Assistir "Sem dor, sem ganho" foi uma experiência surpreendente já que esperava um filme que se destacaria (positiva ou negativamente) pela ação, mas quem roubou o show foi a comédia, em particular The Rock, em um dos raros papéis vilanescos de sua carreira.
Aviva é um filme com uma ideia muito interessante de transformar os traços de personalidade (persona) que cada indivíduo carrega dentro de si em diferentes personagens interpretados por diferente atores. Porém fora isso usa muito de seu tempo com cenas que não me despertam interesse de pessoas dançando e de gente feia pelada.
Não gostei nem do começo nem do fim do filme já que a primeira parte não foi suficiente para estabelecer as personalidades dos personagens, sendo que quando adultos o elemento mais característico de cada um deles é sua profissão (e o ator famoso que o interpreta),
e o fim com a amiga nomeando o filho em homenagem aos amigos é brega demais.
Uma pena já que a parceria anterior de Levinson com Dustin Hoffman foi provavelmente o melhor filme do diretor, e aqui nem este nem ninguém brilha, talvez a cena mais memorável seja
Grande parte do filme não era nada de novo porém com alguns laços de personagens agradáveis e uma boa dose das piadas funcionando, porém com a ida para
2018 e a versão de CGI da personagem Catherine Keener senti que a imersão do 3º ato foi completamente destruída, sendo que por ela ser a mulher mais poderosa do mundo em um cenário sci-fi ter uma aparência aos 60 e aos 90 parecida dava para aceitar melhor do que o que foi entregue.
As camadas que fui capaz de decodificar foram o humor contrapondo o profundo com banal (preferia ser um tomate), bem como o uso constante do branco, azul, marrom e bege nessa dramédia de Roy Andersson que esperava mais devido seus filmes anteriores serem tão aclamados.
No começo de "Corrente do Mal" imaginei que teríamos um "A Hora do Pesadelo" para o século XXI já que uma criatura que na situação em que uma criatura que te persegue lentamente a grande ameaça é quando você fica muitas horas no mesmo lugar (como quando você está dormindo), mas adolescentes burros conseguem que você fique muito tempo parado na praia ou no hospital. Assim a premissa é boa, mas as únicas explorações interessantes dessa premissa foram a cena da piscina e a escolha
Team America é uma comédia que acha que tem muito a dizer sobre política internacional e a natureza humana, mas parece mais uma mistura de Ayn Rand, coluna de fofoca e escatologia.
O roteiro de "A Arvore da Maldição" passou pelas mãos de Sam Raimi e se o diretor de Evil Dead tivesse levado o projeto até o fim ele não saísse tão fraquinho. Uma pena que um diretor tão grande como Friedkin passou por uma fase que não acertava nem no gênero que fez sua obra-prima.
"A Salvação" é um western com planos muito bonitos (como o com a câmara no chão pegando o céu no embate final) e uma história triste realizada pelo diretor menos famoso do Movimento Dogma 95.
A Troca me parece um filme acidentalmente feminista feito por Eastwood, com mulheres lutando contra um sistema autoritário, com cargos de autoridade ocupados por homens abusando do poder que tem.
Instinto é um dos filmes com a explicação para as ações dos motivos dos personagens mais desconfortável que já formulei, que seria o de Nicoline se sentir atraída, fantasiar o estupro, provavelmente por algum motivo relacionado a sua infância ou sua mãe, já que a cena que mais me marcou foi no clímax do filme ela deitar no colo dele como fez no início do filme com sua mãe. Já a explicação para cena final pode ser explicada
tanto por ela continuar frustrada com desenvolvimento de sua relação com Idris e usar seu plano para prejudicá-lo, bem como forma de trazer a tona o lado violento, animalesco dele, sendo que todos os outros personagens ficam encantados pelo lado mais doce do personagem de Marwan (e sua lorota envolvendo seu filho), já Nicoline está atrás da versão de Idris que o levou a ver o sol nascer quadrado.
