Os dois pilares principais pro filme funcionar são as atuações brilhantes da Carey Mulligan e a ótima intrepretação do Bradley Cooper. O filme ele tenta de todas as formas impressionar, mas no fim fiquei com uma sensação meio dúbia. O filme é lindo, tecnicamente falando, existem cenas muito bem filmadas, planos sequências e transições muito ricas, além de claro, da fotografia ser belíssima. Mas, é o filme acabou pecando no principal, o roteiro simplesmente demora a fluir, e quando ameaça andar, é lento, mostra pouco, desenvolve menos ainda. Então no final a gente fica com sensações distintas, porque ele é um filme bem feito, mas ainda assim falta, tem coisa faltando no corte final. O roteiro poderia ter sido melhor desenvolvido.
Esse filme, igual ao primeiro, foi uma grande divisor de águas pra indústria da animação, principalmente porque conseguiu inovar (o que já era cheio de inovações) e incrementar elementos que serviram muito pra trama. Além de juntar diversos fans-services, manteve o roteiro coeso e amarrado, sendo empolgante, emocionante e sabendo dosar a comédia do Homem-Aranha com dilemas bem dúbios em relação aos personagens. Discordo que tentou fazer do herói um vilão, na verdade só estabeleceu um outro ponto de vista, com base em um escopo enorme. Acho que faltou só uma finalização um pouco menos abrupta, apesar de eu ter gostado do gancho, poderiam ter terminado de uma maneira mais satisfatória. Mesmo assim é um baita filme, ansioso pela continuação.
É um besteirol carregado de clichês, mas que consegue ser bem convincente, principalmente porque não caí na comédia escrachada e exagerada e sim aproveita seus personagens bem carismáticos. Tá, vez ou outra ele se excede, mas a gente aceita porque no fundo sabe que é só uma comédia pastelão. Consegui dar boas risadas e além de tudo, o diretor conseguiu concluir de um jeito bem legal, gostei bastante da narrativa impondo nas entrelinhas como o caminho dos dois seguem caminhos diferentes.
Quando um filme de terror se propõe a fazer o arroz e feijão, de um modo convincente e bem feito, é isso que temos. Diferente do que muita gente falou, não achei fraco, é um filme bom, bem executado, com cenas de arrepiar, principalmente quando se propõe a chocar o público visualmente, aliás, os diretores conduziram muito bem diversos momentos e dosaram, no ponto certo, a trilha sonora com o visual e o psicológico, não caindo na armadilha de enveredar prum clichê chato, monótono e sem graça. Embora os personagens não sejam lá, a coisa mais original do mundo, o desenvolvimento deles é até ok, e o roteiro peca muitas vezes com conveniências típicas de filmes do gênero, mas nada muito absurdo, vez ou outra me peguei pensando sobre decisões dos personagens e impactou um pouco na imersão, mas de resto... Vale a pena, melhor que muito lixo que o gênero tem espalhado pelos streamings.
Já faz um tempo que o Shyamalan precisa tirar umas boas férias pra pensar no rumo que os filmes dele tomam e ver bem como ele deve continuar com a carreira, porque sinceramente, a cada ano que passa ele consegue se superar. E o pior de tudo é que ele sabe muito bem como fazer filmes, não atoa Tempo junta uma dúzia de cenas bem feitas, com técnicas bem interessantes, conduzidas de um jeito que ele sabe nos instigar, só que o roteiro é tem sido quase sempre mal conduzido. Uma ideia que tinha tudo pra ser genial, se torna mequetrefe pelos caminhos que escolhe, acho que se o Shyamalan optar por apenas dirigir e deixar o roteiro sob controle de outros profissionais, é capaz de sair algo melhor. De qualquer jeito, Tempo é um filme com uma premissa interessante, cenas legais, algumas tensas, outras bem toscas e o roteiro consegue levar por água abaixo tudo. Ainda assim dá pra assistir de modo despretensioso.
Eu achei que esse aqui acabou sendo inferior ao primeiro por alguns quesitos, mas o principal deles é o ritmo diferente que o diretor optou por escolher. Senti que se arrastou mais, os diálogos demoraram até nos levar a algum lugar, entendo que os personagens envelheceram, estavam distantes um do outro, mas ainda assim senti falta de alguma coisa na primeira metade. Depois que engrena, a gente tem uma nova enxurrada de realidade com filosofia, melancolia, tudo junto e o diretor mostra a que veio. A química entre os personagens cresce gradativamente, mostrando que apesar de tudo ainda são os mesmos jovens imaturos. É um bom filme.
