Um daqueles filmes que me roubam as palavras. Apesar de, em primeiro plano, retratar as vidas de alguns gays em Londres, não consigo não pensar em Clapham Junction como um retrato muito mais abrangente - e dolorosamente realista - do que é a homofobia nos dias de hoje, ainda tão pungente mas amordaçada por uma sociedade que, claro, aceita a homossexualidade, contanto que ela permaneça escondida dentro de suas "câmaras negras".
Ele, todavia, vai além: as personagens são tão singulares e ao mesmo tempo tão universais (quase funcionando como arquétipos, apesar de que supor somente isso seria tirar do filme seu mérito) que eu me vi querendo saber mais de cada uma delas. Ainda encontro dificuldade para comentar as especificidades do roteiro (que, para mim, é riquíssimo e extremamente bem elaborado), tamanha a dificuldade que tenho em digerir o que me foi apresentado. E a digestão, eu tenho certeza, continuará sendo tão acre quanto sublime.
De fato, o título escolhido se configura como muito válido: "Ausência" trabalha os diversos vazios na vida de Serginho que, em plena puberdade, busca, de uma maneira ou de outra, suprir e preencher tudo aquilo que dele foi tirado - ou nunca oferecido.
Tenho para mim que o filme mais questiona do que soluciona, mais inicia do que finaliza. Enquanto houve um claro foco no aprofundamento da solidão que as ausências causam em Serginho - e como isso se plasmou na relação com Ney (relação que, pra mim, nada de sexual tem por parte do garoto - diferentemente da reciprocidade que as sinopses tanto do dvd quanto de sites parecem propor), tenho a impressão de que as outras personagens se desenvolveram de maneira tão superficial a ponto de eu me deparar, ao final do filme, com a ausência de algo que não sei dizer o que é. Realmente, não me arrisco (nem consigo) julgar se esse foi o maior mérito ou a maior falha de Chico Teixeira.
Se se deixar levar por aquilo que o filme (na minha opinião) verdadeiramente é, as chances de você se encantar são grandíssimas. Ele está realmente à frente de seu tempo e não me surpreende o fato de Festim Diabólico não ter sido bem aceito quando lançado. Eu convido todos aqueles que já assistiram ao filme para novamente fazê-lo mas, em vez de focar na questão do assassinato, focar na questão da homossexualidade - tão sutil e tão gritante durante os 80 minutos, e nas suas potencialidades - simbólicas, linguísticas e sociais. Fazer isso pode ser tão surpreendente e arrebatador quanto foi para mim.
P.S: os jogos de palavras em inglês se perdem quase que completamente quando traduzidos na legenda.
A poesia dentro da rotina. Encanta-me a forma como a sutileza das cenas plasma-se em algo mais tocante, mais íntimo. Os contrastes entre a infância e a vida adulta, as idealizações e decepções, a profundidade e complexidade presentes em cada um de nós, o triste-feliz amor: nossa eterna Tyrone Street.
Um filme de muitas sensibilidades, que me tirou aquela lágrima que não sei se é de tristeza ou felicidade.
Talvez a palavra que mais encaixe em como me senti ao assistir ao The Normal Heart foi: desestabilizado. O filme conseguiu trazer uma série de sensações ao ponto de eu me sentir parte dele. As atuações de Mark Ruffalo e Júlia Roberts estão primorosas (eu entrei em ÊXTASE no momento em que
a doutora discute com alguns homens sobre a AIDS e os investimentos. Eu me arrepiei e tive, inclusive, vontade de exaltá-la)
.
Um ponto interessante foi ter previamente assistido ao And The Band Played On, pois esse me deu um panorama bastante abrangente do contexto científico, ao passo que The Normal Heart me permitiu sentir, de perto, o desespero e o medo pungente que se tinha ao contrair a AIDS em meio a um cenário tão preconceituoso.
Na minha opinião, a singularidade do filme está exatamente em proporcionar uma abordagem extremamente humana, com diálogos precisos, sem utilizar exaustivamente a vertente política.
É denso, emocionante, triste e, acima de tudo - repito - desestruturante.
