Um deslumbre visual? Sim! Mas os maneirismos do Wes Anderson estão me incomodando profundamente. O curta começa bem, depois torna-se chatíssimo. O bom que só tem 40 minutos.
Que estreia com o pé direito na direção hein, Adanilo? Tudo aqui funcionada em seu perfeito estado e as críticas sociais e ambientais são persistentes. Muito bom.
Fui com muita sede ao pote, esperava mais vindo de Almodóvar e dos demais nomes envolvidos, caí do cavalo (se me permitem o trocadilho). Claro, o filme está longe de ser ruim, mas também não é excelente. Fica no meio termo. Por ser um curta-metragem a sensação de algo inacabado e pela metade deixou um gosto amargo na boca. Fora o Ethan Hawke que não me convenceu. No mais, uma produção... ok.
Zózimo foi e para sempre será um ARTISTA em maiúsculo. Que filme performance que deixa algo entalado na garganta. São várias camadas da colonização em nos apagar, inclusive, o brilho em viver. Poderoso e necessário.
"Chico (Giovanni Venturini, soberbo!), é um homem com nanismo e vive de consertar fornos. No seu infinito particular, é um cara introspectivo, seco, com traumas. Em síntese, um cara sofrido por sua exclusão social. Ele se realiza quando está na função que lhe restou ou que gosta de fazer: consertar fornos, de preferência daqueles enormes em que ele possa entrar e, finalmente, se encaixar em alguma coisa. É dentro desses fornos que ele se reconhece enquanto pessoa, homem, profissional e, principalmente, reconhece a sua capacidade. É nesse breve momento que o seu saber técnico se sobrepõe aos demais que lhe enxergam como um corpo supostamente deficiente e descartável. "
Minha crítica desse curta que já nasce clássico: cineset .com .br/critica-big-bang-carlos-segundo/
Um soft pornô que vai do nada para lugar nenhum e se sustenta somente pelos nudes dos atores. Mas achei interessante essa libertação dela através da arte/nudez.
Curta de animação indicado na última edição do Oscar, “Affairs of the Art” é uma desconfortante animação que fala de obsessões e como tais vícios se manifestam de alguma forma artisticamente.
O sadismo em cena é proposital. Pois os vícios existem e nos leva para lugares inimagináveis, para o bem ou para o mal, no caso de Beryl, ela continua no mesmo lugar de uma mulher de meia idade que não teve uma vida artística de sucesso por gravidez e casamento. Enquanto a sua irmã, Beverly, outra compulsiva, ostenta luxo, plásticas, riquezas e heranças de casamentos falidos.
Uma narrativa disfuncional e bizarra para uma família disfuncional e bizarra. E, de certa forma nociva de uma maneira orgulhosamente culposa. E a arte no meio disso tudo? Bem, ela serve como escapismo para sair (ou pela menos imaginar) do próprio ostracismo que vive nesses sujeitos desconfortantes e bizarros.
O que seria um dia comum na vida de uma grande família britânico-paquistanesa torna-se um inferno. Daquelas realidades cruas, duras, impactantes e a sensação de impotência por tamanha brutalidade.
Sem entrar em mais detalhes, o longa de apenas 12 minutos deixa o seu forte recado e uma espécie de apelo para que se compreenda uma problemática aguda: a questão dos imigrantes ou descentes de imigrantes em terras estrangeiras. Racismo, xenofobia e um terror instaurado na mente e corpos dessas pessoas.
Com produção e roteiro assinado por Aneil Karia e Riz Ahmed (de O Som do Silêncio) e dirigido por Karia, o vencedor do Oscar de melhor curta em live action é um soco no estômago daqueles de tirar o ar, de tremer de raiva e indignação e como o tratamento dado aos imigrantes que são, basicamente, nulos! A sequência final, com o monólogo poderoso de Riz é angustiante.
Suas vidas não importam? E vamos lembrar que no Brasil não é diferente...
