Para quem reclamou dos efeitos exagerados/roteiro que revela pouco: American Gods precisa ser assim. Quem leu os livros sabe do que eu estou falando. A história trabalha com várias culturas e conceitos e, para não virar algo muito monocromático e padronizar todas as crenças, cada núcleo precisa ter uma estética própria e até espalhafatosa para marcá-los como polos diferentes. As enxurradas de sangue que jorram na tela representam, de certa forma, uma visão desconectada da realidade humana, que seria dos próprios deuses que estão acostumados com sacrifícios e devoção, o pouco valor da vida humana em comparação com a fé.
Não sei, a abertura e a estética da série me cativaram até a alma, porém, acho alguns episódios bem pitorescos, bem marcados pelo humor meio kitsch japonês, o que destoa da atmosfera criada pelos cenários, contudo, tem sido uma experiência quase antropológica assistir aos episódios, aprender sobre uma narrativa de humor e bizarrice que eu nao estou acostumado.
Esse filme promete um documentário biográfico e acaba entregando uma visão de mundo esperançosa, altruísta e que atiça o espectador a se aprofundar no trabalho de S. Salgado.
O filme cumpre o que promete: um drama melancólico juvenil, carregado de estereótipos saturados de jovens problemáticos que o espectador já cansou de ver; a narrativa poderia ter ficado mais interessante se aprofundassem o plano de fundo dos personagens, porém, a cena final é extremamente impactante e salva as falhas do filme com maestria, como um perdão da própria narrativa, há tempos não assistia uma conclusão que me afetasse tanto visualmente, e que mantivesse o filme na minha cabeça martelando horas após o encerramento.
Trilha sonora maravilhosa e fotografia destruidora, o que lesa é o roteiro fraco, desenvolvimento de personagem péssimo e imaturidade na trama, tinha tudo pra ser ótimo mas...
Escancara aos poucos a conspiração mundial que levou ao golpe de 64, Paulo Henrique Fontenelle, respeitando o galope da narrativa, encaixa as peças do quebra-cabeça que antes eram vistas apenas como casos isolados no passado do Brasil, extremamente pertinente e atual.
Mais importante do que o que filme mostra, é o que o filme não mostra; a força poderosa e aglutinadora dos movimentos de contracultura, a suscetibilidade de jovens sensíveis e revoltados à grupos que trabalham com conceitos dúbios e ancestrais, a necessidade de pertencer, de nomear e validar uma causa, um momento. O documentário expõe ao espectador a relativização da arte, da formação da estética, e põe em debate a raiz desses conceitos formadores. Os produtores tratam do black metal como um meio para falar de um movimento, de uma força destruidora e revoltosa vinda de um local onde ninguém esperava, numa terra fria e "morta" em relação à cultura mundial. Indico para todos os interessados no gênero e no fator sociológico por trás de movimentos de contracultura e seus impactos na superfície.
Começa com uma introdução ótima, um desenvolvimento de personagem, enredo e cenário quase sufocantes, que te deixam suspenso na primeira meia-hora; termina com um péssimo plot twist que destrói tudo o que o roteiro criou, e que tentou estabelecer desde o início.
Talvez a melhor série já desenvolvida na última época do gênero, me prendeu do início ao fim, tornando os intervalos entre os lançamentos dos episódios uma tortura constante. A questão étnica tratada na série flui de forma orgânica, espontânea e extremamente conveniente ao enredo. Fica clara a crítica ao sistema penal americano, e os episódios que mostram as sessões dos julgamentos tornam-se, indiretamente, uma aula sobre estética jurídica e postura.
Uma grande metáfora para a desconstrução humana, a dilapidação do ser social, da "persona" e das estruturas de classes, Buñuel prova mais uma vez sua competência como um diretor de ideias, contrastes e surrealismo.
Deuses Americanos (1ª Temporada)
4.1 515Para quem reclamou dos efeitos exagerados/roteiro que revela pouco: American Gods precisa ser assim. Quem leu os livros sabe do que eu estou falando. A história trabalha com várias culturas e conceitos e, para não virar algo muito monocromático e padronizar todas as crenças, cada núcleo precisa ter uma estética própria e até espalhafatosa para marcá-los como polos diferentes. As enxurradas de sangue que jorram na tela representam, de certa forma, uma visão desconectada da realidade humana, que seria dos próprios deuses que estão acostumados com sacrifícios e devoção, o pouco valor da vida humana em comparação com a fé.
