Amor, Amizade, Morte, Vícios, Trabalho, Vocação: temas e questionamentos que todo mundo vive, independentemente do país e da cultura, e que aparecem nesse drama em diálogos existenciais. Impossível não se identificar um pouco com cada personagem. A vida realmente é agridoce para todos.
No começo fiquei intrigada: Por que o manager tem esse nome (Mark Scout), tão parecido com o Michael Scott do The Office? Depois fui entender que enquanto The Office retrata as situações do trabalho de uma maneira escrachada, Ruptura é quase o oposto: eles também elevam problemáticas atuais (como equilíbrio trabalho-família) ao extremo, mas não ao extremo da sátira, e sim ao extremo do drama. É como você contar uma situação absurda que viveu no seu trabalho e dizer: 'é para rir ou chorar?'. Em The Office você ri, em Ruptura você chora. Desde o nome da chefe (Harmony) até às estruturas claustrofóbicas e o tratamento educado, porém disciplinador - tudo é planejado para expor de maneira ácida as falhas do sistema atual de trabalho que temos. O resumo de tudo prova que é impossível separar vida pessoal de vida profissional - e que precisamos de um mercado de trabalho em moldes diferentes dos que temos hoje.
Eu estava achando uma baita de uma história, até descobrir que vários pontos não foram reais, que muita coisa foi inventada, e que a Addie, na verdade, empregou e foi mentora da Sarah no início. Aliás, a Addie (que na verdade se chamava Annie Malone) foi também uma business woman de sucesso e grande filantropista. Poderiam contar a história REAL, mostrando, inclusive, a importância da sororidade entre duas mulheres negras que se tornaram milionárias em um período extremamente racista
mas ele se despersonalizava (perdia sua essência) e mais parecido com seu inimigo ficava. Se ele tivesse focado em realizar seu sonho de ter uma franquia de sucesso - e não em se vingar - teria sido feliz ao lado da So-Ah (que, em dado momento, se humilhou e implorou para ele largar tudo e serem felizes juntos) e a própria vida teria se encarregado de um fim trágico ao Jang Dae Hee. Ser feliz não é se preencher com ódio ou almejar incansavelmente uma vingança. Acho que essa mensagem da história foi boa, apesar de mal desenvolvida.
apesar de no começo ter tido atitudes aparentemente dúbias, no fim das contas se mostrou a pessoa com mais integridade moral: mesmo em meio ao caos, ela não perdeu os próprios valores e conseguiu "destruir" a Janga - melhor do que todo mundo junto. Não achei que ela enrolou o Saeroy por 10 anos, não. O cara foi preso, depois foi trabalhar no mar, voltou para começar um bar do zero... e ela lá, sem se envolver com mais ninguém... Acho que ela foi sensata: estava esperando ele se estabelecer para começarem uma família. O problema foi que a falta de apoio direto dela afetou negativamente o relacionamento dos dois.
Para mim, não. Ele sentia um misto de gratidão e peso na consciência que confundiu com amor. Poxa, amor não se força assim, não. Se fosse, a Ye-Seo podia se forçar a gostar do Geun-soo. A Ye-Seo se mostrou extremamente imatura e mimada quase todo o drama e, como reforço ao seu comportamento, conseguiu tudo o que queria. Sociopatia tem tratamento e não é desculpa para preconceito e grosseria. Ela amava o Saeroy? Para mim, não! Aquilo era obsessão doentia. Poderiam ter desenhado uma figura feminina de personalidade forte, mas também com limitações e lutas, seria mais real e conquistaria mais o público.
Pessoa sem personalidade, perdida na vida, em busca de um modelo a se espelhar. Queria um final melhor para ele.
No geral, digo que a história tinha potencial para ser um baita drama, mas se perdeu do meio para o final, especialmente no desenvolvimento das personagens. Poderiam ter focado mais nas diferenças de conduta entre os gestores da Jangga e DanBam (um lugar as pessoas são vistas como peças de engrenagem/gado, na outra são seres humanos - e isso influencia demais nos resultados das empresas!); em questões sobre justiça e relação de poder, e também dado mais foco ao tema de "superação". Pontos para os coadjuvantes (vulgo "equipe DanBam") que estavam melhores que os protagonistas.
Minha opinião é um pouco controversa em relação a maioria.
Em termos técnicos, Vincenzo é muito bem feito: muitos plot twists, trilha sonora bem escolhida, boa fotografia, desenvolvimento da trama bem fechada e sem pontos soltos (como acontece com frequência em outras séries).
Porém, do ponto de vista da história em si, achei que até a metade estava tudo indo bem: o objetivo era realmente derrotar a Babel e suas maldades. Tanto Vincenzo como a Cha Young buscaram a justiça para evitar o mal e promover o bem. Porém,
depois de várias mortes inocentes - do meio para o final da trama - e especialmente depois da morte da mãe do Vincenzo, achei que ele ultrapassou os limites da promoção de uma justiça honesta e sadia. Ele começou a ser cruel com as pessoas más ou neutras (tipo os capangas dele), agindo, em muitos momentos, como se ele fosse Deus.
Acho que essa discussão de se fazer justiça com as próprias mãos dá bastante pano para a manga.