Vivemos em um mundo em que os padrões estéticos são muito bem delimitados: branco, olhos azuis, louro e magro. O eurocentrismo deixou suas marcas profundas em muitos aspectos. E, nesse padrão estético e social estabelecidos, aqueles grupos minoritários ficam de fora no sentido de aceitação/ascensão social e pelo direito de ser amado e acolhido. Negros, indígenas, gordos, pessoas de baixa estatura e anões, por exemplo, são as vítimas dessa exclusão que demarcam e ceifam vidas.
Minha crítica completa do filme no site CineSet (eles não permitem links aqui): <critica-the-dress-oscar-2022/>
Quem é Lucy Harris? Um nome comum. Poderia ser de algum personagem de série ou filme, alguma subcelebridade milionária da internet ou uma anônima qualquer. Mas, não. A desconhecida Lucy Harris não foi nada disso. Foi uma pessoa maior, literalmente, bem maior que isso. Lucy Harris foi a maior jogadora do basquete nos Estados Unidos na década de 1970. Um ídolo. Mas quase ninguém sabe quem é essa potência.
Crítica completa no site CineSet (eles não permitem links aqui): <critica-the-queen-of-basketball-lucy-harris/>
Quanto vale um sonho e viver desse sonho? Quanto vale buscar por esse sonho? Quanto vale ir contra todas as probabilidades em favor do seu sonho? E, principalmente, quem é que pode bancar viver/buscar/realizar um sonho?
Minha crítica completa no site CineSet (aqui não deixam colocar links): <critica-tres-cancoes-para-benazir-netflix/>
“No mundo dos ouvintes, os surdos são menosprezados. Eles acham que não podemos fazer as mesmas coisas que eles. Então nós os derrotamos para provar que estão errados e mostrar que as pessoas surdas podem fazer qualquer coisa. Provamos a eles que não somos diferentes”.
Essa é uma fala de um adolescente surdo ao desabafar sobre os outros estudantes ouvintes e rivais de time que os subestimam. Audible, uma produção de pouco mais de 30 minutos é um diálogo necessário acerca da presença e inclusão das pessoas surdas na sociedade.
Minha crítica completa no site CineSet (aqui não aceita links): <critica-audible-netflix-2021/>
Imagina unir Pedro Almodóvar e Tilda Swinton juntos? Nem precisa assistir ao filme para saber que já é um clássico cult. Felizmente essa empolgação de fã se reproduz na tela. “A Voz Humana”, primeiro longa em língua inglesa do diretor que, na linguagem dessa geração z, é “puro suco” de melhor do mundo almodovariano.
O curta metragem com pouco menos de 30 minutos, é livremente inspirado em uma peça clássica de Jean Cocteau. Mas é como se fosse uma obra dele. Pois suas cores fortes e berrantes estão presentes, especialmente o vermelho sangue onipresente, uma mulher passionalmente entregue a essa paixão alucinante a avassaladora que chegou ao fim. E ela espera por ele, por sua presença, por sua ligação, um sinal sequer. E, no momento em que a esperada ligação acontece, somos bombardeados por um texto/monólogo primoroso e não menos que passional violento até.
Tilda Swinton é uma atriz que dispensa comentários, ela se transforma. Sua presença magnética e misteriosa casa perfeitamente aqui. Fiquei com gostinho de quero mais dessa mulher apaixonada, (in)conformada, cheia de anseios e que, na sua mente, ainda não houve um verdadeiro ponto final dessa relação. Uma doce vingança?
Como eu adoro o cinema amazonense e como eu adoro estar fazendo parte dessa resistência em contar nossas histórias. Parabéns para essa equipe sensacional. Um filme muito denso e delicado. À espera do longa!
A Incrível História de Henry Sugar
3.6 164 Assista AgoraUm deslumbre visual? Sim! Mas os maneirismos do Wes Anderson estão me incomodando profundamente. O curta começa bem, depois torna-se chatíssimo. O bom que só tem 40 minutos.
Castanho
3.5 2Que estreia com o pé direito na direção hein, Adanilo? Tudo aqui funcionada em seu perfeito estado e as críticas sociais e ambientais são persistentes. Muito bom.
Estranha Forma de Vida
3.4 133 Assista AgoraFui com muita sede ao pote, esperava mais vindo de Almodóvar e dos demais nomes envolvidos, caí do cavalo (se me permitem o trocadilho). Claro, o filme está longe de ser ruim, mas também não é excelente. Fica no meio termo. Por ser um curta-metragem a sensação de algo inacabado e pela metade deixou um gosto amargo na boca. Fora o Ethan Hawke que não me convenceu. No mais, uma produção... ok.
