>E eu pensando que nenhum outro filme do Tarantino serviria para limpar as botas de Pulp Fiction, e é óbvio que não é razoável compará-los, mas o fato é que ele me surpreendeu com, denovo, um cinema de altíssima qualidade. Que filmaço!
Naturalmente devo elogiar as atuações brilhantes; se antes eu admirava curiosamente o Chris Waltz, me tornei inquestionavelmente um fã de seu trabalho, embora não tenha visto a grande maioria das produções, o que pude acompanhar me deu a certeza de um grande ator com gabarito o suficiente para enfrentar diversas situações com a mesma classe e alto nível. A filmagem é encantadora, com uma fotografia agridoce, equilibrando violência (sempre parte do acordo ao se ver filmes de Quentin)”, com imagens deliciosamente agradáveis.
Contudo, para mim, a prova indiscutível da qualidade dessa fita está no roteiro: ambientado em um contexto histórico, com alguns personagens de nomes de pessoas reais, não a limitou. Souberam fazer uma ficção tão bem feita, até verossímil em certo ponto e, sobretudo, foi feito lindamente cinema, e nisso espero estar sendo claro: um filme que diverte, com alguns gêneros caminhando lado a lado, com uma linguagem cinematográfica aliada da irreverência e com um desenrolar envolvente e terrivelmente satisfatório. Enfim, uma opção maravilhosa para julgar o cinema contemporâneo, com a ficção e a realidade próximas, prezando, indiferentemente de uma ou outra, por um bom resultado, obtido com folga na minha humilde opinião.
>Cenas que achei lindas: -No primeiro ato, questionário ao Frances que estava escondendo judeus. -A discussão do inglês (Fassbender) na taverna, junto a um verdadeiro oficial nazista. -No final, quando foi jogado o cigarro para queimar as fitas que causariam fogo no cinema, a abordagem da câmera, em slow e closado, bem maneiro. E não me lembro bem, mas teve algo parecido, se não me engano com um copo de leite, usando o mesmo efeito. (y) -A negociação de Waltz com Pitt, para liberação desse.
>Notas: “Tarantino fez bom uso da experiência em 2ª guerra, sua violência tão usual parece natural, intrínseca ao período em que o filme se passa. -Que charme essa Shosanna (Mélanie Laurent), vou procurar vê-la denovo o quanto antes.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Fui escrever sobre Gladiador, de 2000, e não puder evitar de falar desse também, coincidentemente vi ambos na mesma época. Não sou de descer a lenha em filme. Mas esse, misericórdia! Quiseram usar um evento monstruosamente gigante historicamente, a erupção do vesúvio, pra chamar as pessoas pra uma história de impacto, mas daí fizeram um enredo dos mais fracos possíveis. O John Snow é um escravo, gladiador, estilo o Maximus do Gladiador do Ridley Scot, e esse filme tem mtttt semelhança com esse Gladiador consagrado. Mas pegaram a superficialidade ao tratar de Roma(enquanto império) e elevaram a 90%, e isso fizeram com tudo, personagens, romancezinho, e o próprio evento em si. Pode até servir como um filme distração, ou que agrade pessoas com espirito jovem, mas mesmo assim, tem que ser visto com muita generosidade.
As primeiras partes; da batalha com os germânicos e o conflito entre o imperador e seu filho, pareciam ser interessantes, mas a partir daí, o desenrolar dele como escravo, e gladiador, em nada me agradou.
Não gostei muito por 2 motivos: 1- Como é retratado o ambiente social de Roma, e o cenário político parece ser superficial pra uma época tão rica nesse sentido. 2- Se o foco fosse realmente a vida de um gladiador, ou desses guerreiros no geral, o filme mereceria outra abordagem, que realmente mostrasse isso.
Adorei o Phoenix, mostrou bem a complexidade do rapaz que queria, mas não conseguiu, ser amado pelo pai, e por isso eclodiu em um tirano terrível em busca do poder a qualquer custo, para provar a si mesmo, e ao pai, seu potencial.
Os principais desdobramentos da história estão ligados ao Maximus e ao Commodus, personagens bem desenvolvidos, apesar de ter um deslize (no meu caso, por exemplo, me sensibilizei mais pelo vilão que pelo herói), o que me deu a impressão de um drama com cenas de ação (algumas boas, como aquele malsucedido massacre na arena, em que Maximus comandou e venceu com os outros que estavam acorrentados), e boa presença de elementos de arte (trilha, figurino etc) ambientado em Roma, que serve apenas como pano de fundo. O que considero pouco para me agradar, principalmente porque eu buscava uma maior imersão no contexto histórico.
Fui meio receoso por imaginar uma mega produção do Spielberg. Com americanos falando sobre alemães já temos experiência das coisas horríveis que passam na tela (não que não tenham sido). Mas estava curioso se atrocidades na tela por três horas sustentariam o sucesso desse filme. E, evidentemente não. Existe um feeling muito sensato sobre o limite da abordagem de guerra, da violência e do sofrimento, em contraponto ao lado humano, que é o que mais interessa nesse caso, pois é aí que surge o sentimento de insatisfação e revolta com coisas desse tipo, e não só a aceitação como eventos históricos.
Não é de todo um filme sensível, nem era de se esperar que fosse (comovente é quase inevitável que o fosse), e eu não me arriscaria dizer que um filme histórico (um material jornalístico e tal), mas há um cuidado respeitável, começando por ser em preto e branco, uma decisão que achamos interessante no começo, e no final do filme percebemos o quanto é acertado. É visível também a preocupação com os idiomas, que estão o tempo todo marcados por sotaques e palavras nos idiomas envolvidos. As partes de arte, trilha, figurinos e ambientes são muito marcantes. Enfim, é um filme atípico para os padrões de Hollywood.
É muito justo em sua retratação do período junto à criação do personagem do Schindler, que é uma construção maravilhosa, e aí a longa duração do filme se faz justificável, é uma construção maravilhosamente bem feita, todo o desenvolvimento, desde um nazista desinteressado, até um cara com iniciativas filantrópicas, e por fim um herói. Realmente marcante, e no fim é impossível –muito impossível rs- não chorar.
Se não é um final à la “La Vita é Bella”, e nem um filme definitivo sobre nazismo e extermínio de judeus, faz jus ao que o filme formou como figura para o Schindler, e uma certa homenagem que é dedicada no fim aos os Judeus massacrados durante esse período da Guerra e de domínio nazista. E faz jus ainda à atuação memorável do Liam Neeson, uma coisa linda que só. E Ben Kingsley equilibradíssimo como sempre que o vi. Esse Schindler é um cara que devia ser mais conhecido, né? Que coisa mais linda pintaram esse cara no ultimo quarto do filme.
-"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro."
