Estou completamente cansada desses filmes da Pixar com lições sobre a minha vida, está ficando brega e previsível. Ao mesmo tempo, é um belíssimo filme, muito divertido, gostoso de assistir, as músicas são muito divertidas (não falamos do bruno, não não não, não falamos do brunoooo; Bruno é o verdadeiro protagonista dessa história). E admito que me arrancou algumas lágrimas na resolução dos conflitos.
Ultimamente tenho sentido uma certa aversão por filmes de guerra, acredito que é um tema muito explorado no cinema - especialmente em Hollywood - e, geralmente, de maneiras superficiais e cheias de heroísmo. Porém, esse não foi o caso. Por ser um filme além de Hollywood, preza por uma narrativa completamente diferente, mesmo a condução dos acontecimentos tem um toque diferente, mesmo lembrando a maioria dos filmes de guerra. A fotografia é belíssima, tem ótimos momentos para se explorar os ambientes - como a cena da névoa -, além de entregar muita emoção também, sem necessariamente ter um personagem explicando algo. Além disso, tem o toda uma questão de ponto de vista. Aqui somos capazes de acompanhar o envolvimento da Letônia na Guerra e como ela foi afetada por tamanha atrocidade, assim como pelo Império Russo e o que isso representou para a nação. Muitíssimo interessante essa parte da história que pouco conhecemos. A cena final é belíssima, o auge da inspiração nesse filme.
Me envolvi tanto com essa narrativa, quase me senti parte do drama dessa família. Belíssimo, simples e muito, muito poderoso. Tratando de temas complicados e complexos, como o que constitui uma família, o que seria uma família perfeita; além de falar sobre morte tanto para quem está próximo de abraçá-la, quanto para quem vai ter de viver com a ausência. Tem uma fotografia linda, muito momentos de silêncio e atitudes fofas, onde percebemos a real conexão entre os personagens (para quê coisa mais fofa e sincera do que o garotinho copiando as tatuagens do pai?). Ao final, me encontrei em prantos de tristeza, mas também de esperança.
Logo depois de assistir dei uma estrela e meia, mas agora repensando percebo que fui até generosa tendo em vista que aconteceu um total de 0 coisas durante todo o filme. Nada, nada aconteceu. E pior ainda, o filme não consegue se decidir se é um found footage ou uma filmagem comum; em diversos momentos eles ficam tentando forçar uma filmagem diferente, uma mixagem de som, quando a gente sabe que só tem uma pessoa para fazer tudo aquilo; se vai tentar me enganar, pelo menos faz direito. Ainda tecnicamente, não tem um susto que preste, que ao menos dê um susto de fato durante a trama... não! Tudo é superficial, preguiçoso, se apoiando completamente na sensação de isolamento da comunidade. Quando se trata da trama, nossa senhora, nada é bem feito. Tudo é jogado e de maneira tão... nem sei dizer em palavras, porque não tem uma trama. É algo muito simples, que o filme arrastada por mais de uma hora, para entregar câmera tremida com bicho feio correndo atrás dos personagens por meros 20 minutos. E ainda é mal feito, porque tem cenas em que o possuído está a um passo de chegar perto do personagem, a câmera foca do lado e quando volta pro ângulo anterior o possuído ainda está quase que na mesma posição, parece até que ele parou e resolveu descansar, enquanto a câmera não tava focando nele - quem vê close, não vê corre; deve ter parado de correr pra tomar uma aguinha.
Aplausos de 10 minutos, de pé, com direito a gritos e pulos, pois: simplesmente fantástico! O legado foi respeitado, continuado e estabelecido para todo o sempre.
Ao assistir o trailer ainda não tinha entendido qual seria o comentário principal desse filme, pois sabemos que a tradição de Pânico é mexer com a metalinguagem do cinema de horror, mas logo que a trama se estabeleceu e foi revelado o comentário fiquei tão feliz! Foi muito interessante falar sobre continuações que não se declaram como tais (o que eu mesma ainda não tinha notado, mas Scream 2022 não se chamou Scream 5), é claro que Pânico fez isso de maneira eficiente e sensata, respeitando o legado que Wes Craven construiu e adicionando mais à saga. Tudo nesse filme foi tão divertido, nem senti o tempo passar, foram tantas inversões de expectativas, homenagens aos personagens originais e situações anteriores sendo revividas. Há muito tempo eu não ficava tão feliz com uma continuação (por mais que eu goste de Halloween 2018, não tenho apego emocional pela franquia, como tenho por Scream). Gostei bastante dos novos personagens, eles são esquisitos, dignos de suspeitas, ao mesmo tempo que todos são tão estranhos que nem parece que alguém ali é de fato um suspeito (mas sabemos que todos são); além disso, achei todos muito simpáticos, ou o suficiente para que eu me importasse com suas vidas e claro desapego, mas já sabemos que seria assim, pois… jovens. No dia que eles levarem as coisas a sério, o mundo vira o Paraíso. É até engraçado como eles estão sempre se dando regrinhas, lembrando o que pode ou não pode em filmes de terror e mesmo assim, não conseguem seguir os próprios conselhos! Cada decisão nesse roteiro é acertada, cada ação é justificada pelas regras que já conhecemos - ao mesmo tempo, é válido ressaltar que às vezes as ações são fracas, embora a justificativa esteja presente, parece um pouco fraco; mas nunca se pode dizer que é uma ideia retirada do c*. Outro acerto incrível dessa obra é a sanguinolência. Minha gente, é muito sangue. Litros, para todos os lados, respeito absoluto pela brutalidade que se tem na figura de Ghostface. E eu gosto disso! Uma coisa que sempre me assombrou em Pânico é como qualquer pessoa pode ser um assassino mascarado e por isso mesmo não há limites para o que essa figura pode fazer - quando se fala se matar, claro. Aqui não foi diferente. Ghostface não tem pena de ninguém e esse roteiro muito menos, 100% focados naquela famosa frase de Hermanoteu na Terra de Godah: MATA TODO MUNDO!!!! Pena? Não temos. Ah, mas esse personagem é legal. NÃO ESTAMOS NEM AÍ. E é bom, menine. Porque simplesmente não existe porto seguro, é ótimo. As sequências de perseguição também são ótimas, o modo como os diretores nos enganam em vários momentos também é divertido. Infelizmente, esse filme peca na motivação. Embora eu entenda o resgate e o saudosismo, ainda me pareceu fraco e desleixado. Se pensar muito, vai perdendo a graça, mas como as cenas finais são ótimas (eu achei, né) não me liguei muito nisso. De qualquer maneira, Wes Craven estaria muito feliz com o que foi construído aqui. Sou completamente a favor de Hollywood jogar dinheiro nos projetos da galerota de Ready or Not. For Wes Craven.
A morte da xerife foi tão óbvia pra mim, que me chocou completamente que o filho dela também tenha sido morto. Pelo andar da carruagem, eu estava esperando que ele seria o primeiro a encontrar a mãe na rua; morreu sem nem saber. Coitado. A ideia da primeira vítima não ser morta, também foi muito bom! Foi uma ótima inversão das ideias. Assim, como os gêmeos, sobrinhos de Randy, sobreviverem ao seu primeiro massacre é uma ótima homenagem. A cena da morte do Dewey já dava para ver de longe. A motivação para a sua volta estava correta (sabemos que tem de atirar na cabeça), mas como um amigo falou, ele estava indo embora, pareceu que estava se entregando à morte. É verdade. Sabemos que Dewey era o menino de ouro, a pessoa que estava sempre pronta para ajudar, então é compreensível que ele volte à ativa, que ele tente salvar a protagonista, que ele volte para atirar na cabeça (motivação fraca, mas seguindo as regras do horror e da moralidade do personagem). Chorei bastante nessa cena, fiquei muito triste. Sabia? Sim, eu sabia. Mas chorei mesmo assim.
Esse me foi um filme bem interessante, durante todo o desenvolvimento estive super conectada com a trama, focada nos acontecimentos e tentando desvendar os mistérios que envolviam a personagem e a morte de seu marido; porém, devo fazer um mea culpa, pois ao me envolver demais, me perdi da trama e passei a ir muito mais longe do que o roteiro queria comunicar. Assim, quando chegou a revelação final foi aquém do que eu esperava, teorizava e isso, infelizmente, me decepcionou. Claro que não é culpa do filme, de forma alguma. Afinal, a resposta sempre esteve lá, eu que não dei atenção e preferi avançar por caminhos mais mirabolantes. A direção foi muito boa, cada pequeno surto da protagonista foi perfeitamente conduzido, conforme ela investiga e tinha aqueles apagões, muito bons. A sequência de terror final foi maravilhosamente feita, se aproveitando das sombras da casa e dos movimentos espelhados. E a Rebecca Hall, como sempre, entregando ótimas atuações, (adoro como ela já tem uma carinha de quem surta por tão pouco), carregando o filme sozinha e de maneira magnífica.
Como já disse antes, se eu tivesse dado mais atenção ao bilhete e menos aos acontecimentos da casa e outras ideias de investigação, minha imaginação não teria ido tão longe e teria apreciado muito mais a perspectiva de um "nada" à espera de uma vítima. Não é um final ruim, na verdade é muito interessante que o Nada seja um personagem, alguém que deseja a alma da protagonista a qualquer custo.
Samara Weaving é quase um alerta (pessoal) de filme de qualidade duvidosa, a mulher está em todas! Eu nem sabia que ela estava no filme, mas quando apareceu caiu o certificado na hora.
