"Cordeiro". Na boa, achei chato. Não necessariamente ruim, mas nada demais. Vi umas notas boas, mas não consegui ver todas essas qualidades além da ambientação. Não gosto da justificativa de que "nada acontece" como sendo algo ruim, pq tem vários filmes que são bons/ótimos/excelentes que muita gente reclama só pq é lento, mas esse pouco me criou vínculo e pouco me convenceu de algo. Senti falta de mais reações por parte dos personagens e o fato deles ficarem em silêncio boa parte do longa mesmo em momentos-chave incomodou. Um grande "ah, ok, tá bom" ou um "eita, mas vida que segue". Tem o casal lá que cuida dos cordeiros até que nasce um diferente e é só isso mesmo. O perigo, o desafio que mantém o interesse no que vai acontecer, demora a chegar. O começo cria uma tensão, mas depois é tanto faz, voltando a chamar a atenção só mais pro final. A ideia é melhor que o resultado.
Que filme bom kk Uma mistura de terror, comédia, ficção, tudo partindo de um molde batido de adolescentes indo pra uma cabana no meio da floresta e coisas estranhas acontecendo. As cenas em paralelo na empresa dão um diferencial pra reforçar que isso não é apenas um filme de terror. O ato final é um show a parte. O filme brinca com os clichês do gênero, mas não igual a Pânico, sendo algo mais viajado, mais literal, mais escrachado. É um longa muito ame ou odeie, visto as fortes divisões de opiniões. Eu gostei e senti que dava pra render até mais.
"Eu não quero ser elas. Elas querem ser eu". A mulher é bonita, sabe que é bonita e ainda joga na cara que é bonita. Elle Fanning é linda mesmo (he). O filme é como uma crítica ao mundo da moda e a busca por corpos juvenis. Temos uma modelo novata entrando nesse universo e percebendo que ela chama a atenção de todos. O longa tem um visual atraente e o título não é a toa. A narrativa é lenta, por vezes acompanhada de cenas metafóricas ou apreciativas. O ato final carrega surpresas. Tem uma cena ou outra um tanto inesperada que dá pra causar certo desconforto. Não fazia ideia que o Keanu Reeves tava nesse filme, e ainda num papel que não pareceu combinar com ele. Em geral achei o longa interessante. As notas pelo que vi são bem ame ou odeie. "Beleza não é tudo. Beleza é a única coisa".
Eu tava tentando entender o motivo da rejeição sobre o longa por boa parte do tempo, porém, conforme avançava, mais eu sentia que faltava algo. Pegaram o que a Disney tem de clichê, mexeram pra dar uma repaginada, inseriram algumas referências e colocaram tudo num longa pra comemorar o centenário da empresa. Wish é uma animação ok. Não é essa ruindade não. Dá pra ver. Só não tem tanto peso. Menos ainda pra uma comemoração centenária. É apenas um dos filmes já feito.
A premissa faz sentido pra temática, sobre realizar desejos. Disney demais. Boa sacada. O vilão batido cumpre sua função e rende um bom desafio. Os personagens principais são tanto faz, incluso a protagonista (o bode chama mais atenção que todo mundo). As coisas demoram pra acontecer (o trailer entrega quase tudo). O final é breguice pura até pros padrões kk As cenas musicais não são ruins, tem umas que curti, mas não deu aquela sensação de canções marcantes e as vezes até pareciam meio deslocadas do tom da animação.
Uma aventura leve que não é lá grande coisa e que tinha potencial pra ter sido muito mais do que foi. Ao mesmo tempo, mas um filme criticado que vejo e termino indiferente. Falando de bons momentos, destaque pra divertida cena da floresta quando a estrela surge. Destaque tb pra cena das galinhas, que pra mim foi a melhor do filme de tão aleatória e boba que foi. Pena ter sido curta. E uma menção honrosa pra uma simples, rapidíssima e bela cena pós-créditos.
O Ritual (2017). Não é um A Bruxa de Blair, mas compartilha de um tema semelhante (gente perdida na floresta e seita) e de divisão de opiniões fortes (ame ou odeie). Filme bem feito. Prendeu minha atenção do início ao fim, principalmente a partir da cena da cabana. Tem um clima de que qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento e que todos estão sendo vigiados. Nós não sabemos o que exatamente tá por ali, se é gente, se é bicho, o que seja.
Em parte ele é um filme básico, mas tem seus trunfos. Difícil comentar sem dar spoilers pq a maior parte do tempo é a "mesma coisa", apesar de boas surpresas no ato final. O roteirista tentou fazer com que o encerramento fizesse sentido e pra mim deu pra aceitar como as coisas aconteceram. Talvez uma coisinha ou outra pudesse ser melhor, quem sabe, mas o resultado é bom. Deu até um medinho, uma agonia pela situação. E lembrem-se de não ir pra floresta em grupos pequenos. E ao primeiro sinal de algo ruim, voltem kk
É legalzinho pro padrão. Só vi pq tinha a participação do Seijinho kkkk Queria ver ele zoando o filme. Mas o longa acabou sendo bacana, leve, tem seu público-alvo. É meio coisado, força um pouco algumas coisas, mas tem noção do que ele é e abraça isso com um humor leve, referências diversas e um elenco aceitável.