Alma no Olho
4.5 20Zózimo foi e para sempre será um ARTISTA em maiúsculo. Que filme performance que deixa algo entalado na garganta. São várias camadas da colonização em nos apagar, inclusive, o brilho em viver. Poderoso e necessário.
A Dama do Estácio
3.6 32Um luxo, uma joia!
Soberane
3.6 1Muito interessante e necessário. Vale assistir!
Último Domingo
3.2 1Que filme potente. História, direção e fotografia convincentes. E Jéssica Ellen é um espetáculo de atriz.
Big Bang
3.8 7"Chico (Giovanni Venturini, soberbo!), é um homem com nanismo e vive de consertar fornos. No seu infinito particular, é um cara introspectivo, seco, com traumas. Em síntese, um cara sofrido por sua exclusão social. Ele se realiza quando está na função que lhe restou ou que gosta de fazer: consertar fornos, de preferência daqueles enormes em que ele possa entrar e, finalmente, se encaixar em alguma coisa. É dentro desses fornos que ele se reconhece enquanto pessoa, homem, profissional e, principalmente, reconhece a sua capacidade. É nesse breve momento que o seu saber técnico se sobrepõe aos demais que lhe enxergam como um corpo supostamente deficiente e descartável. "
Minha crítica desse curta que já nasce clássico: cineset .com .br/critica-big-bang-carlos-segundo/
Os Santos de Kiko
4.0 4Um soft pornô que vai do nada para lugar nenhum e se sustenta somente pelos nudes dos atores. Mas achei interessante essa libertação dela através da arte/nudez.
Affairs of the Art
2.7 32Curta de animação indicado na última edição do Oscar, “Affairs of the Art” é uma desconfortante animação que fala de obsessões e como tais vícios se manifestam de alguma forma artisticamente.
O sadismo em cena é proposital. Pois os vícios existem e nos leva para lugares inimagináveis, para o bem ou para o mal, no caso de Beryl, ela continua no mesmo lugar de uma mulher de meia idade que não teve uma vida artística de sucesso por gravidez e casamento. Enquanto a sua irmã, Beverly, outra compulsiva, ostenta luxo, plásticas, riquezas e heranças de casamentos falidos.
Uma narrativa disfuncional e bizarra para uma família disfuncional e bizarra. E, de certa forma nociva de uma maneira orgulhosamente culposa. E a arte no meio disso tudo? Bem, ela serve como escapismo para sair (ou pela menos imaginar) do próprio ostracismo que vive nesses sujeitos desconfortantes e bizarros.
The Long Goodbye
3.9 39O que seria um dia comum na vida de uma grande família britânico-paquistanesa torna-se um inferno. Daquelas realidades cruas, duras, impactantes e a sensação de impotência por tamanha brutalidade.
Sem entrar em mais detalhes, o longa de apenas 12 minutos deixa o seu forte recado e uma espécie de apelo para que se compreenda uma problemática aguda: a questão dos imigrantes ou descentes de imigrantes em terras estrangeiras. Racismo, xenofobia e um terror instaurado na mente e corpos dessas pessoas.
Com produção e roteiro assinado por Aneil Karia e Riz Ahmed (de O Som do Silêncio) e dirigido por Karia, o vencedor do Oscar de melhor curta em live action é um soco no estômago daqueles de tirar o ar, de tremer de raiva e indignação e como o tratamento dado aos imigrantes que são, basicamente, nulos! A sequência final, com o monólogo poderoso de Riz é angustiante.
Suas vidas não importam?
E vamos lembrar que no Brasil não é diferente...
The Dress
3.7 25Vivemos em um mundo em que os padrões estéticos são muito bem delimitados: branco, olhos azuis, louro e magro. O eurocentrismo deixou suas marcas profundas em muitos aspectos. E, nesse padrão estético e social estabelecidos, aqueles grupos minoritários ficam de fora no sentido de aceitação/ascensão social e pelo direito de ser amado e acolhido. Negros, indígenas, gordos, pessoas de baixa estatura e anões, por exemplo, são as vítimas dessa exclusão que demarcam e ceifam vidas.
