Achei muito bacana. Gostei tanto do ator principal (Larry David), que me surpreendi por não ter lembrado dele em outros papéis principais. Ele ranzinza daquele jeito consegue ser carismático com seu humor sarcástico, pois as vezes diz a verdade nua e crua. É interessante como ele interage com o espectador. Claramente ele está ciente de que existem pessoas o observando, e isso, de ver o cenário completo, faz parte de algumas sacadas no filme. A Evan Rachel Woods está muito bem. Uma ninfetinha inocente e desesperada por abrigo. Ao passo que o filme se desenvolve, uma incomum relação vai se desenvolvendo entre os dois personagens. Temos também a trasnformação de praticamente todos os personagens ao decorrer do filme, que resulta em um final feliz e sensato. A mensagem principal do filme, que é muito bacana é: no meio desse mundo louco, toda a oportunidade que você tiver de dar e receber amor e prazer, faça isso, pois tudo pode dar certo. O humor do filme é muito bacana. Me peguei rindo várias vezes, com diálogos interessantes e discursos que remetem à vários conceitos filosóficos e políticos. Coisas de Woody Allen, que carrega seus filmes com referências às artes, entre outras coisas. Com certeza recomendo!
Eu assisti o primeiro filme umas 3 vezes de tanto que gostei. James Wan é um diretor em ascenção, e esse ano foram lançados dois filmes dele. O excelente "The Conjuring", e este "Insidious: Chapter 2", do qual irei falar. O filme é tão bom quanto o primeiro! Doses de suspense e terror na medida certa. O interessante, é que existe pouco CG. Muita maquiagem, e maquiagens bem feitas! Além disso, a história é macabra, e dessa vez realmente vemos o que está por trás da história. Eu não pensei que o roteiro seria tão bacana assim. O filme também tem um tom documental em algumas partes, quando mostra os dois ajudantes de investigações paranormais com suas câmeras. Tem uma cena em que a câmera está virada para outro lado, e vemos uma coisa macabra que os personagens não veem. Isso é boa direção, é dar ao espectador uma visão privilegiada e assim criar mais tensão. Tem algumas coisas que eu achei um tanto estranhas. Por exemplo, a parte em que os personagens estão no outro mundo, e daí eles voltam para cenas do primeiro filme, e então vemos que o que desencadeou certos eventos foi a atuação deles. Mas como assim, se isso foi no passado? Eles ainda não tinham estado la. Ou pode ser que tenha sido outra força maligna que estivesse rondando a casa mas não foi explicitada no filme. Esses saltos no tempo ficaram um pouco confusos para mim, mas acredito que devam ter alguma explicação que não encontrei, e isso certamente não influencia na tensão criada pelo filme. A trilha sonora é muito boa. Ja muito característica dos filmes de Wan, assim como o letreiro do filme, que aparece no início e no final. Eu estava tão ansioso para ver aquelas letras macabras novamente, com aquele fundo musical mais malévolo ainda. E valeu muito a pena. Com certeza recomendo este filme, assim como o primeiro. Ambos irão para coleção, de preferência, com abundância de extras!
Eu acho que tinha assistido quando guri, mas não lembrava de praticamente nada. Gostei bastante do filme. Tem várias cenas icônicas e muito bem feitas de ação. A cena que Johnny atira pra cima pois não tem coragem de atirar no personagem de Patrick, a cena do pulo de paraquedas em grupo (linda demais), todas as cenas de surf e também a cena da batida na casa são demais! Os assaltos aos bancos também são super estilosos. O filme ganhou sua marca registrada ao dar vida aos ex-presidentes assaltando os bancos. Qualquer pessoa que ver aquelas mascaras lembrará do filme. A trilha sonora é muito boa, fazendo jus ao estilo louco de viver dos personagens. É interessante também o envolvimento criado entre Johnny e Bohdi. Ele se apegou aquele estilo de vida, e conseguiu enxergar além dos bandidos, pessoas com uma vontade absurda de viver e um estilo de vida alternativo. Enfim, atuações que dão pro gasto (as vezes bem over), roteiro amarradinho e várias cenas memoráveis. Com certeza recomendo!
Assisti ao filme ontem, no cinema. Não achei ruim. Achei que oscila entre mediano e bom. Uma coisa que não me agradou muito foi a escolha da atriz para interpretar a Carrie. Eu adoro a Chloë, porém ela é muito bonitinha, ninfetinha e perfeitinha para ser zuada no colégio. Ok, existem traços de personalidades que ela demonstrou que seriam motivos de bullying. Porém, a Sissy Spacek era mais adequada para o papel. Ela tinha uma cara estranha, meia torta. Mas tirando isso, eu achei interessante a abordagem de Carrie que a menina deu neste filme. Muita coisa do filme anterior está ali, só que o bullying é usado de forma mais atual, com as tecnologias de informação de hoje. Eu acho que essa obra na verdade se trata de uma resposta idealizada que todas as pessoas que ja sofreram bullying gostariam de dar à alguém que as perturbou. Ser humilhada, mas descobrir que tem um poder mortal, ser pressionado até explodir e então usar isso de forma maléfica e violenta para se vingar é um deleite visual para quem ja quis se vingar de alguém. O filme tem bastante violência até. Eu achei a sequência após a festa (na rua) muito boa e com closes que mostram o poder da violência de Carrie. Achei o filme de 1976 melhor. Não vou negar. Até preciso revê-lo. Mas algumas coisas não ficaram devendo em nada aqui. Por exemplo, a atuação da Juliana Moore como a mãe fanática religiosa está muito boa. Ela está assustadora no filme, como deveria ser. Enfim, eu recomendo assistirem ao filme. Me diverti vendo e achei interessante ver esta nova abordagem do clássico de Stephen King.
Gostei do filme. Mais um clássico de Stephen King (que faz uma ponta como padre no filme) adaptado para as telas. Bastante suspense, tensão e alguns sustos. A história e o conceito são bem interessantes. Algumas coisas são bem datadas e pouco convincentes, mas de forma geral achei o filme bem bacana. É forte. Tem morte de criança e bastante sangue. Recomendo!
Achei muito legal. É uma sátira da Máfia, assim como do estilo americano de viver, e como ele permeia grande parte da cultura mundial. De Niro está bem aqui, assim como todo o elenco. Tem cenas engraçadas, diálogos muito bacanas, e algumas referências excelentes. A do cinema é a melhor. Outro ponto forte é o Tommy Lee Jones, que também está bem fazendo o que melhor sabe fazer. O papel de velho rabugento, que funciona muito bem aqui. Adorei a música do Gorillaz tocando na parte que a Máfia chega na cidade. Aquele sujeito líder do bando é muito o estereótipo do mafioso. Gostei dele. Se você ja viu alguns clássicos sobre Máfia, vai gostar do filme. É cheio de referências, tiradas engraçadas e algumas cenas de ação estilosas. Recomendo!
Não lembrava que o filme era tão bom. Eu o assisti quando era criança. Fala sobre um tema atual. Os sequestros. E ainda usa de pano de fundo a fronteira entre México e EUA, que é bem violenta. E é claro, fala sobre o famoso tema vingança, que aqui é muito bem mostrado. Denzel Washington está muito bem aqui, muito carismático, e inicalmente perdido na vida. É bonito de ver como o relacionamento dele com Pita vai se construído de forma linda, e ele vai pegando o gosto pela vida também. O Christopher Walken também está bem, como o amigão do protagonista Creasy. Mas com certeza quem brilha mais ao lado de Denzel é a linda, carismática e talentosa Dakota Fanning. O filme tem cenas de ação muito boas! O filme é bem violento. Quem gosta do estilo vai ficar satisfeito. Somando às cenas de drama e violência, a trilha sonora ajuda a construir o clima de forma intensa. O final também é muito bom. Nada de muito feliz ou fantasiado demais. É mais verossímil e redentor.
Reassisti ontem. Achei muito bom. Inclusive melhor que o primeiro. É uma desconstrução do Capitão Nascimento, e as proporções de suas ações são muito maiores. Aqui entramos mais ainda nos conflitos pessoais e profissionais dele. O roteiro é muito bom, as atuações (principalmente a do grande Wagner Moura) são muito bacanas, as cenas de ação muito bem filmadas, boa fotografia, trilha sonora legal. Enfim, tudo muito bem feito. Altamente recomendado! Ansioso pelo remake de "Robocop", do Padilha.
Eu gostei muito do primeiro filme, e também gostei muito desse. O que acho que muita gente não entende, é que esse filme não deve ser levado a sério. É pra ser over exagerado! É pra ser um cara bad ass, muita mulher gostosa e muitas insanidades na tela. E é isso que o filme se propoem a fazer, e faz muitíssimo bem. O roteiro é legal, as cenas de ação são muito criativas, a identidade visual da trilogia (sim, teremos Machete no espaço) muito bacana, e as peculiaridades da direção de Robert Rodriguez estão aqui novamente, como uma marca para os filmes do ex agente federal. O filme está cheio de diálogos engraçados e sacadas bacanas. Tem o Charlie Sheen como presidente em grande estilo, várias mulheres lindas com armas inusitadas, e um elenco, no mínimo interessante. Doses altas de diversão. Recomendo!
