Se rende (como não) a estereótipos e piadinhas previsíveis boa parte de projeção, mas é eficiente em sua proposta, pelo menos. Me diverti grande parte do filme, momento aqui e ali nos é evidenciado algo picaresco, mas, nhé, é risível (no bom sentido) e um entretenimento, digamos, competente.
A quebra de expectativa aqui é algo louvável. A trilogia toda traz esse mérito (porque, convenhamos, são pouquíssimos blockbusters que alcançam tal nível). É um encerramento condizente com tudo o que aconteceu. E, em especial, esse terceiro é um filme humano em demasia.
Me soa necessária sua revisão anual. Não sei, é como se meu espírito pedisse um novo sopro de vida. A Árvore da Vida, para mim, já chegou num patamar que transcende tudo o que cinema têm a oferecer. Aquele tipo de obra que transforma um viver, verdadeiramente. Minha primeira experiência foi tudo, menos intimista, percebi os atributos técnicos, mas não pude sentir o real (não faço ideia de onde pode chegar) significado do filme. A segunda vista, num estado de dificuldade espiritual, consegui desfrutar bastante, me esbaldando de uma rica vida dentro em mim que sequer conhecia, materializando, logo em seguida, toda alegria que a obra me transmitiu. E, assim, após muito júbilo, muita queda e várias revisões, hoje, mais uma vez, sinto que A Árvore da Vida me é indispensável tanto quanto o ar que uso para respirar, a luz para enxergar e a vida...a vida para viver.
Baby Driver é composto por um classicismo louvável e uma inventividade divertida. Realmente é prazeroso acompanhar uma obra que, por mais que enraizada em um argumento batido, se sustente maravilhosamente bem em seu desenvolvimento. As músicas aqui são personagens à parte, como se víssemos um filme dentro de uma playlist. Sério, é o filme mais cool em tempos. Porém, e realmente é complicado ao analisar a obra numa impressão final, tão perceptível quanto a qualidade do filme, me chamou atenção seu terço final. Como me pareceu bagunçado e, assim, deslanchado. Não sei se a intenção era acompanhar a estranheza do filme, mas há algo ali que me incomodou profundamente. Ainda assim, mais uma bola dentro do Wright, filme mais divertido e pulsante do ano. Mas aquele final (aliás, um pouco antes dele), me soou desordenado.
Acredito que além da veracidade que, claro, é importante, o mais significativo aqui é o cinema e a forma com que se conduz a obra. O filme é estupendo, o estilo clássico e moderno de Tim Maia é transmitido de um jeito único, a estética do filme é condizente com o homem artista. E que viver coberto de intempéries....
Grande cinebiografia do nosso cinema. Não me recordo de algo tão bom nos últimos anos.
A história deles dois é, por si só, bastante emocionante, porém, ao longo de quase duas horas de filme, senti falta de um aspecto mais espirituoso dramático que os fizesse conflituar. Aliás, não isso, notei pouco cuidado na apresentação desse embate entre pai e filho. Faltou sensibilidade nessa revelação. E também existe uma omissão do ícone Gonzaguinha, achei que o deixaram somente para o final, ao menos de seu lado músico (presente desde o primeiro momento com o Gonzagão). Do jeito que foi, poderia muito bem ser uma cinebiografia apenas do Rei do Baião, mostrando pedaços de sua conturbada relação com seu filho. But, exposto os problemas (consideráveis), foi interessante acompanhar essa jornada repleta de bons e maus momentos desses grandes artistas. Ah, e as músicas são lindas demais...
Bom rever e constatar que é, sim, um dos grandes filmes de seu ano. Mais uma vez a característica principal de Reitman é estabelecida e, quase que instantaneamente, entramos nesse embaralhado mundo de conexões e autodescobertas. Tudo alcança aqui um interessante nível universal: temos pais, mães e filhos. Por mais que determinada ocorrência, aproximação ou vínculo possa (e é) ser construída através de um artifício forçado, é muito viciante e surpreendente acompanhar aquelas tantas vidas em busca de sentidos (não respostas) para um viver coberto de hipocrisia. Reflexivo e necessário.
Reitman é muito oportuno em suas decisões de ser trivial nas amostragens das relações interpessoais aqui. Nada de tão pomposo precisa ocorrer para que se gere certo impacto. Algo é aqui e ali previsível, mas sistemático na necessidade de se desenvolver de modo atraente e gostoso. O final é pra fazer qualquer um aplaudir de pé.
