Decepcionante. Não é um desastre total, mas deixa muito a desejar. As cenas de ação são fracas e não empolgam, o confronto final aliás, é uma das lutas mais sem sentido que eu já vi num filme de super-herói. Apesar disso, a Gal Gadot está bem, os vilões tem boas motivações, mas o filme não consegue fazer jus ao que foi o primeiro longa.
O primeiro ato empolga, afinal, Rosamund Pike está muito bem no filme (ela manda muito fazendo personagens detestáveis né haha). Porém, a atuação dela é praticamente a única coisa que se salva aqui. O resto do elenco está bem, mas nada impressionante.
E assim, o filme vai se perdendo na própria história (que teria o potencial de ser bem melhor, pois a premissa é boa) e quando chega no terceiro ato, eu já estava torcendo para acabar logo pois não aguentava mais. É absurdo em cima de absurdo, uma forçada de barra tremenda. O filme acaba e você fica com aquele sentimento de "mano, mas que merda hein!"
Demorei muito pra assistir. Foi divertido, mas um pouco decepcionante também. Apesar de trazer algumas inovações narrativas, com as câmeras no capacete e outros núcleos de personagens, o filme se perde na própria invencionice. Aliás, essa parada de possessão parece contrapor a premissa do próprio primeiro longa.
Além disso, os protagonistas parecem ligeiramente (e propositalmente) mais burros nessa sequência, fazendo escolhas sem sentido quase sempre. Por exemplo, se separar quando não há a menor necessidade. Mas apesar disso tudo, ainda oferece bons sustos e bastante tensão.
O trailer nos vende um clássico (e até clichê) filme de suspense investigativo, mas logo no começo é possível perceber que há algo diferente. O elenco, por sua vez, está bem o suficiente, nada espetacular, mas bem. E isso é essencial num filme no qual precisamos nos importar com os protagonistas, suas motivações etc.
E ao meu ver, Pequenos Vestígios é sobre isso, seus personagens. A trama nos leva ao encalço de um serial killer desconhecido, mas ao mesmo tempo explora o psicológico dos investigadores, e esse é o diferencial do longa. Pode-se até argumentar que não é algo bem desenvolvido, mas eu discordo.
No fim das contas, é um drama recheado de suspense que fala sobre culpa e a obsessão nos quais alguém pode afundar para solucionar um crime!
Não é nada espetacular, e apesar de replicar a fórmula de tantos outros filmes, o fato de Ameaça Profunda se passar no fundo da Fossa das Marianas dá ao longa uma leve "originalidade". O elenco tá bem, inclusive a Kristen Stewart, que não acho tão má atriz como a galera gosta de dizer.
Em partes, a história me fez lembrar de alguns contos de Lovecraft, e além disso, tecnica e visualmente o filme é muito bem feito, o visual dos trajes submarinos, por exemplo, foi uma das coisas que eu mais gostei.
Enfim, o filme começa bem, com um ritmo bem acelerado, tão acelerado que às vezes tem uns cortes de uma cena pra outra que causam certa estranheza, mas perde força quando chega ao terceiro ato.
E no fim das contas acaba sendo um filme ok, sem muuitos problemas absurdos, mas sem algo realmente marcante. Ainda assim, diverte e vale a pena pra passar o tempo!
Apesar de ter gostado muito dessa nova obra de Scorsese, pra mim, não é o melhor filme dele. Porém, isso não torna o filme ruim de forma alguma, é só preferência mesmo. Ainda assim, vale ressaltar que O Irlandês é um filme difícil, e que com certeza não é para qualquer um. Nem tanto no sentido de complexidade e interpretação, mas no quesito de ritmo e duração, duas coisas que podem fazer as pessoas desistirem do longa.
O Irlandês tem vários momentos mais lentos, alguns até de certa contemplação (mas claro, nada próximo do que Scorsese fez em Silêncio, que é sensacional, à propósito), mas que vale tanto a pena. Eu vi numa tacada só (acharia um absurdo ser fã de O Senhor dos Anéis e não aguentar um filme de 3h29 haha). E de início, admito que o filme demorou para me conquistar, as cenas de De Niro jovem mas com movimentos de um idoso (que ele realmente é) me incomodaram um pouco. Porém, do segundo ato em diante, ainda mais por conta da impecável atuação de Al Pacino e, posteriormente (já na hora final), do próprio De Niro, o longa me ganhou por completo.
E é no último ato desse filme que Scorsese mostra a verdadeira força de sua história, é onde temos os momentos mais reflexivos e emocionantes, onde todas essas questões de família, paternidade, culpa e solidão vem à tona. E nada disso teria o efeito que teve se não fossem as horas anteriores que passamos conhecendo os personagens.
Enfim, é um ótimo elenco com atuações tremendas, uma bela produção em todos os aspectos técnicos, e apesar das críticas à duração, isso em nada deveria desmerecer o filme, afinal, vivemos em tempos líquidos, onde o cinema muitas vezes parece precisar ser frenético para ser apreciado.
É um filme lento, mas não cansativo, pois conseguiu me manter atento e comprometido do início ao fim. Como já conhecia partes da história de Henrique V, e também já tinha lido alguns livros a respeito, inclusive o ótimo Azincourt de Cornwell (que retrata a batalha do terceiro ato), admito que fiquei com altas expectativas.
Não que o filme seja ruim, mas senti falta de um tom mais épico. Porém, acredito que a ausência foi proposital. O filme tenta ser bem cru e realista, e com isso talvez perca um pouco de emoção, mas compensa em vários outros aspectos. As atuações, por exemplo, são ótimas e já valem muito a pena. Já a ambientação, a direção e praticamente todos os outros aspectos técnicos (som, figurino e etc), em nada deixam a desejar.