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Tom Hardy deu muita conta do recado, fez um Max que não deveu nada para o de Mel Gibson, e na minha opinião, trouxe um ar mais moderno, levou o Max além, envolvido em uma trama mais complexa do que nunca soube como manter a característica principal do personagem, poucas palavras mas cheio de dramas do passado o assombrando. Embora tenha deixado alguns brancos, como a menina que aparece em alguns momentos como um flash, o filme se aprofundou na temática mais que todos os outros, mostrou uma sociedade estabelecida, com um tirano tratado como divindade, com religião definida, (o Valhalla um conceito tirado da cultura nórdica, com uma função parecida), domínio do povo (através do lance da água) e um exército fiel (Retornando a meu outro comentário sobre os filmes, mais uma vez, uma sociedade muito próxima da realidade). O 2º não possuía uma sociedade estabelecida, e o terceiro não foi tão longe em mostrar o funcionamento da Vila. Às pessoas que reclamaram do roteiro, da história sem profundidade, que não demonstrou grande desenrolar da trama, é verdade, mas nunca a intenção do filme foi essa. A sociedade pós apocalíptica, e um cara perturbado que vive aventuras em meio a um cenário desolado num mundo sem paradeiro seguro está implícito a história, e contribuem muito para o entendimento. A finalidade de fazer um filme de ação, épico, com cenas de ação do começo ao fim está mais do que atingida, um filme memorável, cheio de emoção e cenas de encher os olhos. Quem vai com a intenção de curtir e ter uma diversão e sair de lá impressionado, sai maravilhado. Talvez a sala xd, com áudio e imagem ampliados tenha melhorado a sensação. De qualquer forma, considero uma experiência maravilhosa, um filme para ser revisto. O deslocamento do protagonista para dar prioridade às histórias mais importantes, como da Furiosa e do Nux, acho um atrativo interessante. Já que nos filmes anteriores, como nesse, Max esteve de passagem em um lugar, participando de uma aventura, nada mais normal, aprofundando-se na realidade e no ambiente, o personagem deslocar-se um pouco do protagonismo, o que não prejudica em nada na minha opinião. Impossível deixar de citar as figuras feminina que justificam a realidade contemporânea, com personagens objetivas e sem romancezinho onde não precisa haver, Furiosa e as velhas do vale verde são incríveis. A injustificável volta pelo mesmo caminho que trouxe tanto problemas não poderia ser mais óbvio, o filme não quer contar uma história usual, com enredo laçado para constituir um interesse maior longe de problemas e medo. A intenção é deleitar quem gosta do gênero com cenas maravilhosas e realidade admirável, um dos melhores filmes em modernidade de recursos (usou fodamente isso), e veracidade de colisões e um ambiente de total abandono que dá uma sensação de introdução total à loucura do filme. Pra quem viu o trailer, confie, foi o que me empolgou para ir até lá, e foi o que me presenteou com 2 horas indescritíveis. Foooda.
Para meus comentários dos filmes anteriores: 1º: http://filmow.com/comentarios/5551850/ 2: http://filmow.com/comentarios/5551895/ 3: http://filmow.com/comentarios/5555855/
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Uma história clichê, sobre o tempo e tal, mas que soube usar muito bem do humor, tiradas cômicas, para distinguir de outras comédias românticas que buscam mais o romantismo. A ficção, o negócio do tempo mal explicado, com uns limites meio estranhos, de não poder voltar antes do nascimento do filho, achei meio estranho, mas um elemento que contribui para agregar ao diferencial que a história possui dos filmes usuais. O humor fez eu gostar do filme, e o tornou aceitável e até divertido. Não é meu gênero preferido mas achei o filme fofo, com o Tim, mega carismático.
Considero um bom filme. Sem dúvidas é diferente dos dois primeiros, e não são, necessariamente, coesos, embora sejam muito coerentes. Se o primeiro veio para apresentar o Max, o segundo mostrou uma de suas aventuras, já "transformado no Mad", e serviu maravilhosamente para consolidar o personagem, esse terceiro teve uma função parecida, usou a imagem, agora, já constituída de Max e o colocou em meio a uma nova aventura, seguindo a lógica do Caos dos filmes anteriores. Como foi bem falado em outros comentários, o rejunte dessa trilogia é o mundo pós apocalíptico e o Max, a série acompanha a trajetória desse cara em meio a esse lugar louco. A coisa que mais percebo nesse terceiro filme, é o distanciamento na forma de produção. Não acredito que o parcial distanciamento do George Miller, o diretor, tenha causado isso, mas talvez o maior sucesso que o filme anterior fez, com crítica e tudo mais, percebi uma "americanizada" (com o perdão da palavra), e isso não é só pela aparição da Diva Turner (que fez um grande bem ao filme, com o tema musical imortalizado), mas porque o roteiro é recheado de elementos populares de uma forma que os outros não tinham, com piadas deslocadas e uma característica dramática, que embora o primeiro possua em certa dose, considero mais orgânico com o conjunto da história do que me pareceu a relação com as crianças nesse(talvez causado por eu ter lido alguns comentários antes de assistir, e depois, enquanto o fazia, fiquei com a comparação, com os meninos perdidos de Peter Pan, o tempo todo na cabeça), o que deixo claro, não considero defeito, só registrei uma observação, que talvez eu possa estar errado pois não encontrei fontes que abordassem o filme dessa forma para eu consultar.
Lupas: -O Bruce Spence que fez o capitão Gyro no filme passado fez uma personagem diferente dessa vez, o que é interessante, porque não lembro de outras "sagas" usarem o mesmo recurso. - O Blaster, ou Explosão, ser alguém deficiente é meio bizarro, dá uma brochada no clima explosivo do filme, até você se sente culpado de tudo na vida, usaram um elemento fortíssimo para justificar o desentendimento entre o Max e a personagem da Tina, não é algo absurdo, mas no minimo bizarro. -Ele ser poupado, no deserto, após aquela perseguição frenética, abre espaço para algumas interpretações interessantes.
Trilogia foda, que merece representar sua época de lançamento como um grande estouro, um universo diferente que convence e atrai, teve um primeiro filme maravilhoso, um segundo não menos melhor e um terceiro incrível, acho injusto a classificação desses em qualidade, o que vale é a obra completa, que é consagrada, inegavelmente, ao menos no gênero. E o fim, de "manter a luz acesa para quem voltaria para cara" sugeria uma continuação que já devia ter sido feita há muito tempo. Talvez seja sido bom para marinar bem pra esse que lança daqui a 3 dias. Dessa forma encerro meus comentários sobre a trilogia.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Como o primeiro filme indicou que a história teria uma continuação, esse 2º teve um papel importante para mostrar, onde o pacato Max do inicio do primeiro filme, com uma vida tradicional, com família e bom em seu emprego, estava inserido. As disputas por combustível são mais que justificáveis quando tratamos de um lugar devastado como são aqueles desertos, onde pessoas buscavam uma forma de subsistir e se locomover na busca por melhores condições,( parecido com as grandes metrópoles de hoje, em que muitos viram feras ao serem expostos à situações adversas, com poucos outros tendo uma boa condição). Enfim, o filme estava mais preocupado em mostrar o resultado dos grandes conflitos que figuravam como realidade mundial, graças a guerra fria, com dois lado batalhando por seus ideais, despreocupados com as pessoas envolvidas nisso. Chato! quase todo mundo deve saber disso, mas, o interessante, é que graças ao primeiro filme, em que o pacato Max foi desnorteado por aquela reviravolta que sofreu, surge nesse já como um GuErreiro da Estrada, uma figura sagaz, destemida, fria, mas acima de tudo perspicaz e obstinado(em relação a sua forma de vida, não ao destino em si, pois estava, como disse, desnorteado, e à sorte do destino). É apresentado a um desafio e chance de ter pelo que lutar, e aceita. Como no outro filme, os últimos 30 mn são cruciais para ele ser "irritado", exposto a uma situação incomoda que despertará a fera que ele possui em si, e sairá vitorioso. Mais um grande filme, com a inserção de um personagem bacana, o dono das serpentes. E ainda assim, abre parenteses para uma continuação, todos que assistiram, querem saber mais, do que houve com o Max. E ninguém imagina, vendo Braveheart que Gibson fora tão bonito como mostra nesses filmes de Mad Max. kkkk :]
Para entender melhor minha compreensão da série, leia a minha panorâmica do primeiro filme que está intricado ao segundo: http://filmow.com/comentarios/5551850/
Adorei, e percebe-se que eles tem uma preocupação muito grande em construir primeiramente o ambiente em que Max vive, sem discutir muito o contexto em que ele está inserido, o que é feito no inicio do segundo filme. E a partir da ambientação fazem uma mega história, cheia de elementos de ação, que empolgam quem gosta do gênero, com um drama adicional, que acaba sendo a justificativa do título. Mad, é uma característica, talvez da série, o plano(trama) é todo discorrido, te envolvendo com a história, te trazendo pro enredo, justificando qualquer loucura que possa ser feita em nome do bem, que é representado por Max, e nos últimos, 30,40 minutos tudo é posto em prova, e Max é provocado a mostrar o melhor dele, e o guerreiro que traz em si. Muito legal ver como criaram esses personagens tão originais, trazendo uma grande força de elementos reais, mas deixando a ficção clara também, uma distopia de alto nível. Atenção para a trilha que é de deixar qualquer um denso e imaginar-se nas condições de quem vive naquele cenário desolado.
