Uma ciranda amorosa judaica de mexer com as bases! A trama começa mansa e vai cativando a atenção aos poucos, revelando desejos reprimidos e anseios abafados pelo tempo. Os temas envolvendo "liberdade" e a "desconstrução de antigos valores" recebem o devido espaço e exaltação pela forte presença de Rachel Weisz, sempre intrigante, revelando o quanto a vida pode ser morna em sua superfície, mas fumegante no seu âmago.
Um dos filmes de zumbi mais poéticos e honestos da atual safra: as situações são críveis, o personagem principal aparece vulnerável (e não como um herói impetuoso) e clímax é crescente, fazendo o espectador percorrer os caminhos tortuosos da trama. Destaque para Denis Lavant (sempre curioso nos papéis) e os efeitos sonoros nervosos.
Eis a beleza da simplicidade e da vida na sua imperfeição. Um filme bastante contido, mas que carrega um oceano interior de poder transformador. Assista de coração aberto!
Um filme honesto e carregado de sentimentos implícitos, apresentando a intimidade de uma mãe solteira em busca de redenção e um pouco de afeto ao final do dia. Há passagens tristes envolvendo a personagem na tentativa de acolher o filho perante uma fatalidade, assim como também, no encarar de uma vida árida que se exprime pelo silêncio atravessado pela fragilidade dos atos. A experiência não é para qualquer um, porém, o filme acolhe, logo no início, seus admiradores fiéis, que seguirão até o fim com a personagem.
Caminha-se para renovar os ares, as pretensões antigas e o gosto amargo na língua caminha-se para ouvir outras vozes, desbravar mares e outros ímpetos caminha-se para aliviar o peso da vida, das dores contínuas e das promessas não cumpridas caminha-se para promover novos encantos, pintar novas cores e reconhecer-se na longa jornada, que nunca termina...
Bastante curioso e incomum o roteiro norueguês, misturando episódios paranormais, expiação católica e histeria feminina. Há de se ter paciência e vontade para acompanhar as experiências da personagem diante de...
uma homossexualidade latente. As metáforas sobre punição divina e culpa trazem luz à necessidade de um amadurecimento emocional carente por respostas e desejoso por um acolhimento familiar e/ou social que nunca se realiza, fazendo a protagonista assumir as rédeas da própria individualidade conforme esta encara seus traumas passados e demônios relacionados à uma cristandade opressora.
Bonito, bem humorado e bastante honesto em relação à uma das fases mais confusas da vida! Saoirce cumpre bem o papel e promove uma entrega emocional calorosa, porém o filme se torna maior e inesquecível através da figura da MÃE. Preste atenção na atuação de Laurie Metcalf: parte do brilho da pérola está na presença dela em cena!
Apesar da estrutura simples, sem maiores pompas, o conteúdo é intrigante e as indagações profundas. Há uma beleza na câmera que circula sem pressa entre os ambientes e, ao mesmo tempo, revisita as memórias de Marjorie. Passado e presente se misturam na narrativa e uma fina melancolia brota dos personagens. Vale a pena conhecer e se deixar levar pela empreitada, acima de tudo pelo carisma de Lois Smith, que sorri gentilmente com os olhos o filme inteiro.
O cotidiano de um garoto de 10 anos é abalado quando ele acidentalmente quebra cadeira de um amigo de sala. Após ter aulas de ética e inclusão social, o jovem Tsering volta para casa com a cadeira quebrada no lombo de seu burro, na intenção de devolvê-la consertada ao amigo. Apesar de poético e idílico, o filme é irregular na narrativa, mas pode encantar o espectador que aprecia tramas infantis, carregadas de humanismo. O mais curioso do título é que o mesmo foi feito em homenagem a Abbas Kiarostami, diretor iraniano falecido em 2016. Abbas foi responsável pelo tocante "O Vento nos Levará" (1999).
Possivelmente um dos melhores filmes da Mostra de São Paulo deste ano, junto com "Loveless", do russo Andrey Zvyagintsev. A trama acompanha o desenvolvimento amoroso de um casal desde o início do namoro, passando pelo casamento, até a chegada do filho. Toma é um jovem idealista cheio de vida que conhece Ana, uma garota frágil, insegura e que sofre transtorno de pânico. Como se criasse um microcosmo nos mínimos detalhes, Netzer abrirá espaço para que o casal teça sua colcha de retalhos na frente do espectador, fazendo com que este seja uma testemunha diante da tênue linha que separa a tão cobiçada felicidade da cruel desagregação emocional. No intuito de gerar um contorno seguro à intimidade de Toma e Ana, o diretor insere a Psicanálise como elemento de conexão entre os personagens e seus dramas, criando uma das histórias de amor mais belas e críveis da temporada.
