Me identifico tanto com a Jules, sei lá, a forma em que se espelha na água do mar, se transformando e regenerando, numa tentativa de sempre fazer sentido à própria vontade e desejo. Saber quem é. Chorei litros nesse especial.
Essa série é visceral demais, principalmente pra mulheres como eu que se afetam facilmente, chorando e sofrendo junto com algum personagem que lhes toquem. A identificação é muito sofrida, e com gatilhos pra quem já sofreu algum tipo de abuso.
Uma cena em especial eu nem quis assistir até o final quando entendi o que iria rolar.
Chorei enquanto assistia o final do ep (não me lembro qual) em que a mãe não aguenta mais de tanta angústia e revolta e sai pela porta de casa gritando e apontando a arma em direção às casas da vizinhança. E mesmo assim não vou nunca sentir como é para uma mulher negra passar por tudo isso.
Para mim, uma sacada muito foda da direção (que acredito eu deva vir da mulher da equipe, que no caso é a Larysa Kondracki) foi a percepção da personagem do pai enquanto desmascarava aquele blackface (que era tipo a personificação do ódio dentro dele consumindo-o cada vez mais, e deixando-o mais cego) dizendo algo como: -"eu não sou como você", -"eu não vou fazer o que você me diz". Sendo que uma das coisas que o blackface insinuava que ele fizesse era matar/abusar da esposa de um dos caras brancos que sacaneou ele, como uma vingança pelo o que aconteceu com sua esposa no passado, pagando na mesma moeda.
Pois isso me faz lembrar de uma passagem do filme sobre a vida de Malcolm X, onde surge esse tipo de frase: "conquistar a mulher branca era como um troféu para aborrecer o homem branco", o que é muito problemático e reflete bastante o machismo, e a idéia da mulher como objeto de desejo e posse de ambos os lados. Entretanto, o mais grave aqui é reconhecer que esse pensamento não deixa de ser uma reação aos crimes do homem branco contra a mulher negra. E por isso achei que foi uma excelente reflexão dentro da série.
No final, cada um deles, incluindo as crianças, superaram seus traumas (ou lavagens cerebrais) mais absurdos, tanto ancestrais quanto atuais, podendo finalmente viver em paz entre eles mesmos, e somente então puderam enfrentar de cabeça erguida as injustiças que ainda iriam continuar acontecendo em suas vidas.
Sobre a existência de produções como essa, fico feliz em ver essas mudanças acontecendo através da percepção de pessoas que antes nem tinham esse espaço e agora podem se expressar e revolucionar o meio, é um passo essencial para a construção de um mundo menos doente.
Obs: Acho que me arrisquei bastante falando disso, então se alguém quiser trocar idéia comigo pode ficar a vontade pra comentar.
Enquanto assistia Evangelion, desde o início eu me punha muito no lugar do Shinji, vivendo suas angústias e medos que sentia, à cada batalha em que se metia dentro do EVA 001 eu sentia por ele. O ep que mais me marcou dentro da narrativa foi quando o EVA 003 foi possuído por um anjo, esse ep me fez quase gritar: -"Chega!!!! Não vão parar??!!! MDS", é uma trama psicológica pra kct, e desde o início percebi isso mergulhando de cabeça pra ver até onde o anime iria me levar, e leva looonge...Porque não é só um anime sobre robôs, não é nem isso, vai muito além. Esse anime é imenso!! Mergulhe em todas as sensações e verá que os robôs, os anjos, campo AT e a instrumentalização humana e tudo mais não passam de alegorias, como toda ficção científica de qualidade. E a "tese de um anjo cruel", que abertura do caralho.
Enfim, acabo de assistir o ep 26, e tô em lágrimas . . . Ver a percepção do Shinji mudando sobre si à medida em que as outras personalidades das pessoas de seu meio se encontram e se unem a ele durante o processo de instrumentalização humana é muito dolorido e emocionante. Isso por que é tudo muito real, o autor de Evangelion trabalha a sua própria dor e expõe as feridas pra gente, dentro de cada um dos personagens tem um pouco do trauma que viveu, e um tanto dele refletindo e quebrando essa barreira ao transformar tudo em arte, é lindo de se ver. Obg Hideaki Anno, e porra, parabéns!!
