Que bosta, hein. Gosto tanto do primeiro, aí me fazem uma sequência mequetrefe dessas. Os primeiros 10 minutos são excelentes, depois é um caminho sem freio ladeira abaixo. Uns coadjuvantes norte-americanos água com açúcar (Halle Berry tá maravilhosa, pelo menos), umas coreografias de luta que não lambem as botas das do primeiro filme e uma vilã sem graça que não fede nem cheira e
é facilmente derrotada no final. E nem é culpa da Juliane Moore, ela até entrega uma atuação convincente, mas aquele papo furado de traficante injustiçada e as motivações daquele plano foram difíceis de engolir. Os argumentos dela pareciam com os meus em um debate sobre legalização das drogas que participei na sétima série; soou tudo muito infantil, raso e sem criatividade, como se os roteiristas estivessem com preguiça de pensar. Outra coisa que me deixa particularmente irritado é quando uma franquia (seja filme, série, livro, anime, o que for) mata um personagem, se arrepende, e o ressuscita magicamente sem nenhuma explicação plausível (em Kingsman até explicam como Galahad sobreviveu, mas sinceramente, achei super forçado)
Duas estrelas só pela parte técnica mesmo: tem uma fotografia massa, incluindo planos sequências perfeitos, boa coreografia nas cenas de luta, trilha sonora excelente e ótimos efeitos especiais. Só. De resto, é um saco. Na parte que interessa mesmo em um filme, a história, o roteiro, é uma perda de tempo. Cenas desconexas, confusas, clímax sem graça nenhuma e um emaranhado de plot twists que, no final, não surpreendem ninguém. Completamente dispensável e esquecível esse filme. Fazendo uma analogia futebolística, parece a seleção brasileira de 1982, que encantava o público leigo, empolgava com jogadas lindas e técnicas mirabolantes, mas, na hora H, não ganhou foi nada.
Que filme. Uns mais desavisados poderiam até achar que é um documentário, tamanha a veracidade da ambientação, dos cenários, dos diálogos e, sobretudo, da atuação magistral de Bruno Ganz. Só não dou 5 estrelas porque achei demasiado longo.
Achei incrível. É uma obra-prima que tem tudo pra virar um clássico memorável. Atuações excelentes, músicas empolgantes e uma puta direção de cena. Tem comédia, tragédia, crítica social, e tudo feito com uma maestria rara. Destaque pra Daveed Diggs que entrega, de longe, a melhor atuação do espetáculo, rouba a cena e merece todos os créditos e prêmios que recebeu. Jonathan Groff também está impagável, simplesmente sem defeitos. Só não dou 5 estrelas pelos motivos a seguir: 1 - Recalque e um pouco de raivinha mesmo, porque Hamilton nem deveria estar aqui, né? Afinal, não é uma obra de audiovisual (filme ou série). É um musical teatral que, por um acaso, foi gravado. Se for assim, libera logo tudo quanto é peça gravada. Só eu fiz 4 no colégio e mais inúmeras no meu curso de atuação e improvisação. 2 - Não achei que manteve uma constância tão boa. Tem números chatinhos e desnecessários (desculpa, mas Angelica, por exemplo, é uma personagem completamente dispensável e seus solos não adicionam nada à história). E também achei o 2º ato infinitamente superior ao 1º. 3 - Lin-Manuel Miranda é, inegavelmente, um puta gênio. É um dramaturgo magnífico, roteirista incrível, músico e compositor de primeira mão. Contudo, como ator deixa muito a desejar. Quando contracena com Leslie Odom Jr, Phillipa Soo e principalmente Daveed Diggs, a diferença de talento é gritante. Acho que o protagonista do espetáculo deveria ter sido entregue a um ator com muito mais potência que ele. 4 - E por último, só um capricho pessoal mesmo: eu queria um pouquinho mais de hip hop. Fui com muita sede ao pote, achando que veria o rap sendo representado ao seu máximo, break-dances de impressionar, gírias, jargões e flows de embasbacar e acabei vendo uma passagem ou outra, mas bem de leve. Provavelmente tiveram que adaptar a linguagem, do contrário a aristocracia branca nova-iorquina não pagaria para assistir o musical. Mas enfim, apesar desses pontos, vale muito a pena ver.