Como que pode uma simplesmente jornada de diálogos entre dois desconhecidos se tornar tão interessante ao ponto de eu não querer que chegasse ao fim. O diretor simplesmente dá aulas com o que propôs, acertando cada detalhe. A linha de diálogos entre os protagonistas é incrível e caminha por várias vertentes, se afogando até na filosofia, mas não de um modo cansativo e complexo. Além disso, a química surreal entre os dois atores aumentou ainda mais a experiência, os olhares sutis, mas cheios de encanto da Julie Delphy foram arrasadores. Um filmaço de romance que sem dúvida entre no meu hall de favoritos, porque conseguiu ser muito mais que um simples romance bobinho entre dois desconhecidos. This is cinema.
Nossa, é um puta projeto com um potencial enorme, só que o filme acabou se perdendo no meio do caminho. Uma hora ele é literal, outra é uma alegoria sobre um trauma da personagem, e assim o diretor ficou no meio do caminho, sem enveredar pra nenhum lado. A personagem poderia ter sido melhor desenvolvida, gosto da maneira com que lida com o fator alienígena, mas acabou ficando muito supérfluo, ainda mais porque tentou dar um passo maior que a perna e sequer se preocupou em justificar. No final faltou inspiração do diretor e síndrome do Stephen King atacou, colocando qualquer coisa, só pra terminar logo, sem preocupação com coerência ou lógica narrativa. Gostei bastante da atriz e das cenas que conseguem provocar tensão, principalmente com um trilha sonora bem sútil que preenche os espaços, mas o filme acabou não me empolgando tanto, infelizmente.
O filme consegue adquirir uma identidade muito própria, principalmente pelo folclore que levanta referente a possessão. Numa época onde a gente tem tanto filme de terror medíocre e cheio de clichês, esse aqui se destaca justamente por levar sua trama a um outro lado, com um tom de originalidade que casou muito bem. Não acho que seja perfeito, até porque a montagem dele acabou não sendo das melhores, o filme poderia ter tido uns quinze minutos a mais e o desfecho melhor trabalhado seria a cereja do bolo, contudo, o diretor não mede esforços no quesito violência e nem é uma violência gratuita pra chocar, ela tem um contexto dentro da trama. Fiquei grande parte do filme agonizado, tenso, a música alta impôs o ritmo o tempo inteiro, quem se sentiu irritado com a trilha sonora, no meu ponto de vista, o diretor fez isso propositalmente, os gritos, a música alta, essa era a intenção dele. No mais é um filme bastante imersivo, que poderia ter um roteiro melhor, mas ainda assim se destaca, ele é visceral, teve algumas cenas que me causaram mal estar num nível que só o Lars Von Trier havia conseguido.
Wes Craven sendo um maestro no que se propõe a fazer. Adorei o jeito que satiriza o próprio gênero slasher, consegue criar tensão, alívios cômicos e trás personagens bem autênticos, que, apesar de não terem tanto desenvolvimento, não soaram caricatos e foi o suficiente para eu me importar com eles. Aliás, até as atuações contribuíram, e em conjunto com a trilha sonora e a montagem muito boa se tornou um clássico que trouxe ainda mais identidade aos slashers.
Esse filme tem tanto potencial, mas acaba sendo desperdiçado por um diretor que não soube aproveitar tanto tudo que o roteiro exigia. A começar por não ser muito difícil criar uma história de terror num ambiente bizarro como é um IML, mas mesmo assim o diretor apelou pra um ou outro susto mequetrefe, cujo significado era só assustar mesmo. Divido o filme em dois polos, a primeira metade, onde se garante no visual verossímil de uma sessão de necropsia, com elementos do terror psicológico que funcionam bem demais, e a segunda metade que é quando o diretor atira pra todos os lados na ânsia de assustar de qualquer jeito, caindo pro clichê com cenas que não combinam com o contexto da obra e saem do tom. É uma pena que ele tenha tomado essa decisão de cair pro terrorzão de shopping center, quando na verdade se seguisse na mesma linhagem dos primeiros 40 minutos, daria ainda mais certo. Mas no geral não é um filme ruim, só que poderia ser muito melhor, ele acaba com um gostinho de "poderia ser tanto, mas foi pouco."