Belíssimo! Um filme de vampiros que, paradoxalmente, tanto diz sobre os zumbis, digo, humanidade. A abordagem vezes tantas crítica, somada às trilha sonora e atuações (Ah, Tilda! Ah, Tom!), encantou-me e a atmosfera, tão melancolicamente densa, fez com que eu me envolvesse deveras.
Maleficent voa e paira no ar, no começo e no final, me deixaram boquiaberto. Extraordinárias!
Eu não consegui assistir ao filme com um olhar crítico; tocou-me pela abordagem que trouxe ao amor e à noção de liberdade - e suas tantas metáforas. Logo, tive uma visão muito subjetiva e permaneço encantado!
Medo e amor plasmados numa belíssima fotografia e numa envolvente trilha sonora. Esse é um quase conto sobre a homossexualidade, eu diria. Natural e sensível, alcança seu objetivo sem forçar nada - por sinal, as cenas
Aquele tipo de filme que carrega uma atmosfera aconchegante e transmite uma paz de espírito indescritível. Singelo mas intenso dentro de seu objetivo, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho me tocou pela sua beleza inocente, mas tão densa, que após o término eu simplesmente queria assistir novamente.
os dois deram as mãos e continuaram seu caminho após a provocação.
Na MINHA opinião, as atuações deveras naturais, a fotografia terna e a trilha sonora pontual contribuíram e MUITO para toda essa transmissão de sensações que transcendem o filme e marcam uma experiência que perdurará. Sobra agora aquele suspiro de plenitude.
Eu... Dá vontade de escrever algo que explique a sensação de assistir ao Her... Mas é difícil.. É desnorteante. Devastador. Eu citaria praticamente todas as falas, mas:
"It's a place that's not of the physical world. It's where everything else is that I didn't even know existed. I love you so much. But this is where I am now. And this who I am now. And I need you to let me go. As much as I want to, I can't live your book any more."
O filme é tudo isso que não se consegue dizer. É esse vazio cheio que persegue. Reverbera os sentimentos mais complexos e humanos possíveis. É... Isso:
Eu estava receoso. Apesar de achar deveras estranho zumbis agindo daquele modo (tão... pouco zumbis), à medida que o tempo foi passando, comecei a encarar tudo de uma forma diferente.
Uma das cenas finais, em que o "zombie" tenta abrir o guarda-chuva e uma mulher aparece, pode parecer banal, mas achei tão sensível. Tão... humana. Estamos perdendo isso: o amor.
Há sim clichês, há sim certo exagero, mas, na minha opinião, se ignorarmos um pouco o conceito cru de zumbi e colocarmos algo a mais, se visualizarmos a intenção mais satírica, Warm Bodies pode se tornar uma experiência interessante.
Simplesmente apaixonante! Estou encantado pelos personagens, pela fotografia, pelo enredo... Apesar de tratar de assuntos tão densos, conseguiu, na minha opinião, trazer uma leveza cativante. Uma abordagem única e insigne.
Há tempos que procurava por um filme como esse! Que experiência única. "Maurice", para mim, é denso e intrigante principalmente por trabalhar tão bem com a questão da homossexualidade dentro do contexto e das premissas dos anos 20.
A cena final.... Ah. Quando Maurice abraça Alec é possível sentir tudo aquilo que as palavras não expressam: o amor sobrepujando o preconceito, o subjugamento e o medo de ser feliz.
Tão belo e singelo! No Caminho Das Dunas, para mim, respira inocência. A trilha sonora e a fotografia são cativantes. Os olhares de Pim são marcantes e o pouquíssimo dito é paralelo a gárrulos pensamentos que o assombram - é fácil identificar-se, imaginar-se, viajar em lembranças...
A cena final é simplesmente belíssima... Ah, Dora. Ah, Fernanda.... O filme acaba e cá estou eu, querendo viajar com ela por entre cartas para conhecer a mim.
Genial, genial. É uma crítica tão mordaz e tão explícita! A voracidade e a falta de escrúpulos dos meios de comunicação, os padrões mecânicos e os consequentes títeres alimentados pela alienação.
"We accept the reality of the world with which we are presented." Até que ponto se é livre para SER humano, e não um mero robô da sociedade?