A Cha-Young mesmo disse, em certa altura, que aceitou o que aconteceu porque entendeu que aquilo seria o "mal menor", o menos pior a ser feito.Na trama, ok, ficção aceita tudo. Mas na vida real é complicado.. Não sabemos a fundo as verdadeiras intenções e motivações das pessoas. Portanto, fazer justiça com as próprias mãos pode ser, na verdade, a promoção de uma própria injustiça.
(Aos interessados, leiam o dialogo socrático Criton) Como a tradição coreana tem raízes budistas, diferente da tradição ocidental de raízes cristãs e filosofia grega, quando Vincenzo
se identifica como Vaisravana fica claro que há uma fundamentação na religião oriental para referenciar personagens e toda a obra em si. Desta maneira, o conceito e a prática da virtude da justiça ganha nuances diferentes das que temos no ocidente.
Por fim, deu para ver que sangue, vingança e justiça humana
culminaram em uma consciência inquieta - Vincenzo sempre tinha pesadelos relacionados às pessoas que assassinou.
. Por outro lado, sua figura forte e com muitas virtudes foi um grande exemplo e inspiração para todos. Ele transformou a vida de muitos apenas sendo quem foi.
Não achei ruim como as pessoas estão comentando. Acho que nas duas temporadas o foco foi o dano que as redes sociais e o avanço tecnológico nesse campo podem causar ao relacionamento humano. Nesta segunda temporada, em específico, houve uma reconciliação com o passado, especialmente por parte das personagens principais.
Jojo precisou se perdoar para pedir perdão, ser sincera e curar as próprias feridas e as feridas causadas nas outras pessoas. O Sun Oh foi muito mimado em quase todos os momentos, mas me parece que amadureceu no final. O Hye Young era desde o começo o par mais adequado para a Jojo e foi muito bonito ver toda a paciência e respeito que ele teve por ela.
Por fim, o amor pressupõe liberdade. Amar envolve atração e sentimentos, mas também é uma escolha. A Jojo pode ter se apaixonado por duas pessoas, mas escolheu ficar com uma. Isso é um relacionamento: você tem várias pessoas possíveis de se apaixonar no mundo, mas você renuncia a todas para escolher uma.
Boa ideia abordar o universo de startups e explicar em cada episódio um termo utilizado neste mundo. Acho que faltou focar menos no romance e mais nas coisas que acontecem nas startups (no seriado Silicon Valley, por exemplo, eles fazem isso)
Concordo que muitas histórias dentro da trama ficaram mal explicadas, mas também gostei dos plot-twists utilizados para explicar os acontecimentos posteriormente.
Por fim, os atores foram muito bons na atuação e foi bem gracinha a historinha do casal.
Acho que a cena que mais me conquistou foi quando o Do-San falou para o Menino Bonzinho que amaria a Dal-Mi mesmo se ela não o escolhesse de volta. Na verdade, até então, ele ainda achava que a Dal-Mi estava em dúvida e/ou gostava do Menino Bonzinho.E, veja só que coração generoso, mesmo ali com o "rival" ao lado dele, ele deixou o cara dormir na cama dele e ia servir de café da manhã o acompanhamento que o Ji-Pyeong mais gostava. A personalidade retraída e antissocial adquirida ao longo da vida foi se modificando e o Do-San foi se transformando em um homem forte e gentil.
Já o Menino Bonzinho, que na infância foi bem pobre e sofredor, apesar de ter se tornado um homem rico e bem sucedido, não era "amável" e só foi amolecer o coração ao longo da trama e após reencontrar a vózinha. Ele merecia um final melhor, concordo, mas é fato que a Dal-Mi, pelo desenvolvimento da história, não combinava muito com ele. Acho que a redenção do Ji-Pyeong foi quando ele encontrou sentido em sua vida ajudando outras pessoas que tiveram os mesmos sofrimentos que ele quando orfão. Isso ficou personificado no personagem que tinha a voz do Noon Gil e foi pedir investimento a ele.
A grande mensagem moral do dorama, para mim, foi sobre perdão. Perdoar o passado para conseguir seguir bem no futuro. Sem isso, cada um estaria para um lado e não teríamos Do-San, nem Dal-Mi, nem In-Jae, nem Ji-Pyeong e nem final feliz.
A construção visual do drama foi bem feita: muitos plot-twists, quebra-cabeças e pontas soltas que foram se encaixando. Ainda assim, algumas partes foram confusas e confesso que tive que rever para entender melhor. As atuações me decepcionaram: Lee Min Ho não é tudo o que falam, o Woo Do Hwan deu um show de interpretação e a Kim Go Eun se esforçou, mas também não foi "tudo aquilo". No mais, apesar de muitos desejarem que a Tae Eul se tornasse
rainha isso seria logicamente impossível pela construção da narrativa: existia uma sósia dela, a Luna, no Reino da Coréia e esta pessoa já vivia uma vida ali. Não dava para colocar outra pessoa igual. Às vezes que ela apareceu e foi confundida já foi uma confusão. Não faria sentido.
Também gostei muito da possibilidade da Luna ficar com o Sin Jae
a vida por causa de macho" Gente, na boa, pensem melhor no que vocês estão falando. Na situação do cara ter uma vida melhor que a dela, de ser o rei da Coréia, não daria para <<<ele>>> largar a vida e ir atrás da mulher, o sacrifico teria que ser dela. Amor é feito de sacrificios, de ambas as partes. Esse discurso egoísta de "não faço nada por macho nenhum" vai levar muitas à infelicidade da solidão.