Mais um bom filme dos irmãos. Aqui, mais uma vez, a comédia se mistura com a tragédia. Somos apresentados a personagens que se mostram sem caráter. Dois desses personagens tentam chantagear outra pessoa, porém, a burrice desses personagens e o contexto da situação, que se torna muito confusa, resulta em uma completa confusão. É o típico desastre, ja mostrado em "Fargo". Tudo da errado! Os personagens vão se ligando aos poucos. No início não sabemos qual a relação de alguns com outros, mas a direção vai deixando isso claro aos poucos. Tem algumas cenas muito legais, na qual a direção mostra muito bem a característica paranóica de Harry. Claramente, a câmera se aproxima, nos dando um ponto de vista privilegiado, onde o observado não sabe de nada, e assim, reforça mais uma vez, que o rapaz está sendo observado. Outra cena interessante é quando o mesmo personagem acredita estar sendo perseguido, e então seus olhares todos são adaptados de acordo com sua paranóia. E os irmãos fazem isso muito bem. Do ponto de vista da câmera naquela hora (do próprio personagem), todos estão o perseguindo. Todo o elenco está bacana. Gostei muito do Brad Pitt como o personal trainer metido a malandrão, porém sem nada na cabeça. A personagem de Frances também é muito boa. Bem egoísta e oportunista. Outro que tem falas interessantes e engraçadas é o John Malkovich, que "explode" várias vezes aqui. Não achei tão bom quanto "Fargo", ou outras comédias dos Coen, mas achei interessante e vale assistir. É engraçado ver esse furação de coisas ruins acontecendo com os personagens, porque realmente temos a sensação de que estão tendo o que merecem. Recomendo!
Achei um bom filme. É um drama com pitadas de suspense. Personagens bem construídos, conflitos bem demonstrados e tensão bem criada. Só achei que é um tanto extenso e as vezes quase perde o ritmo. Gostei de todas as atuações. Mas com certeza o ponto mais alto desse filme são as reflexões que ele aborda. Um marido que fez uma escolha egoísta e acabou pagando um preço enorme por isso. Tudo pelo orgulho. Paralelamente, o policial com problemas conjugais encontra na tragédia do caso que investiga, uma saída para seus problemas, uma porta para a sinceridade e para sua redenção emocional. A cena do choro no carro é muito bonita. Gostei do desfecho para os personagens. As coisas se ajeitaram de uma maneira interessante, principalmente para o policial. Com a perda vista, também o paciente gay pareceu finalmente sentir remorso do que estava fazendo. Se você gosta de dramas sobre relacionamentos, pode ver que é bom. Recomendo!
Sempre li que Lynch era um loucão, e seus filmes não poderiam ser diferentes. Cheios de referências oníricas, este "Mulholland Dr." é um filme para poucos. Até me surpreendo como o filme tem uma nota tão alta no IMDB. Acho que nesse filme, podemos dividi-lo em duas partes. A primeira metade, é uma alucinação ou sonho de Betty (Naomi Watts), a segunda é a realidade, ou pelo menos, parte dela. Nessa primeira metade, somos introduzidos ao mundo subconsciente de Betty (Naomi), no qual ela pode ajudar sua nova amiga. Ela está em posição de ajudá-la. Assim, acaba estabelecendo um romance com a mesma. Diria que o filme ja vale pelas cenas das duas juntas. Lindíssimas! Nota-se também, que aqui, Betty é uma atriz muito competente, prestes a estrear em algo muito grandioso. Já na segunda metade do filme, vemos que tudo aquilo não se passava de um sonho. Várias pessoas vistas anteriormente aparecem, porém com origens e significados totalmente diferentes. Na verdade, Betty sente muita inveja pela carreira de Camilla (a "Rita do sonho), assim como sente-se sendo perdida para o diretor do filme que Camilla protagonizará. No final do filme, o que resta é o silêncio (simbolizado pela morte de Betty). Ou estou errado? Pelo que entendi, o rapaz loiro é contratado por Betty para assassinar Camilla. Estou errado? Ou o diretor? Uma coisa interessante, é que eu fiquei muito curioso para ver o que aconteceria. O filme te deixa tenso em vários momentos. David Lynch soube criar essa atmosfera muito bem. Esse filme aí deixa muitos filmes de terror "no chinelo"! É claro, que para mim ao menos, ficaram algumas dúvidas. Quem são os tais velhinhos amedrontadores? O mendigo atrás da lanchonete é apenas um mendigo? O que tem dentro do cubo que a chave estranha abre? Outro destaque é a trilha sonora, que é maravilhosa. Dentro do sonho de Betty, duas músicas cantadas em um teste para um filme são lindíssimas! Me digam o que pensam sobre o filme. Eu gostei bastante. É um filme difícil de ser digerido, cheio de nuances, fragmentos, que você vai pescando aos poucos. Verei outras vezes, provavelmente. Também procurarei ver os extras se comprar em BD futuramente.
Reassisti hoje, em BD. A qualidade está excelente. Acho esse filme bem bacana. Edward Norton como Bruce Banner é o ponto principal. Sempre carismático, ele consegue dar vida aqui ao cientista em apuros. Interessante que esse filme não reconta a origem do Hulk passo a passo. O filme nos dá algumas poucas imagens do que aconteceu com Banner, e então ja partimos da história no Brasil, onde ele está refugiado, tentando achar a cura para sua exposição aos raios gamma. Outro que está bem aqui é o Tim Roth, que faz um vilão maior ainda que o Hulk. Mais uma vez, vemos os interesses políticos por trás de filmes de super heróis. Alguém faz experimentos, descobrem algo, e querem logo transformar esse resultado em armas, destruição, etc. Essa é a função do General Ross. Resgatar Banner, e conseguir usar seus poderes em prol de armamentos. O filme tem muito CGI. É até convincente, mas ta na cara que é tudo digital. Mas obviamente, não poderia ser feito um personagem da natureza do Hulk sem esses efeitos. Alguns momentos do filme, são bem legais e lembram muito o personagem dos quadrinhos mesmo. Quando ele bate a cabeça na pedra, e quando grita "Hulk esmaga"! O filme tem várias sequências de ação muito bem feitas, um elenco competente e um desenvolvimento interessante. Bem fluído, sem enrolações. Se você quer ver um filme de super herói, para passar o tempo se divertindo com muita pancadaria e Liv Tyler, pode assistir que ta bem bacana!
Foi uma longa jornada de espera para assistir esse filme. No IMDB constava que ja tinha estreiado, mas eu nunca o encontrava.Eu estava curioso para assisti-lo ja fazia algum tempo. O motivo? Tem o Emile Hirsch como protagonista. E eu gosto bastante do que ele fez em "Killer Joe". O filme é bom. É um drama sobre a amizade de dois irmãos, que só tem um ao outro. O filme mostra alguns valores muito bonitos, principalmente a forte amizade entre os dois. A trama é mais ou menos assim: após Jerry atropelar um garoto por acidente, ele foge da cena do crime, desova o corpo e vai correndo contar para o seu irmão, desesperado. É aí que começam os planos para saírem impunes. A culpa começa a corroer Jerry. O mesmo faz algo para causar sofrimento a sí mesmo. Não contarei o que é. Ele de alguma forma, mesmo tentando fugir das consequências (pois ele seria punido, não importa se o que fez fosse ou não intencional), ainda quer recompensar a família do garoto. Os dois irmãos são artistas. Jerry desenha muito bem, e Frank é um ótimo contador de histórias. Geralmente o porto seguro dos personagens no filme, é quando Frank conta alguma história bacana para eles. A imaginação é seu refúgio. Através das histórias contadas, temos animações, com traços característicos de Jerry. O filme é muito bonito nesse aspecto. A animação é bem feita, e o visual bem criativo. Assim como o pano de fundo das histórias, que eu gostei bastante. A trilha sonora do filme é geralmente um folk com pitadas de blues. Adorei a trilha. Acho que caiu perfeitamente bem para ajudar a construir o clima de tensão e drama. No desenvolvimento dos personagens, temos aqui conflitos sobre escolhas, identidade, valores, entre outras coisas. O personagem Earl é como uma figura paterna para Frank, e de sua boca saem algumas das palavras mais bonitas do filme. A Dakota Fanning (muito gatinha) fez um papel bem coadjuvante no filme. Queria que ela tivesse mais tempo em tela. Mas ela é importante para trama, com certeza. Esse é um filme sobre circunstâncias difíceis, portanto escolhas difíceis e com personagens em conflito próprio. Se você gosta desse tipo de filme, pode asssistir. Eu recomendo!
Achei um bom filme. Nada de espetacular, mas com certeza tem algumas qualidades. Algumas cenas são muito bonitas. Muito bem filmadas, com uma fotografia muito clara, cheia de paisagens. A trama basicamente mostra duas pessoas se divorciando e o pai com dificuldade de se relacionar com o filho. Então o filho foge de casa alguns dias antes do seu aniversário. É então que a família tem que se reunir para achar o garoto. O filme é cheio de cenas com significados especiais. Aparentemente disconectadas da trama, essas cenas sugerem algumas interpretações do que pode significar cada coisa simbolicamente para o personagem. A trilha sonora é muito boa, ajudando a dar o clima do filme. Clima este, que começa bem tenso, em um frenesi que cresce bastante, até um certo ponto. Aqui não temos tiroteios, grandes perseguições ou muita ação. O que acontece depois de um certo tempo, é um redescobrimento do personagem principal (Tho. Vivido muito bem por Wagner Moura), uma interpretação nova dos acontecimentos e um amadurecimento emocional. Achei o final um tanto desapontador. Nada que realmente prejudique o filme, mas não está à altura do mesmo. Falando em desapontamento, uma das coisas que me incomodaram foi a atuação da Mariana Lima, que pareceu um pouco engessada e pouco convincente em alguns diálogos. Principalmente no primeiro diálogo que o casal tem no filme. O garoto eu também não achei nada demais. Poderiam ter escolhido outro. O ponto mais alto do filme é o Wagner Moura. Esse cara é demais. Até hoje só vi trabalhos muito bons dele. Super versátil e dedicado. Conseguiu viver muito bem o pai de família bem sucedido financeiramente, cuja a vida familiar está por um fio. Gostei muito do personagem. É um filme que aborda temas familiares muito comuns. A situação daquela família, principalmente a do casal se divorciando, representa a mesma situação de muitos casais brasileiros. Além disso, fala sobre o relacionamento entre pais e filhos, assim como o descobrimento pessoal. Recomendo!