Amo as cenas de natureza nesse filme, os insetos e flores, tenho guardado os desenhos de observação que fiz de cada uma dessas pausas. Foi o que me prendeu quando assisti pela primeira vez. É tão sensível e forte a forma como é retratada a busca pelos entes queridos que se foram, e sua estreia coincide com o ano em que meu pai deixou este mundo. Vai ficar marcado em mim, já assisti mais de uma vez e ainda choro :') É tão bonita e inesperada a cena em que o Shun dá a sua bênção à Asuna. Acho interessante ele ter escolhido afrontar seu mundo e sair em busca do que é incerto, eles se parecem muito porque ela também gosta de se distanciar do mundo para tocar seu rádio e se conectar com algo distante, explorar. _"Você é como eu, eu também venho aqui porque eu quero". E foi assim que a última música que foi entoada direto do coração de Shun atingiu Asuna, e penso que a bênção dele já estava ali, porque eles mantiveram uma ligação espiritual além da linguagem. Isso eu compreendi após assistir algumas vezes. Tem filmes que demandam tempo e absorção, na verdade, acredito que muitos deles. Esse filme tem que ser assistido de coração aberto. Obs: tenho a suspeita de que o pai de Asuna veio daquele país, como o Shun. Por que, de que outra forma ela teria aquela claves para usar no rádio? E ele faleceu cedo. Mas é só uma suspeita. Asuna é diferente de todos os outros, ela é única <3 *-*
Repostando esse comentário de anos atrás aqui (com uma pequena atualização) porque na primeira vez que o fiz não sabia como usar o marcador de spoiler direito dhsauidhaih No mais, uma boa noite à todes e assistam a essa obra de arte linda demais!!! (=^_^=)
Devo agradecer a essa obra por me fazer sentir em uma nave espacial boiando no espaço durante essa quarentena. Estamos eu e meu namorado passando os dias comendo, dormindo e jogando videogame aqui haha E era uma rotina quase religiosa reencontrar todos os personagens à cada noite e acompanhar suas vidas quase sempre monótonas e tão, enfim, reais. Sinto falta desses fodidos sem eira nem beira, que só tinham uns aos outros além da companhia do próprio tédio.
Obs: Aquele episódio em que a Faye assiste escondida a fita que gravou quando era mais nova para ela mesma dali a 10 anos, pqp, me emocionei muuuitoooo!! Lindo demais ✧・゚💖✧・゚
A relação dela com a mãe me fez me identificar muito pela minha própria relação com a minha mãe. Quando rola alguma falha de linguagem entre as duas ou alguma mágoa a dor é de cortar o coração. Isso me pegou, e a parte da carta também, putz. A escrita é algo com que eu e minha mãe nos identificamos muito, ainda mais quando é vista como solução para a falta de comunicação, como uma redenção.
Fora isso, me identifico com a preferência da Lady Bird em relação às rendas hahah 💕💐°✧☆.°✧
E também achei legal como foram abordados os desencontros tão comuns na vida de qualquer adolescente, que é cheia de expectativas pelo futuro e muitas frustrações. Mas vistos também como uma premissa, pois para cada novo erro/experiência apreendida vem um caminho diferente pela frente. Com o tempo tentamos aprender a fazer as nossas próprias escolhas, em busca de uma singularidade mais próxima de algo que nos deixe a vontade e sentindo-nos em casa, ao invés de querer ser como a pessoa mais "descolada" da escola, por exemplo. Crescer pode ser um processo muito doloroso, e muitas pessoas não têm o privilégio de nascerem numa família realmente acolhedora, cujos alguns dos desafios seja mesmo o de acolher e perdoar os nossos próprios pais, mesmo com todos os seus defeitos, que podem ser muito difíceis de suportar realmente (no caso da mãe dela, essa questão do controle sobre a filha...mais uma semelhança com a minha própria mãe aqui pqp), ao invés de rejeitá-los e culpá-los por tudo que dá errado pra gente. No caso de Lady Bird, ela se sente tão desperdiçada que tenta fazer de tudo em sua vida um grande acontecimento. E foi preciso um grande distanciamento para que ela percebesse o quanto na verdade se sentia pertencida e acolhida naquele lugar tão no meio do nada, porque aquele foi o primeiro mundo que conheceu e que não era tão ruim assim, fez parte do seu crescimento e do seu processo de individuação como ser humano. Acho que só assim ela poderia seguir mesmo em frente, levando o melhor que tirou de cada situação que viveu.