Snake Eyes tem muitos pecados e o maior deles é ter um coadjuvante mais interessante, divertido, profundo - em atuação, tanto quanto o roteiro podia oferecer, claro - e com dilemas éticos mais interessantes do que o seu protagonista. O que só serviu para me irritar mais ainda com o final recebido por ele; não que eu não soubesse o que estava por vir, conheço a história dos outros filmes, apenas acho que aqui ela foi mal conduzida e desperdiçada em sentimentos rasos e fracos. A jornada do Snake Eyes é muito óbvia e isso não é um problema, ao mesmo tempo não há nada de realmente engajante que nos faça gostar dele, nem mesmo o carisma de Henry Golding é suficiente para segurar o personagem, o que é muito irônico visto que nos outros filmes, quando nem mesmo podíamos ver o rosto do personagem ele parecia muito mais divertido e legal. Além disso, inseriram o recurso narrativo mais pobre da década - ou de muitas décadas -, com um interesse amoroso que duvida da personalidade do herói, ao mesmo tempo que morre de amores por ele. Pobre e preguiçoso. E ainda por cima com um casal sem nenhuma química, mais travados que sei lá o quê. Samara faz o que pode com as linhas de diálogo que deram à ela, Úrsula Corberó está até bem como Baronesa. Em termos de história, não tem muito o que dizer. Inseriram contextos mágicos e… ai que preguiça, sabe?! Consigo lidar com nanotecnologia e afins que beiram magia, mas mantém um pézinho na realidade, mas a pedra mágica foi demais. A ação aqui também é um pouco desperdiçada, a primeira sequência no galpão é até legal de ver, mas depois as coisas vão decaindo de um jeito que beira o ridículo.
Esse foi tão ruim, mas tão ruim que continuou ruim mesmo. Provavelmente, a ideia inicial era comentar sobre como a tecnologia permitiu que aquelas pessoas chegassem naquele nível. Tirando as mortes, que foram bem inventivas e interessantes, o filme é bem qualquer coisa. Não se aprofunda em nenhum dos teus temas iniciais, não faz comentários de fato interessantes. E isso poderia não ser um problema, SE TUDO NÃO ESTIVESSE SENDO CONVERSADO JUSTAMENTE PARA CUTUCAR ESSAS COISAS.
Pensando de forma mais superficial, é um bom slasher? Acho que não se encaixa nessa categoria, pois há vítimas certeiras. Então, vamos apenas dizer que o terror é interessante e a cena final de perseguição também é boa, com ressalvas (tipo procurar sinal de celular em campo aberto, sabendo que tem um assassino prestes a te pegar). O plot twist é minimamente interessante e bem feito até.
Shyamalan se especializou em fazer filmes de qualidade duvidosa e isso não é uma crítica negativa. É ruim sim, mas é igualmente bom e envolvente. O lance é que: tem horas que não dá. Se são os detalhes que fazem a diferença, é exatamente neles que o diretor peca; são as pequenas coisas que simplesmente me retiram da trama. Mas tudo bem, sem colocar os bois na frente da carroça. Shyamalan entregou um bom filme, não o melhor do ano, definitivamente não é o pior também. Eu gosto do modo como os personagens são apresentados, como a gente vê o drama de todos que estão por ali e de cara já notamos alguns dos probleminhas nas outras famílias; ao mesmo tempo, eu demorei muito para entender a dinâmica da família principal, me pareceu um pouco que tentaram esconder para aproveitar posteriormente no fator choque - em determinadas cenas na praia e também alguns diálogos que surgem depois entre os envolvidos e servem tanto para esclarecer a situação inicial do casal, como para amadurecimento de determinado personagem. Além disso, eu sei que o fato de as cenas iniciais da praia tentarem esconder quão velho os personagens estão ficando irritou algumas pessoas, mas eu achei tão divertido, eu não iria me chocar claro, nem me surpreender, mas é bom para checar a reação dos outros personagens, como eles ficam incrédulos com o que estão vendo e não conseguem acreditar na palavra das crianças - especialmente elas, pois há uma discussão de porque o envelhecimento delas é mais visível do que nos adultos. A história, no entanto, é um típico desenvolvimento Shyamalan: começou bom e no final ele foi lá estragar. Todas as cenas da praia são boas, o terror envolvendo o envelhecimento absurdo dos personagens, mas também como eles estão lidando com isso. E então vem o final e é um trem descarrilhado, atropelando todo mundo com um monte de informações das quais poderíamos viver muito bem sem. Toda a trama funcionou até aquele momento sem nenhuma justificativa para o que era a praia, mesmo assim acharam que isso era necessário e estraga tanto o filme, tanto que dói. Retirando tudo isso, o filme é bem divertido, as cenas de violência são interessantes, destaque para a morte por tétano.
Porém, nem tudo é flores e nossa senhora, o que é aquela moça que era bebezinha discursando sobre como eles nunca vão viver para ter momentos memoráveis, como eles nunca vão ter um baile de formatura. Como ela sabe o que é um baile de formatura, pelo amor de deus???? Sei que isso é minúsculo, mas assim que eu ouvi gastei os minutos seguintes apenas pensando nisso e me tirou da trama. E o final né, tem ele. Shyamalan só faltou olhar para a câmera e dizer e agora, galera, eu vou explicar bonitinho para vocês tudo que está acontecendo aqui, se liga. Por mim cortava do pseudo afogamento para eles entregando uma cartinha para o moleque da ilha, ou com eles entregando o caderno para a polícia. E ACABOU MEU AMOR! IT'S A WRAP.
Foi tão lindo, tudo foi preparado com tanto cuidado, a cena que eles recebem as cartas, a cena do Salão Comunal, é tão bom quando a gente vê que todo mundo envolvido tem tanto carinho pelo que está fazendo, de todas as partes, quem está na frente e quem está por trás das câmeras. Adorei a interação do Dan com os outros, especialmente com o Gary Oldman, foi uma relação tão importante nos filmes e ver eles dois interagindo na vida real foi tão bom. Também amei a interação dele com a HBC, foi hilário. Eu senti tantas saudades dessa saga, embora esteja pronta para que ela possa viver na minha memória e sonhos, vê-los juntos novamente foi bom demais, aquece o coração e é bonitinho demais. Infelizmente, a JK segue manchando a reputação do universo que ela criou e o documentário acertou demais em excluir ela, ao máximo, da narrativa. E uma última coisa: foi muita sacanagem chamar o Ian Hart para dizer 4 palavras em 3 segundos, no finalzinho do documentário, tão rápido que nem deu tempo de ler o card com o nome dele kkkkkkk
Certamente não foi a minha produção favorita de 2021, mas foi bem divertido. A sátira aqui é tão realista que chega a ser assustadora, obviamente comparando com a pandemia de COVID-19, embora esse não fosse o objetivo inicial - ou final. E apesar de ter me divertido bastante, me pareceu que algo estava faltando; ainda não sei exatamente o que foi, mas duas coisas sou capaz de citar. A primeira é que, para mim, ficou faltando informação, talvez seja um erro meu fazer essa comparação, mas com os outros filmes de McKay sempre houve uma quantidade absurda de informação que ajudaram a mover a trama e aqui eu sinto que faltou. Ao mesmo tempo que entendo, um pouco, que isso foi necessário para a trama visto que JLaw é completamente cortada da trama principal (por ser bocuda, e com razão) e tudo que a gente acompanha é o DiCaprio/Iamarino se tornando um marionete e quando as informações, ciência e blablabla voltam a fazer parte da pauta, não há mais profundidade no assunto, o filme já assumiu outro tom e não volta mais para o que estava ocorrendo no início, com as piadinhas da matemática e afins. E a outra coisa é que me pareceu que o McKay estava novamente indo pelos caminhos espertinhos de A Grande Aposta, nesse filme com as cartelas, a pausa para explicar instituições existentes na nossa realidade e na do filme e que foi divertido e depois é completamente esquecida no filme, não há mais o uso do recurso. No entanto, dou créditos extras pelas cenas que aconteceram no estúdio de televisão, com os recursos de usar a câmera do estúdio e a ótica do filme, foi inteligente e garantiu ótimos momentos. De qualquer maneira, eu passei muito mais tempo simpatizando com a JLawrence, sendo a única pessoa ciente do perigo e surtando que ninguém estava ligando para isso.
Eu não sei se sou burra ou se o plano da Alemanha não fazia sentido, por que causa, motivo ou razão o país iria raptar estudantes que estavam colocadas lá justamente para aprender o máximo possível e terminar servindo ao regime nazista?! Elas não iriam para casa de qualquer maneira? Desculpe, mas não entendi uma grama do assunto. Também não entendi porque as meninas deveriam morrer, caso o plano desse errado, e muito menos como a professora pretendia matar todas com 1 arma e meia dúzia de balas.
Não sei se porque eu sou lerda, ou se o roteiro estava um tanto bagunçado, mas eu demorei muito pra entender qual era o plot da Killing Eve (vou chamar ela assim, porque eu não decorei o nome da personagem e não sei o da atriz). Sobre o Joe Keery, achei ele um ótimo personagem e por isso queria mais tempo de tela dele, do que a Killing Eve - sendo honesta. Falando do Guy, é o Reynolds sendo o Reynolds e ele é o ótimo nisso, então é bem divertido tudo que ele faz e fala e como ele reage às situações; desde bobagens, como dizer olá pro peixinho, até algo mais uau quando eles meio que quebram a quarta parede e ele fica "com quem você tá falando?". Falando do enredo, achei muitíssimo divertido, sendo a minha parte favorita quando ele estava subindo de nível e se esforçando pra chegar no mesmo nível da Killing Eve; ao mesmo tempo, eu tenho um problema gigantesco com isso.
No momento em que ele ganha os óculos, o Keery e o Pitch Perfect (o coelho tá nos troubles, então kkkkk) vão atrás dele, pensando que é um hacker fingindo ser um NPC, só que quando o Guy vai embora (morre atropelado), eles desistem de procurar por ele. Se fosse um hacker, ele ainda teria como conseguir a skin, correto? E depois disso, o Guy não só sobe de nível, como fica famoso entre os jogadores reais e eles (Keery e Pitch Perfect) só vão descobrir muito depois. Os caras são absolutamente incompetentes no próprio trabalho, como isso é aceitável?