-O universo de James Bond toma uma boa direção nesse filme. Gostei bastante da forma que foram desenvolvidas as dianteiras da organização SPECTRE armando para Ingleses e Russos. O inicio é um pouco complicado, e requer repetição em uma ou outra cena pra quem não é familiarizado com a série de filmes, mas após o primeiro terço do filme, em que a trama é basicamente toda armada e as intenções ficam claras, é muito prazeroso ver o desenrolar da segunda parte e ver o último ato bombástico; até me surpreende, como um filme utiliza de tantos recursos de ação, e consegue constituir uma história tão longeva de tamanha qualidade. O Connery ganha uma intimidade visível com o personagem de Bond, ele está muito mais autêntico nesse segundo filme, e a atriz que interpreta Tatiana Romanova é simplesmente espetacular, como mulher principalmente. -2 acréscimos que vi em comentários de colegas, abaixo, e concordo. 1: Abertura maravilhosa. 2: "Vamos ou eu deixo-lhe aí", disse Bond várias vezes à sonolenta Romanova. Ri demais.
-Obs: [Apesar de toscas eu ri bastante das duas piadinhas, primeiro de Kerim Bey "Ele não devia ter aberto a boca", e depois de Bond "Ela sabia bater as botas"] kkk
Adorei a ideia de ambientar uma história na grande depressão, e mais, inserido numa realidade circense. Esperava pouco por ser um best seller e tal, que minha irmã leu e desaprovou o filme por achá-lo inferior à qualidade do livro. Mas de qualquer forma gostei bastante. Realmente a ambientação me cativou, e me fez lembrar da minha infância com "Dumbo", rss. Só faço uma ressalva, que tem que ser feita com considerações(vi sábado pela globo, então foi dublado e tal), mas, de qualquer forma não posso deixar de falar, que a atuação do Pattinson foi tosca. Eu evito falar isso porque as vezes o personagem exige esse comedimento do ator, e ele com toda sua elegância expressa muito carisma no olhar e pelo sorriso, embora seja desequilibrado por Christoph Waltz, muito bom. Enfim, se o filme merece um desconto foi isso, que foi o único baixo mais grotesco, o romance justamente pela atmosfera do circo tornou-se um pouco diferente e não deixou o enredo óbvio, usando a elefanta (Rose) como centro de um triângulo amoroso.
Gostei, fez bem o que procuro em filmes de heróis, boas cenas de ação, com lutas e cenas exageradas, tipo aquela luta entre Hulk e o Homem de ferro com uma mega armadura, é a hora que a grana que essas produtoras dispõem pra fazer esses filmes se mostram valiosas como mecanismos de entretenimento e diversão. E do meu ponto de vista superou o primeiro filme justamente por explorar mais esse requisito. Dois pontos que me incomodam, não necessariamente prejudicam o filme, mas que considero mal inseridas, como as piadas forçadas para darem graça para os personagens, às vezes funcionam, muitas outras não. Também, o paralelo que fazem sempre com os quadrinhos. No caso de "A vingança de Ulton" eu tinha conhecimento do arco e percebi as referências que fazem em vários momentos a situações do quadrinho, não sei para quem não leu, mas imagino que essas ocasiões geram um vácuo incomodo para quem se interessou apenas em acompanhar os filmes, da mesma forma que alguém que leu os quadrinhos, suponho, não sinta a importância dessa forçosa demonstração de paralelo (por referências; falas ou comportamentos) entre os universos das Hq's com o dos filmes. E para finalizar, sem querer ser chato, mas ainda não exijo tanto do 3D, classifico como uma tecnologia em aperfeiçoamento, não o vejo como uma contribuição que acrescenta muito ao filme. Apenas uma opinião, aceito qualquer coisa que acrescente.
Fui ao cinema esperançoso por ver um filme brasileiro que eu havia adorado o trailer, título e sinopse, e Casa Grande correspondeu. Casa Grande discute questões importantes pro Brasil enquanto sociedade heterogênea, expondo seus atrasos de forma divertida e irônica. Sinais do potencial do cinema nacional. Um dos melhores que vi recentemente. Adorei. #avanteancine Por mts produções desse nível.
Daora como o diretor, principalmente na primeira parte do filme, usa uma linguagem corporal ambígua, explora a sensualidade (no sentido sensitivo) da menina e do narrador para situações que a leitura pode ser tanto pela inocência da menina, quanto pelo olhar malicioso de Humbert, como ela sentada em frente À geladeira, pisando no pé dele, sentando no colo dele, etc. ISso, aliás, tem que ser o norte para os expectadores dessa história, toda ela é contada através da perspectiva de Humbert, o narrador.
Adorei. Um ótimo entretenimento, e um marco importante na história do cinema americano. Destacam-se a elegância singular de Connery e a qualidade técnica com a qual o filme é feito. Realmente é admirável como esse representa os gêneros em que está introduzido, principalmente ação e aventura.
Esse filme é um charme só, Gilda é uma beleza maciça, e que voz... E o roteiro é apoiado em diálogos, que poderiam ser destacados de qualquer momento do filme que teríamos frases impactantes: "Eu também te odeio Johnny. Odeio-te tanto que acho que morrerei disso". "Put the blame on Mame", que número! Cada detalhe, de seus movimentos, transmite uma sensualidade bastante singular da atriz, aliado a sua beleza e a elegância do noir. Belíssimo filme.
Bardem costuma fazer papéis que aparentam existirem só para ele. A decadência física da personagem Uxbal não é tão brutal, mas a mudança emocional é tão visível que torna-se impossível não nos sentirmos tocados com a história. Em um mundo complexo, em que atitudes indesejadas precisam ser tomadas, erros são cometidos, e a nossa esperança é de algo melhor lá na frente, o constrangimento é contido, caso da relação descontente de Uxbal, junto ao mercado de exploração e outras ilegalidades. E quando sua contagem é curta, a situação mostra sua real face, e a transformação que o cenário exigia parece impossível. Esse é o ambiente psicológico de Uxbal, junto aos conflitos internos, um lance espiritual, uma ligação forte com seu pai, que estava presente em seus pensamentos, e o fazia se cobrar de uma proteção para seus filhos, da qual não recebeu. Os filhos, que eram tratados com certa frieza, embora bem auxiliados pelo pai, zeloso. E esses elementos são o material que Iñáritu precisa, porque é aí que ele faz o que sabe muito. Que é usar diversos fatores conflitantes, e casa-los, orquestrando o filme de maneira intensa, e com uma fluidez incrível. A dedicatória de Iñaritu para seu pai no final do filme faz parecer o titulo mais belo ainda, a simplicidade e a importância envolvida na figura do pai, nos remete diretamente aos esforços feitos pelo protagonista em prol de seus filhos.
Agora só fico a pensar, me sobraram alguns questionamentos. Primeiro sobre a sensibilidade do protagonista de comunicar-se ou enxergar pessoas que haviam morrido há pouco, assim como as borboletas negras que assolavam o teto, sempre que ele olhava, e por fim, o que seria aquilo mais a frente, que Uxbal, pergunta para o jovem no fim do filme, seu pai?
Encantador, principalmente, pelos números de dança, coreografias muito bem ensaiadas, por atores, não bastasse, destacados, mas também, grandes dançarinos. Como sempre, os musicais me cativando, obviamente, pelas músicas bem executadas, mas, principalmente pela dança, é aí que me fisgam de fato. Meu número favorito é "Make 'em laugh", (do dançarino impecável, como Kelly, Donald O'Connor), tal qual, lógico, o tema. Bela retratação de um momento muito interessante. Sobretudo, uma grande aula sobre cinema. Adorei tê-lo como fonte de aprendizado, de forma leve e divertida, sobre as grandes transformações iniciais de uma mídia tão adorada, que continua a nos surpreender, de outras maneiras, com suas inovações.
