Frequentemente num elenco tão extenso e numa série de comédia familiar com muitas temporadas, as personalidades se perdem ao passar dos anos e as principais características de seus personagens acabam destoando dos anos anteriores. No entanto, o roteiro pueril de ''Full House'' e a dedicação dos atores conseguem manter as qualidades individuais de cada membro da ''equipe Tenner'' e como interagem um com o outro. Se nas temporadas anteriores vimos a evolução positiva dos personagens, nesta quinta são apresentadas as conquistas e jornada pessoal de cada um. Joey conseguiu um emprego de apresentador em um programa infantil, Jesse finalmente assina contrato com uma gravadora e grava um clipe, D.J consegue sua carteira de motorista e Becky deu à luz aos gêmeos Nicky e Alex. Novidades essas deram um novo alento à série, rendendo bons momentos, divertidas situações e episódios com um certo nível de maturidade, como o sensível ''The Volunteer'', que fala sobre os primeiros estágios da doença de Alzheimer. Apesar de um lampejo ou outro de criatividade, ''Full House'' ainda não aprendeu a lidar com o excesso de imaturidade, deixando um clima infantiloide pouco cativante na maioria dos episódios.
À medida que a série vai avançando em suas temporadas eu me sinto como se já fizesse parte da família Tanner. A gente vai se envolvendo tanto com os personagens de tal forma que cada episódio vai se tornando cada vez mais palpável ao enaltecer o conceito de “família”, tão propagado na série e em seus discursos moralistas. O casamento de Jess e Becky e o engraçado episódio ''Secret Admirer'' foram umas das melhores coisas dessa temporada.
Neste terceiro ano de ''Full House'' a série apresenta um bom processo de amadurecimento, não só do roteiro, mas também de seus personagens centrais. É uma experiência gostosa acompanhar o crescimento do trio de irmãs, rendendo bons episódios com alguns temas importantes no bojo da fase da pré-adolescência, como o difícil processo de adaptação a uma nova escola, bullying, o primeiro namorado, etc. Parece que é aqui nesta temporada que a série começa a engrenar, mantendo um bom ritmo apesar de algumas derrapadas que em nada compromete a diversão descompromissada da história.
Tão divertida e inocente quanto à primeira temporada, o segundo ano de ''Full House'' continua estruturalmente a mesma coisa, uma simplória continuação das aventuras da família Tanner e mais uma boa pitada de fofura e meiguice do adorável trio de irmãs. Impossível não torcer pelo casal Jesse e Rebecca que, apesar de todos clichês possíveis, contribui muito para que o espectador crie empatia pelos personagens, mantendo o romance e as confusões amorosas sempre palpáveis. A figura paterna representada por Danny, Jesse e Joey continua rendendo bons momentos e lições edificantes que se tornam uma via fecunda para uma eficiente discussão comportamental no núcleo familiar. Existe uma certa graça e prazer nostálgico em cada episódio mas ainda sim, convenhamos, a série não traz um roteiro enxuto e interpretações inspiradas nesta temporada, mas ainda sim é muito agradável e gostoso de assistir.
Sou imensamente grato pela Netflix ter disponibilizado todas as oito temporadas completas desta nostálgica série de comédia que foi sucesso absoluto nos anos 90. Responsável por lançar a carreira das famosas gêmeas Olsen, ''Full House'' (ou ''Três É Demais'', como é conhecida no Brasil) usa uma fórmula pueril e familiar para nos dar boas lições sobre amadurecimento, amizade e o que é certo e o errado. Foi um deleite relembrar da fofurice da pequena Michelle Tanner e das atuações mirins de Candace Cameron e da carismática Jodie Sweetin. Embora não tenhamos atuações brilhantes e maduras, cada ator consegue se encaixar perfeitamente em seu respectivo personagem. Desde Bob Saget interpretando o amoroso pai a coadjuvante Andrea Barber dando seu carisma a irônica e destrambelhada Kimmy Gibbler — que, para mim, apesar de pouquíssimas aparições nesta temporada, consegue ser uma das melhores e mais divertidas personagens. É claro que ''Full House'' não escapa de alguns furos e deslizes de continuidade, em uma época onde as séries de comédia familiar não tinham tanta popularidade na TV como nos dias de hoje, mas nada que estrague a diversão, sempre cumprindo o seu papel de entreter a família com piadas inofensivas e momentos edificantes. De uma pureza e doçura nostálgica sem igual, ''Full House'' merece uma boa revisitada.
Em um retorno glorioso, a mundialmente famosa série de apocalipse zumbi me proporcionou uma das experiências mais desconcertantes com o brutal ''The Day Will Come When You Won't Be''. TRAUMATIZADO é pouco para descrever o que eu senti ao assistir o imaculável episódio de estréia orquestrado pelo mestre Greg Nicotero. Depois de toda a tensão construída na asfixiante season finale da sexta temporada em torno da chegada do emblemático vilão Negan, o sétimo ano de “The Walking Dead” sanou a ansiedade dos fãs sedentos e já de cara proporcionou uma verdadeira explosão de emoções (e muito gore!). Tendo como grande trunfo o magnífico e extremamente repulsivo personagem vilanesco do até então pouco conhecido Jeffrey Dean Morgan, a sétima temporada desenvolve todo seu potencial logo no primeiro episódio, com uma quantidade acachapante de zelo e um primor técnico irrefutável. As expectativas foram muitíssimo bem correspondidas, entretanto, em um balanço geral, o inevitável ''efeito onda'' compromete o vigor narrativo da temporada. Apesar de entregar um dos melhores episódios já de início, a série segue adiante com arcos desinteressantes, focando em personagens de somenos relevância. A lentidão e perda de fôlego da temporada, por mais inteligível que seja, gerou um verdadeiro teste de paciência ao grande público, desperdiçando boa parte da trama com uma sucessão de episódios cheios de firulas. Além dos problemas previsíveis do percurso e algumas falhas de comando, a temporada precisa lidar com a inconsistência do roteiro. Há uma forte oscilação entre episódios sensacionais e episódios mornos que chega a ser profundamente frustrante. É justo dizer que cada capítulo carrega alguns detalhes positivos, seus altos e baixos não interferem negativamente no conjunto da obra. Dois episódios focados em personagens secundários (7x6: Swear, 7x11: Hostiles and Calamities), apesar de serem detestados pela grande maioria dos fãs, me renderam bons momentos e acrescentou muito para a trama. Tara e Eugene receberam os merecidos destaques nos eficientes episódios solos que no decorrer da série iremos descobrir sua importância na futura e tão esperada ''All Out War''. Eu senti falta dos ''walkers'' ainda serem o foco principal da série. Os dramas pessoais dos sobreviventes estão se repetindo cansativamente desde a última temporada, descambando para um tom novelesco interminável onde nossos queridos amigos zumbis, a ameaça principal que outrora era o empolgante carro-chefe do seriado, são usados cada vez menos para dar espaço para conflitos humanos enfadonhos e eventos cheio de rodeios. Voltando a elencar os pontos positivos da temporada, não podemos esquecer de citar a espetacular aula de atuação de Andrew Lincoln. Sua performance sempre me impressionou ao longo da série, principalmente devido à desconstrução psicológica de seu personagem, mas aqui o ator britânico se superou, entregando uma das sequências mais dramáticas e pungentes da série que certamente será difícil de esquecer. No mesmo patamar de atuação, a impecável Lauren Cohan carrega no olhar e nas expressões melancólicas um crível sentimento de fragilidade e abalo emocional em uma cena de despedida horrível de suportar. Existem muitos outros bons atores que ganharam espaço nesta temporada e é claro que não terei espaço para falar de todos, mas vale destacar a atuação de Josh McDermitt, Alanna Masterson e Austin Amelio. Foi lindo de ver a tigresa Shiva salvando a vida de Carl no último episódio, de ver o imprevisível, sarcástico e sádico Negan nos deixando desconfortável quando entra em cena acompanhado de seu bastão, de ver até mesmo o poético episódio de sacrifício de Sasha. Esses dentre outros tantos bons momentos salvam a série de se afundar completamente na lama, mas ainda sim a temporada vai na "contramão" do esperado pela legião de fãs, carentes de um arco dinâmico, flanando diante de uma trama cheia de enrolação, furos de roteiro e forçação de barra.