Claro, que eu tô sendo muitíssimo chata, porque no final das contas eu me diverti muito durante a rodagem. De qualquer maneira, depois que eu entendi melhor a relação do Keery com a Killing Eve, o enredo foi bem mais fácil de entender e seguir em frente, com um objetivo de fato. Nem vou entrar no lance da Killing Eve com o Guy, porque foi tedioso todo aquele blábláblá, embora tenha servido muito bem para aquilo que seria o verdadeiro romance (que inclusive eu jurei que o fato de a Killing Eve invadir o apartamento do Joe, era porque eles já tinham algo antes - sei lá, me pareceu um nível de intimidade muito grande, e nem era). Outra coisa que me irritou foi a referência final do lightsaber, a do escudo foi tão espertinha, era só o Chris Evans chocado, mas a do lightsaber foi tedioso com 8273728 personagens dizendo a mesma coisa, gente, eu não sou burra. Eu sei o que é isso E EU ESTOU VENDO! São pequenas coisas, claro, diante de tudo que o filme apresentou, mas me irritaram um pouco. Tirando isso, foi divertido e eu ri bastante com o Reynolds, o que acho que era o objetivo.
Obs.: Senti muita falta da violência gráfica, eu sei que a Disney reeditou o filme para diminuir a classificação indicativa e foi uma pena porque com a proposta original funcionaria muito melhor. Daria até um maior contraste entre o jogo Free City e o código original do jogo. Também adorei a saída pro Guy já ter visto o bug do jogo. Bem simples, mas eficaz.
Eu nem sei como começar essa review, porque foi uma das coisas mais horríveis que eu já vi (só não entrou no meu piores do ano, porque eu vi muita tranqueira e esse aqui fez o mínimo). Esse enredo não faz nenhum sentido, ele se apoia completamente em deus ex-machina para iniciar a trama principal; uma coisa é você se apoiar nisso para finalizar um evento, é possível que a gente ignore, mas é pedir demais que o telespectador acredite que tudo aquilo estava programado para acontecer, com aquelas pessoas específicas, quando os planos originais da protagonista eram completamente diferentes. As armadilhas também achei bem falhas, preguiçosas, faltou uma criatividade, esse negócio também de que tinha uma história por trás das armadilhas foi um plot twist bem aleatório, ainda mais quando só funciona de acordo com um dos finais preparados para a história. Dito isso, eu assisti a versão feita para o streaming e pelo que vi ela é ligeiramente mais coerente com as armadilhas do que aquela que foi colocada no cinema; o que, de maneira alguma, quer dizer que é um bom final. É plot twist atrás de outro e feito de graça, apenas pelo fator de choque - que de chocante, não tem nada. Também não gostei de nenhum dos novos personagens e nem desgostei, foi um verdadeiro tanto faz, o que é uma pena, porque o primeiro tinha personagens interessantes, especialmente pois cada um já tinha um background e isso acrescentava na história e em como eles iriam reagir a cada uma das salas.
Achei uma coisa tão preguiçosa esse lance todo da Isabelle Fuhrman, estava um pouco na cara que ela seria a grande vilã e não a senhora salvadora de tudo. Além disso, é inaceitável que ele tenha criado uma sala para manter a filha presa e NÃO SAIBA A SENHA DA SALA??? Como isso é possível?!
Estou cada vez mais próxima do humor britânico, sinto que serei uma idosa muito chata. Demorei um pouco para pegar a narrativa, e assim como a policial estou até agora tentando entender, de fato, a ordem dos fatos; mas, isso foi o de menos. Tudo foi tão legal e divertido, os diálogos curtos e rápidos me prenderam demais. Eu ri e fiquei com um sorriso no rosto o filme inteiro.
James Wan entregando apenas o melhor filme do ano. Infelizmente, assisti já sabendo todo o enredo do filme e isso me gerou uma experiência diferente da que eu teria se não soubesse, mas nenhum pouco menos empolgante, porque eu fiquei por muito tempo impressionada com a técnica do Wan, com a montagem de cenários e a troca deles, a própria história que vai te dando dicas descaradas (mas que certamente se eu não soubesse, lerda como sou, não adivinharia o plot twist). E foi muito divertido! Tudo foi magnífico. Até o andar do Gabriel é genial, me deixou super AI MEU DEUS que incrível. Foi esperto da parte do Wan iniciar a narrativa como um giallo e ao final entregar uma trasheira bem executada, com ótimos efeitos e digna de figurar na lista de melhores cenas com super poderes.
A minha única reclamação é: como a Maddy só teve 1 corte de cabelo a vida inteira? Isso é completamente inverossímil!
Depois de uma hora eu já estava rezando para acabar e quando fui olhar o tempo, ainda estava muito muito longe de acabar. Não funcionou pra mim, de maneira alguma; parece uma boa ideia, mas mal executada ou como se as pessoas envolvidas não estivessem de fato acreditando no que estavam fazendo. Quando enfim acabou eu já estava destruída.
Eu vou ser bem sincera e dizer que só entendi quando o Cage gritou "testículoooos" e mais nada. Sem brincadeira, não entendi o universo, a história. Nadinha. Mas a luta de espadas/armas de fogo foi divertida.
É um filme bonitinho, pela ambientação e senso de magia - embora não tenha - me lembrou a série Merlin, então curti bastante a trama, derramei algumas lágrimas ao final. Não é uma obra prima do cinema, mas é algo que você pode ver mais de uma vez naqueles dias que você não quer fazer mais nada, apenas relaxar. Daisy Ridley é muito linda né? Ela empresta uma energia e carisma para a personagem que aquece o coração.
Sinceramente, nem sei por onde ou como começar, mas pensei em algo que é mais ou menos assim: EITA CARAI AAAAAAAAAAAA EU NÃO TO BEM NÃO CEBOLINHA AAAAAAAAaaaAAAAAAaa a a :)
Esse filme realmente é um fan service descarado, mas a prova de que a Marvel não erra (quando erra a gente finge, pfvr), porque mesmo em algo que poderia dar muito errado, eles conseguiram entregar uma história divertida, engajante e que entregou toda a evolução que há tempos uma parte dos espectadores estavam exigindo. O roteiro é muito bom, tem pequenas falhas claro, facilitações que a gente sabe que só acontecem porque são necessárias para a trama fluir, mas como são coisas pequenas e minimamente plausíveis, a gente deixa passar e não afeta tanto assim na suspensão da descrença. Além de entregar uma história de amadurecimento para o Peter Parker, bem conduzida e amarradinha, colocando tudo aquilo é necessário para o amadurecimento de um Homem-Aranha, mostrando como o Peter reage a isso e como ele aprende a lidar.
E é tão bom quando você percebe que o ponto de amadurecimento de um Aranha é (sempre) a perda de alguém importante para eles; cada qual com a sua perda, mas todos lidando de maneiras parecidas, o que só me fez amar mais ainda todas as vezes que a frase a gente é assim foi dita, tanto por dar um senso de família para os Aranhas, como um conforto de entendimento real pelo que o Peter/Holland estava passando, pois os outros também passaram por isso.
As cenas de ação são maravilhosas, aquela sequência do Aranha x Strange na dimensão espelhada é uma coisa muito bonita, bem feita e muitas outras cenas também são ótimas, especialmente a ação final, considerando que tinham muitos vilões a serem trabalhados, a coordenação da luta é impecável.
E isso conta, claro, até mesmo a bagunça dos 3 Aranhas, tentando entender o que cada um está fazendo, ao mesmo tempo que eles lutavam cada qual do seu jeito. O que também foi MARAVILHOSO para mostrar o senso de liderança do Peter/Holland, por já ter trabalhado em equipe, para que eles pudessem conversar em suas ações, ao mesmo tempo que poderiam atuar sozinhos. E ainda rendeu a pergunta hilária do "você estava numa banda?"
E acho que não poderia deixar de comentar o final aqui, pois esse filme nos rendeu algo bem agridoce, certamente estava longe do que eu estava esperando, imagino que outros também não esperavam; não é um final ruim, na verdade é muito condizente com toda a trama apresentada no desenvolvimento, mas que doeu um pouco, doeu mesmo - uma dor necessária.