Os créditos finais me lembrou de uma ilusão de ótica dos círculos azul e vermelho num fundo preto. Parece que as cores estão destacadas, uma mais a frente da outra.
É bem feito e tem bons atores no elenco. Conseguem manter a curiosidade e ainda tem uma boa reviravolta. Não é um filme de terror, mas sim um drama com um toque sobrenatural.
Revi o filme em 4DX. Combinou. Nas cenas de carro e nos tiroteios, principalmente. O filme normalmente já dá uns sustinhos inesperados quando tá tudo calmo e de repente estamos no meio do caos. Nesse formato só "piora" kk Continuei gostando do filme ao todo. Apesar do impacto não ser o mesmo já por saber de tudo, foi melhor de digerir a ausência de uma trama mais fechada e detalhada. A experiência fala mais alto e nisso conseguiram bem.
Show do Aespa no cinema conferido em 4DX. Bom pra quem quer dançar sentado kk A cadeira tremendo toda hora. Foi bacana. O grupo tem algumas músicas empolgantes. Como de costume do gênero cinematográfico, o show/doc intercala cenas do show mesmo e bastidores. Aqui, os bastidores na verdade são bem poucas cenas, focando mais nas integrantes falando uma das outras e do grupo, com direito ao momento de destaque pra cada uma. O clichê basicão brega falando bem de tudo e todos, mas não chega a cansar igual em alguns shows/docs de k-pop que já vi. Na parte das performances, mandam bem. É isso. Gostei.
Aproveitando que hoje é dia de São Jorge, fui ver o filme sobre o homem. Me senti vendo uma novela no cinema. Valeu a iniciativa, mas o resultado morno fez o longa parecer durar mais do que durou. Não sou católico e pouco sei sobre o ocorrido na vida real. Me interessei após ver o trailer e após ler notícias sobre o filme, sobre as ideias, sobre a parceria Brasil-Turquia, os locais de filmagens e tal. O enorme clickbait do dragão ao literal me chamou a atenção tb, além de outras coisas, mas apenas esqueçam isso, pq não é nem um pouco como fizeram parecer no material promocional.
O filme abre com frases contextualizando a época, pra depois reforçar parte do que escreveu. A qualidade das cenas variam. Visualmente dá pra notar certo capricho com talvez um orçamento baixo ou pelo menos não o suficiente pra produções do tipo. É tudo muito simples, mas tem seus trunfos. Os diálogos as vezes soam travados, como se tivessem lendo o roteiro. Tem cenas que mais parecem estar no modo automático. Senti que a estrutura do roteiro foi muito cansativa. Tudo bem que é a história do Jorge e sua revolta contra seu líder em nome de sua fé, mas muito se torna repetitivo o vai e vem de situações semelhantes que ficam num ciclo duradouro.
E, na ausência de grandes batalhas, coreografias marcantes e afins, numa história que envolve um conflito interno dentro do império romano com confrontos e torturas, o filme se agarra ao que tem, como se tirasse leite de pedra, ora conseguindo ora não. Ora bem feito, ora nem tanto. Se agarra tb aos feitos de Jorge enquanto homem na Terra. Vai ter seu público que vai achar ótimo. Eu queria ter achado tb. É o tipo de filme que eu não gostaria de falar mal, mas quase dormi em vários momentos.
Vi um pequeno boicote sem sentido ao filme como se ele falasse mal de um lado e defendesse outro. Que loucura. Algumas das críticas ao filme foram justamente por ele não se aprofundar em questões políticas mais específicas kk
Filmão de fotojornalismo de guerra (dentro de seu contexto). Sua premissa envolve um Estados Unidos dividido politicamente numa grande guerra civil, mas, ironicamente, apesar da temática, seu aprofundamento político é quase nulo, extremamente simplório, e só não é imparcial por motivos muito óbvios. Ainda assim, que baita filme. Tentaram vender como um filme de ação, mas não é bem assim. É uma viagem de carro com reflexões sobre a profissão de fotojornalismo em um cenário de guerra interna num país quebrado. As poucas explicações vão sendo relevadas através de diálogos ao longo da trama.
É uma experiência acima de uma história amarrada, pq o filme, mesmo tendo sua linha narrativa funcional, sequer é redondo, sequer entra em detalhes além, soa brusco, e isso até que incomoda um pouco. Por outro lado, o que entregam é ao mesmo tempo maravilhoso e talvez seja tudo proposital. O foco é acompanhar os fotojornalistas em seus trabalhos. Eles tem que fotografar, vivenciar os momentos como meros expectadores, deixando de lado seus sentimentos e opiniões e registrando os fatos. O filme explora isso, e embora o tema gere mais debate do que o mostrado, ainda é o suficiente pro básico.
As cenas de ação e as de tensão são um trunfo. São realistas, cru, tem efeitos sonoros impactantes. Se algumas cenas possuem trilhas sonoras, outras se passam no silêncio, seja total ou parcial, tudo pra fazer o público adentrar aquele ambiente e acompanhar tudo assim como os fotojornalistas acompanham, enquanto soldados e civis estão se matando em meio a trocas de tiros e granadas. Tem cenas que o coração fica na mão de tão tensas que são. O clímax é o auge.