É perfeito? Não. Mas é um longa consistente que foge de alguns clichês do gênero e consegue ter tanto valor histórico quanto de entretenimento.
É um filme despretensioso. Lembra muito Águas Rasas em alguns aspectos, mas é inegavelmente divertido e competente. Tem uma ótima ambientação, bons efeitos visuais e consegue construir momentos de tensão genuína. Além de ter atuações muito boas por parte de Barry Pepper e Kaya Scodelario.
Tem seus clichês e umas conveniências do roteiro? Sim, mas ainda assim, diverte e nos compromete emocionalmente com os protagonistas. Ajustando suas expectativas, dá pra aproveitar muito!
Filme tão previsível que, nos créditos iniciais você já consegue deduzir todo o enredo, ou ao menos, as principais reviravoltas. No fim, é aquele típico filme que você assiste e automaticamente esquece, haja visto as atuações ruins, a produção fraca e a história incrivelmente batida e desinteressante!
Admito que não sabia muito o que esperar desse filme, e fui completamente surpreendido. Tanto pela narrativa, que é dinâmica e bem ritimada, quanto pelas ótimas atuações.
A história de Tonya Harding tem momentos tão absurdos, que é quase impossível de acreditar que não é ficção. Além disso, o longa tem mérito em mostrar o quão donosos relacionamentos abusivos podem ser, seja por parte da mãe, ou por parte do namorado.
Uma trajetória inegavelmente triste, de uma mulher que tinha um potencial gigantesco para o esporte, mas foi minada pelas próprias relações. Mas acredito que o filme não teria tanta força se não fosse A MARAVILHOSA atuação de Margot Robbie, que mulher incrível!
Sicario (o primeiro) é um dos meus filmes favorito, e confesso que fiquei bem desconfiado quando anunciaram essa sequência, ainda mais sem a presença de Villeneuve. Ao menos Taylor Sheridan permaneceu, e isso já ajudou bastante.
Óbvio que, Sicário: Dia do Soldado não é incrível como seu antecessor, mas ainda assim, consegue ser um bom filme. Mesmo que agora o filme acabe pendendo mais pro gênero de ação, não abre de mão de abordar assuntos que podem nos levar a alguma reflexão, seja a questão da imigração, do terrorismo ou do narcotráfico (e como a política, muitas vezes dúbia, dos Estados Unidos lida com tudo isso).
Além disso, apesar de não termos mais Emily Blunt na história (mas ao menos temos a grata surpresa de Isabela Moner), o longa conta com as poderosas presenças de Benicio Del Toro e Josh Brolin, e isso por si só, já é razão suficiente para assistir!
Um primor das sátiras políticas. A Morte de Stálin não é um filme que vai agradar a maior parte do público, pois tem um humor bem mais fora do mainstream. Armando Iannucci consegue não apenas nos fazer rir, mas refletir sobre a sede de poder presente no alto escalão soviético, presente no próprio ser humano.
Além disso, acredito que o maior mérito do diretor é conseguir extrair comédia de situações, que na vida real, nada tinham de cômicas. A luta pelo poder, o medo de falar algo errado na presença do líder soviético, e claro, a ótima cena em que o concerto tem que ser repetido só para que eles entreguem uma cópia gravada para Stalin.
Enfim, Iannuci faz um trabalho incrível de ambientação, e consegue balancear bem o clima de drama e comédia. Somado a isso tudo, ainda temos um elenco inspirado. Com toda certeza, um dos melhores filmes do ano, e quase obrigatório pra quem gosta de política e história!
Thor Ragnarok é bem melhor que seus antecessores, mas até aí, isso não é tarefa difícil, já que - apesar de alguns acertos - os dois primeiros filmes são bem sem graça. Mas com Taika Waititi na direção, o que não falta em Ragnarok é graça e diversão, mesmo tendo poucos momentos sérios e não explorando tão bem personagens como a Valquíria e o Executor, o filme entrega uma história até que bem contada!
A cenas do Thor com Hulk são ótimas e geram boas piadas, e falando nisso, como Waititi entende de comédia, quase nenhuma piada fica forçada (diferente do que aconteceu em Homem de Ferro 3, por exemplo). Já Hela, pode até não ser a vilã mais bem desenvolvida, mas a atuação é tão boa, que você releva isso fácil. Toda vez que ela aparecia, roubava a cena fácil, sério, CATE BLANCHETT TÁ SENSACIONAL.
No fim das contas, Thor Ragnarok não se leva tão a sério quanto os anteriores, e isso foi um de seus maiores acertos!
Há muito tempo eu não via um filme tão contemplativo quanto esse. São pouquíssimos diálogos, mas eles nem são realmente necessários, pois todos os sentimentos que o filme quer passar são bem desenvolvidos através das ações dos personagens. O ritmo pode incomodar alguns, mas vale muito a pena acompanhar esse belo filme. E falando em beleza, a fotografia é simplesmente sensacional e crucial para nos transmitir os sentimentos dos protagonistas, assim como a trilha sonora também.
No fim das contas, A Ghost Story não é apenas uma história de um rapaz que morre e que depois retorna para casa como um fantasma, é uma história sobre a fragilidade da vida, sobre a tristeza e o luto, e sobre a superação dessas coisas, sobre como -não importa o tempo que leve- devemos seguir em frente apesar das dificuldades. E que apesar de tudo, apesar de todo amor e experiência de vida, aos poucos, seremos esquecidos. Mas ainda assim, a vida vale a pena ser vivida!