O roteiro demora um pouquinho até que se torne atrativo e a trama consiga captar nossa atenção, mas o diretor é sagaz o suficiente pra saber lidar com a ascensão do roteiro, seja pondo uma trilha sonora adequada, fazendo planos sequências ou deixando a câmera presa nos personagens, retratando exatamente a nossa fixação em saber o que está acontecendo, e a reação deles. Trata de temas urgentes até hoje na nossa sociedade, mas aborda de uma maneira tão densa, ficando com certas camadas apenas nas entrelinhas da história. Gosto muito de como retrata a amizade de uma forma muito delicada. Vale a pena assistir, principalmente naquele domingo a noite melancólico.
Eis a prática de uma animação em stop motion linda, e nem falo de roteiro ou aspectos emocionais e sim visualmente mesmo. Provavelmente seja um dos filmes em SM mais lindos que já vi. Em relação ao roteiro, ele até se deixa introduzir alguma coisa, é bobinho, cheio de referências e piadas de duplo sentido, cenas que me fizeram dar uma gargalhada e isso é o que vale. Ótimo filme se você tá procurando algo leve, despretensioso e bem feito, só pra dar umas risadas no fim de domingo. Pra mim serviu.
Eu não sei porque demorei tanto pra ver esse filme. Ele é um exemplo perfeito de quem as ideias fora da curva podem sim dar certo, embora aproveite o conceito de muito filme que já funcionou, é o tom de originalidade que mais dá identidade. Além de ser um filme frenético, ele consegue ser uma alegoria super importante sobre a depressão, trata de temas relevantes, como a família, amor próprio, autoconfiança e usa conceitos da filosofia, tudo isso mascarado com uma narrativa ora bobinha, outra intensa com ação semelhante a filmes do Jackie Chan. Um exemplo de como ser MUITA coisa e representar TANTO, ótimo filme.
Exemplo de um filme bem ambientado e tecnicamente quase irretocável. Gosto muito da imersão que o Polanski consegue atingir nos colocando dentro do mundo, com a crueza das filmagens, retratando com o máximo de realidade os acontecimentos assombrosos. Preciso confessar que a longa duração acabou pesando um pouco, por ser um filme denso e que exige bastante psicologicamente quem assiste, por ser tão longo se tornou um pouco cansativo, principalmente próximo do clímax, que enrolou um pouquinho até acontecer. Tirando isso, eu digo que é um dos melhores, se não o melhor, ambientado na Segunda Guerra. Obra de arte.
Eis aqui uma comédia romântica que eu coloco na mesma prateleira que "Questão de Tempo", "Meia Noite em Paris", "Complicações do Amor", etc. E falo isso não por semelhanças de roteiro, mas sim pela originalidade que o diretor faz questão de empregar. Seja no formato da imagem, como na estética que muda de acordo com Lars, ora mais cinza, mórbida, outrora se torna mais viva. O Ryan Gosling arrebenta nos trejeitos, mas todos os atores aqui estão no ponto, um pouquinho mais caricato o filme se tornaria tosco, longe do propósito. O filme tem um teor psicológico, é superficial demais para se tornar mais denso, mas consegue gerar reflexão sobre as entrelinhas, porque ele fala muito mais do que o diretor mostra. O ritmo não me incomodou tanto, achei que foi bem dinâmico e o Gosling segurou bem o protagonismo, nos presenteando com interpretações verossímeis demais e a cada nova situação era uma vergonha alheia diferente. É um bom filme que pode gerar até alguns estudos de personagem, acho que vale a pena.
Gosto muito dos dilemas que o filme consegue empregar de maneira leve e descontraída, a ótica da protagonista. Fica bem claro pra mim o quanto ela se perde por estar envolvida numa situação bem singular. Senti falta de mais interação entre ela e o Bleeker, mas nada que afetasse a minha experiência. Aliás, iniciei o filme imaginando sem mais um drama bobinho e terminei com os olhos cheios d'água, emocionado com a situação divergente e feliz por não ter caído em um clichê chato. O que potencializa e muito o andamento do filme é a excelente trilha sonora, que de põe no ambiente, além de claro, da estarrecedora atuação da Page, que dá tudo de si pra personagem. No fim temos um drama leve, que aborda temas necessários e delicados com uma visão otimista e em partes romantizada, mas fico feliz que não se perdeu nos clichês e tampouco em irrealidades. Assistam.