Guerra Civil é ótimo, mas poderia sim ter sido melhor e tinha potencial pra ser muito melhor, mas ao mesmo tempo o resultado é tão bom e tão bem feito que agrada e alivia seus problemas. Imagino fácil um filme desses com umas 3h de duração. Eu veria. No mais, Wagner Moura manda bem demais kk Todos os atores principais são bons e convencem em seus personagens. E, olha, é filme da A24.
Isso sim é um filme de terror divertido. Abigail acabou sendo uma boa surpresa. Apesar da sinopse não entregar qual a ameaça, o trailer entrega de bandeja, mas ainda assim há vários elementos inesperados. Quem reclamou de clichê viu de olhos fechados. Tem suas escorregadas, as vezes parece meio perdido sobre quais são suas regras, mas é um filme de entretenimento competente ao manter a vontade de ver até o fim com diferentes personagens e ao transitar naturalmente de um filme de sequestro pra um terror gore de sobrevivência com uma pegada meio trash acompanhando bandidos/pessoas contra uma vampira bailarina. Ainda tem um humor que funciona. A atriz que faz a garotinha é o grande destaque. Mandou muito bem. Dos demais, pra mim os que mais chamaram a atenção foram o brutamontes e a hacker, apesar de todos terem seus espaços específicos. Boa diversão.
Um daqueles filmes de terror que chega sendo elogiado, alta porcentagem de aprovação e tal. E ainda tem uma proposta interessante: Ser um filme de terror num formato de talk show antigo. A introdução apresenta e resume o programa e o apresentador pra então iniciar a tal noite que mudou tudo.
Tudo remete a um período real no passado onde o mundo dos mortos e afins estavam em alta na TV. Dentre os convidados, temos de gente que fala com os mortos a gente endemoniada, mas, fazendo um contraponto, há um personagem que com certeza foi inspirado no famoso cético que desafiou todo mundo e ofereceu dinheiro pra quem provasse que o sobrenatural existia.
É um terror diferenciado, bacana, bem feito, coisa que não se vê sempre, deve ser lembrado pelo estilo, tem seus créditos, sua criatividade, consegue manter a atenção, entretém. Por outro lado, se for levar pela repercussão midiática, na verdade não é nada tão impactante, surpreendente, grandioso ou inovador. Nenhum filmaço, mas ainda um bom filme. Vale seus méritos.
Agora, por mais que o filme simule um programa, ele tem suas liberdades que o impedem da experiência ser totalmente imersiva. Pra mim, as cenas de bastidores não convencem na proposta do formato, pq as câmeras são muito bem posicionadas como um filme normal e gravam tudo de importante, acompanhando sempre o apresentador. Até dá pra criar teoria, mas ok.
Parte do terceiro ato tb quebra a imersão. O clímax mesmo acaba se destoando do restante do longa, de forma positiva e negativa. Havia dado uma boa desanimada no final, mas a reviravolta é boa o suficiente dentro do contexto pra justificar o rumo e não só salvar tudo como tb melhorar o filme.
Enquanto a primeira parte de Rebel Moon foi uma grande aventura, sua segunda parte é uma grande guerra. Dava pra ter sido um único filme longo de três horas ou pouco mais. A segunda parte soa como um clímax solto da primeira, como se pegassem o que num filme normal fosse aquela meia hora final e esticassem pra um filme de duas horas.
Metade da parte 2 de Rebel Moon dá a impressão de uma grande enrolação. O filme pode ser dividido em duas partes (dentro da parte 2 [rs]): A do preparo e a da guerra. São uma hora de preparo onde pouco acontece e quase nada sai do lugar, como se não tivessem o suficiente pra contar. Uma hora de filme e eu já tava preparado pra criticar igual a maioria. Chato, desinteressante, vazio, tendo como único atrativo uma cena específica com o pouco aprofundamento dos personagens e seus rápidos flashbacks.
Felizmente, a segunda hora é um festival de ação. Uma guerra que justifica sua longa duração de arco (não de filme). Por mais que o primeiro filme fosse até "redondo", salvo obviedades, ele ficou devendo esse complemento que vemos aqui no segundo. Isso entregam bem. Pena que até chegar nesse momento presenciamos vários nada, vários tanto faz.
Apesar de tudo, o que eu realmente não entendo é toda essa ruindade que andam considerando dessa nova franquia. São filmes rasos, genéricos, tem vários problemas, mas não consigo enxergar o quão podres são pra serem uns dos piores de seus anos. Me falta visão? Bom gosto? Quem sabe. Não me ofendeu nem nada. São apenas filmes qualquer. O primeiro vi de boa e o segundo compensou depois da metade.
A franquia tá dando seus passos. Soa desnecessário uma trilogia de seis (kk), tanto quanto uma versão estendida pra cada uma. Dava pra fazer uma versão reduzida, isso sim, sem divisões de partes. Mas ok. No aguardo da parte 3 ou de talvez um... Rebel Moon 2 Parte 1? (rs). Quem sabe.