Caramba, e tem gente que diz que sempre se guia pelos comentário do filmow antes de assistir um filme, eu sou o contrário, fujo deles. Mesmo depois de assistir o filme e gostar bastante, como é o caso aqui, ver os comentários sempre me desanima. Acho um desperdício de energia se dar ao trabalho de ler essas "críticas", pois as pessoas é que tem que assistir por si próprias pra saber se gostam ou não, e o que elas tiram de melhor pra si é o que importa no final. Obs: Tenho preguiça demais desses julgamentos pseudo cults que rolam.
Te amo Bridget! ❤ O primeiro é o meu preferido e agora esse também :) Achei bem real todas essas questões que envolvem a maternidade súbita, juntando com os pensamentos da personagem e o jeito desastrado dela que sempre me emocionam~~ kkkkkkkkk Me identifico.
[spoiler] Amo as cenas de natureza nesse filme, os insetos e flores, tenho guardado os desenhos de observação que fiz de cada uma dessas pausas. Foi o que me prendeu quando assisti pela primeira vez. É tão sensível e forte a forma como é retratada a busca pelos entes queridos que se foram. Vai ficar marcado em mim, já assisti mais de uma vez e ainda choro :') É tão bonita e inesperada a cena em que o Shun dá a sua bênção à Asuna. Acho interessante ele ter escolhido afrontar seu mundo e sair em busca do que é incerto, eles se parecem muito porque ela também gosta de se distanciar do mundo para tocar seu rádio e se conectar com algo distante, explorar. _"Você é como eu, eu também venho aqui porque eu quero". E foi assim que a última música que foi entoada direto do coração de Shun atingiu Asuna, e penso que a bênção dele já estava ali, porque eles mantiveram uma ligação espiritual além da linguagem. Isso eu compreendi após assistir algumas vezes. Tem filmes que demandam tempo e absorção, na verdade, acredito que muitos deles. Esse filme tem que ser assistido de coração aberto. Obs: tenho a suspeita de que o pai de Asuna veio daquele país, como o Shun. Por que, de que outra forma ela teria aquela claves para usar no rádio? E ele faleceu cedo. Mas é só uma suspeita. Asuna é diferente de todos os outros, ela é única <3 *-*[spoiler]
Maravilhoso, gratidão por essa obra que me fez refletir mais sobre o livro "Mulheres que correm com os Lobos" (da escritora Clarissa Pinkola Estés) que estou lendo, realmente temos muito em comum com as lobas, e essas características tão sutis são reafirmadas aqui: a proteção, a nutrição, o empenho e a lealdade em relação à família e às crias. O fato de ela não ser uma loba em carne e osso não faz diferença, mas faz refletir muito sobre isso, pois ela não precisa exteriorizar, ela encarna a mãe-loba o tempo inteiro, é isso. Já ouvi sobre, principalmente na hora do parto natural, de mulheres que viram fera e voltam ao estado natural selvagem, lidando com coisas tão diversas. O filme também me fez lembrar disso quando eles decidiram que fariam o parto das crianças em casa. E mesmo sendo uma mãe de primeira viagem e viúva, ela teve força e intuição, criando os filhos de forma livre e independente, para que pudessem decidir realmente quem queriam ser e poder curtir a maternidade e a forma singular de educá-los que ela queria, com segurança. Fora toda a sensibilidade dos encontros, as pessoas da vila que a ajudaram, e a relação tão linda, cheia de apoio e afeto que ela tem com o marido e por tê-lo sentido por perto todo o tempo, e até em sonhos. Amo quando há sonhos retratados assim em filmes, esses sonhos que a gente tem e que são reais, recados de pessoas amadas e que precisamos escutar. É uma simbologia muito bem encarnada, retratar as crianças como sendo crias de lobo assim hahahaha <3 (::
Assisti com muita empolgação, cada cena em que eu sentia que o menino havia crescido e mudado mais um pouco, com diálogos calmos, existencialistas e que não são cansativos ou clichê. Me sinto total a vontade com a linguagem do Linklater, tudo depois de ter me apaixonado por "Before Sunrise" e a sequência, isso sem mencionar Waking Life <3, que é mágico. Esse diretor tem a arte de fazer a gente viver a vida através das cenas, com calma e prazer, ele e Cameron Crowe são meus favoritos, a sua sinceridade e toda a simplicidade é que fazem os seus filmes serem importantes pra mim.