Little Evil não é um filme espetacular, mas essa, claramente, nem é a pretensão dele. E apesar disso, o longa consegue divertir, misturando bem a atmosfera de terror com comédia, e a maioria da piadas funciona bem.
Além disso, o filme também presta várias referências a clássicos do terror, como A Profecia e Poltergeist, e sem parecer muito forçado. As atuações também funcionam bem, principalmente a de Owen Atlas, que consegue ser fofo e assustador quando quer. No fim das contas, Little Evil é divertido, um bom filme pra se ver só para passar o tempo!
Daniel Rezende faz sua estreia como diretor da melhor maneira possível, com um ótimo filme que conta a história bizarra de Arlindo Barreto, ou como o filme adaptou, de Augusto Mendes na pele do apresentador infantil Bingo (leia-se Bozo haha).
Mas não é só pela boa história que Bingo se destaca, os aspectos técnicos também são surpreendentes, seja a belíssima fotografia ou a ótima trilha sonora -umas das que eu mais gostei num filme nacional-, além de ter alguns plano-sequência muito bem feitos. Além de chamar atenção também pelas atuações, todo o elenco está ótimo e muito competente, em especial Leandra Leal (como a produtora Lucia) e Vladimir Brichta (como Bingo/Augusto). E falando nele, Vladimir simplesmente destrói nesse papel, tanto nas cenas engraçadas quanto nos momentos dramáticos.
Bingo consegue um feito raro em nosso cinema, pois não se trata de um filme cult como Aquarius ou Que Horas Ela Volta?, e também não é uma comédia pastelão e descartável como Até que a Sorte nos Separe, se trata de um filme que consegue equilibrar bem o entretenimento com reflexão. Um dos melhores do ano!
Amanda Knox tem uma pegada muito parecida com Making a Murderer, já que os dois documentários se tratam de suspeitos julgados por crimes relacionados a assassinato. Porém, enquanto Making a Murderer é uma história onde a perseguição e a falha do sistema judicial fica bem explícita, Amanda Knox é muito mais ambíguo e difícil de se chegar a alguma conclusão.
Ora, tudo nesse caso parece ser uma combinação das piores coisas possíveis, seja o investigador que se julga muito mais dedutivo do que realmente foi, seja o repórter que não se importava em transformar Amanda em um monstro mesmo sem provas ou fontes confiáveis, ou seja a própria Amanda e seu ex namorado, que hora pareciam inocentes, e hora se comportavam de maneira duvidosa.
Enfim, o caso de Amanda Knox choca, não só pelo crime horrível, mas por externalizar várias características bizarras do comportamento humano através dos envolvidos!
Death Note é mais uma prova de que o Ocidente ainda não conseguiu achar o equilibro para fazer uma boa adaptação de animes e mangás. Na verdade, poucos são os filmes em live action baseados nesse material que são tão impactantes quanto a obra original. Até porque, muitas vezes ou a adaptação fica literal demais e não funciona tão bem, já que cinema e anime tem linguagens diferentes, ou fica algo tão distante e descaracterizado do original, que ninguém gosta. E esse é provavelmente o caso desse filme.
No geral, essa produção pode ser caraterizada por uma palavra: desperdício. Adam Wingard desperdiça a ótima história do anime, adaptando da pior maneira possível. O filme tem pouco tempo, e se mostra incapaz de conseguir desenvolver qualquer personagem de maneira minimamente decente. Além de desperdiçar ótimos atores como o Willem Dafoe e Lakeith Stanfield. Em suma, todo aquele thriller investigativo com um toque sobrenatural, toda aquela reflexão sobre o quão válidas eram as atitudes de Kira, enfim, tudo o que o anime e o mangá tem de bom não aparece no filme, uma pena!
Quando anunciaram o retorno de Planeta dos Macacos em 2011, provavelmente ninguém diria que o reboot daria tão certo, pois deu, e apesar de alguns pequenos defeitos nesse último capítulo, "Planeta dos Macacos: A Guerra", consegue manter o bom nível de seus antecessores.
Matt Reeves volta para a direção, e temos também, mais uma incrível performance de Andy Serkis como César, mas além disso, o filme consegue distribuir bem a atenção para personagens secundários, aliado a isso, o longa é um show técnico, os efeitos especiais estão ainda melhores, o que torna os macacos ainda mais reais, a trilha sonora e a fotografia também são extremamente competentes, e tudo isso contribui para que possamos nos envolver ainda mais com a história.
Porém, não se engane, apesar de ter ótimas cenas de ação, e de ter "Guerra" em seu título, o filme não é um filme de guerra, na verdade, talvez seja o mais lento dos três, e o mais dramático também, e por mais que não tenha me incomodado, pode deixar algumas pessoas decepcionadas. Mas no fim das contas, o filme é muito bem executado, sensível e emocionante na medida certa, fechando uma das melhores trilogias desse século!
Apesar de ser uma história bem batida, que todo mundo já conhece ou já viu em algum outro filme, Baby Driver, compensa tudo isso com incríveis sequências de ação (aquela perseguição a pé me lembrou muito Heat de 95), com uma trilha sonora impecável, que literalmente dita o ritmo do filme, com personagens simples mas carismáticos o suficiente para que nos importemos com eles. Além da bela fotografia e dos cortes rápidos muito bem colocados, nos imergindo cada vez mais na ação!