Quem gosta de futebol conhece os nomes de Clough e Revie, mas provavelmente não conhece suas carreiras como jogadores nem seus estilos. Enquanto Don teve mais sucesso enquanto jogador, Clough e seu estilo guardiolista avant la lettre (de além de vencer jogar bonito) obteve mais sucesso como técnico, o que não o impediu de ser um grande auto-sabotador, pois o que entendi de sua passagem pelo Leeds retratada no filme ele era alguém que estava mais interessado em levar os créditos pela vitória, vencer de seu jeito do que vencer a qualquer custo.
Achei impressionante como Tallulah compartilha algumas características com o filme seguinte de Sian Heder, mesmo eles tendo resultados tão diferentes para meu gosto. Essas semelhanças são uma relação conturbada dos personagens com uma figura materna (aqui tanto a de Nico quanto a protagonista), bem como o fascínio por mergulho. Porém achei os personagens em "Coda" fascinantes e aqui em geral antipáticos.
Não é a toa que "As três máscaras de Eva" é um dos raros casos de vitória do Oscar sem indicações em outras categorias, a interpretação de Woodward é competente para fazer o público diferenciar entre as personas, mas a história em si achei bem entediante e até caricata.
Achei a experiência de assistir "As vidas de Glória" bem mais gratificante nos momentos de criatividade visual de Julie Taymor como a cena a lá Mágico de Oz, ou as em preto e branco no ônibus do que os diversos momentos meio superficiais e planfetários como o da Marcha sobre Washington. A falta de alguns marcadores temporais e geográficos também foi um ponto negativo, já que só no fim no filme mencionam que a cidadezinha que ela cresceu é em Ohio e só descobri que o artigo sobre a playboy é de 63 em críticas gringas do filme.
Em a Costa do Mosquito Harrison Ford interpreta um tipo de pessoa bem difícil de se lidar que é o idiota que acha que é inteligente e tem seus planos destruídos por 2 situações totalmente imprevisíveis que são o gelo derreter e armas de fogo. Já Helen Mirren está tão diferente que me lembrava mais Edie Falco como Carmela Soprano do que a própria Mirren em seus papéis mais famosos. Apesar de ser divertido ver alguém como Alie Fox quebrar a cara, tive basicamente 3 problemas com o filme: -todo mundo no Panamá falar inglês (o que não considero grande problema em filmes mais voltados para o entretenimento, mas aqui em um filme que é basicamente sobre as dificuldades de abandonar a civilização, a dificuldade de comunicação acrescentaria um grande problema na construção do novo paraíso na terra) -a personagem de Mirren ser tão subserviente gera estranhamento por não haver nenhum explicação para tal condição, sendo que o mais razoável seria ela nem embarcado nessa aventura (já que todos outros adultos parecem bem desconfiadas dessa empreitada) -o personagem de Ford é tão desprovido de senso comum que o sucesso inicial que ele tem me parece irrealista, já que por mais magnífica que a máquina que ele inventou seja a tese "Gelo é civilização" é bem fraca, e a mudança de uma país de primeiro para terceiro mundo provavelmente geraria vários outros problemas que ele não previu (como pelo que é apontado seus conhecimentos são na área de engenharia ele, nem ninguém na expedição teriam conhecimento em medicina, uma área talvez mais relevante que gelo para determinar o nível civilizatório), já que ele não contou nem com a hipótese de 3 homens com metralhadoras virem tomar o que foi construído.
Durante quase todo filme fiquei com a impressão de estar vendo uma obra bem mediana, já que ri muito pouco para uma obra aparentemente cômica, com destaque positivo a cena de Tom Hanks com cachorro não querendo sair na chuva e negativo a apresentação da personagem de Griffith e sua pronúncia errada. Porém o final com discurso de Morgan Freeman sobre decência fez com que minha noção geral do filme piorasse consideravelmente, já que ser da opinião de que todos personagens da história sejam indecentes faz sentido, agora considerar que "decência é o que você aprendeu com sua avó", nos EUA dos anos 80 onde os avós em sua maioria eram pessoas racistas, machistas e homofóbicas, já que foram criados na época do Jim Crow onde os Estados Unidos talvez fosse o país mais racista do mundo, só comparável a África do Sul do Apartheid é de perder completamente a credibilidade da obra.
