Que problema esse curta. Porque a luta aí não é entre razão e emoção, nem entre "gentileza" e "agressividade" como o poster dá a entender, mas sim entre duas personalidades distintas
- afinal, o que tem de "gentil" em falar sobre gases no primeiro encontro (honestidade, talvez, mas gentileza?) ou de agressivo em convidar pra dançar?
, sendo o lado azul do cérebro do cara o lado mais polido e, ao mesmo tempo, sem trato social, e o lado vermelho é o mais safo e também o mais compulsivo sexualmente. Já a única vez que os lados da mulher aparecem são pra concordar em casar naquele momento, ao que os dois lados do cara respondem querendo FUGIR?
Sério que vocês não vem estereótipos de gênero nisso aí?
1,5 porque o começo bobinho diverte e a animação é bem feita.
Uma das coisas mais arrasadoras que o desenvolvimento da Física fez nos últimos 150 anos foi meio que comprovar que o tempo como imaginamos é uma ilusão: que o antes, o agora e o depois são, na verdade, uma dimensão do espaço, material, concreto, e que, sabe-se lá deus como, vai além da nossa limitada percepção dele.
"Vozes de Uma Estrela Distante" trabalha certo ao pegar essa questão temporal e trabalhar lado a lado com um sentimento tão complexo e ao mesmo tempo universal como é o amor.
A forma como a conexão de Mikako e Noboru vai além das limitações físicas, ultrapassa a velocidade da luz e mantém o amor de ambos vivo é bem bonita. Muito curioso também a forma como o transcorrer mais do lento do tempo pra Noboru o leva a tentar desvencilhar-se do sentimento, da espera, do amor, mas não consegue destruir o sentimento. Duvidar e correr do amor é apresentado como análogo a correr em direção a um futuro, enquanto Mikako aceita, abraça e chega a arriscar sua vida em nome desse amor, se mantendo apegada ao presente (e aos 15 anos).
O traço foi um problema pra mim. Não despertou simpatia. O CG dos Tracers também, apesar de levar em consideração que o OVA é de 14 anos atrás. E, meudeus, a voz do Noboru... irrita, viu? O texto é legal, a ideia também, mas não me tocou tanto quando (acho que) poderia. Mas vale a pena :)
Não conhecia a banda, e o curta me deixou interessado no som deles. Só aí acredito que já alcançou parte do seu propósito, né? A estética early 90s também me agradou, mas acho que essa pegada meio ~~west side story~~ já encheu meu saco - praticamente desde o filme em 61 isso inunda a cultura pop estadunidense com referências, rs. Mas é muito legal ver essa galera toda junta em 2011 - hoje boa parte dos artistas nesse clipe são donos da porra toda, rs.
A premissa de mostrar um mundo dominado por mulheres, em que elas são tão agressivas quanto os homens do nosso mundo machista é interessante. O curta é bem dirigido no sentido de despertar a empatia por Pierre. Suponho que a intenção tenha sido a de fazer homens que nunca se pensaram passando pelas agruras que mulheres enfrentam diariamente refletirem, e isso é uma grande sacada, bem executada e alcançada pelo curta. Tá ali a noção do corpo como domínio público, do assédio sexual como elogio, e da violência sexual como demonstração de poder.
Mas o filme tem problemas. Em uma sociedade tão marcada pelo racismo e a xenofobia como a francesa, o fato de só aparecerem personagens brancas perpetua um posicionamento racista. Além disso, a "intervenção" de Pierre, enquanto pessoa branca, no cotidiano de Nissar dá um toque de islamofobia há um país que vive processo de criminalização das pessoas e hábitos islamitas - e isso tem menos a ver com alguma "política de direitos humanos" francesa e mais em gerar um contexto de perseguição para tentar dificultar a entrada e permanência de pessoas muçulmanas no país. Da mesma forma, a ausência de uma personagem trans* sequer reforça uma concepção cissexista de gênero. E, por favor, colocar "feminismo" como oposto de "masculinismo", ainda que numa realidade fictícia de domínio das mulheres sobre os homens, é perigoso, principalmente pelo histórico que o segundo termo tem no mundo real - um movimento criado por homens que não reconhecem suas posições privilegiadas e acreditam que, na verdade, as mulheres que são as grandes privilegiadas pelo mundo (ignorando que menos de 10% da riqueza do mundo pertence a mulheres, que mais de 90% das violências sexuais tem como alvo mulheres, que mulheres trabalhando na mesma posição que homens tendem a ganhar menor que eles, e esse monte de realidades machistas que existe em nosso mundo). Tantos problemas que eu desisti de meu intuito inicial de mostrar o filme para conhecidos menos simpáticos às lutas feministas de empoderamento das mulheres por considerar que as mensagens negativas presentes no filme são muitas.