Podem até criticar a falta de desenvolvimento de personagens, ou a história que não inova, mas nada disso importa, Edgar Wright inova na maneira de contar a história, nos diverte e nos entrega um dos melhores filmes do ano, que não é super profundo e complexo, mas que é milhares de vezes melhor do que um Transformers ou um Velozes e Furiosos da vida. Enfim, se você quer um filme que te divirta, cheio de ação e que ainda tem um boa história pra contar, Baby Driver é praticamente obrigatório!
Depois de ver críticas aclamando o filme e outras nem tanto, consegui finalmente assistir Dunkirk, o primeiro filme de Guerra de Nolan, mas que consegue fugir bem das convenções do gênero, primeiro porque aqui não temos uma narrativa linear como costumamos ver, e segundo, porque existe um grande distanciamento (proposital) dos possíveis protagonistas da história.
O filme tem poucos diálogos, mas as atuações são muito competentes e convincentes, com isso, as cenas são também impulsionadas com a incrível e angustiante trilha sonora de Hans Zimmer, as duas horas de filme passaram voando para mim, e eu me via prendendo a respiração em momentos tensos, não tanto pelo envolvimento com os personagens, mas porque a música e as cenas me jogavam numa bela imersão!
Dunkirk, através da fotografia, conseguiu mostrar a desolação da guerra e do cerco a Dunquerque, sem glamour ou violência "gratuita", e através da trilha sonora, nos faz sentir a tensão e o nervosismo da guerra, e apesar de ter algumas coisas que me tiraram um pouco filme, não posso negar que é mais um ótimo trabalho do Nolan, e que consegue trazer novos ares para um gênero carregado de clichês!
Durante minha infância e adolescência, o Homem-Aranha sempre foi um dos meus heróis favoritos, as HQ's, o desenho da década de 90 e os filmes do Sam Raimy (em especial o segundo), contribuíram ainda mais pra isso. E agora, graças ao fracasso dos dois filmes de 2012 e 2014, finalmente o cabeça de teia chegou ao MCU, naquele que é um dos seus melhores filmes, se não for o melhor!
Assim como em Deadpool, Homecoming consegue transferir a sensação de estarmos vendo uma HQ na tela, o filme consegue ser divertido e sério na mesma medida em que eram as histórias do Homem-Aranha, a essência do personagem, que apesar de super poderoso, tem problemas normais de pessoas normais, está ali, e o Tom Holland está perfeito no papel, seja no entregando o Peter Parker nerd que conhecemos, ou o Homem-Aranha piadista que amamos. Além disso, Michael Keaton como o Abutre, funciona igualmente bem, mostrando como se faz um bom vilão!
No fim das contas, o filme tem uma trama simples, mas que funciona muito bem, mostrando que às vezes, menos é mais! Com certeza, um dos melhores filmes da Marvel até agora!
ps: Além disso, o filme ainda nos entrega uma das melhores e mais criativas cenas pós créditos que eu já vi! haha
Eu, Daniel Blake é um filme extremamente necessário nos dias atuais, afinal de contas, mesmo se passando em Newcastle, a história de Daniel exemplifica a situação de centenas de milhões de pessoas ao redor do nosso mundo globalizado, que globalizou também os problemas sociais. Muitas vezes glamorizamos a vida nos países desenvolvidos, e o filme serve para nos mostrar que na vida real, as coisas não são bonitas, seja no Brasil ou na Inglaterra, toda nação possuí sua parcela de injustiça e desigualdade social, fruto do nosso sistema econômico/estatal que se alimenta desse ciclo vicioso de pobreza.
O filme inteligentemente não abusa do drama, na verdade, usa na medida certa pra nos fazer refletir e para criticar a burocracia estatal, e através disso nos apresenta diversas cenas tocantes. A abordagem crua acompanhada de atuações verdadeiras, aumentam o realismo, e assim o filme nos transmite todo o desconforto e incomodo da injustiça que presenciamos durante todo o longa, causando aquela sensação de revolta e de impotência, já que nada podemos fazer pelos protagonistas!
O mais triste de tudo isso é imaginar que diariamente milhões de pessoas passam por situações praticamente idênticas a do filme,
Pessoal tá muito extremo nos comentários, ou o filme é classificado como lixo ou como uma obra alegórica (cheia de camadas) sobre a juventude, mas ao meu ver, ele é nem um e nem outro. Primeiro de tudo, vale avisar que o filme é mais drama do que terror (muito mais), mesmo assim, nenhum desses dois aspectos são desenvolvidos com tanto esmero, talvez porque o próprio filme, em certos momentos, parece não saber onde quer chegar ou o quê quer passar através dessa bizarra história de canibalismo. Mas apesar disso, a história ainda é interessante.
Mas se o filme peca no desenvolvimento, ele no mínimo, se mostra extremamente competente nos aspectos técnicos. Seja na trilha sonora (que ajuda a aumentar a tensão e a repulsa de certas cenas), seja na bela fotografia (que dentro do Campus consegue passar um ar opressivo e ameaçador), além da maquiagem e dos efeitos práticos que são ótimos e que contribuem para o realismo das cenas,
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraDecepcionante. Não é um desastre total, mas deixa muito a desejar. As cenas de ação são fracas e não empolgam, o confronto final aliás, é uma das lutas mais sem sentido que eu já vi num filme de super-herói. Apesar disso, a Gal Gadot está bem, os vilões tem boas motivações, mas o filme não consegue fazer jus ao que foi o primeiro longa.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraO primeiro ato empolga, afinal, Rosamund Pike está muito bem no filme (ela manda muito fazendo personagens detestáveis né haha). Porém, a atuação dela é praticamente a única coisa que se salva aqui. O resto do elenco está bem, mas nada impressionante.
