Consegui o que buscava quando decidi de assistir ao filme. E não poderia ser diferente; segue a mesma formula do sucesso dos anos 90, que acompanhou o crescimento de uma geração sedenta por gargalhadas facilitadas(como qualquer outra), e Débi e Loide apenas foi um tiro certo daquilo de mais simples que poderia ser feito, dois grandes atores introduzidos em personagens ridículos o suficiente para extrapolam a relevância do roteiro. Coincidiu de eu ir ver o filme na mesma semana em que faleceu o autor e ator de Chaves, outro personagem marcante da infância(juventude e enquanto o riso existir) que conclamava aos jovens que não se afetem pela aparência externa: "A juventude nunca morrerá!" É isso! Débi e Loide 2 mostra o auge da inocência de dois velhinhos com sua juventude interna integra. Um choque de nostalgia, como os eletrochoques que Lóide se sujeitou para não perder a piada, e quem não perdia nem uma das transmissões do sbt e conseguiu reencarnar os cânones personagens que viviam sorridentes apenas na memória. Consegui rir, e muito! Pérolas que só os dois poderiam produzir. Esperava rir, nada mais, não exigia nada mais, e assim foi. Para quem busca o mesmo, uma pedida bastante light e divertida, recomendo. Um filme para idiotas, -e que seria o mundo sem eles!? (nós) -
Produção admirável. Um processo de produção que impressiona até nos dias de hoje; boas jogadas técnicas, a montagem coreográfica, o desenvolver dos números musicais, e um drama romântico não deixando de dar o compasso da história. A musa brasileira em Hollywood, Carmen Miranda, contribuía, na primeira metade do século passado com a expansão esmagadora da industria americana de cinema, -que já se pintava como maioral-, aludindo vitória sobre os japoneses, e evidenciando sua capacidade de observação ao encontrar uma estrela em meio às selvas brasileiras, -como o Brasil é mostrado desde o principio-. Os musicais hollywoodianos tem grande importância em um período; cobriam uma missão, além de entreter e divertir, mas, também de acalmar as mulheres que perdiam seus amados para a guerra, como também ocorre no foco da trama. Com uma personagem se destacando por todo seu brilho e charme, Alice Faye rouba a cena e encanta a todos, e aumenta ainda mais essa conquista quando solta a voz com a música tão repetida: " Journey to a star". E ainda somos surpreendidos com a conclusão do filme, que nos é destacada por meio de nossa própria dedução. Pois, a cena final não é o clássico beijo entre os protagonistas, finalizando a obra com o mesmo relevo com que foi seu decorrer..Um filme que é abordado em sociologia e que de certa forma pinta bem um momento politico e social que está engrenhada aí nas entrelinhas.
Um drama impactante, principalmente por conter carregado em sua narração, o sentimento do próprio Solomon que vivenciou os fatos, por o filme se basear em seu livro. A obra é trágica e revoltante, nos fazendo desesperadamente esperar que apareça um Django, ou algum genérico no próprio Solomon, rs. Quem assistiu ao E o vento levou... Sabe que muitas vezes, devido a influência de muitos sulistas que ainda permanecem imaginando a suavidade do caso; devido à visibilidade e ao glamour da estatueta, possa ser muito mais destacado esse flagelo na história humana. E deve ser tratado como um exemplo de mau gosto para nossa sociedade atual. Destaques do filme que atordoam a uma visão piedosa, como o castigo a Patsy que recebe chibatadas até criar crateras nas costas; como também a cena de quando Solomon se encontra pela primeira vez acorrentado, e é ensinado a aceitar seu novo nome. Pitty como um anjo surge no filme para ser uma das peças fundamentais do enredo; e no fim, um personagem quase esquecido, Mr. Parker, chega ao sul para recuperar Northup para sua vida livre. Mostram como o filme é fiel ao modo com que o livro foi narrado, aparecendo personagens, que só possuem lembraças pontuais na cabeça do narrador. Embora, além disso tragam técnicas cinematográficas, como a abertura da história com um escravo já recebendo ordens, e que pouco depois recria a circunstância que o levou para lá, pois não nasceu cativo. Uma impressão é que a fotografia bastante preocupada com a estética, não valorizou tanto a situação dos negros, o que daria outra ótica à história, como alguns filmes brasileiros mais antigos conseguiram retratar bem, mas é uma decisão compreensível para um filme premiado como esse. Não se trata de um primor do cinema, mas a franqueza dos fatos, uma crônica de uma vida que sofreu essas dificuldades, como se entrasse e saisse de um pesadelo terrivel, e pôde dividir da experiência sombria que teve, merece um reconhecimento pela qualidade inegável.
O enredo não surpreende, mas o personagem de Zé Trindade, é puramente brilhante. Frases memoráveis, encabeçada pelo bordão, de "Como vai a Maria?", que como disse até em uma situação do filme, quando se referindo à governanta de Virtuosa, que já tinha pedido para que ela se retirasse para seu "sarcófago"; tamanho o efeito da pergunta que faz até múmia falar. Quando questionado pela boca de caçapa, pretendente a noiva, sobre quando seria o casório deles, disse que preferia "falar sobre pau de jangada que bóia", ou seja, não dava pé esse papo. Do mesmo modo, quando foi pressionado pela ricaça Virtuosa para estreitarem as relações, fugindo de quando a coroa alegou estar vendo o amor em seus olhos, disse: " é meu astigmatismo", diferentemente de quando a abordava com o interesse de conquistá-la para participar de seus projetos, quando soltou, olhando para o seio dela: "não é fermento, mas faz crescer". Resumindo, um repertório de frases geniais, um malandro popularesco, mega cômico, e que mantem o nível durante todo o filme, elevando a qualidade de uma obra mediana.
Bastante divertido, um musical de grande qualidade. Para mim as danças são a maior atração do filme. Mas conta também com a bela voz de Olivia Newton John, e de afinidade de Travolta com o personagem. É uma história leve que consegue fazer bem seu papel, de entreter. E o modismo da brilhantina é viral, quem não queria fazer parte de um seleto grupo de cabeleiras esticadas para traz, de belas danças e rebeldia desenfreada? rss. O único desconto que precisa ser relevado é a alta idade de atores que representam jovenzinhos adolescentes, mas basta ignorar eles estarem na escola, que isso passa quase desapercebido, rs. Boa adaptação para o cinema, em forma de musical, de uma tribo americana descontraída, de destaque no século passado, que está relacionada com o rock e à revelia de jovens com regras e o medo; engravidando, usando drogas e etc. Enfim, uma referência estética (figurinos), principalmente masculino, que muitas vezes é encarada como genérico para a década de 60, devido a representatividade desses personagens, dos filmes relacionados e da cultura pop do período. E por isso, ainda hoje é lembrado com carinho por fãs que viveram aquele momento de festa nas telonas, e que repercutia bastante, inclusive aqui no Brasil.