O mistério acerca do Capitão Amagai Shuusuke no primeiro episódio e a conspiração envolvendo a jovem princesa Lurichiyo Kasumiōji me devolveu o fôlego para continuar com entusiasmo a acompanhar o anime. Esta temporada filler traz uma reviravolta fantástica, me lembrou muito a ótima saga da Soul Society, entregando um eficiente começo, meio e fim, ao contrário de alguns arcos desinteressantes da linha oficial do anime que insiste em enrolar o espectador. Nesta saga-filler somos presenteados com vilões bem construídos, divertidos combates na Soul Society e planos sendo arquitetados de forma instigante. O arco da Conspiração Kasumiōji tem sim alguns escorregões e momentos entediantes, mas no fim, foi mais gostoso ver esta saga do que o filler dos Bounts.
Uma boa saga que faz jus ao título ''A Luta Feroz'', mas o excesso de explicações e personagens me incomodou bastante. Aliás, o grande defeito desta temporada se encontra justamente nos excessos, deixando a trama carente de novidades e dinamismo. Ao entrarem no palácio ''Las Noches'', o QG do vilão Sousuke Aizen, a jornada de Ichigo e seus amigos rende algumas lutas divertidas, algumas maçantes demais, mas as intermináveis horas de combate me fizeram torcer para que o fim da saga chegasse logo. Como alívio cômico, os estranhos personagens Pesche e DondoChakka, ao lado da tagarela Nel Tu, criam os momentos mais divertidos do anime. Cada fala desses personagens é uma piada que consegue compensar os momentos de tédio. Embora alguns vilões sejam bem construídos e interessantes, como o necrupuloso Ulquiorra, a trama desta saga é arrastada e os acontecimentos se desenrolam de forma lenta e desinteressante.
A Rede Globo mais uma vez fazendo bonito quando o assunto é minissérie. Ao lado da fotografia de Walter Carvalho, que deu tons dramáticos ao cartão postal de Recife, a emissora nos brinda com uma produção primorosa e bem construída tanto estética quanto narrativamente. Já nos quatros primeiros episódios, ''Justiça'' mostra que tem potencial, apresentando individualmente os personagens de forma ousada e preparando a reviravolta. Uma sacada genial, que move boa parte da narrativa e que vai interligando as histórias de redenção e vingança em um brilhante e perspicaz roteiro. Um projeto inovador dentro das regras tradicionais das teledramaturgias da emissora. Seja pelas atuações potentes, pelo desenvolvimento da trama, pela sutileza de seus belos enquadramentos, pela afiada crítica social e pela interação entre os personagens dentro de uma narrativa cruzada, ''Justiça'' é uma junção de várias outras qualidades que sustentam seus 20 episódios de forma arrebatadora. Mas o grande trunfo da produção está mesmo no elenco, dedicado e recheado de estrelas. Débora Bloch, Adriana Esteves e Leandra Leal entregam performances magistrais. Além dessas mulheres fenomenais, há muitos coadjuvantes que merecem destaque: Drica Moraes, Antonio Calloni, Luisa Arraes, Vladimir Brichta, Enrique Diaz e a revelação Tobias Carrieres, dando vida ao garoto Jesus em uma interpretação espontânea e cheia de carisma. O clímax que acontece durante os primeiros episódios de Elisa e Fátima consegue ganhar o espectador logo de cara, fazendo com que este se prenda na história do início ao fim. Fiquei completamente extasiado com a cena onde a personagem de Débora Bloch carrega sua filha assassinada nos braços (interpretada lindamente por Marina Ruy Barbosa) ao som da belíssima canção ''Pedaço de Mim''. O dueto cantado por Chico Buarque e Zizi Possi valoriza ainda mais a cena, carregada de muita emoção e impacto suficiente para mostrar todo o drama da situação. A história de Fátima, personagem da talentosa Adriana Esteves, consegue se destacar ante aos outros protagonistas, sendo uma das mais interessantes da série. É difícil não se emocionar com algumas de suas cenas, principalmente aquela do reencontro com seu filho Jesus e aquele abalo emocional entre os dois logo após Fátima ter sua bolsa roubada pelo próprio filho, em uma sequência magistral onde as expressões faciais e olhares de Tobias Carrieres e Adriana Esteves transmitem uma potência dramática impactante. Infelizmente, ''Justiça'' acaba perdendo um pouco o fio da meada na trama de Rose e Maurício. Apesar de ambos abordarem um assunto delicado e com temas polêmicos e pertinentes, o roteiro de Manuela Dias engasga aqui e ali, onde a história protagonizada por Jéssica Ellen e Cauã Reymond começa de forma bem interessante, porém, oferece pouca margem pra gerar sensações positivas ou ser tão envolvente quanto ao drama de Fátima e Elisa. Os rumos que as histórias de Rose e Maurício tomaram foram banais, com desfechos bem canhestros e um desenvolvimento morno. Luisa Arraes, que até então achava que seria uma mera coadjuvante na história de Rose, rouba toda a cena com sua competente atuação e sua busca frenética por justiça. O mesmo acontece com a ótima Drica Moraes e Antonio Calloni, ofuscando o protagonista vivido por Cauã Reymond. Apesar das inconstâncias narrativas, ''Justiça'' se sai bem especialmente no aspecto visual. As cenas de embate são potentes e impecavelmente produzidas, revelando uma qualidade técnica bem orquestrada por José Luiz Villamarim. O diretor encontra soluções inspiradíssimas para algumas cenas, usando enquadramentos notáveis, de sutileza poética e com um ritmo agradavelmente bem construído. Em resumo, ''Justiça'' é um trabalho de qualidade ímpar, um sopro de autenticidade se considerarmos o nível atual da teledramaturgia nacional.
''Sexo, Drogas e Cupcakes''. Esse deveria ser o título da série criada por Michael Patrick King e Whitney Cummings. É impressionante como ''2 Broke Girls'' usa e abusa do politicamente incorreto, recheando de piadas maliciosas e trocadilhos de conotação sexual a cada episódio. É uma boa temporada de apresentação do cotidiano das garotas que sonham em abrir uma loja de cupcakes, mas fica aquela velha sensação que poderia ter sido melhor. Kat Dennings e Beth Behrs conseguem nos cativar com suas respectivas personagens, com um ótimo entrosamento entre elas, mas é a belíssima, loira e alta Behrs que se destaca com sua otimista, sonhadora e estupidamente mimada Caroline Channing. Eu gostei muito da personagem de Behrs pois sua postura energética na história consegue se distanciar totalmente do estereótipo da ''loira burra'', sustentando as melhores e mais divertidas situações. Outro alvo de risos é a engraçadíssima personagem Max, interpretada por uma carismática e debochada Kat Dennings. São delas as melhores piadas de humor negro e as boas doses de sarcasmo. Nesta primeira temporada ainda somos apresentados à um ótimo e divertido elenco coadjuvante, alguns deles até mesmo roubando algumas cenas junto aos protagonistas, como a impagável polaca Sophie interpretado pela divertida Jennifer Coolidge. Enfim, uma das séries mais engraçadas da atualidade, com personagens incrivelmente hilários e uma sucessão de piadas ácidas. Digna de maratona no final de semana!
O sexto ano de ''Friends'' conta com 23 episódios absurdamente engraçados que merecem ser vistos várias e várias vezes. Morri de rir com o gritinho de susto de Ross no impagável ''The One With The Unagi'' e o jeito desengonçado de Phoebe correr no episódio ''The One Where Phoebe Runs''. São tantos episódios bons que fica difícil escolher qual é o melhor e mais divertido. A qualidade da série é certamente fruto do ótimo entrosamento do grupo de amigos, cada vez mais evoluído e disparando piadas ininterruptas, uma atrás da outra. Felizmente, a sexta temporada não perde seu nível de entretenimento. Seu humor inquestionável se mantém intacto, nos presenteando com uma season finale emocionante e uma das melhores participações especiais, o ator Bruce Willis.