Eu adorei "Distrito 9", e estava ansioso por esse filme. E achei MUITO BOM! Cumpriu todas as minhas expectativas. A trama é interessantíssima, pois é uma baita metáfora de desigualdade social, assim como uma excelente crítica. O personagem de Matt Damon é apenas mais um cidadão sem condições suficientes para ter uma vida decente, buscando melhores meios de sobrevivência. Muitos cidadãos facilmente poderiam se identificar com ele. Elysium, o lugar "sagrado", onde os afortunados vivem e tem todo o tipo de assistência possível, é extremamente segregador e autoritário. Só que em Elysium existem todos os recursos para curar e dar qualidade de vida para a maioria das pessoas no mundo, o que também existe aqui na terra. Existe dinheiro e comida para saciar a fome e curar muitas doenças no mundo inteiro. Mas daí existe a ganância e os interesses políticos que fazem com que isso não se concretize. A fotografia é bonita, contrastando com o planeta terra quase acabado, com a linda Elysium. Moderna e com tecnologia de ponta. Outros dois destaques são os brasileiros Alice Braga e Wagner Moura. Os dois estão muito bem em seus papéis, mas Wagner, que interpreta Spyder, uma espécie de revolucionário (aqui demonstrado pelas tecnologias digitais. Nada mais oportuno para nossa época.), quase não pode ser reconhecido. A voz está totalmente diferente, o look, as expressões faciais e a linguagem corporal. Achei excelente o trabalho que ele fez. Mas eu não poderia deixar de falar do espetacular Sharto Coopley. Não diria que é o mesmo ator que protagonizou “Distrito 9”, se não me dissessem. É impressionante o quanto esse homem é um camaleão. A brutal diferença física e psicológica de um personagem para o outro é de espantar. O sotaque também está totalmente diferente. E não da pra negar, que o personagem dele é um super antagonista badass. Confesso que fiquei tenso o filme inteiro. Achei a trama tão envolvente e os personagens tão carismáticos, que não via a hora de saber o que aconteceria. Para ajudar, a trilha sonora é muito boa, adicionando muita tensão, suspense e adrenalina na hora da pancadaria. Que está muito boa por sinal. Os efeitos são lindos, a identidade visual do filme criada também é muito bacana. As armas, armaduras, tudo está muito bonito. Com uma condução impecável, uma crítica social maravilhosa, atuações e efeitos espetaculares, Elysium vai pra minha coleção com certeza. E irei degusta-lo novamente, com todos os extras possíveis. Altamente recomendo!
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Assisti pela terceira vez "No Country For Old Men". Acho o filme muito bom! Os Coen sabem fazer cinema sério também. Aqui, a ambientação fica no Texas, em um lugar aparentemente calmo, com paisagens bonitas. Essas paisagens me parecem bem áridas, e ajudam a dar mais tom de seriedade ao filme. Ja no início do filme, esse ambiente começa a se mostrar não tão calmo assim. Visto pela perspectiva do Xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), um homem velho, que não consegue mais entender a violência e a criminalidade de sua terra. Ele se sente ultrapassado, sem pique para acompanhar os dias atuais. A personificação da violência no filme, Anton Chigurh (Javier Bardem) faz a melhor atuação aqui, na minha opinião. Todos estão muito bem, mas ele conseguiu criar um personagem totalmente insano, psicopata, e assim mesmo com um estranho senso de moralidade. O olhar, a maquiagem, o corte do cabelo, a arma incomum, tudo isso faz de Anton um personagem muito peculiar. O mistério que existe em volta dele também o faz mais assustador ainda. Então o Ed se ve totalmente estranho nessa nova "paisagem". Josh Brolin vive o homem que por acaso encontra uma maleta de dinheiro, fruto de uma negociação de drogas que deu errada, e então, nesses dias violentos, ele tem que enfrentar as consequências disso. É um filme de perseguição. Anton perseguindo Moss (Brolim), e Ed tentando entender tudo o que está acontecendo, e ao mesmo tempo tentando proteger Moss. Tem muita violência no filme, e ela é mostrada com muito realismo. Basicamente, o que extraí do filme, o significado, é que os velhos, ou seja, os "fracos", são aqueles que mantém seus valores e acabam perecendo. Pois o mundo violento requer outras ações, requer homens mais "fortes", dispostos a adaptar seus valores para sobreviver. É um filme sobre sobrevivência, essencialmente. Confesso que me baseei bastante na crítica do Pablo Villaça para dizer isso. Achei muito interessante a visão dele. Existem muitas cenas memoráveis. A cena em que Chigurh limpa a ferida e costura a si mesmo, é de notar o quão frio e preparado para situações adversas ele é. Todas as cenas em que somos apresentados à arma peculiar de Anton são marcantes. Mas uma das mais marcantes é a cena que basicamente nos apresenta o monstro que Chigurh é. Onde ele calmamente estrangula um policial com as algemas. Com um olhar devorador, uma precisão e calma de cirurgião. A trilha sonora também é boa, criando tensão para ajudar a construir o clima do filme. Eu acho esse o melhor filme dos Coen, e depois "Fargo". Ja vi vários filmes dos irmãos Coen e aprecio quase todos, e estou ansioso para ver o novo deles, que fala sobre um músico. O nome é "Inside Llewyin Davis". http://www.imdb.com/title/tt2042568/?ref_=nm_flmg_wr_3
Então, eu altamente recomendo este filme. E vocês? O que acharam? Como entendem o filme?
Muito bom! Esse é um daqueles filmes brasileiros super aclamados que eu ainda não havia assistido. O filme retrata as experiências do Dr. Drauzio Varella, no final da década de 80, no presídio Carandiru. Lá, ele ajuda no tratamento e na campanha contra a AIDS. O elenco aqui tem bastante gente conhecida. Inclusive, alguns do "Tropa de Elite" estão aqui. Outros atores ja vistos em outros filmes também são encontrados facilmente. O elenco é bem convincente, com exceção de alguns um tanto forçados, robóticos (como disse um colega nos comentários). Mas nada demais, nada que prejudique esse grande filme. Interessantíssimo como Dráuzio sabia separar seu julgamento das pessoas de seu trabalho como médico. Para ele não importava o quão horroso era o crime da pessoa. Ele estava ali para prestar o melhor serviço possível para todos. O filme trabalha com alguns flashbacks, mostrando o passado de alguns detentos, de como foram parar na cadeia. E isso tudo também é muito bem construído. Embora o filme seja longo, ele é muito gostoso de ser assistido. O ritmo não é lento, os diálogos são afiados e os personagens bem construídos. Juntamente com uma trilha sonora bem bacana, Héctor Babenco faz uma direção muito bacana. Algumas coisas que ficaram na minha cabeça: A cena do cachorro encarando o gato, a cena do sangue sendo varrido com água e sabão com a maior naturalidade, a leitura de um salmo que um rapaz faz no final, que se adequa totalmente à sua situação, entre outras coisas. É de se espantar com o tratamento da tropa de choque com os detentos. Muitas pessoas morreram brutalmente assassinadas, mesmo entregando suas armas e não reagindo. Mais uma vez, os interesses políticos falaram mais alto. Como era véspera de eleição, o governador não deixaria passar nada. Daí entramos naquela questão de direitos humanos. Existem uns que defendem que bandido deve morrer mesmo, e outros, que eles tem direito à várias coisas, como qualquer cidadão. Gostei muito do filme e recomendo! Quero fazer algumas observações: sou fã do Dráuzio Varella. Indico fortemente um livro dele, chamado "Por Um Fio". Ele relata durante sua carreira médica, várias experiências que ele teve com seus pacientes em estado grave. É muito bem escrito, emocionante, e tem muita sabedoria ali. Também não deixem de procurar entrevistas com ele, pois são muito boas. Ele é uma sumidade em sua área e ainda por cima tem opiniões muito bem fundamentadas sobre política, religião, entre outros assuntos.