Boa ideia, péssimo caminho de desenvolvimento da história.
Ideia criativa, execução problemática. A proposta de terror do filme é visual demais - não que isso seja necessariamente ruim, mas a produção do curta não deu conta de fazer bem feito. A maquiagem está ótima, mas os efeitos visuais nem tanto.
Adorei? Muito bom! Efeitos visuais muito bons, CG bem utilizado e a câmera dá uma agonia que prende até o final. Sem contar que isso de mostrar apenas uma invasão, sem apresentar nenhuma personagem e desenvolver nenhuma trama é uma proposta bem ousada pra um curta independente, ainda mais aqui na América do Sul. Curti :)
Adorei a forma como o curta utiliza a linguagem quadrinística, agregando movimento e som e tudo mais! Sensacional, já é uma das melhores coisas que já vi :)
O curta me remeteu a "Irreversible", do Gaspar Noé. E menos na sua realização (apesar do diretor franco-argentino também lançar mão de uma narrativa "ao contrário", Barcinski faz isso de forma literal) do que na sua mensagem principal: "le temps detruit tout". Favoritado :)
Bem legal. Gostei da ideia, e principalmente sobre como nos leva a pensar na relação de causa e efeito: foi o tempo que esfriou as pessoas ou foram as pessoas que esfriaram o tempo?
Muito boa! O Leon é muito parecido com o do game, tanto fisicamente quanto a atitude de bocó dele, hahaha. E o final é bem legal. Quero ver a segunda temporada com a Claire!
Amei, de verdade, principalmente à primeira reação que tive ao ver a enfermeira no final, aquela coisa de "o que está acontecendo?" - que, provavelmente, deve ser o que o cara pensou, já que estava absorto em seu mundo paralelo e particular.
Filme muito bonito, simples, tocante e, acima de tudo, redondinho, com a história bem fechada em si. Atuações sinceras e convincentes e o final me lembrou um outro filme de temática gay que assisti há uns anos, chamado "Summersturm". Digamos que o final é esse, só que a sensação que fica é diametralmente oposta, rs.
E, sim, como muitos já disseram, é bacana demais ver um filme nacional tão sensível - sempre existiram, é verdade, mas o fato de virem ganhando evidência de uns anos pra cá é legal para quebrar o estereótipo que boa parte dos próprios brasileiros tem contra o cinema nacional, achando que cinema no Brasil se resume a "filme de favela", como já ouvi dizerem. Tal tipo de filme existe e eu, particularmente, considero importante para manter latente a noção das múltiplas realidades coexistentes, no nosso país e no mundo, mas a realidade nem sempre é dura. Às vezes ela é doce, estalada, surpreendente e curiosa, como o beijo do Gabriel no Léo.
Legal. Imagino o impacto disso nas platéias do final do século XIX. Se eu ri quando o esqueleto surge debaixo do pano, imagina a platéia, que se deparava, então, com algo completamente novo?
Muito bacana ver esse que foi o precursor dos filmes de faroeste e cujo sucesso comercial mostrou que o cinema era um investimento lucrativo. O corte utilizado para mostrar cenas praticamente simultâneas é utilizado pela primeira vez, se não me engano. E a cena final, do "tiro no espectador", é bem interessante, já que, por se tratar de uma mídia completamente nova e dinâmica, a capacidade de imersão do espectador da época era enorme. Segundo jornais da época, as platéias se sobressaltavam no momento do tiro, e depois sorriam, aliviadas com a brincadeira.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a trilha sonora. O filme data de 1903 e a primeira parte da trilha sonora é uma canção em ritmo de ragtime, ritmo criado por negros e que mais tarde daria origem ao jazz, naquela época ainda visto com certo preconceito pelo resto da sociedade estadunidense. Sendo assim, além de interessante para compreender um pouco da evolução do cinema, "O Grande Roubo de Trem" é também o primeiro passo daquilo que se evidenciaria após a Segunda Guerra Mundial: o poder do cinema como transformador social.