Eu achei fofo. É uma história para além de um romance. Fala sobre relações de trabalho, escravidão moderna, terceirização, humanização das empresas, relações de poder, classes sociais...
o Je Hun, que no final se mostrou bem querido, porém ele teve várias oportunidades para ficar com ela e não aproveitou nenhuma (inclusive só decidiu correr atrás a hora que viu que a estava perdendo para o Hyuk). Eu entendo que ele queria ter dinheiro suficiente para sustentá-la e dar a ela uma boa vida, mas ela não queria isso. Ela queria uma vida digna moralmente, não necessariamente materialmente. A personalidade do Je Hun e os valores dele se chocaram com os da Jun em vários momentos: ele é rígido, gosta de obedecer sem questionar e se contentava com uma vida medíocre e materialista, apesar de ser uma pessoa muito boa, ter se mostrado justo ao final e já ter sofrido muito A mudança de postura do Je Hun foi por causa do Hyuk e da Jun. Se não fossem esses dois, será que ele não seria como o pai - humilhado, resignado e infeliz?
O Hyuk, inicialmente um riquinho mimado, aos poucos usa a sensibilidade que tem para transformar a própria vida e a das outras pessoas, inclusive sendo o conforto emocional da Jun em vários momentos. Ele foi bem imaturo em muitas situações, mas acredito que era falta de vivência da vida real (e fez muita diferença os aprendizados que ele foi adquirindo e absorvendo ao longo da trama)
Por essas e outras acho que o final do casal não poderia ter sido diferente.
Agora o final relacionado à empresa ficou bem forçado.
Nada a ver os três pegarem o documento e saírem correndo, depois um monte de segurança indo atrás e ninguém pega três pessoas despreparadas... E o irmão mau? Não foi investigado pela policia? Continua trabalhando na empresa? Aceitou de boa as mudanças que o Hyuk começou a fazer? Algumas lacunas faltaram ser preenchidas e poderia ter menos ficção e mais realismo nessa parte
como não lembrar do episódio em que a mãe de Jin-Ah se machuca e, na sala de espera, estão somente homens? As mulheres, e somente elas, estavam como cuidadoras! E o assédio sexual no trabalho - calado, consentido?
Também a música "Stand by your man" me pareceu irônica em alguns momentos.
Apesar da crítica ao comportamento machista, a trama é bem equilibrada ao mostrar também que há homens muito bons - e mulheres muito más. A mãe de Jin-Ah teve um comportamento egoísta, dramático, manipulador e obcecado com poder. Ela conseguia a todo momento estragar a paz da família e criar conflitos. Em partes culpo ela pela personalidade imatura da Jin-Ah, que, com 35 anos, por vezes parecia uma adolescente de 15. Entretanto, também entendo que a mãe queria para a filha um futuro confortável materialmente. Para quem não acredita no amor, resta apenas o materialismo.
ambos tiveram comportamentos impulsivos, mentiam muito um para o outro e não conversavam sobre assuntos profundos que são fundamentais para um relacionamento ir para frente (valores pessoais, perspectiva de futuro etc). Faltou os dois se abrirem mais um com o outro, se mostrarem quem são e o que passam, pedirem opinião sobre as coisas... enfim... ter um relacionamento amadurecido. Apesar de tudo isso, de maneira geral, acredito que o respeito e amor que o Joon Hee teve pela Jin-Ah fez com que ela se valorizasse como mulher e como pessoa, o que nos mostra que homens bons podem curar mulheres machucadas.
"Stand by your man", que em partes pareceu criticar a atitude de submissão cega das mulheres - no trabalho, nos relacionamentos - aqui, para o casal, passou a mensagem de que, se a Jin-Ah não tivesse pensado de maneira egoísta e impulsiva em si mesma, se ela tivesse ficado ao lado do Joon Hee especialmente quando ele mais precisava, eles não teriam sofrido tanto e poderiam ser felizes mais cedo.
"Stand by your man And show the world you love him"
ridículo! Tanta coisa mal resolvida para no fim das contas o Joon Hee falar que foi tudo culpa dele (não foi... ele foi impulsivo também, mas não foi tudo culpa dele) e a Jin-Ah falar "ah, beleza, era isso que queria ouvir". Será que eles parariam de mentir um para o outro? Como iriam lidar com a pressão familiar? E o emprego do Joon Hee, ele ia viver de amor? Poderiam ter feitos episódios de 40 min, mas com um final mais elaborado.
Acho que principal mensagem foi: para que precisamos de um aplicativo para falar de nossos sentimentos ou confirmarmos que estamos apaixonados? Será que não estamos complicando muito algo tão simples, natural e humano?
A Jojo agiu como uma pessoa que se percebe cada vez mais apaixonada age: com medo e insegurança. O fato dos pais terem se suicidado por conta das dívidas contraídas devido aos gastos com ela, unido à falta de amor e cuidados na casa da tia, à prima chata-invejosa, à avó doente, fez ela se sentir culpada pelo próprio destino. Quando ela sofre o acidente com o Sun-Oh, ela se sente um "amuleto de má sorte" e decide se afastar dele por medo de sofrer mais e fazê-lo sofrer. Atitude impensada e impulsiva que desencadeou outros tantos problemas.