Já comecei dando muitas risadas no primeiro episódio com as tentativas de Chandler e Monica para arrumar um lugar para ficarem a sós para namorar. O começo do namoro secreto desses dois personagens rende os momentos mais divertidos desta temporada, mas a hilária Phoebe também se destaca em vários episódios envolvendo sua gravidez e seu romance com o policial Gary. Mas o grande acerto desta temporada foi sem dúvidas o affair Ross-Rachel ter ficado em segundo plano. O vai-e-vem do casal ícone da série estava começando a ficar chato demais. Com isso, outros quatro personagens ganharam mais espaço na trama, trazendo momentos épicos e diálogos divertidíssimos. Vários episódios merecem destaque por serem tão hilários e espirituosos, como ''Aquele com a Bolsa do Joey'', ''Aquele em que Todos Descobrem'' e o meu favorito ''Aquele com Todos os Beijos''. Mantendo a tradição de fazer inúmeras piadas inteligentes e boas referências à muitos elementos da cultura pop, esta quinta temporada deixa evidente o porquê da série ter cravado seu nome na lista dos melhores sitcoms de todos os tempos. ''Friends'' é isso! Cada temporada que assisto gosto mais ainda do cotidiano dos seis amigos e é sempre garantia de muitas risadas.
Nesta temporada finalmente somos apresentados ao famigerado Hueco Mundo, em uma saga repleta de personagens divertidos, tiradas engraçadas e batalhas titânicas. Ainda consegue entregar a mesma atmosfera da Soul Society, mas sem a mesma empolgação. Mas confesso que me diverti bastante graças a Arrancar ''sadomasoquista'' Nelliel e seus irmãos adotivos, Bristtane Donodochaka e Pesche Guatiche, personagens hilários e cativantes responsáveis pelos bons e divertidos momentos neste arco. A luta contra os Privarón Espadas e o arsenal de inimigos na horripilante Floresta de Menos conferem um desenrolar cada vez mais interessante nesta etapa do resgate de Orihime Inoue. A representação dos combates é boa, podemos desfrutar de uma saga cheia de emoção e adrenalina, e principalmente de um enredo bem conduzido, apesar de repetitivo, onde nenhum personagem fica de fora na história. Enfim, uma temporada com seus altos e baixos mas totalmente aturável. Agora só espero que as coisas fiquem um pouco menos entediantes nos próximos arcos.
A dúvida que deixou todos fãs de cabelo em pé na season finale fechou esta sexta temporada com chave de ouro. Os episódios na maioria são bons e com um ritmo frenético, principalmente na segunda metade. A relação e o desenvolvimento dos personagens foram bem trabalhadas e a ''trollagem'' com a morte de Glenn, um dos queridinhos da série, cumpriu muitíssimo bem a função de estabelecer um excelente clima de angústia e pegou muita gente de surpresa. Esses pontos positivos citados acima conduzem a história em um tom agora mais pesado, sem desbancar para resoluções piegas e expondo a fragilidade e dilemas morais de seus personagens de forma translúcida, fazendo desta temporada, na minha humilde opinião de fã, a mais emblemática de todas. Foram 16 episódios impactantes. Alguns extremamente tristes, como no episódio onde Jessie e um dos seus filhos, Sam, são mortos pelos zumbis e também o episódio "Twice as Far", onde a carismática Denise Cloyd é morta acidentalmente por uma flecha. Esses dois momentos específicos me deixaram impressionados com tamanha dramaticidade e invulnerabilidade de personagens que conseguiram me cativar desde o primeiro episódio e não esperava que tivessem finais tão trágicos. Minha única ressalva é que uma das minhas personagens femininas favoritas, Carol, perdeu sua identidade fria, autosuficiente e onipresente, tornando-se uma mulher contida e religiosamente indefesa. Não que essa mudança comportamental tenha prejudicado o enredo, muito pelo contrário, mas estávamos tão acostumados com a forte evolução da personagem que acabou soando um pouco estranho e sem nenhum sentido. A fotografia, trilha sonora e efeitos visuais continuam impecáveis. As boas atuações conseguem compensar o ritmo lento de alguns episódios e eleva a potência dramática da série. Enfim, por ter me deixado com os nervos a flor da pele em quase todos os episódios, apesar de alguns serem longos e cansativos, a sexta temporada me prendeu o tempo todo, despertou vários sentimentos, suas subtramas foram envolventes e foi o suficiente para atiçar os fãs à espera do arco do cruel e famigerado Negan. E seja muito bem-vindo Jeffrey Dean Morgan!
Nesta excelente quinta temporada, ''The Walking Dead'' traz muitos momentos sufocantes e alguns desfechos bem tristes de personagens que aprendemos a gostar. Foi impossível não se emocionar com a morte do personagem Noah, Tyreese e de nossa querida Beth, sendo uma das cenas mais dramáticas da série. Depois da explosiva fuga no ótimo arco de Terminus, em uma das melhores sequências com a personagem Carol, o grupo parte para uma nova jornada, unindo duas narrativas bem formuladas e repletas de passagens marcantes. E quando novos personagens entram em cena, como o atormentado padre Gabriel, Aaron e Deanna, a história do grupo liderado por Rick Grimes vai aos poucos ganhando nova profundidade, lidando não apenas com o fato deles terem que sobreviver em um mundo pós-apocalíptico zumbi, mas também lidarem com seus próprios instintos assassinos, dramas pessoais e a difícil adaptação a um novo tipo de vida em Alexandria, palco principal para a próxima temporada. Apesar de algumas incongruências na trama e falta de vigor em alguns episódios, esta temporada segue um ritmo satisfatório, trazendo uma maior imersão nos traumas dos personagens, uma boa construção de vilões, como a temível policial Dawn Lerner (muitíssimo bem interpretada pela expressiva Christine Woods), e ótimas cenas de impacto, como a cena do celeiro no episódio ''Them". No fim das contas, a quinta temporada se mostrou ainda mais enérgica e inspirada no desenrolar dos fatos, mantendo aquele fôlego que nos faz continuar amando e empolgado com o futuro da série.
''Friends'' não perde suas boas piadas nesta quarta temporada, entregando momentos hilários envolvendo o complicado relacionamento de Ross e Rachel e o começo de gravidez da divertidíssima Phoebe. Jennifer Aniston me surpreendeu mais uma vez, provando que não é apenas um rostinho bonito mas também uma excelente comediante. Aliás, o trio feminino Jennifer/Courteney/Lisa Kudrow continua afiado nos quesitos humor e carisma. O trio masculino também é muito bom (apesar de serem muito apalermados nesta temporada), e os seis amigos juntos ficam ótimos em cena e com um timing cômico incrível em sintonia. Deu pra matar saudades da hilária Janice, uma de minhas coadjuvantes preferidas, no episódio 15 (Aquele do Rugby) e conferir a impressionante evolução de todos os personagens, fora o season finale que é impossível não se simpatizar.
Tensão e curiosidade acerca do desenrolar da história são os pontos fortes nesta eletrizante quarta temporada. O misterioso Terminus gerou muita empolgação no sensacional episódio de encerramento e deixou muitos fãs com a pulga atrás da orelha, inclusive eu. Bons momentos na trama e melhoras consideráveis no roteiro conseguiram me estimular a prosseguir a jornada. É notório em cada episódio um acerto relevante onde a tensão, drama psicológico e ação são reunidas na medida certa. As construções dos personagens são bem trabalhadas nesta quarta etapa, trazendo algumas cenas espetaculares e memoráveis. Vale destacar a evolução da personagem Carol, que para mim foi uma das melhores coisas que ocorreram na série. Graças ao excelente trabalho de atuação de Melissa McBride, aquela esposa submissa e sofredora da primeira temporada não existe mais e foi substituída por uma mulher forte e radical em prol da sobrevivência. Altos e baixos ainda estão presentes na primeira e segunda parte da temporada mas essa para mim foi a melhor de todas até agora. Com muitos capítulos melancólicos e alguns até líricos, a quarta temporada impressiona e satisfaz os fãs sedentos por uma boa adaptação dos HQs.
