Últimas opiniões enviadas
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Tão absurdamente experimental que deveria ter ficado no papel.
A estética propositalmente pobre, de audio chiado e resolução 240p fazem tudo parecer a demo de um jogo de terror de baixo orçamento, com uma boa proposta mas uma péssima execução.A obra depende de dois fatores pessoais do espectador: (1) medo do escuro, tendo o propósito de transportar à infância e trazer identificação com os personagens. Age através da nostalgia, despertando também o medo de ficar sozinho, mas caso você não tenha vivenciado tais medos quando criança, parte da sua experiência com a obra pode ser enfraquecida; e (2) imersão momentânea, o diretor recomenda que o filme seja assistido INDIVIDUALMENTE e no completo escuro e silêncio, com a utilização de fones de ouvidos, agora me diga qual filme de terror não assusta em tais condições?!
Excluindo o fato de que toda imersão cinematográfica requer total foco visual e auditivo, independente do gênero, filmes por si só deveriam se bastar até fora dessas condições, mas experimente assistir o filme durante a luz do dia e vai ver o absurdo que o diretor entrega com o falso rótulo de obra revolucionária. Na realidade, é uma obra inacabada, solta, que depende completamente de interpretação pessoal. Imagens aleatórias de quinas da casa, diálogos desconexos entre si, personagens que nunca são vistos, beira o cômico.
Já vi muita coisa deplorável ser chamada de filme, mas nenhuma surpreendeu tanto.
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A Filha Perdida
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Experiência interessante, apesar de um pouco maçante por vezes.
A importância vai além da construção do filme em si, é um retrato da maternidade e suas cicatrizes.Discussão de extrema relevância e ainda sim pouquíssimo abordada, ter filhos não é e nem deve ser pra todos.
Leda, ao que dá a entender, é resultado de um lar conturbado e instável e aprendeu a ser egoísta pois provavelmente não tinha alguém olhando por ela, a consequência é uma mãe infeliz, exausta e relapsa.
Chega a ser desconfortável de assistir, principalmente quando se identifica com as crianças na trama e sente muito pela mãe retratada.
Bianca implorando afeto e todas as suas "birras" decorrentes da negligência da mãe são de partir o coração. Leda exausta, sozinha e não sabendo lidar com os próprios traumas e como isso afeta sua maternidade é frustrante. O marido implorando para que ela não coloque as crianças naquela situação foi realmente triste de se assistir e me emocionou muitíssimo.
A protagonista chega a ser detestável, só mantive a empatia por ela por ter visto muito de minha própria mãe na personagem. Sei que o que ela se tornou é uma consequência triste do que viveu no passado, provavelmente também o revisita com frequência, tal como a Leda faz.
Cenários assim são resultado de uma sociedade que (1) isola mães, enquanto na ausência de suporte, dificuldade de manter empregos e direitos injustos considerando a grande complexidade e demanda da maternidade; e (2) idolatra a maternidade, ao endeusar e blindar mães de críticas, enquanto vende de maneira passivo agressiva de que a vida só tem sentido com filhos e priva às mulheres de poder de escolha, simultaneamente. É preciso quebrar o ciclo.
Tocante e fidedigno.
Últimos recados
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Juan Paulo
Vc viu Corra , Nós ,Encontro marcado e tal. Eu gostei bastante do roteiro de Corra.
Dos filmes q vc quer ver ainda
Os q são muito bons são Druk, Judas e o Messias negro, Meu pai gostei muito e eu deixei baixado.
Adoraveis mulheres com a Saoirse Ronan é bom tbm. O grande hotel budapeste tem aquele toque de Wes Anderson muito bom.
Historia de um casamento tbmé legal. Onde os fracos não tem vez traz a essencia do Ethan Coen
Imagine que você acabou de completar 14 anos de vida, muitos hormônios e novas sensações, sempre odiou os garotos e agora começa a enxergá-los com certo interesse, enquanto investe todo o seu tempo fora da escola em fanfics e best sellers de vampiros e lobisomens. A sua coleção de revistas da Capricho e Toda Teen já não são entretenimento suficiente para suas tardes tediosas e você resolve escrever sua própria história. Pra isso você vai precisar de: uma protagonista irreverente (apenas uma versão mais velha de si mesma, com a personalidade a-d-o-r-a-v-e-l que só você têm), um par romântico vindo das estrelas (de fato com um comportamento um tanto quanto alienígena) e um pobre coitado de bode expiatório (para você usar e abusar enquanto testa se gosta mesmo do par romântico). Uau, parece a receita do sucesso, certo?
Hollywood pensa assim por décadas!
Sua fanfic é tão boa que vira um filme, é extremamente previsível e torturantemente clichê, mas isso não é um problema, irão te distrair com um cara sarado para que você não preste atenção no enredo.
Incrível, nota: de repúdio.