O filme é bom, mas poderia ter sido bem melhor. Com poucas explicações e desenvolvimento, temos uma galera no fundo do mar lutando pela sobrevivência com desafios a serem vencidos, indo de um ponto a outro. Os perigos são tantos que há conveniências demais de roteiro pra que a trama possa prosseguir pq não teria como os personagens escaparem. Pra piorar, ainda chegam a repetir situações e coisas acontecendo de último segundo. Mas o que me pesou mais é o potencial desperdiçado de claustrofobia, pq até conseguem em algumas cenas, mas em outras não. O longa tenta toda hora ser dinâmico até quando não precisa, e isso atrapalha. Em vez de aproveitar o momento na escuridão do imenso oceano e o medo do desconhecido e das criaturas ao redor, insistem numa ação frenética que se torna um grande caos em tela pq não dá pra ver nada (e ainda tem muito zoom em cima dos personagens). Mas o negócio diverte. Em geral ainda é positivo kk Clichezão básico. Deixando de ser chato, eu curti.
O doc fala como o 4Chan acabou influenciando o mundo atual até a política desastrosa que vivemos. Falando sobre a origem do fórum, os que vieram antes e depois, como o 2Chan e o 8Chan, e sobre outras coisas que nasceram disso, como o grupo Anonymous e a teoria da conspiração QAnon, o doc explora toda uma mudança radical social iniciada apenas por pessoas que queriam se divertir e zoar na internet. Tudo muito interessante. Como tudo saiu do controle, de piadas pra preconceitos descarados pra movimentos reais pra conspirações.
Muito do que a internet chama hoje de incel, nerdola, anti-woke, anti-lacração, redpill, etc, por mais que nada disso seja diretamente citado, foi fruto desse meio de alguma forma. As informações batem. Aqui é o lado negativo das coisas. Até mesmo quando há positivos há negatividades. Um lugar que dava espaço pras pessoas serem o que elas eram se tornou um ambiente de ofensas. Um grupo ativista que lutou por melhorias foi se desmantelando e sendo usado por pessoas com ideias distorcidas. O meme definiu a vida. A zoeira ficou séria. Enfim.
O doc rendia fácil uma série aprofundando mais os temas. Gostaria de mais. Um só sobre o Anonymous, um só sobre o 2Chan e o 4Chan e suas variáveis, um só sobre o impacto dos memes e tal. E foi legal saber quem era parte da galera por trás dessas coisas, até pq cresci sempre ouvindo falar disso tudo, mas nunca havia ido além. Só lembro de, no auge da adolescência, apoiar os Anonymous e da galera falando em como as redes sociais copiavam o 4Chan. 🎶 Memes, tipos de carinhas são, uns são bons e outros não. 🎶
O título já deixa a entender a verdade por trás do caso ou pelo menos o principal ponto, mas ainda é interessante de acompanhar o trajeto da investigação.
Um filme que ninguém pediu, um prelúdio pro ótimo clássico A Profecia. O resultado é bom com ressalvas. O roteiro tenta desenvolver toda uma trama pra justificar o que é visto no começo do original, ao mesmo tempo que faz suas mudanças pra se tornar autêntico (logo, por mais que funcione como prelúdio e se ligue ao antigo, tb tem liberdades criativas o suficiente pra algo novo).
A premissa interessante demora pra mostrar seus frutos. Tem toda uma boa ideia, mas de começo não parece saber equilibrar as coisas. Senti que faltou um melhor desenvolvimento em relação aos conflitos internos da protagonista. Inclusive ela se dedicando a sua missão e sendo tentada a provar o que ela tá abdicando renderia muito mais do que rendeu, mas o filme tem outros objetivos, embora insistam num paralelo (justificável) dela com outra garota, mas que tb não é tão desenvolvido assim.
Tem referências ao original, mas nem sempre há tanto peso. Tentam manter o estilo lento e de suspense igual era antes, mas há pouco mistério a ser descoberto aqui e não passa o mesmo clima de antigamente. Existem alguns poucos jumpscares e todos são horríveis. Mas quando não tá tentando nada disso, consegue prender a atenção, traz momentos importantes, cria caminhos promissores.
As coisas vão melhorando aos poucos e tomando um rumo que traz um ar de curiosidade conforme tudo vai sendo revelado, sejam previsíveis ou não. O filme começa então a andar e as peças a se encaixarem. O trunfo tá nas personagens principais, na abordagem do papel feminino, na vontade de saber como tudo será interligado. O clímax contínuo é o auge.
Ao fim, A Primeira Profecia é o bom que poderia ser melhor, que agrada em alguns pontos e desagrada em outros, que poderia ser um filme qualquer se não carregasse o peso do nome da franquia, mas que mantém o interesse suficiente justamente por fazer parte. Não duvido se lançarem novos filmes.