Filmes com crianças e sobre o atravessar da infância sempre rendem boas histórias, com esta produção franco-portuguesa não poderia ser diferente. Quem esteve na Mostra de São Paulo com certeza agradeceu após a exibição. O relacionamento de Luisa com os pais e o irmão mais velho surge como arquétipo da puberdade, revelando as dores e delícias de se viver numa região litorânea, onde a sombra do amadurecimento espreita a cada experiência. Sensorial, febril e pulsante são características que expressam bem o ímpeto de Luisa em sua abertura de caminhos, tendo a figura do pai como exemplo de força na construção de novos ideais. Não há ainda data de estreia no Brasil, mas com certeza o título fará parte de outros ciclos sobre Infância e Juventude, tamanha profundidade da trama e construção dos personagens.
Eis um filme sedutor, embora irregular, envolvendo amor, conflitos familiares e o poder da música como elemento de transformação. A trama é moderna, sofisticada e permeada por canções de um casal em conflito, vivido pela dupla pop Luisa e Julien. Enquanto vive a crise dos 40 anos, a personagem revê sua relação com o parceiro e recebe a visita do pai, o qual não via há 16 anos, liberando antigos sentimentos truncados ligados à figura paterna. Entre canções melancólicas e situações críticas, Luisa vai construindo um novo cenário pelo qual poderá se reinventar. Ao final da experiência, saindo do cinema, muitas canções permanecem ainda na cabeça, quase como um compromisso com aquilo que vimos na tela versus aquilo que carregamos dentro de nós.
Uma boa produção vinda dos Alpes atravessou a Mostra de São Paulo sem fazer muito barulho, mas deixou impactado o espectador que esperava uma trama de superação envolvendo um casal jovem e frágil. Após ser agredida covardemente por um anônimo no metrô, Jessy passa a cobrar do parceiro uma atitude mais dominante no cotidiano. Tomado por um sentimento de impotência, David começa a usar anabolizantes como resposta ao embotamento emocional que o aprisiona. Entre as anilhas da academia e as picadas de esteroides, o jovem começa apresentar um comportamento violento contra Jessy, em um misto de fúria e complexo de inferioridade pouco elaborado. Aos poucos, o casal vai sendo atravessado por uma química virulenta onde amor e ódio caminham juntos no mesmo cenário.
Os filmes folclóricos e atemporais, que bebem na fonte de antigas lendas, geralmente pegam de surpresa o espectador não acostumado. Ao receber o dom que era da avó, Nooran, vivida pela ótima Golshifteh Farahani, passa grande parte da trama caminhando pelo deserto de Thar acolhendo pessoas à beira da morte, ao mesmo tempo que é cortejada por um viajante que deseja desposá-la. A trama ganha força e carisma pelos tons avermelhados do figurino e pela entrega emocional de Farahani, que compõe uma película mística e permeada por imagens de encher os olhos.
Apesar do tom um tanto acadêmico e amador, a ideia do diretor é muito boa e aproximar o sagrado e o profano sempre rende boas imagens e discussões. Confesso que gostei mais da esfera do "silêncio" do que do bloco das "palavras", onde faltou fôlego para o movimento LGBT criar uma maior profundidade. Conferi o título no "Italian Film Festival" lá no Centro Cultural São Paulo, mas vale a pena buscar por um torrent na web, já que o filme não foi distribuído em DVD até o momento.
Uma empreitada nostálgica e lisérgica de tirar o fôlego! Pode agradar o espectador de diferentes maneiras, tanto pela "personagem icônica" que domina a cena, quanto pelo clima retrô da trama; também pela violência explícita pulsante ou simplesmente pela trilha sonora pop oitentista, digna de ser cultuada em qualquer tribo que se preze!
"E a Palma de Ouro vai para..."Paris, Texas"!!! (O melhor do DOC é o close na expressão de Wim Wenders) (Emocionante e imperdível acompanhar cada um dos depoimentos!)
Um belo exemplo de como um "vazio existencial" pode virar um buraco negro que engole um elenco de primeira, o bom senso de um diretor veterano e 128 minutos de nossa paz!