1. Eu sempre adorei o Aranha/Maguire e ele nesse filme tá uma graça skdjskdjskdj, quando ele fica dizendo "ah acontece", ou "normal" kkkk é hilário, o Maguire certamente ofereceu o Aranha mais "sacana-good vibes only" de todos. Além dele falando sobre o melhor amigo dele ah que ele morreu nos braços né… depois de tentar me matar, a gaitada que eu dei não tava escrita e mais ainda quando o Ned prometeu nunca tentar matar o Parker/Holland. 2. Apesar de não gostar dos filmes do Aranha/Garfield, é inegável que ele foi um ótimo ator pro personagem e aqui ele repete o seu carisma habitual, ainda estando na sua fase de luto pela Gwen (o que também nos deu aquela cena dolorosa, quando ele salva a MJ/Zendaya e dá uma choradinha de alívio, por ter conseguido dessa vez e eu CHOREI PRA CARALHO MINHA NOSSA SENHORA FOI SÓ 3S DE CHORINHO DELE E UMA VIDA INTEIRA QUE EU JÁ PERDI RELEMBRANDO ESSA CENA! SONY FAÇA O QUE FOR POSSÍVEL MAS ESCREVE UM TERCEIRO FILME DECENTE PRO GARFIELD.) Também o Maguire dizendo "você é ESPETACULAR, repita comigo" kkkk, ai ai, o olho do Rogers chega brilha. 3. Agora eu vou tocar na ferida. Tia May. Naquele trailer em que o Parker/Holland apareceu chorando já se especulava sobre a morte de alguém, porém eu nunca pensei que eles iriam abrir mão da tia May, tanto por ela ser uma guia para o Peter quanto pela Marisa Tomei ter uma química incrível com o Holland, mas foi a decisão mais acertada; além de fazer eco com a perda do tio Ben, do Maguire e do Garfield, também mostra aquele ponto de virada entre os Aranhas, quando eles percebem que não podem ter tudo e que precisam escolher algo. O frame do Parker/Holland ouvindo o JJ falando no telão é doloroso e a perda do Parker é tão grande que o cinema inteiro ficou em silêncio absoluto, não se ouvia nem mesmo uma respiração. 4. Já falei dos Aranhas mas o momento em que eles aparecem É BOM DEMAIS! Cara, é possível reconhecer o Garfield só pelo jeito que ele mandou um olá para o Ned e a MJ kkkkkk, mas foi muito divertido ele provando que era um Aranha de outro Universo. Além do Maguire também que foi AAAAAAA mds. Nossa, esse momento foi fabuloso e já entra pro hall de super entradas da Marvel, ao lado de Thor chegando em Wakanda e Strange abrindo o portal pro Sam. 5. Deixei o melhor por último, porque esse era só uma promessa e no final se pagou por completo, a introdução do Murdock ainda na mão do Charlie Cox, simplesmente tudo que eu queria e eu recebi. Acredito até que gritei muito mais quando ele apareceu do que quando os Aranhas surgiram, por ter um carinho muito grande pela série Daredevil e por tudo aquilo que o Cox entregou ao personagem.
É previsível? Com certeza. É bom? Demais, nossa. Não sei se a culpa é só da minha falta de expectativa ou se o filme real é bem conduzido, mas a minha experiência foi ótima. Os atores estão super bem, o andamento da história é ótimo. O que mais me chamou atenção foram os personagens e a trajetória de cada um, porque todos eles têm participação na trama, ativa ou passivamente. Eu acho que nem dá pra falar tanto porque estraga um pouco das surpresas, mas olha, belíssimo, ótima produção brasileira.
Acredito que passei mais tempo com sono do que verdadeiramente pensando no filme. A sinopse me prometia que: 1. James McAvoy não leu o roteiro e estava como nós, espectadores, descobrindo tudo conforme aconteciam as coisas; 2. Tinham vários segredos a serem descobertos, sobre a vida de seu filho nesse lar que ele não fazia parte há tempos. O primeiro ponto não fez nenhuma diferença, exceto, acho, quando o James McAvoy mete a sola no namorado de sua ex-esposa, que realmente foi uma cena que me surpreendeu, pelo fator surpresa. E o segundo ponto, fiquei no aguardo de um grande plot twist, tipo alguém conhecido ter levado a criança, ou que a própria criança tenha fugido, sei lá qualquer coisa bem mirabolante e… a solução foi mais mirabolante ainda, mas nada realmente oh meu deus, uau… não, só colocaram lá porquê sim. A direção é boa, não faz nada de extraordinário e acredito que se não fosse pelas promessas da sinopse, talvez eu até tivesse gostado (esqueceria logo em seguida, mas não teria sentido sono, certamente). Os primeiros minutos são muito bons, interessantes, tem realmente um ar de mistério, algo que ele não sabe por estar longe de casa há anos, porém não vai a lugar algum, em nenhum momento. Nenhum dos conflitos é interessante o suficiente para levar a história até o fim e quando o personagem entra na pista certa, simplesmente fica chato (mais ainda), não tem uma grande descoberta e nossa é muito arrastado. Talvez o original funcione, mas esse realmente não me levou para lugar nenhum. Minto! Me levou pra cama, ah mimir.
Não sei bem como começar, então vou pela sentença mais simples: me deu pesadelos. Sem brincadeiras, piadas. Acordei inúmeras vezes durante a noite, depois de ter visto, repensando na história, sonhei com os personagens. Alugou completamente o meu cérebro. Depois de dias tentando pensar no que escrever, apenas aceitarei que nada coerente vai sair, porque esse filme me afetou profundamente, então desisto de lançar um texto coerente e serão apenas pontos aleatórios que me chamaram a atenção e quem gostou bate palma.
1. Adorei o protagonista e o modo como ele foi escrito. Ele se inicia sendo um amorzinho com a namorada dele, mesmo com o irmão dela cutucando o fato de ele estar sem dinheiro há tanto tempo, sem conseguir produzir nada - e realmente, o quadro novo que ele mostra para o cara da galeria é só uma réplica de algo que ele já fez -, mas que ele não se incomoda em ser sustentado pela mulher… e mentira, meu povo. Porque tem momentos que mostram que ele está incomodado com essa situação, que não está satisfeito com isso. E rapidamente ele se vê sugado pela lenda do Candyman, na esperança de produzir algo em torno disso que o leve de volta para a fama. E rapaz, o ego dele leva para muito longe; ele fica tão feliz com a repercussão da obra, mesmo que por um motivo completamente escroto, que nem pensa duas vezes antes de ampliar sua série de trabalhos e ainda dar entrevistas sobre - ainda mais para alguém que ele sabe que só gosta do trabalho agora, porque está nos jornais. Eu sei que a culpa dele ampliar a série também é do rolê que o Candyman/Todd fez com ele quando criança, o preparando para isso. 2. Sobre a Brianna, a jornada também é interessante. Ela é uma mulher incrível, independente, ela passou por algo pavoroso quando criança e mesmo assim seguiu na área das Artes e é fantástica, é respeitada naquele nicho dela e mesmo assim, quando o Anthony faz sucesso nos jornais, ela passa a ser apenas a companheira dele. Até as grandes oportunidades que ela ganha, são apenas uma maneira dessas pessoas terem acesso ao Anthony; a decepção dela quando percebe isso é palpável. Além disso, gosto como ela é racional e percebe que o Anthony tá surtando (infelizmente por motivos reais, mas ela não sabe disso) e vai embora, mas por amor ou lealdade (ou os dois) lá pelo final ela vai em busca da verdade, para entender se o que ele está falando é real ou não, ou como isso o afetou. E por último, em meio ao desespero e sofrendo abuso policial ela busca o auxílio de Candyman e é muito legal como o fato de ela ter chamado por ele com um propósito, ela se salva. Enquanto todos os outros burrinhos do filme, sempre chamam pelo Candyman em tom de deboche, só pela brincadeira, então todos se lascam. 3. Achei super interessante como eles guardam a Vanessa Williams até o final do filme, justamente por ela ser a pessoa que pode explicar tudo que o Anthony está enfrentando e com uma justificativa super plausível, com o fato de que ele claramente vive fugindo da mãe dele; esquecer jantares ou não visitar a mãe é algo regular na vivência dele. 4. A direção da Nia da Costa é fabulosa, a mulher sabe exatamente o que está fazendo em todos os momentos. Além de fugir da violência aos corpos negros, com o teatro de sombras, ela também foge de mostrar tudo a todo momento, o que também é muito bom, dá um ar diferenciado e torna a violência mais assustadora quando nós a vemos por completo. O body horror também é fabuloso, a mão do Anthony apodrecendo aos poucos, tem pouco foco nisso, mas a gente vai percebendo aos poucos os ferimentos tomando conta do corpo dele. Quando ele enfim encontra a mãe, que o negócio já tomou conta até do rosto dele, é assustador. 5. Além disso, o momento que a Briana fala que não sabe quem diz Candyman 5x no espelho, e logo em seguida aparece a adolescente branca é hilário. 6. Outra coisa que eu achei interessante foi a metáfora criada para o Candyman, como ele é uma forma que as pessoas escolheram lidar com o racismo e as injustiças sofridas diariamente por todo um povo, respeitando todo o legado construído pelo primeiro filme, com o Tony Todd, mas aumentando a lenda e enriquecendo ela, além de apresentar uma nova perspectiva; pois quando assistimos a Helen buscar o Candyman, ela está no alto de sua arrogância e descrença com a lenda, sendo até desrespeitosa com as pessoas que ela entrevista - talvez não na cara da pessoa, mas por estar fazendo pouco da crença alheia -, enquanto nessa sequência nós percebemos como as pessoas pretas enxergam o Candyman e como elas têm respeito pela lenda (nem todos, vide o irmão da Brianna, mas ainda assim, uma parte delas respeita, o que me leva ao próximo ponto…) 7. Eu senti falta de uns 10 minutinhos ali no final, para um discurso maior do vilão (se é que podemos chamá-lo assim), ficou parecendo que cortaram uma parte ali do final, onde ele se explicava melhor sobre o porquê de ter esperado tanto tempo por um novo Candyman e acho que fez falta. É claro que deu pra entender o suficiente do que ele queria, sobre reviver a lenda e usá-la no propósito de servir ao povo negro. Mas sem esses minutinhos extras, eu senti que ficou parecendo que tiraram os argumentos do fiofó ou algo como sempre esteve lá e só nós não vimos, mas não tava, não vi nenhum indicativo disso. Esses minutos não diminuem a genialidade e tudo de bom que o filme construiu, mas me deixou na sensação de que queria mais.
Encanto
3.8 805Estou completamente cansada desses filmes da Pixar com lições sobre a minha vida, está ficando brega e previsível. Ao mesmo tempo, é um belíssimo filme, muito divertido, gostoso de assistir, as músicas são muito divertidas (não falamos do bruno, não não não, não falamos do brunoooo; Bruno é o verdadeiro protagonista dessa história). E admito que me arrancou algumas lágrimas na resolução dos conflitos.