Que massaa, realmente ótimo filme. Retrato sensível de uma realidade social. Que desde muito causa angustias para deslocados de uma região à outra. Deraldo ao decorrer dos fatos que se apresentam em sua vida, vai dando indícios em sua conduta; o porquê da posição defensiva que ele toma, como poeta que é, percebe no comportamento das pessoas o tratamento diferente, e as condições sub humanas ou exploradoras as quais é sujeitado, assim como outros nordestinos. O titulo não poderia ser mais acertado, a pressão criada por uma discriminação tapada, vinda de diversos ângulos, esmaga quem busca condições básicas de sobrevivência, e depara-se com um cenário de crueldade, e que pouco mostra interesse nas formas que o trabalhador reage ao crescimento de uma cidade, que é custeado por uma desigualdade brutal, como muitas vezes é destacado nas imagens, e marginalização de trabalhadores. O homem que ganharia o prêmio de operário simbolo, e que durante todo filme desperta uma perseguição policial a Deraldo, é um exemplo de como que se pode reagir o sujeito após tanta dificuldade, e nitidamente virar suco, pois foi vitima de uma situação de desespero, para aguentar a demanda exigida para sustentar sua família. E o fato dos dois personagens serem representados pelo mesmo ator é mais admirável ainda, pois destaca que, a semelhança não era apenas física, mas, literalmente poderia ser Deraldo o homem levado no fim do filme, caso não conseguisse reagir a tudo que estava sujeito, inclusive à miséria. Um filme que é destacável e digno de orgulho para o cinema nacional, e que apesar do enfoque indigesto, denúncia com um talento enorme, o que ainda ocorre as miúdas, expandido agora, para além do nordeste brasileiro, e atingindo alguns vizinhos sul-americanos.
Não achei a arte tão boa. O roteiro também é médio, um pouco confuso até. A vantagem está na reunião de diversos personagens DC, que mesmo com suas personalidades e posturas (bem e mal) alterados, sempre massa ver o Exterminador, Shazam, Cyclope, e tds os principais, inclusive o Superman, que alegra os magrinhos, com todo seu brilhantismo mesmo com um físico franzino. A animação não é um desperdício pela exploração do personagem Flash, e até conseguem extrair algo de positivo desse Herói, mesmo a história não sendo das melhores no que se trata de liga da justiça; peca por excesso de violência e bizarrice cronológica, que repito, não teve tanto sucesso nesse empreitada e deixou a desejar de modo geral.
Que Dramãão Massa. Uma novelona foda, com uma qualidade técnica (tudo) totalmente incrível, um acompanhamento musical que me agradou demais, e que temperou ainda mais o conteúdo. E a moldura épica, ah, como atrai. Como encorpa. Apesar da completa perspectiva sulista, a situação como é abordada faz valer ainda mais a pena, do que se fosse em qualquer outro momento da história. O elenco é mais que completo, é extra contingente. Clark Gable (Rhett Butler) nos faz conhecer o radical mais honesto da palavra charme, grande figura. Olivia de Havilland (Melanie Hamilton, Wilkes), que possui um dos mais belos personagens, é brilhante, o tempo nos dá a honra de poder dizer que ainda contamos em nosso universo com a presença de tão eminente atriz. Enfim, considerando as limítrofes de uma novela, ultrapassa-as para ser então um cânone do cinema (Digo como se fosse o primeiro a perceber, e esse já não fosse um dos maiores indicados e papões de Oscar's). Um dos pioneiros para o estilo dramalhento quase meloso que contagia muitos até os dias atuais, das cores, e de duração aberradora, consegue inovar no que se diz à retórica, à condução da atenção e ao envolvimento com a trama (impossível não entristecer-se com a morte da pequena Bonnie). Alguns discursos e a Scarlett O'hara, grandíssima também, e que a partir da traição à sua irmã torna-se incontestavelmente uma vilã, mesmo considerando todas circunstâncias, ainda assim, se torna uma mulher detestável; o que mais exacerba-se, tornando o filme não tão atual, e chegam a saltar, para uma visão moderna, é como a escravidão é tratada "carinhosamente", embora obviamente relacionada aos interesses sulistas, chama atenção, assim como a submissão da mulher. Compreensíveis pelo momento da história, e não contesto a sua aparição no filme, que aliás é de 1939. Mas, não poderia deixar de anotar esse aspecto delicado da película, que no período, provavelmente, passou sem nenhum desconforto do gênero. O tratamento óperesco, as falas recheadas de: Óhh (òhh, Ashley!). As formas no minimo bizarras com que as mortes ocorrem (dos maridos, pai, filha de Scarlett e Mely), e a reviravolta que ocorre na vida e com a personalidade de Scarlett, são os segredos para o sucesso do truncado espetáculo. Tara é o eixo fundamental na história, e apesar da guerra, dos conflitos amorosos, de todo trajeto da protagonista, talvez nos dê uma resposta sobre a euforia da vida, que pode ser um processo que nos faz ter memórias, para que possamos alcançar o que sempre nos esteve disposto, mas que sem a peleja e a aventura, de pouco valia. Gostaria de pontuar tudo que chamou minha atenção, porque é difícil encontrar destaques sem esquecer de nenhum momento digno de lembrança, como os desfechos da primeira e segunda parte do filme, que chegou a lembrar a estátua da liberdade, mas que marcar principalmente o desejo e a conquista, a busca e a resposta, ou coisa do tipo. Um fim novelesco, com uma aparência quase que completa de um romance. Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Acho o trio gigantesco, esses artistas têm uma singularidade fantástica, não apenas o talento, mas a habilidade incrível e de como são moldados para a comédia. O filme é mais um filme curto com grande dose de habilidade de direção. O roteiro não é para consagrar, mas a boa utilização da regionalização, a sátira, a busca pelo pitoresco, transferem o filme para um patamar alto. A "nota" só não foi melhor porque acho que seria mais explorável as condições que o filme poderia proporcionar inclusive os personagens. Mas, de toda forma é uma boa pedida, chanchadas sempre cumprem o papel do brasileirismo, do confortável e do familiar.
Ambientação com cenários e figurino deixam o filme mais artístico. Uma história de um caso que parecia ser um fato isolado da história, compete a bíblia, e consegue manter uma boa película sem martelar na perspectiva religiosa. Apesar de estarem envolvidos em um meio de fé e etc., o primeiro plano não é esse. E o feito da rainha Esther junto com seu pai, que desde o inicio do filme se mostra convicto de seus interesses e postura, salvam um povo espoliado, que seria vitima de uma barbaridade. Um filme curto, entretém bem.