A cada temporada ''Friends'' vai me prendendo cada vez mais! Sempre se mantendo evoluída em suas tiradas cômicas e no desenvolvimento de seus personagens e acaba não devendo nada no quesito diversão. Fica muito difícil decidir qual episódio é o melhor ou qual nosso personagem favorito. O que importa é que a terceira temporada é semelhante à outras em dois sentidos: espontaneidade e qualidade narrativa, deixando suas histórias agradáveis e de fácil compreensão. Seus 25 episódios continuam garantindo um bom repertório de piadas e situações engraçadas do cotidiano do sexteto.
A terceira etapa da série ''The Walking Dead'' foi praticamente uma luz no fim do túnel para os fãs e conseguiu de forma satisfatória apagar os resquícios de falhas da temporada anterior. A chegada dos marcantes personagens Michone e o grande vilão ''O Governador'' nesta terceira temporada deixaram muitos fãs ouriçados e tornou a saga pós-apocalíptica muito mais empolgante e digna de ser lembrada como a mais emblemática de todas até agora. Houve uma notável mudança na linha narrativa. Os conflitos humanos ficaram mais intenso e cada episódio mais instigante e surpreendente. Entretanto, na segunda parte os episódios vão perdendo fôlego e se apresentam de forma apática. Mesmo assim, a terceira temporada prometeu e cumpriu de forma eficiente e trouxe aos fãs muitos acertos e elementos empolgantes, como a evolução dos personagens e a luta travada entre os líderes Rick e o Governador. A qualidade de atuação e maquiagem dos atores continuam intactas e críveis e dá merecidamente mais um ponto positivo para a série. Volto a favoritar a série por causa desta temporada e pelas lições aprendidas com os erros da anterior. Sem mais!
Como subproduto derivado da série ''The Walking Dead'' é sem dúvidas um presentaço para os fãs da trágica jornada de Rick Grimes e sua turma. ''Torn Apart'' conta uma história que se encaixa perfeitamente no universo pós-apocalíptico zumbi da saga. Mesmo de forma modesta consegue nos prender de uma tal maneira que o sofrimento da personagem Hannah se torna pungente em todas as cenas. Este material extra da série com muitíssimo pouco consegue entregar muito. Para quem é fã da série, vale a pena dar uma olhada neste webisódio cujo esforço é atraente.
A segunda temporada de ''The Walking Dead'' manteve o mesmo nível da primeira, entretanto, falha em alguns pontos técnicos e excessos no roteiro que acaba dando à série um cansativo tom novelesco. A saída de Frank Darabont teve um grande impacto negativo no começo desta temporada e já é notado no cenário limitado e na produção mediana. Enquanto na primeira temporada tinha locações abertas e um bom ritmo narrativo, a segunda temporada se passa quase por completo em apenas uma locação e foca mais no desenvolvimento dos personagens do que na ação. As mudanças comportamentais dos personagens, em especial o protagonista Rick, para mim foi o principal trunfo nessa temporada graças à atuação convincente de Andrew Lincoln que sofreu uma drástica e interessante alteração na composição de seu personagem. Entre erros e acertos, a série continua sendo digna de elogios e me resta torcer para que as futuras temporadas ainda possam ser dignas de serem chamadas de ÉPICAS. Destaque para o episódio ''Pretty Much Dead Already''. A cena onde finalmente é encontrada a garota Sophia no celeiro é simplesmente a melhor e mais emocionante da temporada.
Conseguiu ser um pouco melhor do que o maçante filler sobre os Bounts. O desfecho inesperado do vilão Kariya, as lutas contra os Bounts reunidos na Soul Society e a redenção de Koga Gou, o último Bount sobrevivente que foi salvo por Ran Tao, devolveram à série aquele elemento empolgante que fora perdido na temporada anterior.
Manteve as boas piadas e o humor inteligente da temporada anterior. Todos os 24 episódios me proporcionaram muitas risadas e me fizeram fazer novamente aquela clássica pergunta: ''Porque demorei tanto tempo para começar a ver essa série?''... São 22 minutos que eu nem via passar. Todos os personagens são hilários, sem nenhuma exceção, e fica até difícil escolher qual é o mais divertido. Fora a hilária e ingênua Phoebe Buffay e o atrapalhado Joey Tribbiani, tenho a personagem Janice, interpretada por Maggie Wheeler, como uma das minhas preferidas na série. Não posso deixar de falar sobre as participações mais do que especiais. Pequenas pontas de Brooke Shields, Julia Roberts, Jean-Claude Van Damme, Isabella Rossellini, Charlie Sheen e Steve Zahn marcaram presença nesta temporada e acrescentaram mais sabor ao tempero da série. Estou apaixonadamente apegado por essa série a cada dia mais e torcendo para que outras temporadas sejam tão sensacionais e gostosas de assistir quanto essa segunda. Assistir alguns episódios de ''Friends'' todos os dias para mim já virou um ritual para o meu bom humor. E que venha a terceira temporada agora!
O AMOR. Se existe um tema sempre presente e pronto a fornecer idéias a roteiristas, esse é o predileto. ''Amorteamo'', mais uma suntuosa minissérie da Rede Globo, com fotografia e cenários extravagantes, trata esse tema com um certo lirismo melancólico extraído da poesia ultrarromântica do século 19 e do misticismo recifense. Fugindo da mesmice, a obra é uma franca surpresa para o espectador acostumado com os repetecos das minisséries da emissora. Belíssimos diálogos, uma história sobrenatural poeticamente envolvente, uma cativante trilha sonora e o desempenho arrasador do elenco conseguem elevar a série a um nível de obra de arte bastante primorosa. A atriz Marina Ruy Barbosa mergulha de cabeça em sua adorável noiva-cadáver, colocando todo seu talento a disposição. Letícia Sabatella, Daniel de Oliveira e Jackson Antunes mostram competência na execução de seus personagens e concedem ao enredo uma dramaticidade incrível. O alívio cômico da minissérie, formado por Guta Stresser e Aramis Trindade, foi outro grande acerto da obra e rende boas piadas. Quem também dá as caras é o fantástico Tonico Pereira e Maria Luísa Mendonça, uma atriz de talento inigualável que admiro muito. Inevitável não se lembrar do famoso diretor Tim Burton como elemento referencial presente na obra, entretanto, ''Amorteamo'' possui qualidades próprias, principalmente no que diz respeito ao aspecto regionalista, remontando o Recife do século 19, preservando sua identidade cultural e áurea soturna. Mas a série não escapa de algumas incongruências, como por exemplo no último episódio onde a morta-viva Malvina captura Lena. Achei essa cena em especial muito fraca e deveria apresentar um duelo mais empolgante entre as duas personagens. Mas tirando isso e aquilo, ''Amorteamo'' pode ser considerada umas das melhores minisséries já feitas pela Rede Globo. Esteticamente deslumbrante, com uma abertura lindíssima, bons figurinos e mais algumas outras qualidades que a muito tempo não via nas produções dramatúrgicas da emissora.
Três é Demais (5ª Temporada)
4.1 19Frequentemente num elenco tão extenso e numa série de comédia familiar com muitas temporadas, as personalidades se perdem ao passar dos anos e as principais características de seus personagens acabam destoando dos anos anteriores.
No entanto, o roteiro pueril de ''Full House'' e a dedicação dos atores conseguem manter as qualidades individuais de cada membro da ''equipe Tenner'' e como interagem um com o outro.
Se nas temporadas anteriores vimos a evolução positiva dos personagens, nesta quinta são apresentadas as conquistas e jornada pessoal de cada um.
Joey conseguiu um emprego de apresentador em um programa infantil, Jesse finalmente assina contrato com uma gravadora e grava um clipe, D.J consegue sua carteira de motorista e Becky deu à luz aos gêmeos Nicky e Alex.