Eu ganhei O Amante da China do Norte num momento casual e me apaixonei pela delicadeza do livro, seu corpo, a criança e sua história, nele ela escreve em terceira pessoa e em O Amante, em primeira <3 É tão real e sincera, faz com que nos sintamos como ela, dentro da história, desse livro que me acompanhou em momentos da vida que me faziam me identificar com ela, com a paixão e o medo, a alegria e plenitude de poder viver e sentir tudo intensamente. The Lover e The Pillow Book são obras preciosas pra mim, sinto-me motivada pela escrita feminina, pela nossa energia sutil, e ainda assim tão violenta... de uma delicadeza absurda.
_as mulheres neste país não têm a liberdade nem de uma puta suja, ou algo assim... essa frase e as cores continuaram martelando perturbadoramente pelo resto da noite.
~~a vida é um teatro experimental~~ "this is a stage somewhere! "
Muitas reflexões, um banho mental sobre masculino e feminino, sensibilidade, intuição, conectividade com o mundo, a natureza e racionalismos. E simbolismos, simbolismos, simbolismos. Silencioso.
Onírico. Gosto desses filmes que me fazem desenhar mais. Doidjo. (não quis escrever textão)
É aquela sensação maravilhosa, como quando encontramos feitos de mulheres que foram omitidos por séculos (sendo a base). Assisti numa tarde, baixei os álbuns e fui andar de bike pelo meu bairro escutando, inspiração demais da conta!! Empolgantee. Uma das bandas do meu coração. Nunca mais excluí do meu mp3, apenas~ hahaha
"[...] E se você estiver realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viagem como uma pista... E se você aceitar todos os que encontrar ao longo desse caminho como professores...E se estiver preparado acima de tudo a enfrentar e perdoar algumas realidades bem difíceis sobre si mesmo. A verdade não será negada a você.” (Física da procura~~)
Euphoria: Fuck Anyone Who’s Not a Sea Blob
4.3 128Me identifico tanto com a Jules, sei lá, a forma em que se espelha na água do mar, se transformando e regenerando, numa tentativa de sempre fazer sentido à própria vontade e desejo. Saber quem é. Chorei litros nesse especial.
Eles (1ª Temporada)
4.1 553 Assista AgoraEssa série é visceral demais, principalmente pra mulheres como eu que se afetam facilmente, chorando e sofrendo junto com algum personagem que lhes toquem. A identificação é muito sofrida, e com gatilhos pra quem já sofreu algum tipo de abuso.
Uma cena em especial eu nem quis assistir até o final quando entendi o que iria rolar.
Chorei enquanto assistia o final do ep (não me lembro qual) em que a mãe não aguenta mais de tanta angústia e revolta e sai pela porta de casa gritando e apontando a arma em direção às casas da vizinhança. E mesmo assim não vou nunca sentir como é para uma mulher negra passar por tudo isso.