A Outra Face da Guerra
3.7 22 Assista AgoraUltimamente tenho sentido uma certa aversão por filmes de guerra, acredito que é um tema muito explorado no cinema - especialmente em Hollywood - e, geralmente, de maneiras superficiais e cheias de heroísmo. Porém, esse não foi o caso. Por ser um filme além de Hollywood, preza por uma narrativa completamente diferente, mesmo a condução dos acontecimentos tem um toque diferente, mesmo lembrando a maioria dos filmes de guerra. A fotografia é belíssima, tem ótimos momentos para se explorar os ambientes - como a cena da névoa -, além de entregar muita emoção também, sem necessariamente ter um personagem explicando algo.
Além disso, tem o toda uma questão de ponto de vista. Aqui somos capazes de acompanhar o envolvimento da Letônia na Guerra e como ela foi afetada por tamanha atrocidade, assim como pelo Império Russo e o que isso representou para a nação. Muitíssimo interessante essa parte da história que pouco conhecemos.
A cena final é belíssima, o auge da inspiração nesse filme.
Algum Lugar Especial
3.8 33 Assista AgoraMe envolvi tanto com essa narrativa, quase me senti parte do drama dessa família. Belíssimo, simples e muito, muito poderoso. Tratando de temas complicados e complexos, como o que constitui uma família, o que seria uma família perfeita; além de falar sobre morte tanto para quem está próximo de abraçá-la, quanto para quem vai ter de viver com a ausência.
Tem uma fotografia linda, muito momentos de silêncio e atitudes fofas, onde percebemos a real conexão entre os personagens (para quê coisa mais fofa e sincera do que o garotinho copiando as tatuagens do pai?). Ao final, me encontrei em prantos de tristeza, mas também de esperança.
Atividade Paranormal: Ente Próximo
2.5 192 Assista AgoraLogo depois de assistir dei uma estrela e meia, mas agora repensando percebo que fui até generosa tendo em vista que aconteceu um total de 0 coisas durante todo o filme. Nada, nada aconteceu. E pior ainda, o filme não consegue se decidir se é um found footage ou uma filmagem comum; em diversos momentos eles ficam tentando forçar uma filmagem diferente, uma mixagem de som, quando a gente sabe que só tem uma pessoa para fazer tudo aquilo; se vai tentar me enganar, pelo menos faz direito. Ainda tecnicamente, não tem um susto que preste, que ao menos dê um susto de fato durante a trama... não! Tudo é superficial, preguiçoso, se apoiando completamente na sensação de isolamento da comunidade.
Quando se trata da trama, nossa senhora, nada é bem feito. Tudo é jogado e de maneira tão... nem sei dizer em palavras, porque não tem uma trama. É algo muito simples, que o filme arrastada por mais de uma hora, para entregar câmera tremida com bicho feio correndo atrás dos personagens por meros 20 minutos. E ainda é mal feito, porque tem cenas em que o possuído está a um passo de chegar perto do personagem, a câmera foca do lado e quando volta pro ângulo anterior o possuído ainda está quase que na mesma posição, parece até que ele parou e resolveu descansar, enquanto a câmera não tava focando nele - quem vê close, não vê corre; deve ter parado de correr pra tomar uma aguinha.
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraAplausos de 10 minutos, de pé, com direito a gritos e pulos, pois: simplesmente fantástico! O legado foi respeitado, continuado e estabelecido para todo o sempre.
Ao assistir o trailer ainda não tinha entendido qual seria o comentário principal desse filme, pois sabemos que a tradição de Pânico é mexer com a metalinguagem do cinema de horror, mas logo que a trama se estabeleceu e foi revelado o comentário fiquei tão feliz! Foi muito interessante falar sobre continuações que não se declaram como tais (o que eu mesma ainda não tinha notado, mas Scream 2022 não se chamou Scream 5), é claro que Pânico fez isso de maneira eficiente e sensata, respeitando o legado que Wes Craven construiu e adicionando mais à saga.
Tudo nesse filme foi tão divertido, nem senti o tempo passar, foram tantas inversões de expectativas, homenagens aos personagens originais e situações anteriores sendo revividas. Há muito tempo eu não ficava tão feliz com uma continuação (por mais que eu goste de Halloween 2018, não tenho apego emocional pela franquia, como tenho por Scream). Gostei bastante dos novos personagens, eles são esquisitos, dignos de suspeitas, ao mesmo tempo que todos são tão estranhos que nem parece que alguém ali é de fato um suspeito (mas sabemos que todos são); além disso, achei todos muito simpáticos, ou o suficiente para que eu me importasse com suas vidas e claro desapego, mas já sabemos que seria assim, pois… jovens. No dia que eles levarem as coisas a sério, o mundo vira o Paraíso. É até engraçado como eles estão sempre se dando regrinhas, lembrando o que pode ou não pode em filmes de terror e mesmo assim, não conseguem seguir os próprios conselhos! Cada decisão nesse roteiro é acertada, cada ação é justificada pelas regras que já conhecemos - ao mesmo tempo, é válido ressaltar que às vezes as ações são fracas, embora a justificativa esteja presente, parece um pouco fraco; mas nunca se pode dizer que é uma ideia retirada do c*.
Outro acerto incrível dessa obra é a sanguinolência. Minha gente, é muito sangue. Litros, para todos os lados, respeito absoluto pela brutalidade que se tem na figura de Ghostface. E eu gosto disso! Uma coisa que sempre me assombrou em Pânico é como qualquer pessoa pode ser um assassino mascarado e por isso mesmo não há limites para o que essa figura pode fazer - quando se fala se matar, claro. Aqui não foi diferente. Ghostface não tem pena de ninguém e esse roteiro muito menos, 100% focados naquela famosa frase de Hermanoteu na Terra de Godah: MATA TODO MUNDO!!!! Pena? Não temos. Ah, mas esse personagem é legal. NÃO ESTAMOS NEM AÍ. E é bom, menine. Porque simplesmente não existe porto seguro, é ótimo. As sequências de perseguição também são ótimas, o modo como os diretores nos enganam em vários momentos também é divertido.
Infelizmente, esse filme peca na motivação. Embora eu entenda o resgate e o saudosismo, ainda me pareceu fraco e desleixado. Se pensar muito, vai perdendo a graça, mas como as cenas finais são ótimas (eu achei, né) não me liguei muito nisso.
De qualquer maneira, Wes Craven estaria muito feliz com o que foi construído aqui. Sou completamente a favor de Hollywood jogar dinheiro nos projetos da galerota de Ready or Not. For Wes Craven.
A morte da xerife foi tão óbvia pra mim, que me chocou completamente que o filho dela também tenha sido morto. Pelo andar da carruagem, eu estava esperando que ele seria o primeiro a encontrar a mãe na rua; morreu sem nem saber. Coitado.
A ideia da primeira vítima não ser morta, também foi muito bom! Foi uma ótima inversão das ideias. Assim, como os gêmeos, sobrinhos de Randy, sobreviverem ao seu primeiro massacre é uma ótima homenagem.
A cena da morte do Dewey já dava para ver de longe. A motivação para a sua volta estava correta (sabemos que tem de atirar na cabeça), mas como um amigo falou, ele estava indo embora, pareceu que estava se entregando à morte. É verdade. Sabemos que Dewey era o menino de ouro, a pessoa que estava sempre pronta para ajudar, então é compreensível que ele volte à ativa, que ele tente salvar a protagonista, que ele volte para atirar na cabeça (motivação fraca, mas seguindo as regras do horror e da moralidade do personagem). Chorei bastante nessa cena, fiquei muito triste. Sabia? Sim, eu sabia. Mas chorei mesmo assim.
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraEsse me foi um filme bem interessante, durante todo o desenvolvimento estive super conectada com a trama, focada nos acontecimentos e tentando desvendar os mistérios que envolviam a personagem e a morte de seu marido; porém, devo fazer um mea culpa, pois ao me envolver demais, me perdi da trama e passei a ir muito mais longe do que o roteiro queria comunicar. Assim, quando chegou a revelação final foi aquém do que eu esperava, teorizava e isso, infelizmente, me decepcionou. Claro que não é culpa do filme, de forma alguma. Afinal, a resposta sempre esteve lá, eu que não dei atenção e preferi avançar por caminhos mais mirabolantes.
A direção foi muito boa, cada pequeno surto da protagonista foi perfeitamente conduzido, conforme ela investiga e tinha aqueles apagões, muito bons. A sequência de terror final foi maravilhosamente feita, se aproveitando das sombras da casa e dos movimentos espelhados. E a Rebecca Hall, como sempre, entregando ótimas atuações, (adoro como ela já tem uma carinha de quem surta por tão pouco), carregando o filme sozinha e de maneira magnífica.
Como já disse antes, se eu tivesse dado mais atenção ao bilhete e menos aos acontecimentos da casa e outras ideias de investigação, minha imaginação não teria ido tão longe e teria apreciado muito mais a perspectiva de um "nada" à espera de uma vítima. Não é um final ruim, na verdade é muito interessante que o Nada seja um personagem, alguém que deseja a alma da protagonista a qualquer custo.
O Contador de Cartas
3.1 83 Assista AgoraTaxi Driver but make it about cards. A trilha sonora é maravilhosa e em determinado momento me levou às lágrimas.
G.I. Joe Origens: Snake Eyes
2.6 104 Assista AgoraSamara Weaving é quase um alerta (pessoal) de filme de qualidade duvidosa, a mulher está em todas! Eu nem sabia que ela estava no filme, mas quando apareceu caiu o certificado na hora.