Tão interessante como, enquanto as pessoas assistiam a Truman, estavam elas também presas àquela "realidade", ignorando tudo à sua volta. Comemoram o fim do subjugamento dele mas permanecem subjugadas! Permanecem, como supos o criador do show a Truman, com medo.
Afinal:
"What else is on?" "Yeah, let's see what else is on"
Demorei muito para assistir e agora me pergunto: Por quê? Privei-me de um filme magnífico! A trilha, a edição, a fotografia, as atuações, o roteiro... Espetaculares!
Aquele tipo de filme que sufoca e angustia. Gritos gárrulos no silêncio. Belo e triste; real. As ótimas atuações ajudaram-me a sentir e compreender as personagens.
Quando eu acho que já me surpreendi o bastante com Meryl Streep... Como essa mulher está (mais uma vez) impecável! As atuações dela e da Julia Roberts estão "fucking" esplêndidas e merecem "fucking" destaque! (como diria Barbara)
É interessante, na minha opinião, a forma como as relações familiares foram abordadas, gerando aqui e ali uma aproximação e identificação com o público - apesar de ser uma realidade mais norte-americana. As personagens foram, para mim, muito bem estruturadas e gostei muito de como há a todo momento reflexos de personalidades entre gerações, conflitos e segredos bastante verossímeis.
A cena do almoço foi, ao mesmo tempo, perturbadora e cômica. Em alguns momentos, peguei-me segurando a respiração e, em outros, rindo alto. A bela fotografia também contribuiu muito para todo o clima. Fiquei tão encantado que minha vontade era voltar toda a cena e assistir a ela novamente!
Permaneço incrédulo. Como podem os diálogos continuar tão magníficos? É impressionante a forma como mergulho neles.
São tantas citações dignas de nota, são tantos momentos em que EU estava ali, vivendo e refletindo sobre as mesmas coisas que Jesse e Celine (a química desses dois chega a ser absurda de tão incrível, na minha opinião). Talvez por isso, assumo, foi uma experiência estranha assistir. Aquela realidade quase fabular presente em tantos filmes românticos se quebra substancialmente em Antes da Meia-Noite e tal causou em mim algo paradoxal: ao mesmo tempo, senti-me fora do meu estado cômodo de idealização do amor e fiquei encantado ao perceber que a essência de tal sentimento pode sim existir mesmo em meio a adversidades tantas ou mesmo em meio à quase supressão da esperança.
Um dos diálogos finais, no qual Jesse e Celine têm uma forte discussão, chega a ser desesperador de tão verossímil. Desesperador também porque talvez, naquele momento, o filme estava gritando para mim "essa é a realidade. Aceite-a". Simplesmente genial!
Há muito, mas muito para se pensar e refletir. Na minha opinião, um final insigne para uma trilogia excepcional que me encantou deveras, mostrando-me uma nova realidade (ou talvez A realidade) do que são os relacionamentos e o próprio amor.
Belíssima reflexão a que o filme me proporcionou. Às vezes ficamos tão subjugados à nossa rotina que não nos permitimos ver a nós mesmos e, quando o fazemos, somos assolados por uma solidão: sentimo-nos solitários em meio a pessoas que nos cercam mas que são alheias a nós (pessoas essas que também têm fobias, medos, peculiaridades e solidões tantas).
E se eu abrir uma janela em meio ao meu dia e permitir-me não apenas olhar, mas enxergar - a mim e aos outros?
Clapham Junction
3.6 59Um daqueles filmes que me roubam as palavras. Apesar de, em primeiro plano, retratar as vidas de alguns gays em Londres, não consigo não pensar em Clapham Junction como um retrato muito mais abrangente - e dolorosamente realista - do que é a homofobia nos dias de hoje, ainda tão pungente mas amordaçada por uma sociedade que, claro, aceita a homossexualidade, contanto que ela permaneça escondida dentro de suas "câmaras negras".
Ele, todavia, vai além: as personagens são tão singulares e ao mesmo tempo tão universais (quase funcionando como arquétipos, apesar de que supor somente isso seria tirar do filme seu mérito) que eu me vi querendo saber mais de cada uma delas. Ainda encontro dificuldade para comentar as especificidades do roteiro (que, para mim, é riquíssimo e extremamente bem elaborado), tamanha a dificuldade que tenho em digerir o que me foi apresentado. E a digestão, eu tenho certeza, continuará sendo tão acre quanto sublime.
