A série é o corte original filmado por Luhrmann para o filme de 2008. Apesar de muito ser acrescentado à história já apresentada, o conteúdo inédito não é realmente relevante, apesar de trazer um novo olhar para os povos aborígenes, muito mais contemplativo do que o filme fazia (o que não deixa de ser um sinal das transformações socioculturais dos últimos 15 anos). Nullah parece ser um personagem muito mais relevante, e o desfecho que trata de sua walkabout é mais coerente com esses novos valores que a série busca exaltar. Também é possível perceber o quão grandiosa seria a obra de Luhrmann, caso tivesse sido lançada como ele havia concebido. Além da longa duração, o filme trataria de diversas questões que sequer são pinceladas na versão original, dando ares muito mais épicos para sua obra. É uma série que pode agradar mais aos fãs do filme e os saudosos de épicos, mas como produto audiovisual não oferece grande entretenimento.
Consegue ser mais interessante do que a horrorosa temporada 2, mas é uma tarefa árdua manter a atenção do começo ao fim. A trama das garotas aliciadas não sustenta a temporada inteira, e a investigação sobre os envolvidos na quadrilha é de dar sono. Os pouquíssimos momentos entre a família são o que realmente conquista, pena que são tão raros e pontuais. A cada episódio a sensação de que deveriam se manter como uma série limitada com apenas uma temporada é refarçada. É uma pena, pois Octavia Spencer é extremamente talentosa e as oportunidades que têm de demonstrar seu potencial no cinema fora do typecasting são praticamente nulas.
A última temporada desta série só confirma que poderia ter sido uma minissérie e se encerrado em uma única temporada. É perceptível a queda na qualidade da primeira para as demais temporadas, e esta quinta foi para encerrá-la de maneira vergonhosa. O recurso das diferentes perspectivas, e que foram o grande destaque do primeiro arco, não agregam em absolutamente nada nesse fim, e serviram apenas para inserir personagens que tinham qualquer relação com a trama e foram descartados no decorrer dos episódios. A Janelle de Sanna Lathan, apresentada na quarta temporada, simplesmente some da trama sem que sua história tenha impacto. A discussão patética que tentam ensaiar sobre racismo e a relação interétnica é apagada, como se nunca houvesse acontecido, e ilustra perfeitamente bem o comentário de Whitney no primeiro episódio “Que legal que você é a namorada do meu pai!”.
Ainda mais problemático é o desenvolvimento da trama que trata das
acusações de assédio de Noah. São apresentadas de maneira superficial e como delírios de mulheres carentes e interesseiras, mas, nós que acompanhamos, sabemos quão problemáticas são as relações estabelecidas entre Noah e todas as mulheres que o rodeiam. Soou mais como uma resposta de Sarah Treem para as acusações de Ruth Wilson sobre o ambiente que a criadora fomentou nos bastidores do que um real comprometimento em discutir o assunto. Em uma série que muda a perspectiva a cada 20 min. para apresentar diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos, o descaso sobre o tema só ajuda a reforçar as acusações de Wilson.
no futuro. Completamente desnecessário e deslocado do restante das tramas que almejava-se trabalhar. Chega a ser constrangedor os esforços para relacionar o futuro de Montauk com os acontecimentos que acompanhamos no decorrer das quatro temporadas anteriores.
Qualquer simpatia que nutria pela série se esvaiu com esses últimos episódios, que claramente não apresentavam qualquer direcionamento e pareceu ser uma temporada inteira de esquecíveis “fillers”.
Salvam-se Maura Tierney, impecável como Ellen e que carregou nas costas a maior parte da série, e Ruth Wilson, que conseguiu cair fora antes do barco afundar de vez!
Uma temporada completamente sem propósito. A premissa inicial se perde em vista da longevidade da série, que poderia ter sido encerrada em uma única temporada muito bem construída. Ruth Wilson já demonstrava má vontade, certamente decorrente dos problemas que vinha vivenciando nos bastidores, e sua personagem Alisson parece ter retrocedido uns 5 anos, e não evoluído. O recurso dos pontos de vista, que era o grande atrativo da primeira temporada, não têm a menor utilidade narrativa nesta temporada, não aprofundam personagens, muito menos oferecem perspectivas interessantes sobre o mesmo acontecimento. A qualidade decai incrivelmente em relação à temporada anterior, que já não foi grande coisa.