Muito bacana. Apesar das técnicas utilizadas pelo filme serem batidas hoje, foram inovações pra época: o "fade-in/fade-out" dos planetas e estrelas visto pelos astrônomos quando estão na Lua deve ter causado verdadeiros orgasmos em 1902. Além da importância histórica, já que é o primeiro filme sci-fi de que se tem notícia, é legal ver como, mesmo em uma mídia que ainda engatinhava - o primeiro cinetoscópio foi construído em 1895 e a primeira projeção ocorreu em 1897 -, Méliès usa as figuras dos astrônomos pra fazer uma certa crítica a ciência de um modo geral, essencialmente positivista, se mostrando um adepto daquela máxima: "o artista é, antes de tudo, um indignado".
O modo como os astrônomos ficam maravilhados com um evento cotidiano de uma fábrica, mas reagem com medo à plantação de cogumelos na cratera me fez abrir um sorrisinho de canto de boca, admito, rs.
The Punisher: Dirty Laundry
4.4 97Queria Thomas Jane de volta ao papel na série da Netflix ;-;
Mas o Bernthal arrasou também
Cérebro Dividido
3.6 86Que problema esse curta. Porque a luta aí não é entre razão e emoção, nem entre "gentileza" e "agressividade" como o poster dá a entender, mas sim entre duas personalidades distintas
- afinal, o que tem de "gentil" em falar sobre gases no primeiro encontro (honestidade, talvez, mas gentileza?) ou de agressivo em convidar pra dançar?
, sendo o lado azul do cérebro do cara o lado mais polido e, ao mesmo tempo, sem trato social, e o lado vermelho é o mais safo e também o mais compulsivo sexualmente. Já a única vez que os lados da mulher aparecem são pra concordar em casar naquele momento, ao que os dois lados do cara respondem querendo FUGIR?
1,5 porque o começo bobinho diverte e a animação é bem feita.
[visto em 27/08/16]
Vozes de uma Estrela Distante
3.5 54Uma das coisas mais arrasadoras que o desenvolvimento da Física fez nos últimos 150 anos foi meio que comprovar que o tempo como imaginamos é uma ilusão: que o antes, o agora e o depois são, na verdade, uma dimensão do espaço, material, concreto, e que, sabe-se lá deus como, vai além da nossa limitada percepção dele.
"Vozes de Uma Estrela Distante" trabalha certo ao pegar essa questão temporal e trabalhar lado a lado com um sentimento tão complexo e ao mesmo tempo universal como é o amor.
A forma como a conexão de Mikako e Noboru vai além das limitações físicas, ultrapassa a velocidade da luz e mantém o amor de ambos vivo é bem bonita. Muito curioso também a forma como o transcorrer mais do lento do tempo pra Noboru o leva a tentar desvencilhar-se do sentimento, da espera, do amor, mas não consegue destruir o sentimento. Duvidar e correr do amor é apresentado como análogo a correr em direção a um futuro, enquanto Mikako aceita, abraça e chega a arriscar sua vida em nome desse amor, se mantendo apegada ao presente (e aos 15 anos).
O traço foi um problema pra mim. Não despertou simpatia. O CG dos Tracers também, apesar de levar em consideração que o OVA é de 14 anos atrás. E, meudeus, a voz do Noboru... irrita, viu? O texto é legal, a ideia também, mas não me tocou tanto quando (acho que) poderia. Mas vale a pena :)
[visto em 24/07/16]
O Buraco Negro
4.0 85Quem vai com muita sede ao pote, acaba morrendo afogado, né?
[visto em 10/02/16]
Best Coast: Our Deal
3.9 253Não conhecia a banda, e o curta me deixou interessado no som deles. Só aí acredito que já alcançou parte do seu propósito, né? A estética early 90s também me agradou, mas acho que essa pegada meio ~~west side story~~ já encheu meu saco - praticamente desde o filme em 61 isso inunda a cultura pop estadunidense com referências, rs. Mas é muito legal ver essa galera toda junta em 2011 - hoje boa parte dos artistas nesse clipe são donos da porra toda, rs.