Snake Eyes tem muitos pecados e o maior deles é ter um coadjuvante mais interessante, divertido, profundo - em atuação, tanto quanto o roteiro podia oferecer, claro - e com dilemas éticos mais interessantes do que o seu protagonista. O que só serviu para me irritar mais ainda com o final recebido por ele; não que eu não soubesse o que estava por vir, conheço a história dos outros filmes, apenas acho que aqui ela foi mal conduzida e desperdiçada em sentimentos rasos e fracos. A jornada do Snake Eyes é muito óbvia e isso não é um problema, ao mesmo tempo não há nada de realmente engajante que nos faça gostar dele, nem mesmo o carisma de Henry Golding é suficiente para segurar o personagem, o que é muito irônico visto que nos outros filmes, quando nem mesmo podíamos ver o rosto do personagem ele parecia muito mais divertido e legal. Além disso, inseriram o recurso narrativo mais pobre da década - ou de muitas décadas -, com um interesse amoroso que duvida da personalidade do herói, ao mesmo tempo que morre de amores por ele. Pobre e preguiçoso. E ainda por cima com um casal sem nenhuma química, mais travados que sei lá o quê. Samara faz o que pode com as linhas de diálogo que deram à ela, Úrsula Corberó está até bem como Baronesa.
Em termos de história, não tem muito o que dizer. Inseriram contextos mágicos e… ai que preguiça, sabe?! Consigo lidar com nanotecnologia e afins que beiram magia, mas mantém um pézinho na realidade, mas a pedra mágica foi demais. A ação aqui também é um pouco desperdiçada, a primeira sequência no galpão é até legal de ver, mas depois as coisas vão decaindo de um jeito que beira o ridículo.
Iniciação
2.4 52 Assista AgoraEsse foi tão ruim, mas tão ruim que continuou ruim mesmo. Provavelmente, a ideia inicial era comentar sobre como a tecnologia permitiu que aquelas pessoas chegassem naquele nível. Tirando as mortes, que foram bem inventivas e interessantes, o filme é bem qualquer coisa. Não se aprofunda em nenhum dos teus temas iniciais, não faz comentários de fato interessantes. E isso poderia não ser um problema, SE TUDO NÃO ESTIVESSE SENDO CONVERSADO JUSTAMENTE PARA CUTUCAR ESSAS COISAS.
Pensando de forma mais superficial, é um bom slasher? Acho que não se encaixa nessa categoria, pois há vítimas certeiras. Então, vamos apenas dizer que o terror é interessante e a cena final de perseguição também é boa, com ressalvas (tipo procurar sinal de celular em campo aberto, sabendo que tem um assassino prestes a te pegar). O plot twist é minimamente interessante e bem feito até.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraShyamalan se especializou em fazer filmes de qualidade duvidosa e isso não é uma crítica negativa. É ruim sim, mas é igualmente bom e envolvente. O lance é que: tem horas que não dá. Se são os detalhes que fazem a diferença, é exatamente neles que o diretor peca; são as pequenas coisas que simplesmente me retiram da trama. Mas tudo bem, sem colocar os bois na frente da carroça.
Shyamalan entregou um bom filme, não o melhor do ano, definitivamente não é o pior também. Eu gosto do modo como os personagens são apresentados, como a gente vê o drama de todos que estão por ali e de cara já notamos alguns dos probleminhas nas outras famílias; ao mesmo tempo, eu demorei muito para entender a dinâmica da família principal, me pareceu um pouco que tentaram esconder para aproveitar posteriormente no fator choque - em determinadas cenas na praia e também alguns diálogos que surgem depois entre os envolvidos e servem tanto para esclarecer a situação inicial do casal, como para amadurecimento de determinado personagem. Além disso, eu sei que o fato de as cenas iniciais da praia tentarem esconder quão velho os personagens estão ficando irritou algumas pessoas, mas eu achei tão divertido, eu não iria me chocar claro, nem me surpreender, mas é bom para checar a reação dos outros personagens, como eles ficam incrédulos com o que estão vendo e não conseguem acreditar na palavra das crianças - especialmente elas, pois há uma discussão de porque o envelhecimento delas é mais visível do que nos adultos. A história, no entanto, é um típico desenvolvimento Shyamalan: começou bom e no final ele foi lá estragar. Todas as cenas da praia são boas, o terror envolvendo o envelhecimento absurdo dos personagens, mas também como eles estão lidando com isso. E então vem o final e é um trem descarrilhado, atropelando todo mundo com um monte de informações das quais poderíamos viver muito bem sem. Toda a trama funcionou até aquele momento sem nenhuma justificativa para o que era a praia, mesmo assim acharam que isso era necessário e estraga tanto o filme, tanto que dói.
Retirando tudo isso, o filme é bem divertido, as cenas de violência são interessantes, destaque para a morte por tétano.
Porém, nem tudo é flores e nossa senhora, o que é aquela moça que era bebezinha discursando sobre como eles nunca vão viver para ter momentos memoráveis, como eles nunca vão ter um baile de formatura. Como ela sabe o que é um baile de formatura, pelo amor de deus???? Sei que isso é minúsculo, mas assim que eu ouvi gastei os minutos seguintes apenas pensando nisso e me tirou da trama.
E o final né, tem ele. Shyamalan só faltou olhar para a câmera e dizer e agora, galera, eu vou explicar bonitinho para vocês tudo que está acontecendo aqui, se liga. Por mim cortava do pseudo afogamento para eles entregando uma cartinha para o moleque da ilha, ou com eles entregando o caderno para a polícia. E ACABOU MEU AMOR! IT'S A WRAP.
Comemoração de 20 Anos de Harry Potter: De Volta a …
4.3 363 Assista AgoraFoi tão lindo, tudo foi preparado com tanto cuidado, a cena que eles recebem as cartas, a cena do Salão Comunal, é tão bom quando a gente vê que todo mundo envolvido tem tanto carinho pelo que está fazendo, de todas as partes, quem está na frente e quem está por trás das câmeras. Adorei a interação do Dan com os outros, especialmente com o Gary Oldman, foi uma relação tão importante nos filmes e ver eles dois interagindo na vida real foi tão bom. Também amei a interação dele com a HBC, foi hilário. Eu senti tantas saudades dessa saga, embora esteja pronta para que ela possa viver na minha memória e sonhos, vê-los juntos novamente foi bom demais, aquece o coração e é bonitinho demais. Infelizmente, a JK segue manchando a reputação do universo que ela criou e o documentário acertou demais em excluir ela, ao máximo, da narrativa.
E uma última coisa: foi muita sacanagem chamar o Ian Hart para dizer 4 palavras em 3 segundos, no finalzinho do documentário, tão rápido que nem deu tempo de ler o card com o nome dele kkkkkkk
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraCertamente não foi a minha produção favorita de 2021, mas foi bem divertido. A sátira aqui é tão realista que chega a ser assustadora, obviamente comparando com a pandemia de COVID-19, embora esse não fosse o objetivo inicial - ou final. E apesar de ter me divertido bastante, me pareceu que algo estava faltando; ainda não sei exatamente o que foi, mas duas coisas sou capaz de citar.
A primeira é que, para mim, ficou faltando informação, talvez seja um erro meu fazer essa comparação, mas com os outros filmes de McKay sempre houve uma quantidade absurda de informação que ajudaram a mover a trama e aqui eu sinto que faltou. Ao mesmo tempo que entendo, um pouco, que isso foi necessário para a trama visto que JLaw é completamente cortada da trama principal (por ser bocuda, e com razão) e tudo que a gente acompanha é o DiCaprio/Iamarino se tornando um marionete e quando as informações, ciência e blablabla voltam a fazer parte da pauta, não há mais profundidade no assunto, o filme já assumiu outro tom e não volta mais para o que estava ocorrendo no início, com as piadinhas da matemática e afins. E a outra coisa é que me pareceu que o McKay estava novamente indo pelos caminhos espertinhos de A Grande Aposta, nesse filme com as cartelas, a pausa para explicar instituições existentes na nossa realidade e na do filme e que foi divertido e depois é completamente esquecida no filme, não há mais o uso do recurso.
No entanto, dou créditos extras pelas cenas que aconteceram no estúdio de televisão, com os recursos de usar a câmera do estúdio e a ótica do filme, foi inteligente e garantiu ótimos momentos. De qualquer maneira, eu passei muito mais tempo simpatizando com a JLawrence, sendo a única pessoa ciente do perigo e surtando que ninguém estava ligando para isso.
Seis Minutos para Meia-Noite
2.8 13Eu não sei se sou burra ou se o plano da Alemanha não fazia sentido, por que causa, motivo ou razão o país iria raptar estudantes que estavam colocadas lá justamente para aprender o máximo possível e terminar servindo ao regime nazista?! Elas não iriam para casa de qualquer maneira? Desculpe, mas não entendi uma grama do assunto. Também não entendi porque as meninas deveriam morrer, caso o plano desse errado, e muito menos como a professora pretendia matar todas com 1 arma e meia dúzia de balas.
Free Guy: Assumindo o Controle
3.5 579 Assista AgoraNão sei se porque eu sou lerda, ou se o roteiro estava um tanto bagunçado, mas eu demorei muito pra entender qual era o plot da Killing Eve (vou chamar ela assim, porque eu não decorei o nome da personagem e não sei o da atriz). Sobre o Joe Keery, achei ele um ótimo personagem e por isso queria mais tempo de tela dele, do que a Killing Eve - sendo honesta. Falando do Guy, é o Reynolds sendo o Reynolds e ele é o ótimo nisso, então é bem divertido tudo que ele faz e fala e como ele reage às situações; desde bobagens, como dizer olá pro peixinho, até algo mais uau quando eles meio que quebram a quarta parede e ele fica "com quem você tá falando?". Falando do enredo, achei muitíssimo divertido, sendo a minha parte favorita quando ele estava subindo de nível e se esforçando pra chegar no mesmo nível da Killing Eve; ao mesmo tempo, eu tenho um problema gigantesco com isso.