Que dupla, e que belo quarteto, rs. Achei um grandíssimo filme. Além do humor que não poderia faltar, registra uma visão de determinado grau da sociedade para um momento histórico do Brasil, que abrange diversos setores, geográfica, politica, social, culturalmente e tantos outros. O titulo sintetiza bem essa ideia, que passada rápida, passaria por desapercebida; o candango, de brasília, representado com brilho por Ankito, indo à Belacap, que foi explicado na transmissão, ser assim nomeada devido ao ressentimento dos cariocas, que eram a sede capital do país há muito, e que com a transferência para a recém construída pelos candangos, Brasilia, nomearam sua terra de BelaCap, ou seja, a capital que, embora não seja a oficial, é a mais bela. Enfim, merece absolutamente ser assistida e ser desfrutada de suas qualidades oferecidas: os musicais, que remontam o teatro do período, e o talento do rico cinema brasileiro, tão glorificado por nomes como os que estrelam esta grande chanchada.
Com um humor sútil e um enrendo delicado, a película nos arrebata com uma fotografia de impacto. O filme conta com singularidades que o tornam pitoresco e interessante; primeiramente o fato da narração estar sendo feita em cascata, o livro que foi lido, narrado por um escritor, que conheceu o dono de um hotel, que foi mensageiro, e que contou um período em que vivenciou com o grande concierge, Gustav H. As cores utilizadas na composição das cenas, o modo que os atores atuam, olhando para a frente, acompanhando a narração, e falando, sempre com um olhar expressivo, parecendo que estão a todo momento posando para uma foto; não sei o nome desse fenômeno, mas é fascinante e combina perfeitamente com a história, a fotografia é esbabacante. Um filme que é curto, e por isso se torna ainda mais digna de ser conferida sua qualidade, que não segue a logica linear e de colocação de cenas como a de costume, mas por sua alternativa artística e dinâmica, torna a história ainda mais saborosa.
Graande filme. Um exemplo de comédia de muito bom gosto, com uma sensibilidade apurada, e a exposição de uma realidade; que não é como a caricatura que é pintada como a imagem de drag queens, gays ou transsexuais pela mídia massiva de forma geral, incluindo alguns humores mais apelativos; de forma humana e simpática. As pessoas citadas, independente da forma que se mostram, não são assim para fazer rir e serem debochadas, como foi dito no filme: " Aprendi a lutar porque fui obrigado. Não é fácil ser homem em um dia e mulher no outro." O cômico é utilizado dentro de situações verídicas, que poderiam acontecer, sem nenhum exagero, e às vezes também é "ironizando" o fato de como o preconceito repercute nas vidas desses homens, da pequenez de certos pensamentos. Os três atores principais são perfeitos, demais, em todo o filme. E a trilha sonora é alegre e divertida.
Esperava um pouco mais. Acho que a história é boa, aliás, bastante, e especialmente o livro deve ser bastante bom. Mas, o auge do filme é muito rápido e o restante de toda a história não nos envolve completamente. No momento do baile e com a mãe dela nos dá toda a sensação de um grande thriller, mas a condução do filme desde o principio foi mais promissora do que ocorreu nos 20 mn finais; que nos mata de susto com a mão de Carrie saindo debaixo da área onde era a casa, no delírio de uma das sobreviventes do episodio do baile. Achei bem diferente a fotografia, que muitas vezes não mostrava abaixo da cintura das pessoas, pode ser impressão, mas foi o que me pareceu.
O filme não é exatamente sobre Jung, Freud ou Spielrein, é de certa forma, a ligação entre eles. Exatamente por isso não foi exatamente o que eu esperava, pois o filme me foi recomendado sob a circunscrição de Biografia de Jung, o que não é exatamente. Nem mesmo enfoca-se na Psicanalise, embora seja um fator relevante na história. É sempre gratificante ver mitos como Jung e Freud retratados nas telas; - e acho importante salientar, que embora eu tenha visto bastantes criticas sobre o exagero de Keira Knightley, achei os 3 principais de muita sobriedade e sucesso em seus papéis-; mas dessa vez eles "desatam", pois, suas iniciais admirações mútuas, por um fato simples e que a ciência mais tarde viria a agradecer: o marco incrível de Freud na psicologia possuía certos limites de expansão, que o mais jovem Jung, buscava ultrapassar, o que resultou em mais um grande marco por parte desse, com a descoberta da consciência coletiva, o que não deixa de ser um avanço em relação ao inicialmente mestre, depois amigo e depois incompatível Freud. Keira dá todo charme ao filme, junto com uma fotografia agradável, e mais uma demonstração que grandes descoberta implicam em envolvimento pleno de seus pensadores, justamente onde encaixa-se Spielrein, que juntamente com paixão e Otto Rosenfeld, equilibraram o filme; uma personagem que também envolvida com a psicologia como doente e estudiosa, viria a influenciar as obras dos 2 mestres. Filme de grande valor e além de toda sua importância artística e biográfica, não deixa de trazer um conteúdo pitoresco, que agrada a leigos e curiosos. Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Daí compreende-se o sucesso de Hopkins (Hannibal), incrível sua atuação. Filme de uma precisão quase impecável, acerta em tudo, o filme possui um desenvolvimento fascinante; de um ótimo gosto artístico e show de um personagem gigantesco, correspondido à altura por Hopkins. As técnicas de retórica que são utilizadas para manter quem assiste com total interesse até o último minuto do filme, se deve também, além de grandes atuações, roteiro, direção e etc., À distribuição cronológica e ao fato de todas as cenas serem de alta relevância, -o que é mantido até o final do filme-. Percebe-se a eficiência do filme, naquilo que propõe como foco da trama, de encontrar o Serial Killer, quando deparamos como o clímax, que é levado sem muita dificuldade, -apesar de sua "simplicidade e previsibilidade"-, hipnotiza e estarrece, devido a toda cautela com que foi pincelada a estruturação da película. A utilização de recursos que são envolvidos aparentemente, para compor o filme, possuem importância para a resolução do caso de Buffalo Bill, como exemplo, a borboleta. E são de um acerto tremendo, respaldado pelo tamanho do sucesso desse cânone do thriller.