Para mim, uma sacada muito foda da direção (que acredito eu deva vir da mulher da equipe, que no caso é a Larysa Kondracki) foi a percepção da personagem do pai enquanto desmascarava aquele blackface (que era tipo a personificação do ódio dentro dele consumindo-o cada vez mais, e deixando-o mais cego) dizendo algo como: -"eu não sou como você", -"eu não vou fazer o que você me diz". Sendo que uma das coisas que o blackface insinuava que ele fizesse era matar/abusar da esposa de um dos caras brancos que sacaneou ele, como uma vingança pelo o que aconteceu com sua esposa no passado, pagando na mesma moeda.
Pois isso me faz lembrar de uma passagem do filme sobre a vida de Malcolm X, onde surge esse tipo de frase: "conquistar a mulher branca era como um troféu para aborrecer o homem branco", o que é muito problemático e reflete bastante o machismo, e a idéia da mulher como objeto de desejo e posse de ambos os lados.
Entretanto, o mais grave aqui é reconhecer que esse pensamento não deixa de ser uma reação aos crimes do homem branco contra a mulher negra. E por isso achei que foi uma excelente reflexão dentro da série.
No final, cada um deles, incluindo as crianças, superaram seus traumas (ou lavagens cerebrais) mais absurdos, tanto ancestrais quanto atuais, podendo finalmente viver em paz entre eles mesmos, e somente então puderam enfrentar de cabeça erguida as injustiças que ainda iriam continuar acontecendo em suas vidas.
Sobre a existência de produções como essa, fico feliz em ver essas mudanças acontecendo através da percepção de pessoas que antes nem tinham esse espaço e agora podem se expressar e revolucionar o meio, é um passo essencial para a construção de um mundo menos doente.
Obs: Acho que me arrisquei bastante falando disso, então se alguém quiser trocar idéia comigo pode ficar a vontade pra comentar.
Lovely Complex
4.5 100Final do Ep 8 me fazendo rir e chorar ao mesmo tempo ಥ_ಥ
Neon Genesis Evangelion
4.5 330 Assista AgoraEnquanto assistia Evangelion, desde o início eu me punha muito no lugar do Shinji, vivendo suas angústias e medos que sentia, à cada batalha em que se metia dentro do EVA 001 eu sentia por ele. O ep que mais me marcou dentro da narrativa foi quando o EVA 003 foi possuído por um anjo, esse ep me fez quase gritar: -"Chega!!!! Não vão parar??!!! MDS", é uma trama psicológica pra kct, e desde o início percebi isso mergulhando de cabeça pra ver até onde o anime iria me levar, e leva looonge...Porque não é só um anime sobre robôs, não é nem isso, vai muito além. Esse anime é imenso!! Mergulhe em todas as sensações e verá que os robôs, os anjos, campo AT e a instrumentalização humana e tudo mais não passam de alegorias, como toda ficção científica de qualidade. E a "tese de um anjo cruel", que abertura do caralho.
Enfim, acabo de assistir o ep 26, e tô em lágrimas . . .
Ver a percepção do Shinji mudando sobre si à medida em que as outras personalidades
das pessoas de seu meio se encontram e se unem a ele durante o processo de instrumentalização humana é muito dolorido e emocionante. Isso por que é tudo muito real, o autor de Evangelion trabalha a sua própria dor e expõe as feridas pra gente, dentro de cada um dos personagens tem um pouco do trauma que viveu, e um tanto dele refletindo e quebrando essa barreira ao transformar tudo em arte, é lindo de se ver. Obg Hideaki Anno, e porra, parabéns!!
