigação, Rustin “Rast” Chole (Matthew McConaughhey, em mais uma atuação excelente no seu currículo) e Martin “Marty” Hart (Woody Harrelson, que parece ter nascido para esses papeis sombrios de trama no interior do país e tem muita cara de policial), dois policiais que investigaram o caso, em 1995, mas que, dezessete anos depois, precisam revisitar a história por conta de outros crimes semelhantes que voltam a acontecer. Só que, quase duas décadas depois, a vida pessoal e os passados de cada um começam a cobrar o preço da negligência que ambos tiveram por conta do trabalho exigente.
De uma forma geral, a trama da primeira temporada de ‘True Detective’ não é exatamente original, porém o seu diferencial reside na forma fantástica como a história é contada. Desde a primeira cena, em que vemos uma queimada no matagal e em primeiro plano temos o longo e tristíssimo rio Mississipi, com uma paleta de cores escuras, do azul para o preto, contrastando com o amarelo alaranjado do fogo, para, duas cenas depois, sermos jogados em plena manhã seca e calorosa do delta, e observamos os dois investigadores se dirigirem para a cena do crime; em que a textura da plantação que definha sem água e a umidade sufocante do calor parecem saltar da tela, causando falta de ar no espectador. Ou ainda, a forma como a história foi recortada para ir sendo esclarecida pelos próprios personagens, a medida em que eles mesmos descobrem as novas pistas.
Tudo isso é corroborado por um clima noir que conduz a trama num misto de suspense e misticismo, que é exatamente a ambientação que se tem de um Mississipi desconhecido e isolado, palco de muitas lutas e injustiças.
Como fio condutor, a música tema ‘Far from any road’, cantada por The Handsome Family, que dá aquela sensação de marasmo mas que ao mesmo tempo parece que alguma coisa terrível está prestes a acontecer a cada instante. A trilha sonora é toda nesse estilo, e ajuda a criar uma atmosfera ainda mais imersiva na série.
True Detective é uma série fascinante, densa, claustrofóbica, que vai aumentando a tensão a cada episódio.
Com atuações brilhantes e uma história inquietante, torna-se uma série obrigatória para que curte, produções de investigações polícias e serial Killers.
Preferi não contar nenhum spoiler, para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu.
"Você acha que eu não me preocupo? O problema é muito maior, Vera. Pra fila andar, saúde tinha que ser prioridade do governo, mas... infelizmente não é"
"Eu não acho justo
Eu já tinha falado isso aqui antes, mas vou repetir: Antes de ser uma série sobre medicina, Sob Pressão é uma série sobre política pública e corrupção. É o retrato (quase) perfeito da saúde pública no Brasil.
Ao longo das cinco temporadas, "Sob Pressão" se tornou uma série reconhecida em diversos lugares do mundo. Elogiada pelo público e pela crítica, a narrativa da obra ganhou notoriedade internacional logo na primeira temporada, sendo exibida em festivais como Berlinale (Berlim), e TIFF (Toronto). Desde então, a série vem conquistando reconhecimento: ganhou quatro prêmios no "31st Festival International de Programmes Audivisuels (2018), em Biarritz, nna França; melhor série; melhor interpretação feminina e masculina (para Marjorie Estiano e Julio Andrade, respectivamente); e melhor roteiro. Em 2019, Marjorie Estiano foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz por seu trabalho na segunda temporada. Na Argentina, a série estreou na Telefe em janeiro de 2019 e consagrou-se entre os programas mais assistidos da TV Aberta. "Sob Pressão" foi exibida também em Portugal, no canal Globo, e, além da Argentina, já foi licenciada para mais de 70 paíeses como Itália, Emirados Árabes, Catar, Egito, Equador, entre outros, e é hoje uma das séries mais vendidas da Globo.
Nossos amigos verdadeiros, queridos amigos, as bandas, os cantores, as músicas, as festas, os bailes que íamos, as meninas, que sentíamos a maior vergonha em começar uma conversa...
Foi maravilhoso viver tempos mais românticos.
As pessoas tinham mais simplicidade.
Nossos amigos queridos.
O respeito que tínhamos com nossos pais.
E assistir esse filme, depois de mais de 30 anos do seu lançamento, é indescritível.
A minissérie O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss.
“O Véu”, a nova série de Steven Knight, criador do sucesso “Peaky Blidenrs”, estreou no Star+. Dois episódios da produção já estão disponíveis. Ao todo são seis, que serão lançados semanalmente.
Primeiras Impressões:
É curioso notar que os projetos que a atriz Elisabeth Moss atua (e produz) têm sempre a mesma pegada, o mesmo tópico de discussão e órbita no mesmo tema, onde no caso do seriado O Véu (The Veil, 2024) não é diferente.
Na TV, seja com The Handmaid’s Tale ou Iluminadas, ou no cinema com O Homem Invisível, os projetos de Moss sempre tem um toque feminista, onde a atriz personifica personagens de mulheres contra o patriarcado, ou mulheres que sofreram e viveram relações abusivas com homens e isso tudo acaba por fazer parte da narrativa de uma forma ou de outra. E mesmo que em alguns, essa questão possa não ser o que representa o projeto em sua totalidade, fica claro que esses temas estão lá presentes de qualquer forma.
E O Véu tem isso em sua história e com essa personagem que Moss apresenta aqui. E talvez, o seriado que mais se aproxima do que O Véu apresenta nesses primeiros episódios, seja o drama Homeland, estrelado por Claire Danes, que durou 8 temporadas, e que marcou época por ser uma atração que colocava uma agente governamental à frente de diversas missões de espionagem.
Claro, no começo isso, não foi assim, mas começo de O Véu segue com a mesma narrativa, onde aqui o que temos são duas personagens, mulheres, num jogo de gato e rato, igual foi com Homeland no seu começo. Quem fala a verdade? E é esse o sentimento que essa nova série me passou nesse começo, nesses 2 primeiros episódios.
O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss. Afinal, a vencedora do Emmy aqui interpreta uma espiã que assume vários nomes e identidades (no começo ela é Portia) e que aqui vamos chamar de Imogen Salter. E num mundo globalizado, super tecnológico, cheio de drones, e dispositivos que só vemos em filmes de Bond, O Véu coloca essa espiã interpretada por Moss para fazer um trabalho que depende extremamente do contato humano. Nada de algoritmos, nada de informações vinda de softwares, análises de redes sociais. A agente Salter precisa descobrir, munida de sua intuição e seu felling da situação, se a refugiada Adilah El Idrissi (Yumna Marwan, muito boa) é apenas uma mãe separada da sua filha que vive na França ou se ela é a número 2 de uma organização terrorista que planeja um grande atentado no Ocidente nos próximos meses.
Assim, O Véu trabalha nesse jogo de ambiguidade, de mentiras e traições, enquanto Salter ajuda El Idrissi a sair de um campo de refugiados rumo à Turquia. Mas é claro que a agência governamental de espionagem francesa está de olho nelas, a agência de inteligência britânica também, e é claro que a CIA americana também, onde depois que chegam em Istambul o destino final dessas duas mulheres é a França.
O seriado então se preocupa em mostrar os diversos lados da comunidade de inteligência tentando reunir provas sobre a identidade da fugitiva. Do agente francês Malik Amar que tem um envolvimento pessoal com Salter, até mesmo o agente americano Max Peterson que está ali para assumir a operação, todos eles estão do outro lado do mundo, enquanto Salter atravessa as regiões mais perigosas do mundo ao lado de El Idrissi, e no final toma para si as rédeas da missão.
O mais interessante desse começo é ver o intrincado jogo de gato e rato que as duas jogam, na medida que o roteiro da atração coloca essas personagens contradizendo tudo que nós os espectadores sabemos delas. Em um dos momentos, Salter diz para El Idrissi
que não tem filhos, mas vemos nos flashbacks que a personagem teve uma filha.
Assim, a atração costura essa história dessas duas mulheres de uma forma que empolga e intriga para saber quem diz a verdade, e o quão verdadeira é essa verdade que elas dizem.
E tanto Moss quanto Marvan estão tão bem aqui, afinal, as duas balanceam qual das duas personagem está no controle da situação em determinado momento e quando um novo pedaço de informação chega (às vezes descobrimos as coisas antes das personagens) você começa a questionar tudo que já viu na tentativa de solucionar esse mistério antes que a série.
com os flashbacks sobre um homem mais velho, uma criança, e uma propriedade rural,
vão eclipsar seu julgamento? Será que ela vai conseguir respostas? Será que Yuman diz a verdade? Ou existe alguma coisa maior por trás e envolvida?
A série dá pistas, e também, sempre surge com novas perguntas, e nos deixa com a pulga atrás da orelha sempre que alguma coisa nova é introduzida.
E na medida que tentamos descobrir e saber o que está acontecendo, ajuda quando temos as paisagens das cidades como Paris e Istambul de plano de fundo. O único perigo de O Véu é na hora que o pano for levantado, as perguntas terem sido mais interessantes do que as respostas.
'O véu', com Elisabeth Moss, é genérico de 'Homeland'. Vale assistir?
Lançada na última semana pelo Star+, “O véu” não é “Homeland”, mas parece muito. A ação se desenrola na complicada geopolítica do Oriente Médio. A protagonista, interpretada por Elisabeth Moss (também produtora da série), é uma agente secreta. A trama mistura espionagem, suspense, cenários que variam entre Istambul, Paris e um campo de refugiados nas montanhas geladas entre a Síria e a Turquia. E há dúvidas acerca da orientação ideológica e moral de personagens centrais.
A produção é uma legítima representante da deliciosa categoria “é ruim, mas é boa”. A julgar pelos dois primeiros episódios disponíveis na plataforma — serão seis, um inédito por semana — veremos mais do mesmo. Mas com um lado bom: “o mesmo” a que me refiro é aquele compilado de ingredientes que o público adora. Quem estiver com saudade do gênero não vai se decepcionar.
Elisabeth Moss vive Imogen*, nome fantasia de uma britânica a serviço da agência de inteligência francesa, a DGSE. Nas primeiras cenas entendemos que ela é um poço de autoestima, dona de uma intuição imbatível e de um currículo de sucessos. Sua extrema autoconfiança é motivo de uma certa pose e faz com que não obedeça ordens superiores.
Sua missão é descobrir se uma mulher que surgiu num campo de refugiados sírio dizendo se chamar Adilah é ou não uma chefona do Estado Islâmico. Em caso afirmativo, trata-se da terrorista “mais procurada do mundo”.
Imogen tira Adilah do campo e viaja com ela de carro, aparentemente salvando-a de ser atacada por refugiadas que a teriam reconhecido.
Nessa jornada, conversando com a moça, busca descobrir a verdade. A estrada é longa e acidentada, como pede uma boa aventura.
Há dois núcleos preponderantes: o da viagem da dupla e o da agência, em Paris, onde os personagens vivem outros conflitos. Os americanos também querem capturar Adilah e Max (Josh Charles, de “The good wife”) é um agente da CIA que chega à França para uma operação teoricamente conjunta com a França, mas cheia de rivalidade.
Vale abrir um parágrafo para falar de Elisabeth Moss. É uma atriz premiada com Emmys e Globos de Ouro. Em “Mad men”, brilhou. Em “The Handmaid’s tale”, como a protagonista, idem. Aqui, contudo, num papel até menos desafiador, ela não consegue imprimir uma marca pessoal. Repete os olhares atravessados de June e lembra muito a Carrie de “Homeland” (Claire Danes). Uma pena.
“O véu” congrega os bons ingredientes de “Homeland”, de “24 horas” e de outros congêneres famosos. A soma de truques de roteiro ganha o reforço da direção, que capricha na eletricidade e na trilha, marcando o suspense. Porém, não vemos o frescor dessas produções citadas acima.
Sabendo disso, recomendo que o leitor deixe o preconceito de lado e se entregue ao bom entretenimento. Só assim mesmo.
* Da série de nomes femininos: "Usaria se não fosse lusófono", apresento-vos Imogen. Um nome relativamente conhecido no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mas que, na minha perspetiva, é desconhecido aos olhos dos portugueses e dos brasileiros. Este nome chegou até mim através de uma personagem de um livro da autora britânica Dorothy Koomson, Os Aromas do Amor, que me cativou imenso e me despertou especial curiosidade, tanto, que até hoje não me esqueci do seu nome, nem da sua história.
Imogen foi usado pela primeira vez numa princesa, personagem da peça Cimbolino (Cymboline) de Shakespeare em 1609. Este, baseou-se numa personagem lendária denominada Innogen, porém, cúmulo dos cúmulos, este nome foi impresso incorretamente e nunca mais foi corrigido, Imogen então ficou. Innogen por sua vez deriva provavelmente do gaélico inghean que significa donzela. Um significado como não há muitos! O Behind the Name aponta também Imogene como variante.
Por isto, e por tudo mais, considero que Imogen tenha, sem dúvida, uma aura britânica bastante forte e evidente, o que não deixa de ser notado a nível de registos já que é em Inglaterra e em Gales onde tem o número superior no ranking, posição #34, para ser preciso. Na Austrália encontra-se na 39ª posição, na Nova Zelândia, na 98ª, na Escócia na 74ª e nos Estados Unidos na posição #977, o que é uma mudança drástica da Grã Bretanha para a América.
Este é um nome extremamente raro em Portugal, onde nem consta na lista do IRN, e no Brasil, onde nem os dados do IBGE são suficientes para nos serem apresentados. Como seria de esperar, nem em São Paulo, nem Portugal no ano passado nasceu alguma menina com este nome. A sua pronúncia Êmadgin- pode não ser considerada fácil para a língua portuguesa, e se for dito como se escreve soará a algo parecido com "imagem", o que, com certeza, causa estranheza.
Como outras referências a este nome apresento:
Imogen Heap - cantora e compositora britânica; Imogen Poots - atriz britânica; Imogen Thomas - modelo britânica;
Confirma-se a minha suspeita de que Imogen é um nome cem por cento britânico, e acho que essa sua característica é, para mim, uma mais valia, pois adoro a cultura do Reino Unido, e são raros os nomes exclusivamente britânicos. Se o quiserem utilizar em Portugal como no Brasil, não deixo de apoiar a decisão, pois acho-o um nome maravilhoso!
Al Pacino é um dos melhores atores de sua geração. Disso todo mundo já sabe. No entanto, em O Advogado do Diabo Pacino se supera em um dos papéis mais cínicos de sua carreira. Neste filme, ele é o próprio Diabo, escondido` na pele de um advogado bem sucedido, John Milton (o nome é uma referência óbvia ao autor de O Paraíso Perdido).
Keanu Reeves é Kevin Lomax, um jovem advogado que nunca perdeu um caso em sua vida profissional. É quando ele recebe uma proposta excelente de uma grande firma de advogados de Nova York: `Milton, Chadwick e Waters`. Apesar dos avisos de sua mãe, uma religiosa interpretada por Judith Ivey (a esposa de Gene Wilder em A Dama de Vermelho), Reeves parte para a grande cidade acompanhado de sua esposa, a bela e voluntariosa Mary Ann (Charlize Theron).
No entanto, aos poucos "Mary Ann" vai percebendo que algo de sórdido se esconde sob a fachada respeitável da firma em que seu marido trabalha, e passa a ter certas visões assustadoras, acompanhadas de pesadelos terríveis. Mas seu marido está envolvido em um caso novo: um milionário (vivido por Craig T. Nelson de Fantasmas do Passado) está sendo acusado de matar a esposa, o enteado e uma criada, e cabe a Lomax defendê-lo. Durante o processo, porém, o jovem advogado vai descobrindo que o poderoso chefão da firma, John Milton (Pacino), possui um outro lado, assustador. Mas aí já pode ser tarde demais...
O roteiro de Jonathan Lemkin e Tony Gilroy é inteligente o bastante para não deixar óbvio, em momento algum, o motivo por trás do interesse de Milton em Lomax. Apesar da platéia saber, desde o início, que John Milton é o diabo em pessoa, a história prende ao fazer a opção de não mostrar, de fato, o monstro por baixo do disfarce. De vez em quando alguma `máscara` cai e nós podemos vislumbrar de relance todo o horror que se esconde por trás das feições que julgávamos mais agradáveis. Porém, logo depois tudo volta ao normal, deixando no espectador (e nos personagens) uma sensação angustiante, criando uma tensão muito maior do que a que seria criada se o filme abusasse dos efeitos especiais e das maquiagens monstruosas (quando estas surgem são obra do maquiador Rick Baker, um dos melhores do ramo.
Quanto as atuações temos aqui elenco fantástico de muito talento, o ponto mais fraco talvez seja Keanu Reeves, que é um ator meio inexpressivo em muitas de suas atuações, muitas vezes não consegue entregar um grande resultado.
Ele não chega a comprometer o filme, graças ao ótimo roteiro e o elenco que ele tem ao seu lado.
A direção de Hackford é eficiente, e (auxiliado pelos storyboards - espécie de versão em quadrinhos do que virá a ser o filme - e direção de arte de Bruno Rubeo) é capaz de criar uma atmosfera sufocante, tensa. O apartamento de John Milton é quase uma obra-de-arte. Outra cena feliz é aquela em que o personagem de Reeves sai andando por uma Nova York completamente vazia (existe algo mais assustador que uma grande cidade-fantasma?).
A única coisa que lamento e que não me permite dar 5 estrelas é a falta de coragem, que Hollywood acaba demonstrando no final de seus filmes. É claro que não pretendo contar nada de importante neste texto, digo apenas que o filme teria sido infinitamente melhor se acabasse dois ou três minutinhos antes do que na verdade termina. Seria, então, perfeito. Mas não: "estamos na era dos finais felizes (ou quase)".
Mas nada é perfeito, e um `quase` já significa muita coisa. É como diz John Milton, em certo momento do filme: `Eu só monto o palco. Vocês puxam as próprias cordinhas.` Infelizmente o roteiro puxa as cordinhas erradas em alguns momentos. Mas o espetáculo final compensa muito.
O livro de mesmo nome, é diferente do filme. No livro, o 'advogado do diabo' é menos literal; na igreja católica, quando estão em processo de canonização para um santo, eles enviam um padre (geralmente com muitos anos de sacerdocio), para investigar esse suposto santo e descobrir os 'podres' e motivos pelos quais ele não merece ser canonizado, um outro padre tem o mesmo papel, de modo inverso, tenta comprovar que essa pessoa era realmente milagrosa e merece ser canonizada, dai o livro acompanha as reflexões desse processo, atraves dos olhos do padre idoso, que tenta comprovar que a pessoa a ser canonizada não era santo.
O Advogado do Diabo é um filme denso, complexo e sufocante, que merece ser apreciado com calma e atenção.
Vale muito a pena.
"Olhe, mas não toque; Toque, mas não prove; Prove, mas não engula."
Esse filme é baseado em um livro best seller de mesmo nome.
e quando ele diz que a VAIDADE é o pecado predileto dele faz referência a Bíblia e os pecados capitais, sendo esse que puxa os outros...Santo Agostinho diz ser esse O pecado...e foi o que ele cometeu e foi lançado no inferno...
‘Bebê Rena’ é o retrato doloroso de todos os abusos!
Sucesso na Netflix, a excelente minissérie 'Bebê Rena' choca ao falar sobre a simbiose existente em uma relação abusiva.
Se você está circulando nas redes sociais no último mês, certamente já cruzou com publicações falando sobre uma minissérie da Netflix chamada Bebê Rena, que está nos primeiros postos dos mais assistidos da plataforma. Curiosamente, a série escrita e estrelada pelo comediante Richard Gadd é um caso raro de sucesso popular com qualidade inegável.
Mas o mais impressionante é constatar o tema de Bebê Rena: a intrincada dinâmica que envolve pessoas abusadas e seus abusadores. Toda a trama que gira em torno do fracassado Donny Dunn (Gadd) e sua stalker Martha (Jessica Gunning, em um trabalho irretocável) é tão desgraçadamente incômoda que é até difícil acreditar que muita gente tenha chegado até o final.
O fato é, tal como um acidente de carro horrível do qual não conseguimos tirar os olhos, Bebê Rena também consegue nos hipnotizar, mesmo que a sensação causada por ela seja quase todo o tempo da mais pura aflição. E a razão talvez seja essa: a série consegue traduzir em narrativa as sensações que envolvem pessoas que se metem em situações abusivas, seja como abusadores ou abusados.
O verbo “meter” é proposital, e sugere algo difícil de assumir: que, entre pessoas adultas, há sempre uma parcela de responsabilidade de quem permanece nessa situação. A hipótese aqui é que, quem já passou por isso, acaba se conectando com a série por meio da identificação; já os sortudos que nunca estiveram em uma relação abusiva permanecem vendo pela sensação de estarem pasmos com o que alguém como Donny é capaz de se submeter.
‘Bebê Rena’: passeio por vários gêneros
Em tempo: Bebê Rena é daquelas séries que vale a pena não saber muito sobre antes de assistir. Mas basta aqui dizer que se trata da história real (apresentada pela primeira vez por Richard Gadd como um show solo em 2019, em um festival de Edimburgo, na Escócia) de um comediante sem sucesso que trabalha como garçom em um pub inglês.
Um dia, uma mulher chega, senta no bar e ele, por pena, serve uma bebida de graça para ela. É a chave para que ela tente a todo custo chamar sua atenção e se tornar cada vez mais próxima dele. Em suma, ela vai se tornando a sua stalker. Ao mesmo tempo, Donny se apaixona por uma mulher chamada Teri (Nava Mau, excelente no papel), mas a consolidação do seu romance com ela parece estar truncado por conta da mulher obsessiva. Aos poucos, vamos entendendo que o buraco é mais embaixo.