O início foi interessante, principalmente os momentos antes dos suspeitos se encontrarem, que deve acontecer lá pelo 3º episódio. Após isso uma sucessão de acontecimentos pouco interessantes e que, em sua maioria, não agregam nada à trama.
O episódio final e o momento da revelação me pareceram catastróficos.
Que Leo estava envolvido no próprio sequestro e Tara parecia ser cúmplice o espectador já desconfiava há alguns episódios, mas a forma morna como o que deveria ser o ápice da série acontece é bastante frustrante. No fim, como disse Natalie, tudo não passava de dos caprichos de mais um ricaço branco entediado.
Como mérito, a presença de Uma Thurman em uma personagem que desperta pouquíssimo interesse, mas não deixa de se valer da hipnótica persona da atriz.
Como grande parte das séries que estrearam em meio à pandemia, são visíveis os problemas decorrentas da COVID e a dificuldade em se produzir uma obra audiovisual continua no período. Younger opta por ignorar completamente o fato, e talvez esta tenha sido sua maior fraqueza. Este universo ficcional criado por Michael Patrick King - uma NY em que todos se chocam com uma mulher que finge ter metade da idade para conseguir um emprego - realmente é coerente com a ausência de uma pandemia que afetou todo o planeta, mas a forma como os personagens foram distorcidos nessa temporada é imperdoável. Charles, um homem adulto e maduro se comportando como um adolescente, se deixando manipular por uma mulher sem princípios, é realmente patético e difícil de engolir. O vai-não-vai do casal principal é insosso a ponto de impedir qualquer identificação. No fim, ficamos muito mais comovidos com a separação de Lisa e Kelsey, do que com o casal principal. Que caminhe para o fim, pois tem apresentado um resultado pior a cada temporada.
Claramente a temporada sofreu o impacto da pandemia durante sua produção, e isso se reflete na qualidade apresentada. Histórias difusas que pouco acrescentam à trama central da série, e uma necessidade de reinventar plots que não levam a lugar algum. Jennifer Love Hewitt continua como a personagem mais irrelevante e fraca da série. Nem mesmo o arco vivenciado neste episódios conseguem agregar qualquer profundidade à sua Maddie. A impressão é que deveria ser uma personagem especial, apenas para a segunda temporada, em que os abusos sofridos são abordados, e após a conclusão do arco os produtores não souberam o que fazer. Sua relação com Chimney, ao invés de fortalecer a presença na série, teve o efeito contrário e diminuiu a importância de um dos melhores personagens.
A crise na relação entre Athena e Bobby não tem qualquer propósito. É mal desenvolvida e se resolve num estalar de dedos. Não agrega ao crescimento dos personagens e certamente não é coerente com o que foi apresentado até então. Bucky e Eddie, e esse "bromance" não passam de gay bait. A relação construída entre Eddie e Flores é tão insossa que mal é apresentada em tela.
Em meio a tantos erros, não há duvida que Hen e Tracie são o ponto forte da temporada, assim como os dramas de seu núcleo familiar, que deixavam a audiência ansiosa pelo episódio seguinte. O final da temporada faz justiça à força das personagens, e é uma das poucas boas lembranças que ficam.
Como a maioria das propostas biográficas do audiovisual, esta terceira temporada de Genius peca pela falta de inventividade. A série se propõe a apresentar boa parte da vida de Aretha Franklin, de sua infância até a aclamada apresentação no Grammy de 1998, mas o faz de maneira convencional, fascinando mais pela história da cantora do que pela forma como é contada. Ainda assim, sua narrativa faz escolhas duvidosas. Aretha é apresentada como uma mulher dependente, cuja vida é moldada pelos homens que a cercam.
As mudanças em sua carreira são pontuadas pelos relacionamentos amorosos e, ainda que dê muito espaço à família, a representação dessas pessoas é superficial a ponto dos personagens nunca nos cativarem. A relação com os filhos, com exceção de uma ou duas cenas, é praticamente inexistente. Somos apresentados às duas gravidezes que ela teve na adolescência, mas os filhos sequer chegam a receber nomes. Tal como aconteceu com Whitney Houston, Nina Simone, Tina Turner, Dorothy Dandridge, Bessie Smith, Billie Holliday e diversas outras mulheres negras representadas no cinema, a maternidade é apagada da narrativa em prol da construção da personalidade forte e instável de uma mulher negra.