Lembra bastante o Cinema de Bruno Dumont, principalmente na primeira parte da trama, mas o diretor ganha força mesmo com o seu jeito inusitado e excêntrico de aproximar os personagens, inserindo toda uma atmosfera queer. Dentro desse espaço, todos estão tateando um lugar ao mundo ou, pelo menos, tentando encontrar algum sentido na apatia dos dias.
"Uma homenagem a meu pai, a Antoine Doinel"...e a todos aqueles que buscam uma conexão com uma raiz mais profunda, seja pela família, seja através da Arte!
Uma das grandes pérolas do Festival Varilux! É singelo do começo ao fim, apoiando-se nos afetos truncados, nas descobertas e transformações de suas personagens. As "Catherines" se complementam de maneira lúcida e cativante, sem que o brilho de Deneuve encubra o de Frot, resultando em um filme maduro sobre nascer, "arrumar a casa" e partir com dignidade. As metáforas sobre a finitude, ao reaproximar passado e presente, criam uma espécie de amálgama de memórias envolvendo as duas mulheres, arrebatando sem fazer barulho e transbordando sem deixar excessos, exatamente como deve ser encarada a vida.
O filme mais nervoso da temporada entrou em cartaz e quase ninguém viu! Do começo ao fim você é levado para uma "experiência limite" onde o bom senso e a humanização são colocados à prova, criando a sensação de que o perigo vive sempre à espreita. Imperdível!
Desobediência
3.7 720 Assista AgoraUma ciranda amorosa judaica de mexer com as bases! A trama começa mansa e vai cativando a atenção aos poucos, revelando desejos reprimidos e anseios abafados pelo tempo. Os temas envolvendo "liberdade" e a "desconstrução de antigos valores" recebem o devido espaço e exaltação pela forte presença de Rachel Weisz, sempre intrigante, revelando o quanto a vida pode ser morna em sua superfície, mas fumegante no seu âmago.
A Noite Devorou o Mundo
3.2 362 Assista AgoraUm dos filmes de zumbi mais poéticos e honestos da atual safra: as situações são críveis, o personagem principal aparece vulnerável (e não como um herói impetuoso) e clímax é crescente, fazendo o espectador percorrer os caminhos tortuosos da trama. Destaque para Denis Lavant (sempre curioso nos papéis) e os efeitos sonoros nervosos.
Pela Janela
3.5 57Eis a beleza da simplicidade e da vida na sua imperfeição. Um filme bastante contido, mas que carrega um oceano interior de poder transformador. Assista de coração aberto!
Felicidade
3.5 12Um filme honesto e carregado de sentimentos implícitos, apresentando a intimidade de uma mãe solteira em busca de redenção e um pouco de afeto ao final do dia. Há passagens tristes envolvendo a personagem na tentativa de acolher o filho perante uma fatalidade, assim como também, no encarar de uma vida árida que se exprime pelo silêncio atravessado pela fragilidade dos atos. A experiência não é para qualquer um, porém, o filme acolhe, logo no início, seus admiradores fiéis, que seguirão até o fim com a personagem.
Projeto Flórida
4.1 1,0K"- Eu gosto tanto dessa árvore, é a minha preferida...
- Mas por quê?
- Porque mesmo caída ela continua a crescer!"
Visages, Villages
4.4 160 Assista AgoraCaminha-se para renovar os ares, as pretensões antigas e o gosto amargo na língua
caminha-se para ouvir outras vozes, desbravar mares e outros ímpetos
caminha-se para aliviar o peso da vida, das dores contínuas e das promessas não cumpridas
caminha-se para promover novos encantos, pintar novas cores e reconhecer-se na longa jornada, que nunca termina...
Thelma
3.5 342 Assista AgoraBastante curioso e incomum o roteiro norueguês, misturando episódios paranormais, expiação católica e histeria feminina. Há de se ter paciência e vontade para acompanhar as experiências da personagem diante de...
uma homossexualidade latente. As metáforas sobre punição divina e culpa trazem luz à necessidade de um amadurecimento emocional carente por respostas e desejoso por um acolhimento familiar e/ou social que nunca se realiza, fazendo a protagonista assumir as rédeas da própria individualidade conforme esta encara seus traumas passados e demônios relacionados à uma cristandade opressora.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraBonito, bem humorado e bastante honesto em relação à uma das fases mais confusas da vida! Saoirce cumpre bem o papel e promove uma entrega emocional calorosa, porém o filme se torna maior e inesquecível através da figura da MÃE. Preste atenção na atuação de Laurie Metcalf: parte do brilho da pérola está na presença dela em cena!