Novidades essas deram um novo alento à série, rendendo bons momentos, divertidas situações e episódios com um certo nível de maturidade, como o sensível ''The Volunteer'', que fala sobre os primeiros estágios da doença de Alzheimer.
Apesar de um lampejo ou outro de criatividade, ''Full House'' ainda não aprendeu a lidar com o excesso de imaturidade, deixando um clima infantiloide pouco cativante na maioria dos episódios.
Três é Demais (4ª Temporada)
4.1 42À medida que a série vai avançando em suas temporadas eu me sinto como se já fizesse parte da família Tanner.
A gente vai se envolvendo tanto com os personagens de tal forma que cada episódio vai se tornando cada vez mais palpável ao enaltecer o conceito de “família”, tão propagado na série e em seus discursos moralistas.
O casamento de Jess e Becky e o engraçado episódio ''Secret Admirer'' foram umas das melhores coisas dessa temporada.
Três é Demais (3ª Temporada)
4.2 48Neste terceiro ano de ''Full House'' a série apresenta um bom processo de amadurecimento, não só do roteiro, mas também de seus personagens centrais.
É uma experiência gostosa acompanhar o crescimento do trio de irmãs, rendendo bons episódios com alguns temas importantes no bojo da fase da pré-adolescência, como o difícil processo de adaptação a uma nova escola, bullying, o primeiro namorado, etc.
Parece que é aqui nesta temporada que a série começa a engrenar, mantendo um bom ritmo apesar de algumas derrapadas que em nada compromete a diversão descompromissada da história.
Três é Demais (2ª Temporada)
4.1 55Tão divertida e inocente quanto à primeira temporada, o segundo ano de ''Full House'' continua estruturalmente a mesma coisa, uma simplória continuação das aventuras da família Tanner e mais uma boa pitada de fofura e meiguice do adorável trio de irmãs.
Impossível não torcer pelo casal
Jesse e Rebecca que, apesar de todos clichês possíveis, contribui muito para que o espectador crie empatia pelos personagens, mantendo o romance e as confusões amorosas sempre palpáveis.
A figura paterna representada por Danny, Jesse e Joey continua rendendo bons momentos e lições edificantes que se tornam uma via fecunda para uma eficiente discussão comportamental no núcleo familiar.
Existe uma certa graça e prazer nostálgico em cada episódio mas ainda sim, convenhamos, a série não traz um roteiro enxuto e interpretações inspiradas nesta temporada, mas ainda sim é muito agradável e gostoso de assistir.
Três é Demais (1ª Temporada)
4.1 205Sou imensamente grato pela Netflix ter disponibilizado todas as oito temporadas completas desta nostálgica série de comédia que foi sucesso absoluto nos anos 90.
Responsável por lançar a carreira das famosas gêmeas Olsen, ''Full House'' (ou ''Três É Demais'', como é conhecida no Brasil) usa uma fórmula pueril e familiar para nos dar boas lições sobre amadurecimento, amizade e o que é certo e o errado.
Foi um deleite relembrar da fofurice da pequena Michelle Tanner e das atuações mirins de
Candace Cameron e da carismática Jodie Sweetin.
Embora não tenhamos atuações brilhantes e maduras, cada ator consegue se encaixar perfeitamente em seu respectivo personagem. Desde Bob Saget interpretando o amoroso pai a coadjuvante Andrea Barber dando seu carisma a irônica e destrambelhada Kimmy Gibbler — que, para mim, apesar de pouquíssimas aparições nesta temporada, consegue ser uma das melhores e mais divertidas personagens.
É claro que ''Full House'' não escapa de alguns furos e deslizes de continuidade, em uma época onde as séries de comédia familiar não tinham tanta popularidade na TV como nos dias de hoje, mas nada que estrague a diversão, sempre cumprindo o seu papel de entreter a família com piadas inofensivas e momentos edificantes.
De uma pureza e doçura nostálgica sem igual, ''Full House'' merece uma boa revisitada.
The Walking Dead (7ª Temporada)
3.6 918Em um retorno glorioso, a mundialmente famosa série de apocalipse zumbi me proporcionou uma das experiências mais desconcertantes com o brutal ''The Day Will Come When You Won't Be''.
TRAUMATIZADO é pouco
para descrever o que eu senti ao assistir o imaculável episódio de estréia orquestrado pelo mestre Greg Nicotero.
Depois de toda a tensão construída na asfixiante season finale da sexta temporada em torno da chegada do emblemático vilão Negan, o sétimo ano de “The Walking Dead” sanou a ansiedade dos fãs sedentos e já de cara proporcionou uma verdadeira explosão de emoções (e muito gore!).
Tendo como grande trunfo o magnífico e extremamente repulsivo personagem vilanesco do até então pouco conhecido Jeffrey Dean Morgan, a sétima temporada desenvolve todo seu potencial logo no primeiro episódio, com uma quantidade acachapante de zelo e um primor técnico irrefutável.
As expectativas foram muitíssimo bem correspondidas, entretanto, em um balanço geral, o inevitável ''efeito onda'' compromete o vigor narrativo da temporada. Apesar de entregar um dos melhores episódios já de início, a série segue adiante com arcos desinteressantes, focando em personagens de somenos relevância.
A lentidão e perda de fôlego da temporada, por mais inteligível
que seja, gerou um verdadeiro teste de paciência ao grande público, desperdiçando boa parte da trama com uma sucessão de episódios cheios de firulas.
Além dos problemas previsíveis do percurso e algumas falhas de comando, a temporada precisa lidar com a inconsistência do roteiro. Há uma forte oscilação entre episódios sensacionais e episódios mornos que chega a ser profundamente frustrante.
É justo dizer que cada capítulo carrega alguns detalhes positivos, seus altos e baixos não interferem negativamente no conjunto da obra.
Dois episódios focados em personagens secundários (7x6: Swear, 7x11: Hostiles and Calamities), apesar de serem detestados pela grande maioria dos fãs, me renderam bons momentos e acrescentou muito para a trama.
Tara e Eugene receberam os merecidos destaques nos eficientes episódios solos que no decorrer da série iremos descobrir sua importância na futura e tão esperada ''All Out War''.
Eu senti falta dos ''walkers'' ainda serem o foco principal da série.
Os dramas pessoais dos sobreviventes estão se repetindo cansativamente desde a última temporada, descambando para um tom novelesco interminável onde nossos queridos amigos zumbis, a ameaça principal que outrora era o empolgante
carro-chefe do seriado, são usados cada vez menos para dar espaço para conflitos humanos enfadonhos e eventos cheio de rodeios.
Voltando a elencar os pontos positivos da temporada, não podemos esquecer de citar a espetacular aula de atuação de Andrew Lincoln.
Sua performance sempre me impressionou ao longo da série, principalmente devido à desconstrução psicológica de seu personagem,
mas aqui o ator britânico se superou, entregando uma das sequências mais dramáticas e pungentes da série que certamente será difícil de esquecer.
No mesmo patamar de atuação, a impecável Lauren Cohan carrega no olhar e nas expressões melancólicas um crível sentimento de fragilidade e abalo emocional em uma cena de despedida horrível de suportar.
Existem muitos outros bons atores que ganharam espaço nesta temporada e é claro que não terei espaço para falar de todos, mas vale destacar a atuação de Josh McDermitt, Alanna Masterson e Austin Amelio.
Foi lindo de ver a tigresa Shiva salvando a vida de Carl no último episódio, de ver o imprevisível, sarcástico e sádico Negan nos deixando desconfortável quando entra em cena acompanhado de seu bastão, de ver até mesmo o poético episódio de sacrifício de Sasha. Esses dentre outros tantos bons momentos salvam a série de se afundar completamente na lama, mas ainda sim a temporada vai na "contramão" do esperado pela legião de fãs, carentes de um arco dinâmico, flanando diante de uma trama cheia de enrolação, furos de roteiro e forçação de barra.