Muito bacana. Um trio de protagonistas muito bom, com uma química grande. Mas o destaque aqui pra mim é Javier Bardem. O cara é excelente ator. Super versátil. Desde vilão excêntrico até conquistador dos tempos modernos. É impressionante, a linguagem corporal dele, o tom de voz, tudo da mais crédito ao personagem que ele construiu. Como de costume, Scarlett está linda aqui, e também muito fofa nessa personagem. É interessante notar, que mesmo as amigas tendo personalidades diferentes, ambas acabam sendo atraídas pelo mesmo homem. O Woody Allen propoem uma trama bem complicada, do ponto de vista dos personagens. Muita confusão emocional, indecisões e impulsividades em alguns momentos. Mas ele consegue mostrar a beleza do amor, mesmo entre um trio. Ele mostra isso de forma diferente. O amor não convencional. Errado? Pecaminoso? De que importa, se são felizes? Ainda é amor! São outros tipos de relacionamento. Os alternativos, os triângulos, as experimentações, etc... A fotografia é muito bonita, mostrando vários pontos lindos em Barcelona. Tirando isso, Cristina também tem um papel importante com fotografia no filme, pois aos poucos vai descobrindo sua vocação artística juntamente com seus relacionamentos. A trilha sonora também é muito bonita. Música espanhola da melhor qualidade. Muito violão bem tocado, alternando com o tema principal do filme, que é bem mais moderno. Um deleite para os ouvidos. Se você gosta de dramas com toques de comédias não muito clichês, pode assistir!
Esse filme encerra a "Cornetto Trilogy". Gostei do filme. Mas achei inferior aos dois anteriores. É que é realmente difícil superar aqueles. Mas o elenco está muito bem, tem tiradas engraçadas, visualmente o filme é muito bonito. O que é de surpreender é que tem várias cenas de ação, muito bem feitas. O filme alterna e mistura gêneros. Comédia e ação, e arrisco a dizer que com alguns toques de suspense. Isso é interessante e bem trabalhado. Eu assisti ao filme com legendas em inglês. Consegui entender toda a essência, mas algumas frases não. Então, como provavelmente comprarei, verei o filme novamente, com legendas em pt-br, para aproveitar ao máximo. Da pra ver que a trilogia, além de manter os atores (com algumas diferenças), tem sua marca registrada com a direção. As vezes cortes rápidos, com bastante zoom, narração off, entre outras nuances que a gente percebe ter visto nos outros filmes. Espero de coração que esse pessoal continue trabalhando em comédias e dando cada vez mais pérolas para nos deliciarmos. Sou um grande fã da trilogia, ja tenho os dois anteriores, e recomendo com muita força os três filmes. Pra quem não sabe, segue em ordem cronológica: "Shaun Of The Dead", "Hot Fuzz", e por último, este "The World's End". Pelo que percebi, a trilha sonora é mais calcada em rock alternativo, e achei bem legal, mas nenhuma canção me marcou muito, a ponto de lembrar dela e ir procurar. Mas achei bacana. Achei várias sacadas interessantes, engraçadas, e as vezes um pouco de exagero na atuação da um toque especial para esse tipo de filme. Ficou bem bacana. Tenho certeza que muita gente que curte beber, achou a idéia de fazer o tour bebendo pelos doze bares em uma noite muito bacana. Eu achei. Todo o companheirismo, as risadas, bebidas e o ambiente propício para esse tipo de coisa te faz querer sair com os amigos para uma bebedeira. Enfim, eu achei bem bacana, porém fiquei com a sensação de que é inferior aos anteriores. Mas vou rever com legendas em pt-br e talvez uma nova visão faça com que eu o ache parelho com os outros. Mesmo assim, recomendo!
Achei um filme mediano. O filme é até bem sombrio. Repleto de ambientes escuros e muitas coisas nojentas. Muitos insetos, corpos deteriorados, estereótipos palidos de sadismo (os cenobins), etc... A trama mostra uma espécie de triângulo amoroso muito bizarro. Uma mulher que se apaixona pelo seu cunhado (Frank), que acaba se envolvendo com forças ocultas e tendo que se esconder deles. Então, ela precisa fazer uma série de sacrifícios para que ele volte ao seu estado normal. Então, prepare-se: Um esqueleto, que aos poucos vai sendo alimentado com sangue humano, vai tomando forma mais parecida com um humano, até virar o irmão novamente. Achei os efeitos visuais bem toscos para os dias de hoje, mas fico me perguntando se no lançamento ele foi muito aclamado tecnicamente. Sabem me dizer isso? Tem algumas cenas bem bizarras e até assustadoras, com os pálidos demônios tentando levar Frank de volta para seu mundo de dor e prazer. Com certeza o Pinhead é um ícone dos filmes de terror. Não gosto quando não consigo comentar muito sobre um filme, mas esse não me prendeu o suficiente para que eu extraísse tantas coisas dele. Mas enfim, acho que acontece. Veredito: achei mais um filme de terror, bem lado "B". Nada demais. Só veja realmente se você aprecia o estilo.
Esse é o segundo filme da trilogia do casal que se conhece no trem. Agora vi os três. Gostei desse também. Segue o estilo do anterior. Diálogos o filme inteiro, sacadas bacanas, idéias muito interessantes, sobre amor e a vida no geral. A câmera acompanha o casal em longas caminhadas, por passeios em Paris, com vários lugares lindos. Nesse filme, entendemos os motivos dos personagens não terem cumprido sua promessa (pelo menos um deles). Eu fiquei curioso para saber como seria o final desse segundo filme, pois no terceiro o casal ja aparece consolidado, com casamento e filhos. Neste segundo, da a entender, quando Jesse perde o voo, que eles ficam juntos e não se afastam mais. A valsa da Julie Delpy é MUITO bonitinha. Me peguei ouvindo ela depois. Acho que até vou tirar no violão. O quanto uma noite pode marcar duas pessoas? Nesse caso, muito. Enfim, um filme gostoso (se você gosta de romances não tão usuais e de filmes parados, baseados quase que inteiramente em diálogos), com reflexões maravilhosas, e alguns olhares sobre os arquétipos que de certa forma representam muita gente na nossa sociedade. O rapaz que vive um casamento de mentira, a garota que não consegue se manter em um relacionamento, que tem dificuldade com o cotidiano. Além das idéias amorosas, o filme aborda temas como morte, religão, ambientalismo, política, e tudo de uma forma muito divertida. Várias coisas das quais penso conseguiram ser resumidas em poucas frases por ali. De forma geral, acho essa trilogia muito bacana. Altamente recomendado!
Esses dias, eu tinha assistido o último da trilogia. Eu nem sabia que eram três filmes. O que posso dizer é que gostei muito do último, e menos do primeiro. É bem bacana? É. Mas acho que o terceiro tem momentos mais legais. Esse filme mostra o casal se conhecendo. A fotografia é bonita, na Europa. A sensação de comodidade que o trem dá também é muito legal. Acho que os dois protagonistas estão muito bem e tem uma química bem interessante. A trilha sonora eu não achei tão legal. Não consigo me lembrar de uma música, tirando aquela que eles ouvem na cabine, que é muito bonita. Eu estou ansioso para ver o segundo filme, pois quero ver se eles irão cumprir a promessa do primeiro, ou irão se encontrar de outra maneira. Os diálogos entre o casal são muito legais. Eu concordo com muita coisa que foi dita ali. É um romance legal, não chega a ser um clichêzão dessas comédias românticas. Tem momentos engraçados e bastante conteúdo nas falas. O poema que o "mendigo" escreve é muito bonito. Até vou procurar depois. Se você curte filmes com romance, não tristes e com diálogos interessantes, pode ver. Mas que fique em mente: é um filme totalmente parado. Baseado essencialmente em diálogos.
Assisti "The Conversation", do Coppola. Achei um bom filme. Oscila entre o drama e o suspense. Basicamente, vemos um homem (Caull), que trabalha com vigilância, e em certo ponto, acha que as pessoas que está vigiando podem correr perigo de vida. É então que começa o dilema interno de quais são os seus deveres. O que ele deve fazer? Ele deve se preocupar com isso? o desenvolvimento de personagem é bem feito, e mostra um Caull recluso, praticamente sem vida privada, totalmente desconfiado, que não se abre para ninguém. Essa questão da vigilância, da invasão de privacidade é totalmente pertinente, ainda mais nos dias de hoje. A fotografia na maioria das vezes tem muitas sombras, foca em expressões faciais de Caull, sempre preoucupado. O diretor nos mostra um incidente que ele teve no passado, que o assola até hoje. Mais um motivo para ele se preocupar com seu trabalho. Com um final inesperado, com cenas com bastante tensão (poucas), juntamente com a trilha sonora de Cliff Martinez dando o tom ao filme, somos brindados com um filme interessante, com boa construção de personagens, a questão da privacidade invadida e poquíssima ação. É um filme lento, com bastante diálogos e também silêncio. O silêncio que cresce dentro do protagonista. A vontade que ele tem de botar o que está dentro dele pra fora. A música do filme é muito boa. Jazz de muita qualidade. As partes em que Call toca sax também são bonitas. Recomendo. Tenho que dizer que achei que faltou alguma coisa. Talvez mais suspense. Não sei ao certo. Não achei uma obra prima como "The Godfather", mas vale a pena. Só não espere tiroteios, ação e toda esse jeito hollywoodiano de mostrar as coisas.
Tudo Pode Dar Certo
4.0 1,1KAchei muito bacana. Gostei tanto do ator principal (Larry David), que me surpreendi por não ter lembrado dele em outros papéis principais. Ele ranzinza daquele jeito consegue ser carismático com seu humor sarcástico, pois as vezes diz a verdade nua e crua. É interessante como ele interage com o espectador. Claramente ele está ciente de que existem pessoas o observando, e isso, de ver o cenário completo, faz parte de algumas sacadas no filme.