Viagem Para Agartha
4.0 158 Assista AgoraAmo as cenas de natureza nesse filme, os insetos e flores, tenho guardado os desenhos de observação que fiz de cada uma dessas pausas. Foi o que me prendeu quando assisti pela primeira vez. É tão sensível e forte a forma como é retratada a busca pelos entes queridos que se foram, e sua estreia coincide com o ano em que meu pai deixou este mundo. Vai ficar marcado em mim, já assisti mais de uma vez e ainda choro :') É tão bonita e inesperada a cena em que o Shun dá a sua bênção à Asuna. Acho interessante ele ter escolhido afrontar seu mundo e sair em busca do que é incerto, eles se parecem muito porque ela também gosta de se distanciar do mundo para tocar seu rádio e se conectar com algo distante, explorar. _"Você é como eu, eu também venho aqui porque eu quero". E foi assim que a última música que foi entoada direto do coração de Shun atingiu Asuna, e penso que a bênção dele já estava ali, porque eles mantiveram uma ligação espiritual além da linguagem. Isso eu compreendi após assistir algumas vezes. Tem filmes que demandam tempo e absorção, na verdade, acredito que muitos deles. Esse filme tem que ser assistido de coração aberto. Obs: tenho a suspeita de que o pai de Asuna veio daquele país, como o Shun. Por que, de que outra forma ela teria aquela claves para usar no rádio? E ele faleceu cedo. Mas é só uma suspeita. Asuna é diferente de todos os outros, ela é única <3 *-*
Repostando esse comentário de anos atrás aqui (com uma pequena atualização) porque na primeira vez que o fiz não sabia como usar o marcador de spoiler direito dhsauidhaih No mais, uma boa noite à todes e assistam a essa obra de arte linda demais!!! (=^_^=)
Cowboy Bebop
4.6 252 Assista AgoraDevo agradecer a essa obra por me fazer sentir em uma nave espacial boiando no espaço durante essa quarentena. Estamos eu e meu namorado passando os dias comendo, dormindo e jogando videogame aqui haha
E era uma rotina quase religiosa reencontrar todos os personagens à cada noite e acompanhar suas vidas quase sempre monótonas e tão, enfim, reais.
Sinto falta desses fodidos sem eira nem beira, que só tinham uns aos outros além da companhia do próprio tédio.
Obs: Aquele episódio em que a Faye assiste escondida a fita que gravou quando era mais nova para ela mesma dali a 10 anos, pqp, me emocionei muuuitoooo!! Lindo demais ✧・゚💖✧・゚
"See you space cowgirl..."
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraA relação dela com a mãe me fez me identificar muito pela minha própria relação com a minha mãe. Quando rola alguma falha de linguagem entre as duas ou alguma mágoa a dor é de cortar o coração. Isso me pegou, e a parte da carta também, putz. A escrita é algo com que eu e minha mãe nos identificamos muito, ainda mais quando é vista como solução para a falta de comunicação, como uma redenção.
Fora isso, me identifico com a preferência da Lady Bird em relação às rendas hahah
💕💐°✧☆.°✧
E também achei legal como foram abordados os desencontros tão comuns na vida de qualquer adolescente, que é cheia de expectativas pelo futuro e muitas frustrações. Mas vistos também como uma premissa, pois para cada novo erro/experiência apreendida vem um caminho diferente pela frente.
Com o tempo tentamos aprender a fazer as nossas próprias escolhas, em busca de uma singularidade mais próxima de algo que nos deixe a vontade e sentindo-nos em casa, ao invés de querer ser como a pessoa mais "descolada" da escola, por exemplo. Crescer pode ser um processo muito doloroso, e muitas pessoas não têm o privilégio de nascerem numa família realmente acolhedora, cujos alguns dos desafios seja mesmo o de acolher e perdoar os nossos próprios pais, mesmo com todos os seus defeitos, que podem ser muito difíceis de suportar realmente (no caso da mãe dela, essa questão do controle sobre a filha...mais uma semelhança com a minha própria mãe aqui pqp), ao invés de rejeitá-los e culpá-los por tudo que dá errado pra gente.
No caso de Lady Bird, ela se sente tão desperdiçada que tenta fazer de tudo em sua vida um grande acontecimento. E foi preciso um grande distanciamento para que ela percebesse o quanto na verdade se sentia pertencida e acolhida naquele lugar tão no meio do nada, porque aquele foi o primeiro mundo que conheceu e que não era tão ruim assim, fez parte do seu crescimento e do seu processo de individuação como ser humano. Acho que só assim ela poderia seguir mesmo em frente, levando o melhor que tirou de cada situação que viveu.