E assim, o filme vai se perdendo na própria história (que teria o potencial de ser bem melhor, pois a premissa é boa) e quando chega no terceiro ato, eu já estava torcendo para acabar logo pois não aguentava mais. É absurdo em cima de absurdo, uma forçada de barra tremenda. O filme acaba e você fica com aquele sentimento de "mano, mas que merda hein!"
[REC]² Possuídos
3.1 1,4K Assista AgoraDemorei muito pra assistir. Foi divertido, mas um pouco decepcionante também. Apesar de trazer algumas inovações narrativas, com as câmeras no capacete e outros núcleos de personagens, o filme se perde na própria invencionice. Aliás, essa parada de possessão parece contrapor a premissa do próprio primeiro longa.
Além disso, os protagonistas parecem ligeiramente (e propositalmente) mais burros nessa sequência, fazendo escolhas sem sentido quase sempre. Por exemplo, se separar quando não há a menor necessidade. Mas apesar disso tudo, ainda oferece bons sustos e bastante tensão.
Os Pequenos Vestígios
3.0 393 Assista AgoraO trailer nos vende um clássico (e até clichê) filme de suspense investigativo, mas logo no começo é possível perceber que há algo diferente. O elenco, por sua vez, está bem o suficiente, nada espetacular, mas bem. E isso é essencial num filme no qual precisamos nos importar com os protagonistas, suas motivações etc.
E ao meu ver, Pequenos Vestígios é sobre isso, seus personagens. A trama nos leva ao encalço de um serial killer desconhecido, mas ao mesmo tempo explora o psicológico dos investigadores, e esse é o diferencial do longa. Pode-se até argumentar que não é algo bem desenvolvido, mas eu discordo.
No fim das contas, é um drama recheado de suspense que fala sobre culpa e a obsessão nos quais alguém pode afundar para solucionar um crime!
Ameaça Profunda
3.0 627 Assista AgoraNão é nada espetacular, e apesar de replicar a fórmula de tantos outros filmes, o fato de Ameaça Profunda se passar no fundo da Fossa das Marianas dá ao longa uma leve "originalidade". O elenco tá bem, inclusive a Kristen Stewart, que não acho tão má atriz como a galera gosta de dizer.
Em partes, a história me fez lembrar de alguns contos de Lovecraft, e além disso, tecnica e visualmente o filme é muito bem feito, o visual dos trajes submarinos, por exemplo, foi uma das coisas que eu mais gostei.
Enfim, o filme começa bem, com um ritmo bem acelerado, tão acelerado que às vezes tem uns cortes de uma cena pra outra que causam certa estranheza, mas perde força quando chega ao terceiro ato.
E no fim das contas acaba sendo um filme ok, sem muuitos problemas absurdos, mas sem algo realmente marcante. Ainda assim, diverte e vale a pena pra passar o tempo!
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraApesar de ter gostado muito dessa nova obra de Scorsese, pra mim, não é o melhor filme dele. Porém, isso não torna o filme ruim de forma alguma, é só preferência mesmo. Ainda assim, vale ressaltar que O Irlandês é um filme difícil, e que com certeza não é para qualquer um. Nem tanto no sentido de complexidade e interpretação, mas no quesito de ritmo e duração, duas coisas que podem fazer as pessoas desistirem do longa.
O Irlandês tem vários momentos mais lentos, alguns até de certa contemplação (mas claro, nada próximo do que Scorsese fez em Silêncio, que é sensacional, à propósito), mas que vale tanto a pena. Eu vi numa tacada só (acharia um absurdo ser fã de O Senhor dos Anéis e não aguentar um filme de 3h29 haha). E de início, admito que o filme demorou para me conquistar, as cenas de De Niro jovem mas com movimentos de um idoso (que ele realmente é) me incomodaram um pouco. Porém, do segundo ato em diante, ainda mais por conta da impecável atuação de Al Pacino e, posteriormente (já na hora final), do próprio De Niro, o longa me ganhou por completo.
E é no último ato desse filme que Scorsese mostra a verdadeira força de sua história, é onde temos os momentos mais reflexivos e emocionantes, onde todas essas questões de família, paternidade, culpa e solidão vem à tona. E nada disso teria o efeito que teve se não fossem as horas anteriores que passamos conhecendo os personagens.
Enfim, é um ótimo elenco com atuações tremendas, uma bela produção em todos os aspectos técnicos, e apesar das críticas à duração, isso em nada deveria desmerecer o filme, afinal, vivemos em tempos líquidos, onde o cinema muitas vezes parece precisar ser frenético para ser apreciado.
O Rei
3.6 404É um filme lento, mas não cansativo, pois conseguiu me manter atento e comprometido do início ao fim. Como já conhecia partes da história de Henrique V, e também já tinha lido alguns livros a respeito, inclusive o ótimo Azincourt de Cornwell (que retrata a batalha do terceiro ato), admito que fiquei com altas expectativas.
Não que o filme seja ruim, mas senti falta de um tom mais épico. Porém, acredito que a ausência foi proposital. O filme tenta ser bem cru e realista, e com isso talvez perca um pouco de emoção, mas compensa em vários outros aspectos. As atuações, por exemplo, são ótimas e já valem muito a pena. Já a ambientação, a direção e praticamente todos os outros aspectos técnicos (som, figurino e etc), em nada deixam a desejar.