Tudo, absolutamente tudo aqui, é simbólico, representativo, desconstruído e meticulosamente colocado. E nada mais honesto que um negro dirigir um filme sobre intolerância e preconceito racial. A conscientização étnica só será profunda quando exposta por alguém que vivencia toda realidade. Genial!
Fascinante, em síntese. Essa revisão, depois de muitos anos, me serviu muito mais que somente para escrever sobre a obra. Necessitava de algo que me tirasse da zona de conforto e me fizesse avaliar o estado pessoal de compreensão, o futuro, nossas qualificações enquanto humanos e nossas auto-fortificações que nos impede de estabelecermos uma relação concreta com os outros seres. Humanos ou não…
A ilusória romantização na relação de uma adolescente com um formado homem, confesso, me trouxe uma rejeição de início. Estranhei as escolhas da diretora na sexualização da jovem menina e na indelicadeza com que conduzia as sequências de sexo e uso de drogas. Mas, bicho, quão enganado estava. O Diário de uma Adolescente é sábio demais no processo de amadurecimento da garota. Aliás, mais que isso, é eficaz na amostragem de sua autoaceitação e amor-próprio. Esse brio concebido após tanto desprezo é fundamental para que entendamos que as inseguranças são (e devem) fazer parte de uma fase. Para uns com maior duração, é claro, mas que sempre precisa de um ponto final. Estética e padronização humana, prazeres da juventude, autodescoberta, intempéries familiares - é, realmente, um filme raro.
É bonito vislumbrar a sensibilidade com que James Gray narra sua história. Tudo é significativo e existe por uma razão. Acompanhar a jornada do protagonista em meio ao desconhecido é impressionante demais. Há alguns problemas, principalmente em seu ar documental, mas nada que nos tire da imersiva experiência que é ver essa puta obra.
Talvez, só talvez, para a filmografia do Guy Ritchie, esses blockbusters sejam prejudiciais, tendo em mente os espetáculos que realizou no início de sua carreira lá em Londres. Mas, convenhamos, não tenho dúvida de que, para o cinema pipoca, suas atuais realizações são de suma importância. É um respiro em meio a filmes megalomaníacos e pobres de ideias. Sua inventividade, ousadia e inteligência são realmente especiais.
Rei Arthur é bem bom. Subestimado e incompreendido. E que trilha empolgante!
É de uma despretensão pretensiosa, de uma luta que precisa de mais combatentes. Sei que não é fácil largar um estilo, principalmente se tratando da alimentação, não digo que deixarei de comer carne, mas afirmo, com total certeza, que nenhum bife será mais degustado sem uma avaliação prévia e uma pitada de dúvida. E, bem, começo a me orgulhar disso…
É de uma despretensão contagiante. Há momentos realmente especiais aqui, acho que diante de uma leva de comédias ineficazes, Um Parto de Viagem se sobressai com atuações dignas e um humor diferencial.
Quem, em menor instância, nunca se sentiu bem em amar alguém? Ou mesmo que somente achemos que o sentimento é verdadeiro, não há adjetivo existente que possa descrever um gaguejo, um frio na barriga ou aquele arrepio dos pés a cabeça.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraAcredito que o simbolismo por detrás do horror em tela seja o grande trunfo de um filme com momentos brilhantes, apesar de consideráveis problemas.
Quero Matar Meu Chefe
3.4 1,7K Assista AgoraSe rende (como não) a estereótipos e piadinhas previsíveis boa parte de projeção, mas é eficiente em sua proposta, pelo menos. Me diverti grande parte do filme, momento aqui e ali nos é evidenciado algo picaresco, mas, nhé, é risível (no bom sentido) e um entretenimento, digamos, competente.
1922
3.2 798 Assista AgoraAcerta naquilo que é terror de verdade: atmosfera. É tenso e intenso na medida certa e não possui pressa pra nada. Ótimo achado!
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 970 Assista AgoraA quebra de expectativa aqui é algo louvável. A trilogia toda traz esse mérito (porque, convenhamos, são pouquíssimos blockbusters que alcançam tal nível). É um encerramento condizente com tudo o que aconteceu. E, em especial, esse terceiro é um filme humano em demasia.