[visto em 02/02/16]
Maioria Oprimida
4.2 97A premissa de mostrar um mundo dominado por mulheres, em que elas são tão agressivas quanto os homens do nosso mundo machista é interessante. O curta é bem dirigido no sentido de despertar a empatia por Pierre. Suponho que a intenção tenha sido a de fazer homens que nunca se pensaram passando pelas agruras que mulheres enfrentam diariamente refletirem, e isso é uma grande sacada, bem executada e alcançada pelo curta. Tá ali a noção do corpo como domínio público, do assédio sexual como elogio, e da violência sexual como demonstração de poder.
Mas o filme tem problemas. Em uma sociedade tão marcada pelo racismo e a xenofobia como a francesa, o fato de só aparecerem personagens brancas perpetua um posicionamento racista. Além disso, a "intervenção" de Pierre, enquanto pessoa branca, no cotidiano de Nissar dá um toque de islamofobia há um país que vive processo de criminalização das pessoas e hábitos islamitas - e isso tem menos a ver com alguma "política de direitos humanos" francesa e mais em gerar um contexto de perseguição para tentar dificultar a entrada e permanência de pessoas muçulmanas no país. Da mesma forma, a ausência de uma personagem trans* sequer reforça uma concepção cissexista de gênero. E, por favor, colocar "feminismo" como oposto de "masculinismo", ainda que numa realidade fictícia de domínio das mulheres sobre os homens, é perigoso, principalmente pelo histórico que o segundo termo tem no mundo real - um movimento criado por homens que não reconhecem suas posições privilegiadas e acreditam que, na verdade, as mulheres que são as grandes privilegiadas pelo mundo (ignorando que menos de 10% da riqueza do mundo pertence a mulheres, que mais de 90% das violências sexuais tem como alvo mulheres, que mulheres trabalhando na mesma posição que homens tendem a ganhar menor que eles, e esse monte de realidades machistas que existe em nosso mundo). Tantos problemas que eu desisti de meu intuito inicial de mostrar o filme para conhecidos menos simpáticos às lutas feministas de empoderamento das mulheres por considerar que as mensagens negativas presentes no filme são muitas.
Boa ideia, péssimo caminho de desenvolvimento da história.
Ninjas
4.2 45 Assista AgoraIdeia criativa, execução problemática. A proposta de terror do filme é visual demais - não que isso seja necessariamente ruim, mas a produção do curta não deu conta de fazer bem feito. A maquiagem está ótima, mas os efeitos visuais nem tanto.
Ataque de Pânico!
3.6 116Adorei? Muito bom! Efeitos visuais muito bons, CG bem utilizado e a câmera dá uma agonia que prende até o final. Sem contar que isso de mostrar apenas uma invasão, sem apresentar nenhuma personagem e desenvolver nenhuma trama é uma proposta bem ousada pra um curta independente, ainda mais aqui na América do Sul. Curti :)
Malaria
4.7 126Adorei a forma como o curta utiliza a linguagem quadrinística, agregando movimento e som e tudo mais! Sensacional, já é uma das melhores coisas que já vi :)
Hoje Não Estou
3.9 137Bonito, fofo, tocante :)
Palíndromo
3.8 32O curta me remeteu a "Irreversible", do Gaspar Noé. E menos na sua realização (apesar do diretor franco-argentino também lançar mão de uma narrativa "ao contrário", Barcinski faz isso de forma literal) do que na sua mensagem principal: "le temps detruit tout". Favoritado :)
Recife Frio
4.3 313Bem legal. Gostei da ideia, e principalmente sobre como nos leva a pensar na relação de causa e efeito: foi o tempo que esfriou as pessoas ou foram as pessoas que esfriaram o tempo?
Resident Evil: Primeira Hora
3.5 25Muito boa! O Leon é muito parecido com o do game, tanto fisicamente quanto a atitude de bocó dele, hahaha. E o final é bem legal. Quero ver a segunda temporada com a Claire!
What to Do In a Zombie Attack
3.3 9Bem fraquinho. No começo, o tom satírico cai até bem, mas no final, enche o saco. E olha que só tem 14 minutos!
Quando o Tempo Cair
3.6 8 Assista AgoraO curta é bonito, tem uma fotografia bem legal, uma trilha sonora que casa bem, mas achei que as atuações deixaram a desejar, assim como os diálogos.