É perfeito? Não. Mas é um longa consistente que foge de alguns clichês do gênero e consegue ter tanto valor histórico quanto de entretenimento.
Predadores Assassinos
3.2 770 Assista AgoraÉ um filme despretensioso. Lembra muito Águas Rasas em alguns aspectos, mas é inegavelmente divertido e competente. Tem uma ótima ambientação, bons efeitos visuais e consegue construir momentos de tensão genuína. Além de ter atuações muito boas por parte de Barry Pepper e Kaya Scodelario.
Tem seus clichês e umas conveniências do roteiro? Sim, mas ainda assim, diverte e nos compromete emocionalmente com os protagonistas. Ajustando suas expectativas, dá pra aproveitar muito!
Obsessão Secreta
2.2 427Filme tão previsível que, nos créditos iniciais você já consegue deduzir todo o enredo, ou ao menos, as principais reviravoltas. No fim, é aquele típico filme que você assiste e automaticamente esquece, haja visto as atuações ruins, a produção fraca e a história incrivelmente batida e desinteressante!
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraAdmito que não sabia muito o que esperar desse filme, e fui completamente surpreendido. Tanto pela narrativa, que é dinâmica e bem ritimada, quanto pelas ótimas atuações.
A história de Tonya Harding tem momentos tão absurdos, que é quase impossível de acreditar que não é ficção. Além disso, o longa tem mérito em mostrar o quão donosos relacionamentos abusivos podem ser, seja por parte da mãe, ou por parte do namorado.
Uma trajetória inegavelmente triste, de uma mulher que tinha um potencial gigantesco para o esporte, mas foi minada pelas próprias relações. Mas acredito que o filme não teria tanta força se não fosse A MARAVILHOSA atuação de Margot Robbie, que mulher incrível!
Sicario: Dia do Soldado
3.5 234 Assista AgoraSicario (o primeiro) é um dos meus filmes favorito, e confesso que fiquei bem desconfiado quando anunciaram essa sequência, ainda mais sem a presença de Villeneuve. Ao menos Taylor Sheridan permaneceu, e isso já ajudou bastante.
Óbvio que, Sicário: Dia do Soldado não é incrível como seu antecessor, mas ainda assim, consegue ser um bom filme. Mesmo que agora o filme acabe pendendo mais pro gênero de ação, não abre de mão de abordar assuntos que podem nos levar a alguma reflexão, seja a questão da imigração, do terrorismo ou do narcotráfico (e como a política, muitas vezes dúbia, dos Estados Unidos lida com tudo isso).
Além disso, apesar de não termos mais Emily Blunt na história (mas ao menos temos a grata surpresa de Isabela Moner), o longa conta com as poderosas presenças de Benicio Del Toro e Josh Brolin, e isso por si só, já é razão suficiente para assistir!
A Morte de Stalin
3.6 134 Assista AgoraUm primor das sátiras políticas. A Morte de Stálin não é um filme que vai agradar a maior parte do público, pois tem um humor bem mais fora do mainstream. Armando Iannucci consegue não apenas nos fazer rir, mas refletir sobre a sede de poder presente no alto escalão soviético, presente no próprio ser humano.
Além disso, acredito que o maior mérito do diretor é conseguir extrair comédia de situações, que na vida real, nada tinham de cômicas. A luta pelo poder, o medo de falar algo errado na presença do líder soviético, e claro, a ótima cena em que o concerto tem que ser repetido só para que eles entreguem uma cópia gravada para Stalin.
Enfim, Iannuci faz um trabalho incrível de ambientação, e consegue balancear bem o clima de drama e comédia. Somado a isso tudo, ainda temos um elenco inspirado. Com toda certeza, um dos melhores filmes do ano, e quase obrigatório pra quem gosta de política e história!
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraThor Ragnarok é bem melhor que seus antecessores, mas até aí, isso não é tarefa difícil, já que - apesar de alguns acertos - os dois primeiros filmes são bem sem graça. Mas com Taika Waititi na direção, o que não falta em Ragnarok é graça e diversão, mesmo tendo poucos momentos sérios e não explorando tão bem personagens como a Valquíria e o Executor, o filme entrega uma história até que bem contada!
A cenas do Thor com Hulk são ótimas e geram boas piadas, e falando nisso, como Waititi entende de comédia, quase nenhuma piada fica forçada (diferente do que aconteceu em Homem de Ferro 3, por exemplo). Já Hela, pode até não ser a vilã mais bem desenvolvida, mas a atuação é tão boa, que você releva isso fácil. Toda vez que ela aparecia, roubava a cena fácil, sério, CATE BLANCHETT TÁ SENSACIONAL.
No fim das contas, Thor Ragnarok não se leva tão a sério quanto os anteriores, e isso foi um de seus maiores acertos!
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraHá muito tempo eu não via um filme tão contemplativo quanto esse. São pouquíssimos diálogos, mas eles nem são realmente necessários, pois todos os sentimentos que o filme quer passar são bem desenvolvidos através das ações dos personagens. O ritmo pode incomodar alguns, mas vale muito a pena acompanhar esse belo filme. E falando em beleza, a fotografia é simplesmente sensacional e crucial para nos transmitir os sentimentos dos protagonistas, assim como a trilha sonora também.
No fim das contas, A Ghost Story não é apenas uma história de um rapaz que morre e que depois retorna para casa como um fantasma, é uma história sobre a fragilidade da vida, sobre a tristeza e o luto, e sobre a superação dessas coisas, sobre como -não importa o tempo que leve- devemos seguir em frente apesar das dificuldades. E que apesar de tudo, apesar de todo amor e experiência de vida, aos poucos, seremos esquecidos. Mas ainda assim, a vida vale a pena ser vivida!