Curti. Achei um filme simples, tanto no roteiro, quanto nos efeitos técnicos, mas nem por isso deixa de ser bom. É melancólico, contemplativo e, convenhamos, bem realista. Uns amigos meus não gostaram do final,
queriam uma reviravolta ou alguma redenção do protagonista, mas, na vida real, injustiças acontecem o tempo inteiro e ficam por isso mesmo. Gaspar Antillo esfrega esse fato na nossa cara e diz "lide com isso". Sem falar que o show que Memo dá, no escuro, sem plateia, com as câmeras desligadas e praticamente invisível, foi um soco na boca
. Destaque para a atuação magistral de Jorge Garcia. Um trabalho silencioso, profundo, visceral, no melhor estilo "o corpo é o melhor instrumento do ator", que faria Stanislavski sorrir.
Adiei o momento de assistir esse filme devido à nota geral do Filmow, mas nunca mais faço isso. Esqueci que tem muita gente anencéfala no mundo e nesse site não é diferente. Pelo que vi aqui nos comentários, as pessoas confundem personagem com roteiro e só deram nota baixa porque odiaram Gary (com razão, pois ele é um puta babaca). Contudo, a intenção do filme é justamente representar, de forma até bem decente e madura para uma comédia romântica, um relacionamento claustrofóbico de uma mulher com um marido escroto. O filme atinge esse objetivo com um roteiro bem amarrado e atuações bastante competentes, tanto dos protagonistas quanto dos coadjuvantes. Jennifer Aniston está muito bem, assim como Vince Vaughn, que nos faz odiar seu personagem. Além de tudo, o final foi surpreendente, anticlichê e realista. É um filme, no mínimo, bom. Muito diferente do que essa nota representa.
Filme clichezinho no estilo Mentes Perigosas, Escritores da Liberdade ou Sociedade dos Poetas Mortos. Desses que citei, talvez seja o melhor, mas ainda assim é longo demais e bem previsível. Destaque pra bela atuação de Samuel L. Jackson (que raramente erra, inclusive). Enfim, bom pra assistir despretensiosamente num domingo de chuva, como hoje.
Acho que fui com muita expectativa devido ao minihype cult. É um filme simples, eficiente e fofinho, no máximo. Nada novo, inesquecível ou avassalador; e também não consegui me emocionar como achei que iria. Demonstra bem certos conflitos culturais, bem como dramas internos de alguns personagens, porém em nenhum momento se aprofunda como poderia. Também é repleto de maneirismos técnicos estranhos (achei uns cortes bem bruscos e nada a ver) e cenas desnecessariamente longas e desconexas
É uma puta série. Qualquer coisa que eu comente aqui vai parecer simplista e irrisório diante do peso desse roteiro. Achei tudo muito bom, desde a animação em si, passando pelas excelentes atuações, trilha sonora e uma direção sensacional. O final em aberto deixou tudo ainda mais brilhante, afinal, vai contra a atual maré de produções mastigadinhas que entregam tudo cuspido para o espectador. Pensar e refletir às vezes é bom, e é isso que grandes produções artísticas nos obrigam a fazer.
P.S: É uma série sobre esquizofrenia e implicações da doença, não sobre viagem no tempo. Minha interpretação é a seguinte: Alma está delirando desde o primeiro episódio.
Enfim, já considero Raphael Bob-Waksberg um gênio contemporâneo. Quem ainda não viu Bojack Horseman, corra pra ver.
Um filme que não é para todos os gostos. Mas, pessoalmente, eu curti muito. Várias vezes me peguei sorrindo enquanto contemplava a contemplação de Elia Suleiman. Dar vida a uma obra que diverte e faz pensar ao mesmo tempo, e com o mínimo de diálogos possível, não é pra qualquer um. E ainda transmite uma mensagem que corrobora com a desmistificação dos esteriótipos e preconceitos sobre a Palestina. Vale muito a pena.
Fui assistir com muita expectativa e quebrei a cara. Poderia ser excelente, mas é bem ruim. Acreditava que seria uma versão moderna, divertida e ácida do Decamerão, além de uma justa homenagem às clássicas sátiras de Boccaccio; porém não passa de um filme confuso, entediante, repleto de cenas desconexas, previsíveis e cheias de clichês. E olha que tem muita gente de peso no elenco, o que me influenciou ainda mais a apertar o play durante essa madrugada: John C. Reilly e Molly Shannon dispensam apresentações, além de Kate Micucci, e principalmente Alison Brie e Aubrey Plaza (Community e Parks and Recreation forever!).