Aqui a gente tem uma ideia muito nítida, mas com um orçamento curtinho, então foi o que deu pra fazer. Eu gostei, mesmo as partes de efeitos já datados, o que pra mim acaba sendo crucial pra minha experiência é o roteiro oscilante, o ritmo aqui acaba sendo meio estranho e quando deveria emplacar, diminui e torna o clímax bem chatinho. Mas no geral tem uma ambientação boa e cenas inspiradas. Vale a pena ver pelo valor que tem para a indústria.
Esse é o tipo de filme pra se assistir num domingo no período tedioso da tarde, onde não se tem nada pra fazer. Rende umas boas risadas e embora seja bem genérico, gosto da maneira com que se desenrola, embora a ideia de ser um "found footage" me soou um pouco pretensioso. O tempo curto rende umas sequências hilárias e não tem muita enrolação, as coisas vão aumentando o ritmo gradativamente até o clímax estrondoso. Vale a pena.
Eu gosto muito da interação entre os personagens aqui e de como o Bradley Cooper se mostra o superior entre todos, sabendo dosar bem o personagem dele entre o mais festeiro de todos, mas ainda assim o mais centrado, que não cai no desespero e nem no humor escrachado. Então a dosagem entre os protagonistas é bem equilibrada, gosto do jeito que o roteiro desenrola, deixando a gente curioso pro próximo ato. É um bom filme, me divertiu e cumpriu o propósito de me fazer rir.
O conceito aqui é bem nítido pra mim, apesar de ser um terror de shopping center, a proposta do diretor vai muito além. Ele consegue empregar elementos que dão um clima único pro filme e ainda assim mantém a mesma essência do clássico de 81. Embora eu tenha achado que o roteiro deu umas deslizadas na questão de construção, ele entrega um prato de cheio pros fãs de gore, com sequências tanto assustadoras visualmente, com muito sangue e mutilações, mas também tem o potencial de assustar com takes de arrepiar os cabelos, não se perdendo em jumpscares baratos e maçantes. Em resumo, o diretor mostra que sabia bem o que queria e utiliza os elementos da ambientação com bastante consciência, principalmente quando decide causar tensão.
Não é um filme ruim, mas também passa bem longe de ser uma obra de arte. O diretor tem pouca inspiração pra filmar as cenas de tensão e o timing não é lá o ponto forte dele, tá tudo meio jogado e simplesmente acontece com um baque. O roteiro também parece não se reinventar, mantém uma sequência chata e de fatos que parecem se repetir, entediando. Em contraponto, gostei muito do aspecto visceral, sujo, todas as bizarrices são bem interessantes e parecem impregnar na gente. Gosto muito das criaturas e efeito práticos que apesar de serem ultrapassados, ainda funcionam e causam sim agonia, porque são bem feitos. No geral, é um filme bem chatinho, com efeitos legais e uma dualidade legal, "anjos para uns, demônios para outros" acho legal esse discurso, embora não se aprofunde tanto nos pontos místicos, abre um escopo legal sobre as ameaças.
É um filme que não se propõe a ser muita coisa, ele dedica o seu tempo focando apenas em divertir o seu público, e consegue fazer isso com primor, principalmente nas partes em que utiliza de um humor mais escrachado. Os atores são o que sustentam o roteiro já batido de apocalipse, fora a montagem que deixa ele distante dos outros, me lembrou um pouquinho o clássico Scott Pilgrim. Enfim, vale a pena assistir num domingo tedioso para dar umas boas risadas.
Minhas expectativas com o filme já eram baixas, mas eu pelo menos tinha a esperança que fosse um filme que cumprisse a risca sua proposta e me trouxesse entretenimento. Estava enganado? Em partes. E o motivo é bem simples: o filme tenta ser o que não é. Perde muito tempo com um drama familiar que sinceramente mais me entediou do que realmente emocionou, os personagens acabam sendo chatos e nada cativantes. Então a narrativa se arrasta um pouco e fica insistindo numa construção gradativa da "consciência" da boneca, mas de novo, isso é muito lento e chato. Quando as coisas finalmente acontecem, é até divertido, mas muito rápido. No geral o filme é bom, apesar de não ter me empolgado muito.
Maestro
3.1 260Os dois pilares principais pro filme funcionar são as atuações brilhantes da Carey Mulligan e a ótima intrepretação do Bradley Cooper. O filme ele tenta de todas as formas impressionar, mas no fim fiquei com uma sensação meio dúbia. O filme é lindo, tecnicamente falando, existem cenas muito bem filmadas, planos sequências e transições muito ricas, além de claro, da fotografia ser belíssima. Mas, é o filme acabou pecando no principal, o roteiro simplesmente demora a fluir, e quando ameaça andar, é lento, mostra pouco, desenvolve menos ainda.