Apesar dos diversos problemas, é inegável que Cynthia Erivo foi uma escolha perfeita para a personificação da cantora. Apesar de não terem qualquer semelhança física, Erivo é talentosa, seja cantando, seja atuando, e consegue convencer a audiência de que sim, é Aretha Franklin. Suas interpretações das músicas da Rainha do Soul não deixam nada a desejar. Porém, apesar da ótima escolha para o papel principal, é Courtney B. Vance quem rouba a cena no papel do repulsivo reverendo Franklin. Certamente o personagem mais interessante e bem desenvolvido da temporada.
Vale como registro, e aguça a curiosidade sobre a personagem. Apresenta Aretha para novos públicos e aumenta a expectativa pelo filme protagonizado por Jennifer Hudson.
Me senti totalmente tocado pela narrativa de Dylan. A série me fez olhar para Woody Allen com outros olhos. Apesar de ser fã do cineasta desde minha adolescência, já no primeiro episódio me senti sensibilizado pelas acusações e pela narrativa dos fatos.
Lamentável que tenha levado tantos anos para que a versão da vítima tenha recebido a devida atenção. Me solidarizo à história de Dylan e sem dúvida não consigo mais pensar no cineasta sem sentir uma repulsa imensa.
Não sou nada fã de King, e acredito que não seja o público-alvo desta minissérie, mas tive uma experiência dolorosa ao assistir as mais de 4h da típica procrastinação narrativa do autor. A primeira hora acaba prendendo a atenção, e isso se dá principalmente pela ambientação inóspita que mantém a população de Little Tall apreensiva e a audiência envolvida no clima. A tempestade é muito bem produzida, assim como os efeitos especiais, mas a forma lenta que a história se desenvolve é enfadonha após os primeiros 60 minutos.
Assisti em uma única tacada, e me questionava como cada um dos 3 capítulos conseguiriam manter o interesse do público para o episódio seguinte. Na maior parte do tempo nada de relevante é apresentado, e quando algo finalmente acontecia já estava tão disperso que mal me dava conta.
Precisei voltar à cena em que o farol desaba e alguns personagens desaparecem, pois não estava compreendendo as consequências do acontecimento e, sinceramente, não vi a menor necessidade. Em nada agregou ao roteiro.
O final é o que se pode esperar de uma obra do escritor. A verborragia infindável que não leva a lugar de interesse algum. A impressão que dá é que a tal da tempestade dura realmente um século, de tão longo e cansativo é o "filme", e não que se trata da maior tempestade dos últimos 100 anos.
Deixa uma sensação de frustração nos fãs adultos do filme e do livro. A série deixa a maturidade dos personagens originais de lado, e foca em dramas adolescentes típicos do gênero, que podem até agradar o público mais jovem, mas deixam a desejar para as pessoas mais velhas que se encantaram com a jornada de auto-descobrimento de Simon.
A série é povoada de estereótipos e clichês, parecendo mais um compilado de tudo o que já foi feito, tendo apenas a sexualidade do personagem principal como o diferencial. A adolescente revoltada, o garota popular inacessível, a melhor amiga frustrada, o melhor amigo esquisitão, o esportista de bom coração, e por aí vai... Uma lamentável adaptação.
Que ótima surpresa esta primeira temporada de Sorry For Your Loss. Uma ótima e realista abordagem do luto, seja melancólico, saudosista ou desconcertante, a dor de Leigh nunca parece frívola. Elizabeth Olsen está no ponto certo, transmitindo a lamuria e a raiva nos tons exatos para enfeitiçar a audiência. Ótimas escolhas artísticas e narrativas da equipe de diretores, a montagem assíncrona é um plus da série, fora o elenco afiadíssimo. Uma pena não ter chego ao público brasileiro como atingiu o norte do Ocidente.
Pior audiência de toda a série, e não foi por acaso. Ryan Murphy já deu no saco com essas histórias piegas e arcos e personagens que não contribuem em nada. Ao menos diminuiu o número de episódios para deixar a temporada menos arrastada, mas ainda assim deixa a impressão de que tem episódio que não acontece absolutamente nada. Leslie Grossman é péssima atriz, e o novo achado do produto, Zach Villa, só serve pra enfeitar a tela. Não me surpreenderia se fosse cancelada nas próximas temporadas. Já deu o que tinha que dar há tempos.