A Evan Rachel Woods está muito bem. Uma ninfetinha inocente e desesperada por abrigo. Ao passo que o filme se desenvolve, uma incomum relação vai se desenvolvendo entre os dois personagens. Temos também a trasnformação de praticamente todos os personagens ao decorrer do filme, que resulta em um final feliz e sensato. A mensagem principal do filme, que é muito bacana é: no meio desse mundo louco, toda a oportunidade que você tiver de dar e receber amor e prazer, faça isso, pois tudo pode dar certo.
O humor do filme é muito bacana. Me peguei rindo várias vezes, com diálogos interessantes e discursos que remetem à vários conceitos filosóficos e políticos. Coisas de Woody Allen, que carrega seus filmes com referências às artes, entre outras coisas.
Com certeza recomendo!
Sobrenatural: Capítulo 2
3.4 1,2K Assista AgoraEu assisti o primeiro filme umas 3 vezes de tanto que gostei. James Wan é um diretor em ascenção, e esse ano foram lançados dois filmes dele. O excelente "The Conjuring", e este "Insidious: Chapter 2", do qual irei falar.
O filme é tão bom quanto o primeiro! Doses de suspense e terror na medida certa. O interessante, é que existe pouco CG. Muita maquiagem, e maquiagens bem feitas! Além disso, a história é macabra, e dessa vez realmente vemos o que está por trás da história. Eu não pensei que o roteiro seria tão bacana assim. O filme também tem um tom documental em algumas partes, quando mostra os dois ajudantes de investigações paranormais com suas câmeras. Tem uma cena em que a câmera está virada para outro lado, e vemos uma coisa macabra que os personagens não veem. Isso é boa direção, é dar ao espectador uma visão privilegiada e assim criar mais tensão.
Tem algumas coisas que eu achei um tanto estranhas. Por exemplo, a parte em que os personagens estão no outro mundo, e daí eles voltam para cenas do primeiro filme, e então vemos que o que desencadeou certos eventos foi a atuação deles. Mas como assim, se isso foi no passado? Eles ainda não tinham estado la. Ou pode ser que tenha sido outra força maligna que estivesse rondando a casa mas não foi explicitada no filme. Esses saltos no tempo ficaram um pouco confusos para mim, mas acredito que devam ter alguma explicação que não encontrei, e isso certamente não influencia na tensão criada pelo filme.
A trilha sonora é muito boa. Ja muito característica dos filmes de Wan, assim como o letreiro do filme, que aparece no início e no final. Eu estava tão ansioso para ver aquelas letras macabras novamente, com aquele fundo musical mais malévolo ainda. E valeu muito a pena.
Com certeza recomendo este filme, assim como o primeiro. Ambos irão para coleção, de preferência, com abundância de extras!
Caçadores de Emoção
3.7 471 Assista AgoraEu acho que tinha assistido quando guri, mas não lembrava de praticamente nada. Gostei bastante do filme. Tem várias cenas icônicas e muito bem feitas de ação. A cena que Johnny atira pra cima pois não tem coragem de atirar no personagem de Patrick, a cena do pulo de paraquedas em grupo (linda demais), todas as cenas de surf e também a cena da batida na casa são demais! Os assaltos aos bancos também são super estilosos. O filme ganhou sua marca registrada ao dar vida aos ex-presidentes assaltando os bancos. Qualquer pessoa que ver aquelas mascaras lembrará do filme.
A trilha sonora é muito boa, fazendo jus ao estilo louco de viver dos personagens. É interessante também o envolvimento criado entre Johnny e Bohdi. Ele se apegou aquele estilo de vida, e conseguiu enxergar além dos bandidos, pessoas com uma vontade absurda de viver e um estilo de vida alternativo.
Enfim, atuações que dão pro gasto (as vezes bem over), roteiro amarradinho e várias cenas memoráveis. Com certeza recomendo!
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraAssisti ao filme ontem, no cinema. Não achei ruim. Achei que oscila entre mediano e bom. Uma coisa que não me agradou muito foi a escolha da atriz para interpretar a Carrie. Eu adoro a Chloë, porém ela é muito bonitinha, ninfetinha e perfeitinha para ser zuada no colégio. Ok, existem traços de personalidades que ela demonstrou que seriam motivos de bullying. Porém, a Sissy Spacek era mais adequada para o papel. Ela tinha uma cara estranha, meia torta. Mas tirando isso, eu achei interessante a abordagem de Carrie que a menina deu neste filme.
Muita coisa do filme anterior está ali, só que o bullying é usado de forma mais atual, com as tecnologias de informação de hoje. Eu acho que essa obra na verdade se trata de uma resposta idealizada que todas as pessoas que ja sofreram bullying gostariam de dar à alguém que as perturbou. Ser humilhada, mas descobrir que tem um poder mortal, ser pressionado até explodir e então usar isso de forma maléfica e violenta para se vingar é um deleite visual para quem ja quis se vingar de alguém. O filme tem bastante violência até. Eu achei a sequência após a festa (na rua) muito boa e com closes que mostram o poder da violência de Carrie.
Achei o filme de 1976 melhor. Não vou negar. Até preciso revê-lo. Mas algumas coisas não ficaram devendo em nada aqui. Por exemplo, a atuação da Juliana Moore como a mãe fanática religiosa está muito boa. Ela está assustadora no filme, como deveria ser.
Enfim, eu recomendo assistirem ao filme. Me diverti vendo e achei interessante ver esta nova abordagem do clássico de Stephen King.
Cemitério Maldito
3.7 1,1K Assista AgoraGostei do filme. Mais um clássico de Stephen King (que faz uma ponta como padre no filme) adaptado para as telas. Bastante suspense, tensão e alguns sustos. A história e o conceito são bem interessantes. Algumas coisas são bem datadas e pouco convincentes, mas de forma geral achei o filme bem bacana. É forte. Tem morte de criança e bastante sangue.
Recomendo!
A Família
3.4 528 Assista AgoraAchei muito legal. É uma sátira da Máfia, assim como do estilo americano de viver, e como ele permeia grande parte da cultura mundial.
De Niro está bem aqui, assim como todo o elenco. Tem cenas engraçadas, diálogos muito bacanas, e algumas referências excelentes. A do cinema é a melhor. Outro ponto forte é o Tommy Lee Jones, que também está bem fazendo o que melhor sabe fazer. O papel de velho rabugento, que funciona muito bem aqui.
Adorei a música do Gorillaz tocando na parte que a Máfia chega na cidade. Aquele sujeito líder do bando é muito o estereótipo do mafioso. Gostei dele.
Se você ja viu alguns clássicos sobre Máfia, vai gostar do filme. É cheio de referências, tiradas engraçadas e algumas cenas de ação estilosas.
Recomendo!
Chamas da Vingança
3.9 677 Assista AgoraNão lembrava que o filme era tão bom. Eu o assisti quando era criança.
Fala sobre um tema atual. Os sequestros. E ainda usa de pano de fundo a fronteira entre México e EUA, que é bem violenta.
E é claro, fala sobre o famoso tema vingança, que aqui é muito bem mostrado.
Denzel Washington está muito bem aqui, muito carismático, e inicalmente perdido na vida. É bonito de ver como o relacionamento dele com Pita vai se construído de forma linda, e ele vai pegando o gosto pela vida também. O Christopher Walken também está bem, como o amigão do protagonista Creasy. Mas com certeza quem brilha mais ao lado de Denzel é a linda, carismática e talentosa Dakota Fanning.
O filme tem cenas de ação muito boas! O filme é bem violento. Quem gosta do estilo vai ficar satisfeito. Somando às cenas de drama e violência, a trilha sonora ajuda a construir o clima de forma intensa.
O final também é muito bom. Nada de muito feliz ou fantasiado demais. É mais verossímil e redentor.
Com certeza recomendo!
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista AgoraReassisti ontem.
Achei muito bom. Inclusive melhor que o primeiro. É uma desconstrução do Capitão Nascimento, e as proporções de suas ações são muito maiores. Aqui entramos mais ainda nos conflitos pessoais e profissionais dele.
O roteiro é muito bom, as atuações (principalmente a do grande Wagner Moura) são muito bacanas, as cenas de ação muito bem filmadas, boa fotografia, trilha sonora legal. Enfim, tudo muito bem feito.
Altamente recomendado! Ansioso pelo remake de "Robocop", do Padilha.
Machete Mata
3.1 749Eu gostei muito do primeiro filme, e também gostei muito desse. O que acho que muita gente não entende, é que esse filme não deve ser levado a sério. É pra ser over exagerado! É pra ser um cara bad ass, muita mulher gostosa e muitas insanidades na tela. E é isso que o filme se propoem a fazer, e faz muitíssimo bem. O roteiro é legal, as cenas de ação são muito criativas, a identidade visual da trilogia (sim, teremos Machete no espaço) muito bacana, e as peculiaridades da direção de Robert Rodriguez estão aqui novamente, como uma marca para os filmes do ex agente federal.
O filme está cheio de diálogos engraçados e sacadas bacanas. Tem o Charlie Sheen como presidente em grande estilo, várias mulheres lindas com armas inusitadas, e um elenco, no mínimo interessante.
Doses altas de diversão. Recomendo!
Queime Depois de Ler
3.2 1,3K Assista AgoraMais um bom filme dos irmãos. Aqui, mais uma vez, a comédia se mistura com a tragédia. Somos apresentados a personagens que se mostram sem caráter. Dois desses personagens tentam chantagear outra pessoa, porém, a burrice desses personagens e o contexto da situação, que se torna muito confusa, resulta em uma completa confusão. É o típico desastre, ja mostrado em "Fargo". Tudo da errado! Os personagens vão se ligando aos poucos. No início não sabemos qual a relação de alguns com outros, mas a direção vai deixando isso claro aos poucos.