O Son-Oh agiu de maneira egocêntrica, desprezando os sentimentos do melhor amigo e ficando com a Jojo inicialmente por puro capricho. É claro que depois ele se apaixona por ela, mas no final fiquei com a questão: será que ele gostava mesmo dela ou era apenas um sentimento de orgulho por ele não ter conseguido tudo o que ele queria, no caso, a Jojo? Ou foi ela que fez ele, pela primeira vez na vida, se sentir amado por alguém?
Hee Young é o típico cara bonzinho e abnegado que só foi cair na real no final da temporada. A Jojo até então nem tinha notado direito que ele existia. Racionalmente, seria ele o par perfeito para a Jojo: Ambos são esforçados, estudiosos, compreensivos e abnegados.
É a primeira vez em uma história que pra mim tanto faz com quem a Jojo escolher ficar.
morre dentro de uma Igreja católica, na frente da cruz de Cristo. Assim como Jesus deu sua vida pelos pecadores de todo o mundo, Jin Woo salvou o emprego de milhares de pessoas que, se o jogo continuasse sendo uma fraude, perderiam o sustento de suas famílias.
Apesar de parecer um egoísta e vaidoso, Jin Woo foi, ao longo do dorama, experimentando uma verdadeira conversão e mudança de valores. No fim das contas percebemos que ele muito se importava com os outros e suas ações foram, em grande parte, motivadas por empatia e respeito.
Vi algumas pessoas comentando sobre a Hee Jo não se tornar uma jogadora.
Ela se torna, sim, mas obviamente não passe fases nem se alia a Jin Woo pelo motivo do perigo que isso representa para sua própria vida.
Alguns comentaram também sobre a química do casal. Acho que faltou um pouco, concordo, mas há de se ponderar que a personalidade de Jin Woo é mais fria e fechada. Depois de tudo o que passou e de toda sua história de vida, é plausível que ele demore a se abrir a uma pessoa e a um novo relacionamento.
achei ele um bundão. Chato, introvertido num nível patológico, zero coragem. A irmã se matando para sustentar a família e ele sem trabalhar nem fazer nada? Ok, ele desenvolveu o jogo, mas até chegar o reconhecimento foram anos em que tudo recaía sobre a Hee Jo
O sr. Park sem dúvida foi o ponto de equilíbrio e bom senso. Sem ele muita coisa teria dado errado.
E o final... A brecha foi para uma segunda temporada. Ou ao menos a possibilidade de, quem quiser,
imaginar que o Jin Woo se reencontrou com a Hee Jo e eles ficaram juntos e, quem quiser, imaginar que o Jin Woo ficou preso no jogo e continua salvando muita gente.
poderia tranquilamente ser enquadrado como assédio moral e sexual no trabalho. Por mais lindo que o Sung Hoon seja, o que ele fez foi extremamente inadequado e persuasivo. Mesmo na primeira noite que eles tiveram, no carro, ele se aproveitou da fragilidade emocional da Yoo-Mi para ficar com ela. Acho que mostrar este tipo de comportamento como se fosse fofo pode romantizar algo que não é nada fofo nem legal.
A vida de uma atriz pornô é bem diferente desse glamour colocado no drama. Claro que a pornografia na coréia não é o nível hardcore que temos aqui no ocidente, mas mesmo assim. Muito perigoso glamourizar isso!
Acho que as escolhas acertadas foram os protagonistas, mas a história em si poderia ter outra abordagem. Agora é engraçado que um drama que choca a cultura conservadora coreana aqui no Brasil é mais puritano que uma novela das 18h (!!!). Estamos mal mesmo...
Lições sobre o dorama: - Você não é seu passado nem o que sua família ou sociedade fizeram de você. Você é a única pessoa responsável por suas decisões e seu futuro. - Não importa o quão pesada é sua dor, você pode sempre aliviar a dor de outras pessoas. - A esperança e o amor superam todos os obstáculos - por mais brega que essa frase possa parecer.
Por fim...
O final é a redenção de todos: daqueles que acharam que poderiam ter agido de outra maneira no passado e daqueles que precisaram reviver o passado para superar o presente e o futuro.
Acho que o principal aqui é: "seja uma pessoa maravilhosa e coisas maravilhosas irão acontecer com você". Me fez pensar o quanto damos um valor exagerado para a aparência externa - que, como bem mostra o dorama, sim, importa, mas não excessivamente. Não necessariamente a menina mais gata vai ser feliz, simplesmente porque é bonita. O amor entre duas pessoas vai acontecer não necessariamente porque ambos são lindos fisicamente, mas porque há atração muito além das questões estéticas.
Ser alguém incrível vai te fazer mais feliz que ser apenas um rosto bonito.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Our Blues
4.4 23 Assista AgoraSem dúvida, um dos melhores (senão o melhor) dorama de 2022
My Liberation Notes
4.2 18 Assista AgoraAmor, Amizade, Morte, Vícios, Trabalho, Vocação: temas e questionamentos que todo mundo vive, independentemente do país e da cultura, e que aparecem nesse drama em diálogos existenciais. Impossível não se identificar um pouco com cada personagem.
A vida realmente é agridoce para todos.
Ruptura (1ª Temporada)
4.5 748 Assista AgoraNo começo fiquei intrigada: Por que o manager tem esse nome (Mark Scout), tão parecido com o Michael Scott do The Office?
Depois fui entender que enquanto The Office retrata as situações do trabalho de uma maneira escrachada, Ruptura é quase o oposto: eles também elevam problemáticas atuais (como equilíbrio trabalho-família) ao extremo, mas não ao extremo da sátira, e sim ao extremo do drama. É como você contar uma situação absurda que viveu no seu trabalho e dizer: 'é para rir ou chorar?'. Em The Office você ri, em Ruptura você chora.