Cordeiro
3.3 553"Cordeiro". Na boa, achei chato. Não necessariamente ruim, mas nada demais. Vi umas notas boas, mas não consegui ver todas essas qualidades além da ambientação. Não gosto da justificativa de que "nada acontece" como sendo algo ruim, pq tem vários filmes que são bons/ótimos/excelentes que muita gente reclama só pq é lento, mas esse pouco me criou vínculo e pouco me convenceu de algo. Senti falta de mais reações por parte dos personagens e o fato deles ficarem em silêncio boa parte do longa mesmo em momentos-chave incomodou. Um grande "ah, ok, tá bom" ou um "eita, mas vida que segue". Tem o casal lá que cuida dos cordeiros até que nasce um diferente e é só isso mesmo. O perigo, o desafio que mantém o interesse no que vai acontecer, demora a chegar. O começo cria uma tensão, mas depois é tanto faz, voltando a chamar a atenção só mais pro final. A ideia é melhor que o resultado.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KQue filme bom kk Uma mistura de terror, comédia, ficção, tudo partindo de um molde batido de adolescentes indo pra uma cabana no meio da floresta e coisas estranhas acontecendo. As cenas em paralelo na empresa dão um diferencial pra reforçar que isso não é apenas um filme de terror. O ato final é um show a parte. O filme brinca com os clichês do gênero, mas não igual a Pânico, sendo algo mais viajado, mais literal, mais escrachado. É um longa muito ame ou odeie, visto as fortes divisões de opiniões. Eu gostei e senti que dava pra render até mais.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista Agora"Eu não quero ser elas. Elas querem ser eu". A mulher é bonita, sabe que é bonita e ainda joga na cara que é bonita. Elle Fanning é linda mesmo (he). O filme é como uma crítica ao mundo da moda e a busca por corpos juvenis. Temos uma modelo novata entrando nesse universo e percebendo que ela chama a atenção de todos. O longa tem um visual atraente e o título não é a toa. A narrativa é lenta, por vezes acompanhada de cenas metafóricas ou apreciativas. O ato final carrega surpresas. Tem uma cena ou outra um tanto inesperada que dá pra causar certo desconforto. Não fazia ideia que o Keanu Reeves tava nesse filme, e ainda num papel que não pareceu combinar com ele. Em geral achei o longa interessante. As notas pelo que vi são bem ame ou odeie. "Beleza não é tudo. Beleza é a única coisa".
Wish: O Poder dos Desejos
3.0 163Eu tava tentando entender o motivo da rejeição sobre o longa por boa parte do tempo, porém, conforme avançava, mais eu sentia que faltava algo. Pegaram o que a Disney tem de clichê, mexeram pra dar uma repaginada, inseriram algumas referências e colocaram tudo num longa pra comemorar o centenário da empresa. Wish é uma animação ok. Não é essa ruindade não. Dá pra ver. Só não tem tanto peso. Menos ainda pra uma comemoração centenária. É apenas um dos filmes já feito.
A premissa faz sentido pra temática, sobre realizar desejos. Disney demais. Boa sacada. O vilão batido cumpre sua função e rende um bom desafio. Os personagens principais são tanto faz, incluso a protagonista (o bode chama mais atenção que todo mundo). As coisas demoram pra acontecer (o trailer entrega quase tudo). O final é breguice pura até pros padrões kk As cenas musicais não são ruins, tem umas que curti, mas não deu aquela sensação de canções marcantes e as vezes até pareciam meio deslocadas do tom da animação.
Uma aventura leve que não é lá grande coisa e que tinha potencial pra ter sido muito mais do que foi. Ao mesmo tempo, mas um filme criticado que vejo e termino indiferente. Falando de bons momentos, destaque pra divertida cena da floresta quando a estrela surge. Destaque tb pra cena das galinhas, que pra mim foi a melhor do filme de tão aleatória e boba que foi. Pena ter sido curta. E uma menção honrosa pra uma simples, rapidíssima e bela cena pós-créditos.
O Ritual
3.2 475O Ritual (2017). Não é um A Bruxa de Blair, mas compartilha de um tema semelhante (gente perdida na floresta e seita) e de divisão de opiniões fortes (ame ou odeie). Filme bem feito. Prendeu minha atenção do início ao fim, principalmente a partir da cena da cabana. Tem um clima de que qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento e que todos estão sendo vigiados. Nós não sabemos o que exatamente tá por ali, se é gente, se é bicho, o que seja.
Em parte ele é um filme básico, mas tem seus trunfos. Difícil comentar sem dar spoilers pq a maior parte do tempo é a "mesma coisa", apesar de boas surpresas no ato final. O roteirista tentou fazer com que o encerramento fizesse sentido e pra mim deu pra aceitar como as coisas aconteceram. Talvez uma coisinha ou outra pudesse ser melhor, quem sabe, mas o resultado é bom. Deu até um medinho, uma agonia pela situação. E lembrem-se de não ir pra floresta em grupos pequenos. E ao primeiro sinal de algo ruim, voltem kk
SDL - A Batalha Musical
3.0 2É legalzinho pro padrão. Só vi pq tinha a participação do Seijinho kkkk Queria ver ele zoando o filme. Mas o longa acabou sendo bacana, leve, tem seu público-alvo. É meio coisado, força um pouco algumas coisas, mas tem noção do que ele é e abraça isso com um humor leve, referências diversas e um elenco aceitável.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 285Os créditos finais me lembrou de uma ilusão de ótica dos círculos azul e vermelho num fundo preto. Parece que as cores estão destacadas, uma mais a frente da outra.
O Segredo de Marrowbone
3.7 433É bem feito e tem bons atores no elenco. Conseguem manter a curiosidade e ainda tem uma boa reviravolta. Não é um filme de terror, mas sim um drama com um toque sobrenatural.