Tem algumas cenas muito legais, na qual a direção mostra muito bem a característica paranóica de Harry. Claramente, a câmera se aproxima, nos dando um ponto de vista privilegiado, onde o observado não sabe de nada, e assim, reforça mais uma vez, que o rapaz está sendo observado. Outra cena interessante é quando o mesmo personagem acredita estar sendo perseguido, e então seus olhares todos são adaptados de acordo com sua paranóia. E os irmãos fazem isso muito bem. Do ponto de vista da câmera naquela hora (do próprio personagem), todos estão o perseguindo.
Todo o elenco está bacana. Gostei muito do Brad Pitt como o personal trainer metido a malandrão, porém sem nada na cabeça. A personagem de Frances também é muito boa. Bem egoísta e oportunista. Outro que tem falas interessantes e engraçadas é o John Malkovich, que "explode" várias vezes aqui.
Não achei tão bom quanto "Fargo", ou outras comédias dos Coen, mas achei interessante e vale assistir.
É engraçado ver esse furação de coisas ruins acontecendo com os personagens, porque realmente temos a sensação de que estão tendo o que merecem.
Recomendo!
Lantana
3.4 20SPOILERS!!!
Achei um bom filme. É um drama com pitadas de suspense.
Personagens bem construídos, conflitos bem demonstrados e tensão bem criada. Só achei que é um tanto extenso e as vezes quase perde o ritmo. Gostei de todas as atuações.
Mas com certeza o ponto mais alto desse filme são as reflexões que ele aborda. Um marido que fez uma escolha egoísta e acabou pagando um preço enorme por isso. Tudo pelo orgulho. Paralelamente, o policial com problemas conjugais encontra na tragédia do caso que investiga, uma saída para seus problemas, uma porta para a sinceridade e para sua redenção emocional. A cena do choro no carro é muito bonita.
Gostei do desfecho para os personagens. As coisas se ajeitaram de uma maneira interessante, principalmente para o policial. Com a perda vista, também o paciente gay pareceu finalmente sentir remorso do que estava fazendo.
Se você gosta de dramas sobre relacionamentos, pode ver que é bom. Recomendo!
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraCONTÉM SPOILERS!!!
Sempre li que Lynch era um loucão, e seus filmes não poderiam ser diferentes. Cheios de referências oníricas, este "Mulholland Dr." é um filme para poucos. Até me surpreendo como o filme tem uma nota tão alta no IMDB. Acho que nesse filme, podemos dividi-lo em duas partes. A primeira metade, é uma alucinação ou sonho de Betty (Naomi Watts), a segunda é a realidade, ou pelo menos, parte dela. Nessa primeira metade, somos introduzidos ao mundo subconsciente de Betty (Naomi), no qual ela pode ajudar sua nova amiga. Ela está em posição de ajudá-la. Assim, acaba estabelecendo um romance com a mesma. Diria que o filme ja vale pelas cenas das duas juntas. Lindíssimas! Nota-se também, que aqui, Betty é uma atriz muito competente, prestes a estrear em algo muito grandioso.
Já na segunda metade do filme, vemos que tudo aquilo não se passava de um sonho. Várias pessoas vistas anteriormente aparecem, porém com origens e significados totalmente diferentes. Na verdade, Betty sente muita inveja pela carreira de Camilla (a "Rita do sonho), assim como sente-se sendo perdida para o diretor do filme que Camilla protagonizará. No final do filme, o que resta é o silêncio (simbolizado pela morte de Betty). Ou estou errado?
Pelo que entendi, o rapaz loiro é contratado por Betty para assassinar Camilla. Estou errado? Ou o diretor?
Uma coisa interessante, é que eu fiquei muito curioso para ver o que aconteceria. O filme te deixa tenso em vários momentos. David Lynch soube criar essa atmosfera muito bem. Esse filme aí deixa muitos filmes de terror "no chinelo"!
É claro, que para mim ao menos, ficaram algumas dúvidas. Quem são os tais velhinhos amedrontadores? O mendigo atrás da lanchonete é apenas um mendigo? O que tem dentro do cubo que a chave estranha abre?
Outro destaque é a trilha sonora, que é maravilhosa. Dentro do sonho de Betty, duas músicas cantadas em um teste para um filme são lindíssimas!
Me digam o que pensam sobre o filme. Eu gostei bastante. É um filme difícil de ser digerido, cheio de nuances, fragmentos, que você vai pescando aos poucos. Verei outras vezes, provavelmente. Também procurarei ver os extras se comprar em BD futuramente.
O Incrível Hulk
3.1 881 Assista AgoraReassisti hoje, em BD. A qualidade está excelente.
Acho esse filme bem bacana. Edward Norton como Bruce Banner é o ponto principal. Sempre carismático, ele consegue dar vida aqui ao cientista em apuros. Interessante que esse filme não reconta a origem do Hulk passo a passo. O filme nos dá algumas poucas imagens do que aconteceu com Banner, e então ja partimos da história no Brasil, onde ele está refugiado, tentando achar a cura para sua exposição aos raios gamma.
Outro que está bem aqui é o Tim Roth, que faz um vilão maior ainda que o Hulk. Mais uma vez, vemos os interesses políticos por trás de filmes de super heróis. Alguém faz experimentos, descobrem algo, e querem logo transformar esse resultado em armas, destruição, etc. Essa é a função do General Ross. Resgatar Banner, e conseguir usar seus poderes em prol de armamentos.
O filme tem muito CGI. É até convincente, mas ta na cara que é tudo digital. Mas obviamente, não poderia ser feito um personagem da natureza do Hulk sem esses efeitos. Alguns momentos do filme, são bem legais e lembram muito o personagem dos quadrinhos mesmo. Quando ele bate a cabeça na pedra, e quando grita "Hulk esmaga"!
O filme tem várias sequências de ação muito bem feitas, um elenco competente e um desenvolvimento interessante. Bem fluído, sem enrolações. Se você quer ver um filme de super herói, para passar o tempo se divertindo com muita pancadaria e Liv Tyler, pode assistir que ta bem bacana!
A Vida em Motéis
3.1 53 Assista AgoraFoi uma longa jornada de espera para assistir esse filme. No IMDB constava que ja tinha estreiado, mas eu nunca o encontrava.Eu estava curioso para assisti-lo ja fazia algum tempo. O motivo? Tem o Emile Hirsch como protagonista. E eu gosto bastante do que ele fez em "Killer Joe". O filme é bom. É um drama sobre a amizade de dois irmãos, que só tem um ao outro. O filme mostra alguns valores muito bonitos, principalmente a forte amizade entre os dois.
A trama é mais ou menos assim: após Jerry atropelar um garoto por acidente, ele foge da cena do crime, desova o corpo e vai correndo contar para o seu irmão, desesperado. É aí que começam os planos para saírem impunes. A culpa começa a corroer Jerry. O mesmo faz algo para causar sofrimento a sí mesmo. Não contarei o que é. Ele de alguma forma, mesmo tentando fugir das consequências (pois ele seria punido, não importa se o que fez fosse ou não intencional), ainda quer recompensar a família do garoto.
Os dois irmãos são artistas. Jerry desenha muito bem, e Frank é um ótimo contador de histórias. Geralmente o porto seguro dos personagens no filme, é quando Frank conta alguma história bacana para eles. A imaginação é seu refúgio. Através das histórias contadas, temos animações, com traços característicos de Jerry. O filme é muito bonito nesse aspecto. A animação é bem feita, e o visual bem criativo. Assim como o pano de fundo das histórias, que eu gostei bastante.
A trilha sonora do filme é geralmente um folk com pitadas de blues. Adorei a trilha. Acho que caiu perfeitamente bem para ajudar a construir o clima de tensão e drama.
No desenvolvimento dos personagens, temos aqui conflitos sobre escolhas, identidade, valores, entre outras coisas. O personagem Earl é como uma figura paterna para Frank, e de sua boca saem algumas das palavras mais bonitas do filme.
A Dakota Fanning (muito gatinha) fez um papel bem coadjuvante no filme. Queria que ela tivesse mais tempo em tela. Mas ela é importante para trama, com certeza.
Esse é um filme sobre circunstâncias difíceis, portanto escolhas difíceis e com personagens em conflito próprio. Se você gosta desse tipo de filme, pode asssistir. Eu recomendo!
A Busca
3.4 714 Assista AgoraAchei um bom filme. Nada de espetacular, mas com certeza tem algumas qualidades. Algumas cenas são muito bonitas. Muito bem filmadas, com uma fotografia muito clara, cheia de paisagens.
A trama basicamente mostra duas pessoas se divorciando e o pai com dificuldade de se relacionar com o filho. Então o filho foge de casa alguns dias antes do seu aniversário. É então que a família tem que se reunir para achar o garoto. O filme é cheio de cenas com significados especiais. Aparentemente disconectadas da trama, essas cenas sugerem algumas interpretações do que pode significar cada coisa simbolicamente para o personagem.