Desde o nome da chefe (Harmony) até às estruturas claustrofóbicas e o tratamento educado, porém disciplinador - tudo é planejado para expor de maneira ácida as falhas do sistema atual de trabalho que temos.
O resumo de tudo prova que é impossível separar vida pessoal de vida profissional - e que precisamos de um mercado de trabalho em moldes diferentes dos que temos hoje.
A Vida e a História de Madam C.J. Walker
4.2 222 Assista AgoraEu estava achando uma baita de uma história, até descobrir que vários pontos não foram reais, que muita coisa foi inventada, e que a Addie, na verdade, empregou e foi mentora da Sarah no início.
Aliás, a Addie (que na verdade se chamava Annie Malone) foi também uma business woman de sucesso e grande filantropista.
Poderiam contar a história REAL, mostrando, inclusive, a importância da sororidade entre duas mulheres negras que se tornaram milionárias em um período extremamente racista
Itaewon Class
4.2 92 Assista AgoraComo já diria o Chaves, "a vingança nunca é plena, mata a alma e envenena". Cada vez que o Park Saeroy deixava o ódio tomar conta dele,
mas ele se despersonalizava (perdia sua essência) e mais parecido com seu inimigo ficava. Se ele tivesse focado em realizar seu sonho de ter uma franquia de sucesso - e não em se vingar - teria sido feliz ao lado da So-Ah (que, em dado momento, se humilhou e implorou para ele largar tudo e serem felizes juntos) e a própria vida teria se encarregado de um fim trágico ao Jang Dae Hee. Ser feliz não é se preencher com ódio ou almejar incansavelmente uma vingança. Acho que essa mensagem da história foi boa, apesar de mal desenvolvida.
A So-Ah, aliás,
apesar de no começo ter tido atitudes aparentemente dúbias, no fim das contas se mostrou a pessoa com mais integridade moral: mesmo em meio ao caos, ela não perdeu os próprios valores e conseguiu "destruir" a Janga - melhor do que todo mundo junto. Não achei que ela enrolou o Saeroy por 10 anos, não. O cara foi preso, depois foi trabalhar no mar, voltou para começar um bar do zero... e ela lá, sem se envolver com mais ninguém... Acho que ela foi sensata: estava esperando ele se estabelecer para começarem uma família. O problema foi que a falta de apoio direto dela afetou negativamente o relacionamento dos dois.
Saeroy realmente gostava de Ye-Seo?
Para mim, não. Ele sentia um misto de gratidão e peso na consciência que confundiu com amor. Poxa, amor não se força assim, não. Se fosse, a Ye-Seo podia se forçar a gostar do Geun-soo. A Ye-Seo se mostrou extremamente imatura e mimada quase todo o drama e, como reforço ao seu comportamento, conseguiu tudo o que queria. Sociopatia tem tratamento e não é desculpa para preconceito e grosseria. Ela amava o Saeroy? Para mim, não! Aquilo era obsessão doentia. Poderiam ter desenhado uma figura feminina de personalidade forte, mas também com limitações e lutas, seria mais real e conquistaria mais o público.
Por fim, o Geun-soo foi um coitado.
Pessoa sem personalidade, perdida na vida, em busca de um modelo a se espelhar. Queria um final melhor para ele.
No geral, digo que a história tinha potencial para ser um baita drama, mas se perdeu do meio para o final, especialmente no desenvolvimento das personagens. Poderiam ter focado mais nas diferenças de conduta entre os gestores da Jangga e DanBam (um lugar as pessoas são vistas como peças de engrenagem/gado, na outra são seres humanos - e isso influencia demais nos resultados das empresas!); em questões sobre justiça e relação de poder, e também dado mais foco ao tema de "superação". Pontos para os coadjuvantes (vulgo "equipe DanBam") que estavam melhores que os protagonistas.
Vincenzo
4.4 91 Assista AgoraMinha opinião é um pouco controversa em relação a maioria.
Em termos técnicos, Vincenzo é muito bem feito: muitos plot twists, trilha sonora bem escolhida, boa fotografia, desenvolvimento da trama bem fechada e sem pontos soltos (como acontece com frequência em outras séries).
Porém, do ponto de vista da história em si, achei que até a metade estava tudo indo bem: o objetivo era realmente derrotar a Babel e suas maldades. Tanto Vincenzo como a Cha Young buscaram a justiça para evitar o mal e promover o bem. Porém,
depois de várias mortes inocentes - do meio para o final da trama - e especialmente depois da morte da mãe do Vincenzo, achei que ele ultrapassou os limites da promoção de uma justiça honesta e sadia. Ele começou a ser cruel com as pessoas más ou neutras (tipo os capangas dele), agindo, em muitos momentos, como se ele fosse Deus.
Acho que essa discussão de se fazer justiça com as próprias mãos dá bastante pano para a manga.
A Cha-Young mesmo disse, em certa altura, que aceitou o que aconteceu porque entendeu que aquilo seria o "mal menor", o menos pior a ser feito.Na trama, ok, ficção aceita tudo. Mas na vida real é complicado.. Não sabemos a fundo as verdadeiras intenções e motivações das pessoas. Portanto, fazer justiça com as próprias mãos pode ser, na verdade, a promoção de uma própria injustiça.