Que grande surpresa foi a experiência de assistir Nitram. Só conhecia Kurzel pela dobradinha que fez com Fassbender e Coutillard em Macbeth e Assassin's Creed, a qual não deixou uma grande impressão em mim. Nem sabia que ele é australiano. Nem sabia que é casado com Essie Davis (famosa por seu trabalho em Babadook). Porém a partir de agora vou acompanhá-lo mais de perto, já que mesmo havendo cada vez mais vez filmes focados na jornada de como pessoas se tornam monstros, o trabalho de Kurzel consegue se destacar, pois em menos de 2 horas de filme ele consegue estabelecer 4 personagens tão bem que os 4 venceram premiações de atuação na Austrália e CLJ ainda foi agraciado como melhor ator em Cannes.
"Direito de Amar" é um excelente esquenta para Casa Gucci, já que antes de dirigir filmes e inspirar músicas de Jay-Z Tom Ford salvou a empresa italiana quando trabalhava como estilista e por isso só dirigiu seu filme de estreia com quase 50 anos. Além de trazer a estética da Los Angeles dos anos 60 lotadas de referências a ícones da época como Ben-Hur e Psicose, o que mais chama a atenção em Single Man é o uso de cores para representar a vontade de viver (ou não) de George, na talvez melhor atuação da carreira de Colin Firth.
Achava que THX era um filme melhor quando primeiro o vi, pois você começa meio perdido e termina maravilhado com a cena final. Porém assistindo por uma segunda vez e tentando compreender o filme além do nível simbólico como uma crítica do aprisionamento do espírito humano através do controle químico na esteira do modelo de Admirável Mundo Novo, não consegui encontrar um mundo organizado, nem explicação ou dicas para entender como chegamos a essa distopia, nem muita lógica interna já que os agentes que impõe a vontade de quem comanda a sociedade do filme de Lucas querem que as pessoas continuem consumindo, um mundo onde todos são carecas e usam branco não parece encaixar com esse propósito. No meio do filme me peguei pensando no final de Macbeth em que existe a famosa frase de Shakespeare afirmando que a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado, porém aqui em vez de som e fúria existem muitas letras e números, e não usaria a expressão idiota já que George já se provou capaz de obras bem melhores que seu filme de estreia.
Embora Clint só tenha sido reconhecido por seus talentos como diretor a partir dos anos 90, seus filmes dos anos 70 como Josey Wales e Perversa Paixão tem muitas qualidades. Aqui a maior delas talvez seja a atuação de Jessica Walter, que vai cada vez mais sugerindo uma loucura até o momento que a sugestão se concretiza. Como não vi "Atração Fatal", o filme que a estreia de Eastwood mais me lembrou foi "Louca Obsessão" com Kathy Bates e James Caan, com principal diferença que eles já estavam perto dos 50 anos, o que faz de "Play Misty for Me" uma versão daquele filme com gente mais bonita.
Filme que menos gosto de Billy Wilder, já que todos os outros que vi são bem engraçados e aqui a personagem que mais me fez rir foi Janet Mackenzie, que tem bem menos tempo de tela que as partes que não funcionaram como a relação do advogado com a enfermeira, bem como o twist final que devido força das estrelas envolvidos é meio previsível.
Chuva negra é uma premissa ruim ainda por cima mal executada. Policial, principalmente de um lugar atarefado ir trabalhar do outro lado do mundo, principalmente um lugar onde não fala a língua, e não sabe andar e tem pouco a contribuir, é no mínimo inverossímil. E os clichês de gente branca encontrando outros brancos para serem par romântico tornou essa parte do filme bem desagradável, bem como o personagem de Andy Garcia só demonstrar um pouco de personalidade para
Sem Dor, Sem Ganho
3.0 834 Assista AgoraAssistir "Sem dor, sem ganho" foi uma experiência surpreendente já que esperava um filme que se destacaria (positiva ou negativamente) pela ação, mas quem roubou o show foi a comédia, em particular The Rock, em um dos raros papéis vilanescos de sua carreira.
Aviva
3.2 10 Assista AgoraAviva é um filme com uma ideia muito interessante de transformar os traços de personalidade (persona) que cada indivíduo carrega dentro de si em diferentes personagens interpretados por diferente atores. Porém fora isso usa muito de seu tempo com cenas que não me despertam interesse de pessoas dançando e de gente feia pelada.