Foi o que eu levei desse filme 🌼°✧
Olhos de Gato
3.5 98 Assista AgoraCaramba, e tem gente que diz que sempre se guia pelos comentário do filmow antes de assistir um filme, eu sou o contrário, fujo deles.
Mesmo depois de assistir o filme e gostar bastante, como é o caso aqui, ver os comentários sempre me desanima.
Acho um desperdício de energia se dar ao trabalho de ler essas "críticas", pois as pessoas é que tem que assistir por si próprias pra saber se gostam ou não, e o que elas tiram de melhor pra si é o que importa no final.
Obs: Tenho preguiça demais desses julgamentos pseudo cults que rolam.
Sailor Moon - Filme 1: A Promessa da Rosa
4.0 22 Assista AgoraÉ incrível como essas mulheres conseguem me fazer chorar tanto e me sentir renovada ao mesmo tempo!! ♡💖ღ☽ ☾✧・゚:*
O Bebê de Bridget Jones
3.5 553 Assista AgoraTe amo Bridget! ❤
O primeiro é o meu preferido e agora esse também :)
Achei bem real todas essas questões que envolvem a maternidade súbita, juntando com os pensamentos da personagem e o jeito desastrado dela que sempre me emocionam~~ kkkkkkkkk
Me identifico.
Amores Expressos
4.2 357 Assista AgoraTrilha perfeita com cover de The Cranberries e Cocteau Twinsssssss~~
E Faye Wong maravilhosa!!! aaaaaaaaaaaaaaa ❥~*-*
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista Agorasan junipero é um amorzinho, amei as cores, a história e a trilha ❤
Viagem Para Agartha
4.0 158 Assista Agora[spoiler] Amo as cenas de natureza nesse filme, os insetos e flores, tenho guardado os desenhos de observação que fiz de cada uma dessas pausas. Foi o que me prendeu quando assisti pela primeira vez. É tão sensível e forte a forma como é retratada a busca pelos entes queridos que se foram. Vai ficar marcado em mim, já assisti mais de uma vez e ainda choro :') É tão bonita e inesperada a cena em que o Shun dá a sua bênção à Asuna. Acho interessante ele ter escolhido afrontar seu mundo e sair em busca do que é incerto, eles se parecem muito porque ela também gosta de se distanciar do mundo para tocar seu rádio e se conectar com algo distante, explorar. _"Você é como eu, eu também venho aqui porque eu quero". E foi assim que a última música que foi entoada direto do coração de Shun atingiu Asuna, e penso que a bênção dele já estava ali, porque eles mantiveram uma ligação espiritual além da linguagem. Isso eu compreendi após assistir algumas vezes. Tem filmes que demandam tempo e absorção, na verdade, acredito que muitos deles. Esse filme tem que ser assistido de coração aberto. Obs: tenho a suspeita de que o pai de Asuna veio daquele país, como o Shun. Por que, de que outra forma ela teria aquela claves para usar no rádio? E ele faleceu cedo. Mas é só uma suspeita. Asuna é diferente de todos os outros, ela é única <3 *-*[spoiler]
Memórias de Matsuko
4.3 49nande?
(何で)
Crianças Lobo
4.4 339Maravilhoso, gratidão por essa obra que me fez refletir mais sobre o livro "Mulheres que correm com os Lobos" (da escritora Clarissa Pinkola Estés) que estou lendo, realmente temos muito em comum com as lobas, e essas características tão sutis são reafirmadas aqui: a proteção, a nutrição, o empenho e a lealdade em relação à família e às crias.