Guerra Civil
3.8 197Revi o filme em 4DX. Combinou. Nas cenas de carro e nos tiroteios, principalmente. O filme normalmente já dá uns sustinhos inesperados quando tá tudo calmo e de repente estamos no meio do caos. Nesse formato só "piora" kk Continuei gostando do filme ao todo. Apesar do impacto não ser o mesmo já por saber de tudo, foi melhor de digerir a ausência de uma trama mais fechada e detalhada. A experiência fala mais alto e nisso conseguiram bem.
Aespa: World Tour in Cinemas
3.2 2Show do Aespa no cinema conferido em 4DX. Bom pra quem quer dançar sentado kk A cadeira tremendo toda hora. Foi bacana. O grupo tem algumas músicas empolgantes. Como de costume do gênero cinematográfico, o show/doc intercala cenas do show mesmo e bastidores. Aqui, os bastidores na verdade são bem poucas cenas, focando mais nas integrantes falando uma das outras e do grupo, com direito ao momento de destaque pra cada uma. O clichê basicão brega falando bem de tudo e todos, mas não chega a cansar igual em alguns shows/docs de k-pop que já vi. Na parte das performances, mandam bem. É isso. Gostei.
O Exorcismo
1Bati o olho e pensei que fosse O Exorcista do Papa, mas é outro filme kk
Jorge da Capadócia
3.2 7Aproveitando que hoje é dia de São Jorge, fui ver o filme sobre o homem. Me senti vendo uma novela no cinema. Valeu a iniciativa, mas o resultado morno fez o longa parecer durar mais do que durou. Não sou católico e pouco sei sobre o ocorrido na vida real. Me interessei após ver o trailer e após ler notícias sobre o filme, sobre as ideias, sobre a parceria Brasil-Turquia, os locais de filmagens e tal. O enorme clickbait do dragão ao literal me chamou a atenção tb, além de outras coisas, mas apenas esqueçam isso, pq não é nem um pouco como fizeram parecer no material promocional.
O filme abre com frases contextualizando a época, pra depois reforçar parte do que escreveu. A qualidade das cenas variam. Visualmente dá pra notar certo capricho com talvez um orçamento baixo ou pelo menos não o suficiente pra produções do tipo. É tudo muito simples, mas tem seus trunfos. Os diálogos as vezes soam travados, como se tivessem lendo o roteiro. Tem cenas que mais parecem estar no modo automático. Senti que a estrutura do roteiro foi muito cansativa. Tudo bem que é a história do Jorge e sua revolta contra seu líder em nome de sua fé, mas muito se torna repetitivo o vai e vem de situações semelhantes que ficam num ciclo duradouro.
E, na ausência de grandes batalhas, coreografias marcantes e afins, numa história que envolve um conflito interno dentro do império romano com confrontos e torturas, o filme se agarra ao que tem, como se tirasse leite de pedra, ora conseguindo ora não. Ora bem feito, ora nem tanto. Se agarra tb aos feitos de Jorge enquanto homem na Terra. Vai ter seu público que vai achar ótimo. Eu queria ter achado tb. É o tipo de filme que eu não gostaria de falar mal, mas quase dormi em vários momentos.
Guerra Civil
3.8 197Vi um pequeno boicote sem sentido ao filme como se ele falasse mal de um lado e defendesse outro. Que loucura. Algumas das críticas ao filme foram justamente por ele não se aprofundar em questões políticas mais específicas kk
Guerra Civil
3.8 197Filmão de fotojornalismo de guerra (dentro de seu contexto). Sua premissa envolve um Estados Unidos dividido politicamente numa grande guerra civil, mas, ironicamente, apesar da temática, seu aprofundamento político é quase nulo, extremamente simplório, e só não é imparcial por motivos muito óbvios. Ainda assim, que baita filme. Tentaram vender como um filme de ação, mas não é bem assim. É uma viagem de carro com reflexões sobre a profissão de fotojornalismo em um cenário de guerra interna num país quebrado. As poucas explicações vão sendo relevadas através de diálogos ao longo da trama.
É uma experiência acima de uma história amarrada, pq o filme, mesmo tendo sua linha narrativa funcional, sequer é redondo, sequer entra em detalhes além, soa brusco, e isso até que incomoda um pouco. Por outro lado, o que entregam é ao mesmo tempo maravilhoso e talvez seja tudo proposital. O foco é acompanhar os fotojornalistas em seus trabalhos. Eles tem que fotografar, vivenciar os momentos como meros expectadores, deixando de lado seus sentimentos e opiniões e registrando os fatos. O filme explora isso, e embora o tema gere mais debate do que o mostrado, ainda é o suficiente pro básico.
As cenas de ação e as de tensão são um trunfo. São realistas, cru, tem efeitos sonoros impactantes. Se algumas cenas possuem trilhas sonoras, outras se passam no silêncio, seja total ou parcial, tudo pra fazer o público adentrar aquele ambiente e acompanhar tudo assim como os fotojornalistas acompanham, enquanto soldados e civis estão se matando em meio a trocas de tiros e granadas. Tem cenas que o coração fica na mão de tão tensas que são. O clímax é o auge.