Ausência
3.4 71De fato, o título escolhido se configura como muito válido: "Ausência" trabalha os diversos vazios na vida de Serginho que, em plena puberdade, busca, de uma maneira ou de outra, suprir e preencher tudo aquilo que dele foi tirado - ou nunca oferecido.
Tenho para mim que o filme mais questiona do que soluciona, mais inicia do que finaliza. Enquanto houve um claro foco no aprofundamento da solidão que as ausências causam em Serginho - e como isso se plasmou na relação com Ney (relação que, pra mim, nada de sexual tem por parte do garoto - diferentemente da reciprocidade que as sinopses tanto do dvd quanto de sites parecem propor), tenho a impressão de que as outras personagens se desenvolveram de maneira tão superficial a ponto de eu me deparar, ao final do filme, com a ausência de algo que não sei dizer o que é. Realmente, não me arrisco (nem consigo) julgar se esse foi o maior mérito ou a maior falha de Chico Teixeira.
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraSe se deixar levar por aquilo que o filme (na minha opinião) verdadeiramente é, as chances de você se encantar são grandíssimas. Ele está realmente à frente de seu tempo e não me surpreende o fato de Festim Diabólico não ter sido bem aceito quando lançado. Eu convido todos aqueles que já assistiram ao filme para novamente fazê-lo mas, em vez de focar na questão do assassinato, focar na questão da homossexualidade - tão sutil e tão gritante durante os 80 minutos, e nas suas potencialidades - simbólicas, linguísticas e sociais. Fazer isso pode ser tão surpreendente e arrebatador quanto foi para mim.
P.S: os jogos de palavras em inglês se perdem quase que completamente quando traduzidos na legenda.
Eu, Você e Todos Nós
3.8 166A poesia dentro da rotina. Encanta-me a forma como a sutileza das cenas plasma-se em algo mais tocante, mais íntimo. Os contrastes entre a infância e a vida adulta, as idealizações e decepções, a profundidade e complexidade presentes em cada um de nós, o triste-feliz amor: nossa eterna Tyrone Street.
Um filme de muitas sensibilidades, que me tirou aquela lágrima que não sei se é de tristeza ou felicidade.
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraTalvez a palavra que mais encaixe em como me senti ao assistir ao The Normal Heart foi: desestabilizado. O filme conseguiu trazer uma série de sensações ao ponto de eu me sentir parte dele. As atuações de Mark Ruffalo e Júlia Roberts estão primorosas (eu entrei em ÊXTASE no momento em que
a doutora discute com alguns homens sobre a AIDS e os investimentos. Eu me arrepiei e tive, inclusive, vontade de exaltá-la)
Um ponto interessante foi ter previamente assistido ao And The Band Played On, pois esse me deu um panorama bastante abrangente do contexto científico, ao passo que The Normal Heart me permitiu sentir, de perto, o desespero e o medo pungente que se tinha ao contrair a AIDS em meio a um cenário tão preconceituoso.
Na minha opinião, a singularidade do filme está exatamente em proporcionar uma abordagem extremamente humana, com diálogos precisos, sem utilizar exaustivamente a vertente política.
É denso, emocionante, triste e, acima de tudo - repito - desestruturante.
Amantes Eternos
3.8 782 Assista Agora"I’m sick of it—these zombies, what they’ve done to the world, their fear of their own imaginations."
Amantes Eternos
3.8 782 Assista AgoraBelíssimo! Um filme de vampiros que, paradoxalmente, tanto diz sobre os zumbis, digo, humanidade. A abordagem vezes tantas crítica, somada às trilha sonora e atuações (Ah, Tilda! Ah, Tom!), encantou-me e a atmosfera, tão melancolicamente densa, fez com que eu me envolvesse deveras.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraVisualmente esplêndido. As duas cenas nas quais
Maleficent voa e paira no ar, no começo e no final, me deixaram boquiaberto. Extraordinárias!