Violência Coletiva
3.4 6No geral, é bem storytelling; o que marca mesmo o curta é a estética das cenas, tem 15min de duração mas a fotografia dialoga por muito mais tempo
Midnight Diner: Tokyo Stories (1ª Temporada)
4.4 47Não sei, a abertura e a estética da série me cativaram até a alma, porém, acho alguns episódios bem pitorescos, bem marcados pelo humor meio kitsch japonês, o que destoa da atmosfera criada pelos cenários, contudo, tem sido uma experiência quase antropológica assistir aos episódios, aprender sobre uma narrativa de humor e bizarrice que eu nao estou acostumado.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraUm dos meus preferidos do Lynch, já assisti umas 15 vezes, toda vez tenho uma mini parada cardíaca com a cena do mendigo.
O Sal da Terra
4.6 449 Assista AgoraEsse filme promete um documentário biográfico e acaba entregando uma visão de mundo esperançosa, altruísta e que atiça o espectador a se aprofundar no trabalho de S. Salgado.
Palo Alto
3.2 429O filme cumpre o que promete: um drama melancólico juvenil, carregado de estereótipos saturados de jovens problemáticos que o espectador já cansou de ver; a narrativa poderia ter ficado mais interessante se aprofundassem o plano de fundo dos personagens, porém, a cena final é extremamente impactante e salva as falhas do filme com maestria, como um perdão da própria narrativa, há tempos não assistia uma conclusão que me afetasse tanto visualmente, e que mantivesse o filme na minha cabeça martelando horas após o encerramento.
Mudando o Destino
3.5 171Trilha sonora maravilhosa e fotografia destruidora, o que lesa é o roteiro fraco, desenvolvimento de personagem péssimo e imaturidade na trama, tinha tudo pra ser ótimo mas...
Dossiê Jango
4.4 72Escancara aos poucos a conspiração mundial que levou ao golpe de 64, Paulo Henrique Fontenelle, respeitando o galope da narrativa, encaixa as peças do quebra-cabeça que antes eram vistas apenas como casos isolados no passado do Brasil, extremamente pertinente e atual.
Até que a Luz nos Leve
4.2 145Mais importante do que o que filme mostra, é o que o filme não mostra; a força poderosa e aglutinadora dos movimentos de contracultura, a suscetibilidade de jovens sensíveis e revoltados à grupos que trabalham com conceitos dúbios e ancestrais, a necessidade de pertencer, de nomear e validar uma causa, um momento. O documentário expõe ao espectador a relativização da arte, da formação da estética, e põe em debate a raiz desses conceitos formadores. Os produtores tratam do black metal como um meio para falar de um movimento, de uma força destruidora e revoltosa vinda de um local onde ninguém esperava, numa terra fria e "morta" em relação à cultura mundial. Indico para todos os interessados no gênero e no fator sociológico por trás de movimentos de contracultura e seus impactos na superfície.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KComeça com uma introdução ótima, um desenvolvimento de personagem, enredo e cenário quase sufocantes, que te deixam suspenso na primeira meia-hora; termina com um péssimo plot twist que destrói tudo o que o roteiro criou, e que tentou estabelecer desde o início.
The Night Of
4.3 317Talvez a melhor série já desenvolvida na última época do gênero, me prendeu do início ao fim, tornando os intervalos entre os lançamentos dos episódios uma tortura constante. A questão étnica tratada na série flui de forma orgânica, espontânea e extremamente conveniente ao enredo. Fica clara a crítica ao sistema penal americano, e os episódios que mostram as sessões dos julgamentos tornam-se, indiretamente, uma aula sobre estética jurídica e postura.
O Anjo Exterminador
4.3 377 Assista AgoraUma grande metáfora para a desconstrução humana, a dilapidação do ser social, da "persona" e das estruturas de classes, Buñuel prova mais uma vez sua competência como um diretor de ideias, contrastes e surrealismo.
Trem Noturno para Lisboa
3.7 259 Assista AgoraFilme que entretém, porém se perde com a própria narrativa, ótimo para conhecer a paisagem de Lisboa e a cultura histórica de Portugal.