No momento em que ele ganha os óculos, o Keery e o Pitch Perfect (o coelho tá nos troubles, então kkkkk) vão atrás dele, pensando que é um hacker fingindo ser um NPC, só que quando o Guy vai embora (morre atropelado), eles desistem de procurar por ele. Se fosse um hacker, ele ainda teria como conseguir a skin, correto? E depois disso, o Guy não só sobe de nível, como fica famoso entre os jogadores reais e eles (Keery e Pitch Perfect) só vão descobrir muito depois. Os caras são absolutamente incompetentes no próprio trabalho, como isso é aceitável?
Claro, que eu tô sendo muitíssimo chata, porque no final das contas eu me diverti muito durante a rodagem. De qualquer maneira, depois que eu entendi melhor a relação do Keery com a Killing Eve, o enredo foi bem mais fácil de entender e seguir em frente, com um objetivo de fato. Nem vou entrar no lance da Killing Eve com o Guy, porque foi tedioso todo aquele blábláblá, embora tenha servido muito bem para aquilo que seria o verdadeiro romance (que inclusive eu jurei que o fato de a Killing Eve invadir o apartamento do Joe, era porque eles já tinham algo antes - sei lá, me pareceu um nível de intimidade muito grande, e nem era). Outra coisa que me irritou foi a referência final do lightsaber, a do escudo foi tão espertinha, era só o Chris Evans chocado, mas a do lightsaber foi tedioso com 8273728 personagens dizendo a mesma coisa, gente, eu não sou burra. Eu sei o que é isso E EU ESTOU VENDO! São pequenas coisas, claro, diante de tudo que o filme apresentou, mas me irritaram um pouco. Tirando isso, foi divertido e eu ri bastante com o Reynolds, o que acho que era o objetivo.
Obs.: Senti muita falta da violência gráfica, eu sei que a Disney reeditou o filme para diminuir a classificação indicativa e foi uma pena porque com a proposta original funcionaria muito melhor. Daria até um maior contraste entre o jogo Free City e o código original do jogo.
Também adorei a saída pro Guy já ter visto o bug do jogo. Bem simples, mas eficaz.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357Eu nem sei como começar essa review, porque foi uma das coisas mais horríveis que eu já vi (só não entrou no meu piores do ano, porque eu vi muita tranqueira e esse aqui fez o mínimo). Esse enredo não faz nenhum sentido, ele se apoia completamente em deus ex-machina para iniciar a trama principal; uma coisa é você se apoiar nisso para finalizar um evento, é possível que a gente ignore, mas é pedir demais que o telespectador acredite que tudo aquilo estava programado para acontecer, com aquelas pessoas específicas, quando os planos originais da protagonista eram completamente diferentes. As armadilhas também achei bem falhas, preguiçosas, faltou uma criatividade, esse negócio também de que tinha uma história por trás das armadilhas foi um plot twist bem aleatório, ainda mais quando só funciona de acordo com um dos finais preparados para a história.
Dito isso, eu assisti a versão feita para o streaming e pelo que vi ela é ligeiramente mais coerente com as armadilhas do que aquela que foi colocada no cinema; o que, de maneira alguma, quer dizer que é um bom final. É plot twist atrás de outro e feito de graça, apenas pelo fator de choque - que de chocante, não tem nada. Também não gostei de nenhum dos novos personagens e nem desgostei, foi um verdadeiro tanto faz, o que é uma pena, porque o primeiro tinha personagens interessantes, especialmente pois cada um já tinha um background e isso acrescentava na história e em como eles iriam reagir a cada uma das salas.
Achei uma coisa tão preguiçosa esse lance todo da Isabelle Fuhrman, estava um pouco na cara que ela seria a grande vilã e não a senhora salvadora de tudo. Além disso, é inaceitável que ele tenha criado uma sala para manter a filha presa e NÃO SAIBA A SENHA DA SALA??? Como isso é possível?!
The Toll
3.0 5Estou cada vez mais próxima do humor britânico, sinto que serei uma idosa muito chata. Demorei um pouco para pegar a narrativa, e assim como a policial estou até agora tentando entender, de fato, a ordem dos fatos; mas, isso foi o de menos. Tudo foi tão legal e divertido, os diálogos curtos e rápidos me prenderam demais. Eu ri e fiquei com um sorriso no rosto o filme inteiro.
Maligno
3.3 1,2KJames Wan entregando apenas o melhor filme do ano. Infelizmente, assisti já sabendo todo o enredo do filme e isso me gerou uma experiência diferente da que eu teria se não soubesse, mas nenhum pouco menos empolgante, porque eu fiquei por muito tempo impressionada com a técnica do Wan, com a montagem de cenários e a troca deles, a própria história que vai te dando dicas descaradas (mas que certamente se eu não soubesse, lerda como sou, não adivinharia o plot twist). E foi muito divertido! Tudo foi magnífico. Até o andar do Gabriel é genial, me deixou super AI MEU DEUS que incrível. Foi esperto da parte do Wan iniciar a narrativa como um giallo e ao final entregar uma trasheira bem executada, com ótimos efeitos e digna de figurar na lista de melhores cenas com super poderes.
A minha única reclamação é: como a Maddy só teve 1 corte de cabelo a vida inteira? Isso é completamente inverossímil!
Segredos Ocultos
2.8 48 Assista AgoraDepois de uma hora eu já estava rezando para acabar e quando fui olhar o tempo, ainda estava muito muito longe de acabar. Não funcionou pra mim, de maneira alguma; parece uma boa ideia, mas mal executada ou como se as pessoas envolvidas não estivessem de fato acreditando no que estavam fazendo. Quando enfim acabou eu já estava destruída.
Ghostland: Terra Sem Lei
2.2 64 Assista AgoraEu vou ser bem sincera e dizer que só entendi quando o Cage gritou "testículoooos" e mais nada. Sem brincadeira, não entendi o universo, a história. Nadinha. Mas a luta de espadas/armas de fogo foi divertida.
Ofélia
3.3 65 Assista AgoraÉ um filme bonitinho, pela ambientação e senso de magia - embora não tenha - me lembrou a série Merlin, então curti bastante a trama, derramei algumas lágrimas ao final. Não é uma obra prima do cinema, mas é algo que você pode ver mais de uma vez naqueles dias que você não quer fazer mais nada, apenas relaxar. Daisy Ridley é muito linda né? Ela empresta uma energia e carisma para a personagem que aquece o coração.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraSinceramente, nem sei por onde ou como começar, mas pensei em algo que é mais ou menos assim: EITA CARAI AAAAAAAAAAAA EU NÃO TO BEM NÃO CEBOLINHA AAAAAAAAaaaAAAAAAaa a a :)
Esse filme realmente é um fan service descarado, mas a prova de que a Marvel não erra (quando erra a gente finge, pfvr), porque mesmo em algo que poderia dar muito errado, eles conseguiram entregar uma história divertida, engajante e que entregou toda a evolução que há tempos uma parte dos espectadores estavam exigindo. O roteiro é muito bom, tem pequenas falhas claro, facilitações que a gente sabe que só acontecem porque são necessárias para a trama fluir, mas como são coisas pequenas e minimamente plausíveis, a gente deixa passar e não afeta tanto assim na suspensão da descrença. Além de entregar uma história de amadurecimento para o Peter Parker, bem conduzida e amarradinha, colocando tudo aquilo é necessário para o amadurecimento de um Homem-Aranha, mostrando como o Peter reage a isso e como ele aprende a lidar.
E é tão bom quando você percebe que o ponto de amadurecimento de um Aranha é (sempre) a perda de alguém importante para eles; cada qual com a sua perda, mas todos lidando de maneiras parecidas, o que só me fez amar mais ainda todas as vezes que a frase a gente é assim foi dita, tanto por dar um senso de família para os Aranhas, como um conforto de entendimento real pelo que o Peter/Holland estava passando, pois os outros também passaram por isso.
As cenas de ação são maravilhosas, aquela sequência do Aranha x Strange na dimensão espelhada é uma coisa muito bonita, bem feita e muitas outras cenas também são ótimas, especialmente a ação final, considerando que tinham muitos vilões a serem trabalhados, a coordenação da luta é impecável.
E isso conta, claro, até mesmo a bagunça dos 3 Aranhas, tentando entender o que cada um está fazendo, ao mesmo tempo que eles lutavam cada qual do seu jeito. O que também foi MARAVILHOSO para mostrar o senso de liderança do Peter/Holland, por já ter trabalhado em equipe, para que eles pudessem conversar em suas ações, ao mesmo tempo que poderiam atuar sozinhos. E ainda rendeu a pergunta hilária do "você estava numa banda?"
E acho que não poderia deixar de comentar o final aqui, pois esse filme nos rendeu algo bem agridoce, certamente estava longe do que eu estava esperando, imagino que outros também não esperavam; não é um final ruim, na verdade é muito condizente com toda a trama apresentada no desenvolvimento, mas que doeu um pouco, doeu mesmo - uma dor necessária.
1. Eu sempre adorei o Aranha/Maguire e ele nesse filme tá uma graça skdjskdjskdj, quando ele fica dizendo "ah acontece", ou "normal" kkkk é hilário, o Maguire certamente ofereceu o Aranha mais "sacana-good vibes only" de todos. Além dele falando sobre o melhor amigo dele ah que ele morreu nos braços né… depois de tentar me matar, a gaitada que eu dei não tava escrita e mais ainda quando o Ned prometeu nunca tentar matar o Parker/Holland.
2. Apesar de não gostar dos filmes do Aranha/Garfield, é inegável que ele foi um ótimo ator pro personagem e aqui ele repete o seu carisma habitual, ainda estando na sua fase de luto pela Gwen (o que também nos deu aquela cena dolorosa, quando ele salva a MJ/Zendaya e dá uma choradinha de alívio, por ter conseguido dessa vez e eu CHOREI PRA CARALHO MINHA NOSSA SENHORA FOI SÓ 3S DE CHORINHO DELE E UMA VIDA INTEIRA QUE EU JÁ PERDI RELEMBRANDO ESSA CENA! SONY FAÇA O QUE FOR POSSÍVEL MAS ESCREVE UM TERCEIRO FILME DECENTE PRO GARFIELD.) Também o Maguire dizendo "você é ESPETACULAR, repita comigo" kkkk, ai ai, o olho do Rogers chega brilha.