Começa devagar, como quase toda grande série de comédia. É preciso ir ambientando o telespectador às características das personagens, ao estilo de piada do roteiro e às loucuras que estão por vir. Mas depois que passa do episódio 10, não tem como parar. É sensacional, inteligente e com um toquezinho metalinguístico. Não sei porque demorei tanto pra começar a assistir. P.S: Deixaria Tina Fey sentar na minha cara sem remorços.
(logo após o diálogo entre Paul e a francesa lá, eu tinha certeza que alguém ia morrer explodido por uma mina, por exemplo).
Mesmo assim, é um filme excelente. E se Delroy Lindo não for, pelo menos, indicado ao Oscar de Melhor Ator, testemunharemos mais uma cagada monstruosa da Academia.
Nossa senhora, viu. Eu fui assistir já com uma pulga atrás da orelha (resolvi ver só porque gosto da Rebel WIlson), mas não esperava que fosse tão ruim. É chato, confuso, pretensioso e completamente esquecível. Filmezinho bem white girl problems, com um roteiro que parece que foi escrito por um palestrante de autoajuda. Sem falar que tô tentando entender até agora qual o papel dessa Lucy (Alison Brie) no filme. Resumindo, pior impossível.
Duas estrelas e meia só pela Aissa Maiga que é maravilhosa. De resto, é decepcionante e presta um desserviço à luta contra o racismo. A mensagem do filme é basicamente essa: "Se você for preto, deixe suas raízes de lado, esconda sua cultura, subjugue-se aos padrões brancos, abaixe a cabeça, se esforce três vezes mais que as outras pessoas, e, TALVEZ, quem sabe, você será aceito". Eu, como preto, me senti ofendido.
Ah, eu adorei. Foi uma grata surpresa, não esperava que fosse tão bom assim. Não é muito inovador, mas tem um roteiro surpreendentemente bem amarrado, um plot twist sensacional e atuações bem competentes de quase todo o elenco (exceto da protagonista, que achei meio meeh). A direção também é bacana, com alguns efeitos práticos divertidos,
como na cena em que a enfermeira sai da casa transtornada após receber a notícia do testamento, e sofre uma pressão simultânea de todos da família falando ao mesmo tempo. A câmera começa a desfocar e tremer, dando a entender o estado de confusão mental da protagonista.
Além de tudo, curti Daniel Craig no papel de um detetive brincalhão, aparentemente despretensioso e com um sotaque midwestern, misturando o ar de James Bond, com Sherlock Holmes e Hercule Poirot.
Legalzinho, porém esquecível. Poderia ser bem mais intenso e profundo, se quisesse. Tudo acontece muito rápido, com um clímax quase inexistente e um desfecho preguiçoso. Parece que o diretor cansou e desistiu do filme na metade. Temática interessante, apesar de tudo.
Animação do naipe de Aviões, Os Sem-Floresta e O Mar Não Está pra Peixe, ou seja, completamente esquecível. Muito abaixo do primeiro. Só dou 2 estrelas pela qualidade dos efeitos visuais, renderização e por ser Disney né. Arranca uma risada de canto de boca de vez em quando, mas de resto é chato, piegas, cansativo e sem graça. Até as músicas são ruins,
com destaque pro solo patético de Kristoff, naquela vibe clipe de música romântica ruim dos anos 90 (cheguei a cogitar que seja brega de propósito, no intuito de ser engraçado, mas foi um tiro no pé)
. Enfim, continuação desnecessária com o intuito de botar money no bolso.
Não dou 5 estrelas por ter achado demasiadamente longo. A história se resolveria em 1h20 fácil, fácil. De qualquer forma, os 15 minutos finais fazem valer a pena a perda de tempo. Sem falar que a direção é sensacional. Você já percebe isso logo no plano sequência inicial do filme.
Surpreendentemente eu já tinha assistido toda a filmografia de Spike Lee, menos esse. E que puta estreia, viu? Elenco todo preto parece que assusta a galera branca, né? Ainda mais um filme com pretos que vivem uma vida como qualquer outra, sem focar nos temas de racismo, segregação, etc. Começa lento e devagar até demais, porém se aguentarmos a primeira meia-hora, não tem como não continuar até o fim. Diria que esse filme tá uns 30 anos à frente do seu tempo e torço para que seja cada vez mais reconhecido daqui pra frente.