Então no final a gente fica com sensações distintas, porque ele é um filme bem feito, mas ainda assim falta, tem coisa faltando no corte final. O roteiro poderia ter sido melhor desenvolvido.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 520 Assista AgoraEsse filme, igual ao primeiro, foi uma grande divisor de águas pra indústria da animação, principalmente porque conseguiu inovar (o que já era cheio de inovações) e incrementar elementos que serviram muito pra trama. Além de juntar diversos fans-services, manteve o roteiro coeso e amarrado, sendo empolgante, emocionante e sabendo dosar a comédia do Homem-Aranha com dilemas bem dúbios em relação aos personagens. Discordo que tentou fazer do herói um vilão, na verdade só estabeleceu um outro ponto de vista, com base em um escopo enorme.
Acho que faltou só uma finalização um pouco menos abrupta, apesar de eu ter gostado do gancho, poderiam ter terminado de uma maneira mais satisfatória. Mesmo assim é um baita filme, ansioso pela continuação.
Superbad: É Hoje
3.6 1,3K Assista AgoraÉ um besteirol carregado de clichês, mas que consegue ser bem convincente, principalmente porque não caí na comédia escrachada e exagerada e sim aproveita seus personagens bem carismáticos. Tá, vez ou outra ele se excede, mas a gente aceita porque no fundo sabe que é só uma comédia pastelão. Consegui dar boas risadas e além de tudo, o diretor conseguiu concluir de um jeito bem legal, gostei bastante da narrativa impondo nas entrelinhas como o caminho dos dois seguem caminhos diferentes.
Fale Comigo
3.6 961 Assista AgoraQuando um filme de terror se propõe a fazer o arroz e feijão, de um modo convincente e bem feito, é isso que temos. Diferente do que muita gente falou, não achei fraco, é um filme bom, bem executado, com cenas de arrepiar, principalmente quando se propõe a chocar o público visualmente, aliás, os diretores conduziram muito bem diversos momentos e dosaram, no ponto certo, a trilha sonora com o visual e o psicológico, não caindo na armadilha de enveredar prum clichê chato, monótono e sem graça.
Embora os personagens não sejam lá, a coisa mais original do mundo, o desenvolvimento deles é até ok, e o roteiro peca muitas vezes com conveniências típicas de filmes do gênero, mas nada muito absurdo, vez ou outra me peguei pensando sobre decisões dos personagens e impactou um pouco na imersão, mas de resto...
Vale a pena, melhor que muito lixo que o gênero tem espalhado pelos streamings.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraJá faz um tempo que o Shyamalan precisa tirar umas boas férias pra pensar no rumo que os filmes dele tomam e ver bem como ele deve continuar com a carreira, porque sinceramente, a cada ano que passa ele consegue se superar. E o pior de tudo é que ele sabe muito bem como fazer filmes, não atoa Tempo junta uma dúzia de cenas bem feitas, com técnicas bem interessantes, conduzidas de um jeito que ele sabe nos instigar, só que o roteiro é tem sido quase sempre mal conduzido. Uma ideia que tinha tudo pra ser genial, se torna mequetrefe pelos caminhos que escolhe, acho que se o Shyamalan optar por apenas dirigir e deixar o roteiro sob controle de outros profissionais, é capaz de sair algo melhor. De qualquer jeito, Tempo é um filme com uma premissa interessante, cenas legais, algumas tensas, outras bem toscas e o roteiro consegue levar por água abaixo tudo. Ainda assim dá pra assistir de modo despretensioso.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraEu achei que esse aqui acabou sendo inferior ao primeiro por alguns quesitos, mas o principal deles é o ritmo diferente que o diretor optou por escolher. Senti que se arrastou mais, os diálogos demoraram até nos levar a algum lugar, entendo que os personagens envelheceram, estavam distantes um do outro, mas ainda assim senti falta de alguma coisa na primeira metade. Depois que engrena, a gente tem uma nova enxurrada de realidade com filosofia, melancolia, tudo junto e o diretor mostra a que veio. A química entre os personagens cresce gradativamente, mostrando que apesar de tudo ainda são os mesmos jovens imaturos. É um bom filme.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraComo que pode uma simplesmente jornada de diálogos entre dois desconhecidos se tornar tão interessante ao ponto de eu não querer que chegasse ao fim. O diretor simplesmente dá aulas com o que propôs, acertando cada detalhe. A linha de diálogos entre os protagonistas é incrível e caminha por várias vertentes, se afogando até na filosofia, mas não de um modo cansativo e complexo. Além disso, a química surreal entre os dois atores aumentou ainda mais a experiência, os olhares sutis, mas cheios de encanto da Julie Delphy foram arrasadores.