Bleach (9ª Temporada)
3.8 13O mistério acerca do Capitão Amagai Shuusuke no primeiro episódio e a conspiração envolvendo a jovem princesa Lurichiyo Kasumiōji me devolveu o fôlego para continuar com entusiasmo a acompanhar o anime. Esta temporada filler traz uma reviravolta fantástica, me lembrou muito a ótima saga da Soul Society, entregando um eficiente começo, meio e fim, ao contrário de alguns arcos desinteressantes da linha oficial do anime que insiste em enrolar o espectador.
Nesta saga-filler somos presenteados com vilões bem construídos, divertidos combates na Soul Society e planos sendo arquitetados de forma instigante.
O arco da Conspiração Kasumiōji tem sim alguns escorregões e momentos entediantes, mas no fim, foi mais gostoso ver esta saga do que o filler dos Bounts.
Bleach (8ª Temporada)
4.3 13Uma boa saga que faz jus ao título ''A Luta Feroz'', mas o excesso de explicações e personagens me incomodou bastante.
Aliás, o grande defeito desta temporada se encontra justamente nos excessos, deixando a trama carente de novidades e dinamismo.
Ao entrarem no palácio ''Las Noches'', o QG do vilão Sousuke Aizen, a jornada de Ichigo e seus amigos rende algumas lutas divertidas, algumas maçantes demais, mas as intermináveis horas de combate me fizeram torcer para que o fim da saga chegasse logo.
Como alívio cômico, os estranhos personagens Pesche e DondoChakka, ao lado da tagarela Nel Tu, criam os momentos mais divertidos do anime. Cada fala desses personagens é uma piada que consegue compensar os momentos de tédio.
Embora alguns vilões sejam bem construídos e interessantes, como o necrupuloso Ulquiorra, a trama desta saga é arrastada e os acontecimentos se desenrolam de forma lenta e desinteressante.
Justiça (1ª Temporada)
4.3 326A Rede Globo mais uma vez fazendo bonito quando o assunto é minissérie.
Ao lado da fotografia de Walter Carvalho, que deu tons dramáticos ao cartão postal de Recife, a emissora nos brinda com uma produção primorosa e bem construída tanto estética quanto narrativamente.
Já nos quatros primeiros episódios, ''Justiça'' mostra que tem potencial, apresentando individualmente os personagens de forma ousada e preparando a reviravolta.
Uma sacada genial, que move boa parte da narrativa e que vai interligando as histórias de redenção e vingança em um brilhante e perspicaz roteiro.
Um projeto inovador dentro das regras tradicionais das teledramaturgias da emissora.
Seja pelas atuações potentes, pelo desenvolvimento da trama, pela sutileza de seus belos enquadramentos, pela afiada crítica social e pela interação entre os personagens dentro de uma narrativa cruzada, ''Justiça'' é uma junção de várias outras qualidades que sustentam seus 20 episódios de forma arrebatadora.
Mas o grande trunfo da produção está mesmo no elenco, dedicado e recheado de estrelas. Débora Bloch, Adriana Esteves e Leandra Leal entregam performances magistrais. Além dessas mulheres fenomenais, há muitos coadjuvantes que merecem destaque: Drica Moraes, Antonio Calloni, Luisa Arraes, Vladimir Brichta, Enrique Diaz e a revelação Tobias Carrieres, dando vida ao garoto Jesus em uma interpretação espontânea e cheia de carisma.
O clímax que acontece durante os primeiros episódios de Elisa e Fátima consegue ganhar o espectador logo de cara, fazendo com que este se prenda na história do início ao fim.
Fiquei completamente extasiado com a cena onde a personagem de Débora Bloch carrega sua filha assassinada nos braços (interpretada lindamente por Marina Ruy Barbosa) ao som da belíssima canção ''Pedaço de Mim''. O dueto cantado por Chico Buarque e Zizi Possi valoriza ainda mais a cena, carregada de muita emoção e impacto suficiente para mostrar todo o drama da situação.
A história de Fátima, personagem da talentosa Adriana Esteves, consegue se destacar ante aos outros protagonistas, sendo uma das mais interessantes da série.
É difícil não se emocionar com algumas de suas cenas, principalmente aquela do reencontro com seu filho Jesus e aquele abalo emocional entre os dois logo após Fátima ter sua bolsa roubada pelo próprio filho, em uma sequência magistral onde as expressões faciais e olhares de Tobias Carrieres e Adriana Esteves transmitem uma potência dramática impactante.
Infelizmente, ''Justiça'' acaba perdendo um pouco o fio da meada na trama de Rose e Maurício. Apesar de ambos abordarem um assunto delicado e com temas polêmicos e pertinentes, o roteiro de Manuela Dias engasga aqui e ali, onde a história protagonizada por Jéssica Ellen e Cauã Reymond começa de forma bem interessante, porém, oferece pouca margem pra gerar sensações positivas ou ser tão envolvente quanto ao drama de Fátima e Elisa.
Os rumos que as histórias de Rose e Maurício tomaram foram banais, com desfechos bem canhestros e um desenvolvimento morno. Luisa Arraes, que até então achava que seria uma mera coadjuvante na história de Rose, rouba toda a cena com sua competente atuação e sua busca frenética por justiça. O mesmo acontece com a ótima Drica Moraes e Antonio Calloni, ofuscando o protagonista vivido por Cauã Reymond.
Apesar das inconstâncias
narrativas, ''Justiça'' se sai bem especialmente no aspecto visual.
As cenas de embate são potentes e impecavelmente produzidas, revelando uma qualidade técnica bem orquestrada por José Luiz Villamarim.
O diretor encontra soluções inspiradíssimas para algumas cenas, usando enquadramentos notáveis, de sutileza poética e com um ritmo agradavelmente bem construído.
Em resumo, ''Justiça'' é um trabalho de qualidade ímpar, um sopro de autenticidade se considerarmos o nível atual da teledramaturgia nacional.
Duas Garotas em Apuros (1ª Temporada)
4.2 415''Sexo, Drogas e Cupcakes''. Esse deveria ser o título da série criada por Michael Patrick King e Whitney Cummings. É impressionante como ''2 Broke Girls'' usa e abusa do politicamente incorreto, recheando de piadas maliciosas e trocadilhos de conotação sexual a cada episódio.
É uma boa temporada de apresentação do cotidiano das garotas que sonham em abrir uma loja de cupcakes, mas fica aquela velha sensação que poderia ter sido melhor.
Kat Dennings e Beth Behrs conseguem nos cativar com suas respectivas personagens, com um ótimo entrosamento entre elas, mas é a belíssima, loira e alta Behrs que se destaca com sua otimista, sonhadora e estupidamente mimada Caroline Channing.
Eu gostei muito da personagem de Behrs pois sua postura energética na história consegue se distanciar totalmente do estereótipo da ''loira burra'', sustentando as melhores e mais divertidas situações.
Outro alvo de risos é a engraçadíssima personagem Max, interpretada por uma carismática e debochada Kat Dennings. São delas as melhores piadas de humor negro e as boas doses de sarcasmo.
Nesta primeira temporada ainda somos apresentados à um ótimo e divertido elenco coadjuvante, alguns deles até mesmo roubando algumas cenas junto aos protagonistas, como a impagável polaca Sophie interpretado pela divertida Jennifer Coolidge.
Enfim, uma das séries mais engraçadas da atualidade, com personagens incrivelmente hilários e uma sucessão de piadas ácidas. Digna de maratona no final de semana!
Friends (6ª Temporada)
4.7 342O sexto ano de ''Friends'' conta com 23 episódios absurdamente engraçados que merecem ser vistos várias e várias vezes. Morri de rir com o gritinho de susto de Ross no impagável ''The One With The Unagi'' e o jeito desengonçado de Phoebe correr no episódio ''The One Where Phoebe Runs''. São tantos episódios bons que fica difícil escolher qual é o melhor e mais divertido.
A qualidade da série é certamente fruto do ótimo entrosamento do grupo de amigos, cada vez mais evoluído e disparando piadas ininterruptas, uma atrás da outra.