Nos primeiros dos sete capítulos, uma questão pulsa a todo instante: por que Donny não corta a mulher desagradável? Por que ele parece ser absurdamente tolerante com uma mulher que não para de assediá-lo, de forma cada vez mais detestável? A resposta à dúvida é a chave para entender a força de Bebê Rena, que tem como trunfo conseguir construir essa história para além de um óbvio maniqueísmo.
O que vamos descobrindo é que há uma espécie de relação simbiótica ali, que envolve culpa, baixa auto estima, identificação e muita repressão sexual. Entendemos aos poucos que Donny se odeia, e que sua péssima visão de si mesmo faz com que ele se ligue com uma mulher igualmente miserável. Ambos, portanto, são mais próximos do que parece.
Em termos de estrutura narrativa, a grande sacada de Bebê Rena é conseguir surpreender o espectador a cada instante. Há um passeio interessante entre os gêneros em uma espécie de quebra-cabeça que nos pega o tempo todo, alternando tensão com momentos de pura comicidade. A plateia, de todo modo, não é poupada: não espere resoluções confortáveis ao drama de Donny.
Em resumo, Bebê Rena não é para os fracos. Mas quem consegue mergulhar nessa história, sai dela recompensado. Nem que seja aprendendo alguma coisinha a mais sobre si mesmo. _____________
Tem uma frase dele no último episódio que define a vida:
“Quando você é abusado você se torna presa fácil para esses predadores que sentem o cheiro da sua ferida aberta e grudam em você como se você fosse um imã” foi algo assim, e sim é verdade.
Também achei a série mais honesta e bela que já assisti. Mas também, triste e perturbadora por conta dos transtornos psicológicos da Martha e do Donny e dos abusos que ele sofreu. Tudo nela é incrível: a forma como prende o espectador desde os primeiros segundos, as interpretações impecáveis dos atores, os sentimentos tão verdadeiros dos personagens (e os nossos também), as surpresas a cada episódio, as situações que nos deixam dúvidas por não serem explicadas, o fato de ser uma série curta e nos deixar com vontade de assistir mais, o final que insinua uma continuação, e, principalmente, a comoção que sentimos por ser uma história real. Isso deixa tudo ainda mais interessante. É admirável e muito emocionante.
O trauma se repete até que seja superado.
"Tive o cuidado de retratá-la como alguém que também sofria, e não apenas como uma pessoa ruim." (Richard Gadd)
Jamais romantizem o stalking, obsessão não é romance, é doença. Podemos ter empatia para entender o que se passa, também enfrentar essa situação de cabeça erguida mas nunca passar pano além de impor limites. O que começa mal termina mal, séries como essa só ressaltam a importância de deixar a manutenção da nossa saúde mental em dia, e questionar quando afetamos os limites de outras pessoas.
Essa mini série, para mim, é um micro cosmos de como funcionamos na vida real. Pessoas quebradas se envolvendo em ciclos viciosos de outras pessoas quebradas perpetuando atitudes nocivas sem nem conseguirmos processar o motivo. Série tragicamente maravilhosa, cinza, sem inocentes e cheio de vitimas.
Gostei muito da forma como trataram a dependência emocional na série, e a complexidade dos problemas psicológicos...
Os atores são maravilhosos, mas o Donny precisa de muita ajuda. Quando ele volta a casa do
Um ponto que me pega é o fato de como o abuso e assédio masculino ainda é subestimado.A vergonha, a auto depreciação dele são tão profundos que ele não consegue pedir ajuda. Claro que em ambos os casos é assustador, é desesperador, mas pensar que a repressão no cara é tanta que ele não consegue reagir é de cortar o coração
Fiquei impressionada com a atuação da Jessica Gunning que interpreta a Martha, ela demonstrava as mudanças de humor de forma impactante e amedrontadora.
A Marta me lembrou a enfermeira de Misery do Stephen King.
Repito aqui o que tenho comentado em tudo que é canto: Esse é o retrato mais fidedigno que eu já vi de uma violência sexual (a forma como ela acontece E as consequências que ela gera na vítima, a confusão, o medo, a vergonha, o sentimento de culpa, de estar perdido dentro do próprio corpo). Para mim, que também sofri violência sexual, assistir foi TERAPÊUTICO, sim, digo isso sem medo de exagerar, porque me fez encarar coisas sobre minha experiência que eu vinha enterrando embaixo do tapete. Agradeço MUITO ao Gadd não só por produzir, mas pela CORAGEM de escancarar seu trauma, inclusive atuando (e revivendo) as cenas mais pesadas. É de uma ousadia que eu admiro com todo o coração!
A série é um tratado sobre codependência, um tipo de transtorno de personalidade, ainda em estudos, a ser chancelado como tal pela comunidade que trata de saúde mental. Codependentes e narcisistas partilham de muitas semelhanças (negligência parental, traumas de infância, abusos, etc), traços que ensejam à validação do outro como meio de existência no mundo, tornando-se os primeiros vítimas preferenciais dos segundos, ou seja, o "match" perfeito ou o que chamam de dança macabra. Nessa relação tóxica de idas e vindas, cujos pares exercem papéis de "traficante" e "adicto" em busca de validação constante, a vida gira em círculos, um caminho labiríntico obscuro e (quase) sem saída. O final da série é bem emblemático quanto a isso. Bebê Rena, por essas e por outras questões, é imperdível, uma das melhores coisas da Netflix atualmente, pois vai a fundo num tema espinhoso e por muitas vezes minimizado dentro da sociedade.
Esses filmes estão ficando melhores do que qualquer blockbusters de Hollywood.
Eckhart tem a cara mais presidencial que já vi. Ele não parecia deslocado em uma montanha.
Eckhart é subestimado! E esses filmes B recentes são ótimos!
Olga Krukyenko é a verdadeira superestrela de ação. Devo dizer que o Alex Pettyfer está parecendo muito bem neste trailer.
Estava esperando por este há muito tempo. Jesse V. Johnson é o meu diretor quando eu quiser e filme de ação da velha guarda. Ter Olga Kurylenko lá dentro é um bom bônus; ela é subestimada pra caramba.
Título Americano. Harvey Dent está realmente indo bem para si mesmo.
É um filme de terror e ficção científica lançado em 28 de abril de 1995, dirigido por John Carpenter e baseado no romance "The Midwich Cuckoos" de John Wyndham.
Embora "A Cidade dos Amaldiçoados" tenha recebido críticas mistas na época do lançamento, o filme fez sucesso com o público e hoje é considerado cult, sua atmosfera sombria e as interpretações sólidas do elenco, principalmente do protagonista Christopher Reeve, oferece ao público uma abordagem interessante sobre o tema do desconhecido e os perigos da manipulação genética.
Curiosidades:
- O filme é um remake de "Village of the Damned" (1960), dirigido por Wolf Rilla.
- John Carpenter, conhecido por dirigir clássicos como "Halloween" e "O Enigma de Outro Mundo", foi escolhido para dirigir o remake.
- Christopher Reeve, famoso por interpretar o Superman, é o protagonista do filme, o Dr. Alan Chaffee.
- O elenco também inclui Kirstie Alley, Linda Kozlowski, Michael Paré e Mark Hamill.
Último filme Este foi o último filme estrelado por Christopher Reeve antes do acidente de cavalo que o deixou tetraplégico, ocorrido em 27 de maio de 1995. Depois do acidente, ele ainda atuou no remake do filme Janela Indiscreta, em 1998, na cadeira de rodas.
Participação especial O diretor John Carpenter aparece em uma pequena ponta, como um homem ao telefone no posto de gasolina.
Remake Refilmagem de A Aldeia dos Amaldiçoados (1960).
Adaptação do livro The Midwich Cuckoos (1957)
DETALHE: - The Midwich Cuckoos é uma série de televisão britânica de ficção científica na Sky Max, criada por David Farr. É baseado no livro de 1957 com o mesmo nome de John Wyndham.
O mais incrível disso a série não aparece nem no top 10 da Netflix! O povo não sabe o que é bom! Lembrando que a série é baseada no livro de Patrícia Highsmith do qual o roteirista adaptou a versão atual
O que deixou Tom tão interessante no original "O Talentoso Ripley", é que Matt Damon o interpretou tão jovem, inexperiente e de aparência inocente. Este Tom do Andrew Scott, grita: psico-assassino a um quilômetro de distância. Na visão de Ripley, pessoas são objetos que são usados e podem de acordo com as circunstâncias serem descartados. Também gostei muito do espelhamento entre Ripley e Caravaggio, como ambos são "duplos" como artistas e também compartilham traços de psicopatia.
Achei o figurino muito simbólico! No início o Ripely usa roupas escuras e o Dick roupas claras. A medida em que eles vão convivendo isso vai se invertendo até o Ripley absorver toda a apresentação do Dick, inclusive objetos que são sua marca registrada. O uso da cor para tipificar personagens é um recurso muito rico, e achei excelente como isso foi usado dentro da limitação da fotografia em preto e branco.
E, se alguém se interessar, a série é baseada em uma trilogia da escritora americana Patrícia Highsmith. Ambos, filme e série da Netflix, em minha opinião são ótimos, capturando formas diferentes de se interpretar a obra, mas, o livro ainda é insuperável. Gostaria do show ter explorado mais este aspecto artístico.
Que série maravilhosa! A trama é tão interessante e Ripley tem uma personalidade tão instigante, que eu pretendo reler a obra original "O Talentoso Ripley".
Tendo Andrew Scott, Steven Zaillian (responsável por uma das melhores mini séries da história que é The Nigh Of) e você aclamando desse jeito, não tem como deixar passar! Uma coisa é certa, onde tem Andrew Scott tem TALENTO, e ACLAMAÇÃO.
Estou surpreso que agora tenham havido três temporadas pois os roteiristas e diretores não colocar a mesma dinâmica da serie Hawaii Five-0.
Por um lado, a série não tem ninguém que realmente use principalmente atores desconhecidos que certamente não são maus mas não tem o que é preciso para usar uma série dessa franquia e fascinar os fãs por muito tempo depois da primeira metade da segunda temporada foi uma brisa. Mesmo depois da saída das pessoas mais importantes, a série mãe NCIs já não me interessa. Gary Cole, de quem gosto muito e já assisti filmes entusiasticamente em muitas séries, infelizmente não se encaixa no NCIS, não funciona, mas não é por causa da sua atuação e sim por ser muito polarizado. Eu teria desejado que o McGee estivesse liderando a equipe que ele merecia estar na vanguarda, mas infelizmente os produtores decidiram de forma diferente, o que não leva a que a série fosse mais fascinante. Acho que eles deviam ter terminado depois da 20a temporada.
Pena que eu acho que o NCIS New Orleans só fez sete temporadas. Eu teria adorado ter visto mais do Rei (Scotts Bakula), especialmente porque Bakula é um dos meus atores favoritos de todos os tempos, mas de alguma forma ele nunca tem a chance de provar todo o seu talento de atuação. Infelizmente, todas as séries em que ele tem um papel principal nunca duram muito tempo. Eu adoraria ter mais temporadas com Star Trek Enterprise e New Orleans. Mas isso é Minha opinião e gosto.
O constantemente injustiçado O Poderoso Chefão: Parte III não deixa de ser uma ousada aposta de Francis Ford Coppola. Não pelo lado financeiro – é evidente que o filme traria o lucro desejado pelo estúdio, considerando a posição que os dois anteriores ocupam no “hall da fama” do Cinema. Coppola, de fato, arriscou ao tentar trazer algo diferente do primeiro e da Parte II, fugir da fórmula Michael Corleone emerge vitorioso para focar em sua redenção e, é claro, sua morte, considerando que o título pensado pelo diretor seria A Morte de Michael Corleone.
De qualquer forma, assim como seu antecessor, estamos diante de um filme que não existiria não fosse o fator primordial hollywoodiano: o dinheiro. Tanto a Paramount quanto Francis (como sempre) passavam por situações apertadas e precisavam que esse projeto emplacasse. Dito isso, os executivos encomendaram um primeiro tratamento do roteiro que focava quase unicamente em Vincent Mancini (posteriormente vivido brilhantemente por Andy Garcia), repetindo exatamente o que Coppola, quando recebeu o texto, decidiu descartar. O roteiro foi reescrito, então, a fim de trazer o que vemos hoje em tela, porém, com um final diferente, que você pode ler a respeito clicando no primeiro dos botões abaixo.
Francis, por sua vez, não engana o espectador e desde os minutos iniciais já deixa claro suas ambições para esse longa-metragem. A casa de Lake Tahoe é vista abandonada, utilizando um material que fora filmado antes mesmo da segunda parte ser rodada. Rapidamente enxergamos a estátua da Virgem Maria, introduzindo sutilmente a temática religiosa que seria abordada pelo restante da projeção. Preenchendo os corredores vazios e o silêncio da mansão, então, ouvimos a voz de um já envelhecido Michael Corleone (Al Pacino), nos oferecendo a premissa inicial do enredo: ele voltou para Nova York, irá ser homenageado pela Igreja e quer ter a presença de seus filhos na cerimônia. “A única riqueza deste mundo são os filhos” o ouvimos dizer e já começamos a entender a transformação que esse homem passou em sua idade avançada.
Um certo toque de fragilidade na voz do personagem, contudo, não é o único elemento que entrega sua mudança. Ao cortarmos para a cerimônia na igreja, Michael tem uma aparência completamente diferente. A velhice, é claro, chegou e seus olhos estão mais cansados que nunca, mas, além disso: seu cabelo. Não temos mais o típico cabelo liso de Pacino e sim um tratamento diferente para o protagonista, oferecendo um devido contraste entre a sua voz mais rouca – um corte que muito lembra o militar e garante uma imponência a Michael, além de nos deixar perceber que não se trata da mesma pessoa que deixamos após a morte de seu irmão Fredo.
Nas entrelinhas se torna evidente que o Padrinho utiliza essa homenagem para trazer de volta a família que ele perdeu e essa tristeza que parece assolar o personagem durante a cerimônia o deixa quando se faz realidade o que sua mãe dissera no filme anterior – “sua família, você jamais irá perder”. Corta para a costumeira festa Corleone. A diferença, porém, é óbvia: não estamos mais em um amplo terreno e sim dentro de um apartamento – evidenciando novamente a passagem do tempo. Mas o principal fator disso jamais é dito em palavras: não temos mais o contraste entre o dentro e o fora – todos fazem parte da mesma hipocrisia – o mundo dos Corleone agora se mistura e a única parcela de ilegitimidade é tratada dentro da sala de Michael, que, não por acaso, é a mais escura de todas. Tal lógica se mantém durante toda a obra, trazendo, em geral, uma maior escuridão quando os negócios da Família estão sendo tratados.
É curioso observar que, apesar de Mike ter conseguido legitimar a Família (o movimento final ocorre durante a reunião com os chefes da máfia neste filme), objetivo que tivera desde que voltou da Itália em O Poderoso Chefão, sua sala está mais similar que nunca à de seu pai. Paredes de madeira, venezianas separando do mundo de fora e luz fraca preenchem o local. Para finalizar, um aquário, muito similar àquele de Vito no final do primeiro filme. Trata-se de um homem que retoma suas origens, tenta voltar a ser quem ele era e um pouco do que seu pai fora. “Por que eu fui tão temido e você tão amado” ele se pergunta, posteriormente, ao lado de Don Tomasino, pensando, é claro, no amor que todos sentiam por Don Vito.
Mas para nossa surpresa algo quase onírico ocorre durante a festa – em uma dança com sua filha todos gritam “cent’anni”, olhando para aquele homem que matara seu próprio irmão com o amor que ele tanto sentiu falta. Gordon Willis registra esses momentos com um certo toque de surrealidade, com um close nos rostos de cada um e um movimento rápido de câmera. Pela primeira vez em muito tempo vemos Michael Corleone sorrir com os olhos, tirando o peso de sua persona e o temor que sentimos dele. Coppola constrói, enfim, seu argumento: não se trata do monstro visto em O Poderoso Chefão: Parte II e sim de um homem que busca se redimir.
O “caminho de volta”, contudo, evidentemente não será tranquilo. O filho bastardo de Santino Corleone (lembram das escapadas que ele dava no primeiro filme?), Vincent Mancini, entra em jogada, representando a retomada da jovialidade da Família e a ação do longa-metragem, que não poderia focar unicamente na fragilidade de um velho homem. Andy Garcia constrói uma das figuras mais fascinantes de toda a trilogia, um personagem que é trabalhado quase que inteiramente em segundo plano, sem nos ser oferecidos longas sequências de atuação solo. O homem que inicia de forma impulsiva e violenta, carismático e caloroso, filho de seu pai, aos poucos se transforma em uma figura centrada. Vincent, como dito pela própria Connie, tem a força de Vito e genuinamente aprende com Michael. Sua metamorfose, aos desatentos, pode parecer fugaz, mas é construída cuidadosamente.
Os minutos iniciais trazem o personagem com uma jaqueta de couro, contrastando com os ternos dos Corleone. Ele é, sobretudo, um menino das ruas, acostumado com a violência. Não é a toa que, por baixo da jaqueta temos uma camiseta vermelha, refletindo a agressividade do personagem, sua paixão, que garante a ele um portar quase animalesco. Quando digo que Garcia traz o melhor de seu personagem não é por acaso – ele se inspira nas atuações de James Caan, Marlon Brando e Robert De Niro, a fim de construir uma harmoniosa amálgama dos três. Ao mesmo tempo que ele morde o punho em momentos de fúria ele comanda com o olhar e traz movimentos mais sutis com a mão conforme avançamos na projeção. Chega a ser impossível não enxergarmos nele uma versão moderna daquele Vito Corleone que conhecemos nos princípios do século XX, na Parte II.
Curiosamente, a ascensão de Vincent ao “trono” dos Corleone fora uma cena filmada após a conclusão das filmagens. Pedida pelos executivos da Paramount, Coppola realizou a emblemática sequência que firma o aposentar de Michael, passando adiante a batuta para um homem que novamente levaria a Família para o crime. É a falha de Mike dada vida, sua triste resignação, coroada pela sua saída quase que “à francesa” da sala juntamente de Connie.
Esse foco primário em Michael e secundário em Vincent, contudo, não são os únicos pontos abordados pela obra. O objetivo final de Mike é se tornar dono da gigantesca International Imobilliare (baseada, evidentemente, na Società Generale Immobiliare). Don Corleone, contudo, tem algumas pedras no sapato e uma delas e nada menos que a Igreja. Apesar da cerimônia de abertura, o Vaticano corrupto é um dos principais antagonistas da trama, evidenciando o quão poderosa é a Família agora. Coppola realiza uma ferrenha crítica à cabeças do Catolicismo, demonstrando que não estamos muito longe dos Bórgia, como o próprio Michael deixa claro em uma de suas explosões emocionais.
Já quem segura todas as cordas é o enigmático Don Lucchesi (Enzo Robutti), claramente um membro do alto escalão do governo italiano, possivelmente baseado no ex-primeiro ministro italiano Giulio Andreotti. Traçando um claro paralelo com o primeiro filme, Coppola deixa seu vilão quase que oculto durante toda a projeção, criando em nós a dúvida, o suspense, de quem está por trás de tudo – “nosso verdadeiro inimigo tem ainda de se revelar”. Em aliança com Don Altobello (Eli Wallach), Lucchesi se faz uma verdadeira ameaça durante o longa, nos trazendo, em constante crescente, o temor pela vida de Michael.
Fica claro, portanto, que A Morte de Michael Corleone seria muito mais que somente o fim de sua vida. Francis queria não só encerrar a história desse icônico personagem e sim desconstruí-lo completamente, de uma forma que pouco vemos no Cinema como um todo. Aqui nesta Parte III enxergamos, enfim, as consequências de seus atos, trazendo repercussões não só de seus inimigos, como de sua própria consciência, que não consegue superar o assassinato de Fredo. Mas dentro de toda essa culpa, esse medo pela salvação de sua alma, Michael ainda tem um último reduto: seu filho Anthony (Franc D’Ambrosio) e, sobretudo, sua filha Mary (Sofia Coppola).
Entramos, portanto, no aspecto mais controverso de todo o filme. A escalação de Sofia Coppola, filha do diretor, como uma das personagens centrais. Os hábitos nepotistas de Francis, de fato, se fazem presentes desde O Poderoso Chefão. Seu pai, Carmine, junto de Nino Rota, compôs grande parte das músicas dos três filmes (sendo o principal maestro na segunda e terceira parte) e sua irmã Talia Shire viveu brilhantemente Connie Corleone ao longo dos anos, se transformando de uma figura frágil até uma poderosa mulher. Qual seria o problema, então, de ter Sofia como Mary? De fato, nenhum se sua atuação não comprometesse diversos aspectos da obra.
Evidentemente Coppola, após perder Winona Ryder, que estaria no papel, optou por uma saída diferente. Mary fora baseada em sua filha e o diretor queria alguém que transmitisse toda a ingenuidade e naturalismo da personagem – escolheu, portanto, Sofia. O fato de se tratar de uma não-atriz pedia um trabalho mais meticuloso de direção, mas, em diversas cenas, isso parece faltar, seja pela pressão exercida pelos executivos em cima da menina, seja por própria falha de Francis. Apesar disso, o trabalho de Garcia e Pacino juntamente da garota minimizam tais defeitos ao ponto que , muitas vezes, não os percebemos ou os relevamos. Mary é a peça shakespeariana que faltava nesse tabuleiro dos Corleone e, mesmo com tais falhas, ela exerce seu papel, ao passo que o filme, em uma visão geral, não sai prejudicado.