P.S: Ao contrário do que muitos acharam, achei a cena do estupro coerente, apesar de pesada. Disseram que saiu do tom do filme e que foi inesperado. Mas, ué, tragédias e coisas horríveis nos acontecem inesperadamente. A vida não avisa; Spike Lee também não.
Olha, eu sei que geral gostou, mas essa bosta não é pra mim, não. O único episódio que realmente me cativou e que trouxe algo relativamente novo foi o primeiro. Os outros foram um festival de clichês, pieguices e de uma pretensão acima do tom. Não achei sensacional e inovadora como meus amigos que me recomendaram disseram que era, e sim mais do mesmo. Sem falar que a maioria dos diálogos são um chute no saco de tão chatos (nos episódios 6 e 7 eu tive que lutar bravamente contra as minhas pálpebras, que teimavam em querer fechar, se recusando a assistir tamanha chatice). Enfim, só terminei porque não gosto de deixar as séries pela metade.
Poderia ser bem melhor, mais engraçado, mais envolvente, porém dei 4 estrelas pelos últimos 15 minutos que são sensacionais. Admito que chorei um pouco. O roteiro poderia ser mais desenvolvido porque tem algumas situações que servem apenas de pretexto para o resto da trama:
não entendi até agora o motivo da gema ter quebrado quando eles tentaram fazer a magia para trazer o pai de volta pela primeira vez, por exemplo; também me parece estranho a mãe deles nunca ter notado ou comentado que seu falecido marido tinha interesse em magia
. Além do mais, alguns personagens são quase que inúteis e estão ali mais uma vez apenas como pretexto, como A Manticora.
Ela é mal desenvolvida, não faz nada de importante na história, e muda completamente sua personalidade depois de 5 minutos de conversa com dois adolescentes. Isso tudo só acontece para justificar de forma meia-boca a importância do mapa e da espada lá. Sem falar na introdução da tal maldição do dragão que é mal feita, servindo apenas para justificar o clímax da luta no final
. Ainda assim, a animação traz um tema que, surpreendentemente, é bem raro e subjugado em filmes: o amor entre irmãos. Não me lembro de ter assistido a um filme que retrata de forma tão cativante essa temática. Esse é o maior ponto positivo, fugindo do eterno clichê da rivalidade entre irmãos que Hollywood insiste em propagar em tudo quanto é filme adolescente. Enfim, vale a pena assistir, apesar de estar BEM abaixo de outras produções da Pixar.
Assisti as duas temporadas de uma vez hoje e é de um primor impressionante. Britânicos sendo britânicos no que diz respeito à comédia: sensacionais. E, apesar de eu gostar da protagonista, acho que a série não seria nada sem o núcleo de coadjuvantes que é simplesmente impecável. Claire é excelente e engraçadíssima (mesmo séria daquele jeito); a madrasta é uma ótima desgraçada filha da puta; e o pai, a meu ver, é o melhor personagem (com sua adorável mania de nunca conseguir terminar um raciocínio). Só não dou 5 estrelas porque achei meio piegas alguns diálogos, principalmente entre ela e o padre. O que é surpreendente pra mim, porque pelo que vi aqui nos comentários, todo mundo adorou esses momentos. Mas achei uma xaropada danada algumas cenas, com falas de comédia romântica de segunda categoria
(como a cena sem graça do confessionário e a famosa quote "Eu te amo / Vai passar" que todo mundo adorou, mas que, a meu ver, é só uma imitação barata de cenas de declaração mais icônicas anteriores, como a de Leia e Han Solo)
. Tirando isso, tiro o chapéu pra produção e recomendo pra todo mundo. Não que valha de alguma coisa minha recomendação.
Temporada bem meia-boca se comparada com as anteriores. Começou a perder o fôlego e a voltar para temas e situações repetidas, regredindo a trama em vez de evoluir. Uma pena.