Sleepers: A Vingança Adormecida
3.9 465 Assista AgoraNão gostei nem do começo nem do fim do filme já que a primeira parte não foi suficiente para estabelecer as personalidades dos personagens, sendo que quando adultos o elemento mais característico de cada um deles é sua profissão (e o ator famoso que o interpreta),
e o fim com a amiga nomeando o filho em homenagem aos amigos é brega demais.
a da morte de Kevin Bacon.
O Projeto Adam
3.3 457 Assista AgoraGrande parte do filme não era nada de novo porém com alguns laços de personagens agradáveis e uma boa dose das piadas funcionando, porém com a ida para
2018 e a versão de CGI da personagem Catherine Keener senti que a imersão do 3º ato foi completamente destruída, sendo que por ela ser a mulher mais poderosa do mundo em um cenário sci-fi ter uma aparência aos 60 e aos 90 parecida dava para aceitar melhor do que o que foi entregue.
Sobre a Eternidade
3.6 22As camadas que fui capaz de decodificar foram o humor contrapondo o profundo com banal (preferia ser um tomate), bem como o uso constante do branco, azul, marrom e bege nessa dramédia de Roy Andersson que esperava mais devido seus filmes anteriores serem tão aclamados.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraNo começo de "Corrente do Mal" imaginei que teríamos um "A Hora do Pesadelo" para o século XXI já que uma criatura que na situação em que uma criatura que te persegue lentamente a grande ameaça é quando você fica muitas horas no mesmo lugar (como quando você está dormindo), mas adolescentes burros conseguem que você fique muito tempo parado na praia ou no hospital.
Assim a premissa é boa, mas as únicas explorações interessantes dessa premissa foram a cena da piscina e a escolha
de passar a criatura para as profissionais do sexo
Team America - Detonando o Mundo
3.5 260 Assista AgoraTeam America é uma comédia que acha que tem muito a dizer sobre política internacional e a natureza humana, mas parece mais uma mistura de Ayn Rand, coluna de fofoca e escatologia.
A Árvore da Maldição
2.9 158O roteiro de "A Arvore da Maldição" passou pelas mãos de Sam Raimi e se o diretor de Evil Dead tivesse levado o projeto até o fim ele não saísse tão fraquinho. Uma pena que um diretor tão grande como Friedkin passou por uma fase que não acertava nem no gênero que fez sua obra-prima.
A Salvação
3.5 231 Assista Agora"A Salvação" é um western com planos muito bonitos (como o com a câmara no chão pegando o céu no embate final) e uma história triste realizada pelo diretor menos famoso do Movimento Dogma 95.
A Troca
4.0 1,6K Assista AgoraA Troca me parece um filme acidentalmente feminista feito por Eastwood, com mulheres lutando contra um sistema autoritário, com cargos de autoridade ocupados por homens abusando do poder que tem.
Instinto
2.7 48 Assista AgoraInstinto é um dos filmes com a explicação para as ações dos motivos dos personagens mais desconfortável que já formulei, que seria o de Nicoline se sentir atraída, fantasiar o estupro, provavelmente por algum motivo relacionado a sua infância ou sua mãe, já que a cena que mais me marcou foi no clímax do filme ela deitar no colo dele como fez no início do filme com sua mãe.
Já a explicação para cena final pode ser explicada
tanto por ela continuar frustrada com desenvolvimento de sua relação com Idris e usar seu plano para prejudicá-lo, bem como forma de trazer a tona o lado violento, animalesco dele, sendo que todos os outros personagens ficam encantados pelo lado mais doce do personagem de Marwan (e sua lorota envolvendo seu filho), já Nicoline está atrás da versão de Idris que o levou a ver o sol nascer quadrado.
Operação Canadá
3.0 7Operação Canadá é uma agradável surpresa já que não tem um reputação muita boa mas achei bem engraçado, principalmente o seu começo.