3. Agora eu vou tocar na ferida. Tia May. Naquele trailer em que o Parker/Holland apareceu chorando já se especulava sobre a morte de alguém, porém eu nunca pensei que eles iriam abrir mão da tia May, tanto por ela ser uma guia para o Peter quanto pela Marisa Tomei ter uma química incrível com o Holland, mas foi a decisão mais acertada; além de fazer eco com a perda do tio Ben, do Maguire e do Garfield, também mostra aquele ponto de virada entre os Aranhas, quando eles percebem que não podem ter tudo e que precisam escolher algo. O frame do Parker/Holland ouvindo o JJ falando no telão é doloroso e a perda do Parker é tão grande que o cinema inteiro ficou em silêncio absoluto, não se ouvia nem mesmo uma respiração.
4. Já falei dos Aranhas mas o momento em que eles aparecem É BOM DEMAIS! Cara, é possível reconhecer o Garfield só pelo jeito que ele mandou um olá para o Ned e a MJ kkkkkk, mas foi muito divertido ele provando que era um Aranha de outro Universo. Além do Maguire também que foi AAAAAAA mds. Nossa, esse momento foi fabuloso e já entra pro hall de super entradas da Marvel, ao lado de Thor chegando em Wakanda e Strange abrindo o portal pro Sam.
5. Deixei o melhor por último, porque esse era só uma promessa e no final se pagou por completo, a introdução do Murdock ainda na mão do Charlie Cox, simplesmente tudo que eu queria e eu recebi. Acredito até que gritei muito mais quando ele apareceu do que quando os Aranhas surgiram, por ter um carinho muito grande pela série Daredevil e por tudo aquilo que o Cox entregou ao personagem.
Loop
3.4 29 Assista AgoraÉ previsível? Com certeza. É bom? Demais, nossa. Não sei se a culpa é só da minha falta de expectativa ou se o filme real é bem conduzido, mas a minha experiência foi ótima. Os atores estão super bem, o andamento da história é ótimo. O que mais me chamou atenção foram os personagens e a trajetória de cada um, porque todos eles têm participação na trama, ativa ou passivamente. Eu acho que nem dá pra falar tanto porque estraga um pouco das surpresas, mas olha, belíssimo, ótima produção brasileira.
Meu Filho
2.8 107Acredito que passei mais tempo com sono do que verdadeiramente pensando no filme. A sinopse me prometia que: 1. James McAvoy não leu o roteiro e estava como nós, espectadores, descobrindo tudo conforme aconteciam as coisas; 2. Tinham vários segredos a serem descobertos, sobre a vida de seu filho nesse lar que ele não fazia parte há tempos. O primeiro ponto não fez nenhuma diferença, exceto, acho, quando o James McAvoy mete a sola no namorado de sua ex-esposa, que realmente foi uma cena que me surpreendeu, pelo fator surpresa. E o segundo ponto, fiquei no aguardo de um grande plot twist, tipo alguém conhecido ter levado a criança, ou que a própria criança tenha fugido, sei lá qualquer coisa bem mirabolante e… a solução foi mais mirabolante ainda, mas nada realmente oh meu deus, uau… não, só colocaram lá porquê sim. A direção é boa, não faz nada de extraordinário e acredito que se não fosse pelas promessas da sinopse, talvez eu até tivesse gostado (esqueceria logo em seguida, mas não teria sentido sono, certamente). Os primeiros minutos são muito bons, interessantes, tem realmente um ar de mistério, algo que ele não sabe por estar longe de casa há anos, porém não vai a lugar algum, em nenhum momento. Nenhum dos conflitos é interessante o suficiente para levar a história até o fim e quando o personagem entra na pista certa, simplesmente fica chato (mais ainda), não tem uma grande descoberta e nossa é muito arrastado. Talvez o original funcione, mas esse realmente não me levou para lugar nenhum. Minto! Me levou pra cama, ah mimir.
A Lenda de Candyman
3.3 506 Assista AgoraNão sei bem como começar, então vou pela sentença mais simples: me deu pesadelos. Sem brincadeiras, piadas. Acordei inúmeras vezes durante a noite, depois de ter visto, repensando na história, sonhei com os personagens. Alugou completamente o meu cérebro. Depois de dias tentando pensar no que escrever, apenas aceitarei que nada coerente vai sair, porque esse filme me afetou profundamente, então desisto de lançar um texto coerente e serão apenas pontos aleatórios que me chamaram a atenção e quem gostou bate palma.
1. Adorei o protagonista e o modo como ele foi escrito. Ele se inicia sendo um amorzinho com a namorada dele, mesmo com o irmão dela cutucando o fato de ele estar sem dinheiro há tanto tempo, sem conseguir produzir nada - e realmente, o quadro novo que ele mostra para o cara da galeria é só uma réplica de algo que ele já fez -, mas que ele não se incomoda em ser sustentado pela mulher… e mentira, meu povo. Porque tem momentos que mostram que ele está incomodado com essa situação, que não está satisfeito com isso. E rapidamente ele se vê sugado pela lenda do Candyman, na esperança de produzir algo em torno disso que o leve de volta para a fama. E rapaz, o ego dele leva para muito longe; ele fica tão feliz com a repercussão da obra, mesmo que por um motivo completamente escroto, que nem pensa duas vezes antes de ampliar sua série de trabalhos e ainda dar entrevistas sobre - ainda mais para alguém que ele sabe que só gosta do trabalho agora, porque está nos jornais. Eu sei que a culpa dele ampliar a série também é do rolê que o Candyman/Todd fez com ele quando criança, o preparando para isso.
2. Sobre a Brianna, a jornada também é interessante. Ela é uma mulher incrível, independente, ela passou por algo pavoroso quando criança e mesmo assim seguiu na área das Artes e é fantástica, é respeitada naquele nicho dela e mesmo assim, quando o Anthony faz sucesso nos jornais, ela passa a ser apenas a companheira dele. Até as grandes oportunidades que ela ganha, são apenas uma maneira dessas pessoas terem acesso ao Anthony; a decepção dela quando percebe isso é palpável. Além disso, gosto como ela é racional e percebe que o Anthony tá surtando (infelizmente por motivos reais, mas ela não sabe disso) e vai embora, mas por amor ou lealdade (ou os dois) lá pelo final ela vai em busca da verdade, para entender se o que ele está falando é real ou não, ou como isso o afetou. E por último, em meio ao desespero e sofrendo abuso policial ela busca o auxílio de Candyman e é muito legal como o fato de ela ter chamado por ele com um propósito, ela se salva. Enquanto todos os outros burrinhos do filme, sempre chamam pelo Candyman em tom de deboche, só pela brincadeira, então todos se lascam.
3. Achei super interessante como eles guardam a Vanessa Williams até o final do filme, justamente por ela ser a pessoa que pode explicar tudo que o Anthony está enfrentando e com uma justificativa super plausível, com o fato de que ele claramente vive fugindo da mãe dele; esquecer jantares ou não visitar a mãe é algo regular na vivência dele.
4. A direção da Nia da Costa é fabulosa, a mulher sabe exatamente o que está fazendo em todos os momentos. Além de fugir da violência aos corpos negros, com o teatro de sombras, ela também foge de mostrar tudo a todo momento, o que também é muito bom, dá um ar diferenciado e torna a violência mais assustadora quando nós a vemos por completo. O body horror também é fabuloso, a mão do Anthony apodrecendo aos poucos, tem pouco foco nisso, mas a gente vai percebendo aos poucos os ferimentos tomando conta do corpo dele. Quando ele enfim encontra a mãe, que o negócio já tomou conta até do rosto dele, é assustador.
5. Além disso, o momento que a Briana fala que não sabe quem diz Candyman 5x no espelho, e logo em seguida aparece a adolescente branca é hilário.
6. Outra coisa que eu achei interessante foi a metáfora criada para o Candyman, como ele é uma forma que as pessoas escolheram lidar com o racismo e as injustiças sofridas diariamente por todo um povo, respeitando todo o legado construído pelo primeiro filme, com o Tony Todd, mas aumentando a lenda e enriquecendo ela, além de apresentar uma nova perspectiva; pois quando assistimos a Helen buscar o Candyman, ela está no alto de sua arrogância e descrença com a lenda, sendo até desrespeitosa com as pessoas que ela entrevista - talvez não na cara da pessoa, mas por estar fazendo pouco da crença alheia -, enquanto nessa sequência nós percebemos como as pessoas pretas enxergam o Candyman e como elas têm respeito pela lenda (nem todos, vide o irmão da Brianna, mas ainda assim, uma parte delas respeita, o que me leva ao próximo ponto…)
7. Eu senti falta de uns 10 minutinhos ali no final, para um discurso maior do vilão (se é que podemos chamá-lo assim), ficou parecendo que cortaram uma parte ali do final, onde ele se explicava melhor sobre o porquê de ter esperado tanto tempo por um novo Candyman e acho que fez falta. É claro que deu pra entender o suficiente do que ele queria, sobre reviver a lenda e usá-la no propósito de servir ao povo negro. Mas sem esses minutinhos extras, eu senti que ficou parecendo que tiraram os argumentos do fiofó ou algo como sempre esteve lá e só nós não vimos, mas não tava, não vi nenhum indicativo disso. Esses minutos não diminuem a genialidade e tudo de bom que o filme construiu, mas me deixou na sensação de que queria mais.