Como a tradição coreana tem raízes budistas, diferente da tradição ocidental de raízes cristãs e filosofia grega, quando Vincenzo
se identifica como Vaisravana fica claro que há uma fundamentação na religião oriental para referenciar personagens e toda a obra em si. Desta maneira, o conceito e a prática da virtude da justiça ganha nuances diferentes das que temos no ocidente.
Por fim, deu para ver que sangue, vingança e justiça humana
culminaram em uma consciência inquieta - Vincenzo sempre tinha pesadelos relacionados às pessoas que assassinou.
Love Alarm (2ª Temporada)
2.9 57 Assista AgoraNão achei ruim como as pessoas estão comentando. Acho que nas duas temporadas o foco foi o dano que as redes sociais e o avanço tecnológico nesse campo podem causar ao relacionamento humano.
Nesta segunda temporada, em específico, houve uma reconciliação com o passado, especialmente por parte das personagens principais.
Jojo precisou se perdoar para pedir perdão, ser sincera e curar as próprias feridas e as feridas causadas nas outras pessoas. O Sun Oh foi muito mimado em quase todos os momentos, mas me parece que amadureceu no final. O Hye Young era desde o começo o par mais adequado para a Jojo e foi muito bonito ver toda a paciência e respeito que ele teve por ela.
Por fim, o amor pressupõe liberdade. Amar envolve atração e sentimentos, mas também é uma escolha. A Jojo pode ter se apaixonado por duas pessoas, mas escolheu ficar com uma. Isso é um relacionamento: você tem várias pessoas possíveis de se apaixonar no mundo, mas você renuncia a todas para escolher uma.
Apostando Alto
4.1 67 Assista AgoraBoa ideia abordar o universo de startups e explicar em cada episódio um termo utilizado neste mundo. Acho que faltou focar menos no romance e mais nas coisas que acontecem nas startups (no seriado Silicon Valley, por exemplo, eles fazem isso)
Concordo que muitas histórias dentro da trama ficaram mal explicadas, mas também gostei dos plot-twists utilizados para explicar os acontecimentos posteriormente.
Por fim, os atores foram muito bons na atuação e foi bem gracinha a historinha do casal.
Acho que a cena que mais me conquistou foi quando o Do-San falou para o Menino Bonzinho que amaria a Dal-Mi mesmo se ela não o escolhesse de volta. Na verdade, até então, ele ainda achava que a Dal-Mi estava em dúvida e/ou gostava do Menino Bonzinho.E, veja só que coração generoso, mesmo ali com o "rival" ao lado dele, ele deixou o cara dormir na cama dele e ia servir de café da manhã o acompanhamento que o Ji-Pyeong mais gostava. A personalidade retraída e antissocial adquirida ao longo da vida foi se modificando e o Do-San foi se transformando em um homem forte e gentil.
Já o Menino Bonzinho, que na infância foi bem pobre e sofredor, apesar de ter se tornado um homem rico e bem sucedido, não era "amável" e só foi amolecer o coração ao longo da trama e após reencontrar a vózinha. Ele merecia um final melhor, concordo, mas é fato que a Dal-Mi, pelo desenvolvimento da história, não combinava muito com ele. Acho que a redenção do Ji-Pyeong foi quando ele encontrou sentido em sua vida ajudando outras pessoas que tiveram os mesmos sofrimentos que ele quando orfão. Isso ficou personificado no personagem que tinha a voz do Noon Gil e foi pedir investimento a ele.
A grande mensagem moral do dorama, para mim, foi sobre perdão. Perdoar o passado para conseguir seguir bem no futuro. Sem isso, cada um estaria para um lado e não teríamos Do-San, nem Dal-Mi, nem In-Jae, nem Ji-Pyeong e nem final feliz.
O Rei Eterno
4.0 86 Assista AgoraA construção visual do drama foi bem feita: muitos plot-twists, quebra-cabeças e pontas soltas que foram se encaixando. Ainda assim, algumas partes foram confusas e confesso que tive que rever para entender melhor.
As atuações me decepcionaram: Lee Min Ho não é tudo o que falam, o Woo Do Hwan deu um show de interpretação e a Kim Go Eun se esforçou, mas também não foi "tudo aquilo".
No mais, apesar de muitos desejarem que a Tae Eul se tornasse
rainha isso seria logicamente impossível pela construção da narrativa: existia uma sósia dela, a Luna, no Reino da Coréia e esta pessoa já vivia uma vida ali. Não dava para colocar outra pessoa igual. Às vezes que ela apareceu e foi confundida já foi uma confusão. Não faria sentido.
Também gostei muito da possibilidade da Luna ficar com o Sin Jae
P.S.: "Ah adorei que ela não largou
a vida por causa de macho" Gente, na boa, pensem melhor no que vocês estão falando. Na situação do cara ter uma vida melhor que a dela, de ser o rei da Coréia, não daria para <<<ele>>> largar a vida e ir atrás da mulher, o sacrifico teria que ser dela. Amor é feito de sacrificios, de ambas as partes. Esse discurso egoísta de "não faço nada por macho nenhum" vai levar muitas à infelicidade da solidão.
Revolutionary Love
3.7 15Eu achei fofo. É uma história para além de um romance. Fala sobre relações de trabalho, escravidão moderna, terceirização, humanização das empresas, relações de poder, classes sociais...