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraQue bosta, hein. Gosto tanto do primeiro, aí me fazem uma sequência mequetrefe dessas. Os primeiros 10 minutos são excelentes, depois é um caminho sem freio ladeira abaixo. Uns coadjuvantes norte-americanos água com açúcar (Halle Berry tá maravilhosa, pelo menos), umas coreografias de luta que não lambem as botas das do primeiro filme e uma vilã sem graça que não fede nem cheira e
é facilmente derrotada no final. E nem é culpa da Juliane Moore, ela até entrega uma atuação convincente, mas aquele papo furado de traficante injustiçada e as motivações daquele plano foram difíceis de engolir. Os argumentos dela pareciam com os meus em um debate sobre legalização das drogas que participei na sétima série; soou tudo muito infantil, raso e sem criatividade, como se os roteiristas estivessem com preguiça de pensar. Outra coisa que me deixa particularmente irritado é quando uma franquia (seja filme, série, livro, anime, o que for) mata um personagem, se arrepende, e o ressuscita magicamente sem nenhuma explicação plausível (em Kingsman até explicam como Galahad sobreviveu, mas sinceramente, achei super forçado)
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraDuas estrelas só pela parte técnica mesmo: tem uma fotografia massa, incluindo planos sequências perfeitos, boa coreografia nas cenas de luta, trilha sonora excelente e ótimos efeitos especiais. Só. De resto, é um saco. Na parte que interessa mesmo em um filme, a história, o roteiro, é uma perda de tempo. Cenas desconexas, confusas, clímax sem graça nenhuma e um emaranhado de plot twists que, no final, não surpreendem ninguém. Completamente dispensável e esquecível esse filme. Fazendo uma analogia futebolística, parece a seleção brasileira de 1982, que encantava o público leigo, empolgava com jogadas lindas e técnicas mirabolantes, mas, na hora H, não ganhou foi nada.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 777Que filme. Uns mais desavisados poderiam até achar que é um documentário, tamanha a veracidade da ambientação, dos cenários, dos diálogos e, sobretudo, da atuação magistral de Bruno Ganz. Só não dou 5 estrelas porque achei demasiado longo.
Hamilton
4.5 256 Assista AgoraAchei incrível. É uma obra-prima que tem tudo pra virar um clássico memorável. Atuações excelentes, músicas empolgantes e uma puta direção de cena. Tem comédia, tragédia, crítica social, e tudo feito com uma maestria rara. Destaque pra Daveed Diggs que entrega, de longe, a melhor atuação do espetáculo, rouba a cena e merece todos os créditos e prêmios que recebeu. Jonathan Groff também está impagável, simplesmente sem defeitos.
Só não dou 5 estrelas pelos motivos a seguir:
1 - Recalque e um pouco de raivinha mesmo, porque Hamilton nem deveria estar aqui, né? Afinal, não é uma obra de audiovisual (filme ou série). É um musical teatral que, por um acaso, foi gravado. Se for assim, libera logo tudo quanto é peça gravada. Só eu fiz 4 no colégio e mais inúmeras no meu curso de atuação e improvisação.
2 - Não achei que manteve uma constância tão boa. Tem números chatinhos e desnecessários (desculpa, mas Angelica, por exemplo, é uma personagem completamente dispensável e seus solos não adicionam nada à história). E também achei o 2º ato infinitamente superior ao 1º.
3 - Lin-Manuel Miranda é, inegavelmente, um puta gênio. É um dramaturgo magnífico, roteirista incrível, músico e compositor de primeira mão. Contudo, como ator deixa muito a desejar. Quando contracena com Leslie Odom Jr, Phillipa Soo e principalmente Daveed Diggs, a diferença de talento é gritante. Acho que o protagonista do espetáculo deveria ter sido entregue a um ator com muito mais potência que ele.
4 - E por último, só um capricho pessoal mesmo: eu queria um pouquinho mais de hip hop. Fui com muita sede ao pote, achando que veria o rap sendo representado ao seu máximo, break-dances de impressionar, gírias, jargões e flows de embasbacar e acabei vendo uma passagem ou outra, mas bem de leve. Provavelmente tiveram que adaptar a linguagem, do contrário a aristocracia branca nova-iorquina não pagaria para assistir o musical.
Mas enfim, apesar desses pontos, vale muito a pena ver.