A trilha sonora é muito boa, ajudando a dar o clima do filme. Clima este, que começa bem tenso, em um frenesi que cresce bastante, até um certo ponto. Aqui não temos tiroteios, grandes perseguições ou muita ação. O que acontece depois de um certo tempo, é um redescobrimento do personagem principal (Tho. Vivido muito bem por Wagner Moura), uma interpretação nova dos acontecimentos e um amadurecimento emocional.
Achei o final um tanto desapontador. Nada que realmente prejudique o filme, mas não está à altura do mesmo. Falando em desapontamento, uma das coisas que me incomodaram foi a atuação da Mariana Lima, que pareceu um pouco engessada e pouco convincente em alguns diálogos. Principalmente no primeiro diálogo que o casal tem no filme. O garoto eu também não achei nada demais. Poderiam ter escolhido outro.
O ponto mais alto do filme é o Wagner Moura. Esse cara é demais. Até hoje só vi trabalhos muito bons dele. Super versátil e dedicado. Conseguiu viver muito bem o pai de família bem sucedido financeiramente, cuja a vida familiar está por um fio. Gostei muito do personagem.
É um filme que aborda temas familiares muito comuns. A situação daquela família, principalmente a do casal se divorciando, representa a mesma situação de muitos casais brasileiros. Além disso, fala sobre o relacionamento entre pais e filhos, assim como o descobrimento pessoal.
Recomendo!
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraEu adorei "Distrito 9", e estava ansioso por esse filme. E achei MUITO BOM! Cumpriu todas as minhas expectativas.
A trama é interessantíssima, pois é uma baita metáfora de desigualdade social, assim como uma excelente crítica. O personagem de Matt Damon é apenas mais um cidadão sem condições suficientes para ter uma vida decente, buscando melhores meios de sobrevivência. Muitos cidadãos facilmente poderiam se identificar com ele. Elysium, o lugar "sagrado", onde os afortunados vivem e tem todo o tipo de assistência possível, é extremamente segregador e autoritário. Só que em Elysium existem todos os recursos para curar e dar qualidade de vida para a maioria das pessoas no mundo, o que também existe aqui na terra. Existe dinheiro e comida para saciar a fome e curar muitas doenças no mundo inteiro. Mas daí existe a ganância e os interesses políticos que fazem com que isso não se concretize.
A fotografia é bonita, contrastando com o planeta terra quase acabado, com a linda Elysium. Moderna e com tecnologia de ponta.
Outros dois destaques são os brasileiros Alice Braga e Wagner Moura. Os dois estão muito bem em seus papéis, mas Wagner, que interpreta Spyder, uma espécie de revolucionário (aqui demonstrado pelas tecnologias digitais. Nada mais oportuno para nossa época.), quase não pode ser reconhecido. A voz está totalmente diferente, o look, as expressões faciais e a linguagem corporal. Achei excelente o trabalho que ele fez.
Mas eu não poderia deixar de falar do espetacular Sharto Coopley. Não diria que é o mesmo ator que protagonizou “Distrito 9”, se não me dissessem. É impressionante o quanto esse homem é um camaleão. A brutal diferença física e psicológica de um personagem para o outro é de espantar. O sotaque também está totalmente diferente. E não da pra negar, que o personagem dele é um super antagonista badass.
Confesso que fiquei tenso o filme inteiro. Achei a trama tão envolvente e os personagens tão carismáticos, que não via a hora de saber o que aconteceria. Para ajudar, a trilha sonora é muito boa, adicionando muita tensão, suspense e adrenalina na hora da pancadaria. Que está muito boa por sinal. Os efeitos são lindos, a identidade visual do filme criada também é muito bacana. As armas, armaduras, tudo está muito bonito.
Com uma condução impecável, uma crítica social maravilhosa, atuações e efeitos espetaculares, Elysium vai pra minha coleção com certeza. E irei degusta-lo novamente, com todos os extras possíveis.
Altamente recomendo!
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Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraAssisti pela terceira vez "No Country For Old Men".
Acho o filme muito bom! Os Coen sabem fazer cinema sério também. Aqui, a ambientação fica no Texas, em um lugar aparentemente calmo, com paisagens bonitas. Essas paisagens me parecem bem áridas, e ajudam a dar mais tom de seriedade ao filme. Ja no início do filme, esse ambiente começa a se mostrar não tão calmo assim. Visto pela perspectiva do Xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), um homem velho, que não consegue mais entender a violência e a criminalidade de sua terra. Ele se sente ultrapassado, sem pique para acompanhar os dias atuais. A personificação da violência no filme, Anton Chigurh (Javier Bardem) faz a melhor atuação aqui, na minha opinião. Todos estão muito bem, mas ele conseguiu criar um personagem totalmente insano, psicopata, e assim mesmo com um estranho senso de moralidade. O olhar, a maquiagem, o corte do cabelo, a arma incomum, tudo isso faz de Anton um personagem muito peculiar. O mistério que existe em volta dele também o faz mais assustador ainda. Então o Ed se ve totalmente estranho nessa nova "paisagem".
Josh Brolin vive o homem que por acaso encontra uma maleta de dinheiro, fruto de uma negociação de drogas que deu errada, e então, nesses dias violentos, ele tem que enfrentar as consequências disso. É um filme de perseguição. Anton perseguindo Moss (Brolim), e Ed tentando entender tudo o que está acontecendo, e ao mesmo tempo tentando proteger Moss. Tem muita violência no filme, e ela é mostrada com muito realismo. Basicamente, o que extraí do filme, o significado, é que os velhos, ou seja, os "fracos", são aqueles que mantém seus valores e acabam perecendo. Pois o mundo violento requer outras ações, requer homens mais "fortes", dispostos a adaptar seus valores para sobreviver. É um filme sobre sobrevivência, essencialmente. Confesso que me baseei bastante na crítica do Pablo Villaça para dizer isso. Achei muito interessante a visão dele.
Existem muitas cenas memoráveis. A cena em que Chigurh limpa a ferida e costura a si mesmo, é de notar o quão frio e preparado para situações adversas ele é. Todas as cenas em que somos apresentados à arma peculiar de Anton são marcantes. Mas uma das mais marcantes é a cena que basicamente nos apresenta o monstro que Chigurh é. Onde ele calmamente estrangula um policial com as algemas. Com um olhar devorador, uma precisão e calma de cirurgião.
A trilha sonora também é boa, criando tensão para ajudar a construir o clima do filme.
Eu acho esse o melhor filme dos Coen, e depois "Fargo". Ja vi vários filmes dos irmãos Coen e aprecio quase todos, e estou ansioso para ver o novo deles, que fala sobre um músico. O nome é "Inside Llewyin Davis".
http://www.imdb.com/title/tt2042568/?ref_=nm_flmg_wr_3
Então, eu altamente recomendo este filme. E vocês? O que acharam? Como entendem o filme?
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Carandiru
3.7 748 Assista AgoraMuito bom! Esse é um daqueles filmes brasileiros super aclamados que eu ainda não havia assistido.
O filme retrata as experiências do Dr. Drauzio Varella, no final da década de 80, no presídio Carandiru. Lá, ele ajuda no tratamento e na campanha contra a AIDS.
O elenco aqui tem bastante gente conhecida. Inclusive, alguns do "Tropa de Elite" estão aqui. Outros atores ja vistos em outros filmes também são encontrados facilmente. O elenco é bem convincente, com exceção de alguns um tanto forçados, robóticos (como disse um colega nos comentários). Mas nada demais, nada que prejudique esse grande filme.
Interessantíssimo como Dráuzio sabia separar seu julgamento das pessoas de seu trabalho como médico. Para ele não importava o quão horroso era o crime da pessoa. Ele estava ali para prestar o melhor serviço possível para todos. O filme trabalha com alguns flashbacks, mostrando o passado de alguns detentos, de como foram parar na cadeia. E isso tudo também é muito bem construído.
Embora o filme seja longo, ele é muito gostoso de ser assistido. O ritmo não é lento, os diálogos são afiados e os personagens bem construídos. Juntamente com uma trilha sonora bem bacana, Héctor Babenco faz uma direção muito bacana. Algumas coisas que ficaram na minha cabeça: A cena do cachorro encarando o gato, a cena do sangue sendo varrido com água e sabão com a maior naturalidade, a leitura de um salmo que um rapaz faz no final, que se adequa totalmente à sua situação, entre outras coisas.
É de se espantar com o tratamento da tropa de choque com os detentos. Muitas pessoas morreram brutalmente assassinadas, mesmo entregando suas armas e não reagindo. Mais uma vez, os interesses políticos falaram mais alto. Como era véspera de eleição, o governador não deixaria passar nada. Daí entramos naquela questão de direitos humanos. Existem uns que defendem que bandido deve morrer mesmo, e outros, que eles tem direito à várias coisas, como qualquer cidadão.
Gostei muito do filme e recomendo! Quero fazer algumas observações: sou fã do Dráuzio Varella. Indico fortemente um livro dele, chamado "Por Um Fio". Ele relata durante sua carreira médica, várias experiências que ele teve com seus pacientes em estado grave. É muito bem escrito, emocionante, e tem muita sabedoria ali. Também não deixem de procurar entrevistas com ele, pois são muito boas. Ele é uma sumidade em sua área e ainda por cima tem opiniões muito bem fundamentadas sobre política, religião, entre outros assuntos.
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KMuito bacana. Um trio de protagonistas muito bom, com uma química grande. Mas o destaque aqui pra mim é Javier Bardem. O cara é excelente ator. Super versátil. Desde vilão excêntrico até conquistador dos tempos modernos. É impressionante, a linguagem corporal dele, o tom de voz, tudo da mais crédito ao personagem que ele construiu.