Esta história de que toda NY está inconformada porque uma mulher mentiu a idade já passou do tolerável para qualquer limite de abstração da realidade, hein?!
Abraçou de vez o tom novelesco sem um pingo de pudor e agradou o público a que se destina. A adição dos novos personagens foi muito bem vinda e trouxe questões interessantes para serem abordadas com o típico didatismo da TV aberta americana, sem ignorar os personagens originais. Uma temporada que realmente valeu a pena.Ótimo destaque à Aisha Hinds, que se revelou uma grande surpresa dentre o elenco de poucos rostos conhecidos.
Desnecessário o crossover com Scandal, mas a temporada me pareceu trazer a série de volta aos trilhos. Espero que em uma 5ª parem de repetir o mesmo plot e já direcionem para um final antes que estrague de vez.
Janet McTeer fazendo bico a temporada I N T E I R A! O que fizeram com esta série? Uma primeira temporada incrível, e uma segundo desastrosa. Chega de complexo de Édipo!
Bem-Vindos à Austrália
3.6 3 Assista AgoraA série é o corte original filmado por Luhrmann para o filme de 2008. Apesar de muito ser acrescentado à história já apresentada, o conteúdo inédito não é realmente relevante, apesar de trazer um novo olhar para os povos aborígenes, muito mais contemplativo do que o filme fazia (o que não deixa de ser um sinal das transformações socioculturais dos últimos 15 anos). Nullah parece ser um personagem muito mais relevante, e o desfecho que trata de sua walkabout é mais coerente com esses novos valores que a série busca exaltar. Também é possível perceber o quão grandiosa seria a obra de Luhrmann, caso tivesse sido lançada como ele havia concebido. Além da longa duração, o filme trataria de diversas questões que sequer são pinceladas na versão original, dando ares muito mais épicos para sua obra. É uma série que pode agradar mais aos fãs do filme e os saudosos de épicos, mas como produto audiovisual não oferece grande entretenimento.
A Verdade Seja Dita (3ª Temporada)
2.9 2Consegue ser mais interessante do que a horrorosa temporada 2, mas é uma tarefa árdua manter a atenção do começo ao fim. A trama das garotas aliciadas não sustenta a temporada inteira, e a investigação sobre os envolvidos na quadrilha é de dar sono. Os pouquíssimos momentos entre a família são o que realmente conquista, pena que são tão raros e pontuais. A cada episódio a sensação de que deveriam se manter como uma série limitada com apenas uma temporada é refarçada. É uma pena, pois Octavia Spencer é extremamente talentosa e as oportunidades que têm de demonstrar seu potencial no cinema fora do typecasting são praticamente nulas.
The Affair: Infidelidade (5ª Temporada)
3.8 43 Assista AgoraA última temporada desta série só confirma que poderia ter sido uma minissérie e se encerrado em uma única temporada. É perceptível a queda na qualidade da primeira para as demais temporadas, e esta quinta foi para encerrá-la de maneira vergonhosa.
O recurso das diferentes perspectivas, e que foram o grande destaque do primeiro arco, não agregam em absolutamente nada nesse fim, e serviram apenas para inserir personagens que tinham qualquer relação com a trama e foram descartados no decorrer dos episódios. A Janelle de Sanna Lathan, apresentada na quarta temporada, simplesmente some da trama sem que sua história tenha impacto. A discussão patética que tentam ensaiar sobre racismo e a relação interétnica é apagada, como se nunca houvesse acontecido, e ilustra perfeitamente bem o comentário de Whitney no primeiro episódio “Que legal que você é a namorada do meu pai!”.
Ainda mais problemático é o desenvolvimento da trama que trata das
acusações de assédio de Noah. São apresentadas de maneira superficial e como delírios de mulheres carentes e interesseiras, mas, nós que acompanhamos, sabemos quão problemáticas são as relações estabelecidas entre Noah e todas as mulheres que o rodeiam. Soou mais como uma resposta de Sarah Treem para as acusações de Ruth Wilson sobre o ambiente que a criadora fomentou nos bastidores do que um real comprometimento em discutir o assunto. Em uma série que muda a perspectiva a cada 20 min. para apresentar diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos, o descaso sobre o tema só ajuda a reforçar as acusações de Wilson.