Por fim, vamos contemplar a morte em si de Michael. Coppola conduz brilhantemente a tensão no espectador, construindo um suspense de forma similar ao que faz em relação aos antagonistas. Primeiro a diabetes é inserida, fragilizando ainda mais o personagem, que não só tem sua saúde colocada em cheque, como, em seu ataque cardíaco, revela todo o sofrimento que sua consciência esconde. Em seguida, o assassino Mosca (Mario Donatone) entra na jogada, sendo apresentado como um homem que nunca falha. O clímax da obra, então, pela primeira vez na trilogia, coloca Michael como um dos alvos, nos fazendo esperar, a cada segundo, pelo seu assassinato. Mas, como dito antes, a morte do protagonista seria muito mais que apenas o fim de sua vida e, com a morte de Mary, Mike sofre um golpe do qual não pode se recuperar. O restante de sua vida ele apenas sobrevive.
A cena em si é, obviamente, a mais dramática de toda a obra, fazendo uso quase que diegético de melodias da Cavalleria Rusticana, que também são usadas durante todo o clímax a fim de compor a tensão em tela, de forma similar ao que vimos nos antecessores. O trabalho de edição chama a atenção por tirar uma a uma as camadas do som, deixando o grito de desespero de Michael se desfazer em silêncio. A retomada do som amplifica ainda mais a dor da sequência, destruindo, de vez, a pessoa que foi Michael Corleone, em uma atuação de Pacino merecedora de sua indicação ao Oscar. É interessante notar que o sofrimento do protagonista é tão grande que ele chega a ofuscar a morte da garota, ao passo que os personagens à sua volta passam a olhar com espanto para ele e não para Mary caída sem vida nas escadas do teatro. Kay, interpretada por Diane Keaton, com uma simples mudança no olhar, nos faz enxergar que Michael, de fato, morreu ali.
Um curto epílogo se segue, com flashbacks do personagem dançando com sua filha, sua primeira esposa, Apollonia e Kay. Uma transição, então, nos leva para um Michael ainda mais velho, do lado de fora de sua casa na Sicília, onde viveu com sua primeira esposa. A narrativa, então, abre a possível interpretação de que todos os três filmes foram essa lembrança de Michael, olhando para o passado em seus momentos finais, tentando enxergar onde ele falhou, o que poderia ter feito a fim de não terminar ali sozinho na companhia apenas de dois cachorros. Como uma cortina se fechando, com dificuldade, ele coloca seus óculos escuros, se escondendo do mundo, no escuro, de uma vez por todas.
O Poderoso Chefão: Parte III é, sim, mais uma obra de arte de Francis Ford Coppola e digno de encerrar uma das trilogias mais icônicas do Cinema. Um filme que já é injustiçado somente por não ser considerado no mesmo nível dos dois anteriores. Cada obra é produto de seu tempo, seu contexto. Coppola fugiu do óbvio e nos entregou um longa-metragem ousado, fora da fórmula “básica” do Padrinho e que merece ser assistido e reassistido, se tornando cada vez melhor a cada sessão.
PS: The Godfather - Parte III (1990) pode não ser a obra-prima que se equipare com os dois primeiros filmes, mas está há anos-luz de ser um filme ruim ou sequer mesmo um filme mediano.
Eu gosto bastante do terceiro filme pela evolução e mudanças dos personagens... Acho a cena de Michael se confessando com o bispo muito tocante e sensível. Nesse momento ele baixa a guarda e expõe todo seu sentimento e arrependimento que tem sobre sua vida. Faz isso com alguém de fora da família, o que contrária seu comportamento no 2 filme.
Ele ficou velho e deixou de lado certas coisas, baixou a guarda, inclusive desconfiar de todos, tanto que não vê problema em ficar perto do Zaza, na juventude nunca teria tanta tranquilidade com um ser que sempre representava problemas, não queria ter revidado quando soube da morte de quem ele sabia que fez o atentado, estava cansado de ser o antigo Michael. Resumindo , na vida real acontece igual, na juventude certas decisões parecem a melhor coisa ali e dura um tempo, depois a gente se arrepende e até cogita ter feito diferente sem negar, o 3° filme é uma ótima contribuição para franquia, não é horrível como tentam fazer!!!
Todo mundo precisa assistir "Propriedade", filme de suspense brasileiro incrível e com um elenco extraordinário!
Na história, Roberto é dono de uma fazenda e decide demitir todos os funcionários do local, alegando que irá vender a propriedade em breve. Revoltados, os trabalhadores agora desempregados iniciam uma rebelião e
Eu sempre tive dúvidas sobre a qualidade na atuação de Keanu Reeves. Ele tem uma reputação de ser alguém que não sabe atuar. Podendo aparecer em papéis às vezes quase como uma porta, repetindo suas falas com pouca ou nenhuma emoção, independentemente do que esteja acontecendo na cena. Por outro lado, ele estrelou alguns dos filmes mais legais de todos os tempos. Você não pode contestar o que ele faz em Matrix, Advogado do Diabo, Constantine e antes desses ele já tinha se destacado como um herói de ação completo no incrível Velocidade Máxima. É verdade que alguns desses filmes não exigiam tanto no quesito atuação, mas nenhum deles é fácil, e exigiam grande preparação. Bom, se você quer um Oscar, não procure Keanu Reeves. Mas se você quer um ator forte, trabalhador, atraente e com carisma suficiente para sustentar um filme, Keanu Reeves é o cara certo. E "Os Reis da Rua" se enquadra na segunda categoria. Esse papel exigia um protagonista que pudesse segurar um filme, enfrentar alguns outros atores de peso, e também dar o seu máximo em algumas cenas de ação bastante brutais e claramente Keanu consegue fazer tudo isso. Na época, fui assistir "Os Reis da Rua" com pouca expectativa, pensando que seria mais um “thriller policial” tentando aproveitar o que "Dia de Treinamento" alcançou. Desde o momento em que começou, fiquei intrigado e pensativo. Keanu Reeves, novamente, não precisa fazer muito em sua atuação, mas ele aparece de forma convincente como o “policial sujo e durão”, abrindo o filme com uma sequência muito legal em que ele salva duas garotas sequestradas. A partir daí, é um jogo de gato e rato, traição e configuração enquanto você tenta descobrir quem são os mocinhos e os bandidos e como o personagem de Keanu Reeves se encaixa no centro da história É também um filme que tem uma quantidade absurda de atores notáveis e muito talentosos. Forest Whitaker e Hugh Laurie são provavelmente os dois melhores atores, mas Chris Evans também se destaca mesmo em um papel pequeno. Há também uma série de outros atores que você reconhecerá de vários outros filmes, mas que provavelmente não conhecerá pelos nomes... Os atores também parecem dar tudo de si nos papéis, Forest Whitaker em particular. Ele foi brilhante em O Último Rei da Escócia mostrando que domina facilmente papéis dramáticos de peso, aqui ele tem mais uma ótima atuação. Você também vai notar que todos os atores envolvidos realmente respeitam o filme e se dedicam ao máximo em cada personagem. Até mesmo os atores coadjuvantes tem muito carisma e dedicação, não estão apenas ganhando um dinheiro fácil. Isso faz toda a diferença no ritmo e na qualidade da história, e falando de ritmo, o filme acelera de forma fantástica, invertendo a história em partes importantes para que você não veja as reviravoltas e revelações chegando. Pode haver alguns buracos na trama que se tornam aparentes com algum exame minucioso, mas eu realmente não me importei com eles. De qualquer forma, não acho que qualquer tipo de falha na trama faça grande diferença na experiência, se o filme consegue executar bem a história. Não sou alguém que trabalha em cada parte da trama, procurando defeitos e gritando ao mundo que isso ou aquilo poderia ser melhor. No geral, este filme me surpreendeu completamente. Não que eu achasse que seria uma porcaria, mas não esperava ficar absorto desde o início e me envolver tanto com os personagens no desenrolar da trama, às vezes realmente torcendo pelo herói (ponto para Keanu Reeves). Se você gosta de um bom “thriller policial”, que em alguns aspectos se assemelha ao Dia de treinamento, você poderia dar uma boa olhada neste filme. (Eu recomendo).
Ps: Faltou citar a ótima e vibrante direção de David Ayer, com certeza um de seus melhores filmes. Recomendo também "Sabotagem" e "Corações de Ferro" outros ótimos filmes do diretor.
Este filme ganhou 4 prêmios Emmy de Melhor Direção de Arte para uma Minissérie ou Especial, Excelente Cinematografia para uma Minissérie ou Especial, Excelente Mixagem de Som para uma Minissérie Dramática ou Especial e Excelente Filme Feito para Televisão.
Muitos grandes atores em pequenos papéis, não apenas Duvall!
Para se preparar para o papel, Robert Duvall assistiu inúmeras horas de noticiários, leu muitos livros sobre Joseph Vissarionovich Stalin e conversou com russos que se lembravam dele. Ele disse que interpretar Stalin foi o papel mais desafiador de sua carreira.
Filme interessante. De um ponto de vista puramente individualista e humano, Stalin é um monstro. Do ponto de vista social e histórico, ele é um estadista. E como é um estadista, deve ser cruel, tendo em conta o seu tempo e a situação caótica da então União Soviética.
Curiosidade: Robert Duvall é distante de Robert E Lee. O general confederado da Guerra Civil Americana.
"Stalin criou uma superpotência com pés de barro e falta de moral." --Stephen Kotkin
J.Stalin era um homem verdadeiramente repreensível e odioso e Robert Duvall faz um trabalho fantástico ao retratar isso. Um de seus melhores papéis foi desempenhado por ele na minha opinião.
Tive aulas de História Russa/Soviética quando este filme foi lançado porque o professor nos fez ler o livro de Robert Conquest sobre Stalin, mas também nos incentivou a assistir ao filme da HBO. Ele disse que uma coisa é lê-la na história, mas outra bem diferente é ver os eventos acontecendo. Eu realmente quero dizer algo sobre a crueldade que Stalin mostrou à sua esposa, mas acho que ações e feitos falam por si.
Encontrei outro filme muito bom sobre a era Stalin baseado na história do projecionista de Stalin: o título Muito bem feito. (The Inner Circle) e "Within the Whirlwind" 2009 baseado nas memórias de Jewgenia Gisnburg.
“Deixe-o sofrer”. Stalin olha como - "Como é isso"? O cara rasteja e cospe depois de adormecer novamente. Adoro.
Um dos homens mais perversos de toda a história. Ele matou 40 milhões de seu próprio povo. Nunca saberemos quantos ele matou na Europa. Quantos ele enviou para os campos. >Eu diria entre 24 e 26 milhões. Dito isto, este é um bom filme sobre ele. Ótima atuação.
Todos deveriam ver esse filme. A história está sendo feita e repetida em todo o mundo, agora mesmo!
Pena que não mostrou como ele realmente morreu!!! Sozinho, por dias, na sua sala de trabalho, por dias, tendo vários derrames, sem remédios, sem agua, sem comida, porque ninguém se atrevia entrar na sala dele, sem ele mandar entrar... e como ninguém sabia...ficou sozinho com o seu único castigo...que foi pouco...muito pouco. Mas em vida, não teve um só amigo, só covardes e bobos da corte ao seu redor. Viveu em total neurose sem saber quem o iria trair, atirar ou envenena-lo!!! Odiava a família, não amava seus filhos... Meu prazer, foi o seu mais chegado, Beria, que falou ,em sua conclusão que o ditador estava desacordado, "DEIXE ELE SOFRER, ESTE ASSASSINO!!! Mas este, por sua vez, com sua covardia..." se ferrou porque o diabo ainda o ouviu...então ele se pôs a beijar as mãos sujas de sangue deste Déspota...antes de ser executado por seus colegas. Quantos covardes!!!
20 milhões,6 milhões,50,60,70,80,90,e Stalin vai matando até hoje
"Não devemos encobrir os erros, nem tampouco omitir os méritos. Portanto, respeitemos Stálin."
Ainda tem gente que defende esse cara. Não vou respeitar um genocida.
Curiosidade: Robert Duvall é distante de Robert E Lee. O general confederado da Guerra Civil Americana.
"Bats" (1999) é um filme B que abraça completamente a trasheira e sua premissa absurda para oferecer uma experiência de terror leve e até divertida. Esse filme passou algumas vezes na Globo, variando por várias sessões noturnas desde a Tela Quente ao Intercine. Eu o assisti em meados dos anos 2000, achei bem legalzinho na época, principalmente a cena da caverna que simplesmente tem um lago formado por fezes de morcegos. 😅 Hoje está bem datado, mas ainda serve para dar risadas.
Uma pequena cidade, Gallup, Texas, está sendo atacada por ferozes morcegos. Sem saber como resolver o problema, Tobe Hodge (Carlos Jacott) pede ajuda à uma especialista, Sheila Casper, (Dina Meyer) uma zoóloga. Intrigada com o incomum fenômeno, pois morcegos não matam pessoas, ela começa a pesquisar e descobre que os causadores de tudo são morcegos alterados geneticamente por Alexander McCabe (Bob Gunton), um cientista que viajou junto para tentar deter o problema. Os morcegos foram usados em uma experiência do governo e aparentemente fugiram do laboratório, mas não são morcegos comuns, pois estes são onívoros, mais inteligentes e agressivos. Ao lado de Jimmy Sands (León), seu assistente e de Emmett Kimsey (Lou Diamond Phillips), o xerife da localidade, Sheila corre contra o tempo para encontrar um modo de deter as vorazes criaturas.
"Dona Lurdes - o filme" é um bom entretenimento para a família.
A mãezona que emocionou o Brasil está de volta, e, desta vez, para arrancar boas risadas do público. A personagem vivida por Regina Casé pode ser revista em "Dona Lurdes - O Filme", comédia do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, que chegou aos cinemas da rede Cinemark no dia 28 de março, em mais de 80 salas nas principais cidades do país.
Inspirado no livro "Diário de Dona Lurdes", de Manuela Dias, trata-se de um spin-off da novela "Amor de Mãe", também assinada por Manuela. O longa, com direção artística de Cristiano Marques e escrito por Manuela com Claudio Torres Gonzaga, mostra, de forma leve e divertida, como Lurdes, depois de enfrentar um período de tristeza quando os filhos saíram de casa, deu a volta por cima e passou a aproveitar mais a vida.
Rodado entre novembro e dezembro de 2023, nos Estúdios Globo e em locações no Rio de Janeiro, "Dona Lurdes - O Filme" é o segundo longa realizado pelo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo e o primeiro que faz uma experimentação nas salas de cinemas. O início foi com "Ritmo de Natal" no fim do ano passado, uma obra temática exibida como especial de fim de ano.
A ideia do roteiro surgiu quando a autora percebeu que, após o desfecho de "Amor de Mãe", a jornada de Lurdes poderia seguir com novos desdobramentos. Se no folhetim a Dona Lurdes teve momentos de muito drama, tensão e emoção, com toques de humor, no caso do filme, o traço cômico da personagem é o que prevalece. Definido por Regina Casé como uma comédia rasgada, o longa mostra Dona Lurdes superando a melancolia da ausência dos filhos e se redescobrindo: passeando, viajando, entrando até em aplicativo de relacionamento.
Para viver novas aventuras, a protagonista interage com personagens inéditos, que são interpretados por nomes como Arlete Salles, no papel de Zuleide, a nova vizinha que se torna amiga de Lurdes, Evandro Mesquita, o par romântico de Lurdes, além de Maria Gal, que vive Vânia, a feirante do bairro. Do elenco da novela, seguem no filme, além de Regina Casé, os intérpretes dos filhos de Lurdes: Juliano Cazarré, Thiago Martins, Jéssica Ellen, Nanda Costa e Chay Suede. A neta Brenda é novamente interpretada por Clara Galinari, e Enrique Diaz retorna como Durval, agora um professor de dança. A obra ainda conta com participações como Ana Maria Braga, Ailton Graça, Ramille, o cantor de piseiro João Gomes e Humberto Carrão, que faz uma aparição surpresa como Sandro, seu personagem em "Amor de Mãe".
A trama começa quando Ryan, o último filho que ainda mora com Lurdes, tenta se mudar às escondidas da mãe. Vendo a casa vazia sem sua cria, Lurdes encara, pela primeira vez na vida, a possibilidade de ter tempo para si. No entanto, em um primeiro momento, ela estranha o excesso de autonomia e cai em uma melancolia que ela logo identificou como 'síndrome do ninho vazio'.
Para completar a maré de baixo astral, também precisa lidar com a nova vizinha, Zuleide. Animada e barulhenta, Zuleide passa a incomodar Lurdes com o som alto e com as folhas de suas plantas que teimam em cair no quintal dela. Mas essa tristeza toda não combina com Dona Lurdes, nordestina arretada que criou os filhos sozinha, sem nunca perder a alegria de viver, apesar de toda a dificuldade. Depois de passar mal e ser acudida pela vizinha, Lurdes toma um choque de realidade e decide que é hora de voltar a se priorizar: a cuidar de si e se redescobrir. Assim, na companhia da nova melhor amiga, Lurdes vai embarcar em novas experiências que vão de aulas de dança de salão a entrar em um aplicativo de relacionamento destinado a pessoas maduras, passando por descobrir brinquedinhos de sex shop, fazer trilhas e tomar porres.
Incentivada por Zuleide, Lurdes topa frequentar aulas de dança, onde conhece Mário Sérgio. E acontece o que ela achava que seria impossível na sua idade: se apaixonar mais uma vez e ter a chance de viver um grande amor. O romance, no entanto, deixa os filhos Magno, Danilo, Érica, Camila e Ryan com o pé atrás.
Com um elenco de peso e trama que aborda uma fase crucial na história de mães e filhos, "Dona Lurdes" gera identificação e cativa o público sem fazer esforço. E não é necessário ter visto "Amor de Mãe" para entender a história, que é despretensiosa e gostosa de assistir. No entanto, não há uma estrutura de filme. A sensação é de estar acompanhando a um episódio especial de fim de ano na Globo ou então um capítulo estendido da novela. Só que isso não diminui a produção em nada. É um bom entretenimento para a família.
O objetivo do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo é gravar oito títulos só neste ano e "Dona Lurdes - O Filme" é a primeira grande aposta. É possível afirmar que o longa, que tem produção de Luciana Monteiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim, marca um começo com pé direito.
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - (2011) - 🎬 (Versão Americana) Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011) é aquele tipo de filme que te prende do início ao fim. A história gira em torno de Mikael Blomkvist (Daniel Craig), um jornalista desacreditado que se junta à hacker Lisbeth Salander (Rooney Mara) para investigar o desaparecimento de uma jovem há 40 anos. Daniel Craig e Rooney Mara entregam atuações memoráveis como Mikael e Lisbeth. A química entre os dois é palpável, e a complexidade de seus personagens é explorada com maestria, o elenco de apoio é fantástico e conta com nomes de peso como "Stellan Skarsgård", "Christopher Plummer", "Steven Berkoff", "Robin Wright" e "Joely Richardson" simplesmente não existem atuações ruins nesse filme. O filme conta com a direção de David Fincher, e o renomado diretor não decepciona, ele cria uma atmosfera sombria e intrigante que se encaixa perfeitamente na trama. O ritmo do filme é impecável, e a tensão aumenta gradualmente até o climax final. Não vou me estender, mas se você curte um ótimo Thriller de Suspense essa é uma boa pedida.
Vou ser bem sincero, não acho superior, inclusive acho esse Remake até melhor que o original. Claro que é questão de gosto, mas para mim tanto o elenco, quanto a direção do Remake são melhores.
Justiça (2ª Temporada)
3.5 63"Justiça 2" foi uma grande decepção!
Manuela dias recebeu a missão de escrever uma nova temporada de "Justiça", após o sucesso da série exibida pela Globo há 8 anos. A autora criou quatro novas histórias que se interligam, repetindo o formato original, e manteve apenas uma personagem da história de 2016. A trama teve uma imensa repercussão na época e foram vários elogios. No entanto, apesar do saldo muito positivo, a produção teve problemas visíveis no desenvolvimento. E as incongruências da narrativa se agravaram em "Justiça 2".
O novo enredo chegou ao fim no Globoplay nesta quinta-feira (23/05), depois da liberação dos quatro últimos episódios, fechando o ciclo com um total de 28 capítulos. A sinopse da série resumiu bem o drama dos protagonistas. O motoboy Balthazar (Juan Paiva) é preso injustamente após ser reconhecido como assaltante do restaurante Canto do Bode em um catálogo digital de suspeitos da polícia. Violentada pelo tio na adolescência, Carolina (Alice Wegmann) muda de cidade para se distanciar da situação. Quando volta para Ceilândia (DF), revive traumas do passado e decide denunciar seu abusador. Renato (Filipe Bragança), um traficante de classe média, se muda para a comunidade do Sol Nascente. Com seu som alto ligado 24 horas por dia, passa a entrar em conflito com as vizinhas Geíza (Belize Pombal) e Sandra (Gi Fernandes). Em um momento de desespero, Milena (Nanda Costa) rouba um carro e acaba presa por um crime que não cometeu.
Das quatro histórias, a única que não deu para engolir desde o primeiro ato foi a de Milena. A autora subestimou a inteligência do público do primeiro ao último minuto daquele enredo. O objetivo era claro: formar um casal lésbico sem sofrer a censura da televisão aberta. E a química entre Paolla Oliveira e Nanda Costa foi visível. Mas só química não sustenta uma trama.
Não precisava ter sacrificado tanto a lógica para a paixão das personagens. Milena ter roubado um carro e esfaqueado o motorista apenas para usar a bateria do veículo como gerador --- para a sua mãe não perder os salgadinhos em sua geladeira --- foi o suprassumo do ridículo. E todos os acontecimentos posteriores deixaram o contexto ainda pior, incluindo três assassinatos que desafiaram a racionalidade de qualquer um. Tudo sobre o núcleo já foi analisado em uma crítica anterior (que você pode ler aqui: Trama de Milena em "Justiça 2" faz o público de idiota).