Como de costume, Scarlett está linda aqui, e também muito fofa nessa personagem. É interessante notar, que mesmo as amigas tendo personalidades diferentes, ambas acabam sendo atraídas pelo mesmo homem. O Woody Allen propoem uma trama bem complicada, do ponto de vista dos personagens. Muita confusão emocional, indecisões e impulsividades em alguns momentos. Mas ele consegue mostrar a beleza do amor, mesmo entre um trio. Ele mostra isso de forma diferente. O amor não convencional. Errado? Pecaminoso? De que importa, se são felizes? Ainda é amor! São outros tipos de relacionamento. Os alternativos, os triângulos, as experimentações, etc...
A fotografia é muito bonita, mostrando vários pontos lindos em Barcelona. Tirando isso, Cristina também tem um papel importante com fotografia no filme, pois aos poucos vai descobrindo sua vocação artística juntamente com seus relacionamentos.
A trilha sonora também é muito bonita. Música espanhola da melhor qualidade. Muito violão bem tocado, alternando com o tema principal do filme, que é bem mais moderno. Um deleite para os ouvidos.
Se você gosta de dramas com toques de comédias não muito clichês, pode assistir!
Heróis de Ressaca
3.4 507 Assista AgoraEsse filme encerra a "Cornetto Trilogy". Gostei do filme. Mas achei inferior aos dois anteriores. É que é realmente difícil superar aqueles. Mas o elenco está muito bem, tem tiradas engraçadas, visualmente o filme é muito bonito. O que é de surpreender é que tem várias cenas de ação, muito bem feitas.
O filme alterna e mistura gêneros. Comédia e ação, e arrisco a dizer que com alguns toques de suspense. Isso é interessante e bem trabalhado.
Eu assisti ao filme com legendas em inglês. Consegui entender toda a essência, mas algumas frases não. Então, como provavelmente comprarei, verei o filme novamente, com legendas em pt-br, para aproveitar ao máximo.
Da pra ver que a trilogia, além de manter os atores (com algumas diferenças), tem sua marca registrada com a direção. As vezes cortes rápidos, com bastante zoom, narração off, entre outras nuances que a gente percebe ter visto nos outros filmes.
Espero de coração que esse pessoal continue trabalhando em comédias e dando cada vez mais pérolas para nos deliciarmos. Sou um grande fã da trilogia, ja tenho os dois anteriores, e recomendo com muita força os três filmes. Pra quem não sabe, segue em ordem cronológica: "Shaun Of The Dead", "Hot Fuzz", e por último, este "The World's End".
Pelo que percebi, a trilha sonora é mais calcada em rock alternativo, e achei bem legal, mas nenhuma canção me marcou muito, a ponto de lembrar dela e ir procurar. Mas achei bacana.
Achei várias sacadas interessantes, engraçadas, e as vezes um pouco de exagero na atuação da um toque especial para esse tipo de filme. Ficou bem bacana.
Tenho certeza que muita gente que curte beber, achou a idéia de fazer o tour bebendo pelos doze bares em uma noite muito bacana. Eu achei. Todo o companheirismo, as risadas, bebidas e o ambiente propício para esse tipo de coisa te faz querer sair com os amigos para uma bebedeira.
Enfim, eu achei bem bacana, porém fiquei com a sensação de que é inferior aos anteriores. Mas vou rever com legendas em pt-br e talvez uma nova visão faça com que eu o ache parelho com os outros. Mesmo assim, recomendo!
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 857 Assista AgoraAchei um filme mediano. O filme é até bem sombrio. Repleto de ambientes escuros e muitas coisas nojentas. Muitos insetos, corpos deteriorados, estereótipos palidos de sadismo (os cenobins), etc...
A trama mostra uma espécie de triângulo amoroso muito bizarro. Uma mulher que se apaixona pelo seu cunhado (Frank), que acaba se envolvendo com forças ocultas e tendo que se esconder deles. Então, ela precisa fazer uma série de sacrifícios para que ele volte ao seu estado normal. Então, prepare-se: Um esqueleto, que aos poucos vai sendo alimentado com sangue humano, vai tomando forma mais parecida com um humano, até virar o irmão novamente.
Achei os efeitos visuais bem toscos para os dias de hoje, mas fico me perguntando se no lançamento ele foi muito aclamado tecnicamente. Sabem me dizer isso?
Tem algumas cenas bem bizarras e até assustadoras, com os pálidos demônios tentando levar Frank de volta para seu mundo de dor e prazer. Com certeza o Pinhead é um ícone dos filmes de terror.
Não gosto quando não consigo comentar muito sobre um filme, mas esse não me prendeu o suficiente para que eu extraísse tantas coisas dele. Mas enfim, acho que acontece.
Veredito: achei mais um filme de terror, bem lado "B". Nada demais. Só veja realmente se você aprecia o estilo.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraEsse é o segundo filme da trilogia do casal que se conhece no trem. Agora vi os três. Gostei desse também. Segue o estilo do anterior. Diálogos o filme inteiro, sacadas bacanas, idéias muito interessantes, sobre amor e a vida no geral. A câmera acompanha o casal em longas caminhadas, por passeios em Paris, com vários lugares lindos. Nesse filme, entendemos os motivos dos personagens não terem cumprido sua promessa (pelo menos um deles).
Eu fiquei curioso para saber como seria o final desse segundo filme, pois no terceiro o casal ja aparece consolidado, com casamento e filhos. Neste segundo, da a entender, quando Jesse perde o voo, que eles ficam juntos e não se afastam mais.
A valsa da Julie Delpy é MUITO bonitinha. Me peguei ouvindo ela depois. Acho que até vou tirar no violão.
O quanto uma noite pode marcar duas pessoas? Nesse caso, muito.
Enfim, um filme gostoso (se você gosta de romances não tão usuais e de filmes parados, baseados quase que inteiramente em diálogos), com reflexões maravilhosas, e alguns olhares sobre os arquétipos que de certa forma representam muita gente na nossa sociedade. O rapaz que vive um casamento de mentira, a garota que não consegue se manter em um relacionamento, que tem dificuldade com o cotidiano. Além das idéias amorosas, o filme aborda temas como morte, religão, ambientalismo, política, e tudo de uma forma muito divertida. Várias coisas das quais penso conseguiram ser resumidas em poucas frases por ali. De forma geral, acho essa trilogia muito bacana.
Altamente recomendado!
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraEsses dias, eu tinha assistido o último da trilogia. Eu nem sabia que eram três filmes. O que posso dizer é que gostei muito do último, e menos do primeiro. É bem bacana? É. Mas acho que o terceiro tem momentos mais legais. Esse filme mostra o casal se conhecendo. A fotografia é bonita, na Europa. A sensação de comodidade que o trem dá também é muito legal. Acho que os dois protagonistas estão muito bem e tem uma química bem interessante.
A trilha sonora eu não achei tão legal. Não consigo me lembrar de uma música, tirando aquela que eles ouvem na cabine, que é muito bonita.
Eu estou ansioso para ver o segundo filme, pois quero ver se eles irão cumprir a promessa do primeiro, ou irão se encontrar de outra maneira.
Os diálogos entre o casal são muito legais. Eu concordo com muita coisa que foi dita ali. É um romance legal, não chega a ser um clichêzão dessas comédias românticas. Tem momentos engraçados e bastante conteúdo nas falas. O poema que o "mendigo" escreve é muito bonito. Até vou procurar depois.
Se você curte filmes com romance, não tristes e com diálogos interessantes, pode ver. Mas que fique em mente: é um filme totalmente parado. Baseado essencialmente em diálogos.
A Conversação
4.0 231 Assista AgoraAssisti "The Conversation", do Coppola.
Achei um bom filme. Oscila entre o drama e o suspense. Basicamente, vemos um homem (Caull), que trabalha com vigilância, e em certo ponto, acha que as pessoas que está vigiando podem correr perigo de vida. É então que começa o dilema interno de quais são os seus deveres. O que ele deve fazer? Ele deve se preocupar com isso? o desenvolvimento de personagem é bem feito, e mostra um Caull recluso, praticamente sem vida privada, totalmente desconfiado, que não se abre para ninguém. Essa questão da vigilância, da invasão de privacidade é totalmente pertinente, ainda mais nos dias de hoje.
A fotografia na maioria das vezes tem muitas sombras, foca em expressões faciais de Caull, sempre preoucupado. O diretor nos mostra um incidente que ele teve no passado, que o assola até hoje. Mais um motivo para ele se preocupar com seu trabalho.
Com um final inesperado, com cenas com bastante tensão (poucas), juntamente com a trilha sonora de Cliff Martinez dando o tom ao filme, somos brindados com um filme interessante, com boa construção de personagens, a questão da privacidade invadida e poquíssima ação. É um filme lento, com bastante diálogos e também silêncio. O silêncio que cresce dentro do protagonista. A vontade que ele tem de botar o que está dentro dele pra fora.
A música do filme é muito boa. Jazz de muita qualidade. As partes em que Call toca sax também são bonitas.
Recomendo. Tenho que dizer que achei que faltou alguma coisa. Talvez mais suspense. Não sei ao certo. Não achei uma obra prima como "The Godfather", mas vale a pena. Só não espere tiroteios, ação e toda esse jeito hollywoodiano de mostrar as coisas.