Felizmente, a sexta temporada não perde seu nível de entretenimento. Seu humor inquestionável se mantém intacto, nos presenteando com uma season finale emocionante e uma das melhores participações especiais, o ator Bruce Willis.
Friends (5ª Temporada)
4.7 328Já comecei dando muitas risadas no primeiro episódio com as tentativas de Chandler e Monica para arrumar um lugar para ficarem a sós para namorar.
O começo do namoro secreto desses dois personagens rende os momentos mais divertidos desta temporada, mas a hilária Phoebe também se destaca em vários episódios envolvendo sua gravidez e seu romance com o policial Gary.
Mas o grande acerto desta temporada foi sem dúvidas o affair Ross-Rachel ter ficado em segundo plano. O vai-e-vem do casal ícone da série estava começando a ficar chato demais. Com isso, outros quatro personagens ganharam mais espaço na trama, trazendo momentos épicos e diálogos divertidíssimos.
Vários episódios merecem destaque por serem tão hilários e espirituosos, como ''Aquele com a Bolsa do Joey'', ''Aquele em que Todos Descobrem'' e o meu favorito ''Aquele com Todos os Beijos''.
Mantendo a tradição de fazer inúmeras piadas inteligentes e boas referências à muitos elementos da cultura pop, esta quinta temporada deixa evidente o porquê da série ter cravado seu nome na lista dos melhores sitcoms de todos os tempos.
''Friends'' é isso! Cada temporada que assisto gosto mais ainda do cotidiano dos seis amigos e é sempre garantia de muitas risadas.
Bleach (7ª Temporada)
4.2 18Nesta temporada finalmente somos apresentados ao famigerado Hueco Mundo, em uma saga repleta de personagens divertidos, tiradas engraçadas e batalhas titânicas.
Ainda consegue entregar a mesma atmosfera da Soul Society, mas sem a mesma empolgação.
Mas confesso que me diverti bastante graças a Arrancar ''sadomasoquista'' Nelliel e seus irmãos adotivos, Bristtane Donodochaka e Pesche Guatiche, personagens hilários e cativantes responsáveis pelos bons e divertidos momentos neste arco.
A luta contra os Privarón Espadas e o arsenal de inimigos na horripilante Floresta de Menos conferem um desenrolar cada vez mais interessante nesta etapa do resgate de Orihime Inoue.
A representação dos combates é boa, podemos desfrutar de uma saga cheia de emoção e adrenalina, e principalmente de um enredo bem conduzido, apesar de repetitivo, onde nenhum personagem fica de fora na história.
Enfim, uma temporada com seus altos e baixos mas totalmente aturável. Agora só espero que as coisas fiquem um pouco menos entediantes nos próximos arcos.
The Walking Dead (6ª Temporada)
4.1 1,3KA dúvida que deixou todos fãs de cabelo em pé na season finale fechou esta sexta temporada com chave de ouro. Os episódios na maioria são bons e com um ritmo frenético, principalmente na segunda metade. A relação e o desenvolvimento dos personagens foram bem trabalhadas e a ''trollagem''
com a morte de Glenn, um dos queridinhos da série, cumpriu muitíssimo bem a função de estabelecer um excelente clima de angústia e pegou muita gente de surpresa.
Esses pontos positivos citados acima conduzem a história em um tom agora mais pesado, sem desbancar para resoluções piegas e expondo a fragilidade e dilemas morais de seus personagens de forma translúcida, fazendo desta temporada, na minha humilde opinião de fã, a mais emblemática de todas. Foram 16 episódios impactantes. Alguns extremamente tristes, como no episódio onde Jessie e um dos seus filhos, Sam, são mortos pelos zumbis e também o episódio "Twice as Far", onde a carismática Denise Cloyd é morta acidentalmente por uma flecha. Esses dois momentos específicos me deixaram impressionados com tamanha dramaticidade e invulnerabilidade de personagens que conseguiram me cativar desde o primeiro episódio e não esperava que tivessem finais tão trágicos.
Minha única ressalva é que uma das minhas personagens femininas favoritas, Carol, perdeu sua identidade fria, autosuficiente
e onipresente, tornando-se uma mulher contida e religiosamente indefesa. Não que essa mudança comportamental tenha prejudicado o enredo, muito pelo contrário, mas estávamos tão acostumados com a forte evolução da personagem que acabou soando um pouco estranho e sem nenhum sentido.
A fotografia, trilha sonora e efeitos visuais continuam impecáveis.
As boas atuações conseguem compensar o ritmo lento de alguns episódios e eleva a potência dramática da série.
Enfim, por ter me deixado com os nervos a flor da pele em quase todos os episódios, apesar de alguns serem longos e cansativos, a sexta temporada me prendeu o tempo todo, despertou vários sentimentos, suas subtramas foram envolventes e foi o suficiente para atiçar os fãs à espera do arco do cruel e famigerado Negan.
E seja muito bem-vindo Jeffrey Dean Morgan!
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4KNesta excelente quinta temporada, ''The Walking Dead'' traz muitos momentos sufocantes e alguns desfechos bem tristes de personagens que aprendemos a gostar. Foi impossível não se emocionar com a morte do personagem Noah, Tyreese e de nossa querida Beth, sendo uma das cenas mais dramáticas da série.
Depois da explosiva fuga no ótimo arco de Terminus, em uma das melhores sequências com a personagem Carol, o grupo parte para uma nova jornada, unindo duas narrativas bem formuladas e repletas de passagens marcantes.
E quando novos personagens entram em cena, como o atormentado padre Gabriel, Aaron e Deanna, a história do grupo liderado por Rick Grimes vai aos poucos ganhando nova profundidade, lidando não apenas com o fato deles terem que sobreviver em um mundo pós-apocalíptico zumbi, mas também lidarem com seus próprios instintos assassinos, dramas pessoais e a difícil adaptação a um novo tipo de vida em Alexandria, palco principal para a próxima temporada.
Apesar de algumas incongruências na trama e falta de vigor em alguns episódios, esta temporada segue um ritmo satisfatório, trazendo uma maior imersão nos traumas dos personagens, uma boa construção de vilões, como a temível policial Dawn Lerner (muitíssimo bem interpretada pela expressiva Christine Woods), e ótimas cenas de impacto, como a cena do celeiro no episódio ''Them".
No fim das contas, a quinta temporada se mostrou ainda mais enérgica e inspirada no desenrolar dos fatos, mantendo aquele fôlego que nos faz continuar amando e empolgado com o futuro da série.
Friends (4ª Temporada)
4.7 316''Friends'' não perde suas boas piadas nesta quarta temporada, entregando momentos hilários envolvendo o complicado relacionamento de Ross e Rachel e o começo de gravidez da divertidíssima Phoebe.
Jennifer Aniston me surpreendeu mais uma vez, provando que não é apenas um rostinho bonito mas também uma excelente comediante. Aliás, o trio feminino Jennifer/Courteney/Lisa Kudrow continua afiado nos quesitos humor e carisma.
O trio masculino também é muito bom (apesar de serem muito apalermados nesta temporada), e os seis amigos juntos ficam ótimos em cena e com um timing cômico incrível em sintonia.
Deu pra matar saudades da hilária Janice, uma de minhas coadjuvantes preferidas, no episódio 15 (Aquele do Rugby) e conferir a impressionante evolução de todos os personagens, fora o season finale que é impossível não se simpatizar.
The Walking Dead (4ª Temporada)
4.1 1,6KTensão e curiosidade acerca do desenrolar da história são os pontos fortes nesta eletrizante quarta temporada. O misterioso Terminus gerou muita empolgação no sensacional episódio de encerramento e deixou muitos fãs com a pulga atrás da orelha, inclusive eu.
Bons momentos na trama e melhoras consideráveis no roteiro conseguiram me estimular a prosseguir a jornada.
É notório em cada episódio um acerto relevante onde a tensão, drama psicológico e ação são reunidas na medida certa. As construções dos personagens são bem trabalhadas nesta quarta etapa, trazendo algumas cenas espetaculares e memoráveis.