Maldito Futebol Clube
4.0 138 Assista AgoraQuem gosta de futebol conhece os nomes de Clough e Revie, mas provavelmente não conhece suas carreiras como jogadores nem seus estilos. Enquanto Don teve mais sucesso enquanto jogador, Clough e seu estilo guardiolista avant la lettre (de além de vencer jogar bonito) obteve mais sucesso como técnico, o que não o impediu de ser um grande auto-sabotador, pois o que entendi de sua passagem pelo Leeds retratada no filme ele era alguém que estava mais interessado em levar os créditos pela vitória, vencer de seu jeito do que vencer a qualquer custo.
Tallulah
3.6 234 Assista AgoraAchei impressionante como Tallulah compartilha algumas características com o filme seguinte de Sian Heder, mesmo eles tendo resultados tão diferentes para meu gosto. Essas semelhanças são uma relação conturbada dos personagens com uma figura materna (aqui tanto a de Nico quanto a protagonista), bem como o fascínio por mergulho. Porém achei os personagens em "Coda" fascinantes e aqui em geral antipáticos.
As Três Máscaras de Eva
3.9 113Não é a toa que "As três máscaras de Eva" é um dos raros casos de vitória do Oscar sem indicações em outras categorias, a interpretação de Woodward é competente para fazer o público diferenciar entre as personas, mas a história em si achei bem entediante e até caricata.
As Vidas de Glória
3.4 17 Assista AgoraAchei a experiência de assistir "As vidas de Glória" bem mais gratificante nos momentos de criatividade visual de Julie Taymor como a cena a lá Mágico de Oz, ou as em preto e branco no ônibus do que os diversos momentos meio superficiais e planfetários como o da Marcha sobre Washington. A falta de alguns marcadores temporais e geográficos também foi um ponto negativo, já que só no fim no filme mencionam que a cidadezinha que ela cresceu é em Ohio e só descobri que o artigo sobre a playboy é de 63 em críticas gringas do filme.
A Costa do Mosquito
3.3 57 Assista AgoraEm a Costa do Mosquito Harrison Ford interpreta um tipo de pessoa bem difícil de se lidar que é o idiota que acha que é inteligente e tem seus planos destruídos por 2 situações totalmente imprevisíveis que são o gelo derreter e armas de fogo. Já Helen Mirren está tão diferente que me lembrava mais Edie Falco como Carmela Soprano do que a própria Mirren em seus papéis mais famosos.
Apesar de ser divertido ver alguém como Alie Fox quebrar a cara, tive basicamente 3 problemas com o filme:
-todo mundo no Panamá falar inglês (o que não considero grande problema em filmes mais voltados para o entretenimento, mas aqui em um filme que é basicamente sobre as dificuldades de abandonar a civilização, a dificuldade de comunicação acrescentaria um grande problema na construção do novo paraíso na terra)
-a personagem de Mirren ser tão subserviente gera estranhamento por não haver nenhum explicação para tal condição, sendo que o mais razoável seria ela nem embarcado nessa aventura (já que todos outros adultos parecem bem desconfiadas dessa empreitada)
-o personagem de Ford é tão desprovido de senso comum que o sucesso inicial que ele tem me parece irrealista, já que por mais magnífica que a máquina que ele inventou seja a tese "Gelo é civilização" é bem fraca, e a mudança de uma país de primeiro para terceiro mundo provavelmente geraria vários outros problemas que ele não previu (como pelo que é apontado seus conhecimentos são na área de engenharia ele, nem ninguém na expedição teriam conhecimento em medicina, uma área talvez mais relevante que gelo para determinar o nível civilizatório), já que ele não contou nem com a hipótese de 3 homens com metralhadoras virem tomar o que foi construído.
A Fogueira das Vaidades
3.1 89 Assista AgoraDurante quase todo filme fiquei com a impressão de estar vendo uma obra bem mediana, já que ri muito pouco para uma obra aparentemente cômica, com destaque positivo a cena de Tom Hanks com cachorro não querendo sair na chuva e negativo a apresentação da personagem de Griffith e sua pronúncia errada. Porém o final com discurso de Morgan Freeman sobre decência fez com que minha noção geral do filme piorasse consideravelmente, já que ser da opinião de que todos personagens da história sejam indecentes faz sentido, agora considerar que "decência é o que você aprendeu com sua avó", nos EUA dos anos 80 onde os avós em sua maioria eram pessoas racistas, machistas e homofóbicas, já que foram criados na época do Jim Crow onde os Estados Unidos talvez fosse o país mais racista do mundo, só comparável a África do Sul do Apartheid é de perder completamente a credibilidade da obra.