Elke
4.0 6Não conhecia muito da Elke e assisti o curta mais por curiosidade mesmo. Fui surpreendido. Elke ganhou um admirador :)
Arka
4.0 20 Assista AgoraCara, que curta lindo!
Amei, de verdade, principalmente à primeira reação que tive ao ver a enfermeira no final, aquela coisa de "o que está acontecendo?" - que, provavelmente, deve ser o que o cara pensou, já que estava absorto em seu mundo paralelo e particular.
Mortal Kombat: Rebirth
3.9 220Eu fiquei MUITO ansioso.
The Black Mamba
3.9 47É, rapaz, a Nike joga duro quando o assunto é publicidade. Paguei pau.
Eu Não Quero Voltar Sozinho
4.4 1,9K Assista AgoraFilme muito bonito, simples, tocante e, acima de tudo, redondinho, com a história bem fechada em si. Atuações sinceras e convincentes e o final me lembrou um outro filme de temática gay que assisti há uns anos, chamado "Summersturm". Digamos que o final é esse, só que a sensação que fica é diametralmente oposta, rs.
E, sim, como muitos já disseram, é bacana demais ver um filme nacional tão sensível - sempre existiram, é verdade, mas o fato de virem ganhando evidência de uns anos pra cá é legal para quebrar o estereótipo que boa parte dos próprios brasileiros tem contra o cinema nacional, achando que cinema no Brasil se resume a "filme de favela", como já ouvi dizerem. Tal tipo de filme existe e eu, particularmente, considero importante para manter latente a noção das múltiplas realidades coexistentes, no nosso país e no mundo, mas a realidade nem sempre é dura. Às vezes ela é doce, estalada, surpreendente e curiosa, como o beijo do Gabriel no Léo.
O Desaparecimento de uma Dama no Teatro Robert Houdin
3.8 29Legal. Imagino o impacto disso nas platéias do final do século XIX. Se eu ri quando o esqueleto surge debaixo do pano, imagina a platéia, que se deparava, então, com algo completamente novo?
O Grande Roubo do Trem
3.8 185Muito bacana ver esse que foi o precursor dos filmes de faroeste e cujo sucesso comercial mostrou que o cinema era um investimento lucrativo. O corte utilizado para mostrar cenas praticamente simultâneas é utilizado pela primeira vez, se não me engano. E a cena final, do "tiro no espectador", é bem interessante, já que, por se tratar de uma mídia completamente nova e dinâmica, a capacidade de imersão do espectador da época era enorme. Segundo jornais da época, as platéias se sobressaltavam no momento do tiro, e depois sorriam, aliviadas com a brincadeira.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a trilha sonora. O filme data de 1903 e a primeira parte da trilha sonora é uma canção em ritmo de ragtime, ritmo criado por negros e que mais tarde daria origem ao jazz, naquela época ainda visto com certo preconceito pelo resto da sociedade estadunidense. Sendo assim, além de interessante para compreender um pouco da evolução do cinema, "O Grande Roubo de Trem" é também o primeiro passo daquilo que se evidenciaria após a Segunda Guerra Mundial: o poder do cinema como transformador social.
Viagem à Lua
4.4 857 Assista AgoraMuito bacana. Apesar das técnicas utilizadas pelo filme serem batidas hoje, foram inovações pra época: o "fade-in/fade-out" dos planetas e estrelas visto pelos astrônomos quando estão na Lua deve ter causado verdadeiros orgasmos em 1902. Além da importância histórica, já que é o primeiro filme sci-fi de que se tem notícia, é legal ver como, mesmo em uma mídia que ainda engatinhava - o primeiro cinetoscópio foi construído em 1895 e a primeira projeção ocorreu em 1897 -, Méliès usa as figuras dos astrônomos pra fazer uma certa crítica a ciência de um modo geral, essencialmente positivista, se mostrando um adepto daquela máxima: "o artista é, antes de tudo, um indignado".
O modo como os astrônomos ficam maravilhados com um evento cotidiano de uma fábrica, mas reagem com medo à plantação de cogumelos na cratera me fez abrir um sorrisinho de canto de boca, admito, rs.
Pra que Serve o Amor?
4.0 331A cena da briga é ótima, hahaha.
Muito lindinho *---*