Muitas premissas para poucas conclusões. O filme insinuou no começo da história uma trama complexa e que seria bem destrinchada ao decorrer das cenas, o que obrigaria uma conclusão bombástica; algo que não ocorreu, forçando-nos reconsiderar a história do principio e relevar todas as situações de maneira mais branda e com menor empreendimento de expectativas. O foco vai unicamente para o personagem pitoresco de Mitty (eternizado no conto de James Thurber), envolvido por lances e mensagens perspicazes na direção de Stiller. Mas, nada de muito especial, um filme com uma história razoável, com uma bela fotografia e trilha sonora, contudo, roteiro mal organizado, desperdiçando alguns trechos, que poderiam ser evitados, ou melhores utilizados. Ainda não entendi a inserção de Benjamim Button em um dos devaneios de Mitty.*
Grande desfecho se compara em emoção e drama ao 3º filme, e a cena se repete. Muito parecido com o que houve no 3º (Último) filme de Star Wars, qnd Anakin foi corrompido pelo Imperador Palpatine. Mas, dessa vez com Luke Skywalker foi diferente, e o filme terminou muito bem. A aparição de Luke como Jedi no começo surpreende, entretanto, logo a história se esclarece; com a vantagem, dessa vez, de os Rebeldes estarem completamente foragidos do Império, assim, um plano é melhor armado, mesmo que depois se saiba do conhecimento do Imperador do lado negro, o retorno de Jedi foi concluído conforme esperado. O filme parecia ter a base do enredo anterior, mas surgem os Ewoks, figuras até fofas, lembrando ursos de pelúcia, que junto com o charme da princesa Léia, e o "refogado" coração de Vader, que revela sua fragilidade, conferem uma singularidade ao cerramento da história. Óbvio que Han, C-3PO, R2-D2, Chewbacca e até mesmo Lando merecem ser citados, juntamente com o espetáculo a parte que é a morte do Mestre Yoda, uma marionete, que exprime a situação de forma a fazer muitos atores invejarem. Acertadamente fecham as imagens com as projeções de Anakin, Yoda e Obi-Wan Kenobi (pilares da história), vistos por Luke, moçinho e herói, que demonstra que a doutrina expressa pelos Jedi, em suma, confere ao poder da bondade, sobretudo com a "força", que antes de um instrumento de agressão, é a superioridade da alma pelo equilíbrio e a serenidade, apesar dos Sabres de luz, rss. Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Melhor que o filme anterior. C-3PO no auge de sua comicidade, e a aparição do mestre Yoda. Esses momentos notáveis são coroados com a clássica cena, alugada depois no filme toy story (entre Buzz e Zurg), com Luke e Vader. Han Solo ganha maior destaque neste filme, e deixa a expectativa de sua reconquista por Chewbacca, além da continuidade dos treinamentos de Luke, resultando em sua qualificação como Jedi, e um possível duelo final, entre esse com seu pai. Por meios comuns expostos até agora no filme, é um pouco improvável que Luke vença um duelo direto com Lord Vader, tendo em vista uma comparação dos treinamento e a quantidade da força, muito mais declamada pelos mestres quando se concentrava no jovem Anakin. Embora o filme indique no começo precariedade artistica quando um monstro ataca Luke que estava sobre um Tauntaun, sendo os dois não-humanos bastante inconvincentes pelos aspectos de fantasias alegóricas. O filme se torna bastante bem feito e cativante no restante das cenas.
Filme que inicia a jornada de Luke Skywalker. Filme bastante simpático, principalmente por ser notavelmente uma produção de altíssimo nível. O enredo não é exatamente o melhor desta série de longas, mas não chega a decepcionar. A maior lamentação se dá pela morte do grande Obi-Wan Kenobi, que desde o primeiro filme (na ordem cronológica da série) não se mostra um Jedi impecável, mas que nesse principalmente possui uma fragilidade incrível. O desaparecimento súbito, -e a continuação da comunicação em alguns momentos-, abrem a possibilidade de ele comparecer nos próximos episódios.
O último filme da trilogia prequela. Se não o melhor em termos de agradabilidade, pelas aventuras e grandes combates entre bem e mal, é o mais dramático. Concretiza o que era indicado desde, principalmente, o segundo filme; a tendência arrogante e estúpida de Anakin Skywalker. Embora, fossem antes ignoradas por quem assiste, devido a esperança de ele retribuir tudo com seu enorme talento, foi estragada pela grande reviravolta que ocorre na última metade do filme, quando perdemos nossa base do desenvolvimento do filme de até então, e ocorre uma grande mudança na história, que até o momento era em partes, "pacifica" com os grandes moçinhos (excluindo, evidentemente, a morte no primeiro filme de Qui-Gon Jinn), o que mudou com a morte do personagem do Samuel L. Jackson(Mace Windu). Tudo se justifica, inclusive o surgimento do tão falado Luke Skywalker e do Lord Darth Vader, a rotatividade da história se conclui. O filme é muito mais atraente visualmente, devido ser o último lançado da série, e deslumbra muito mais que os anteriores, para quem é detalhista, percebe como o mestre Yoda, que já era bastante diferente no filme anterior, que na trilogia inicial, era visivelmente um boneco não muito realista, entre muitos outros efeitos que nesse filme harmonizam perfeitamente com a temática dos filmes. Todos os precedentes são, sem duvida memoráveis, por terem sido e continuarem sendo, com menos recursos tecnológicos, tão correspondentes a apreensão de expectadores de sci-fi, mas esse último filme, mostrando o bom uso de novos efeitos, desperta ainda mais curiosidade para o que a disney vem preparando para o ano que vem. Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Passei toda minha infância assistindo Toy Story, principalmente o 2, que eu tinha a "fita"(meio de assistir da época), e que custava caro, o que obrigava a criança a assistir centenas de vezes ao mesmo filme; levando os pais à exaustão, e marcando "à brasa", esses divertidos desenhos na memória afetiva dos pequenos. Desde 2010 quando lançou este último filme, tinha desinteresse em assistir para evitar manchar a imagem positiva que eu possuía, mesmo tendo curiosidade. Quando finalmente imaginei que não me incomodaria, qualquer que fosse o nível de qualidade do filme, me surpreendi. Segue a receita dos dois primeiros, trazendo muitas risadas e lembranças agradáveis. Com uma história diferente e sem cair em alguns clichês de produção Disney. Assisti por coincidência na semana em que uma revista especializada em cinema (The Hollywood Reporter) publicou uma lista com os 100 melhores filmes da história, e Toy Story consta na lista. Embora seja discutível sua presença em 43º lugar (a frente inclusive do premiadíssimo Titanic), não se contraria o fato de se tratar de uma animação de primeiro escalão. Enfim, impossível não dizer que traz a reflexão, -mesmo que por alguns segundos-, de como somos cruéis com nossos brinquedos, rss. E vale a pena assistir ao filme, que cumpre seu papel principal, seja ele divertir ou entreter agradavelmente. Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Debi & Lóide 2
3.0 753 Assista AgoraConsegui o que buscava quando decidi de assistir ao filme. E não poderia ser diferente; segue a mesma formula do sucesso dos anos 90, que acompanhou o crescimento de uma geração sedenta por gargalhadas facilitadas(como qualquer outra), e Débi e Loide apenas foi um tiro certo daquilo de mais simples que poderia ser feito, dois grandes atores introduzidos em personagens ridículos o suficiente para extrapolam a relevância do roteiro.