Palmas para o enredo, merece. Roteira bem amarrado. Cronologia se impõe bem, apesar de não ser sequencial, não confunde. E Samuel L. Jackson de tantos filmes, nesse, mostra seu melhor.
Parece uma história um pouco pessimista, um depreciador do socialismo cubano, que ao encontrar um lugar teoricamente mais livre, em que imaginava que pudesse ser o "dono do mundo", ou que o mundo seria dele, percebeu que as coisas poderiam te escravizar de uma forma tão cruel quanto a outra, te tomando pelo inconsciente, o dinheiro te fazendo acreditar que tudo vale a pena; a cena dele na banheira em frente a uma TV é a demonstração disso, a futilidade do luxo. A ascensão e queda dele é prova disso. Frutos do mesmo motivo. Não gosto dessas lições de moral, em que o personagem é punido pelo exagero e ganância, mas como faz parte de um enredo, em que esse motivo se explica e combina com a proposta, chega a ser agradável, tendo o escrachado e descolado Tony Montana como uma espécie de herói no fim, um louco corajoso e ousado, visto de certa forma. Achei realmente foda o Al Pacino. Uma daquelas atuações que impressionam. Apresenta-se autêntico e convincente. Gostei do desenvolvimento linear da história, que dá um tom mais light. Filme marcado pela violência exagerada, nos dias atuais já não mais impressiona tanto por isso. Grande filme, que explica bastante da fórmula que muitas ações, até hoje, ainda cortejam.
Birdman ou a inesperada virtude da ignorância. Filme foda, vale o ingresso. Distante das comédias comuns, respeita e até exige um pouco do público. Dramaticidade bem dosada. Atores fodas. Trilha a base de Batera, Monstra. Sem takes, filme td corrido. daora! Um cara obcecado pela fama, através de seu contato com o que seria o "apice da arte", ou super realismo, num ato de loucura completa, atinge seu objetivo a um custo discutível, e consegue libertar seu birdman interno, a voz da vaidade e das coisas fúteis que são enfeitadas com o glamour do sucesso absoluto. É um grande resumão, que até desrespeita algumas nuances do filme, que preenche agradavelmente a história com requintes tecnicos que tornam o filme ainda mais aprazível. Recomendo mt. Atores fodas, adoro Zach Galifianakis, dez Edward Norton e Emma Stone. Michael Keaton tb.
Gostei. O filme usa da crueza de imagens e de uma linguagem explicita, tanto verbal quanto gráfica, para construir uma história que discute questões sociais importantes. No final da segunda parte é revelado o alicerce da história, e que nos leva a reavaliar o preconceito que pudemos ter em algum momento lançado à personagem. E se toda história tivesse sido contada sobre uma vida masculina? Garanto que as impressões seriam muito diferentes. Os diálogos inteligentes, com referências e analogias interessantes mostram, desde o princípio, que o filme poderia trazer algo de bastante interessante. E foi o que fez. Nas conversas de Joe com o homem que a acolhe, ela fala sobre a Hipocrisia que domina a sociedade. Em outro momento no grupo de apoio às viciadas em sexo, ela comenta sobre o desejo moralista de eliminar a "obscenidade da terra". Em outras situações cruciais do filme está sempre sendo martelada a questão do vicio e os revezes enfrentados nesse submundo da humanidade em que coisas são mascaradas, como a discussão da pedofilia, a própria ninfomania e o machismo que é exposto na última cena. Só não dou 5 estrelas por eu achar o filme longo. Mas, sobre isso, acredito que seja proposital essa lentidão, pois a aflição com algumas cenas e até perplexidade, faz com que até o espirito mais moderno se sinta em algum momento deslocado, e é golpeado no fim do filme com a prova de que ainda a moralidade faz muita parte de nossas vidas, embora em alguns momentos disfarçada. Considero o desfecho brilhante, e que pode alimentar todos os gostos. Discussões sobre o que teria acontecido quando as luzes se apagam, ou o porquê das contradições de Joe(não ser assassina) e hopedeiro(assexuado) terem acontecido. Eu acredito que essa é a prova de que essa mulher com uma tendência de vicio em sexo, desamparada se depara com o despreparo da sociedade, e acaba tendo uma vida muito turbulenta e que pode parecer promiscua e vulgar, mas que de certa forma atendia seus anseios, o que não permite a coisificação ou definições tomadas por outras pessoas(Seligman), que por uma incompreensão insensível, trata como um caso qualquer de rebeldia. Que para um homem seria tratado como satisfação. Não é possível não ser simplista em qualquer analise sobre esse filme, que não discuta o alto teor feminista e as importantes interpretações sobre coisas do mundo que são tratadas. Só sei que me agrada. *Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Não tem como dizer que o humor usado pelo filme até os momentos finais, que se esperava ser o carro chefe, é lá grandes coisas. Chega a ser ruim, muito ruim, até eu descobrir que não era só uma comédia. Não via a hora do filme acabar por tão entediante e óbvio que parecia ser. Porém, o final surpreendente valoriza o filme. Gostei da sacudida que dá no povão. Tirou o morninho dos cinemas e ainda passou uma mensagenzinha legal. Minha nota final é pela puxada de tapete que dá em quem não vislumbrava a mudança total, apoiada na ideia de não deixar ser levado pelas aparências. Começo a respeitar mais o trabalho da Ingrid Guimarães, que já vinha com isso de trazer filmes com personagens mulheres comuns com suas dificuldades em uma vida moderna [seja o trabalho em excesso(de pernas pro ar) ou a implicação no "mito" do casamento], e que traz uma mensagenzinha no filme, combinado com o fato de eu achá-la boa atriz, acaba fazendo coisas legais. Não é o ideal mas já é uma coisa boa. Legal (y)
Mais do que uma história bem contada, o filme merecia espaços para bons desfechos de personagens, além dos protagonistas da saga Hobbit, como Thorin e Bilbo, Tauriel e Kili, mas também dos lendários Legolas e Gandaulf, por exemplo, que marcaram a infância e juventude de toda uma geração. E acho que o filme acertou nesse ponto. Fez um filme a altura, valorizando proporcionalmente os personagem que mereciam sua "despedida" de quem os acompanhou e se tornou fã. Talvez não seja a mais emocionante e bem desenvolvida história da grande sequência do Anel e Hobbit. De fato não é. Mas, como havia dito, imagino que a preocupação tenha sido maior que essa, e mesmo assim, não perdeu o estilo, e a última aventura teve a mesma sintonia, e características, que acabou por não desmerecer nenhum dos anteriores. -Melhor cena: Luta final de Legolas. -Lamentações: Sempre acho que os mocinhos podem ser imunes. Queria ver Thorin e Kili e Fili, sentados ao redor de uma fogueira junto com tdos cantando as canções do primeiro filme. kkk Talvez por eu ter visto na época certa, Hobbit tenha sido, pra miim, uma trilogia mais inesquecível que a do anel. Mas de qualquer forma esses personagens que acompanhamos em diversas situações, e compartilhamos angustias e alegrias, vão permanecer intactos. Ainda acredito que finalizaram essa grandee história de forma a honrar aqueles que não poderemos mais perder o folego em situações inesperadas. Óbvio que esperei ver td pra ler o livro, sou jovem e quando o primeiro filme estreou não me imaginava lendo Tolkien, agora vai ser a oportunidade de passar por emoções profundas, com uma vela nas mãos, e depois ter motivos pra reaassistir tudo outras e outraass vezes.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista Agora>E eu pensando que nenhum outro filme do Tarantino serviria para limpar as botas de Pulp Fiction, e é óbvio que não é razoável compará-los, mas o fato é que ele me surpreendeu com, denovo, um cinema de altíssima qualidade. Que filmaço!