Já as outras três tramas prenderam a atenção graças ao desempenho visceral do elenco e ao contexto, que representa uma rotina triste da sociedade brasileira em cima do que acontece com o povo preto e mulheres vítimas de estupradores. No entanto, até mesmo as narrativas de Balthazar, Carolina e Geíza foram se perdendo ao longo dos episódios a ponto de também ultrapassarem a linha tênue da licença poética. É importante tomar cuidado na cobrança de verossimilhança na ficção porque toda obra tem seus furos, o que é compreensível e até 'perdoado' pelo público caso a história seja muito boa e bem estruturada. Mas no caso da série as situações estapafúrdias foram virando uma bola de neve.
O conflito que desencadeia todas as desgraças na vida de Geíza é bastante frágil. Um playboy jamais ficaria com um som ligado 24 horas em uma favela sem ser enquadrado pelo tráfico local. Ainda que ele estivesse dentro do 'esquema'. E como assim Geíza e Sandra decidem fugir do local do crime comprando passagens na rodoviária? A saída de Geíza da prisão, após sete anos, promoveu uma inversão de papeis com sua filha virando protagonista e ela coadjuvante. A lógica seria Geíza lutar pela sua inocência, uma vez que assassinou Renato em legítima defesa. Mas a personagem se viu diante de um esquema de lavagem de dinheiro, onde sua filha era a laranja. Tudo por culpa de Nestor (Marco Ricca), um político corrupto e responsável por 99% das maldades da série, o que também enfraqueceu a narrativa. O bom plot é a morte de Sandra, que assusta e surpreende. O telespectador não espera aquele desfecho. Mas o crime acontece por conta de uma situação forçada. Como pode Cassiano (Luciano Mallman), o sujeito que mais quer se vingar de Nestor, colocar as duas em um carro com um motorista que ele nunca viu na vida? E, após a outra desgraça que acomete a vida de Geíza, fica difícil comprar o romance que surge entre ela e Abílio (Danton Mello), pai do rapaz que ela matou. Até porque ele foi o responsável indireto pela morte de Sandra, já que compactuava com o esquema. Por mais que tenham se unido contra Nestor, é uma situação tão incômoda quanto a criada pela mesma autora em "Justiça", quando Elisa (Debora Bloch) se envolveu com Vicente (Jesuíta Barbosa), o genro que matou a filha dela.
A trama de Carolina começou muito bem e era a que mais instigava porque Jayme (Murilo Benício) foi preso pelas várias tentativas de estupro, após a denúncia da sobrinha. A omissão da família diante do crime ainda expunha uma dura realidade na vida de muitas mulheres e adolescentes. Mas, depois que Júlia (Júlia Lemmertz) acabou no hospital, o enredo começou a degringolar. Carolina decidiu virar garota de programa para pagar a conta do hospital particular que cobrava semanalmente pela internação. E seu único cliente era Nestor. A mãe acabou morrendo porque Jayme contou sobre a nova profissão de Carol, mas a personagem seguiu com o político. Após muitos encontros, o vilão se encantou pela garota, que virou uma espécie de amante fixa. A sobrinha de Jayme descobriu que foi ele o responsável pela morte da mãe e decidiu matá-lo. Então seduziu Nestor para que aprendesse com o cliente a atirar. Aprendeu, furtou a arma dele e armou um plano idiota. Ia matá-lo durante uma campanha feita para a pet shop de sua propriedade e depois fugiria. Simples assim. Kellen (Leandra Leal) descobriu e não permitiu que a burrice se concretizasse. Só que Carol aceitou uma carona do tio, que tentou violentá-la outra vez, mas não conseguiu porque a sobrinha provocou um acidente e fugiu.
E nem o drama de Balthazar escapou do amontoado de contrassensos. A saga do motoboy era uma das mais realistas diante de tantas situações que ocorrem com jovens negros no país. Porém, tudo começou a mudar quando a aliança com Cassiano foi firmada. Além do personagem ter perdido o destaque que tinha, passou a protagonizar situações esdrúxulas, como a cena em que o rapaz deduziu que Maria Eduarda (Helena Kern) entenderia um código de ligar apenas três vezes porque jogava um negócio chamado "Game 3" e por lá eles poderiam conversar sem serem grampeados por Nestor. A filha do corrupto se aliou aos dois para libertar a mãe, Silvana (Maria Padilha), da clínica em que acabou internada contra a vontade. Mas a tal aliança não teve qualquer resultado até a última semana da série. Para piorar, Larissa (Jéssica Marques) descobriu que o autor do assalto ao restaurante Canto do Bode foi o seu ex-noivo, Túlio (Breno da Matta). O crime que caiu nas costas de Balthazar só foi desvendado porque a garota reconheceu o tênis do sujeito, que ainda usava o par sete anos depois. Após ter sido desmascarado pela ex, o motoboy foi até Nestor e pediu autorização para matar Balthazar com a garantia de que não iria para a cadeia. A proposta foi aceita. E o que ele fez? Pegou um carro e atropelou o rival, que fazia entregas de bicicleta e usando um capacete. A tentativa de assassinato aconteceu no meio de uma avenida movimentada e na frente de uma multidão que acompanhava os ensaios de Milena. Outra sequência que desafiou os limites da lógica. O criminoso achou que não tinha câmera de tráfego na área? Que não teria testemunha? Fora que a cena do atropelamento foi tão fraca e mal realizada que nem o para-brisa do carro quebrou.
A autora tinha a chance de melhorar o saldo da trama com finais catárticos e estruturados. Mas não conseguiu. Os três últimos episódios pareceram um surto coletivo e apenas o fim de Balthazar se mostrou condizente com sua trajetória, uma vez que o motoboy viveu um verdadeiro inferno repleto de desgraças até o seu merecido final feliz com direito ao dinheiro da indenização pela sua prisão injusta e um bonito casamento com Larissa. Mas que ideia infeliz exibir o jornal com todos os desfechos no término de cada episódio. Era para ter a imagem apenas no último. O telespectador recebeu uma cuspida de spoilers na cara a ponto de arruinar qualquer surpresa dos demais desfechos e que não foram bons.
A solução que Carolina encontrou para se vingar de Jayme foi quase um plano infalível do Cebolinha, da "Turma da Mônica". Qual o sentido da personagem concluir que Darlan (Fábio Lago) surtaria com o sequestro da sua cachorra a ponto de assassinar alguém a sangue frio? E tudo funcionou direitinho por pura conveniência de roteiro. A personagem ainda traiu as duas únicas pessoas que a ajudaram em meio ao caos de sua vida. Seria muito mais lógico o Nestor ter sido usado por ela para matar o seu abusador. Aliás, a ex-prostituta roubou a arma dele e o sujeito mais esperto da trama não descobriu? Ele nunca mais a procurou por qual motivo? E por que o casamento de Carolina tinha acabado? Uma cena longa de 'DR' (Discussão de Relacionamento) foi exibida e não teve explicação para o mais importante. Eles reataram? Dividiram o dinheiro da indenização? Nada foi dito. Ao menos a última cena, quando Carolina mergulhou no mar para limpar sua alma ao som de "Triste, Louca ou Má", cantada por Maria Gadú, merece elogios.
Já o desfecho de Geísa e Abílio foi pior ainda. A mãe de Sandra deu seu apartamento para o chefe do tráfico para que o pai de Renato conseguisse fugir do presídio (o sujeito foi preso por conta de uma armação de Nestor). E os dois foram embora de ônibus sem um tostão no bolso, mas felizes pelo amor que criaram um pelo outro. Não teve vingança alguma ou justiça. Para que gravaram aquele vídeo de Nestor transando com Carolina se não teve qualquer serventia? Assim como aconteceu com Carolina, a punição do algoz do casal foi realizada por outra pessoa, no caso Silvana, que esfaqueou o marido enquanto o asqueroso homem a estuprava. Uma morte muito 'simples' e rápida diante de todos os horrores que o vilão fez na série. E o que aconteceu depois? Só aparece a manchete no jornal impresso com a notícia de que a 'esposa matou o marido a sangue frio'. Sangue frio? Não foi comprovado que ela estava sendo violentada? Não foi feito nenhum exame? Ela foi parar na cadeia? O que aconteceu com a filha deles? Marco Ricca e Maria Padilha deram um show, mas foi outro desfecho que deixou a desejar e não teve nem a metade do impacto esperado.
O vigésimo oitavo episódio foi marcado pela conclusão da saga do casal Jordana e Milena, que foi formado após uma sucessão de situações absurdas. Portanto, a expectativa era bem baixa diante do conjunto da trama da aspirante a cantora. E realmente não houve nada de impactante ou surpreendente. As incongruências seguiram ali a ponto de Jayme desvendar que Milena foi a assassina de Egisto por conta de uma pulseira que ele lembrou que ela usava durante um encontro que teve com Jordana por cerca de um minuto. A empresária ainda levou o casaco em que Luara (Juliana Xavier) costurou cópias dos documentos que comprovavam seus crimes, após tê-la matado, para jogar no mar, ação que foi vista por Jayme. Não era mais fácil ter queimado o tecido em casa? E graças ao tio de Carolina que Jordana soube do crime de Milena. A última cena, em que Jordana viu Luara em um show de Milena, foi a comprovação derradeira da parceria das duas. Mas a milionária manteve o relacionamento com a cantora e fez uma cara de decepção para manter a dúvida no telespectador sobre o que aconteceu depois (se matou a namorada afogada ou se vai ficar sempre com medo de ser a próxima vítima).
"Justiça 2" foi uma série carregada pelo seu elenco repleto de talentos. Quase todos merecem aplausos e defenderam seus personagens com segurança. E no quesito entretenimento, a produção também prendeu até o final graças aos bons ganchos de Manuela Dias. Mas a autora pecou bastante no desenvolvimento de todas as histórias e muitas vezes subestimou a inteligência do público, o que afetou conjunto da obra e o resultado final, que se mostrou bem aquém da primeira temporada. Uma grande decepção.
Justiça (2ª Temporada)
3.5 63Elenco é o ponto alto de "Justiça 2"
A nova série da TV, escrita por Manuela Dias e baseada no mesmo formato e universo de "Justiça", exibida em 2016, apresenta quatro histórias fortes e com elementos que prendem a atenção do público. No entanto, há várias incongruências no roteiro que prejudicam a narrativa. Ainda assim, o conjunto desperta interesse por conta de um fator decisivo: o elenco escalado.
Os atores sustentam a história através de interpretações contundentes. A autora e o diretor, Gustavo Fernández, foram muito felizes na escolha do time de "Justiça 2" e em todas as cenas o êxito na escalação aflora. É até injusto citar um grande destaque porque a disputa é acirrada, inclusive entre os coadjuvantes e participações pontuais.
Entre os protagonistas, Belize Pombal, Alice Wegmann e Juan Paiva acabam sobressaindo por conta da dramaticidade de suas respectivas histórias, todas impregnadas de sofrimento por todos os lados, onde não há um respiro sequer.
Uma mulher presa por ter cometido um crime em legítima defesa, uma garota violentada pelo tio e um rapaz que foi parar na cadeia por conta de um reconhecimento facial racista. A narrativa do trio fica cada vez mais pesada com o passar dos episódios, o que vai exigindo uma entrega mais intensa doa atores, que correspondem integralmente.
Belize Pombal é uma força da natureza. Sua potência cênica é fascinante e seu trabalho irretocável ficou conhecido pelo grande público através da primeira fase do remake de "Renascer", onde emocionou na pele da também sofrida Quitéria, mãe de Maria Santa (Duda Santos). A atriz ganhou uma merecida protagonista na série e arrebata assim que surge em cena. A saga de Geiza é a pior de todas e as cenas dilaceram o telespectador. O olhar de profunda tristeza da personagem toca fundo em quem assiste e Belize fez uma dobradinha incrível com a igualmente talentosa Gi Fernandes, que viveu Sandra, a única filha daquela mulher. E o acontecimento trágico dessa trama proporcionou uma cena de elevado grau de dificuldade para a intérprete, que tirou de letra.
Alice Wegmann prova mais uma vez que está pronta para qualquer desafio, inclusive uma protagonista de novela, ainda que não esteja em seus planos por agora diante do seu envolvimento com tantos outros projetos. Carolina é uma mulher de olhar triste e distante por conta de tantos abusos sofridos ao longo da infância e adolescência. A prisão do abusador Jayme (Murilo Benício), durante sete anos, não provoca qualquer melhora em seu estado psicológico e sua soltura ocasiona uma piora ainda maior em sua vida. São cenas desconfortáveis e pesadas. A atriz está irretocável em cena e vale destacar seus momentos ao lado de Murilo Benício e Júlia Lemmertz, intérprete de Júlia, a mãe omissa e adoentada de Carolina.
Juan Paiva vem se destacando como João Pedro no remake de "Renascer" e ganhou mais um personagem sofredor em "Justiça 2", uma vez que Balthazar come o pão que o diabo amassou e está em uma situação muito pior que a do caçula de Zé Inocêncio (Marcos Palmeira) na novela das nove. Preso injustamente por sete anos, o motoboy não conseguiu se despedir da avó, que faleceu enquanto o neto estava na cadeia, e se viu sem o pouco que tinha quando saiu da prisão. O ator virou um 'expert' em interpretar tipos que não conseguem um segundo de paz e está ótimo na série. Aliás, em seu núcleo há outros talentos que precisam ser citados. Jéssica Marques merece elogios pela composição da íntegra Larissa, amor da vida do rapaz, assim como as participações de Dja Martins como a avó Regina e Amir Haddad como o Seu Galdino. E o que dizer sobre Marco Ricca e Maria Padilha?! O ator está magistral vivendo o violento e corrupto Nestor, um vilão maniqueísta digno de dramalhão mexicano. Já Maria faz muita falta na televisão e voltou com uma personagem que honra seu talento. A perua Silvana aparenta valer tão pouco quanto o seu marido, mas com o passar dos episódios vai ficando claro que é mais uma vítima do responsável por todos os males da história.
A saga de Milena (Nanda Costa) é a mais fraca da série e é impossível comprar qualquer narrativa em cima do que vai acontecendo com aquela protagonista, mas a química entre Nanda e Paolla Oliveira é incontestável e sempre é bom ver um casal homoafetivo sendo explorado sem a censura ainda tão presente na teledramaturgia da Globo. E Paolla interpreta uma personagem totalmente diferente de tudo o que já tinha feito na televisão. A poderosa empresária musical é uma psicopata que não pensou duas vezes antes de assassinar o meio irmão que conheceu no dia do velório de seu pai. A atriz está à vontade em cena. Vale elogiar também Marcello Novaes na pele do mau-caráter Egisto, assim como Teresa Seiblitz (mais uma figura que faz falta nas novelas) na pele de Silvana e Juliana Xavier como Luara.
E Leandra Leal é a única atriz que participou de "Justiça" há 8 anos e voltou como Kellen, a cafetina que acaba participante direta ou indiretamente de todas as histórias. Ela foi um dos grandes destaques da série original e não é diferente na continuação. Ainda mais solta em cena, a atriz faz uma dobradinha deliciosa com Fábio Lago, intérprete de Darlan, marido da personagem. Ainda é necessário mencionar todos os demais integrantes do elenco que se destacam, como Danton Mello interpretando um tipo que nunca tinha vivido antes na carreira. O metódico, introspectivo e depressivo Abílio é um perfil que muitos autores jamais direcionariam para o ator, que está seguro em cena. Rita Assemany (tia Ingrid), Giovanni Venturinni (Elias) e a participação visceral de Filipe Bragança no terceiro episódio (como Renato) também foram grandes acertos.
"Justiça 2" tem bastante problemas em seu desenvolvimento, mas o talento dos atores faz diferença. É o ponto alto da série.
Tulsa King 2 temporada
2Os detalhes da trama da 2ª temporada de Tulsa King estão envoltos em segredo, mas o final da 1ª temporada forneceu muitas dicas sobre para onde a história irá.
No final da 1ª temporada, Dwight (Sylvester Stallone)
e sua equipe derrotaram Waltrip e sua gangue de motoqueiros locais. Após a doce vitória, porém, Stacy Beale traiu Dwight e mandou prendê-lo durante os eventos do final.
Além da virada surpresa de Stacy, o Chickie (Domenick Lombardozzi) é outro inimigo à espreita nas sombras que pode ser empurrado para a frente na 2ª temporada.
Com base no final, a 2ª temporada provavelmente começará com Dwight na prisão. Apesar disso, dado que ele tem muitos inimigos do lado de fora que ele quer caçar, há uma boa chance de que ele escape da prisão.
Também é possível que ele possa fazer novas alianças dentro da prisão que poderiam ajudá-lo a escapar e derrubar seus inimigos do lado de fora.
Quanto ao vilão da 2ª temporada, o Chickie (Domenick Lombardozzi) pode se tornar uma nova ameaça que rivalizaria com Dwight, especialmente após sua jogada
chocante de matar seu pai para assumir seus negócios.
Embora Dwight ainda tenha problemas para resolver na 2ª temporada, a Paramount+ já deu a entender o potencial de ver spin-offs sob o guarda-chuva de Tulsa King.
Em entrevista ao IndieWire em janeiro de 2023, a diretora de programação da Paramount+, Tanya Giles, disse que o "enorme sucesso" de Tulsa King no streamer "abre possibilidades" de programas derivados:
"O enorme sucesso que tivemos com 'Tulsa King' e Sylvester Stallone abre possibilidades com Taylor Sheridan, que consistentemente sua mente trabalha em termos de universos e histórias de fundo, então acho que sempre há uma possibilidade de que haja mais nesse universo e mais nessa história. Mais por vir."
Massacre no Bairro Japonês
3.2 144 Assista AgoraDirigido por Mark L. Lester (de “Os Donos do Amanhã” e “Comando Para Matar”), Massacre no Bairro japonês é o típico filme de ação dos anos 80: violento, muitas explosões, certa nudez, tiroteios e cenas de artes marciais. Talvez uma das coisas mais interessantes do filme é ver a inversão de papéis: Dolph, um praticante de artes marciais, não oriental, inserido nos costumes japoneses e Lee como um chinês criado na América que nada conhece de seu país de origem, preso aos hábitos americanos e igualmente praticante de artes marciais desde pequeno.
Dolph Lundren era a estrela da produção e filmes com dupla de atores (Boddy-cop) combatendo o crime estava em moda: 48 Horas (1982); A Fúria do Protetor (1985); Máquina Mortífera (1987); Tocaia (1987); Tango & Cash (1989); O Último Boy Scout (1991); Bad Boys (1995); Seven (1995); A Hora do Rush (1998); Miami Vice (2006) ... apenas para citar alguns antes, durante e depois deste período. Logo, era interessante ter também uma dupla que levasse o público aos cinemas. E Brandon Lee (filho de Bruce Lee), que vinha surgindo, poderia ser um bom chamariz em seu primeiro filme americano. Não por acaso, o filme seguinte, do ator sueco, seria o sucesso “Soldado Universal” ao lado de outro astro que vinha com ótimos resultados: Jean Claude Van Damme.
“Massacre ..." se apresenta como um filme de altos e baixos, talvez pelos estúdios “Warner Bros", insatisfeitos com o resultado inicial, terem reduzido a sua metragem, de 90 minutos para 79 minutos, em uma tentativa de apresentar um filme com uma montagem rápida, dinâmica e com muita ação. Situação que levou o diretor Mark L. Lester, depois de ficar desapontado com o estúdio, a começar a financiar e vender seus próprios filmes para mantê-los sob controle. O rascunho original, inclusive, teria mais seriedade e menos o tom irônico apresentado em tela. Talvez hoje, após o termos assistido “O Corvo” e “Rajada de Fogo”, nos venha a pergunta do porquê Brandon aceitou fazer o papel de um policial fanfarão, sempre com piadas prontas e parecendo extremamente ingênuo.
A melhor resposta era que Brandon não era ainda uma estrela na América e Dolph estava em franca ascensão. Mas quando o assunto é lutas a dupla não decepciona, pois há no elenco muitos outros atores que realmente dominam artes marciais e volta e meia frequentavam diversos filmes de ação dos anos 80 e 90 como Al Leong (Garantia de Morte), James Lew (A Arma Perfeita), George Cheung (Rambo II) e outros atores que também apareceriam em filmes do gênero como Branscombe Richmond (Difícil de Matar)
Quanto ao elenco, Dolph esteve mais solto neste filme e fez aquilo que se tornou sua especialidade: ser o “exército de um só homem” contra as forças do mal, atuando aqui como um “samurai americano” (os filmes de ninja e samurais também iam bem) a combater o crime. Brandon Lee faleceria precocemente, dois anos depois, durante as gravações de “O Corvo” (1994) e, apesar de aceitar um papel que funcionaria como a parte cômica da dupla, penso que foi prejudicado.
Se o filme tivesse seguido o planejamento inicial, e fosse mais sério, com certeza, veríamos uma grande atuação e um filme muito melhor elaborado. Ainda assim, como já citado, nas cenas de luta, Brandon mostrou-se muito bem, mas o seu potencial seria revelado em seu último filme "O corvo" que certamente daria uma guinada em sua carreira.
A havaiana Tia Carrere, emprestou sua beleza exótica (todas as suas cenas de nudez foram feitas por uma dublê de corpo) à personagem da cantora da boate de Yoshido, em uma atuação bem sóbria.