Coincidiu de eu ir ver o filme na mesma semana em que faleceu o autor e ator de Chaves, outro personagem marcante da infância(juventude e enquanto o riso existir) que conclamava aos jovens que não se afetem pela aparência externa: "A juventude nunca morrerá!" É isso! Débi e Loide 2 mostra o auge da inocência de dois velhinhos com sua juventude interna integra.
Um choque de nostalgia, como os eletrochoques que Lóide se sujeitou para não perder a piada, e quem não perdia nem uma das transmissões do sbt e conseguiu reencarnar os cânones personagens que viviam sorridentes apenas na memória.
Consegui rir, e muito! Pérolas que só os dois poderiam produzir. Esperava rir, nada mais, não exigia nada mais, e assim foi. Para quem busca o mesmo, uma pedida bastante light e divertida, recomendo.
Um filme para idiotas, -e que seria o mundo sem eles!? (nós) -
Encontro com o Passado
2.8 101Pertubador!
Entre a Loura e a Morena
3.4 25Produção admirável. Um processo de produção que impressiona até nos dias de hoje; boas jogadas técnicas, a montagem coreográfica, o desenvolver dos números musicais, e um drama romântico não deixando de dar o compasso da história.
A musa brasileira em Hollywood, Carmen Miranda, contribuía, na primeira metade do século passado com a expansão esmagadora da industria americana de cinema, -que já se pintava como maioral-, aludindo vitória sobre os japoneses, e evidenciando sua capacidade de observação ao encontrar uma estrela em meio às selvas brasileiras, -como o Brasil é mostrado desde o principio-.
Os musicais hollywoodianos tem grande importância em um período; cobriam uma missão, além de entreter e divertir, mas, também de acalmar as mulheres que perdiam seus amados para a guerra, como também ocorre no foco da trama.
Com uma personagem se destacando por todo seu brilho e charme, Alice Faye rouba a cena e encanta a todos, e aumenta ainda mais essa conquista quando solta a voz com a música tão repetida: " Journey to a star".
E ainda somos surpreendidos com a conclusão do filme, que nos é destacada por meio de nossa própria dedução. Pois, a cena final não é o clássico beijo entre os protagonistas, finalizando a obra com o mesmo relevo com que foi seu decorrer..Um filme que é abordado em sociologia e que de certa forma pinta bem um momento politico e social que está engrenhada aí nas entrelinhas.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KUm drama impactante, principalmente por conter carregado em sua narração, o sentimento do próprio Solomon que vivenciou os fatos, por o filme se basear em seu livro.
A obra é trágica e revoltante, nos fazendo desesperadamente esperar que apareça um Django, ou algum genérico no próprio Solomon, rs.
Quem assistiu ao E o vento levou... Sabe que muitas vezes, devido a influência de muitos sulistas que ainda permanecem imaginando a suavidade do caso; devido à visibilidade e ao glamour da estatueta, possa ser muito mais destacado esse flagelo na história humana. E deve ser tratado como um exemplo de mau gosto para nossa sociedade atual.
Destaques do filme que atordoam a uma visão piedosa, como o castigo a Patsy que recebe chibatadas até criar crateras nas costas; como também a cena de quando Solomon se encontra pela primeira vez acorrentado, e é ensinado a aceitar seu novo nome.
Pitty como um anjo surge no filme para ser uma das peças fundamentais do enredo; e no fim, um personagem quase esquecido, Mr. Parker, chega ao sul para recuperar Northup para sua vida livre. Mostram como o filme é fiel ao modo com que o livro foi narrado, aparecendo personagens, que só possuem lembraças pontuais na cabeça do narrador. Embora, além disso tragam técnicas cinematográficas, como a abertura da história com um escravo já recebendo ordens, e que pouco depois recria a circunstância que o levou para lá, pois não nasceu cativo.
Uma impressão é que a fotografia bastante preocupada com a estética, não valorizou tanto a situação dos negros, o que daria outra ótica à história, como alguns filmes brasileiros mais antigos conseguiram retratar bem, mas é uma decisão compreensível para um filme premiado como esse.
Não se trata de um primor do cinema, mas a franqueza dos fatos, uma crônica de uma vida que sofreu essas dificuldades, como se entrasse e saisse de um pesadelo terrivel, e pôde dividir da experiência sombria que teve, merece um reconhecimento pela qualidade inegável.
Mulheres à Vista
3.3 13O enredo não surpreende, mas o personagem de Zé Trindade, é puramente brilhante.
Frases memoráveis, encabeçada pelo bordão, de "Como vai a Maria?", que como disse até em uma situação do filme, quando se referindo à governanta de Virtuosa, que já tinha pedido para que ela se retirasse para seu "sarcófago"; tamanho o efeito da pergunta que faz até múmia falar.
Quando questionado pela boca de caçapa, pretendente a noiva, sobre quando seria o casório deles, disse que preferia "falar sobre pau de jangada que bóia", ou seja, não dava pé esse papo. Do mesmo modo, quando foi pressionado pela ricaça Virtuosa para estreitarem as relações, fugindo de quando a coroa alegou estar vendo o amor em seus olhos, disse: " é meu astigmatismo", diferentemente de quando a abordava com o interesse de conquistá-la para participar de seus projetos, quando soltou, olhando para o seio dela: "não é fermento, mas faz crescer".
Resumindo, um repertório de frases geniais, um malandro popularesco, mega cômico, e que mantem o nível durante todo o filme, elevando a qualidade de uma obra mediana.
Grease: Nos Tempos da Brilhantina
3.9 1,2K Assista AgoraBastante divertido, um musical de grande qualidade. Para mim as danças são a maior atração do filme. Mas conta também com a bela voz de Olivia Newton John, e de afinidade de Travolta com o personagem. É uma história leve que consegue fazer bem seu papel, de entreter.
E o modismo da brilhantina é viral, quem não queria fazer parte de um seleto grupo de cabeleiras esticadas para traz, de belas danças e rebeldia desenfreada? rss. O único desconto que precisa ser relevado é a alta idade de atores que representam jovenzinhos adolescentes, mas basta ignorar eles estarem na escola, que isso passa quase desapercebido, rs.
Boa adaptação para o cinema, em forma de musical, de uma tribo americana descontraída, de destaque no século passado, que está relacionada com o rock e à revelia de jovens com regras e o medo; engravidando, usando drogas e etc.
Enfim, uma referência estética (figurinos), principalmente masculino, que muitas vezes é encarada como genérico para a década de 60, devido a representatividade desses personagens, dos filmes relacionados e da cultura pop do período. E por isso, ainda hoje é lembrado com carinho por fãs que viveram aquele momento de festa nas telonas, e que repercutia bastante, inclusive aqui no Brasil.