Guerra Civil é ótimo, mas poderia sim ter sido melhor e tinha potencial pra ser muito melhor, mas ao mesmo tempo o resultado é tão bom e tão bem feito que agrada e alivia seus problemas. Imagino fácil um filme desses com umas 3h de duração. Eu veria. No mais, Wagner Moura manda bem demais kk Todos os atores principais são bons e convencem em seus personagens. E, olha, é filme da A24.
Abigail
3.3 70Isso sim é um filme de terror divertido. Abigail acabou sendo uma boa surpresa. Apesar da sinopse não entregar qual a ameaça, o trailer entrega de bandeja, mas ainda assim há vários elementos inesperados. Quem reclamou de clichê viu de olhos fechados. Tem suas escorregadas, as vezes parece meio perdido sobre quais são suas regras, mas é um filme de entretenimento competente ao manter a vontade de ver até o fim com diferentes personagens e ao transitar naturalmente de um filme de sequestro pra um terror gore de sobrevivência com uma pegada meio trash acompanhando bandidos/pessoas contra uma vampira bailarina. Ainda tem um humor que funciona. A atriz que faz a garotinha é o grande destaque. Mandou muito bem. Dos demais, pra mim os que mais chamaram a atenção foram o brutamontes e a hacker, apesar de todos terem seus espaços específicos. Boa diversão.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 285Tarde da Noite com o Demônio. [✝️ Tá repreendido. Eu vendo isso tarde da noite kk Sai pra lá.]
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 285Um daqueles filmes de terror que chega sendo elogiado, alta porcentagem de aprovação e tal. E ainda tem uma proposta interessante: Ser um filme de terror num formato de talk show antigo. A introdução apresenta e resume o programa e o apresentador pra então iniciar a tal noite que mudou tudo.
Tudo remete a um período real no passado onde o mundo dos mortos e afins estavam em alta na TV. Dentre os convidados, temos de gente que fala com os mortos a gente endemoniada, mas, fazendo um contraponto, há um personagem que com certeza foi inspirado no famoso cético que desafiou todo mundo e ofereceu dinheiro pra quem provasse que o sobrenatural existia.
É um terror diferenciado, bacana, bem feito, coisa que não se vê sempre, deve ser lembrado pelo estilo, tem seus créditos, sua criatividade, consegue manter a atenção, entretém. Por outro lado, se for levar pela repercussão midiática, na verdade não é nada tão impactante, surpreendente, grandioso ou inovador. Nenhum filmaço, mas ainda um bom filme. Vale seus méritos.
Agora, por mais que o filme simule um programa, ele tem suas liberdades que o impedem da experiência ser totalmente imersiva. Pra mim, as cenas de bastidores não convencem na proposta do formato, pq as câmeras são muito bem posicionadas como um filme normal e gravam tudo de importante, acompanhando sempre o apresentador. Até dá pra criar teoria, mas ok.
Parte do terceiro ato tb quebra a imersão. O clímax mesmo acaba se destoando do restante do longa, de forma positiva e negativa. Havia dado uma boa desanimada no final, mas a reviravolta é boa o suficiente dentro do contexto pra justificar o rumo e não só salvar tudo como tb melhorar o filme.
Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes
2.6 102Enquanto a primeira parte de Rebel Moon foi uma grande aventura, sua segunda parte é uma grande guerra. Dava pra ter sido um único filme longo de três horas ou pouco mais. A segunda parte soa como um clímax solto da primeira, como se pegassem o que num filme normal fosse aquela meia hora final e esticassem pra um filme de duas horas.
Metade da parte 2 de Rebel Moon dá a impressão de uma grande enrolação. O filme pode ser dividido em duas partes (dentro da parte 2 [rs]): A do preparo e a da guerra. São uma hora de preparo onde pouco acontece e quase nada sai do lugar, como se não tivessem o suficiente pra contar. Uma hora de filme e eu já tava preparado pra criticar igual a maioria. Chato, desinteressante, vazio, tendo como único atrativo uma cena específica com o pouco aprofundamento dos personagens e seus rápidos flashbacks.
Felizmente, a segunda hora é um festival de ação. Uma guerra que justifica sua longa duração de arco (não de filme). Por mais que o primeiro filme fosse até "redondo", salvo obviedades, ele ficou devendo esse complemento que vemos aqui no segundo. Isso entregam bem. Pena que até chegar nesse momento presenciamos vários nada, vários tanto faz.
Apesar de tudo, o que eu realmente não entendo é toda essa ruindade que andam considerando dessa nova franquia. São filmes rasos, genéricos, tem vários problemas, mas não consigo enxergar o quão podres são pra serem uns dos piores de seus anos. Me falta visão? Bom gosto? Quem sabe. Não me ofendeu nem nada. São apenas filmes qualquer. O primeiro vi de boa e o segundo compensou depois da metade.
A franquia tá dando seus passos. Soa desnecessário uma trilogia de seis (kk), tanto quanto uma versão estendida pra cada uma. Dava pra fazer uma versão reduzida, isso sim, sem divisões de partes. Mas ok. No aguardo da parte 3 ou de talvez um... Rebel Moon 2 Parte 1? (rs). Quem sabe.