Eu não consegui assistir ao filme com um olhar crítico; tocou-me pela abordagem que trouxe ao amor e à noção de liberdade - e suas tantas metáforas. Logo, tive uma visão muito subjetiva e permaneço encantado!
Garotos
3.8 604 Assista AgoraMedo e amor plasmados numa belíssima fotografia e numa envolvente trilha sonora. Esse é um quase conto sobre a homossexualidade, eu diria. Natural e sensível, alcança seu objetivo sem forçar nada - por sinal, as cenas
do pula-pula e da praia são tocantes e densas (curiosamente são umas das poucas em que se beijam).
P.S Sieger, seu idiota.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraAquele tipo de filme que carrega uma atmosfera aconchegante e transmite uma paz de espírito indescritível. Singelo mas intenso dentro de seu objetivo, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho me tocou pela sua beleza inocente, mas tão densa, que após o término eu simplesmente queria assistir novamente.
A cena em que
o Leo e o Gabriel se beijam e em seguida se abraçam
eu sentisse os toques e o sentimento pulsante.
os dois deram as mãos e continuaram seu caminho após a provocação.
Na MINHA opinião, as atuações deveras naturais, a fotografia terna e a trilha sonora pontual contribuíram e MUITO para toda essa transmissão de sensações que transcendem o filme e marcam uma experiência que perdurará. Sobra agora aquele suspiro de plenitude.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraEu... Dá vontade de escrever algo que explique a sensação de assistir ao Her... Mas é difícil.. É desnorteante. Devastador. Eu citaria praticamente todas as falas, mas:
"It's a place that's not of the physical world. It's where everything else is that I didn't even know existed. I love you so much. But this is where I am now. And this who I am now. And I need you to let me go. As much as I want to, I can't live your book any more."
O filme é tudo isso que não se consegue dizer. É esse vazio cheio que persegue. Reverbera os sentimentos mais complexos e humanos possíveis. É... Isso:
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista AgoraNossas experiências e memórias são a prova de que vivemos. O mundo pode ser o que queremos que ele seja - a felicidade, enfim, está em nossas mãos.
" A man tells his stories so many times that he becomes the stories. They live on after him, and in that way he becomes immortal."
Meu Namorado é um Zumbi
2.9 2,6K Assista AgoraEu estava receoso. Apesar de achar deveras estranho zumbis agindo daquele modo (tão... pouco zumbis), à medida que o tempo foi passando, comecei a encarar tudo de uma forma diferente.
Uma das cenas finais, em que o "zombie" tenta abrir o guarda-chuva e uma mulher aparece, pode parecer banal, mas achei tão sensível. Tão... humana. Estamos perdendo isso: o amor.
Há sim clichês, há sim certo exagero, mas, na minha opinião, se ignorarmos um pouco o conceito cru de zumbi e colocarmos algo a mais, se visualizarmos a intenção mais satírica, Warm Bodies pode se tornar uma experiência interessante.
Christopher and His Kind
3.7 152Simplesmente apaixonante! Estou encantado pelos personagens, pela fotografia, pelo enredo... Apesar de tratar de assuntos tão densos, conseguiu, na minha opinião, trazer uma leveza cativante. Uma abordagem única e insigne.
Maurice
4.0 189Há tempos que procurava por um filme como esse! Que experiência única. "Maurice", para mim, é denso e intrigante principalmente por trabalhar tão bem com a questão da homossexualidade dentro do contexto e das premissas dos anos 20.
A cena final.... Ah. Quando Maurice abraça Alec é possível sentir tudo aquilo que as palavras não expressam: o amor sobrepujando o preconceito, o subjugamento e o medo de ser feliz.
No Caminho das Dunas
3.7 305Tão belo e singelo! No Caminho Das Dunas, para mim, respira inocência. A trilha sonora e a fotografia são cativantes. Os olhares de Pim são marcantes e o pouquíssimo dito é paralelo a gárrulos pensamentos que o assombram - é fácil identificar-se, imaginar-se, viajar em lembranças...