O Homem que Virou Suco
4.1 185Que massaa, realmente ótimo filme. Retrato sensível de uma realidade social. Que desde muito causa angustias para deslocados de uma região à outra.
Deraldo ao decorrer dos fatos que se apresentam em sua vida, vai dando indícios em sua conduta; o porquê da posição defensiva que ele toma, como poeta que é, percebe no comportamento das pessoas o tratamento diferente, e as condições sub humanas ou exploradoras as quais é sujeitado, assim como outros nordestinos.
O titulo não poderia ser mais acertado, a pressão criada por uma discriminação tapada, vinda de diversos ângulos, esmaga quem busca condições básicas de sobrevivência, e depara-se com um cenário de crueldade, e que pouco mostra interesse nas formas que o trabalhador reage ao crescimento de uma cidade, que é custeado por uma desigualdade brutal, como muitas vezes é destacado nas imagens, e marginalização de trabalhadores.
O homem que ganharia o prêmio de operário simbolo, e que durante todo filme desperta uma perseguição policial a Deraldo, é um exemplo de como que se pode reagir o sujeito após tanta dificuldade, e nitidamente virar suco, pois foi vitima de uma situação de desespero, para aguentar a demanda exigida para sustentar sua família. E o fato dos dois personagens serem representados pelo mesmo ator é mais admirável ainda, pois destaca que, a semelhança não era apenas física, mas, literalmente poderia ser Deraldo o homem levado no fim do filme, caso não conseguisse reagir a tudo que estava sujeito, inclusive à miséria.
Um filme que é destacável e digno de orgulho para o cinema nacional, e que apesar do enfoque indigesto, denúncia com um talento enorme, o que ainda ocorre as miúdas, expandido agora, para além do nordeste brasileiro, e atingindo alguns vizinhos sul-americanos.
Liga da Justiça: Ponto de Ignição
4.2 446 Assista AgoraNão achei a arte tão boa. O roteiro também é médio, um pouco confuso até. A vantagem está na reunião de diversos personagens DC, que mesmo com suas personalidades e posturas (bem e mal) alterados, sempre massa ver o Exterminador, Shazam, Cyclope, e tds os principais, inclusive o Superman, que alegra os magrinhos, com todo seu brilhantismo mesmo com um físico franzino. A animação não é um desperdício pela exploração do personagem Flash, e até conseguem extrair algo de positivo desse Herói, mesmo a história não sendo das melhores no que se trata de liga da justiça; peca por excesso de violência e bizarrice cronológica, que repito, não teve tanto sucesso nesse empreitada e deixou a desejar de modo geral.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraQue Dramãão Massa. Uma novelona foda, com uma qualidade técnica (tudo) totalmente incrível, um acompanhamento musical que me agradou demais, e que temperou ainda mais o conteúdo. E a moldura épica, ah, como atrai. Como encorpa. Apesar da completa perspectiva sulista, a situação como é abordada faz valer ainda mais a pena, do que se fosse em qualquer outro momento da história.
O elenco é mais que completo, é extra contingente. Clark Gable (Rhett Butler) nos faz conhecer o radical mais honesto da palavra charme, grande figura.
Olivia de Havilland (Melanie Hamilton, Wilkes), que possui um dos mais belos personagens, é brilhante, o tempo nos dá a honra de poder dizer que ainda contamos em nosso universo com a presença de tão eminente atriz.
Enfim, considerando as limítrofes de uma novela, ultrapassa-as para ser então um cânone do cinema (Digo como se fosse o primeiro a perceber, e esse já não fosse um dos maiores indicados e papões de Oscar's). Um dos pioneiros para o estilo dramalhento quase meloso que contagia muitos até os dias atuais, das cores, e de duração aberradora, consegue inovar no que se diz à retórica, à condução da atenção e ao envolvimento com a trama (impossível não entristecer-se com a morte da pequena Bonnie).
Alguns discursos e a Scarlett O'hara, grandíssima também, e que a partir da traição à sua irmã torna-se incontestavelmente uma vilã, mesmo considerando todas circunstâncias, ainda assim, se torna uma mulher detestável; o que mais exacerba-se, tornando o filme não tão atual, e chegam a saltar, para uma visão moderna, é como a escravidão é tratada "carinhosamente", embora obviamente relacionada aos interesses sulistas, chama atenção, assim como a submissão da mulher. Compreensíveis pelo momento da história, e não contesto a sua aparição no filme, que aliás é de 1939. Mas, não poderia deixar de anotar esse aspecto delicado da película, que no período, provavelmente, passou sem nenhum desconforto do gênero.
O tratamento óperesco, as falas recheadas de: Óhh (òhh, Ashley!). As formas no minimo bizarras com que as mortes ocorrem (dos maridos, pai, filha de Scarlett e Mely), e a reviravolta que ocorre na vida e com a personalidade de Scarlett, são os segredos para o sucesso do truncado espetáculo.
Tara é o eixo fundamental na história, e apesar da guerra, dos conflitos amorosos, de todo trajeto da protagonista, talvez nos dê uma resposta sobre a euforia da vida, que pode ser um processo que nos faz ter memórias, para que possamos alcançar o que sempre nos esteve disposto, mas que sem a peleja e a aventura, de pouco valia.
Gostaria de pontuar tudo que chamou minha atenção, porque é difícil encontrar destaques sem esquecer de nenhum momento digno de lembrança, como os desfechos da primeira e segunda parte do filme, que chegou a lembrar a estátua da liberdade, mas que marcar principalmente o desejo e a conquista, a busca e a resposta, ou coisa do tipo. Um fim novelesco, com uma aparência quase que completa de um romance.
Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Os Três Cangaceiros
3.3 11 Assista AgoraAcho o trio gigantesco, esses artistas têm uma singularidade fantástica, não apenas o talento, mas a habilidade incrível e de como são moldados para a comédia. O filme é mais um filme curto com grande dose de habilidade de direção. O roteiro não é para consagrar, mas a boa utilização da regionalização, a sátira, a busca pelo pitoresco, transferem o filme para um patamar alto. A "nota" só não foi melhor porque acho que seria mais explorável as condições que o filme poderia proporcionar inclusive os personagens. Mas, de toda forma é uma boa pedida, chanchadas sempre cumprem o papel do brasileirismo, do confortável e do familiar.
Esther, a Rainha da Pérsia
3.6 17Ambientação com cenários e figurino deixam o filme mais artístico. Uma história de um caso que parecia ser um fato isolado da história, compete a bíblia, e consegue manter uma boa película sem martelar na perspectiva religiosa. Apesar de estarem envolvidos em um meio de fé e etc., o primeiro plano não é esse. E o feito da rainha Esther junto com seu pai, que desde o inicio do filme se mostra convicto de seus interesses e postura, salvam um povo espoliado, que seria vitima de uma barbaridade.