Pequeno Demônio
2.7 240 Assista AgoraLittle Evil não é um filme espetacular, mas essa, claramente, nem é a pretensão dele. E apesar disso, o longa consegue divertir, misturando bem a atmosfera de terror com comédia, e a maioria da piadas funciona bem.
Além disso, o filme também presta várias referências a clássicos do terror, como A Profecia e Poltergeist, e sem parecer muito forçado. As atuações também funcionam bem, principalmente a de Owen Atlas, que consegue ser fofo e assustador quando quer. No fim das contas, Little Evil é divertido, um bom filme pra se ver só para passar o tempo!
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraDaniel Rezende faz sua estreia como diretor da melhor maneira possível, com um ótimo filme que conta a história bizarra de Arlindo Barreto, ou como o filme adaptou, de Augusto Mendes na pele do apresentador infantil Bingo (leia-se Bozo haha).
Mas não é só pela boa história que Bingo se destaca, os aspectos técnicos também são surpreendentes, seja a belíssima fotografia ou a ótima trilha sonora -umas das que eu mais gostei num filme nacional-, além de ter alguns plano-sequência muito bem feitos. Além de chamar atenção também pelas atuações, todo o elenco está ótimo e muito competente, em especial Leandra Leal (como a produtora Lucia) e Vladimir Brichta (como Bingo/Augusto). E falando nele, Vladimir simplesmente destrói nesse papel, tanto nas cenas engraçadas quanto nos momentos dramáticos.
Bingo consegue um feito raro em nosso cinema, pois não se trata de um filme cult como Aquarius ou Que Horas Ela Volta?, e também não é uma comédia pastelão e descartável como Até que a Sorte nos Separe, se trata de um filme que consegue equilibrar bem o entretenimento com reflexão. Um dos melhores do ano!
Amanda Knox
3.6 229 Assista AgoraAmanda Knox tem uma pegada muito parecida com Making a Murderer, já que os dois documentários se tratam de suspeitos julgados por crimes relacionados a assassinato. Porém, enquanto Making a Murderer é uma história onde a perseguição e a falha do sistema judicial fica bem explícita, Amanda Knox é muito mais ambíguo e difícil de se chegar a alguma conclusão.
Ora, tudo nesse caso parece ser uma combinação das piores coisas possíveis, seja o investigador que se julga muito mais dedutivo do que realmente foi, seja o repórter que não se importava em transformar Amanda em um monstro mesmo sem provas ou fontes confiáveis, ou seja a própria Amanda e seu ex namorado, que hora pareciam inocentes, e hora se comportavam de maneira duvidosa.
Enfim, o caso de Amanda Knox choca, não só pelo crime horrível, mas por externalizar várias características bizarras do comportamento humano através dos envolvidos!
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraDeath Note é mais uma prova de que o Ocidente ainda não conseguiu achar o equilibro para fazer uma boa adaptação de animes e mangás. Na verdade, poucos são os filmes em live action baseados nesse material que são tão impactantes quanto a obra original. Até porque, muitas vezes ou a adaptação fica literal demais e não funciona tão bem, já que cinema e anime tem linguagens diferentes, ou fica algo tão distante e descaracterizado do original, que ninguém gosta. E esse é provavelmente o caso desse filme.
No geral, essa produção pode ser caraterizada por uma palavra: desperdício. Adam Wingard desperdiça a ótima história do anime, adaptando da pior maneira possível. O filme tem pouco tempo, e se mostra incapaz de conseguir desenvolver qualquer personagem de maneira minimamente decente. Além de desperdiçar ótimos atores como o Willem Dafoe e Lakeith Stanfield. Em suma, todo aquele thriller investigativo com um toque sobrenatural, toda aquela reflexão sobre o quão válidas eram as atitudes de Kira, enfim, tudo o que o anime e o mangá tem de bom não aparece no filme, uma pena!
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 954 Assista AgoraQuando anunciaram o retorno de Planeta dos Macacos em 2011, provavelmente ninguém diria que o reboot daria tão certo, pois deu, e apesar de alguns pequenos defeitos nesse último capítulo, "Planeta dos Macacos: A Guerra", consegue manter o bom nível de seus antecessores.
Matt Reeves volta para a direção, e temos também, mais uma incrível performance de Andy Serkis como César, mas além disso, o filme consegue distribuir bem a atenção para personagens secundários, aliado a isso, o longa é um show técnico, os efeitos especiais estão ainda melhores, o que torna os macacos ainda mais reais, a trilha sonora e a fotografia também são extremamente competentes, e tudo isso contribui para que possamos nos envolver ainda mais com a história.
Porém, não se engane, apesar de ter ótimas cenas de ação, e de ter "Guerra" em seu título, o filme não é um filme de guerra, na verdade, talvez seja o mais lento dos três, e o mais dramático também, e por mais que não tenha me incomodado, pode deixar algumas pessoas decepcionadas. Mas no fim das contas, o filme é muito bem executado, sensível e emocionante na medida certa, fechando uma das melhores trilogias desse século!
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraApesar de ser uma história bem batida, que todo mundo já conhece ou já viu em algum outro filme, Baby Driver, compensa tudo isso com incríveis sequências de ação (aquela perseguição a pé me lembrou muito Heat de 95), com uma trilha sonora impecável, que literalmente dita o ritmo do filme, com personagens simples mas carismáticos o suficiente para que nos importemos com eles. Além da bela fotografia e dos cortes rápidos muito bem colocados, nos imergindo cada vez mais na ação!