Marjorie Prime
3.4 43 Assista AgoraApesar da estrutura simples, sem maiores pompas, o conteúdo é intrigante e as indagações profundas. Há uma beleza na câmera que circula sem pressa entre os ambientes e, ao mesmo tempo, revisita as memórias de Marjorie. Passado e presente se misturam na narrativa e uma fina melancolia brota dos personagens. Vale a pena conhecer e se deixar levar pela empreitada, acima de tudo pelo carisma de Lois Smith, que sorri gentilmente com os olhos o filme inteiro.
Caminhando com o Vento
2.0 1O cotidiano de um garoto de 10 anos é abalado quando ele acidentalmente quebra cadeira de um amigo de sala. Após ter aulas de ética e inclusão social, o jovem Tsering volta para casa com a cadeira quebrada no lombo de seu burro, na intenção de devolvê-la consertada ao amigo. Apesar de poético e idílico, o filme é irregular na narrativa, mas pode encantar o espectador que aprecia tramas infantis, carregadas de humanismo. O mais curioso do título é que o mesmo foi feito em homenagem a Abbas Kiarostami, diretor iraniano falecido em 2016. Abbas foi responsável pelo tocante "O Vento nos Levará" (1999).
Ana, Meu Amor
3.4 16Possivelmente um dos melhores filmes da Mostra de São Paulo deste ano, junto com "Loveless", do russo Andrey Zvyagintsev. A trama acompanha o desenvolvimento amoroso de um casal desde o início do namoro, passando pelo casamento, até a chegada do filho. Toma é um jovem idealista cheio de vida que conhece Ana, uma garota frágil, insegura e que sofre transtorno de pânico. Como se criasse um microcosmo nos mínimos detalhes, Netzer abrirá espaço para que o casal teça sua colcha de retalhos na frente do espectador, fazendo com que este seja uma testemunha diante da tênue linha que separa a tão cobiçada felicidade da cruel desagregação emocional. No intuito de gerar um contorno seguro à intimidade de Toma e Ana, o diretor insere a Psicanálise como elemento de conexão entre os personagens e seus dramas, criando uma das histórias de amor mais belas e críveis da temporada.
Menina
3.4 1Filmes com crianças e sobre o atravessar da infância sempre rendem boas histórias, com esta produção franco-portuguesa não poderia ser diferente. Quem esteve na Mostra de São Paulo com certeza agradeceu após a exibição. O relacionamento de Luisa com os pais e o irmão mais velho surge como arquétipo da puberdade, revelando as dores e delícias de se viver numa região litorânea, onde a sombra do amadurecimento espreita a cada experiência. Sensorial, febril e pulsante são características que expressam bem o ímpeto de Luisa em sua abertura de caminhos, tendo a figura do pai como exemplo de força na construção de novos ideais. Não há ainda data de estreia no Brasil, mas com certeza o título fará parte de outros ciclos sobre Infância e Juventude, tamanha profundidade da trama e construção dos personagens.
Ao Redor de Luisa
2.4 2Eis um filme sedutor, embora irregular, envolvendo amor, conflitos familiares e o poder da música como elemento de transformação. A trama é moderna, sofisticada e permeada por canções de um casal em conflito, vivido pela dupla pop Luisa e Julien. Enquanto vive a crise dos 40 anos, a personagem revê sua relação com o parceiro e recebe a visita do pai, o qual não via há 16 anos, liberando antigos sentimentos truncados ligados à figura paterna. Entre canções melancólicas e situações críticas, Luisa vai construindo um novo cenário pelo qual poderá se reinventar. Ao final da experiência, saindo do cinema, muitas canções permanecem ainda na cabeça, quase como um compromisso com aquilo que vimos na tela versus aquilo que carregamos dentro de nós.
Golias
3.6 2Uma boa produção vinda dos Alpes atravessou a Mostra de São Paulo sem fazer muito barulho, mas deixou impactado o espectador que esperava uma trama de superação envolvendo um casal jovem e frágil. Após ser agredida covardemente por um anônimo no metrô, Jessy passa a cobrar do parceiro uma atitude mais dominante no cotidiano. Tomado por um sentimento de impotência, David começa a usar anabolizantes como resposta ao embotamento emocional que o aprisiona. Entre as anilhas da academia e as picadas de esteroides, o jovem começa apresentar um comportamento violento contra Jessy, em um misto de fúria e complexo de inferioridade pouco elaborado. Aos poucos, o casal vai sendo atravessado por uma química virulenta onde amor e ódio caminham juntos no mesmo cenário.