Ninguém Sabe que Estou Aqui
3.5 145 Assista AgoraCurti. Achei um filme simples, tanto no roteiro, quanto nos efeitos técnicos, mas nem por isso deixa de ser bom. É melancólico, contemplativo e, convenhamos, bem realista. Uns amigos meus não gostaram do final,
queriam uma reviravolta ou alguma redenção do protagonista, mas, na vida real, injustiças acontecem o tempo inteiro e ficam por isso mesmo. Gaspar Antillo esfrega esse fato na nossa cara e diz "lide com isso". Sem falar que o show que Memo dá, no escuro, sem plateia, com as câmeras desligadas e praticamente invisível, foi um soco na boca
Separados pelo Casamento
2.9 580 Assista AgoraAdiei o momento de assistir esse filme devido à nota geral do Filmow, mas nunca mais faço isso. Esqueci que tem muita gente anencéfala no mundo e nesse site não é diferente. Pelo que vi aqui nos comentários, as pessoas confundem personagem com roteiro e só deram nota baixa porque odiaram Gary (com razão, pois ele é um puta babaca). Contudo, a intenção do filme é justamente representar, de forma até bem decente e madura para uma comédia romântica, um relacionamento claustrofóbico de uma mulher com um marido escroto. O filme atinge esse objetivo com um roteiro bem amarrado e atuações bastante competentes, tanto dos protagonistas quanto dos coadjuvantes. Jennifer Aniston está muito bem, assim como Vince Vaughn, que nos faz odiar seu personagem.
Além de tudo, o final foi surpreendente, anticlichê e realista. É um filme, no mínimo, bom. Muito diferente do que essa nota representa.
Coach Carter: Treino para a Vida
4.0 381 Assista AgoraFilme clichezinho no estilo Mentes Perigosas, Escritores da Liberdade ou Sociedade dos Poetas Mortos. Desses que citei, talvez seja o melhor, mas ainda assim é longo demais e bem previsível. Destaque pra bela atuação de Samuel L. Jackson (que raramente erra, inclusive). Enfim, bom pra assistir despretensiosamente num domingo de chuva, como hoje.
A Despedida
4.0 298Acho que fui com muita expectativa devido ao minihype cult. É um filme simples, eficiente e fofinho, no máximo. Nada novo, inesquecível ou avassalador; e também não consegui me emocionar como achei que iria. Demonstra bem certos conflitos culturais, bem como dramas internos de alguns personagens, porém em nenhum momento se aprofunda como poderia. Também é repleto de maneirismos técnicos estranhos (achei uns cortes bem bruscos e nada a ver) e cenas desnecessariamente longas e desconexas
(como, por exemplo, a "brincadeira da galinha" no casamento, que não adiciona em nada à história e pareceu durar uma eternidade)
P.S: Mesmo assim, crush eterno pela Awkwafina. Escutem o novo álbum dessa mulher.
Undone (1ª Temporada)
4.3 133 Assista AgoraÉ uma puta série. Qualquer coisa que eu comente aqui vai parecer simplista e irrisório diante do peso desse roteiro. Achei tudo muito bom, desde a animação em si, passando pelas excelentes atuações, trilha sonora e uma direção sensacional. O final em aberto deixou tudo ainda mais brilhante, afinal, vai contra a atual maré de produções mastigadinhas que entregam tudo cuspido para o espectador. Pensar e refletir às vezes é bom, e é isso que grandes produções artísticas nos obrigam a fazer.
P.S: É uma série sobre esquizofrenia e implicações da doença, não sobre viagem no tempo. Minha interpretação é a seguinte: Alma está delirando desde o primeiro episódio.
Enfim, já considero Raphael Bob-Waksberg um gênio contemporâneo. Quem ainda não viu Bojack Horseman, corra pra ver.
O Paraíso Deve Ser Aqui
3.7 50 Assista AgoraUm filme que não é para todos os gostos. Mas, pessoalmente, eu curti muito. Várias vezes me peguei sorrindo enquanto contemplava a contemplação de Elia Suleiman. Dar vida a uma obra que diverte e faz pensar ao mesmo tempo, e com o mínimo de diálogos possível, não é pra qualquer um. E ainda transmite uma mensagem que corrobora com a desmistificação dos esteriótipos e preconceitos sobre a Palestina. Vale muito a pena.
A Comédia dos Pecados
2.9 128 Assista AgoraFui assistir com muita expectativa e quebrei a cara. Poderia ser excelente, mas é bem ruim. Acreditava que seria uma versão moderna, divertida e ácida do Decamerão, além de uma justa homenagem às clássicas sátiras de Boccaccio; porém não passa de um filme confuso, entediante, repleto de cenas desconexas, previsíveis e cheias de clichês. E olha que tem muita gente de peso no elenco, o que me influenciou ainda mais a apertar o play durante essa madrugada: John C. Reilly e Molly Shannon dispensam apresentações, além de Kate Micucci, e principalmente Alison Brie e Aubrey Plaza (Community e Parks and Recreation forever!).