Um filme curto, entretém bem.
Um Candango na Belacap
3.5 10Que dupla, e que belo quarteto, rs. Achei um grandíssimo filme. Além do humor que não poderia faltar, registra uma visão de determinado grau da sociedade para um momento histórico do Brasil, que abrange diversos setores, geográfica, politica, social, culturalmente e tantos outros. O titulo sintetiza bem essa ideia, que passada rápida, passaria por desapercebida; o candango, de brasília, representado com brilho por Ankito, indo à Belacap, que foi explicado na transmissão, ser assim nomeada devido ao ressentimento dos cariocas, que eram a sede capital do país há muito, e que com a transferência para a recém construída pelos candangos, Brasilia, nomearam sua terra de BelaCap, ou seja, a capital que, embora não seja a oficial, é a mais bela.
Enfim, merece absolutamente ser assistida e ser desfrutada de suas qualidades oferecidas: os musicais, que remontam o teatro do período, e o talento do rico cinema brasileiro, tão glorificado por nomes como os que estrelam esta grande chanchada.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KCom um humor sútil e um enrendo delicado, a película nos arrebata com uma fotografia de impacto. O filme conta com singularidades que o tornam pitoresco e interessante; primeiramente o fato da narração estar sendo feita em cascata, o livro que foi lido, narrado por um escritor, que conheceu o dono de um hotel, que foi mensageiro, e que contou um período em que vivenciou com o grande concierge, Gustav H. As cores utilizadas na composição das cenas, o modo que os atores atuam, olhando para a frente, acompanhando a narração, e falando, sempre com um olhar expressivo, parecendo que estão a todo momento posando para uma foto; não sei o nome desse fenômeno, mas é fascinante e combina perfeitamente com a história, a fotografia é esbabacante. Um filme que é curto, e por isso se torna ainda mais digna de ser conferida sua qualidade, que não segue a logica linear e de colocação de cenas como a de costume, mas por sua alternativa artística e dinâmica, torna a história ainda mais saborosa.
Priscilla, a Rainha do Deserto
3.8 610 Assista AgoraGraande filme. Um exemplo de comédia de muito bom gosto, com uma sensibilidade apurada, e a exposição de uma realidade; que não é como a caricatura que é pintada como a imagem de drag queens, gays ou transsexuais pela mídia massiva de forma geral, incluindo alguns humores mais apelativos; de forma humana e simpática. As pessoas citadas, independente da forma que se mostram, não são assim para fazer rir e serem debochadas, como foi dito no filme: " Aprendi a lutar porque fui obrigado. Não é fácil ser homem em um dia e mulher no outro." O cômico é utilizado dentro de situações verídicas, que poderiam acontecer, sem nenhum exagero, e às vezes também é "ironizando" o fato de como o preconceito repercute nas vidas desses homens, da pequenez de certos pensamentos. Os três atores principais são perfeitos, demais, em todo o filme. E a trilha sonora é alegre e divertida.
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraEsperava um pouco mais. Acho que a história é boa, aliás, bastante, e especialmente o livro deve ser bastante bom. Mas, o auge do filme é muito rápido e o restante de toda a história não nos envolve completamente. No momento do baile e com a mãe dela nos dá toda a sensação de um grande thriller, mas a condução do filme desde o principio foi mais promissora do que ocorreu nos 20 mn finais; que nos mata de susto com a mão de Carrie saindo debaixo da área onde era a casa, no delírio de uma das sobreviventes do episodio do baile.
Achei bem diferente a fotografia, que muitas vezes não mostrava abaixo da cintura das pessoas, pode ser impressão, mas foi o que me pareceu.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KO filme não é exatamente sobre Jung, Freud ou Spielrein, é de certa forma, a ligação entre eles. Exatamente por isso não foi exatamente o que eu esperava, pois o filme me foi recomendado sob a circunscrição de Biografia de Jung, o que não é exatamente. Nem mesmo enfoca-se na Psicanalise, embora seja um fator relevante na história.
É sempre gratificante ver mitos como Jung e Freud retratados nas telas; - e acho importante salientar, que embora eu tenha visto bastantes criticas sobre o exagero de Keira Knightley, achei os 3 principais de muita sobriedade e sucesso em seus papéis-; mas dessa vez eles "desatam", pois, suas iniciais admirações mútuas, por um fato simples e que a ciência mais tarde viria a agradecer: o marco incrível de Freud na psicologia possuía certos limites de expansão, que o mais jovem Jung, buscava ultrapassar, o que resultou em mais um grande marco por parte desse, com a descoberta da consciência coletiva, o que não deixa de ser um avanço em relação ao inicialmente mestre, depois amigo e depois incompatível Freud.
Keira dá todo charme ao filme, junto com uma fotografia agradável, e mais uma demonstração que grandes descoberta implicam em envolvimento pleno de seus pensadores, justamente onde encaixa-se Spielrein, que juntamente com paixão e Otto Rosenfeld, equilibraram o filme; uma personagem que também envolvida com a psicologia como doente e estudiosa, viria a influenciar as obras dos 2 mestres.
Filme de grande valor e além de toda sua importância artística e biográfica, não deixa de trazer um conteúdo pitoresco, que agrada a leigos e curiosos.
Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraDaí compreende-se o sucesso de Hopkins (Hannibal), incrível sua atuação. Filme de uma precisão quase impecável, acerta em tudo, o filme possui um desenvolvimento fascinante; de um ótimo gosto artístico e show de um personagem gigantesco, correspondido à altura por Hopkins. As técnicas de retórica que são utilizadas para manter quem assiste com total interesse até o último minuto do filme, se deve também, além de grandes atuações, roteiro, direção e etc., À distribuição cronológica e ao fato de todas as cenas serem de alta relevância, -o que é mantido até o final do filme-.
Percebe-se a eficiência do filme, naquilo que propõe como foco da trama, de encontrar o Serial Killer, quando deparamos como o clímax, que é levado sem muita dificuldade, -apesar de sua "simplicidade e previsibilidade"-, hipnotiza e estarrece, devido a toda cautela com que foi pincelada a estruturação da película.
A utilização de recursos que são envolvidos aparentemente, para compor o filme, possuem importância para a resolução do caso de Buffalo Bill, como exemplo, a borboleta. E são de um acerto tremendo, respaldado pelo tamanho do sucesso desse cânone do thriller.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraMuitas premissas para poucas conclusões. O filme insinuou no começo da história uma trama complexa e que seria bem destrinchada ao decorrer das cenas, o que obrigaria uma conclusão bombástica; algo que não ocorreu, forçando-nos reconsiderar a história do principio e relevar todas as situações de maneira mais branda e com menor empreendimento de expectativas. O foco vai unicamente para o personagem pitoresco de Mitty (eternizado no conto de James Thurber), envolvido por lances e mensagens perspicazes na direção de Stiller. Mas, nada de muito especial, um filme com uma história razoável, com uma bela fotografia e trilha sonora, contudo, roteiro mal organizado, desperdiçando alguns trechos, que poderiam ser evitados, ou melhores utilizados.