Lamentável também é o arco de Joanie
no futuro. Completamente desnecessário e deslocado do restante das tramas que almejava-se trabalhar. Chega a ser constrangedor os esforços para relacionar o futuro de Montauk com os acontecimentos que acompanhamos no decorrer das quatro temporadas anteriores.
Salvam-se Maura Tierney, impecável como Ellen e que carregou nas costas a maior parte da série, e Ruth Wilson, que conseguiu cair fora antes do barco afundar de vez!
The Affair: Infidelidade (3ª Temporada)
3.6 53 Assista AgoraUma temporada completamente sem propósito. A premissa inicial se perde em vista da longevidade da série, que poderia ter sido encerrada em uma única temporada muito bem construída. Ruth Wilson já demonstrava má vontade, certamente decorrente dos problemas que vinha vivenciando nos bastidores, e sua personagem Alisson parece ter retrocedido uns 5 anos, e não evoluído. O recurso dos pontos de vista, que era o grande atrativo da primeira temporada, não têm a menor utilidade narrativa nesta temporada, não aprofundam personagens, muito menos oferecem perspectivas interessantes sobre o mesmo acontecimento. A qualidade decai incrivelmente em relação à temporada anterior, que já não foi grande coisa.
Suspicion (1ª Temporada)
2.6 10O início foi interessante, principalmente os momentos antes dos suspeitos se encontrarem, que deve acontecer lá pelo 3º episódio. Após isso uma sucessão de acontecimentos pouco interessantes e que, em sua maioria, não agregam nada à trama.
O episódio final e o momento da revelação me pareceram catastróficos.
Que Leo estava envolvido no próprio sequestro e Tara parecia ser cúmplice o espectador já desconfiava há alguns episódios, mas a forma morna como o que deveria ser o ápice da série acontece é bastante frustrante. No fim, como disse Natalie, tudo não passava de dos caprichos de mais um ricaço branco entediado.
Como mérito, a presença de Uma Thurman em uma personagem que desperta pouquíssimo interesse, mas não deixa de se valer da hipnótica persona da atriz.
40 é o novo 20 (7ª Temporada)
3.3 13Como grande parte das séries que estrearam em meio à pandemia, são visíveis os problemas decorrentas da COVID e a dificuldade em se produzir uma obra audiovisual continua no período. Younger opta por ignorar completamente o fato, e talvez esta tenha sido sua maior fraqueza. Este universo ficcional criado por Michael Patrick King - uma NY em que todos se chocam com uma mulher que finge ter metade da idade para conseguir um emprego - realmente é coerente com a ausência de uma pandemia que afetou todo o planeta, mas a forma como os personagens foram distorcidos nessa temporada é imperdoável. Charles, um homem adulto e maduro se comportando como um adolescente, se deixando manipular por uma mulher sem princípios, é realmente patético e difícil de engolir. O vai-não-vai do casal principal é insosso a ponto de impedir qualquer identificação. No fim, ficamos muito mais comovidos com a separação de Lisa e Kelsey, do que com o casal principal. Que caminhe para o fim, pois tem apresentado um resultado pior a cada temporada.
9-1-1 (4ª Temporada)
4.2 30 Assista AgoraClaramente a temporada sofreu o impacto da pandemia durante sua produção, e isso se reflete na qualidade apresentada. Histórias difusas que pouco acrescentam à trama central da série, e uma necessidade de reinventar plots que não levam a lugar algum. Jennifer Love Hewitt continua como a personagem mais irrelevante e fraca da série. Nem mesmo o arco vivenciado neste episódios conseguem agregar qualquer profundidade à sua Maddie. A impressão é que deveria ser uma personagem especial, apenas para a segunda temporada, em que os abusos sofridos são abordados, e após a conclusão do arco os produtores não souberam o que fazer. Sua relação com Chimney, ao invés de fortalecer a presença na série, teve o efeito contrário e diminuiu a importância de um dos melhores personagens.
A crise na relação entre Athena e Bobby não tem qualquer propósito. É mal desenvolvida e se resolve num estalar de dedos. Não agrega ao crescimento dos personagens e certamente não é coerente com o que foi apresentado até então. Bucky e Eddie, e esse "bromance" não passam de gay bait. A relação construída entre Eddie e Flores é tão insossa que mal é apresentada em tela.