Cary-Hiroyuki Tagawa entregou o vilão que o filme precisava com uma atuação bem intensa. Ainda a lembrar: a atriz Renee Allman, em rápida aparição, como a mulher morta pelo vilão, e Nathan Jung (1946–2021) outro que participou de vários filmes famosos nos anos 80 /90 e que poderá ser lembrado como um dos lutadores de Kendo que enfrenta “O Homem- Aranha” no filme de 1977.
Massacre no Bairro Japonês colheu boas críticas ao apresentar um misto de comédia com ação. Ainda hoje pode ser visto como um filme violento, repleto de diálogos rasos, mas cuja intenção sempre foi se apresentar como um passatempo rápido, rentável e divertido. Pode ser visto, com alguma regularidade, nos canais a cabo.
Com pipoca e refrigerante flui muito bem, e você consegue se divertir vendo o filme.
X-Men '97 (1ª Temporada)
4.5 195 Assista AgoraX-Men 97 | Episódio 08 - Crítica, comentários e easter eggs
X-Men 97 se tornou a melhor adaptação já feita dos filhos do átomo.
No 8º episódio, Ciclope tenta estreitar os laços com seu filho, enquanto os X-Men são surpreendidos por Bastion e sua Operação Tolerância Zero.
Cable conta para os X-Men que o massacre em Genosha perpetrado por Bastion criou um ponto absoluto no tempo, que não pode ser alterado.
Com apoio do governo, Bastion usou o mesmo vírus techno orgânico que infectou Cable, para criar uma nova raça de super sentinelas. Seres híbridos capazes de se reproduzir.
A cena, extremamente reveladora, conta com as rápidas aparições de Polaris (a filha de Magneto) e Rachel Summers (filha de Ciclope e Jean Grey de uma outra realidade).
E não para por ai, o Fera faz uma referência aos místicos do Kamar-Taj e Morfo faz uma divertida piada, alfinetando os roteiristas que insistem em criar futuros distópicos onde Wolverine é sempre o único sobrevivente.
Na televisão podemos ver William Stryker, falando sobre a inevitável guerra entre humanos e mutantes. Mas o Stryker que aparece não é do cinema, mas a versão dos quadrinhos da clássica história "Deus ama, o homem mata".
Nela, o reverendo William Stryker é um fanático religioso com histórico militar. Seu ódio pelos mutantes é tão grande, que ele foi capaz de matar a esposa e seu filho mutante imediatamente após o nascimento.
Como sempre, vale destacar o desenvolvimentos dos personagens. Noturno tem uma linda cena com Jean Grey, demonstrando toda empatia do mundo por Madeline Pryor, e acolhendo a Garota Marvel sem julgamentos.
"Sangue é sangue, família é uma escolha."
Logo adiante, na cena em que Valerie Cooper confronta o Sr. Sinistro, ela, de forma bem oportuna, chama o maligno geneticista de Dr. Mengele.
Josef Mengele, chamado de o "Anjo da Morte" foi um médico alemão no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, que foi responsável pelas vítimas mortas nas câmaras de gás.
Ele também realizou milhares de experimentos desumanos que levaram a um numero desconhecido de mortes.
Depois da guerra, o anjo da morte fugiu para a América do Sul, e se escondeu um bom tempo no Brazil.
Com uma narrativa bastante dinâmica, acompanhamos Ciclope, Jean Gray e Cable até Pittsburgh, atrás de uma pista que os leva até a casa onde Bastion cresceu.
É revelado que o pai de Bastion foi infectado por Nimrod, fazendo de Bastion um descendente direto de cada Sentinela.
De quebra, temos dois easter eggs, um panfleto da Stark Expo, e um boneco do Homem Máquina, muito sugestivo.
Após descobrir que o plano de Bastion, consiste no extermínio de toda raça mutante, através do uso de seres humanos transformados em super sentinelas, Valerie Cooper fica cara a cara com o vilão e com um Magneto acorrentado, subjugado mais uma vez.
Em uma espécie de videoconferência, somos surpreendidos de novo, pelas participações do Dr. Destino e do Barão Zemo.
É interessante notar que Destino não concorda com os "crimes de guerra", mas apoia e compactua com as decisões de Bastion. Talvez pela Latvéria, talvez para no momento oportuno, usurpar o poder para si mesmo.
Corroída pela culpa, e pelo futuro sombrio que ajudou a construir, Valerie Cooper protagoniza um dos melhores momentos do show, ela liberta Magneto e confronta Bastion e Sinistro.
Dizendo que sentiu muitas coisas em Genosha, mas a mais estranho de tudo, era a sensação de déjà vu, porque sempre acabamos no mesmo lugar horrível. Magneto nos conhece melhor do que Charles, a coisa mais assustadora sobre Genosha não foram as mortes, mas a constatação de que Magneto estava certo.
Que cena memorável, esse pensamento permeia não apenas a mente de Valerie, mas a mente de todos os espectadores do show.
Outra coisa que impressiona são as cenas de ação, todas elas são incríveis, mas nenhuma se compara ao show dado por Wolverine e Noturno.
Os fãs ganham nove motivos para literalmente surtar. Além do elegante balé mortal, apresentado pelo "Elfo" (no melhor estilo Errol Flynn), podemos ver o velho carcaju fatiando, picotando e transformando os super sentinelas em picadinhos.
A cereja do bolo, é você literalmente ser teletransportado junto com Noturno e Wolverine para fora da mansão. A visão de câmera te joga pra dentro da aventura.
Uma vez em liberdade, Magneto vai até o polo norte, para emitir um enorme pulso eletromagnético, desligando toda eletricidade do planeta, desativando todos os Super Sentinelas e criando um mundo de trevas.
A onda eletromagnética chama a atenção do Homem-Aranha, do Samurai de Prata, além de colocar um fim na hibernação do Ômega Vermelho. Que f0d@.
O ato de Magneto irá soar como uma declaração de guerra.
A escola destruída é uma metáfora para o sonho de Xavier em ruínas.
Perto do final da temporada, fica claro que Beau De Mayo tinha a série nas mãos, um maestro regendo uma grande orquestra, onde tudo funciona de forma coesa, precisa e metódica.
São os X-Men na sua forma mais brilhante, mais fabulosa, mais necessária. Poesia em forma de resistência.
Será que os eventos finais, podem colocar os X-Men em confronto direto com os poderosos Vingadores?
Tudo pode acontecer, o fim está próximo e parece inevitável.
Definitivamente X-Men 97 está fazendo história.
O sétimo episódio da série é magnifico, extremamente bem roteirizado e repleto de momentos emocionantes.
Em "Olhos Brilhantes" acompanhamos o funeral de Gambit após sua surpreendente morte em Genosha. As palavras de Kurt, realmente me fizeram chorar.
"Todo jogador tem um sinal quando blefa, o do Gambit, era a modéstia."
Enquanto isso, Vampira tem que lidar com a perda de seu grande amor, ao mesmo tempo que parte em uma caçada alucinante, para descobrir quem está por trás do massacre mutante, com direito a uma rápida participação do velho trovão, Thunderbolt Ross, e do Capitão América, que a exemplo de Vampira, também procura por respostas.
Imagino que o Capitão Rogers esteja procurando seu escudo, até agora.
A série continua investindo pesado no desenvolvimento de seus personagens.
Jubileu e Mancha Solar, protagonizam uma esclarecedora cena com a mãe de Roberto daCosta.
Roberto decide que chegou a hora de revelar para sua mãe que ele é um mutante. Inicialmente a mãe de Roberto reage bem, mas será que ela está disposta a enfrentar ao lado de seu filho, a sociedade, a família...o mundo?
Uma ótima analogia a situações recorrentes vividas por inúmeras pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Dificilmente elas são acolhidas plenamente pelos pais, são na maioria das vezes expulsas de casa. O restante, a exemplo de Roberto, são apenas toleradas.
No México, em meio as comemorações do "Dia de Los Muertos" Vampira finalmente tem tempo para sentir a morte de Gambit. Que cena forte e comovente, repleta de conteúdo emocional. Foi aqui que eu chorei de novo.
Depois de uma impressionante e inacreditável morte por esganadura (é, mortes estão frequentes na animação), o verdadeiro vilão é finalmente é revelado.
Quem foi o responsável pelo massacre em Genosha, quem estava puxando as cordas...
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Bastion.
Mas afinal de contas, quem é Bastion?
Bastion é a combinação mortal do Molde Mestre com Nimrod, o sentinela do Futuro.
Nos quadrinhos, o Molde Mestre absorveu os sistemas de um Sentinela imensamente poderoso que veio do futuro, Nimrod. Criando um ser híbrido que acabou se tornando Bastion.
A existência de Bastion cria um loop paradoxal.
Nimrod, o sentinela do futuro, é o responsável por sua própria criação.
Ele cria Bastion no presente, que será o responsável por sua criação no futuro.
Cable muito provavelmente está tentando quebrar esse loop.
Bastion cria então, os Prime Sentinelas, humanos aperfeiçoados com nanotecnologia.
Como vimos acontecer com Bolivar Trask nesse episódio.
A cena em questão, exemplifica os reais motivos que causaram a demissão de Beau De Mayo.
Do alto do prédio, prestes a saltar para a morte, Trask é chamada de Oppenheimer por Morfo. A comparação de Trask, com o monstro que criou a bomba atômica (que os americanos tentam humanizar a todo custo) é bastante interessante.
Principalmente quando notamos que Trask, teve mais dignidade que Oppenheimer. Trask não conseguiu viver com as mortes que causou, ela sabia o monstro que havia se tornado. Já Oppenheimer...
Cada episódio tem a estrutura de um filme, e o terceiro ato não podia ser mais espetacular.
Os X-Men enfrentando uma nova espécie de super sentinela humano. Um show em cenas de ação, com direito a um inesperado e comovente reencontro.
Um episódio excelente, que termina com grandes revelações, uma incrível demonstração de poder e acena para um futuro sombrio e mortal para todos os mutantes.
Nós não estamos preparados para o que está por vir.
X-Men 97 | Episódio 06 - Crítica
O ótimo sexto episódio de X-Men 97, já começa com
as ausências de Magneto e Gambit na abertura, deixando claro que a morte dos dois personagens é uma realidade.
Esse gosto amargo na boca é amenizado por alguns milésimos de segundo, quando somos surpreendidos com a inclusão do Noturno na abertura.
Nada mais justo que Kurt Wagner, um dos X-Men mais populares entre os fãs, faça parte da equipe principal. "Elfo" (como é chamado carinhosamente pelo Wolverine) jamais poderia ter ficado de fora da série animada original.
"Morte em Vida" parte: 2, começa como uma verdadeira Guerra nas Estrelas entre os impérios, Kree e Shi'ar.
De cara somos presenteados com a participação da Guarda Imperial Shi'ar, principalmente pela presença do Gladiador, personagem que possui todos os poderes do Superman.
O poderoso Ronan, o acusador (de Guardiões da Galáxia), e seu poderoso exercito Kree, não tiveram a menor chance contra Rapina (irmã de Lilandra) e a Guarda Imperial.
Uma cena empolgante e divertida, que explora as incontáveis possibilidades cósmicas do universo X-Men.
Após descobrir que Lilandra pretende se casar com Charles Xavier, Rapina invoca um antigo ritual Shi'ar, com o intuito de apagar parte das memórias de Xavier, fazendo-o esquecer de seu período na terra.
Mais uma vez o desenvolvimento dos personagens é perfeito.
A exemplo de Scott e Jean, Xavier precisa decidir que caminho seguir, qual será sua prioridade. O romance com Lilandra, ou seu dever com os X-Men?
Mas talvez a melhor cena do episódio, pode ter passado despercebido por muita gente.
Xavier e o Superm..., quer dizer o Gladiador, estão conversando diante das estatuas dos deuses de Shi'ar, a conversa que no inicio é sobre arte, transcende para algo muito maior.
O Gladiador tenta justificar o sistema de colonização espacial Shi'ar, dizendo que conectar várias culturas em uma, é uma coisa boa, para manter a paz e a harmonia nas galáxias.
Xavier rebate dizendo que isso soou muito Rudyard Kipling.
Rudyard Kipling foi um escritor e poeta inglês descrito por muitos como um representante do imperialismo britânico, um colonialista, moralmente insensível e repugnante.
Seu poema mais controverso "O fardo do homem branco", defende o colonialismo e retrata inúmeras outras raças como inferiores.
Quando o Gladiador, quer dizer o "Super-Homem" pergunta quem foi Kipling?
Xavier responde:
"Ele foi um homem que possuía vários fardos, mas nenhum deles era real."
Ver o Professor X comparando o Gladiador, ou melhor, o Superman, com Kipling, um dos símbolos do imperialismo, não tem preço.
Consegue entender agora, porque Beau DeMayo foi demitido?
Bob Iger e a Disney não querem esse tipo de mensagem, de militância, preferem entretenimento por entretenimento, simples e burro.
Após se recusar a renunciar suas memórias, o Professor X se vê obrigado a entrar em confronto direto com Rapina, que tenta dar um golpe de estado confrontando a Guarda Imperial Shi'ar.
Xavier usa então seu maior poder, o de ensinar.
O professor X leva todos (inclusive o Gladiador) para o plano astral, onde dentro de uma sala de aula, ele pretende educa-los sobre a coexistência pacifica.
O Home de Aço não teria a menos chance contra o maior telepata da terra.
Xavier dá uma aula sobre o terror da colonização, sobre como o império Shi'ar é um esquema fraudulento, que destrói culturas mais novas, impedindo-as de se desenvolver.
Ele termina dizendo que o universo é muito antigo, e que nós, somos muito jovens, nascidos da poeira estelar, todos...filhos do átomo.
Enquanto isso, Tempestade vai a procura de um raro cacto, para curar a ferida no ombro de Forge, mordido pela entidade conhecida como...o adversário.
O Adversário é uma manifestação dos medos e dúvidas da Tempestade, um demônio que se alimenta do medo e da insegurança.
Ele é derrotado quando Tempestade aceita seu papel como mutante e como uma X-Men.
Muito do vemos ali, é de forma metafórica. Tempestade, após derrotar seus medos, emerge como uma nova pessoa, por isso o uniforme clássico surge do nada.
Vale lembrar que a maravilhosa cena de voo de Ororo no deserto, é uma clara referência a primeira cena de voo do Superman, em Homem de Aço.
Ao final do episódio, descobrimos aparentemente quem foi o responsável pelo massacre de Genosha.
Mas será que não existe algo ainda mais "sinistro" por trás de tudo?
X-Men 97 - Crítica do espetacular 5º episódio
"Foi causado por testes atômicos, ou foi a própria natureza que decidiu mudar a raça humana?"
Com esses questionamentos feitos pela repórter de TV Trish Tilby, (a eterna namorada do fera) começa "Lembre-se disso" o espetacular 5º episódio de X-Men 97.
Ouso falar que esse episódio não é apenas o melhor episódio da série até agora, mas um dos melhores episódios de uma série animada de todos os tempos.
A primeira metade do episódio é usada para o desenvolvimento de seus personagens e suas relações interpessoais.
Trish Tilby, comanda uma série de entrevistas na mansão X, por conta da inacreditável resolução da ONU de reconhecer a soberania de Genosha.
Enquanto isso, Magneto, Gambit e Vampira, viajam para a "ilha mutante" para um gigantesco evento comemorativo, nos mesmos moldes do Hellfire Gala. (os atuais fãs dos quadrinhos dos X-Men, devem ter surtado).
As referências a "era Krakoana" não param por ai, Genosha é governado por um conselho formado por: Sebastian Shaw, Emma Frost, Dra. Moira MacTaggert, Sean Cassidy e Madelyne Pryor, muito parecido com o modelo socialista, usado pelos moradores da ilha viva Krakoa.
Quanto ao desenvolvimento de personagens, ele é extremamente bem feito.
Enquanto Ciclope desabafa em frente as câmeras de TV, sobre a ingratidão dos ditos normais, o clássico triangulo amoroso dos X-Men finalmente ganha destaque.
Em meio as lembranças do passado, Jean beija Logan, que a exemplo dos quadrinhos, quebra o momento, lembrando os dois das "regras", que Jean aparentemente esqueceu, como ele bem diz, por alguns segundos.
Sempre foi assim, Logan sempre respeitou o relacionamento de Jean e Scott.
Falando ainda de Ciclope, finalmente podemos ver Scott, sofrendo e refletindo sobre o destino do pequeno Cable, e pelo fim de seu relacionamento com Madelyne Pryor.
As consequências desse fatos foram totalmente ignoradas no 3º episódio.
Vampira conta para Gambit que viveu um romance com Magneto no passado. O relacionamento de Vampira e magneto na Terra Selvagem, agora também é cânone na animação.
O roteiro aborda temas extremamente adultos, que enriquecem e aumentam a qualidade do show. Após inúmeros corações partidos, e uma rápida aparição do Vigia, tudo se encaminha para um final esperançoso para a raça mutante.
Porém, o que se vê é destruição, caos e morte.
Genosha é atacada por um novo tipo de Molde Mestre Sentinela, muito mais poderoso que os anteriores.
Vários mortos, vários feridos, vários sonhos destruídos.
Medo e insegurança é tudo que resta para os mutantes.
Incríveis cenas de ação, intercalam com momentos inacreditáveis e muito bem construidos. Perdas irreparáveis, que vão mudar o status quo da produção.
O que parecia ser um episódio de relacionamentos interpessoais, se transforma em um pesadelo de morte, desespero e destruição.
Gambit tem seus melhores momentos de todos os tempos, ele nunca foi tão heroico, tão legal, tão f0d@stico, tão...mortal.
Os momentos finais te deixam sem ar, sem palavras, você literalmente fica sem respirar por alguns segundos.
"O nome é Gambit, mon ami. Lembre-se disso."
A música final, em tom fúnebre, é de cortar o coração.
A abertura do próximo episódio deve revelar quem realmente morreu de verdade.
Fica a pergunta:
Quem organizou o ataque a Genosha?
Jean e Madelyne sofreram ataques psíquicos durante todo tempo.
O responsável pelo ataque tem que ser um telepata, tão poderoso quanto Xavier.
Só pode ser a irmã maligna de Charles, Cassandra Nova.
Nos quadrinhos, Cassandra usou um exército de Sentinelas para destruir Genosha, na tentativa de exterminar todos os mutantes.
Um episódio adulto, que mostra todo o potencial desses personagens. Que eleva o crivo das animações para outro patamar.
O que será de nós e de X-Men 97, sem seu produtor e roteirista, Beau DeMayo, que foi demitido da Marvel às vésperas da estreia do show.
Aconteceu de tudo em "Fogo Encarnado", o 3º episódio de X-Men 97.
Com a chegada de uma "sósia" de Jean Grey, os filhos do átomo precisam descobrir quem é a verdadeira Garota Marvel e quem é a impostora.
Após surpreendentes revelações, o episódio vira um verdadeiro conto de terror, a voz do Sr. Sinistro projetada através da babá eletrônica é horripilante.
O que vemos a partir dai, é o que existe de melhor no universo mutante.
Recortes da origem de Madelyne Pryor nos quadrinhos, se entrelaçam com a saga Inferno, proporcionando um episódio dinâmico, divertido e surpreendentemente aterrorizante.
Nos quadrinhos, Madelyne Pryor era inicialmente uma sósia de Jean Grey, que acabou se tornando um clone, por decisão dos executivos da editora, que resolveram trazer Jean Grey de volta, para fazer parte do X_Factor.
Durante a saga Inferno Madelyne fez um pacto com um demônio e foi transformada na Rainha dos Duendes.
Inferno foi uma saga dos anos 90 que reuniu várias equipes mutantes. Dois demônios do limbo pretendiam usar os poderes de Illyana Rasputin, para abrir uma passagem entre a terra e o inferno.
A cena em que os X-Men são tentados no inferno é espetacular, repleta de momentos icônicos dos quadrinhos.
Culminando em confrontos extremamente empolgantes.
Magneto contra Jean Gray, mutante ômega contra mutante ômega.
Mas nada te prepara para o confronto entre a Rainha dos Duendes, a fúria forjada em puro enxofre, contra Jean Grey, o poder encarnado de quem já possuiu o fogo da Fenix.
Um incrível duelo mental, que literalmente humilhou o embate entre Xavier e Wanda no Multiverso da Loucura.
Como nem tudo são flores...
A forma como Ciclope lida com Madelyne no final do episódio, fugindo de suas responsabilidades e deixando toda difícil decisão nos ombros de sua nova mulher, é no mínimo, sem sentido.
Por não suportar abandonar seu filho, ciclope abandona o filho e a antiga esposa.
Scott deveria estar ao lado de Jean nos dois momentos, na despedida do pequeno Cable, enviado para o futuro, e na partida de Madelyne Pryor, mãe de seu filho e parte integrante dos X-Men durante muito tempo.
Ciclope pagou de pai brasileiro, não quis assumir nenhum dos B.O.s.
No país, 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas, e 90% delas são negras.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraUma das melhores minissérie já feitas - 📺
Uma história não linear, contada da frente pra trás, de acordo com o desenrolar das situações, é montada em oito episódios que precisam necessariamente ser visto em ordem cronológica, correndo o risco de não ser compreendida caso isso não seja respeitado. Tudo porque a história é centrada no Departamento de Polícia de Louisiana, onde dois detetives investigam o assassinato covarde da prostituta Dora Lange, cujo corpo é encontrado em uma posição de reza, com uma galhada de veado na cabeça e cercado de objetos que se assemelham à cultura cajum (bastante popular na região sul do Mississipi), o que poderia evidenciar alguma espécie de ritual ou crime religioso. A partir daí, a história vai sendo desvendada, com lapsos confusos que depois se encaixam como peças de um quebra-cabeças bastante elaborado.