Um filmaço de romance que sem dúvida entre no meu hall de favoritos, porque conseguiu ser muito mais que um simples romance bobinho entre dois desconhecidos. This is cinema.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 557 Assista AgoraNossa, é um puta projeto com um potencial enorme, só que o filme acabou se perdendo no meio do caminho. Uma hora ele é literal, outra é uma alegoria sobre um trauma da personagem, e assim o diretor ficou no meio do caminho, sem enveredar pra nenhum lado.
A personagem poderia ter sido melhor desenvolvida, gosto da maneira com que lida com o fator alienígena, mas acabou ficando muito supérfluo, ainda mais porque tentou dar um passo maior que a perna e sequer se preocupou em justificar. No final faltou inspiração do diretor e síndrome do Stephen King atacou, colocando qualquer coisa, só pra terminar logo, sem preocupação com coerência ou lógica narrativa.
Gostei bastante da atriz e das cenas que conseguem provocar tensão, principalmente com um trilha sonora bem sútil que preenche os espaços, mas o filme acabou não me empolgando tanto, infelizmente.
O Mal Que Nos Habita
3.6 532 Assista AgoraO filme consegue adquirir uma identidade muito própria, principalmente pelo folclore que levanta referente a possessão. Numa época onde a gente tem tanto filme de terror medíocre e cheio de clichês, esse aqui se destaca justamente por levar sua trama a um outro lado, com um tom de originalidade que casou muito bem.
Não acho que seja perfeito, até porque a montagem dele acabou não sendo das melhores, o filme poderia ter tido uns quinze minutos a mais e o desfecho melhor trabalhado seria a cereja do bolo, contudo, o diretor não mede esforços no quesito violência e nem é uma violência gratuita pra chocar, ela tem um contexto dentro da trama.
Fiquei grande parte do filme agonizado, tenso, a música alta impôs o ritmo o tempo inteiro, quem se sentiu irritado com a trilha sonora, no meu ponto de vista, o diretor fez isso propositalmente, os gritos, a música alta, essa era a intenção dele.
No mais é um filme bastante imersivo, que poderia ter um roteiro melhor, mas ainda assim se destaca, ele é visceral, teve algumas cenas que me causaram mal estar num nível que só o Lars Von Trier havia conseguido.
Pânico
3.6 1,6K Assista AgoraWes Craven sendo um maestro no que se propõe a fazer. Adorei o jeito que satiriza o próprio gênero slasher, consegue criar tensão, alívios cômicos e trás personagens bem autênticos, que, apesar de não terem tanto desenvolvimento, não soaram caricatos e foi o suficiente para eu me importar com eles. Aliás, até as atuações contribuíram, e em conjunto com a trilha sonora e a montagem muito boa se tornou um clássico que trouxe ainda mais identidade aos slashers.
A Autópsia
3.3 1,0K Assista AgoraEsse filme tem tanto potencial, mas acaba sendo desperdiçado por um diretor que não soube aproveitar tanto tudo que o roteiro exigia. A começar por não ser muito difícil criar uma história de terror num ambiente bizarro como é um IML, mas mesmo assim o diretor apelou pra um ou outro susto mequetrefe, cujo significado era só assustar mesmo.
Divido o filme em dois polos, a primeira metade, onde se garante no visual verossímil de uma sessão de necropsia, com elementos do terror psicológico que funcionam bem demais, e a segunda metade que é quando o diretor atira pra todos os lados na ânsia de assustar de qualquer jeito, caindo pro clichê com cenas que não combinam com o contexto da obra e saem do tom.
É uma pena que ele tenha tomado essa decisão de cair pro terrorzão de shopping center, quando na verdade se seguisse na mesma linhagem dos primeiros 40 minutos, daria ainda mais certo. Mas no geral não é um filme ruim, só que poderia ser muito melhor, ele acaba com um gostinho de "poderia ser tanto, mas foi pouco."