Ainda não entendi a inserção de Benjamim Button em um dos devaneios de Mitty.*
Star Wars, Episódio VI: O Retorno do Jedi
4.3 915 Assista AgoraGrande desfecho se compara em emoção e drama ao 3º filme, e a cena se repete. Muito parecido com o que houve no 3º (Último) filme de Star Wars, qnd Anakin foi corrompido pelo Imperador Palpatine. Mas, dessa vez com Luke Skywalker foi diferente, e o filme terminou muito bem. A aparição de Luke como Jedi no começo surpreende, entretanto, logo a história se esclarece; com a vantagem, dessa vez, de os Rebeldes estarem completamente foragidos do Império, assim, um plano é melhor armado, mesmo que depois se saiba do conhecimento do Imperador do lado negro, o retorno de Jedi foi concluído conforme esperado. O filme parecia ter a base do enredo anterior, mas surgem os Ewoks, figuras até fofas, lembrando ursos de pelúcia, que junto com o charme da princesa Léia, e o "refogado" coração de Vader, que revela sua fragilidade, conferem uma singularidade ao cerramento da história.
Óbvio que Han, C-3PO, R2-D2, Chewbacca e até mesmo Lando merecem ser citados, juntamente com o espetáculo a parte que é a morte do Mestre Yoda, uma marionete, que exprime a situação de forma a fazer muitos atores invejarem.
Acertadamente fecham as imagens com as projeções de Anakin, Yoda e Obi-Wan Kenobi (pilares da história), vistos por Luke, moçinho e herói, que demonstra que a doutrina expressa pelos Jedi, em suma, confere ao poder da bondade, sobretudo com a "força", que antes de um instrumento de agressão, é a superioridade da alma pelo equilíbrio e a serenidade, apesar dos Sabres de luz, rss.
Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraMelhor que o filme anterior. C-3PO no auge de sua comicidade, e a aparição do mestre Yoda. Esses momentos notáveis são coroados com a clássica cena, alugada depois no filme toy story (entre Buzz e Zurg), com Luke e Vader. Han Solo ganha maior destaque neste filme, e deixa a expectativa de sua reconquista por Chewbacca, além da continuidade dos treinamentos de Luke, resultando em sua qualificação como Jedi, e um possível duelo final, entre esse com seu pai. Por meios comuns expostos até agora no filme, é um pouco improvável que Luke vença um duelo direto com Lord Vader, tendo em vista uma comparação dos treinamento e a quantidade da força, muito mais declamada pelos mestres quando se concentrava no jovem Anakin.
Embora o filme indique no começo precariedade artistica quando um monstro ataca Luke que estava sobre um Tauntaun, sendo os dois não-humanos bastante inconvincentes pelos aspectos de fantasias alegóricas. O filme se torna bastante bem feito e cativante no restante das cenas.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraFilme que inicia a jornada de Luke Skywalker. Filme bastante simpático, principalmente por ser notavelmente uma produção de altíssimo nível. O enredo não é exatamente o melhor desta série de longas, mas não chega a decepcionar. A maior lamentação se dá pela morte do grande Obi-Wan Kenobi, que desde o primeiro filme (na ordem cronológica da série) não se mostra um Jedi impecável, mas que nesse principalmente possui uma fragilidade incrível. O desaparecimento súbito, -e a continuação da comunicação em alguns momentos-, abrem a possibilidade de ele comparecer nos próximos episódios.
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraO último filme da trilogia prequela. Se não o melhor em termos de agradabilidade, pelas aventuras e grandes combates entre bem e mal, é o mais dramático. Concretiza o que era indicado desde, principalmente, o segundo filme; a tendência arrogante e estúpida de Anakin Skywalker. Embora, fossem antes ignoradas por quem assiste, devido a esperança de ele retribuir tudo com seu enorme talento, foi estragada pela grande reviravolta que ocorre na última metade do filme, quando perdemos nossa base do desenvolvimento do filme de até então, e ocorre uma grande mudança na história, que até o momento era em partes, "pacifica" com os grandes moçinhos (excluindo, evidentemente, a morte no primeiro filme de Qui-Gon Jinn), o que mudou com a morte do personagem do Samuel L. Jackson(Mace Windu).
Tudo se justifica, inclusive o surgimento do tão falado Luke Skywalker e do Lord Darth Vader, a rotatividade da história se conclui.
O filme é muito mais atraente visualmente, devido ser o último lançado da série, e deslumbra muito mais que os anteriores, para quem é detalhista, percebe como o mestre Yoda, que já era bastante diferente no filme anterior, que na trilogia inicial, era visivelmente um boneco não muito realista, entre muitos outros efeitos que nesse filme harmonizam perfeitamente com a temática dos filmes. Todos os precedentes são, sem duvida memoráveis, por terem sido e continuarem sendo, com menos recursos tecnológicos, tão correspondentes a apreensão de expectadores de sci-fi, mas esse último filme, mostrando o bom uso de novos efeitos, desperta ainda mais curiosidade para o que a disney vem preparando para o ano que vem.
Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.
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Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraPassei toda minha infância assistindo Toy Story, principalmente o 2, que eu tinha a "fita"(meio de assistir da época), e que custava caro, o que obrigava a criança a assistir centenas de vezes ao mesmo filme; levando os pais à exaustão, e marcando "à brasa", esses divertidos desenhos na memória afetiva dos pequenos.
Desde 2010 quando lançou este último filme, tinha desinteresse em assistir para evitar manchar a imagem positiva que eu possuía, mesmo tendo curiosidade. Quando finalmente imaginei que não me incomodaria, qualquer que fosse o nível de qualidade do filme, me surpreendi. Segue a receita dos dois primeiros, trazendo muitas risadas e lembranças agradáveis. Com uma história diferente e sem cair em alguns clichês de produção Disney.
Assisti por coincidência na semana em que uma revista especializada em cinema (The Hollywood Reporter) publicou uma lista com os 100 melhores filmes da história, e Toy Story consta na lista. Embora seja discutível sua presença em 43º lugar (a frente inclusive do premiadíssimo Titanic), não se contraria o fato de se tratar de uma animação de primeiro escalão.
Enfim, impossível não dizer que traz a reflexão, -mesmo que por alguns segundos-, de como somos cruéis com nossos brinquedos, rss. E vale a pena assistir ao filme, que cumpre seu papel principal, seja ele divertir ou entreter agradavelmente.
Texto escrito apenas como registro pessoal, mesmo compartilhado -por não ter outra opção-, e prática da escrita.