Vale destacar a evolução da personagem Carol, que para mim foi uma das melhores coisas que ocorreram na série.
Graças ao excelente trabalho de atuação de Melissa McBride, aquela esposa submissa e sofredora da primeira temporada não existe mais e foi substituída por uma mulher forte e radical em prol da sobrevivência.
Altos e baixos ainda estão presentes na primeira e segunda parte da temporada mas essa para mim foi a melhor de todas até agora.
Com muitos capítulos melancólicos e alguns até líricos, a quarta temporada impressiona e satisfaz os fãs sedentos por uma boa adaptação dos HQs.
Friends (3ª Temporada)
4.6 280A cada temporada ''Friends'' vai me prendendo cada vez mais! Sempre se mantendo evoluída em suas tiradas cômicas e no desenvolvimento de seus personagens e acaba não devendo nada no quesito diversão. Fica muito difícil decidir qual episódio é o melhor ou qual nosso personagem favorito.
O que importa é que a terceira temporada é semelhante à outras em dois sentidos: espontaneidade e qualidade narrativa, deixando suas histórias agradáveis e de fácil compreensão. Seus 25 episódios continuam garantindo um bom repertório de piadas e situações engraçadas do cotidiano do sexteto.
The Walking Dead (3ª Temporada)
4.1 2,9KA terceira etapa da série ''The Walking Dead'' foi praticamente uma luz no fim do túnel para os fãs e conseguiu de forma satisfatória apagar os resquícios de falhas da temporada anterior.
A chegada dos marcantes personagens Michone e o grande vilão ''O Governador'' nesta terceira temporada deixaram muitos fãs ouriçados e tornou a saga pós-apocalíptica muito mais empolgante e digna de ser lembrada como a mais emblemática de todas até agora. Houve uma notável mudança na linha narrativa. Os conflitos humanos ficaram mais intenso e cada episódio mais instigante e surpreendente. Entretanto, na segunda parte os episódios vão perdendo fôlego e se apresentam de forma apática.
Mesmo assim, a terceira temporada prometeu e cumpriu de forma eficiente e trouxe aos fãs muitos acertos e elementos empolgantes, como a evolução dos personagens e a luta travada entre os líderes Rick e o Governador.
A qualidade de atuação e maquiagem dos atores continuam intactas e críveis e dá merecidamente mais um ponto positivo para a série.
Volto a favoritar a série por causa desta temporada e pelas lições aprendidas com os erros da anterior. Sem mais!
The Walking Dead Webisodes: Torn Apart
3.8 195Como subproduto derivado da série ''The Walking Dead'' é sem dúvidas um presentaço para os fãs da trágica jornada de Rick Grimes e sua turma.
''Torn Apart'' conta uma história que se encaixa perfeitamente no universo pós-apocalíptico zumbi da saga.
Mesmo de forma modesta consegue nos prender de uma tal maneira que o sofrimento da personagem Hannah se torna pungente em todas as cenas.
Este material extra da série com muitíssimo pouco consegue entregar muito. Para quem é fã da série, vale a pena dar uma olhada neste webisódio cujo esforço é atraente.
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3KA segunda temporada de ''The Walking Dead'' manteve o mesmo nível da primeira, entretanto, falha em alguns pontos técnicos e excessos no roteiro que acaba dando à série um cansativo tom novelesco.
A saída de Frank Darabont teve um grande impacto negativo no começo desta temporada e já é notado no cenário limitado e na produção mediana.
Enquanto na primeira temporada tinha locações abertas e um bom ritmo narrativo, a segunda temporada se passa quase por completo em apenas uma locação e foca mais no desenvolvimento dos personagens do que na ação.
As mudanças comportamentais dos personagens, em especial o protagonista Rick, para mim foi o principal trunfo nessa temporada graças à atuação convincente de Andrew Lincoln que sofreu uma drástica e interessante alteração na composição de seu personagem.
Entre erros e acertos, a série continua sendo digna de elogios e me resta torcer para que as futuras temporadas ainda possam ser dignas de serem chamadas de ÉPICAS.
Destaque para o episódio ''Pretty Much Dead Already''. A cena onde finalmente é encontrada a garota Sophia no celeiro é simplesmente a melhor e mais emocionante da temporada.
Bleach (5ª Temporada)
3.8 12Conseguiu ser um pouco melhor do que o maçante filler sobre os Bounts.
O desfecho inesperado do vilão Kariya, as lutas contra os Bounts reunidos na Soul Society e a redenção de Koga Gou, o último Bount sobrevivente que foi salvo por Ran Tao, devolveram à série aquele elemento empolgante que fora perdido na temporada anterior.
Friends (2ª Temporada)
4.6 368Manteve as boas piadas e o humor inteligente da temporada anterior.
Todos os 24 episódios me proporcionaram muitas risadas e me fizeram fazer novamente aquela clássica pergunta: ''Porque demorei tanto tempo para começar a ver essa série?''...
São 22 minutos que eu nem via passar. Todos os personagens são hilários, sem nenhuma exceção, e fica até difícil escolher qual é o mais divertido. Fora a hilária e ingênua Phoebe Buffay e o atrapalhado Joey Tribbiani, tenho a personagem Janice, interpretada por Maggie Wheeler, como uma das minhas preferidas na série.
Não posso deixar de falar sobre as participações mais do que especiais. Pequenas pontas de Brooke Shields, Julia Roberts, Jean-Claude Van Damme, Isabella Rossellini, Charlie Sheen e Steve Zahn marcaram presença nesta temporada e acrescentaram mais sabor ao tempero da série.
Estou apaixonadamente apegado por essa série a cada dia mais e torcendo para que outras temporadas sejam tão sensacionais e gostosas de assistir quanto essa segunda.
Assistir alguns episódios de ''Friends'' todos os dias para mim já virou um ritual para o meu bom humor. E que venha a terceira temporada agora!
Amorteamo
4.3 100O AMOR. Se existe um tema sempre presente e pronto a fornecer idéias a roteiristas, esse é o predileto.
''Amorteamo'', mais uma suntuosa minissérie da Rede Globo, com fotografia e cenários extravagantes, trata esse tema com um certo lirismo melancólico extraído da poesia ultrarromântica do século 19 e do misticismo recifense.
Fugindo da mesmice, a obra é uma franca surpresa para o espectador acostumado com os repetecos das minisséries da emissora.
Belíssimos diálogos, uma história sobrenatural poeticamente envolvente, uma cativante trilha sonora e o desempenho arrasador do elenco conseguem elevar a série a um nível de obra de arte bastante primorosa.
A atriz Marina Ruy Barbosa mergulha de cabeça em sua adorável noiva-cadáver, colocando todo seu talento a disposição.
Letícia Sabatella, Daniel de Oliveira e Jackson Antunes mostram competência na execução de seus personagens e concedem ao enredo uma dramaticidade incrível.
O alívio cômico da minissérie, formado por Guta Stresser e Aramis Trindade, foi outro grande acerto da obra e rende boas piadas.
Quem também dá as caras é o fantástico Tonico Pereira e
Maria Luísa Mendonça, uma atriz de talento inigualável que admiro muito.
Inevitável não se lembrar do famoso diretor Tim Burton como elemento referencial presente na obra, entretanto, ''Amorteamo'' possui qualidades próprias, principalmente no que diz respeito ao aspecto regionalista, remontando o Recife do século 19, preservando sua identidade cultural e áurea soturna.
Mas a série não escapa de algumas incongruências, como por exemplo no último episódio onde a morta-viva Malvina captura Lena. Achei essa cena em especial muito fraca e deveria apresentar um duelo mais empolgante entre as duas personagens.
Mas tirando isso e aquilo, ''Amorteamo'' pode ser considerada umas das melhores minisséries já feitas pela Rede Globo. Esteticamente deslumbrante, com uma abertura lindíssima, bons figurinos e mais algumas outras qualidades que a muito tempo não via nas produções dramatúrgicas
da emissora.