Ameaça Profunda
3.0 627O filme é bom, mas poderia ter sido bem melhor. Com poucas explicações e desenvolvimento, temos uma galera no fundo do mar lutando pela sobrevivência com desafios a serem vencidos, indo de um ponto a outro. Os perigos são tantos que há conveniências demais de roteiro pra que a trama possa prosseguir pq não teria como os personagens escaparem. Pra piorar, ainda chegam a repetir situações e coisas acontecendo de último segundo. Mas o que me pesou mais é o potencial desperdiçado de claustrofobia, pq até conseguem em algumas cenas, mas em outras não. O longa tenta toda hora ser dinâmico até quando não precisa, e isso atrapalha. Em vez de aproveitar o momento na escuridão do imenso oceano e o medo do desconhecido e das criaturas ao redor, insistem numa ação frenética que se torna um grande caos em tela pq não dá pra ver nada (e ainda tem muito zoom em cima dos personagens). Mas o negócio diverte. Em geral ainda é positivo kk Clichezão básico. Deixando de ser chato, eu curti.
A Grande Entrevista
3.2 24Sobre o Epstein, tem um doc dele na Netflix tb. Só pesquisar pelo nome dele que acha.
A Grande Entrevista
3.2 24Brabo.
A Rede Antissocial: Dos Memes ao Caos
3.2 8O doc fala como o 4Chan acabou influenciando o mundo atual até a política desastrosa que vivemos. Falando sobre a origem do fórum, os que vieram antes e depois, como o 2Chan e o 8Chan, e sobre outras coisas que nasceram disso, como o grupo Anonymous e a teoria da conspiração QAnon, o doc explora toda uma mudança radical social iniciada apenas por pessoas que queriam se divertir e zoar na internet. Tudo muito interessante. Como tudo saiu do controle, de piadas pra preconceitos descarados pra movimentos reais pra conspirações.
Muito do que a internet chama hoje de incel, nerdola, anti-woke, anti-lacração, redpill, etc, por mais que nada disso seja diretamente citado, foi fruto desse meio de alguma forma. As informações batem. Aqui é o lado negativo das coisas. Até mesmo quando há positivos há negatividades. Um lugar que dava espaço pras pessoas serem o que elas eram se tornou um ambiente de ofensas. Um grupo ativista que lutou por melhorias foi se desmantelando e sendo usado por pessoas com ideias distorcidas. O meme definiu a vida. A zoeira ficou séria. Enfim.
O doc rendia fácil uma série aprofundando mais os temas. Gostaria de mais. Um só sobre o Anonymous, um só sobre o 2Chan e o 4Chan e suas variáveis, um só sobre o impacto dos memes e tal. E foi legal saber quem era parte da galera por trás dessas coisas, até pq cresci sempre ouvindo falar disso tudo, mas nunca havia ido além. Só lembro de, no auge da adolescência, apoiar os Anonymous e da galera falando em como as redes sociais copiavam o 4Chan. 🎶 Memes, tipos de carinhas são, uns são bons e outros não. 🎶
O Que Jennifer Fez?
2.9 42O título já deixa a entender a verdade por trás do caso ou pelo menos o principal ponto, mas ainda é interessante de acompanhar o trajeto da investigação.
A Primeira Profecia
3.6 85Um filme que ninguém pediu, um prelúdio pro ótimo clássico A Profecia. O resultado é bom com ressalvas. O roteiro tenta desenvolver toda uma trama pra justificar o que é visto no começo do original, ao mesmo tempo que faz suas mudanças pra se tornar autêntico (logo, por mais que funcione como prelúdio e se ligue ao antigo, tb tem liberdades criativas o suficiente pra algo novo).
A premissa interessante demora pra mostrar seus frutos. Tem toda uma boa ideia, mas de começo não parece saber equilibrar as coisas. Senti que faltou um melhor desenvolvimento em relação aos conflitos internos da protagonista. Inclusive ela se dedicando a sua missão e sendo tentada a provar o que ela tá abdicando renderia muito mais do que rendeu, mas o filme tem outros objetivos, embora insistam num paralelo (justificável) dela com outra garota, mas que tb não é tão desenvolvido assim.
Tem referências ao original, mas nem sempre há tanto peso. Tentam manter o estilo lento e de suspense igual era antes, mas há pouco mistério a ser descoberto aqui e não passa o mesmo clima de antigamente. Existem alguns poucos jumpscares e todos são horríveis. Mas quando não tá tentando nada disso, consegue prender a atenção, traz momentos importantes, cria caminhos promissores.
As coisas vão melhorando aos poucos e tomando um rumo que traz um ar de curiosidade conforme tudo vai sendo revelado, sejam previsíveis ou não. O filme começa então a andar e as peças a se encaixarem. O trunfo tá nas personagens principais, na abordagem do papel feminino, na vontade de saber como tudo será interligado. O clímax contínuo é o auge.
Ao fim, A Primeira Profecia é o bom que poderia ser melhor, que agrada em alguns pontos e desagrada em outros, que poderia ser um filme qualquer se não carregasse o peso do nome da franquia, mas que mantém o interesse suficiente justamente por fazer parte. Não duvido se lançarem novos filmes.