Naturalmente devo elogiar as atuações brilhantes; se antes eu admirava curiosamente o Chris Waltz, me tornei inquestionavelmente um fã de seu trabalho, embora não tenha visto a grande maioria das produções, o que pude acompanhar me deu a certeza de um grande ator com gabarito o suficiente para enfrentar diversas situações com a mesma classe e alto nível. A filmagem é encantadora, com uma fotografia agridoce, equilibrando violência (sempre parte do acordo ao se ver filmes de Quentin)”, com imagens deliciosamente agradáveis.
Contudo, para mim, a prova indiscutível da qualidade dessa fita está no roteiro: ambientado em um contexto histórico, com alguns personagens de nomes de pessoas reais, não a limitou. Souberam fazer uma ficção tão bem feita, até verossímil em certo ponto e, sobretudo, foi feito lindamente cinema, e nisso espero estar sendo claro: um filme que diverte, com alguns gêneros caminhando lado a lado, com uma linguagem cinematográfica aliada da irreverência e com um desenrolar envolvente e terrivelmente satisfatório. Enfim, uma opção maravilhosa para julgar o cinema contemporâneo, com a ficção e a realidade próximas, prezando, indiferentemente de uma ou outra, por um bom resultado, obtido com folga na minha humilde opinião.
>Cenas que achei lindas:
-No primeiro ato, questionário ao Frances que estava escondendo judeus.
-A discussão do inglês (Fassbender) na taverna, junto a um verdadeiro oficial nazista.
-No final, quando foi jogado o cigarro para queimar as fitas que causariam fogo no cinema, a abordagem da câmera, em slow e closado, bem maneiro. E não me lembro bem, mas teve algo parecido, se não me engano com um copo de leite, usando o mesmo efeito. (y)
-A negociação de Waltz com Pitt, para liberação desse.
>Notas:
“Tarantino fez bom uso da experiência em 2ª guerra, sua violência tão usual parece natural, intrínseca ao período em que o filme se passa.
-Que charme essa Shosanna (Mélanie Laurent), vou procurar vê-la denovo o quanto antes.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Pompeia
2.7 873 Assista AgoraFui escrever sobre Gladiador, de 2000, e não puder evitar de falar desse também, coincidentemente vi ambos na mesma época.
Não sou de descer a lenha em filme.
Mas esse, misericórdia! Quiseram usar um evento monstruosamente gigante historicamente, a erupção do vesúvio, pra chamar as pessoas pra uma história de impacto, mas daí fizeram um enredo dos mais fracos possíveis. O John Snow é um escravo, gladiador, estilo o Maximus do Gladiador do Ridley Scot, e esse filme tem mtttt semelhança com esse Gladiador consagrado. Mas pegaram a superficialidade ao tratar de Roma(enquanto império) e elevaram a 90%, e isso fizeram com tudo, personagens, romancezinho, e o próprio evento em si.
Pode até servir como um filme distração, ou que agrade pessoas com espirito jovem, mas mesmo assim, tem que ser visto com muita generosidade.
Gladiador
4.2 1,7K Assista AgoraAs primeiras partes; da batalha com os germânicos e o conflito entre o imperador e seu filho, pareciam ser interessantes, mas a partir daí, o desenrolar dele como escravo, e gladiador, em nada me agradou.
Não gostei muito por 2 motivos: 1- Como é retratado o ambiente social de Roma, e o cenário político parece ser superficial pra uma época tão rica nesse sentido. 2- Se o foco fosse realmente a vida de um gladiador, ou desses guerreiros no geral, o filme mereceria outra abordagem, que realmente mostrasse isso.
Adorei o Phoenix, mostrou bem a complexidade do rapaz que queria, mas não conseguiu, ser amado pelo pai, e por isso eclodiu em um tirano terrível em busca do poder a qualquer custo, para provar a si mesmo, e ao pai, seu potencial.
Os principais desdobramentos da história estão ligados ao Maximus e ao Commodus, personagens bem desenvolvidos, apesar de ter um deslize (no meu caso, por exemplo, me sensibilizei mais pelo vilão que pelo herói), o que me deu a impressão de um drama com cenas de ação (algumas boas, como aquele malsucedido massacre na arena, em que Maximus comandou e venceu com os outros que estavam acorrentados), e boa presença de elementos de arte (trilha, figurino etc) ambientado em Roma, que serve apenas como pano de fundo. O que considero pouco para me agradar, principalmente porque eu buscava uma maior imersão no contexto histórico.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraFui meio receoso por imaginar uma mega produção do Spielberg. Com americanos falando sobre alemães já temos experiência das coisas horríveis que passam na tela (não que não tenham sido). Mas estava curioso se atrocidades na tela por três horas sustentariam o sucesso desse filme. E, evidentemente não. Existe um feeling muito sensato sobre o limite da abordagem de guerra, da violência e do sofrimento, em contraponto ao lado humano, que é o que mais interessa nesse caso, pois é aí que surge o sentimento de insatisfação e revolta com coisas desse tipo, e não só a aceitação como eventos históricos.
Não é de todo um filme sensível, nem era de se esperar que fosse (comovente é quase inevitável que o fosse), e eu não me arriscaria dizer que um filme histórico (um material jornalístico e tal), mas há um cuidado respeitável, começando por ser em preto e branco, uma decisão que achamos interessante no começo, e no final do filme percebemos o quanto é acertado. É visível também a preocupação com os idiomas, que estão o tempo todo marcados por sotaques e palavras nos idiomas envolvidos. As partes de arte, trilha, figurinos e ambientes são muito marcantes. Enfim, é um filme atípico para os padrões de Hollywood.
É muito justo em sua retratação do período junto à criação do personagem do Schindler, que é uma construção maravilhosa, e aí a longa duração do filme se faz justificável, é uma construção maravilhosamente bem feita, todo o desenvolvimento, desde um nazista desinteressado, até um cara com iniciativas filantrópicas, e por fim um herói. Realmente marcante, e no fim é impossível –muito impossível rs- não chorar.
Se não é um final à la “La Vita é Bella”, e nem um filme definitivo sobre nazismo e extermínio de judeus, faz jus ao que o filme formou como figura para o Schindler, e uma certa homenagem que é dedicada no fim aos os Judeus massacrados durante esse período da Guerra e de domínio nazista. E faz jus ainda à atuação memorável do Liam Neeson, uma coisa linda que só. E Ben Kingsley equilibradíssimo como sempre que o vi. Esse Schindler é um cara que devia ser mais conhecido, né? Que coisa mais linda pintaram esse cara no ultimo quarto do filme.
-"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro."
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraTom Hardy deu muita conta do recado, fez um Max que não deveu nada para o de Mel Gibson, e na minha opinião, trouxe um ar mais moderno, levou o Max além, envolvido em uma trama mais complexa do que nunca soube como manter a característica principal do personagem, poucas palavras mas cheio de dramas do passado o assombrando.
Embora tenha deixado alguns brancos, como a menina que aparece em alguns momentos como um flash, o filme se aprofundou na temática mais que todos os outros, mostrou uma sociedade estabelecida, com um tirano tratado como divindade, com religião definida, (o Valhalla um conceito tirado da cultura nórdica, com uma função parecida), domínio do povo (através do lance da água) e um exército fiel (Retornando a meu outro comentário sobre os filmes, mais uma vez, uma sociedade muito próxima da realidade). O 2º não possuía uma sociedade estabelecida, e o terceiro não foi tão longe em mostrar o funcionamento da Vila.
Às pessoas que reclamaram do roteiro, da história sem profundidade, que não demonstrou grande desenrolar da trama, é verdade, mas nunca a intenção do filme foi essa. A sociedade pós apocalíptica, e um cara perturbado que vive aventuras em meio a um cenário desolado num mundo sem paradeiro seguro está implícito a história, e contribuem muito para o entendimento.
A finalidade de fazer um filme de ação, épico, com cenas de ação do começo ao fim está mais do que atingida, um filme memorável, cheio de emoção e cenas de encher os olhos. Quem vai com a intenção de curtir e ter uma diversão e sair de lá impressionado, sai maravilhado. Talvez a sala xd, com áudio e imagem ampliados tenha melhorado a sensação. De qualquer forma, considero uma experiência maravilhosa, um filme para ser revisto.