Encabeçando a investigação, Rustin “Rast” Chole (Matthew McConaughhey, em mais uma atuação excelente no seu currículo) e Martin “Marty” Hart (Woody Harrelson, que parece ter nascido para esses papeis sombrios de trama no interior do país e tem muita cara de policial), dois policiais que investigaram o caso, em 1995, mas que, dezessete anos depois, precisam revisitar a história por conta de outros crimes semelhantes que voltam a acontecer. Só que, quase duas décadas depois, a vida pessoal e os passados de cada um começam a cobrar o preço da negligência que ambos tiveram por conta do trabalho exigente.
De uma forma geral, a trama da primeira temporada de ‘True Detective’ não é exatamente original, porém o seu diferencial reside na forma fantástica como a história é contada.
Desde a primeira cena, em que vemos uma queimada no matagal e em primeiro plano temos o longo e tristíssimo rio Mississipi, com uma paleta de cores escuras, do azul para o preto, contrastando com o amarelo alaranjado do fogo, para, duas cenas depois, sermos jogados em plena manhã seca e calorosa do delta, e observamos os dois investigadores se dirigirem para a cena do crime; em que a textura da plantação que definha sem água e a umidade sufocante do calor parecem saltar da tela, causando falta de ar no espectador. Ou ainda, a forma como a história foi recortada para ir sendo esclarecida pelos próprios personagens, a medida em que eles mesmos descobrem as novas pistas.
Tudo isso é corroborado por um clima noir que conduz a trama num misto de suspense e misticismo, que é exatamente a ambientação que se tem de um Mississipi desconhecido e isolado, palco de muitas lutas e injustiças.
Como fio condutor, a música tema ‘Far from any road’, cantada por The Handsome Family, que dá aquela sensação de marasmo mas que ao mesmo tempo parece que alguma coisa terrível está prestes a acontecer a cada instante. A trilha sonora é toda nesse estilo, e ajuda a criar uma atmosfera ainda mais imersiva na série.
True Detective é uma série fascinante, densa, claustrofóbica, que vai aumentando a tensão a cada episódio.
Com atuações brilhantes e uma história inquietante, torna-se uma série obrigatória para que curte, produções de investigações polícias e serial Killers.
Preferi não contar nenhum spoiler, para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu.
Sob Pressão (5ª Temporada)
4.5 35"As pessoas não são número, Décio"
"Você acha que eu não me preocupo? O problema é muito maior, Vera. Pra fila andar, saúde tinha que ser prioridade do governo, mas... infelizmente não é"
"Eu não acho justo
Eu já tinha falado isso aqui antes, mas vou repetir: Antes de ser uma série sobre medicina, Sob Pressão é uma série sobre política pública e corrupção. É o retrato (quase) perfeito da saúde pública no Brasil.
Ao longo das cinco temporadas, "Sob Pressão" se tornou uma série reconhecida em diversos lugares do mundo. Elogiada pelo público e pela crítica, a narrativa da obra ganhou notoriedade internacional logo na primeira temporada, sendo exibida em festivais como Berlinale (Berlim), e TIFF (Toronto). Desde então, a série vem conquistando reconhecimento: ganhou quatro prêmios no "31st Festival International de Programmes Audivisuels (2018), em Biarritz, nna França; melhor série; melhor interpretação feminina e masculina (para Marjorie Estiano e Julio Andrade, respectivamente); e melhor roteiro. Em 2019, Marjorie Estiano foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz por seu trabalho na segunda temporada. Na Argentina, a série estreou na Telefe em janeiro de 2019 e consagrou-se entre os programas mais assistidos da TV Aberta. "Sob Pressão" foi exibida também em Portugal, no canal Globo, e, além da Argentina, já foi licenciada para mais de 70 paíeses como Itália, Emirados Árabes, Catar, Egito, Equador, entre outros, e é hoje uma das séries mais vendidas da Globo.
O Último Guerreiro das Estrelas
3.5 103 Assista AgoraO Último guerreiro das estrelas. ( 1984 )
Filme com sabor de nostalgia!
Anos 80's.
Os melhores anos da minha vida.
Fui feliz!
Fomos Felizes!
Minha geração foi feliz!
Não há como descrever os anos 80's.
Nossos amigos verdadeiros, queridos amigos, as bandas, os cantores, as músicas, as festas, os bailes que íamos, as meninas, que sentíamos a maior vergonha em começar uma conversa...
Foi maravilhoso viver tempos mais românticos.
As pessoas tinham mais simplicidade.
Nossos amigos queridos.
O respeito que tínhamos com nossos pais.
E assistir esse filme, depois de mais de 30 anos do seu lançamento, é indescritível.
Como foi bom descobrir esse canal.
Com um filme da minha adolescência.
Gratidão.
Valeu pessoas.
O Véu
3.5 7A minissérie O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss.
“O Véu”, a nova série de Steven Knight, criador do sucesso “Peaky Blidenrs”, estreou no Star+. Dois episódios da produção já estão disponíveis. Ao todo são seis, que serão lançados semanalmente.
Primeiras Impressões:
É curioso notar que os projetos que a atriz Elisabeth Moss atua (e produz) têm sempre a mesma pegada, o mesmo tópico de discussão e órbita no mesmo tema, onde no caso do seriado O Véu (The Veil, 2024) não é diferente.
Na TV, seja com The Handmaid’s Tale ou Iluminadas, ou no cinema com O Homem Invisível, os projetos de Moss sempre tem um toque feminista, onde a atriz personifica personagens de mulheres contra o patriarcado, ou mulheres que sofreram e viveram relações abusivas com homens e isso tudo acaba por fazer parte da narrativa de uma forma ou de outra. E mesmo que em alguns, essa questão possa não ser o que representa o projeto em sua totalidade, fica claro que esses temas estão lá presentes de qualquer forma.
E O Véu tem isso em sua história e com essa personagem que Moss apresenta aqui. E talvez, o seriado que mais se aproxima do que O Véu apresenta nesses primeiros episódios, seja o drama Homeland, estrelado por Claire Danes, que durou 8 temporadas, e que marcou época por ser uma atração que colocava uma agente governamental à frente de diversas missões de espionagem.
Claro, no começo isso, não foi assim, mas começo de O Véu segue com a mesma narrativa, onde aqui o que temos são duas personagens, mulheres, num jogo de gato e rato, igual foi com Homeland no seu começo. Quem fala a verdade? E é esse o sentimento que essa nova série me passou nesse começo, nesses 2 primeiros episódios.
O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss. Afinal, a vencedora do Emmy aqui interpreta uma espiã que assume vários nomes e identidades (no começo ela é Portia) e que aqui vamos chamar de Imogen Salter. E num mundo globalizado, super tecnológico, cheio de drones, e dispositivos que só vemos em filmes de Bond, O Véu coloca essa espiã interpretada por Moss para fazer um trabalho que depende extremamente do contato humano. Nada de algoritmos, nada de informações vinda de softwares, análises de redes sociais. A agente Salter precisa descobrir, munida de sua intuição e seu felling da situação, se a refugiada Adilah El Idrissi (Yumna Marwan, muito boa) é apenas uma mãe separada da sua filha que vive na França ou se ela é a número 2 de uma organização terrorista que planeja um grande atentado no Ocidente nos próximos meses.
Assim, O Véu trabalha nesse jogo de ambiguidade, de mentiras e traições, enquanto Salter ajuda El Idrissi a sair de um campo de refugiados rumo à Turquia. Mas é claro que a agência governamental de espionagem francesa está de olho nelas, a agência de inteligência britânica também, e é claro que a CIA americana também, onde depois que chegam em Istambul o destino final dessas duas mulheres é a França.
O seriado então se preocupa em mostrar os diversos lados da comunidade de inteligência tentando reunir provas sobre a identidade da fugitiva. Do agente francês Malik Amar que tem um envolvimento pessoal com Salter, até mesmo o agente americano Max Peterson que está ali para assumir a operação, todos eles estão do outro lado do mundo, enquanto Salter atravessa as regiões mais perigosas do mundo ao lado de El Idrissi, e no final toma para si as rédeas da missão.
O mais interessante desse começo é ver o intrincado jogo de gato e rato que as duas jogam, na medida que o roteiro da atração coloca essas personagens contradizendo tudo que nós os espectadores sabemos delas. Em um dos momentos, Salter diz para El Idrissi
que não tem filhos, mas vemos nos flashbacks que a personagem teve uma filha.
E tanto Moss quanto Marvan estão tão bem aqui, afinal, as duas balanceam qual das duas personagem está no controle da situação em determinado momento e quando um novo pedaço de informação chega (às vezes descobrimos as coisas antes das personagens) você começa a questionar tudo que já viu na tentativa de solucionar esse mistério antes que a série.
Será que o passado de Salter,
com os flashbacks sobre um homem mais velho, uma criança, e uma propriedade rural,
Será que ela vai conseguir respostas?
Será que Yuman diz a verdade?
Ou existe alguma coisa maior por trás e envolvida?
A série dá pistas, e também, sempre surge com novas perguntas, e nos deixa com a pulga atrás da orelha sempre que alguma coisa nova é introduzida.
E na medida que tentamos descobrir e saber o que está acontecendo, ajuda quando temos as paisagens das cidades como Paris e Istambul de plano de fundo. O único perigo de O Véu é na hora que o pano for levantado, as perguntas terem sido mais interessantes do que as respostas.
Vamos saber nos próximos capítulos.
O Véu
3.5 7'O véu', com Elisabeth Moss, é genérico de 'Homeland'. Vale assistir?
Lançada na última semana pelo Star+, “O véu” não é “Homeland”, mas parece muito. A ação se desenrola na complicada geopolítica do Oriente Médio. A protagonista, interpretada por Elisabeth Moss (também produtora da série), é uma agente secreta. A trama mistura espionagem, suspense, cenários que variam entre Istambul, Paris e um campo de refugiados nas montanhas geladas entre a Síria e a Turquia. E há dúvidas acerca da orientação ideológica e moral de personagens centrais.
A produção é uma legítima representante da deliciosa categoria “é ruim, mas é boa”. A julgar pelos dois primeiros episódios disponíveis na plataforma — serão seis, um inédito por semana — veremos mais do mesmo. Mas com um lado bom: “o mesmo” a que me refiro é aquele compilado de ingredientes que o público adora. Quem estiver com saudade do gênero não vai se decepcionar.
Elisabeth Moss vive Imogen*, nome fantasia de uma britânica a serviço da agência de inteligência francesa, a DGSE. Nas primeiras cenas entendemos que ela é um poço de autoestima, dona de uma intuição imbatível e de um currículo de sucessos. Sua extrema autoconfiança é motivo de uma certa pose e faz com que não obedeça ordens superiores.
Sua missão é descobrir se uma mulher que surgiu num campo de refugiados sírio dizendo se chamar Adilah é ou não uma chefona do Estado Islâmico. Em caso afirmativo, trata-se da terrorista “mais procurada do mundo”.
Imogen tira Adilah do campo e viaja com ela de carro, aparentemente salvando-a de ser atacada por refugiadas que a teriam reconhecido.
Nessa jornada, conversando com a moça, busca descobrir a verdade. A estrada é longa e acidentada, como pede uma boa aventura.
Há dois núcleos preponderantes: o da viagem da dupla e o da agência, em Paris, onde os personagens vivem outros conflitos. Os americanos também querem capturar Adilah e Max (Josh Charles, de “The good wife”) é um agente da CIA que chega à França para uma operação teoricamente conjunta com a França, mas cheia de rivalidade.
Vale abrir um parágrafo para falar de Elisabeth Moss. É uma atriz premiada com Emmys e Globos de Ouro. Em “Mad men”, brilhou. Em “The Handmaid’s tale”, como a protagonista, idem. Aqui, contudo, num papel até menos desafiador, ela não consegue imprimir uma marca pessoal. Repete os olhares atravessados de June e lembra muito a Carrie de “Homeland” (Claire Danes). Uma pena.
“O véu” congrega os bons ingredientes de “Homeland”, de “24 horas” e de outros congêneres famosos. A soma de truques de roteiro ganha o reforço da direção, que capricha na eletricidade e na trilha, marcando o suspense. Porém, não vemos o frescor dessas produções citadas acima.
Sabendo disso, recomendo que o leitor deixe o preconceito de lado e se entregue ao bom entretenimento. Só assim mesmo.
* Da série de nomes femininos: "Usaria se não fosse lusófono", apresento-vos Imogen. Um nome relativamente conhecido no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mas que, na minha perspetiva, é desconhecido aos olhos dos portugueses e dos brasileiros. Este nome chegou até mim através de uma personagem de um livro da autora britânica Dorothy Koomson, Os Aromas do Amor, que me cativou imenso e me despertou especial curiosidade, tanto, que até hoje não me esqueci do seu nome, nem da sua história.
Imogen foi usado pela primeira vez numa princesa, personagem da peça Cimbolino (Cymboline) de Shakespeare em 1609. Este, baseou-se numa personagem lendária denominada Innogen, porém, cúmulo dos cúmulos, este nome foi impresso incorretamente e nunca mais foi corrigido, Imogen então ficou. Innogen por sua vez deriva provavelmente do gaélico inghean que significa donzela. Um significado como não há muitos! O Behind the Name aponta também Imogene como variante.
Por isto, e por tudo mais, considero que Imogen tenha, sem dúvida, uma aura britânica bastante forte e evidente, o que não deixa de ser notado a nível de registos já que é em Inglaterra e em Gales onde tem o número superior no ranking, posição #34, para ser preciso. Na Austrália encontra-se na 39ª posição, na Nova Zelândia, na 98ª, na Escócia na 74ª e nos Estados Unidos na posição #977, o que é uma mudança drástica da Grã Bretanha para a América.
Este é um nome extremamente raro em Portugal, onde nem consta na lista do IRN, e no Brasil, onde nem os dados do IBGE são suficientes para nos serem apresentados. Como seria de esperar, nem em São Paulo, nem Portugal no ano passado nasceu alguma menina com este nome. A sua pronúncia Êmadgin- pode não ser considerada fácil para a língua portuguesa, e se for dito como se escreve soará a algo parecido com "imagem", o que, com certeza, causa estranheza.
Como outras referências a este nome apresento:
Imogen Heap - cantora e compositora britânica;
Imogen Poots - atriz britânica;
Imogen Thomas - modelo britânica;
Confirma-se a minha suspeita de que Imogen é um nome cem por cento britânico, e acho que essa sua característica é, para mim, uma mais valia, pois adoro a cultura do Reino Unido, e são raros os nomes exclusivamente britânicos. Se o quiserem utilizar em Portugal como no Brasil, não deixo de apoiar a decisão, pois acho-o um nome maravilhoso!
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraAl Pacino é um dos melhores atores de sua geração. Disso todo mundo já sabe. No entanto, em O Advogado do Diabo Pacino se supera em um dos papéis mais cínicos de sua carreira. Neste filme, ele é o próprio Diabo, escondido` na pele de um advogado bem sucedido, John Milton (o nome é uma referência óbvia ao autor de O Paraíso Perdido).
A história:
Keanu Reeves é Kevin Lomax, um jovem advogado que nunca perdeu um caso em sua vida profissional. É quando ele recebe uma proposta excelente de uma grande firma de advogados de Nova York: `Milton, Chadwick e Waters`. Apesar dos avisos de sua mãe, uma religiosa interpretada por Judith Ivey (a esposa de Gene Wilder em A Dama de Vermelho), Reeves parte para a grande cidade acompanhado de sua esposa, a bela e voluntariosa Mary Ann (Charlize Theron).
No entanto, aos poucos "Mary Ann" vai percebendo que algo de sórdido se esconde sob a fachada respeitável da firma em que seu marido trabalha, e passa a ter certas visões assustadoras, acompanhadas de pesadelos terríveis. Mas seu marido está envolvido em um caso novo: um milionário (vivido por Craig T. Nelson de Fantasmas do Passado) está sendo acusado de matar a esposa, o enteado e uma criada, e cabe a Lomax defendê-lo. Durante o processo, porém, o jovem advogado vai descobrindo que o poderoso chefão da firma, John Milton (Pacino), possui um outro lado, assustador. Mas aí já pode ser tarde demais...
O roteiro de Jonathan Lemkin e Tony Gilroy é inteligente o bastante para não deixar óbvio, em momento algum, o motivo por trás do interesse de Milton em Lomax. Apesar da platéia saber, desde o início, que John Milton é o diabo em pessoa, a história prende ao fazer a opção de não mostrar, de fato, o monstro por baixo do disfarce. De vez em quando alguma `máscara` cai e nós podemos vislumbrar de relance todo o horror que se esconde por trás das feições que julgávamos mais agradáveis. Porém, logo depois tudo volta ao normal, deixando no espectador (e nos personagens) uma sensação angustiante, criando uma tensão muito maior do que a que seria criada se o filme abusasse dos efeitos especiais e das maquiagens monstruosas (quando estas surgem são obra do maquiador Rick Baker, um dos melhores do ramo.
Quanto as atuações temos aqui elenco fantástico de muito talento, o ponto mais fraco talvez seja Keanu Reeves, que é um ator meio inexpressivo em muitas de suas atuações, muitas vezes não consegue entregar um grande resultado.
Ele não chega a comprometer o filme, graças ao ótimo roteiro e o elenco que ele tem ao seu lado.
A direção de Hackford é eficiente, e (auxiliado pelos storyboards - espécie de versão em quadrinhos do que virá a ser o filme - e direção de arte de Bruno Rubeo) é capaz de criar uma atmosfera sufocante, tensa. O apartamento de John Milton é quase uma obra-de-arte. Outra cena feliz é aquela em que o personagem de Reeves sai andando por uma Nova York completamente vazia (existe algo mais assustador que uma grande cidade-fantasma?).
A única coisa que lamento e que não me permite dar 5 estrelas é a falta de coragem, que Hollywood acaba demonstrando no final de seus filmes. É claro que não pretendo contar nada de importante neste texto, digo apenas que o filme teria sido infinitamente melhor se acabasse dois ou três minutinhos antes do que na verdade termina. Seria, então, perfeito. Mas não: "estamos na era dos finais felizes (ou quase)".
Mas nada é perfeito, e um `quase` já significa muita coisa. É como diz John Milton, em certo momento do filme: `Eu só monto o palco. Vocês puxam as próprias cordinhas.` Infelizmente o roteiro puxa as cordinhas erradas em alguns momentos. Mas o espetáculo final compensa muito.
O livro de mesmo nome, é diferente do filme.
No livro, o 'advogado do diabo' é menos literal; na igreja católica, quando estão em processo de canonização para um santo, eles enviam um padre (geralmente com muitos anos de sacerdocio), para investigar esse suposto santo e descobrir os 'podres' e motivos pelos quais ele não merece ser canonizado, um outro padre tem o mesmo papel, de modo inverso, tenta comprovar que essa pessoa era realmente milagrosa e merece ser canonizada, dai o livro acompanha as reflexões desse processo, atraves dos olhos do padre idoso, que tenta comprovar que a pessoa a ser canonizada não era santo.
O Advogado do Diabo é um filme denso, complexo e sufocante, que merece ser apreciado com calma e atenção.
Vale muito a pena.
"Olhe, mas não toque;
Toque, mas não prove;
Prove, mas não engula."
Esse filme é baseado em um livro best seller de mesmo nome.
"A vaidade é o meu pecado favorito."
Vi no cinema...
e quando ele diz que a VAIDADE é o pecado predileto dele faz referência a Bíblia e os pecados capitais, sendo esse que puxa os outros...Santo Agostinho diz ser esse O pecado...e foi o que ele cometeu e foi lançado no inferno...
Bebê Rena
4.0 508 Assista Agora‘Bebê Rena’ é o retrato doloroso de todos os abusos!
Sucesso na Netflix, a excelente minissérie 'Bebê Rena' choca ao falar sobre a simbiose existente em uma relação abusiva.
Se você está circulando nas redes sociais no último mês, certamente já cruzou com publicações falando sobre uma minissérie da Netflix chamada Bebê Rena, que está nos primeiros postos dos mais assistidos da plataforma. Curiosamente, a série escrita e estrelada pelo comediante Richard Gadd é um caso raro de sucesso popular com qualidade inegável.
Mas o mais impressionante é constatar o tema de Bebê Rena: a intrincada dinâmica que envolve pessoas abusadas e seus abusadores. Toda a trama que gira em torno do fracassado Donny Dunn (Gadd) e sua stalker Martha (Jessica Gunning, em um trabalho irretocável) é tão desgraçadamente incômoda que é até difícil acreditar que muita gente tenha chegado até o final.
O fato é, tal como um acidente de carro horrível do qual não conseguimos tirar os olhos, Bebê Rena também consegue nos hipnotizar, mesmo que a sensação causada por ela seja quase todo o tempo da mais pura aflição. E a razão talvez seja essa: a série consegue traduzir em narrativa as sensações que envolvem pessoas que se metem em situações abusivas, seja como abusadores ou abusados.
O verbo “meter” é proposital, e sugere algo difícil de assumir: que, entre pessoas adultas, há sempre uma parcela de responsabilidade de quem permanece nessa situação. A hipótese aqui é que, quem já passou por isso, acaba se conectando com a série por meio da identificação; já os sortudos que nunca estiveram em uma relação abusiva permanecem vendo pela sensação de estarem pasmos com o que alguém como Donny é capaz de se submeter.