O Culto de Chucky
2.3 611 Assista Agora(risos)
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraMe soa necessária sua revisão anual. Não sei, é como se meu espírito pedisse um novo sopro de vida. A Árvore da Vida, para mim, já chegou num patamar que transcende tudo o que cinema têm a oferecer. Aquele tipo de obra que transforma um viver, verdadeiramente. Minha primeira experiência foi tudo, menos intimista, percebi os atributos técnicos, mas não pude sentir o real (não faço ideia de onde pode chegar) significado do filme. A segunda vista, num estado de dificuldade espiritual, consegui desfrutar bastante, me esbaldando de uma rica vida dentro em mim que sequer conhecia, materializando, logo em seguida, toda alegria que a obra me transmitiu. E, assim, após muito júbilo, muita queda e várias revisões, hoje, mais uma vez, sinto que A Árvore da Vida me é indispensável tanto quanto o ar que uso para respirar, a luz para enxergar e a vida...a vida para viver.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraBaby Driver é composto por um classicismo louvável e uma inventividade divertida. Realmente é prazeroso acompanhar uma obra que, por mais que enraizada em um argumento batido, se sustente maravilhosamente bem em seu desenvolvimento. As músicas aqui são personagens à parte, como se víssemos um filme dentro de uma playlist. Sério, é o filme mais cool em tempos. Porém, e realmente é complicado ao analisar a obra numa impressão final, tão perceptível quanto a qualidade do filme, me chamou atenção seu terço final. Como me pareceu bagunçado e, assim, deslanchado. Não sei se a intenção era acompanhar a estranheza do filme, mas há algo ali que me incomodou profundamente. Ainda assim, mais uma bola dentro do Wright, filme mais divertido e pulsante do ano. Mas aquele final (aliás, um pouco antes dele), me soou desordenado.
Tim Maia - Não Há Nada Igual
3.6 593 Assista AgoraAcredito que além da veracidade que, claro, é importante, o mais significativo aqui é o cinema e a forma com que se conduz a obra. O filme é estupendo, o estilo clássico e moderno de Tim Maia é transmitido de um jeito único, a estética do filme é condizente com o homem artista. E que viver coberto de intempéries....
Grande cinebiografia do nosso cinema. Não me recordo de algo tão bom nos últimos anos.
Amor Bandido
3.7 353 Assista AgoraSingela metáfora da inocência há mui esquecida.
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista AgoraA história deles dois é, por si só, bastante emocionante, porém, ao longo de quase duas horas de filme, senti falta de um aspecto mais espirituoso dramático que os fizesse conflituar. Aliás, não isso, notei pouco cuidado na apresentação desse embate entre pai e filho. Faltou sensibilidade nessa revelação. E também existe uma omissão do ícone Gonzaguinha, achei que o deixaram somente para o final, ao menos de seu lado músico (presente desde o primeiro momento com o Gonzagão). Do jeito que foi, poderia muito bem ser uma cinebiografia apenas do Rei do Baião, mostrando pedaços de sua conturbada relação com seu filho. But, exposto os problemas (consideráveis), foi interessante acompanhar essa jornada repleta de bons e maus momentos desses grandes artistas. Ah, e as músicas são lindas demais...
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraBom rever e constatar que é, sim, um dos grandes filmes de seu ano. Mais uma vez a característica principal de Reitman é estabelecida e, quase que instantaneamente, entramos nesse embaralhado mundo de conexões e autodescobertas. Tudo alcança aqui um interessante nível universal: temos pais, mães e filhos. Por mais que determinada ocorrência, aproximação ou vínculo possa (e é) ser construída através de um artifício forçado, é muito viciante e surpreendente acompanhar aquelas tantas vidas em busca de sentidos (não respostas) para um viver coberto de hipocrisia. Reflexivo e necessário.
Amor Sem Escalas
3.4 1,4K Assista AgoraReitman é muito oportuno em suas decisões de ser trivial nas amostragens das relações interpessoais aqui. Nada de tão pomposo precisa ocorrer para que se gere certo impacto. Algo é aqui e ali previsível, mas sistemático na necessidade de se desenvolver de modo atraente e gostoso. O final é pra fazer qualquer um aplaudir de pé.