O deslocamento do protagonista para dar prioridade às histórias mais importantes, como da Furiosa e do Nux, acho um atrativo interessante. Já que nos filmes anteriores, como nesse, Max esteve de passagem em um lugar, participando de uma aventura, nada mais normal, aprofundando-se na realidade e no ambiente, o personagem deslocar-se um pouco do protagonismo, o que não prejudica em nada na minha opinião.
Impossível deixar de citar as figuras feminina que justificam a realidade contemporânea, com personagens objetivas e sem romancezinho onde não precisa haver, Furiosa e as velhas do vale verde são incríveis.
A injustificável volta pelo mesmo caminho que trouxe tanto problemas não poderia ser mais óbvio, o filme não quer contar uma história usual, com enredo laçado para constituir um interesse maior longe de problemas e medo. A intenção é deleitar quem gosta do gênero com cenas maravilhosas e realidade admirável, um dos melhores filmes em modernidade de recursos (usou fodamente isso), e veracidade de colisões e um ambiente de total abandono que dá uma sensação de introdução total à loucura do filme. Pra quem viu o trailer, confie, foi o que me empolgou para ir até lá, e foi o que me presenteou com 2 horas indescritíveis.
Foooda.
Para meus comentários dos filmes anteriores:
1º: http://filmow.com/comentarios/5551850/
2: http://filmow.com/comentarios/5551895/
3: http://filmow.com/comentarios/5555855/
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraUma história clichê, sobre o tempo e tal, mas que soube usar muito bem do humor, tiradas cômicas, para distinguir de outras comédias românticas que buscam mais o romantismo.
A ficção, o negócio do tempo mal explicado, com uns limites meio estranhos, de não poder voltar antes do nascimento do filho, achei meio estranho, mas um elemento que contribui para agregar ao diferencial que a história possui dos filmes usuais.
O humor fez eu gostar do filme, e o tornou aceitável e até divertido.
Não é meu gênero preferido mas achei o filme fofo, com o Tim, mega carismático.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 485 Assista AgoraConsidero um bom filme. Sem dúvidas é diferente dos dois primeiros, e não são, necessariamente, coesos, embora sejam muito coerentes. Se o primeiro veio para apresentar o Max, o segundo mostrou uma de suas aventuras, já "transformado no Mad", e serviu maravilhosamente para consolidar o personagem, esse terceiro teve uma função parecida, usou a imagem, agora, já constituída de Max e o colocou em meio a uma nova aventura, seguindo a lógica do Caos dos filmes anteriores.
Como foi bem falado em outros comentários, o rejunte dessa trilogia é o mundo pós apocalíptico e o Max, a série acompanha a trajetória desse cara em meio a esse lugar louco.
A coisa que mais percebo nesse terceiro filme, é o distanciamento na forma de produção. Não acredito que o parcial distanciamento do George Miller, o diretor, tenha causado isso, mas talvez o maior sucesso que o filme anterior fez, com crítica e tudo mais, percebi uma "americanizada" (com o perdão da palavra), e isso não é só pela aparição da Diva Turner (que fez um grande bem ao filme, com o tema musical imortalizado), mas porque o roteiro é recheado de elementos populares de uma forma que os outros não tinham, com piadas deslocadas e uma característica dramática, que embora o primeiro possua em certa dose, considero mais orgânico com o conjunto da história do que me pareceu a relação com as crianças nesse(talvez causado por eu ter lido alguns comentários antes de assistir, e depois, enquanto o fazia, fiquei com a comparação, com os meninos perdidos de Peter Pan, o tempo todo na cabeça), o que deixo claro, não considero defeito, só registrei uma observação, que talvez eu possa estar errado pois não encontrei fontes que abordassem o filme dessa forma para eu consultar.
Lupas:
-O Bruce Spence que fez o capitão Gyro no filme passado fez uma personagem diferente dessa vez, o que é interessante, porque não lembro de outras "sagas" usarem o mesmo recurso.
- O Blaster, ou Explosão, ser alguém deficiente é meio bizarro, dá uma brochada no clima explosivo do filme, até você se sente culpado de tudo na vida, usaram um elemento fortíssimo para justificar o desentendimento entre o Max e a personagem da Tina, não é algo absurdo, mas no minimo bizarro.
-Ele ser poupado, no deserto, após aquela perseguição frenética, abre espaço para algumas interpretações interessantes.
Trilogia foda, que merece representar sua época de lançamento como um grande estouro, um universo diferente que convence e atrai, teve um primeiro filme maravilhoso, um segundo não menos melhor e um terceiro incrível, acho injusto a classificação desses em qualidade, o que vale é a obra completa, que é consagrada, inegavelmente, ao menos no gênero.
E o fim, de "manter a luz acesa para quem voltaria para cara" sugeria uma continuação que já devia ter sido feita há muito tempo. Talvez seja sido bom para marinar bem pra esse que lança daqui a 3 dias.
Dessa forma encerro meus comentários sobre a trilogia.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não haver outra opção-, e prática da escrita.
Mad Max 2: A Caçada Continua
3.8 476 Assista AgoraComo o primeiro filme indicou que a história teria uma continuação, esse 2º teve um papel importante para mostrar, onde o pacato Max do inicio do primeiro filme, com uma vida tradicional, com família e bom em seu emprego, estava inserido.
As disputas por combustível são mais que justificáveis quando tratamos de um lugar devastado como são aqueles desertos, onde pessoas buscavam uma forma de subsistir e se locomover na busca por melhores condições,( parecido com as grandes metrópoles de hoje, em que muitos viram feras ao serem expostos à situações adversas, com poucos outros tendo uma boa condição). Enfim, o filme estava mais preocupado em mostrar o resultado dos grandes conflitos que figuravam como realidade mundial, graças a guerra fria, com dois lado batalhando por seus ideais, despreocupados com as pessoas envolvidas nisso.
Chato! quase todo mundo deve saber disso, mas, o interessante, é que graças ao primeiro filme, em que o pacato Max foi desnorteado por aquela reviravolta que sofreu, surge nesse já como um GuErreiro da Estrada, uma figura sagaz, destemida, fria, mas acima de tudo perspicaz e obstinado(em relação a sua forma de vida, não ao destino em si, pois estava, como disse, desnorteado, e à sorte do destino).
É apresentado a um desafio e chance de ter pelo que lutar, e aceita. Como no outro filme, os últimos 30 mn são cruciais para ele ser "irritado", exposto a uma situação incomoda que despertará a fera que ele possui em si, e sairá vitorioso.
Mais um grande filme, com a inserção de um personagem bacana, o dono das serpentes. E ainda assim, abre parenteses para uma continuação, todos que assistiram, querem saber mais, do que houve com o Max. E ninguém imagina, vendo Braveheart que Gibson fora tão bonito como mostra nesses filmes de Mad Max. kkkk :]
Para entender melhor minha compreensão da série, leia a minha panorâmica do primeiro filme que está intricado ao segundo:
http://filmow.com/comentarios/5551850/
Mad Max
3.6 727 Assista AgoraAdorei, e percebe-se que eles tem uma preocupação muito grande em construir primeiramente o ambiente em que Max vive, sem discutir muito o contexto em que ele está inserido, o que é feito no inicio do segundo filme. E a partir da ambientação fazem uma mega história, cheia de elementos de ação, que empolgam quem gosta do gênero, com um drama adicional, que acaba sendo a justificativa do título. Mad, é uma característica, talvez da série, o plano(trama) é todo discorrido, te envolvendo com a história, te trazendo pro enredo, justificando qualquer loucura que possa ser feita em nome do bem, que é representado por Max, e nos últimos, 30,40 minutos tudo é posto em prova, e Max é provocado a mostrar o melhor dele, e o guerreiro que traz em si.