A Jun poderia ter ficado com
o Je Hun, que no final se mostrou bem querido, porém ele teve várias oportunidades para ficar com ela e não aproveitou nenhuma (inclusive só decidiu correr atrás a hora que viu que a estava perdendo para o Hyuk). Eu entendo que ele queria ter dinheiro suficiente para sustentá-la e dar a ela uma boa vida, mas ela não queria isso. Ela queria uma vida digna moralmente, não necessariamente materialmente. A personalidade do Je Hun e os valores dele se chocaram com os da Jun em vários momentos: ele é rígido, gosta de obedecer sem questionar e se contentava com uma vida medíocre e materialista, apesar de ser uma pessoa muito boa, ter se mostrado justo ao final e já ter sofrido muito
A mudança de postura do Je Hun foi por causa do Hyuk e da Jun. Se não fossem esses dois, será que ele não seria como o pai - humilhado, resignado e infeliz?
O Hyuk, inicialmente um riquinho mimado, aos poucos usa a sensibilidade que tem para transformar a própria vida e a das outras pessoas, inclusive sendo o conforto emocional da Jun em vários momentos. Ele foi bem imaturo em muitas situações, mas acredito que era falta de vivência da vida real (e fez muita diferença os aprendizados que ele foi adquirindo e absorvendo ao longo da trama)
Por essas e outras acho que o final do casal não poderia ter sido diferente.
Agora o final relacionado à empresa ficou bem forçado.
Nada a ver os três pegarem o documento e saírem correndo, depois um monte de segurança indo atrás e ninguém pega três pessoas despreparadas... E o irmão mau? Não foi investigado pela policia? Continua trabalhando na empresa? Aceitou de boa as mudanças que o Hyuk começou a fazer? Algumas lacunas faltaram ser preenchidas e poderia ter menos ficção e mais realismo nessa parte
Something in the Rain
4.2 103 Assista AgoraAchei os episódios, de maneira geral, muito longos e a trilha sonora mal escolhida.
A grande crítica foi ao redor do machismo presente em sociedades muito tradicionais, como a coreana:
como não lembrar do episódio em que a mãe de Jin-Ah se machuca e, na sala de espera, estão somente homens? As mulheres, e somente elas, estavam como cuidadoras! E o assédio sexual no trabalho - calado, consentido?
Apesar da crítica ao comportamento machista, a trama é bem equilibrada ao mostrar também que há homens muito bons - e mulheres muito más. A mãe de Jin-Ah teve um comportamento egoísta, dramático, manipulador e obcecado com poder. Ela conseguia a todo momento estragar a paz da família e criar conflitos. Em partes culpo ela pela personalidade imatura da Jin-Ah, que, com 35 anos, por vezes parecia uma adolescente de 15. Entretanto, também entendo que a mãe queria para a filha um futuro confortável materialmente. Para quem não acredita no amor, resta apenas o materialismo.
Sobre o casal,
ambos tiveram comportamentos impulsivos, mentiam muito um para o outro e não conversavam sobre assuntos profundos que são fundamentais para um relacionamento ir para frente (valores pessoais, perspectiva de futuro etc). Faltou os dois se abrirem mais um com o outro, se mostrarem quem são e o que passam, pedirem opinião sobre as coisas... enfim... ter um relacionamento amadurecido.
Apesar de tudo isso, de maneira geral, acredito que o respeito e amor que o Joon Hee teve pela Jin-Ah fez com que ela se valorizasse como mulher e como pessoa, o que nos mostra que homens bons podem curar mulheres machucadas.
"Stand by your man", que em partes pareceu criticar a atitude de submissão cega das mulheres - no trabalho, nos relacionamentos - aqui, para o casal, passou a mensagem de que, se a Jin-Ah não tivesse pensado de maneira egoísta e impulsiva em si mesma, se ela tivesse ficado ao lado do Joon Hee especialmente quando ele mais precisava, eles não teriam sofrido tanto e poderiam ser felizes mais cedo.
"Stand by your man
And show the world you love him"
Sobre o final:
ridículo! Tanta coisa mal resolvida para no fim das contas o Joon Hee falar que foi tudo culpa dele (não foi... ele foi impulsivo também, mas não foi tudo culpa dele) e a Jin-Ah falar "ah, beleza, era isso que queria ouvir". Será que eles parariam de mentir um para o outro? Como iriam lidar com a pressão familiar? E o emprego do Joon Hee, ele ia viver de amor? Poderiam ter feitos episódios de 40 min, mas com um final mais elaborado.
Love Alarm (1ª Temporada)
3.3 68 Assista AgoraAcho que principal mensagem foi: para que precisamos de um aplicativo para falar de nossos sentimentos ou confirmarmos que estamos apaixonados? Será que não estamos complicando muito algo tão simples, natural e humano?
Sobre os personagens:
A Jojo agiu como uma pessoa que se percebe cada vez mais apaixonada age: com medo e insegurança. O fato dos pais terem se suicidado por conta das dívidas contraídas devido aos gastos com ela, unido à falta de amor e cuidados na casa da tia, à prima chata-invejosa, à avó doente, fez ela se sentir culpada pelo próprio destino. Quando ela sofre o acidente com o Sun-Oh, ela se sente um "amuleto de má sorte" e decide se afastar dele por medo de sofrer mais e fazê-lo sofrer. Atitude impensada e impulsiva que desencadeou outros tantos problemas.