‘Bebê Rena’: passeio por vários gêneros
Em tempo: Bebê Rena é daquelas séries que vale a pena não saber muito sobre antes de assistir. Mas basta aqui dizer que se trata da história real (apresentada pela primeira vez por Richard Gadd como um show solo em 2019, em um festival de Edimburgo, na Escócia) de um comediante sem sucesso que trabalha como garçom em um pub inglês.
Um dia, uma mulher chega, senta no bar e ele, por pena, serve uma bebida de graça para ela. É a chave para que ela tente a todo custo chamar sua atenção e se tornar cada vez mais próxima dele. Em suma, ela vai se tornando a sua stalker. Ao mesmo tempo, Donny se apaixona por uma mulher chamada Teri (Nava Mau, excelente no papel), mas a consolidação do seu romance com ela parece estar truncado por conta da mulher obsessiva. Aos poucos, vamos entendendo que o buraco é mais embaixo.
Nos primeiros dos sete capítulos, uma questão pulsa a todo instante: por que Donny não corta a mulher desagradável? Por que ele parece ser absurdamente tolerante com uma mulher que não para de assediá-lo, de forma cada vez mais detestável? A resposta à dúvida é a chave para entender a força de Bebê Rena, que tem como trunfo conseguir construir essa história para além de um óbvio maniqueísmo.
O que vamos descobrindo é que há uma espécie de relação simbiótica ali, que envolve culpa, baixa auto estima, identificação e muita repressão sexual. Entendemos aos poucos que Donny se odeia, e que sua péssima visão de si mesmo faz com que ele se ligue com uma mulher igualmente miserável. Ambos, portanto, são mais próximos do que parece.
Em termos de estrutura narrativa, a grande sacada de Bebê Rena é conseguir surpreender o espectador a cada instante. Há um passeio interessante entre os gêneros em uma espécie de quebra-cabeça que nos pega o tempo todo, alternando tensão com momentos de pura comicidade. A plateia, de todo modo, não é poupada: não espere resoluções confortáveis ao drama de Donny.
Em resumo, Bebê Rena não é para os fracos. Mas quem consegue mergulhar nessa história, sai dela recompensado. Nem que seja aprendendo alguma coisinha a mais sobre si mesmo.
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Tem uma frase dele no último episódio que define a vida:
“Quando você é abusado você se torna presa fácil para esses predadores que sentem o cheiro da sua ferida aberta e grudam em você como se você fosse um imã” foi algo assim, e sim é verdade.
Também achei a série mais honesta e bela que já assisti. Mas também, triste e perturbadora por conta dos transtornos psicológicos da Martha e do Donny e dos abusos que ele sofreu. Tudo nela é incrível: a forma como prende o espectador desde os primeiros segundos, as interpretações impecáveis dos atores, os sentimentos tão verdadeiros dos personagens (e os nossos também), as surpresas a cada episódio, as situações que nos deixam dúvidas por não serem explicadas, o fato de ser uma série curta e nos deixar com vontade de assistir mais, o final que insinua uma continuação, e, principalmente, a comoção que sentimos por ser uma história real. Isso deixa tudo ainda mais interessante. É admirável e muito emocionante.
O trauma se repete até que seja superado.
"Tive o cuidado de retratá-la como alguém que também sofria, e não apenas como uma pessoa ruim." (Richard Gadd)
Jamais romantizem o stalking, obsessão não é romance, é doença. Podemos ter empatia para entender o que se passa, também enfrentar essa situação de cabeça erguida mas nunca passar pano além de impor limites. O que começa mal termina mal, séries como essa só ressaltam a importância de deixar a manutenção da nossa saúde mental em dia, e questionar quando afetamos os limites de outras pessoas.
Essa mini série, para mim, é um micro cosmos de como funcionamos na vida real. Pessoas quebradas se envolvendo em ciclos viciosos de outras pessoas quebradas perpetuando atitudes nocivas sem nem conseguirmos processar o motivo. Série tragicamente maravilhosa, cinza, sem inocentes e cheio de vitimas.
Gostei muito da forma como trataram a dependência emocional na série, e a complexidade dos problemas psicológicos...
Os atores são maravilhosos, mas o Donny precisa de muita ajuda.
Quando ele volta a casa do
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síndrome de Estocolmo
Um ponto que me pega é o fato de como o abuso e assédio masculino ainda é subestimado.A vergonha, a auto depreciação dele são tão profundos que ele não consegue pedir ajuda. Claro que em ambos os casos é assustador, é desesperador, mas pensar que a repressão no cara é tanta que ele não consegue reagir é de cortar o coração
Fiquei impressionada com a atuação da Jessica Gunning que interpreta a Martha, ela demonstrava as mudanças de humor de forma impactante e amedrontadora.
A Marta me lembrou a enfermeira de Misery do Stephen King.
Repito aqui o que tenho comentado em tudo que é canto: Esse é o retrato mais fidedigno que eu já vi de uma violência sexual (a forma como ela acontece E as consequências que ela gera na vítima, a confusão, o medo, a vergonha, o sentimento de culpa, de estar perdido dentro do próprio corpo). Para mim, que também sofri violência sexual, assistir foi TERAPÊUTICO, sim, digo isso sem medo de exagerar, porque me fez encarar coisas sobre minha experiência que eu vinha enterrando embaixo do tapete. Agradeço MUITO ao Gadd não só por produzir, mas pela CORAGEM de escancarar seu trauma, inclusive atuando (e revivendo) as cenas mais pesadas. É de uma ousadia que eu admiro com todo o coração!
A série é um tratado sobre codependência, um tipo de transtorno de personalidade, ainda em estudos, a ser chancelado como tal pela comunidade que trata de saúde mental. Codependentes e narcisistas partilham de muitas semelhanças (negligência parental, traumas de infância, abusos, etc), traços que ensejam à validação do outro como meio de existência no mundo, tornando-se os primeiros vítimas preferenciais dos segundos, ou seja, o "match" perfeito ou o que chamam de dança macabra. Nessa relação tóxica de idas e vindas, cujos pares exercem papéis de "traficante" e "adicto" em busca de validação constante, a vida gira em círculos, um caminho labiríntico obscuro e (quase) sem saída. O final da série é bem emblemático quanto a isso. Bebê Rena, por essas e por outras questões, é imperdível, uma das melhores coisas da Netflix atualmente, pois vai a fundo num tema espinhoso e por muitas vezes minimizado dentro da sociedade.
Recomendadíssima!
Chief of Station
2.5 2Esses filmes estão ficando melhores do que qualquer blockbusters de Hollywood.
Eckhart tem a cara mais presidencial que já vi. Ele não parecia deslocado em uma montanha.
Eckhart é subestimado! E esses filmes B recentes são ótimos!
Olga Krukyenko é a verdadeira superestrela de ação. Devo dizer que o Alex Pettyfer está parecendo muito bem neste trailer.
Estava esperando por este há muito tempo. Jesse V. Johnson é o meu diretor quando eu quiser e filme de ação da velha guarda. Ter Olga Kurylenko lá dentro é um bom bônus; ela é subestimada pra caramba.
Título Americano. Harvey Dent está realmente indo bem para si mesmo.
A Cidade dos Amaldiçoados
3.1 352É um filme de terror e ficção científica lançado em 28 de abril de 1995, dirigido por John Carpenter e baseado no romance "The Midwich Cuckoos" de John Wyndham.
Embora "A Cidade dos Amaldiçoados" tenha recebido críticas mistas na época do lançamento, o filme fez sucesso com o público e hoje é considerado cult, sua atmosfera sombria e as interpretações sólidas do elenco, principalmente do protagonista Christopher Reeve, oferece ao público uma abordagem interessante sobre o tema do desconhecido e os perigos da manipulação genética.
Curiosidades:
- O filme é um remake de "Village of the Damned" (1960), dirigido por Wolf Rilla.
- John Carpenter, conhecido por dirigir clássicos como "Halloween" e "O Enigma de Outro Mundo", foi escolhido para dirigir o remake.
- Christopher Reeve, famoso por interpretar o Superman, é o protagonista do filme, o Dr. Alan Chaffee.
- O elenco também inclui Kirstie Alley, Linda Kozlowski, Michael Paré e Mark Hamill.
Último filme
Este foi o último filme estrelado por Christopher Reeve antes do acidente de cavalo que o deixou tetraplégico, ocorrido em 27 de maio de 1995. Depois do acidente, ele ainda atuou no remake do filme Janela Indiscreta, em 1998, na cadeira de rodas.
Participação especial
O diretor John Carpenter aparece em uma pequena ponta, como um homem ao telefone no posto de gasolina.
Remake
Refilmagem de A Aldeia dos Amaldiçoados (1960).
Adaptação do livro The Midwich Cuckoos (1957)
DETALHE:
- The Midwich Cuckoos é uma série de televisão britânica de ficção científica na Sky Max, criada por David Farr. É baseado no livro de 1957 com o mesmo nome de John Wyndham.
Ripley
4.2 82 Assista AgoraO mais incrível disso a série não aparece nem no top 10 da Netflix! O povo não sabe o que é bom!
Lembrando que a série é baseada no livro de Patrícia Highsmith do qual o roteirista adaptou a versão atual
O que deixou Tom tão interessante no original "O Talentoso Ripley", é que Matt Damon o interpretou tão jovem, inexperiente e de aparência inocente. Este Tom do Andrew Scott, grita: psico-assassino a um quilômetro de distância.
Na visão de Ripley, pessoas são objetos que são usados e podem de acordo com as circunstâncias serem descartados. Também gostei muito do espelhamento entre Ripley e Caravaggio, como ambos são "duplos" como artistas e também compartilham traços de psicopatia.
Achei o figurino muito simbólico! No início o Ripely usa roupas escuras e o Dick roupas claras. A medida em que eles vão convivendo isso vai se invertendo até o Ripley absorver toda a apresentação do Dick, inclusive objetos que são sua marca registrada. O uso da cor para tipificar personagens é um recurso muito rico, e achei excelente como isso foi usado dentro da limitação da fotografia em preto e branco.
E, se alguém se interessar, a série é baseada em uma trilogia da escritora americana Patrícia Highsmith. Ambos, filme e série da Netflix, em minha opinião são ótimos, capturando formas diferentes de se interpretar a obra, mas, o livro ainda é insuperável. Gostaria do show ter explorado mais este aspecto artístico.
Que série maravilhosa! A trama é tão interessante e Ripley tem uma personalidade tão instigante, que eu pretendo reler a obra original "O Talentoso Ripley".
Tendo Andrew Scott, Steven Zaillian (responsável por uma das melhores mini séries da história que é The Nigh Of) e você aclamando desse jeito, não tem como deixar passar!
Uma coisa é certa, onde tem Andrew Scott tem TALENTO, e ACLAMAÇÃO.
NCIS: Hawai'i (3ª Temporada)
2.5 1Estou surpreso que agora tenham havido três temporadas pois os roteiristas e diretores não colocar a mesma dinâmica da serie Hawaii Five-0.
Por um lado, a série não tem ninguém que realmente use principalmente atores desconhecidos que certamente não são maus mas não tem o que é preciso para usar uma série dessa franquia e fascinar os fãs por muito tempo depois da primeira metade da segunda temporada foi uma brisa. Mesmo depois da saída das pessoas mais importantes, a série mãe NCIs já não me interessa. Gary Cole, de quem gosto muito e já assisti filmes entusiasticamente em muitas séries, infelizmente não se encaixa no NCIS, não funciona, mas não é por causa da sua atuação e sim por ser muito polarizado. Eu teria desejado que o McGee estivesse liderando a equipe que ele merecia estar na vanguarda, mas infelizmente os produtores decidiram de forma diferente, o que não leva a que a série fosse mais fascinante. Acho que eles deviam ter terminado depois da 20a temporada.
Pena que eu acho que o NCIS New Orleans só fez sete temporadas. Eu teria adorado ter visto mais do Rei (Scotts Bakula), especialmente porque Bakula é um dos meus atores favoritos de todos os tempos, mas de alguma forma ele nunca tem a chance de provar todo o seu talento de atuação. Infelizmente, todas as séries em que ele tem um papel principal nunca duram muito tempo. Eu adoraria ter mais temporadas com Star Trek Enterprise e New Orleans. Mas isso é Minha opinião e gosto.
O Poderoso Chefão: Parte III
4.2 1,1K Assista AgoraO constantemente injustiçado O Poderoso Chefão: Parte III não deixa de ser uma ousada aposta de Francis Ford Coppola. Não pelo lado financeiro – é evidente que o filme traria o lucro desejado pelo estúdio, considerando a posição que os dois anteriores ocupam no “hall da fama” do Cinema. Coppola, de fato, arriscou ao tentar trazer algo diferente do primeiro e da Parte II, fugir da fórmula Michael Corleone emerge vitorioso para focar em sua redenção e, é claro, sua morte, considerando que o título pensado pelo diretor seria A Morte de Michael Corleone.
De qualquer forma, assim como seu antecessor, estamos diante de um filme que não existiria não fosse o fator primordial hollywoodiano: o dinheiro. Tanto a Paramount quanto Francis (como sempre) passavam por situações apertadas e precisavam que esse projeto emplacasse. Dito isso, os executivos encomendaram um primeiro tratamento do roteiro que focava quase unicamente em Vincent Mancini (posteriormente vivido brilhantemente por Andy Garcia), repetindo exatamente o que Coppola, quando recebeu o texto, decidiu descartar. O roteiro foi reescrito, então, a fim de trazer o que vemos hoje em tela, porém, com um final diferente, que você pode ler a respeito clicando no primeiro dos botões abaixo.
Francis, por sua vez, não engana o espectador e desde os minutos iniciais já deixa claro suas ambições para esse longa-metragem. A casa de Lake Tahoe é vista abandonada, utilizando um material que fora filmado antes mesmo da segunda parte ser rodada. Rapidamente enxergamos a estátua da Virgem Maria, introduzindo sutilmente a temática religiosa que seria abordada pelo restante da projeção. Preenchendo os corredores vazios e o silêncio da mansão, então, ouvimos a voz de um já envelhecido Michael Corleone (Al Pacino), nos oferecendo a premissa inicial do enredo: ele voltou para Nova York, irá ser homenageado pela Igreja e quer ter a presença de seus filhos na cerimônia. “A única riqueza deste mundo são os filhos” o ouvimos dizer e já começamos a entender a transformação que esse homem passou em sua idade avançada.
Um certo toque de fragilidade na voz do personagem, contudo, não é o único elemento que entrega sua mudança. Ao cortarmos para a cerimônia na igreja, Michael tem uma aparência completamente diferente. A velhice, é claro, chegou e seus olhos estão mais cansados que nunca, mas, além disso: seu cabelo. Não temos mais o típico cabelo liso de Pacino e sim um tratamento diferente para o protagonista, oferecendo um devido contraste entre a sua voz mais rouca – um corte que muito lembra o militar e garante uma imponência a Michael, além de nos deixar perceber que não se trata da mesma pessoa que deixamos após a morte de seu irmão Fredo.
Nas entrelinhas se torna evidente que o Padrinho utiliza essa homenagem para trazer de volta a família que ele perdeu e essa tristeza que parece assolar o personagem durante a cerimônia o deixa quando se faz realidade o que sua mãe dissera no filme anterior – “sua família, você jamais irá perder”. Corta para a costumeira festa Corleone. A diferença, porém, é óbvia: não estamos mais em um amplo terreno e sim dentro de um apartamento – evidenciando novamente a passagem do tempo. Mas o principal fator disso jamais é dito em palavras: não temos mais o contraste entre o dentro e o fora – todos fazem parte da mesma hipocrisia – o mundo dos Corleone agora se mistura e a única parcela de ilegitimidade é tratada dentro da sala de Michael, que, não por acaso, é a mais escura de todas. Tal lógica se mantém durante toda a obra, trazendo, em geral, uma maior escuridão quando os negócios da Família estão sendo tratados.
É curioso observar que, apesar de Mike ter conseguido legitimar a Família (o movimento final ocorre durante a reunião com os chefes da máfia neste filme), objetivo que tivera desde que voltou da Itália em O Poderoso Chefão, sua sala está mais similar que nunca à de seu pai. Paredes de madeira, venezianas separando do mundo de fora e luz fraca preenchem o local. Para finalizar, um aquário, muito similar àquele de Vito no final do primeiro filme. Trata-se de um homem que retoma suas origens, tenta voltar a ser quem ele era e um pouco do que seu pai fora. “Por que eu fui tão temido e você tão amado” ele se pergunta, posteriormente, ao lado de Don Tomasino, pensando, é claro, no amor que todos sentiam por Don Vito.
Mas para nossa surpresa algo quase onírico ocorre durante a festa – em uma dança com sua filha todos gritam “cent’anni”, olhando para aquele homem que matara seu próprio irmão com o amor que ele tanto sentiu falta. Gordon Willis registra esses momentos com um certo toque de surrealidade, com um close nos rostos de cada um e um movimento rápido de câmera. Pela primeira vez em muito tempo vemos Michael Corleone sorrir com os olhos, tirando o peso de sua persona e o temor que sentimos dele. Coppola constrói, enfim, seu argumento: não se trata do monstro visto em O Poderoso Chefão: Parte II e sim de um homem que busca se redimir.
O “caminho de volta”, contudo, evidentemente não será tranquilo. O filho bastardo de Santino Corleone (lembram das escapadas que ele dava no primeiro filme?), Vincent Mancini, entra em jogada, representando a retomada da jovialidade da Família e a ação do longa-metragem, que não poderia focar unicamente na fragilidade de um velho homem. Andy Garcia constrói uma das figuras mais fascinantes de toda a trilogia, um personagem que é trabalhado quase que inteiramente em segundo plano, sem nos ser oferecidos longas sequências de atuação solo. O homem que inicia de forma impulsiva e violenta, carismático e caloroso, filho de seu pai, aos poucos se transforma em uma figura centrada. Vincent, como dito pela própria Connie, tem a força de Vito e genuinamente aprende com Michael. Sua metamorfose, aos desatentos, pode parecer fugaz, mas é construída cuidadosamente.
Os minutos iniciais trazem o personagem com uma jaqueta de couro, contrastando com os ternos dos Corleone. Ele é, sobretudo, um menino das ruas, acostumado com a violência. Não é a toa que, por baixo da jaqueta temos uma camiseta vermelha, refletindo a agressividade do personagem, sua paixão, que garante a ele um portar quase animalesco. Quando digo que Garcia traz o melhor de seu personagem não é por acaso – ele se inspira nas atuações de James Caan, Marlon Brando e Robert De Niro, a fim de construir uma harmoniosa amálgama dos três. Ao mesmo tempo que ele morde o punho em momentos de fúria ele comanda com o olhar e traz movimentos mais sutis com a mão conforme avançamos na projeção. Chega a ser impossível não enxergarmos nele uma versão moderna daquele Vito Corleone que conhecemos nos princípios do século XX, na Parte II.
Curiosamente, a ascensão de Vincent ao “trono” dos Corleone fora uma cena filmada após a conclusão das filmagens. Pedida pelos executivos da Paramount, Coppola realizou a emblemática sequência que firma o aposentar de Michael, passando adiante a batuta para um homem que novamente levaria a Família para o crime. É a falha de Mike dada vida, sua triste resignação, coroada pela sua saída quase que “à francesa” da sala juntamente de Connie.
Esse foco primário em Michael e secundário em Vincent, contudo, não são os únicos pontos abordados pela obra. O objetivo final de Mike é se tornar dono da gigantesca International Imobilliare (baseada, evidentemente, na Società Generale Immobiliare). Don Corleone, contudo, tem algumas pedras no sapato e uma delas e nada menos que a Igreja. Apesar da cerimônia de abertura, o Vaticano corrupto é um dos principais antagonistas da trama, evidenciando o quão poderosa é a Família agora. Coppola realiza uma ferrenha crítica à cabeças do Catolicismo, demonstrando que não estamos muito longe dos Bórgia, como o próprio Michael deixa claro em uma de suas explosões emocionais.
Já quem segura todas as cordas é o enigmático Don Lucchesi (Enzo Robutti), claramente um membro do alto escalão do governo italiano, possivelmente baseado no ex-primeiro ministro italiano Giulio Andreotti. Traçando um claro paralelo com o primeiro filme, Coppola deixa seu vilão quase que oculto durante toda a projeção, criando em nós a dúvida, o suspense, de quem está por trás de tudo – “nosso verdadeiro inimigo tem ainda de se revelar”. Em aliança com Don Altobello (Eli Wallach), Lucchesi se faz uma verdadeira ameaça durante o longa, nos trazendo, em constante crescente, o temor pela vida de Michael.
Fica claro, portanto, que A Morte de Michael Corleone seria muito mais que somente o fim de sua vida. Francis queria não só encerrar a história desse icônico personagem e sim desconstruí-lo completamente, de uma forma que pouco vemos no Cinema como um todo. Aqui nesta Parte III enxergamos, enfim, as consequências de seus atos, trazendo repercussões não só de seus inimigos, como de sua própria consciência, que não consegue superar o assassinato de Fredo. Mas dentro de toda essa culpa, esse medo pela salvação de sua alma, Michael ainda tem um último reduto: seu filho Anthony (Franc D’Ambrosio) e, sobretudo, sua filha Mary (Sofia Coppola).
Entramos, portanto, no aspecto mais controverso de todo o filme. A escalação de Sofia Coppola, filha do diretor, como uma das personagens centrais. Os hábitos nepotistas de Francis, de fato, se fazem presentes desde O Poderoso Chefão. Seu pai, Carmine, junto de Nino Rota, compôs grande parte das músicas dos três filmes (sendo o principal maestro na segunda e terceira parte) e sua irmã Talia Shire viveu brilhantemente Connie Corleone ao longo dos anos, se transformando de uma figura frágil até uma poderosa mulher. Qual seria o problema, então, de ter Sofia como Mary? De fato, nenhum se sua atuação não comprometesse diversos aspectos da obra.