Em meio a tantos erros, não há duvida que Hen e Tracie são o ponto forte da temporada, assim como os dramas de seu núcleo familiar, que deixavam a audiência ansiosa pelo episódio seguinte. O final da temporada faz justiça à força das personagens, e é uma das poucas boas lembranças que ficam.
Genius: A Vida de Aretha (3ª Temporada)
3.6 7Como a maioria das propostas biográficas do audiovisual, esta terceira temporada de Genius peca pela falta de inventividade. A série se propõe a apresentar boa parte da vida de Aretha Franklin, de sua infância até a aclamada apresentação no Grammy de 1998, mas o faz de maneira convencional, fascinando mais pela história da cantora do que pela forma como é contada. Ainda assim, sua narrativa faz escolhas duvidosas. Aretha é apresentada como uma mulher dependente, cuja vida é moldada pelos homens que a cercam.
As mudanças em sua carreira são pontuadas pelos relacionamentos amorosos e, ainda que dê muito espaço à família, a representação dessas pessoas é superficial a ponto dos personagens nunca nos cativarem. A relação com os filhos, com exceção de uma ou duas cenas, é praticamente inexistente. Somos apresentados às duas gravidezes que ela teve na adolescência, mas os filhos sequer chegam a receber nomes. Tal como aconteceu com Whitney Houston, Nina Simone, Tina Turner, Dorothy Dandridge, Bessie Smith, Billie Holliday e diversas outras mulheres negras representadas no cinema, a maternidade é apagada da narrativa em prol da construção da personalidade forte e instável de uma mulher negra.
Apesar dos diversos problemas, é inegável que Cynthia Erivo foi uma escolha perfeita para a personificação da cantora. Apesar de não terem qualquer semelhança física, Erivo é talentosa, seja cantando, seja atuando, e consegue convencer a audiência de que sim, é Aretha Franklin. Suas interpretações das músicas da Rainha do Soul não deixam nada a desejar. Porém, apesar da ótima escolha para o papel principal, é Courtney B. Vance quem rouba a cena no papel do repulsivo reverendo Franklin. Certamente o personagem mais interessante e bem desenvolvido da temporada.
Vale como registro, e aguça a curiosidade sobre a personagem. Apresenta Aretha para novos públicos e aumenta a expectativa pelo filme protagonizado por Jennifer Hudson.
Allen v. Farrow
3.9 38 Assista AgoraMe senti totalmente tocado pela narrativa de Dylan. A série me fez olhar para Woody Allen com outros olhos. Apesar de ser fã do cineasta desde minha adolescência, já no primeiro episódio me senti sensibilizado pelas acusações e pela narrativa dos fatos.
Lamentável que tenha levado tantos anos para que a versão da vítima tenha recebido a devida atenção. Me solidarizo à história de Dylan e sem dúvida não consigo mais pensar no cineasta sem sentir uma repulsa imensa.
A Tempestade do Século
3.9 317Não sou nada fã de King, e acredito que não seja o público-alvo desta minissérie, mas tive uma experiência dolorosa ao assistir as mais de 4h da típica procrastinação narrativa do autor. A primeira hora acaba prendendo a atenção, e isso se dá principalmente pela ambientação inóspita que mantém a população de Little Tall apreensiva e a audiência envolvida no clima. A tempestade é muito bem produzida, assim como os efeitos especiais, mas a forma lenta que a história se desenvolve é enfadonha após os primeiros 60 minutos.
Assisti em uma única tacada, e me questionava como cada um dos 3 capítulos conseguiriam manter o interesse do público para o episódio seguinte. Na maior parte do tempo nada de relevante é apresentado, e quando algo finalmente acontecia já estava tão disperso que mal me dava conta.
Precisei voltar à cena em que o farol desaba e alguns personagens desaparecem, pois não estava compreendendo as consequências do acontecimento e, sinceramente, não vi a menor necessidade. Em nada agregou ao roteiro.
O final é o que se pode esperar de uma obra do escritor. A verborragia infindável que não leva a lugar de interesse algum. A impressão que dá é que a tal da tempestade dura realmente um século, de tão longo e cansativo é o "filme", e não que se trata da maior tempestade dos últimos 100 anos.