Podem até criticar a falta de desenvolvimento de personagens, ou a história que não inova, mas nada disso importa, Edgar Wright inova na maneira de contar a história, nos diverte e nos entrega um dos melhores filmes do ano, que não é super profundo e complexo, mas que é milhares de vezes melhor do que um Transformers ou um Velozes e Furiosos da vida. Enfim, se você quer um filme que te divirta, cheio de ação e que ainda tem um boa história pra contar, Baby Driver é praticamente obrigatório!
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraDepois de ver críticas aclamando o filme e outras nem tanto, consegui finalmente assistir Dunkirk, o primeiro filme de Guerra de Nolan, mas que consegue fugir bem das convenções do gênero, primeiro porque aqui não temos uma narrativa linear como costumamos ver, e segundo, porque existe um grande distanciamento (proposital) dos possíveis protagonistas da história.
O filme tem poucos diálogos, mas as atuações são muito competentes e convincentes, com isso, as cenas são também impulsionadas com a incrível e angustiante trilha sonora de Hans Zimmer, as duas horas de filme passaram voando para mim, e eu me via prendendo a respiração em momentos tensos, não tanto pelo envolvimento com os personagens, mas porque a música e as cenas me jogavam numa bela imersão!
Dunkirk, através da fotografia, conseguiu mostrar a desolação da guerra e do cerco a Dunquerque, sem glamour ou violência "gratuita", e através da trilha sonora, nos faz sentir a tensão e o nervosismo da guerra, e apesar de ter algumas coisas que me tiraram um pouco filme, não posso negar que é mais um ótimo trabalho do Nolan, e que consegue trazer novos ares para um gênero carregado de clichês!
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraDurante minha infância e adolescência, o Homem-Aranha sempre foi um dos meus heróis favoritos, as HQ's, o desenho da década de 90 e os filmes do Sam Raimy (em especial o segundo), contribuíram ainda mais pra isso. E agora, graças ao fracasso dos dois filmes de 2012 e 2014, finalmente o cabeça de teia chegou ao MCU, naquele que é um dos seus melhores filmes, se não for o melhor!
Assim como em Deadpool, Homecoming consegue transferir a sensação de estarmos vendo uma HQ na tela, o filme consegue ser divertido e sério na mesma medida em que eram as histórias do Homem-Aranha, a essência do personagem, que apesar de super poderoso, tem problemas normais de pessoas normais, está ali, e o Tom Holland está perfeito no papel, seja no entregando o Peter Parker nerd que conhecemos, ou o Homem-Aranha piadista que amamos. Além disso, Michael Keaton como o Abutre, funciona igualmente bem, mostrando como se faz um bom vilão!
No fim das contas, o filme tem uma trama simples, mas que funciona muito bem, mostrando que às vezes, menos é mais! Com certeza, um dos melhores filmes da Marvel até agora!
ps: Além disso, o filme ainda nos entrega uma das melhores e mais criativas cenas pós créditos que eu já vi! haha
Eu, Daniel Blake
4.3 532 Assista AgoraEu, Daniel Blake é um filme extremamente necessário nos dias atuais, afinal de contas, mesmo se passando em Newcastle, a história de Daniel exemplifica a situação de centenas de milhões de pessoas ao redor do nosso mundo globalizado, que globalizou também os problemas sociais. Muitas vezes glamorizamos a vida nos países desenvolvidos, e o filme serve para nos mostrar que na vida real, as coisas não são bonitas, seja no Brasil ou na Inglaterra, toda nação possuí sua parcela de injustiça e desigualdade social, fruto do nosso sistema econômico/estatal que se alimenta desse ciclo vicioso de pobreza.
O filme inteligentemente não abusa do drama, na verdade, usa na medida certa pra nos fazer refletir e para criticar a burocracia estatal, e através disso nos apresenta diversas cenas tocantes. A abordagem crua acompanhada de atuações verdadeiras, aumentam o realismo, e assim o filme nos transmite todo o desconforto e incomodo da injustiça que presenciamos durante todo o longa, causando aquela sensação de revolta e de impotência, já que nada podemos fazer pelos protagonistas!
O mais triste de tudo isso é imaginar que diariamente milhões de pessoas passam por situações praticamente idênticas a do filme,
muitas delas tendo o mesmo fim trágico de Daniel
Grave
3.4 1,1KPessoal tá muito extremo nos comentários, ou o filme é classificado como lixo ou como uma obra alegórica (cheia de camadas) sobre a juventude, mas ao meu ver, ele é nem um e nem outro. Primeiro de tudo, vale avisar que o filme é mais drama do que terror (muito mais), mesmo assim, nenhum desses dois aspectos são desenvolvidos com tanto esmero, talvez porque o próprio filme, em certos momentos, parece não saber onde quer chegar ou o quê quer passar através dessa bizarra história de canibalismo. Mas apesar disso, a história ainda é interessante.
Mas se o filme peca no desenvolvimento, ele no mínimo, se mostra extremamente competente nos aspectos técnicos. Seja na trilha sonora (que ajuda a aumentar a tensão e a repulsa de certas cenas), seja na bela fotografia (que dentro do Campus consegue passar um ar opressivo e ameaçador), além da maquiagem e dos efeitos práticos que são ótimos e que contribuem para o realismo das cenas,
a cena em que ela come o dedo da própria irmã, por exemplo, é de dar repulsa
No geral, o filme é bom e da um show nos aspectos técnicos, mas parece não saber direito aonde quer chegar!