Evidentemente Coppola, após perder Winona Ryder, que estaria no papel, optou por uma saída diferente. Mary fora baseada em sua filha e o diretor queria alguém que transmitisse toda a ingenuidade e naturalismo da personagem – escolheu, portanto, Sofia. O fato de se tratar de uma não-atriz pedia um trabalho mais meticuloso de direção, mas, em diversas cenas, isso parece faltar, seja pela pressão exercida pelos executivos em cima da menina, seja por própria falha de Francis. Apesar disso, o trabalho de Garcia e Pacino juntamente da garota minimizam tais defeitos ao ponto que , muitas vezes, não os percebemos ou os relevamos. Mary é a peça shakespeariana que faltava nesse tabuleiro dos Corleone e, mesmo com tais falhas, ela exerce seu papel, ao passo que o filme, em uma visão geral, não sai prejudicado.
Por fim, vamos contemplar a morte em si de Michael. Coppola conduz brilhantemente a tensão no espectador, construindo um suspense de forma similar ao que faz em relação aos antagonistas. Primeiro a diabetes é inserida, fragilizando ainda mais o personagem, que não só tem sua saúde colocada em cheque, como, em seu ataque cardíaco, revela todo o sofrimento que sua consciência esconde. Em seguida, o assassino Mosca (Mario Donatone) entra na jogada, sendo apresentado como um homem que nunca falha. O clímax da obra, então, pela primeira vez na trilogia, coloca Michael como um dos alvos, nos fazendo esperar, a cada segundo, pelo seu assassinato. Mas, como dito antes, a morte do protagonista seria muito mais que apenas o fim de sua vida e, com a morte de Mary, Mike sofre um golpe do qual não pode se recuperar. O restante de sua vida ele apenas sobrevive.
A cena em si é, obviamente, a mais dramática de toda a obra, fazendo uso quase que diegético de melodias da Cavalleria Rusticana, que também são usadas durante todo o clímax a fim de compor a tensão em tela, de forma similar ao que vimos nos antecessores. O trabalho de edição chama a atenção por tirar uma a uma as camadas do som, deixando o grito de desespero de Michael se desfazer em silêncio. A retomada do som amplifica ainda mais a dor da sequência, destruindo, de vez, a pessoa que foi Michael Corleone, em uma atuação de Pacino merecedora de sua indicação ao Oscar. É interessante notar que o sofrimento do protagonista é tão grande que ele chega a ofuscar a morte da garota, ao passo que os personagens à sua volta passam a olhar com espanto para ele e não para Mary caída sem vida nas escadas do teatro. Kay, interpretada por Diane Keaton, com uma simples mudança no olhar, nos faz enxergar que Michael, de fato, morreu ali.
Um curto epílogo se segue, com flashbacks do personagem dançando com sua filha, sua primeira esposa, Apollonia e Kay. Uma transição, então, nos leva para um Michael ainda mais velho, do lado de fora de sua casa na Sicília, onde viveu com sua primeira esposa. A narrativa, então, abre a possível interpretação de que todos os três filmes foram essa lembrança de Michael, olhando para o passado em seus momentos finais, tentando enxergar onde ele falhou, o que poderia ter feito a fim de não terminar ali sozinho na companhia apenas de dois cachorros. Como uma cortina se fechando, com dificuldade, ele coloca seus óculos escuros, se escondendo do mundo, no escuro, de uma vez por todas.
O Poderoso Chefão: Parte III é, sim, mais uma obra de arte de Francis Ford Coppola e digno de encerrar uma das trilogias mais icônicas do Cinema. Um filme que já é injustiçado somente por não ser considerado no mesmo nível dos dois anteriores. Cada obra é produto de seu tempo, seu contexto. Coppola fugiu do óbvio e nos entregou um longa-metragem ousado, fora da fórmula “básica” do Padrinho e que merece ser assistido e reassistido, se tornando cada vez melhor a cada sessão.
PS: The Godfather - Parte III (1990) pode não ser a obra-prima que se equipare com os dois primeiros filmes, mas está há anos-luz de ser um filme ruim ou sequer mesmo um filme mediano.
Eu gosto bastante do terceiro filme pela evolução e mudanças dos personagens... Acho a cena de Michael se confessando com o bispo muito tocante e sensível. Nesse momento ele baixa a guarda e expõe todo seu sentimento e arrependimento que tem sobre sua vida. Faz isso com alguém de fora da família, o que contrária seu comportamento no 2 filme.
Ele ficou velho e deixou de lado certas coisas, baixou a guarda, inclusive desconfiar de todos, tanto que não vê problema em ficar perto do Zaza, na juventude nunca teria tanta tranquilidade com um ser que sempre representava problemas, não queria ter revidado quando soube da morte de quem ele sabia que fez o atentado, estava cansado de ser o antigo Michael. Resumindo , na vida real acontece igual, na juventude certas decisões parecem a melhor coisa ali e dura um tempo, depois a gente se arrepende e até cogita ter feito diferente sem negar, o 3° filme é uma ótima contribuição para franquia, não é horrível como tentam fazer!!!
Propriedade
3.7 84 Assista AgoraTodo mundo precisa assistir "Propriedade", filme de suspense brasileiro incrível e com um elenco extraordinário!
Na história, Roberto é dono de uma fazenda e decide demitir todos os funcionários do local, alegando que irá vender a propriedade em breve. Revoltados, os trabalhadores agora desempregados iniciam uma rebelião e
tentam m4t*r o patrão. Em seguida, eles vão atrás da esposa dele,
at1r*nd0 no carro, destruindo as peças do veículo e até ameaçam jogar o automóvel em um penhasco.
Gostei do filme. Mas o final não entendi foi nada.
.será que vai ter continuação? Alguém vai salvar ela? O que vai acontecer com eles? Afff muita interrogação
O roteirista faz um filme com enredo ótimo, chega no final a criatividade sumiu... Deus me livre
Os Reis da Rua
3.5 337 Assista AgoraEu sempre tive dúvidas sobre a qualidade na atuação de Keanu Reeves. Ele tem uma reputação de ser alguém que não sabe atuar. Podendo aparecer em papéis às vezes quase como uma porta, repetindo suas falas com pouca ou nenhuma emoção, independentemente do que esteja acontecendo na cena. Por outro lado, ele estrelou alguns dos filmes mais legais de todos os tempos. Você não pode contestar o que ele faz em Matrix, Advogado do Diabo, Constantine e antes desses ele já tinha se destacado como um herói de ação completo no incrível Velocidade Máxima.
É verdade que alguns desses filmes não exigiam tanto no quesito atuação, mas nenhum deles é fácil, e exigiam grande preparação. Bom, se você quer um Oscar, não procure Keanu Reeves. Mas se você quer um ator forte, trabalhador, atraente e com carisma suficiente para sustentar um filme, Keanu Reeves é o cara certo.
E "Os Reis da Rua" se enquadra na segunda categoria. Esse papel exigia um protagonista que pudesse segurar um filme, enfrentar alguns outros atores de peso, e também dar o seu máximo em algumas cenas de ação bastante brutais e claramente Keanu consegue fazer tudo isso.
Na época, fui assistir "Os Reis da Rua" com pouca expectativa, pensando que seria mais um “thriller policial” tentando aproveitar o que "Dia de Treinamento" alcançou. Desde o momento em que começou, fiquei intrigado e pensativo. Keanu Reeves, novamente, não precisa fazer muito em sua atuação, mas ele aparece de forma convincente como o “policial sujo e durão”, abrindo o filme com uma sequência muito legal em que ele salva duas garotas sequestradas.
A partir daí, é um jogo de gato e rato, traição e configuração enquanto você tenta descobrir quem são os mocinhos e os bandidos e como o personagem de Keanu Reeves se encaixa no centro da história
É também um filme que tem uma quantidade absurda de atores notáveis e muito talentosos. Forest Whitaker e Hugh Laurie são provavelmente os dois melhores atores, mas Chris Evans também se destaca mesmo em um papel pequeno. Há também uma série de outros atores que você reconhecerá de vários outros filmes, mas que provavelmente não conhecerá pelos nomes...
Os atores também parecem dar tudo de si nos papéis, Forest Whitaker em particular. Ele foi brilhante em O Último Rei da Escócia mostrando que domina facilmente papéis dramáticos de peso, aqui ele tem mais uma ótima atuação.
Você também vai notar que todos os atores envolvidos realmente respeitam o filme e se dedicam ao máximo em cada personagem.
Até mesmo os atores coadjuvantes tem muito carisma e dedicação, não estão apenas ganhando um dinheiro fácil.
Isso faz toda a diferença no ritmo e na qualidade da história, e falando de ritmo, o filme acelera de forma fantástica, invertendo a história em partes importantes para que você não veja as reviravoltas e revelações chegando.
Pode haver alguns buracos na trama que se tornam aparentes com algum exame minucioso, mas eu realmente não me importei com eles.
De qualquer forma, não acho que qualquer tipo de falha na trama faça grande diferença na experiência, se o filme consegue executar bem a história. Não sou alguém que trabalha em cada parte da trama, procurando defeitos e gritando ao mundo que isso ou aquilo poderia ser melhor.
No geral, este filme me surpreendeu completamente. Não que eu achasse que seria uma porcaria, mas não esperava ficar absorto desde o início e me envolver tanto com os personagens no desenrolar da trama, às vezes realmente torcendo pelo herói (ponto para Keanu Reeves).
Se você gosta de um bom “thriller policial”, que em alguns aspectos se assemelha ao Dia de treinamento, você poderia dar uma boa olhada neste filme.
(Eu recomendo).
Ps: Faltou citar a ótima e vibrante direção de David Ayer, com certeza um de seus melhores filmes. Recomendo também "Sabotagem" e "Corações de Ferro" outros ótimos filmes do diretor.
Stalin
3.5 37Este filme ganhou 4 prêmios Emmy de Melhor Direção de Arte para uma Minissérie ou Especial, Excelente Cinematografia para uma Minissérie ou Especial, Excelente Mixagem de Som para uma Minissérie Dramática ou Especial e Excelente Filme Feito para Televisão.
Muitos grandes atores em pequenos papéis, não apenas Duvall!
Para se preparar para o papel, Robert Duvall assistiu inúmeras horas de noticiários, leu muitos livros sobre Joseph Vissarionovich Stalin e conversou com russos que se lembravam dele. Ele disse que interpretar Stalin foi o papel mais desafiador de sua carreira.
Filme interessante. De um ponto de vista puramente individualista e humano, Stalin é um monstro. Do ponto de vista social e histórico, ele é um estadista. E como é um estadista, deve ser cruel, tendo em conta o seu tempo e a situação caótica da então União Soviética.
Curiosidade: Robert Duvall é distante de Robert E Lee. O general confederado da Guerra Civil Americana.
"Stalin criou uma superpotência com pés de barro e falta de moral." --Stephen Kotkin
J.Stalin era um homem verdadeiramente repreensível e odioso e Robert Duvall faz um trabalho fantástico ao retratar isso. Um de seus melhores papéis foi desempenhado por ele na minha opinião.
Tive aulas de História Russa/Soviética quando este filme foi lançado porque o professor nos fez ler o livro de Robert Conquest sobre Stalin, mas também nos incentivou a assistir ao filme da HBO. Ele disse que uma coisa é lê-la na história, mas outra bem diferente é ver os eventos acontecendo. Eu realmente quero dizer algo sobre a crueldade que Stalin mostrou à sua esposa, mas acho que ações e feitos falam por si.
Encontrei outro filme muito bom sobre a era Stalin baseado na história do projecionista de Stalin: o título Muito bem feito. (The Inner Circle) e "Within the Whirlwind" 2009 baseado nas memórias de Jewgenia Gisnburg.
“Deixe-o sofrer”. Stalin olha como - "Como é isso"? O cara rasteja e cospe depois de adormecer novamente. Adoro.
Um dos homens mais perversos de toda a história. Ele matou 40 milhões de seu próprio povo. Nunca saberemos quantos ele matou na Europa. Quantos ele enviou para os campos. >Eu diria entre 24 e 26 milhões.
Dito isto, este é um bom filme sobre ele. Ótima atuação.
Todos deveriam ver esse filme. A história está sendo feita e repetida em todo o mundo, agora mesmo!
Pena que não mostrou como ele realmente morreu!!! Sozinho, por dias, na sua sala de trabalho, por dias, tendo vários derrames, sem remédios, sem agua, sem comida, porque ninguém se atrevia entrar na sala dele, sem ele mandar entrar... e como ninguém sabia...ficou sozinho com o seu único castigo...que foi pouco...muito pouco. Mas em vida, não teve um só amigo, só covardes e bobos da corte ao seu redor. Viveu em total neurose sem saber quem o iria trair, atirar ou envenena-lo!!! Odiava a família, não amava seus filhos... Meu prazer, foi o seu mais chegado, Beria, que falou ,em sua conclusão que o ditador estava desacordado, "DEIXE ELE SOFRER, ESTE ASSASSINO!!! Mas este, por sua vez, com sua covardia..." se ferrou porque o diabo ainda o ouviu...então ele se pôs a beijar as mãos sujas de sangue deste Déspota...antes de ser executado por seus colegas. Quantos covardes!!!
20 milhões,6 milhões,50,60,70,80,90,e Stalin vai matando até hoje
"Não devemos encobrir os erros, nem tampouco omitir os méritos. Portanto, respeitemos Stálin."
Ainda tem gente que defende esse cara. Não vou respeitar um genocida.
Curiosidade: Robert Duvall é distante de Robert E Lee. O general confederado da Guerra Civil Americana.
Morcegos
2.1 66 Assista Agora"Bats" (1999) é um filme B que abraça completamente a trasheira e sua premissa absurda para oferecer uma experiência de terror leve e até divertida.
Esse filme passou algumas vezes na Globo, variando por várias sessões noturnas desde a Tela Quente ao Intercine. Eu o assisti em meados dos anos 2000, achei bem legalzinho na época, principalmente a cena da caverna que simplesmente tem um lago formado por fezes de morcegos. 😅
Hoje está bem datado, mas ainda serve para dar risadas.
Uma pequena cidade, Gallup, Texas, está sendo atacada por ferozes morcegos. Sem saber como resolver o problema, Tobe Hodge (Carlos Jacott) pede ajuda à uma especialista, Sheila Casper, (Dina Meyer) uma zoóloga. Intrigada com o incomum fenômeno, pois morcegos não matam pessoas, ela começa a pesquisar e descobre que os causadores de tudo são morcegos alterados geneticamente por Alexander McCabe (Bob Gunton), um cientista que viajou junto para tentar deter o problema. Os morcegos foram usados em uma experiência do governo e aparentemente fugiram do laboratório, mas não são morcegos comuns, pois estes são onívoros, mais inteligentes e agressivos. Ao lado de Jimmy Sands (León), seu assistente e de Emmett Kimsey (Lou Diamond Phillips), o xerife da localidade, Sheila corre contra o tempo para encontrar um modo de deter as vorazes criaturas.
Dona Lurdes: O Filme
3.1 21"Dona Lurdes - o filme" é um bom entretenimento para a família.
A mãezona que emocionou o Brasil está de volta, e, desta vez, para arrancar boas risadas do público. A personagem vivida por Regina Casé pode ser revista em "Dona Lurdes - O Filme", comédia do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, que chegou aos cinemas da rede Cinemark no dia 28 de março, em mais de 80 salas nas principais cidades do país.
Inspirado no livro "Diário de Dona Lurdes", de Manuela Dias, trata-se de um spin-off da novela "Amor de Mãe", também assinada por Manuela. O longa, com direção artística de Cristiano Marques e escrito por Manuela com Claudio Torres Gonzaga, mostra, de forma leve e divertida, como Lurdes, depois de enfrentar um período de tristeza quando os filhos saíram de casa, deu a volta por cima e passou a aproveitar mais a vida.
Rodado entre novembro e dezembro de 2023, nos Estúdios Globo e em locações no Rio de Janeiro, "Dona Lurdes - O Filme" é o segundo longa realizado pelo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo e o primeiro que faz uma experimentação nas salas de cinemas. O início foi com "Ritmo de Natal" no fim do ano passado, uma obra temática exibida como especial de fim de ano.
A ideia do roteiro surgiu quando a autora percebeu que, após o desfecho de "Amor de Mãe", a jornada de Lurdes poderia seguir com novos desdobramentos. Se no folhetim a Dona Lurdes teve momentos de muito drama, tensão e emoção, com toques de humor, no caso do filme, o traço cômico da personagem é o que prevalece. Definido por Regina Casé como uma comédia rasgada, o longa mostra Dona Lurdes superando a melancolia da ausência dos filhos e se redescobrindo: passeando, viajando, entrando até em aplicativo de relacionamento.
Para viver novas aventuras, a protagonista interage com personagens inéditos, que são interpretados por nomes como Arlete Salles, no papel de Zuleide, a nova vizinha que se torna amiga de Lurdes, Evandro Mesquita, o par romântico de Lurdes, além de Maria Gal, que vive Vânia, a feirante do bairro. Do elenco da novela, seguem no filme, além de Regina Casé, os intérpretes dos filhos de Lurdes: Juliano Cazarré, Thiago Martins, Jéssica Ellen, Nanda Costa e Chay Suede. A neta Brenda é novamente interpretada por Clara Galinari, e Enrique Diaz retorna como Durval, agora um professor de dança. A obra ainda conta com participações como Ana Maria Braga, Ailton Graça, Ramille, o cantor de piseiro João Gomes e Humberto Carrão, que faz uma aparição surpresa como Sandro, seu personagem em "Amor de Mãe".
A trama começa quando Ryan, o último filho que ainda mora com Lurdes, tenta se mudar às escondidas da mãe. Vendo a casa vazia sem sua cria, Lurdes encara, pela primeira vez na vida, a possibilidade de ter tempo para si. No entanto, em um primeiro momento, ela estranha o excesso de autonomia e cai em uma melancolia que ela logo identificou como 'síndrome do ninho vazio'.
Para completar a maré de baixo astral, também precisa lidar com a nova vizinha, Zuleide. Animada e barulhenta, Zuleide passa a incomodar Lurdes com o som alto e com as folhas de suas plantas que teimam em cair no quintal dela. Mas essa tristeza toda não combina com Dona Lurdes, nordestina arretada que criou os filhos sozinha, sem nunca perder a alegria de viver, apesar de toda a dificuldade. Depois de passar mal e ser acudida pela vizinha, Lurdes toma um choque de realidade e decide que é hora de voltar a se priorizar: a cuidar de si e se redescobrir. Assim, na companhia da nova melhor amiga, Lurdes vai embarcar em novas experiências que vão de aulas de dança de salão a entrar em um aplicativo de relacionamento destinado a pessoas maduras, passando por descobrir brinquedinhos de sex shop, fazer trilhas e tomar porres.
Incentivada por Zuleide, Lurdes topa frequentar aulas de dança, onde conhece Mário Sérgio. E acontece o que ela achava que seria impossível na sua idade: se apaixonar mais uma vez e ter a chance de viver um grande amor. O romance, no entanto, deixa os filhos Magno, Danilo, Érica, Camila e Ryan com o pé atrás.
Com um elenco de peso e trama que aborda uma fase crucial na história de mães e filhos, "Dona Lurdes" gera identificação e cativa o público sem fazer esforço. E não é necessário ter visto "Amor de Mãe" para entender a história, que é despretensiosa e gostosa de assistir. No entanto, não há uma estrutura de filme. A sensação é de estar acompanhando a um episódio especial de fim de ano na Globo ou então um capítulo estendido da novela. Só que isso não diminui a produção em nada. É um bom entretenimento para a família.
O objetivo do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo é gravar oito títulos só neste ano e "Dona Lurdes - O Filme" é a primeira grande aposta. É possível afirmar que o longa, que tem produção de Luciana Monteiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim, marca um começo com pé direito.
Estômago 2 - O Poderoso Chef
3.0 7Quais são os ingredientes que fazem desse chef tão brilhante e visceral?
Será que nessa continuação a gente descobre mais sobre?
Prepare-se para Estômago 2: O Poderoso Chef, com o incrível João Miguel e agora com mais personagens icônicos e um vindo diretamente da Itália!
O filme estreia em breve exclusivamente nos cinemas.🍿
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraMillennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres - (2011) - 🎬
(Versão Americana)
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011) é aquele tipo de filme que te prende do início ao fim. A história gira em torno de Mikael Blomkvist (Daniel Craig), um jornalista desacreditado que se junta à hacker Lisbeth Salander (Rooney Mara) para investigar o desaparecimento de uma jovem há 40 anos.
Daniel Craig e Rooney Mara entregam atuações memoráveis como Mikael e Lisbeth. A química entre os dois é palpável, e a complexidade de seus personagens é explorada com maestria, o elenco de apoio é fantástico e conta com nomes de peso como "Stellan Skarsgård", "Christopher Plummer", "Steven Berkoff", "Robin Wright" e "Joely Richardson" simplesmente não existem atuações ruins nesse filme.
O filme conta com a direção de David Fincher, e o renomado diretor não decepciona, ele cria uma atmosfera sombria e intrigante que se encaixa perfeitamente na trama. O ritmo do filme é impecável, e a tensão aumenta gradualmente até o climax final.
Não vou me estender, mas se você curte um ótimo Thriller de Suspense essa é uma boa pedida.
Vou ser bem sincero, não acho superior, inclusive acho esse Remake até melhor que o original.
Claro que é questão de gosto, mas para mim tanto o elenco, quanto a direção do Remake são melhores.