Bridegroom
4.3 159Toc, toc, toc. É só o que consigo comentar.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraA cena final é simplesmente belíssima... Ah, Dora. Ah, Fernanda.... O filme acaba e cá estou eu, querendo viajar com ela por entre cartas para conhecer a mim.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraGenial, genial. É uma crítica tão mordaz e tão explícita! A voracidade e a falta de escrúpulos dos meios de comunicação, os padrões mecânicos e os consequentes títeres alimentados pela alienação.
"We accept the reality of the world with which we are presented." Até que ponto se é livre para SER humano, e não um mero robô da sociedade?
Tão interessante como, enquanto as pessoas assistiam a Truman, estavam elas também presas àquela "realidade", ignorando tudo à sua volta. Comemoram o fim do subjugamento dele mas permanecem subjugadas! Permanecem, como supos o criador do show a Truman, com medo.
Afinal:
"What else is on?"
"Yeah, let's see what else is on"
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraDemorei muito para assistir e agora me pergunto: Por quê? Privei-me de um filme magnífico! A trilha, a edição, a fotografia, as atuações, o roteiro... Espetaculares!
O que foi a cena da explosão do cinema? Indescritível! E é até complicado citar somente ela, uma vez que há tanto para se elogiar.
Uma obra-prima, na minha opinião.
Queda Livre
3.6 591Aquele tipo de filme que sufoca e angustia. Gritos gárrulos no silêncio. Belo e triste; real. As ótimas atuações ajudaram-me a sentir e compreender as personagens.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraQuando eu acho que já me surpreendi o bastante com Meryl Streep... Como essa mulher está (mais uma vez) impecável! As atuações dela e da Julia Roberts estão "fucking" esplêndidas e merecem "fucking" destaque! (como diria Barbara)
É interessante, na minha opinião, a forma como as relações familiares foram abordadas, gerando aqui e ali uma aproximação e identificação com o público - apesar de ser uma realidade mais norte-americana. As personagens foram, para mim, muito bem estruturadas e gostei muito de como há a todo momento reflexos de personalidades entre gerações, conflitos e segredos bastante verossímeis.
A cena do almoço foi, ao mesmo tempo, perturbadora e cômica. Em alguns momentos, peguei-me segurando a respiração e, em outros, rindo alto. A bela fotografia também contribuiu muito para todo o clima. Fiquei tão encantado que minha vontade era voltar toda a cena e assistir a ela novamente!
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraPermaneço incrédulo. Como podem os diálogos continuar tão magníficos? É impressionante a forma como mergulho neles.
São tantas citações dignas de nota, são tantos momentos em que EU estava ali, vivendo e refletindo sobre as mesmas coisas que Jesse e Celine (a química desses dois chega a ser absurda de tão incrível, na minha opinião). Talvez por isso, assumo, foi uma experiência estranha assistir. Aquela realidade quase fabular presente em tantos filmes românticos se quebra substancialmente em Antes da Meia-Noite e tal causou em mim algo paradoxal: ao mesmo tempo, senti-me fora do meu estado cômodo de idealização do amor e fiquei encantado ao perceber que a essência de tal sentimento pode sim existir mesmo em meio a adversidades tantas ou mesmo em meio à quase supressão da esperança.
Um dos diálogos finais, no qual Jesse e Celine têm uma forte discussão, chega a ser desesperador de tão verossímil. Desesperador também porque talvez, naquele momento, o filme estava gritando para mim "essa é a realidade. Aceite-a". Simplesmente genial!
Há muito, mas muito para se pensar e refletir. Na minha opinião, um final insigne para uma trilogia excepcional que me encantou deveras, mostrando-me uma nova realidade (ou talvez A realidade) do que são os relacionamentos e o próprio amor.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraBelíssima reflexão a que o filme me proporcionou. Às vezes ficamos tão subjugados à nossa rotina que não nos permitimos ver a nós mesmos e, quando o fazemos, somos assolados por uma solidão: sentimo-nos solitários em meio a pessoas que nos cercam mas que são alheias a nós (pessoas essas que também têm fobias, medos, peculiaridades e solidões tantas).
E se eu abrir uma janela em meio ao meu dia e permitir-me não apenas olhar, mas enxergar - a mim e aos outros?
Talvez eu encontre Wally - ou apenas o reconheça finalmente.
Encantador e cativante, na minha opinião. Identifiquei-me tanto!