A única cena que salvou foi o sermão do bispo já no final, pois Fred Armisen está excelente.
Um Maluco na TV (1ª Temporada)
4.1 42Começa devagar, como quase toda grande série de comédia. É preciso ir ambientando o telespectador às características das personagens, ao estilo de piada do roteiro e às loucuras que estão por vir. Mas depois que passa do episódio 10, não tem como parar. É sensacional, inteligente e com um toquezinho metalinguístico. Não sei porque demorei tanto pra começar a assistir.
P.S: Deixaria Tina Fey sentar na minha cara sem remorços.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraNão dou 5 estrelas porque achei alguns cortes e transições bem bruscos e defeituosos. Além de ter uns clichês e passagens bem previsíveis
(logo após o diálogo entre Paul e a francesa lá, eu tinha certeza que alguém ia morrer explodido por uma mina, por exemplo).
Aquele monólogo quebrando a 4ª parede é de um primor impecável.
Como Ser Solteira
3.3 486 Assista AgoraNossa senhora, viu. Eu fui assistir já com uma pulga atrás da orelha (resolvi ver só porque gosto da Rebel WIlson), mas não esperava que fosse tão ruim. É chato, confuso, pretensioso e completamente esquecível. Filmezinho bem white girl problems, com um roteiro que parece que foi escrito por um palestrante de autoajuda. Sem falar que tô tentando entender até agora qual o papel dessa Lucy (Alison Brie) no filme. Resumindo, pior impossível.
Bem-Vindo, Doutor
4.1 276Duas estrelas e meia só pela Aissa Maiga que é maravilhosa. De resto, é decepcionante e presta um desserviço à luta contra o racismo. A mensagem do filme é basicamente essa: "Se você for preto, deixe suas raízes de lado, esconda sua cultura, subjugue-se aos padrões brancos, abaixe a cabeça, se esforce três vezes mais que as outras pessoas, e, TALVEZ, quem sabe, você será aceito". Eu, como preto, me senti ofendido.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraAh, eu adorei. Foi uma grata surpresa, não esperava que fosse tão bom assim. Não é muito inovador, mas tem um roteiro surpreendentemente bem amarrado, um plot twist sensacional e atuações bem competentes de quase todo o elenco (exceto da protagonista, que achei meio meeh). A direção também é bacana, com alguns efeitos práticos divertidos,
como na cena em que a enfermeira sai da casa transtornada após receber a notícia do testamento, e sofre uma pressão simultânea de todos da família falando ao mesmo tempo. A câmera começa a desfocar e tremer, dando a entender o estado de confusão mental da protagonista.
Além de tudo, curti Daniel Craig no papel de um detetive brincalhão, aparentemente despretensioso e com um sotaque midwestern, misturando o ar de James Bond, com Sherlock Holmes e Hercule Poirot.
Little Boxes
3.1 16Legalzinho, porém esquecível. Poderia ser bem mais intenso e profundo, se quisesse. Tudo acontece muito rápido, com um clímax quase inexistente e um desfecho preguiçoso. Parece que o diretor cansou e desistiu do filme na metade. Temática interessante, apesar de tudo.
Frozen II
3.6 785Animação do naipe de Aviões, Os Sem-Floresta e O Mar Não Está pra Peixe, ou seja, completamente esquecível. Muito abaixo do primeiro. Só dou 2 estrelas pela qualidade dos efeitos visuais, renderização e por ser Disney né. Arranca uma risada de canto de boca de vez em quando, mas de resto é chato, piegas, cansativo e sem graça. Até as músicas são ruins,
com destaque pro solo patético de Kristoff, naquela vibe clipe de música romântica ruim dos anos 90 (cheguei a cogitar que seja brega de propósito, no intuito de ser engraçado, mas foi um tiro no pé)
Assunto de Família
4.2 400 Assista AgoraNão dou 5 estrelas por ter achado demasiadamente longo. A história se resolveria em 1h20 fácil, fácil. De qualquer forma, os 15 minutos finais fazem valer a pena a perda de tempo. Sem falar que a direção é sensacional. Você já percebe isso logo no plano sequência inicial do filme.