O Son-Oh agiu de maneira egocêntrica, desprezando os sentimentos do melhor amigo e ficando com a Jojo inicialmente por puro capricho. É claro que depois ele se apaixona por ela, mas no final fiquei com a questão: será que ele gostava mesmo dela ou era apenas um sentimento de orgulho por ele não ter conseguido tudo o que ele queria, no caso, a Jojo? Ou foi ela que fez ele, pela primeira vez na vida, se sentir amado por alguém?
Hee Young é o típico cara bonzinho e abnegado que só foi cair na real no final da temporada. A Jojo até então nem tinha notado direito que ele existia. Racionalmente, seria ele o par perfeito para a Jojo: Ambos são esforçados, estudiosos, compreensivos e abnegados.
É a primeira vez em uma história que pra mim tanto faz com quem a Jojo escolher ficar.
Os dois caras tem motivos justos para ficar com ela. Difícil.
Memórias de Alhambra
3.8 34A história em si é bem interessante: muitos plot twist, quebra-cabeças que vão sendo solucionados ao longo da trama, muitos simbolismos.
O simbolismo mais forte, na minha opinião, foi quando Jin Woo
morre dentro de uma Igreja católica, na frente da cruz de Cristo. Assim como Jesus deu sua vida pelos pecadores de todo o mundo, Jin Woo salvou o emprego de milhares de pessoas que, se o jogo continuasse sendo uma fraude, perderiam o sustento de suas famílias.
Apesar de parecer um egoísta e vaidoso, Jin Woo foi, ao longo do dorama, experimentando uma verdadeira conversão e mudança de valores. No fim das contas percebemos que ele muito se importava com os outros e suas ações foram, em grande parte, motivadas por empatia e respeito.
Vi algumas pessoas comentando sobre a Hee Jo não se tornar uma jogadora.
Ela se torna, sim, mas obviamente não passe fases nem se alia a Jin Woo pelo motivo do perigo que isso representa para sua própria vida.
Alguns comentaram também sobre a química do casal. Acho que faltou um pouco, concordo, mas há de se ponderar que a personalidade de Jin Woo é mais fria e fechada. Depois de tudo o que passou e de toda sua história de vida, é plausível que ele demore a se abrir a uma pessoa e a um novo relacionamento.
Sobre o Se-Ju:
achei ele um bundão. Chato, introvertido num nível patológico, zero coragem. A irmã se matando para sustentar a família e ele sem trabalhar nem fazer nada? Ok, ele desenvolveu o jogo, mas até chegar o reconhecimento foram anos em que tudo recaía sobre a Hee Jo
O sr. Park sem dúvida foi o ponto de equilíbrio e bom senso. Sem ele muita coisa teria dado errado.
E o final... A brecha foi para uma segunda temporada. Ou ao menos a possibilidade de, quem quiser,
imaginar que o Jin Woo se reencontrou com a Hee Jo e eles ficaram juntos e, quem quiser, imaginar que o Jin Woo ficou preso no jogo e continua salvando muita gente.
My Secret Romance
3.6 62Eu sei que o diretor quis fazer um dorama modernex, lacrador etc., mas muitas questões abordadas ganharam um viés problemático, na minha opinião.
Para começar o que o Cha Jin-Wook fez com a Lee Yoo-Mi:
poderia tranquilamente ser enquadrado como assédio moral e sexual no trabalho. Por mais lindo que o Sung Hoon seja, o que ele fez foi extremamente inadequado e persuasivo. Mesmo na primeira noite que eles tiveram, no carro, ele se aproveitou da fragilidade emocional da Yoo-Mi para ficar com ela. Acho que mostrar este tipo de comportamento como se fosse fofo pode romantizar algo que não é nada fofo nem legal.
Segundo foi a questão da pornografia...
A vida de uma atriz pornô é bem diferente desse glamour colocado no drama. Claro que a pornografia na coréia não é o nível hardcore que temos aqui no ocidente, mas mesmo assim. Muito perigoso glamourizar isso!
Acho que as escolhas acertadas foram os protagonistas, mas a história em si poderia ter outra abordagem.
Agora é engraçado que um drama que choca a cultura conservadora coreana aqui no Brasil é mais puritano que uma novela das 18h (!!!). Estamos mal mesmo...
Come and Hug Me
4.2 16Lições sobre o dorama:
- Você não é seu passado nem o que sua família ou sociedade fizeram de você. Você é a única pessoa responsável por suas decisões e seu futuro.
- Não importa o quão pesada é sua dor, você pode sempre aliviar a dor de outras pessoas.
- A esperança e o amor superam todos os obstáculos - por mais brega que essa frase possa parecer.
Por fim...
O final é a redenção de todos: daqueles que acharam que poderiam ter agido de outra maneira no passado e daqueles que precisaram reviver o passado para superar o presente e o futuro.
She Was Pretty
4.1 72Acho que o principal aqui é: "seja uma pessoa maravilhosa e coisas maravilhosas irão acontecer com você".
Me fez pensar o quanto damos um valor exagerado para a aparência externa - que, como bem mostra o dorama, sim, importa, mas não excessivamente.
Não necessariamente a menina mais gata vai ser feliz, simplesmente porque é bonita.
O amor entre duas pessoas vai acontecer não necessariamente porque ambos são lindos fisicamente, mas porque há atração muito além das questões estéticas.
Ser alguém incrível vai te fazer mais feliz que ser apenas um rosto bonito.