Muito legal ver como criaram esses personagens tão originais, trazendo uma grande força de elementos reais, mas deixando a ficção clara também, uma distopia de alto nível. Atenção para a trilha que é de deixar qualquer um denso e imaginar-se nas condições de quem vive naquele cenário desolado.
Moscou Contra 007
3.7 198 Assista Agora-O universo de James Bond toma uma boa direção nesse filme. Gostei bastante da forma que foram desenvolvidas as dianteiras da organização SPECTRE armando para Ingleses e Russos. O inicio é um pouco complicado, e requer repetição em uma ou outra cena pra quem não é familiarizado com a série de filmes, mas após o primeiro terço do filme, em que a trama é basicamente toda armada e as intenções ficam claras, é muito prazeroso ver o desenrolar da segunda parte e ver o último ato bombástico; até me surpreende, como um filme utiliza de tantos recursos de ação, e consegue constituir uma história tão longeva de tamanha qualidade. O Connery ganha uma intimidade visível com o personagem de Bond, ele está muito mais autêntico nesse segundo filme, e a atriz que interpreta Tatiana Romanova é simplesmente espetacular, como mulher principalmente.
-2 acréscimos que vi em comentários de colegas, abaixo, e concordo.
1: Abertura maravilhosa.
2: "Vamos ou eu deixo-lhe aí", disse Bond várias vezes à sonolenta Romanova. Ri demais.
-Obs: [Apesar de toscas eu ri bastante das duas piadinhas, primeiro de Kerim Bey "Ele não devia ter aberto a boca", e depois de Bond "Ela sabia bater as botas"] kkk
Água para Elefantes
3.5 2,0K Assista AgoraAdorei a ideia de ambientar uma história na grande depressão, e mais, inserido numa realidade circense. Esperava pouco por ser um best seller e tal, que minha irmã leu e desaprovou o filme por achá-lo inferior à qualidade do livro. Mas de qualquer forma gostei bastante. Realmente a ambientação me cativou, e me fez lembrar da minha infância com "Dumbo", rss.
Só faço uma ressalva, que tem que ser feita com considerações(vi sábado pela globo, então foi dublado e tal), mas, de qualquer forma não posso deixar de falar, que a atuação do Pattinson foi tosca. Eu evito falar isso porque as vezes o personagem exige esse comedimento do ator, e ele com toda sua elegância expressa muito carisma no olhar e pelo sorriso, embora seja desequilibrado por Christoph Waltz, muito bom. Enfim, se o filme merece um desconto foi isso, que foi o único baixo mais grotesco, o romance justamente pela atmosfera do circo tornou-se um pouco diferente e não deixou o enredo óbvio, usando a elefanta (Rose) como centro de um triângulo amoroso.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraGostei, fez bem o que procuro em filmes de heróis, boas cenas de ação, com lutas e cenas exageradas, tipo aquela luta entre Hulk e o Homem de ferro com uma mega armadura, é a hora que a grana que essas produtoras dispõem pra fazer esses filmes se mostram valiosas como mecanismos de entretenimento e diversão. E do meu ponto de vista superou o primeiro filme justamente por explorar mais esse requisito.
Dois pontos que me incomodam, não necessariamente prejudicam o filme, mas que considero mal inseridas, como as piadas forçadas para darem graça para os personagens, às vezes funcionam, muitas outras não. Também, o paralelo que fazem sempre com os quadrinhos. No caso de "A vingança de Ulton" eu tinha conhecimento do arco e percebi as referências que fazem em vários momentos a situações do quadrinho, não sei para quem não leu, mas imagino que essas ocasiões geram um vácuo incomodo para quem se interessou apenas em acompanhar os filmes, da mesma forma que alguém que leu os quadrinhos, suponho, não sinta a importância dessa forçosa demonstração de paralelo (por referências; falas ou comportamentos) entre os universos das Hq's com o dos filmes.
E para finalizar, sem querer ser chato, mas ainda não exijo tanto do 3D, classifico como uma tecnologia em aperfeiçoamento, não o vejo como uma contribuição que acrescenta muito ao filme.
Apenas uma opinião, aceito qualquer coisa que acrescente.
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraFui ao cinema esperançoso por ver um filme brasileiro que eu havia adorado o trailer, título e sinopse, e Casa Grande correspondeu.
Casa Grande discute questões importantes pro Brasil enquanto sociedade heterogênea, expondo seus atrasos de forma divertida e irônica.
Sinais do potencial do cinema nacional. Um dos melhores que vi recentemente. Adorei. #avanteancine Por mts produções desse nível.
Lolita
3.7 823 Assista AgoraDaora como o diretor, principalmente na primeira parte do filme, usa uma linguagem corporal ambígua, explora a sensualidade (no sentido sensitivo) da menina e do narrador para situações que a leitura pode ser tanto pela inocência da menina, quanto pelo olhar malicioso de Humbert, como ela sentada em frente À geladeira, pisando no pé dele, sentando no colo dele, etc.
ISso, aliás, tem que ser o norte para os expectadores dessa história, toda ela é contada através da perspectiva de Humbert, o narrador.
007 Contra o Satânico Dr. No
3.7 293 Assista AgoraAdorei. Um ótimo entretenimento, e um marco importante na história do cinema americano. Destacam-se a elegância singular de Connery e a qualidade técnica com a qual o filme é feito. Realmente é admirável como esse representa os gêneros em que está introduzido, principalmente ação e aventura.
Gilda
4.0 225 Assista AgoraEsse filme é um charme só, Gilda é uma beleza maciça, e que voz... E o roteiro é apoiado em diálogos, que poderiam ser destacados de qualquer momento do filme que teríamos frases impactantes: "Eu também te odeio Johnny. Odeio-te tanto que acho que morrerei disso".
"Put the blame on Mame", que número! Cada detalhe, de seus movimentos, transmite uma sensualidade bastante singular da atriz, aliado a sua beleza e a elegância do noir.
Belíssimo filme.
Biutiful
4.0 1,1KBardem costuma fazer papéis que aparentam existirem só para ele. A decadência física da personagem Uxbal não é tão brutal, mas a mudança emocional é tão visível que torna-se impossível não nos sentirmos tocados com a história. Em um mundo complexo, em que atitudes indesejadas precisam ser tomadas, erros são cometidos, e a nossa esperança é de algo melhor lá na frente, o constrangimento é contido, caso da relação descontente de Uxbal, junto ao mercado de exploração e outras ilegalidades. E quando sua contagem é curta, a situação mostra sua real face, e a transformação que o cenário exigia parece impossível. Esse é o ambiente psicológico de Uxbal, junto aos conflitos internos, um lance espiritual, uma ligação forte com seu pai, que estava presente em seus pensamentos, e o fazia se cobrar de uma proteção para seus filhos, da qual não recebeu. Os filhos, que eram tratados com certa frieza, embora bem auxiliados pelo pai, zeloso. E esses elementos são o material que Iñáritu precisa, porque é aí que ele faz o que sabe muito. Que é usar diversos fatores conflitantes, e casa-los, orquestrando o filme de maneira intensa, e com uma fluidez incrível.
A dedicatória de Iñaritu para seu pai no final do filme faz parecer o titulo mais belo ainda, a simplicidade e a importância envolvida na figura do pai, nos remete diretamente aos esforços feitos pelo protagonista em prol de seus filhos.
Agora só fico a pensar, me sobraram alguns questionamentos. Primeiro sobre a sensibilidade do protagonista de comunicar-se ou enxergar pessoas que haviam morrido há pouco, assim como as borboletas negras que assolavam o teto, sempre que ele olhava, e por fim, o que seria aquilo mais a frente, que Uxbal, pergunta para o jovem no fim do filme, seu pai?
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraEncantador, principalmente, pelos números de dança, coreografias muito bem ensaiadas, por atores, não bastasse, destacados, mas também, grandes dançarinos.
Como sempre, os musicais me cativando, obviamente, pelas músicas bem executadas, mas, principalmente pela dança, é aí que me fisgam de fato.