Nitram
3.7 32Que grande surpresa foi a experiência de assistir Nitram. Só conhecia Kurzel pela dobradinha que fez com Fassbender e Coutillard em Macbeth e Assassin's Creed, a qual não deixou uma grande impressão em mim. Nem sabia que ele é australiano. Nem sabia que é casado com Essie Davis (famosa por seu trabalho em Babadook).
Porém a partir de agora vou acompanhá-lo mais de perto, já que mesmo havendo cada vez mais vez filmes focados na jornada de como pessoas se tornam monstros, o trabalho de Kurzel consegue se destacar, pois em menos de 2 horas de filme ele consegue estabelecer 4 personagens tão bem que os 4 venceram premiações de atuação na Austrália e CLJ ainda foi agraciado como melhor ator em Cannes.
Direito de Amar
4.0 1,1K Assista Agora"Direito de Amar" é um excelente esquenta para Casa Gucci, já que antes de dirigir filmes e inspirar músicas de Jay-Z Tom Ford salvou a empresa italiana quando trabalhava como estilista e por isso só dirigiu seu filme de estreia com quase 50 anos.
Além de trazer a estética da Los Angeles dos anos 60 lotadas de referências a ícones da época como Ben-Hur e Psicose, o que mais chama a atenção em Single Man é o uso de cores para representar a vontade de viver (ou não) de George, na talvez melhor atuação da carreira de Colin Firth.
THX 1138
3.5 200 Assista AgoraAchava que THX era um filme melhor quando primeiro o vi, pois você começa meio perdido e termina maravilhado com a cena final. Porém assistindo por uma segunda vez e tentando compreender o filme além do nível simbólico como uma crítica do aprisionamento do espírito humano através do controle químico na esteira do modelo de Admirável Mundo Novo, não consegui encontrar um mundo organizado, nem explicação ou dicas para entender como chegamos a essa distopia, nem muita lógica interna já que os agentes que impõe a vontade de quem comanda a sociedade do filme de Lucas querem que as pessoas continuem consumindo, um mundo onde todos são carecas e usam branco não parece encaixar com esse propósito.
No meio do filme me peguei pensando no final de Macbeth em que existe a famosa frase de Shakespeare afirmando que a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado, porém aqui em vez de som e fúria existem muitas letras e números, e não usaria a expressão idiota já que George já se provou capaz de obras bem melhores que seu filme de estreia.
Perversa Paixão
3.4 70Embora Clint só tenha sido reconhecido por seus talentos como diretor a partir dos anos 90, seus filmes dos anos 70 como Josey Wales e Perversa Paixão tem muitas qualidades. Aqui a maior delas talvez seja a atuação de Jessica Walter, que vai cada vez mais sugerindo uma loucura até o momento que a sugestão se concretiza.
Como não vi "Atração Fatal", o filme que a estreia de Eastwood mais me lembrou foi "Louca Obsessão" com Kathy Bates e James Caan, com principal diferença que eles já estavam perto dos 50 anos, o que faz de "Play Misty for Me" uma versão daquele filme com gente mais bonita.
Testemunha de Acusação
4.5 354 Assista AgoraFilme que menos gosto de Billy Wilder, já que todos os outros que vi são bem engraçados e aqui a personagem que mais me fez rir foi Janet Mackenzie, que tem bem menos tempo de tela que as partes que não funcionaram como a relação do advogado com a enfermeira, bem como o twist final que devido força das estrelas envolvidos é meio previsível.
Chuva Negra
3.5 138 Assista AgoraChuva negra é uma premissa ruim ainda por cima mal executada. Policial, principalmente de um lugar atarefado ir trabalhar do outro lado do mundo, principalmente um lugar onde não fala a língua, e não sabe andar e tem pouco a contribuir, é no mínimo inverossímil. E os clichês de gente branca encontrando outros brancos para serem par romântico tornou essa parte do filme bem desagradável, bem como o personagem de Andy Garcia só demonstrar um pouco de personalidade para
sua morte tentar ter um peso emocional