A Canção dos Escorpiões
3.1 2Os filmes folclóricos e atemporais, que bebem na fonte de antigas lendas, geralmente pegam de surpresa o espectador não acostumado. Ao receber o dom que era da avó, Nooran, vivida pela ótima Golshifteh Farahani, passa grande parte da trama caminhando pelo deserto de Thar acolhendo pessoas à beira da morte, ao mesmo tempo que é cortejada por um viajante que deseja desposá-la. A trama ganha força e carisma pelos tons avermelhados do figurino e pela entrega emocional de Farahani, que compõe uma película mística e permeada por imagens de encher os olhos.
Silenzi e Parole
3.0 1Apesar do tom um tanto acadêmico e amador, a ideia do diretor é muito boa e aproximar o sagrado e o profano sempre rende boas imagens e discussões. Confesso que gostei mais da esfera do "silêncio" do que do bloco das "palavras", onde faltou fôlego para o movimento LGBT criar uma maior profundidade. Conferi o título no "Italian Film Festival" lá no Centro Cultural São Paulo, mas vale a pena buscar por um torrent na web, já que o filme não foi distribuído em DVD até o momento.
Atômica
3.6 1,1K Assista AgoraUma empreitada nostálgica e lisérgica de tirar o fôlego! Pode agradar o espectador de diferentes maneiras, tanto pela "personagem icônica" que domina a cena, quanto pelo clima retrô da trama; também pela violência explícita pulsante ou simplesmente pela trilha sonora pop oitentista, digna de ser cultuada em qualquer tribo que se preze!
Corpo Elétrico
3.5 216Nunca a classe operária, a homossexualidade, a questão de gênero e uma "música melô" fizeram tanto sentido como aqui neste mosaico estonteante:
Tira a calça jeans
Bota o fio dental
Morena você
É tão sensual...
Na areia nosso amor
No rádio o nosso som
Tem magia nossa cor
Nossa cor marrom
Marrom bombom...
Marrom bombom
Marrom bombom
Nossa cor marrom...
La Légende de la Palme d'or
3.6 1"E a Palma de Ouro vai para..."Paris, Texas"!!!
(O melhor do DOC é o close na expressão de Wim Wenders)
(Emocionante e imperdível acompanhar cada um dos depoimentos!)
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraUm belo exemplo de como um "vazio existencial" pode virar um buraco negro que engole um elenco de primeira, o bom senso de um diretor veterano e 128 minutos de nossa paz!
Na Vertical
3.2 55Lembra bastante o Cinema de Bruno Dumont, principalmente na primeira parte da trama, mas o diretor ganha força mesmo com o seu jeito inusitado e excêntrico de aproximar os personagens, inserindo toda uma atmosfera queer. Dentro desse espaço, todos estão tateando um lugar ao mundo ou, pelo menos, tentando encontrar algum sentido na apatia dos dias.
Wakaranai: Onde Está Você?
3.8 21"Uma homenagem a meu pai, a Antoine Doinel"...e a todos aqueles que buscam uma conexão com uma raiz mais profunda, seja pela família, seja através da Arte!
O Reencontro
3.7 25 Assista AgoraUma das grandes pérolas do Festival Varilux! É singelo do começo ao fim, apoiando-se nos afetos truncados, nas descobertas e transformações de suas personagens. As "Catherines" se complementam de maneira lúcida e cativante, sem que o brilho de Deneuve encubra o de Frot, resultando em um filme maduro sobre nascer, "arrumar a casa" e partir com dignidade. As metáforas sobre a finitude, ao reaproximar passado e presente, criam uma espécie de amálgama de memórias envolvendo as duas mulheres, arrebatando sem fazer barulho e transbordando sem deixar excessos, exatamente como deve ser encarada a vida.
Embate no Furgão
3.9 42 Assista AgoraO filme mais nervoso da temporada entrou em cartaz e quase ninguém viu! Do começo ao fim você é levado para uma "experiência limite" onde o bom senso e a humanização são colocados à prova, criando a sensação de que o perigo vive sempre à espreita. Imperdível!