Meu número favorito é "Make 'em laugh", (do dançarino impecável, como Kelly, Donald O'Connor), tal qual, lógico, o tema.
Bela retratação de um momento muito interessante. Sobretudo, uma grande aula sobre cinema. Adorei tê-lo como fonte de aprendizado, de forma leve e divertida, sobre as grandes transformações iniciais de uma mídia tão adorada, que continua a nos surpreender, de outras maneiras, com suas inovações.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraPalmas para o enredo, merece. Roteira bem amarrado. Cronologia se impõe bem, apesar de não ser sequencial, não confunde. E Samuel L. Jackson de tantos filmes, nesse, mostra seu melhor.
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraParece uma história um pouco pessimista, um depreciador do socialismo cubano, que ao encontrar um lugar teoricamente mais livre, em que imaginava que pudesse ser o "dono do mundo", ou que o mundo seria dele, percebeu que as coisas poderiam te escravizar de uma forma tão cruel quanto a outra, te tomando pelo inconsciente, o dinheiro te fazendo acreditar que tudo vale a pena; a cena dele na banheira em frente a uma TV é a demonstração disso, a futilidade do luxo.
A ascensão e queda dele é prova disso. Frutos do mesmo motivo. Não gosto dessas lições de moral, em que o personagem é punido pelo exagero e ganância, mas como faz parte de um enredo, em que esse motivo se explica e combina com a proposta, chega a ser agradável, tendo o escrachado e descolado Tony Montana como uma espécie de herói no fim, um louco corajoso e ousado, visto de certa forma.
Achei realmente foda o Al Pacino. Uma daquelas atuações que impressionam. Apresenta-se autêntico e convincente.
Gostei do desenvolvimento linear da história, que dá um tom mais light. Filme marcado pela violência exagerada, nos dias atuais já não mais impressiona tanto por isso.
Grande filme, que explica bastante da fórmula que muitas ações, até hoje, ainda cortejam.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman ou a inesperada virtude da ignorância. Filme foda, vale o ingresso. Distante das comédias comuns, respeita e até exige um pouco do público. Dramaticidade bem dosada. Atores fodas. Trilha a base de Batera, Monstra. Sem takes, filme td corrido. daora!
Um cara obcecado pela fama, através de seu contato com o que seria o "apice da arte", ou super realismo, num ato de loucura completa, atinge seu objetivo a um custo discutível, e consegue libertar seu birdman interno, a voz da vaidade e das coisas fúteis que são enfeitadas com o glamour do sucesso absoluto.
É um grande resumão, que até desrespeita algumas nuances do filme, que preenche agradavelmente a história com requintes tecnicos que tornam o filme ainda mais aprazível.
Recomendo mt. Atores fodas, adoro Zach Galifianakis, dez Edward Norton e Emma Stone. Michael Keaton tb.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraGostei. O filme usa da crueza de imagens e de uma linguagem explicita, tanto verbal quanto gráfica, para construir uma história que discute questões sociais importantes. No final da segunda parte é revelado o alicerce da história, e que nos leva a reavaliar o preconceito que pudemos ter em algum momento lançado à personagem. E se toda história tivesse sido contada sobre uma vida masculina? Garanto que as impressões seriam muito diferentes.
Os diálogos inteligentes, com referências e analogias interessantes mostram, desde o princípio, que o filme poderia trazer algo de bastante interessante. E foi o que fez. Nas conversas de Joe com o homem que a acolhe, ela fala sobre a Hipocrisia que domina a sociedade. Em outro momento no grupo de apoio às viciadas em sexo, ela comenta sobre o desejo moralista de eliminar a "obscenidade da terra".
Em outras situações cruciais do filme está sempre sendo martelada a questão do vicio e os revezes enfrentados nesse submundo da humanidade em que coisas são mascaradas, como a discussão da pedofilia, a própria ninfomania e o machismo que é exposto na última cena.
Só não dou 5 estrelas por eu achar o filme longo. Mas, sobre isso, acredito que seja proposital essa lentidão, pois a aflição com algumas cenas e até perplexidade, faz com que até o espirito mais moderno se sinta em algum momento deslocado, e é golpeado no fim do filme com a prova de que ainda a moralidade faz muita parte de nossas vidas, embora em alguns momentos disfarçada.
Considero o desfecho brilhante, e que pode alimentar todos os gostos. Discussões sobre o que teria acontecido quando as luzes se apagam, ou o porquê das contradições de Joe(não ser assassina) e hopedeiro(assexuado) terem acontecido. Eu acredito que essa é a prova de que essa mulher com uma tendência de vicio em sexo, desamparada se depara com o despreparo da sociedade, e acaba tendo uma vida muito turbulenta e que pode parecer promiscua e vulgar, mas que de certa forma atendia seus anseios, o que não permite a coisificação ou definições tomadas por outras pessoas(Seligman), que por uma incompreensão insensível, trata como um caso qualquer de rebeldia. Que para um homem seria tratado como satisfação.
Não é possível não ser simplista em qualquer analise sobre esse filme, que não discuta o alto teor feminista e as importantes interpretações sobre coisas do mundo que são tratadas. Só sei que me agrada.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Loucas Pra Casar
3.0 868 Assista AgoraNão tem como dizer que o humor usado pelo filme até os momentos finais, que se esperava ser o carro chefe, é lá grandes coisas. Chega a ser ruim, muito ruim, até eu descobrir que não era só uma comédia. Não via a hora do filme acabar por tão entediante e óbvio que parecia ser. Porém, o final surpreendente valoriza o filme. Gostei da sacudida que dá no povão. Tirou o morninho dos cinemas e ainda passou uma mensagenzinha legal. Minha nota final é pela puxada de tapete que dá em quem não vislumbrava a mudança total, apoiada na ideia de não deixar ser levado pelas aparências.
Começo a respeitar mais o trabalho da Ingrid Guimarães, que já vinha com isso de trazer filmes com personagens mulheres comuns com suas dificuldades em uma vida moderna [seja o trabalho em excesso(de pernas pro ar) ou a implicação no "mito" do casamento], e que traz uma mensagenzinha no filme, combinado com o fato de eu achá-la boa atriz, acaba fazendo coisas legais. Não é o ideal mas já é uma coisa boa.
Legal (y)
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraMais do que uma história bem contada, o filme merecia espaços para bons desfechos de personagens, além dos protagonistas da saga Hobbit, como Thorin e Bilbo, Tauriel e Kili, mas também dos lendários Legolas e Gandaulf, por exemplo, que marcaram a infância e juventude de toda uma geração. E acho que o filme acertou nesse ponto. Fez um filme a altura, valorizando proporcionalmente os personagem que mereciam sua "despedida" de quem os acompanhou e se tornou fã.
Talvez não seja a mais emocionante e bem desenvolvida história da grande sequência do Anel e Hobbit. De fato não é. Mas, como havia dito, imagino que a preocupação tenha sido maior que essa, e mesmo assim, não perdeu o estilo, e a última aventura teve a mesma sintonia, e características, que acabou por não desmerecer nenhum dos anteriores.
-Melhor cena: Luta final de Legolas.
-Lamentações: Sempre acho que os mocinhos podem ser imunes. Queria ver Thorin e Kili e Fili, sentados ao redor de uma fogueira junto com tdos cantando as canções do primeiro filme. kkk
Talvez por eu ter visto na época certa, Hobbit tenha sido, pra miim, uma trilogia mais inesquecível que a do anel. Mas de qualquer forma esses personagens que acompanhamos em diversas situações, e compartilhamos angustias e alegrias, vão permanecer intactos. Ainda acredito que finalizaram essa grandee história de forma a honrar aqueles que não poderemos mais perder o folego em situações inesperadas. Óbvio que esperei ver td pra ler o livro, sou jovem e quando o primeiro filme estreou não me imaginava lendo Tolkien, agora vai ser a oportunidade de passar por emoções profundas, com uma vela nas mãos, e depois ter motivos pra reaassistir tudo outras e outraass vezes.
*Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.