O fato de ela não ser uma loba em carne e osso não faz diferença, mas faz refletir muito sobre isso, pois ela não precisa exteriorizar, ela encarna a mãe-loba o tempo inteiro, é isso. Já ouvi sobre, principalmente na hora do parto natural, de mulheres que viram fera e voltam ao estado natural selvagem, lidando com coisas tão diversas. O filme também me fez lembrar disso quando eles decidiram que fariam o parto das crianças em casa. E mesmo sendo uma mãe de primeira viagem e viúva, ela teve força e intuição, criando os filhos de forma livre e independente, para que pudessem decidir realmente quem queriam ser e poder curtir a maternidade e a forma singular de educá-los que ela queria, com segurança. Fora toda a sensibilidade dos encontros, as pessoas da vila que a ajudaram, e a relação tão linda, cheia de apoio e afeto que ela tem com o marido e por tê-lo sentido por perto todo o tempo, e até em sonhos. Amo quando há sonhos retratados assim em filmes, esses sonhos que a gente tem e que são reais, recados de pessoas amadas e que precisamos escutar.
É uma simbologia muito bem encarnada, retratar as crianças como sendo crias de lobo assim hahahaha <3 (::
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraAssisti com muita empolgação, cada cena em que eu sentia que o menino havia crescido e mudado mais um pouco, com diálogos calmos, existencialistas e que não são cansativos ou clichê. Me sinto total a vontade com a linguagem do Linklater, tudo depois de ter me apaixonado por "Before Sunrise" e a sequência, isso sem mencionar Waking Life <3, que é mágico. Esse diretor tem a arte de fazer a gente viver a vida através das cenas, com calma e prazer, ele e Cameron Crowe são meus favoritos, a sua sinceridade e toda a simplicidade é que fazem os seus filmes serem importantes pra mim.
O Amante
3.8 149Marguerite Duras me inspira demais!
Eu ganhei O Amante da China do Norte num momento casual e me apaixonei pela delicadeza do livro, seu corpo, a criança e sua história, nele ela escreve em terceira pessoa e em O Amante, em primeira <3
É tão real e sincera, faz com que nos sintamos como ela, dentro da história, desse livro que me acompanhou em momentos da vida que me faziam me identificar com ela, com a paixão e o medo, a alegria e plenitude de poder viver e sentir tudo intensamente.
The Lover e The Pillow Book são obras preciosas pra mim, sinto-me motivada pela
escrita feminina, pela nossa energia sutil, e ainda assim tão violenta... de uma delicadeza absurda.
Anti-Porno
3.4 60 Assista Agora_as mulheres neste país não têm a liberdade nem de uma puta suja, ou algo assim...
essa frase e as cores continuaram martelando perturbadoramente pelo resto da noite.
~~a vida é um teatro experimental~~
"this is a stage somewhere! "
Turista Espacial
4.3 236Um dos filmes mais maravilhosos do mundo inteiro ♡
England Is Mine
3.0 44 Assista AgoraA minha cena preferida foi a dele na balada com fone de ouvido, na luz vermelha, essa cena me representa.
Morrissey <3
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 128Muitas reflexões, um banho mental sobre masculino e feminino, sensibilidade, intuição, conectividade com o mundo, a natureza e racionalismos. E simbolismos, simbolismos, simbolismos. Silencioso.
Onírico.
Gosto desses filmes que me fazem desenhar mais. Doidjo.
(não quis escrever textão)
A Band Called Death
4.2 8É aquela sensação maravilhosa, como quando encontramos feitos de mulheres que foram omitidos por séculos (sendo a base). Assisti numa tarde, baixei os álbuns e fui andar de bike pelo meu bairro escutando, inspiração demais da conta!! Empolgantee. Uma das bandas do meu coração.
Nunca mais excluí do meu mp3, apenas~ hahaha
Comer Rezar Amar
3.3 2,3K Assista Agora"[...] E se você estiver realmente disposto a considerar tudo o que acontecer com você nessa viagem como uma pista... E se você aceitar todos os que encontrar ao longo desse caminho como professores...E se estiver preparado acima de tudo a enfrentar e perdoar algumas realidades bem difíceis sobre si mesmo. A verdade não será negada a você.”
(Física da procura~~)
John e Yoko: Uma História de Amor
3.3 10"[...] she asked me to stay and she told me to sit anywhere
so I looked around and I noticed there wasn't a chair"