Faça a Coisa Certa
4.2 399Tudo, absolutamente tudo aqui, é simbólico, representativo, desconstruído e meticulosamente colocado. E nada mais honesto que um negro dirigir um filme sobre intolerância e preconceito racial. A conscientização étnica só será profunda quando exposta por alguém que vivencia toda realidade. Genial!
Alien: O Oitavo Passageiro
4.1 1,3K Assista AgoraFascinante, em síntese. Essa revisão, depois de muitos anos, me serviu muito mais que somente para escrever sobre a obra. Necessitava de algo que me tirasse da zona de conforto e me fizesse avaliar o estado pessoal de compreensão, o futuro, nossas qualificações enquanto humanos e nossas auto-fortificações que nos impede de estabelecermos uma relação concreta com os outros seres. Humanos ou não…
Terror na veia!
TEXTO COMPLETO: http:// opontonerd. com.br/ index.php/2017/05/16 /o-ponto-indica-alien-o-oitavo- passageiro/
O Diário de uma Adolescente
3.6 151 Assista AgoraA ilusória romantização na relação de uma adolescente com um formado homem, confesso, me trouxe uma rejeição de início. Estranhei as escolhas da diretora na sexualização da jovem menina e na indelicadeza com que conduzia as sequências de sexo e uso de drogas. Mas, bicho, quão enganado estava. O Diário de uma Adolescente é sábio demais no processo de amadurecimento da garota. Aliás, mais que isso, é eficaz na amostragem de sua autoaceitação e amor-próprio. Esse brio concebido após tanto desprezo é fundamental para que entendamos que as inseguranças são (e devem) fazer parte de uma fase. Para uns com maior duração, é claro, mas que sempre precisa de um ponto final. Estética e padronização humana, prazeres da juventude, autodescoberta, intempéries familiares - é, realmente, um filme raro.
Chumbo Grosso
3.9 532 Assista AgoraÉ muito peculiar, e, por isso, notável. Estranho em tudo e divertido em demasia!
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista AgoraPorraum, Ramona!
Z: A Cidade Perdida
3.4 320 Assista AgoraÉ bonito vislumbrar a sensibilidade com que James Gray narra sua história. Tudo é significativo e existe por uma razão. Acompanhar a jornada do protagonista em meio ao desconhecido é impressionante demais. Há alguns problemas, principalmente em seu ar documental, mas nada que nos tire da imersiva experiência que é ver essa puta obra.
Rei Arthur: A Lenda da Espada
3.2 623Talvez, só talvez, para a filmografia do Guy Ritchie, esses blockbusters sejam prejudiciais, tendo em mente os espetáculos que realizou no início de sua carreira lá em Londres. Mas, convenhamos, não tenho dúvida de que, para o cinema pipoca, suas atuais realizações são de suma importância. É um respiro em meio a filmes megalomaníacos e pobres de ideias. Sua inventividade, ousadia e inteligência são realmente especiais.
Rei Arthur é bem bom. Subestimado e incompreendido. E que trilha empolgante!
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraÉ de uma despretensão pretensiosa, de uma luta que precisa de mais combatentes. Sei que não é fácil largar um estilo, principalmente se tratando da alimentação, não digo que deixarei de comer carne, mas afirmo, com total certeza, que nenhum bife será mais degustado sem uma avaliação prévia e uma pitada de dúvida. E, bem, começo a me orgulhar disso…
TEXTO COMPLETO: http:// opontonerd. com.br/ index.php/ 2017/07/11/ o-ponto- nerd-comenta- okja/
Um Parto de Viagem
3.3 1,4K Assista AgoraÉ de uma despretensão contagiante. Há momentos realmente especiais aqui, acho que diante de uma leva de comédias ineficazes, Um Parto de Viagem se sobressai com atuações dignas e um humor diferencial.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraQuem, em menor instância, nunca se sentiu bem em amar alguém? Ou mesmo que somente achemos que o sentimento é verdadeiro, não há adjetivo existente que possa descrever um gaguejo, um frio na barriga ou aquele arrepio dos pés a cabeça.
TEXTO COMPLETO: http:// opontonerd. com.br/ index.php /2017/05/08 /o-ponto -indica-ela/
Dois Caras Legais
3.6 639 Assista AgoraMelhor divertimento do ano passado. Jesus!!
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraDos fortes candidatos ao pipoca e despretensioso de 2017. Não dá pra levar tanto à sério, né?