Minha crítica completa do filme no site CineSet (eles não permitem links aqui):
<critica-the-dress-oscar-2022/>
The Queen of Basketball
3.8 36Quem é Lucy Harris? Um nome comum. Poderia ser de algum personagem de série ou filme, alguma subcelebridade milionária da internet ou uma anônima qualquer. Mas, não. A desconhecida Lucy Harris não foi nada disso. Foi uma pessoa maior, literalmente, bem maior que isso. Lucy Harris foi a maior jogadora do basquete nos Estados Unidos na década de 1970. Um ídolo. Mas quase ninguém sabe quem é essa potência.
Crítica completa no site CineSet (eles não permitem links aqui):
<critica-the-queen-of-basketball-lucy-harris/>
Terra Nova
4.3 3Produção amazonense de primeira linha. Orgulho define.
Flush
3.2 8Interessante.
Três Canções para Benazir
3.2 48 Assista AgoraQuanto vale um sonho e viver desse sonho? Quanto vale buscar por esse sonho? Quanto vale ir contra todas as probabilidades em favor do seu sonho? E, principalmente, quem é que pode bancar viver/buscar/realizar um sonho?
Minha crítica completa no site CineSet (aqui não deixam colocar links): <critica-tres-cancoes-para-benazir-netflix/>
Audible
3.5 32“No mundo dos ouvintes, os surdos são menosprezados. Eles acham que não podemos fazer as mesmas coisas que eles. Então nós os derrotamos para provar que estão errados e mostrar que as pessoas surdas podem fazer qualquer coisa. Provamos a eles que não somos diferentes”.
Essa é uma fala de um adolescente surdo ao desabafar sobre os outros estudantes ouvintes e rivais de time que os subestimam. Audible, uma produção de pouco mais de 30 minutos é um diálogo necessário acerca da presença e inclusão das pessoas surdas na sociedade.
Minha crítica completa no site CineSet (aqui não aceita links): <critica-audible-netflix-2021/>
A Voz Humana
3.9 71 Assista AgoraImagina unir Pedro Almodóvar e Tilda Swinton juntos? Nem precisa assistir ao filme para saber que já é um clássico cult. Felizmente essa empolgação de fã se reproduz na tela. “A Voz Humana”, primeiro longa em língua inglesa do diretor que, na linguagem dessa geração z, é “puro suco” de melhor do mundo almodovariano.
O curta metragem com pouco menos de 30 minutos, é livremente inspirado em uma peça clássica de Jean Cocteau. Mas é como se fosse uma obra dele. Pois suas cores fortes e berrantes estão presentes, especialmente o vermelho sangue onipresente, uma mulher passionalmente entregue a essa paixão alucinante a avassaladora que chegou ao fim. E ela espera por ele, por sua presença, por sua ligação, um sinal sequer. E, no momento em que a esperada ligação acontece, somos bombardeados por um texto/monólogo primoroso e não menos que passional violento até.
Tilda Swinton é uma atriz que dispensa comentários, ela se transforma. Sua presença magnética e misteriosa casa perfeitamente aqui. Fiquei com gostinho de quero mais dessa mulher apaixonada, (in)conformada, cheia de anseios e que, na sua mente, ainda não houve um verdadeiro ponto final dessa relação. Uma doce vingança?
Invasão Drag
3.3 1Esperava mais.
O Barco e o Rio
3.0 4Como eu adoro o cinema amazonense e como eu adoro estar fazendo parte dessa resistência em contar nossas histórias. Parabéns para essa equipe sensacional. Um filme muito denso e delicado. À espera do longa!
Couro de Gato
4.3 18Cinema brasileiro da melhor qualidade. Muito bom.
A História da Eternidade
3.9 33Grandioso, cru, avassalador e cruel.
Até Que a Última Luz Se Apague
3.7 2MARAVILHOSOOOOO!
Viagem à Lua
4.4 857 Assista AgoraAchei tão contemplativo, o cinema na sua forma mais bruta e genuína. Belíssimo.