Tomates Verdes Fritos
4.2 1,3K Assista AgoraO roteiro demora um pouquinho até que se torne atrativo e a trama consiga captar nossa atenção, mas o diretor é sagaz o suficiente pra saber lidar com a ascensão do roteiro, seja pondo uma trilha sonora adequada, fazendo planos sequências ou deixando a câmera presa nos personagens, retratando exatamente a nossa fixação em saber o que está acontecendo, e a reação deles.
Trata de temas urgentes até hoje na nossa sociedade, mas aborda de uma maneira tão densa, ficando com certas camadas apenas nas entrelinhas da história. Gosto muito de como retrata a amizade de uma forma muito delicada. Vale a pena assistir, principalmente naquele domingo a noite melancólico.
Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais
3.4 199 Assista AgoraEis a prática de uma animação em stop motion linda, e nem falo de roteiro ou aspectos emocionais e sim visualmente mesmo. Provavelmente seja um dos filmes em SM mais lindos que já vi.
Em relação ao roteiro, ele até se deixa introduzir alguma coisa, é bobinho, cheio de referências e piadas de duplo sentido, cenas que me fizeram dar uma gargalhada e isso é o que vale. Ótimo filme se você tá procurando algo leve, despretensioso e bem feito, só pra dar umas risadas no fim de domingo. Pra mim serviu.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraEu não sei porque demorei tanto pra ver esse filme. Ele é um exemplo perfeito de quem as ideias fora da curva podem sim dar certo, embora aproveite o conceito de muito filme que já funcionou, é o tom de originalidade que mais dá identidade.
Além de ser um filme frenético, ele consegue ser uma alegoria super importante sobre a depressão, trata de temas relevantes, como a família, amor próprio, autoconfiança e usa conceitos da filosofia, tudo isso mascarado com uma narrativa ora bobinha, outra intensa com ação semelhante a filmes do Jackie Chan.
Um exemplo de como ser MUITA coisa e representar TANTO, ótimo filme.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraExemplo de um filme bem ambientado e tecnicamente quase irretocável. Gosto muito da imersão que o Polanski consegue atingir nos colocando dentro do mundo, com a crueza das filmagens, retratando com o máximo de realidade os acontecimentos assombrosos.
Preciso confessar que a longa duração acabou pesando um pouco, por ser um filme denso e que exige bastante psicologicamente quem assiste, por ser tão longo se tornou um pouco cansativo, principalmente próximo do clímax, que enrolou um pouquinho até acontecer.
Tirando isso, eu digo que é um dos melhores, se não o melhor, ambientado na Segunda Guerra. Obra de arte.
A Garota Ideal
3.8 1,2K Assista AgoraEis aqui uma comédia romântica que eu coloco na mesma prateleira que "Questão de Tempo", "Meia Noite em Paris", "Complicações do Amor", etc. E falo isso não por semelhanças de roteiro, mas sim pela originalidade que o diretor faz questão de empregar. Seja no formato da imagem, como na estética que muda de acordo com Lars, ora mais cinza, mórbida, outrora se torna mais viva.
O Ryan Gosling arrebenta nos trejeitos, mas todos os atores aqui estão no ponto, um pouquinho mais caricato o filme se tornaria tosco, longe do propósito. O filme tem um teor psicológico, é superficial demais para se tornar mais denso, mas consegue gerar reflexão sobre as entrelinhas, porque ele fala muito mais do que o diretor mostra.
O ritmo não me incomodou tanto, achei que foi bem dinâmico e o Gosling segurou bem o protagonismo, nos presenteando com interpretações verossímeis demais e a cada nova situação era uma vergonha alheia diferente.
É um bom filme que pode gerar até alguns estudos de personagem, acho que vale a pena.
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraGosto muito dos dilemas que o filme consegue empregar de maneira leve e descontraída, a ótica da protagonista. Fica bem claro pra mim o quanto ela se perde por estar envolvida numa situação bem singular. Senti falta de mais interação entre ela e o Bleeker, mas nada que afetasse a minha experiência.
Aliás, iniciei o filme imaginando sem mais um drama bobinho e terminei com os olhos cheios d'água, emocionado com a situação divergente e feliz por não ter caído em um clichê chato. O que potencializa e muito o andamento do filme é a excelente trilha sonora, que de põe no ambiente, além de claro, da estarrecedora atuação da Page, que dá tudo de si pra personagem.
No fim temos um drama leve, que aborda temas necessários e delicados com uma visão otimista e em partes romantizada, mas fico feliz que não se perdeu nos clichês e tampouco em irrealidades. Assistam.