Destaque pra cena da perseguição das laranjas
Ela Quer Tudo
3.7 97 Assista AgoraSurpreendentemente eu já tinha assistido toda a filmografia de Spike Lee, menos esse. E que puta estreia, viu? Elenco todo preto parece que assusta a galera branca, né? Ainda mais um filme com pretos que vivem uma vida como qualquer outra, sem focar nos temas de racismo, segregação, etc. Começa lento e devagar até demais, porém se aguentarmos a primeira meia-hora, não tem como não continuar até o fim. Diria que esse filme tá uns 30 anos à frente do seu tempo e torço para que seja cada vez mais reconhecido daqui pra frente.
P.S: Ao contrário do que muitos acharam, achei a cena do estupro coerente, apesar de pesada. Disseram que saiu do tom do filme e que foi inesperado. Mas, ué, tragédias e coisas horríveis nos acontecem inesperadamente. A vida não avisa; Spike Lee também não.
No mais, é só admirar essa obra-prima.
Amor Moderno (1ª Temporada)
4.2 587Olha, eu sei que geral gostou, mas essa bosta não é pra mim, não. O único episódio que realmente me cativou e que trouxe algo relativamente novo foi o primeiro. Os outros foram um festival de clichês, pieguices e de uma pretensão acima do tom. Não achei sensacional e inovadora como meus amigos que me recomendaram disseram que era, e sim mais do mesmo. Sem falar que a maioria dos diálogos são um chute no saco de tão chatos (nos episódios 6 e 7 eu tive que lutar bravamente contra as minhas pálpebras, que teimavam em querer fechar, se recusando a assistir tamanha chatice). Enfim, só terminei porque não gosto de deixar as séries pela metade.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraPoderia ser bem melhor, mais engraçado, mais envolvente, porém dei 4 estrelas pelos últimos 15 minutos que são sensacionais. Admito que chorei um pouco.
O roteiro poderia ser mais desenvolvido porque tem algumas situações que servem apenas de pretexto para o resto da trama:
não entendi até agora o motivo da gema ter quebrado quando eles tentaram fazer a magia para trazer o pai de volta pela primeira vez, por exemplo; também me parece estranho a mãe deles nunca ter notado ou comentado que seu falecido marido tinha interesse em magia
Além do mais, alguns personagens são quase que inúteis e estão ali mais uma vez apenas como pretexto, como A Manticora.
Ela é mal desenvolvida, não faz nada de importante na história, e muda completamente sua personalidade depois de 5 minutos de conversa com dois adolescentes. Isso tudo só acontece para justificar de forma meia-boca a importância do mapa e da espada lá. Sem falar na introdução da tal maldição do dragão que é mal feita, servindo apenas para justificar o clímax da luta no final
Ainda assim, a animação traz um tema que, surpreendentemente, é bem raro e subjugado em filmes: o amor entre irmãos. Não me lembro de ter assistido a um filme que retrata de forma tão cativante essa temática. Esse é o maior ponto positivo, fugindo do eterno clichê da rivalidade entre irmãos que Hollywood insiste em propagar em tudo quanto é filme adolescente.
Enfim, vale a pena assistir, apesar de estar BEM abaixo de outras produções da Pixar.
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 889 Assista AgoraAssisti as duas temporadas de uma vez hoje e é de um primor impressionante. Britânicos sendo britânicos no que diz respeito à comédia: sensacionais. E, apesar de eu gostar da protagonista, acho que a série não seria nada sem o núcleo de coadjuvantes que é simplesmente impecável. Claire é excelente e engraçadíssima (mesmo séria daquele jeito); a madrasta é uma ótima desgraçada filha da puta; e o pai, a meu ver, é o melhor personagem (com sua adorável mania de nunca conseguir terminar um raciocínio). Só não dou 5 estrelas porque achei meio piegas alguns diálogos, principalmente entre ela e o padre. O que é surpreendente pra mim, porque pelo que vi aqui nos comentários, todo mundo adorou esses momentos. Mas achei uma xaropada danada algumas cenas, com falas de comédia romântica de segunda categoria
(como a cena sem graça do confessionário e a famosa quote "Eu te amo / Vai passar" que todo mundo adorou, mas que, a meu ver, é só uma imitação barata de cenas de declaração mais icônicas anteriores, como a de Leia e Han Solo)
Supermães (4ª Temporada)
3.9 20 Assista AgoraTemporada bem meia-boca se comparada com as anteriores. Começou a perder o fôlego e a voltar para temas e situações repetidas, regredindo a trama em vez de evoluir. Uma pena.