Com Amor, Victor (1ª Temporada)
4.0 180 Assista AgoraDeixa uma sensação de frustração nos fãs adultos do filme e do livro. A série deixa a maturidade dos personagens originais de lado, e foca em dramas adolescentes típicos do gênero, que podem até agradar o público mais jovem, mas deixam a desejar para as pessoas mais velhas que se encantaram com a jornada de auto-descobrimento de Simon.
A série é povoada de estereótipos e clichês, parecendo mais um compilado de tudo o que já foi feito, tendo apenas a sexualidade do personagem principal como o diferencial. A adolescente revoltada, o garota popular inacessível, a melhor amiga frustrada, o melhor amigo esquisitão, o esportista de bom coração, e por aí vai... Uma lamentável adaptação.
Sorry for Your Loss (1ª Temporada)
4.2 10Que ótima surpresa esta primeira temporada de Sorry For Your Loss. Uma ótima e realista abordagem do luto, seja melancólico, saudosista ou desconcertante, a dor de Leigh nunca parece frívola. Elizabeth Olsen está no ponto certo, transmitindo a lamuria e a raiva nos tons exatos para enfeitiçar a audiência. Ótimas escolhas artísticas e narrativas da equipe de diretores, a montagem assíncrona é um plus da série, fora o elenco afiadíssimo. Uma pena não ter chego ao público brasileiro como atingiu o norte do Ocidente.
Crise nas Infinitas Terras
3.7 30A pataguada de sempre das séries da DC.
O Clube das Babás (1ª Temporada)
4.1 23Interessante Alicia Silverstone em uma série com este tema depois de 25 anos de The Babysitter. No mínimo vai gerar uma curiosidade nos fãs.
American Horror Story: 1984 (9ª Temporada)
3.7 391 Assista AgoraPior audiência de toda a série, e não foi por acaso. Ryan Murphy já deu no saco com essas histórias piegas e arcos e personagens que não contribuem em nada. Ao menos diminuiu o número de episódios para deixar a temporada menos arrastada, mas ainda assim deixa a impressão de que tem episódio que não acontece absolutamente nada. Leslie Grossman é péssima atriz, e o novo achado do produto, Zach Villa, só serve pra enfeitar a tela. Não me surpreenderia se fosse cancelada nas próximas temporadas. Já deu o que tinha que dar há tempos.
40 é o novo 20 (6ª Temporada)
3.6 21 Assista AgoraEsta história de que toda NY está inconformada porque uma mulher mentiu a idade já passou do tolerável para qualquer limite de abstração da realidade, hein?!
9-1-1 (2ª Temporada)
4.3 80 Assista AgoraAbraçou de vez o tom novelesco sem um pingo de pudor e agradou o público a que se destina. A adição dos novos personagens foi muito bem vinda e trouxe questões interessantes para serem abordadas com o típico didatismo da TV aberta americana, sem ignorar os personagens originais. Uma temporada que realmente valeu a pena.Ótimo destaque à Aisha Hinds, que se revelou uma grande surpresa dentre o elenco de poucos rostos conhecidos.
Amigos da Faculdade (2ª Temporada)
3.4 39 Assista AgoraConseguiu o incrível feito de ser superior a primeira temporada. Já estou roendo as unhas de ansiedade para a próxima.
GLOW (2ª Temporada)
4.3 93Conseguiu ser ainda melhor do que a primeira temporada!
Como Defender um Assassino (4ª Temporada)
4.3 283 Assista AgoraDesnecessário o crossover com Scandal, mas a temporada me pareceu trazer a série de volta aos trilhos. Espero que em uma 5ª parem de repetir o mesmo plot e já direcionem para um final antes que estrague de vez.
Jessica Jones (2ª Temporada)
3.6 286 Assista AgoraJanet McTeer fazendo bico a temporada I N T E I R A! O que fizeram com esta série? Uma primeira temporada incrível, e uma segundo desastrosa. Chega de complexo de Édipo!
O Justiceiro (1ª Temporada)
4.2 569Começa bem e termina de forma satisfatória, o problema é o excesso de episódios que deixa o desenvolvimento enfadonho em muitos momentos.
Dirt (2ª Temporada)
3.6 4Cadê o elenco?