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraAqui a gente tem uma ideia muito nítida, mas com um orçamento curtinho, então foi o que deu pra fazer. Eu gostei, mesmo as partes de efeitos já datados, o que pra mim acaba sendo crucial pra minha experiência é o roteiro oscilante, o ritmo aqui acaba sendo meio estranho e quando deveria emplacar, diminui e torna o clímax bem chatinho. Mas no geral tem uma ambientação boa e cenas inspiradas. Vale a pena ver pelo valor que tem para a indústria.
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista AgoraEsse é o tipo de filme pra se assistir num domingo no período tedioso da tarde, onde não se tem nada pra fazer. Rende umas boas risadas e embora seja bem genérico, gosto da maneira com que se desenrola, embora a ideia de ser um "found footage" me soou um pouco pretensioso.
O tempo curto rende umas sequências hilárias e não tem muita enrolação, as coisas vão aumentando o ritmo gradativamente até o clímax estrondoso. Vale a pena.
Se Beber, Não Case!
3.7 2,6K Assista AgoraEu gosto muito da interação entre os personagens aqui e de como o Bradley Cooper se mostra o superior entre todos, sabendo dosar bem o personagem dele entre o mais festeiro de todos, mas ainda assim o mais centrado, que não cai no desespero e nem no humor escrachado. Então a dosagem entre os protagonistas é bem equilibrada, gosto do jeito que o roteiro desenrola, deixando a gente curioso pro próximo ato. É um bom filme, me divertiu e cumpriu o propósito de me fazer rir.
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 814 Assista AgoraO conceito aqui é bem nítido pra mim, apesar de ser um terror de shopping center, a proposta do diretor vai muito além. Ele consegue empregar elementos que dão um clima único pro filme e ainda assim mantém a mesma essência do clássico de 81.
Embora eu tenha achado que o roteiro deu umas deslizadas na questão de construção, ele entrega um prato de cheio pros fãs de gore, com sequências tanto assustadoras visualmente, com muito sangue e mutilações, mas também tem o potencial de assustar com takes de arrepiar os cabelos, não se perdendo em jumpscares baratos e maçantes.
Em resumo, o diretor mostra que sabia bem o que queria e utiliza os elementos da ambientação com bastante consciência, principalmente quando decide causar tensão.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 857 Assista AgoraNão é um filme ruim, mas também passa bem longe de ser uma obra de arte. O diretor tem pouca inspiração pra filmar as cenas de tensão e o timing não é lá o ponto forte dele, tá tudo meio jogado e simplesmente acontece com um baque. O roteiro também parece não se reinventar, mantém uma sequência chata e de fatos que parecem se repetir, entediando.
Em contraponto, gostei muito do aspecto visceral, sujo, todas as bizarrices são bem interessantes e parecem impregnar na gente. Gosto muito das criaturas e efeito práticos que apesar de serem ultrapassados, ainda funcionam e causam sim agonia, porque são bem feitos.
No geral, é um filme bem chatinho, com efeitos legais e uma dualidade legal, "anjos para uns, demônios para outros" acho legal esse discurso, embora não se aprofunde tanto nos pontos místicos, abre um escopo legal sobre as ameaças.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraÉ um filme que não se propõe a ser muita coisa, ele dedica o seu tempo focando apenas em divertir o seu público, e consegue fazer isso com primor, principalmente nas partes em que utiliza de um humor mais escrachado.
Os atores são o que sustentam o roteiro já batido de apocalipse, fora a montagem que deixa ele distante dos outros, me lembrou um pouquinho o clássico Scott Pilgrim.
Enfim, vale a pena assistir num domingo tedioso para dar umas boas risadas.
M3gan
3.0 796 Assista AgoraMinhas expectativas com o filme já eram baixas, mas eu pelo menos tinha a esperança que fosse um filme que cumprisse a risca sua proposta e me trouxesse entretenimento.
Estava enganado? Em partes. E o motivo é bem simples: o filme tenta ser o que não é.
Perde muito tempo com um drama familiar que sinceramente mais me entediou do que realmente emocionou, os personagens acabam sendo chatos e nada cativantes. Então a narrativa se arrasta um pouco e fica insistindo numa construção gradativa da "consciência" da boneca, mas de novo, isso é muito lento e chato. Quando as coisas finalmente acontecem, é até divertido, mas muito rápido.
No geral o filme é bom, apesar de não ter me empolgado muito.