Que filme incrivelmente bem realizada e corajoso! A trama flui lentamente de uma maneira sutil sem deixar de lado o peso que o tema pede. E tudo acompanhado de uma fotografia e trilha sonora deslumbrante.
Ki-duk Kim é sim um mestre e um poeta e continua sendo. A poesia e a beleza de seu cinema esta presente em Moebius da forma mais crua e bizarra possível, afinal poesia não tem que ser belo. Poesia não tem que ser limpa. Bukowski fazia poesia e escrevia “Você lança esperma com uma baleia lança água pelo buraco das costas.” Enfim o diretor conseguiu mexer comigo e me marcou. Achei a cena do sexo com a faca de estrema beleza. Só que aquela beleza desconcertante, chocante e bizarra, diferente da beleza pura de A Casa Vazia. Ki-duk Kim constrói uma crônica inesquecível sem usar nem uma fala. Todo o dialogo do filme é feito através de olhares, gestos, gemidos e gritos. Não é necessário mais do que isso. É genial! O filme é sustentado por metáforas e por teorias da psicanálise. Achei incrível como depois do prazer gerado por atos de violência sempre vem à dor genuína. Sempre depois do gozo vem o sofrimento. Sempre depois desse sofrimento vem à vontade de sentir mais prazer e o ciclo continua.
Também a cena tragicômica do personagem correndo atrás de seu pênis cortado e o tamanho do sofrimento sentido por ele ao ver que não ia ter seu pau de volta. Foi um sofrimento puramente pautado no ego e no “perdi a parte mais essencial do meu corpo”. Não foi um sofrimento físico.
Enfim, o filme causou uma enorme estranheza quando estava começando a assistir, mas logo depois cai em um fascínio e na poesia marginal de Moebius.
Ki-duk Kim é um dos maiores mestres do cinema contemporanio. .
Demorei a assistir Depois de Maio, dividi o filme em duas partes e meio que criei uma barreia que me fez ter uma enorme preguiça de terminá-lo. Mas, quando finalmente terminei, acabei gostando do filme. Essa apatia e vazio que sentimos nos diálogos e ações, no meu ver, são propositais. O filme fala disso: depois que fizemos tudo, depois que fomos até o fim como continuar? E o filme veio em um momento singular aqui no Brasil, diante de tantos protestos e reivindicações. A geração de 68 foi fundamental, suas ações mudaram o mundo sim, mas o filme mostra o depois. "E agora?" "Mudamos, mas continuamos insatisfeitos (como sempre estaremos) o que fazer pra mudar e nos satisfazermos?" A cena final foi uma das mais significativas e impactantes que eu já vi.
O personagem principal, que sempre sonhou em ser um artista plastico ou cineasta, se vê em um estúdio de cinema pra massa realizando uma função vazio e sem nem uma pegada artística.
É triste. É frustrante. O filme é arrastado sim, mas é incrivelmente bem realizado. Sua trilha, figurino e fotografia te transporta para uma época idealizada que é o sonho de muita gente. É mais um incrível trabalho de Olivier Assayas.
Sobre a cena de sexo muito longa e, como alguns dizem, "desessenciaria": vi aquele cena como um grito de liberdade. Um grito contra o falso pudor e falso moralismo que transborda das pessoa. Um grito sufocado contra a repressão e preconceito contra os homossexuais. Um grito contra os bons costumes que estão nos discursos de pastores e políticos homofóbicos e preconceituosos. É um chacoalhão no espectador. É a cena mais genial e verdadeira do filme. É apenas sexo. Não tem erotismo e não tem diálogos pretensiosos estilo filme porno. É uma câmera crua, natural! O tabu do sexo explicito no cinema esta cada vez mais sendo abordado. Tem Shame, Azul é a Cor Mais Quente e Ninfomaníaca esta vindo ai. Esses filmes servem pra nos fazer refletir do porque cenas naturais de sexo causam mais constrangimento, mais censuras, mais discursos moralistas, mais "não quero ver" do que filmes com violência extrema e cenas de tortura. Azul é a Cor Mais Quente vai ainda mais longe. Coloca cenas de sexo explicito gay. Se com sexo hétero já existe o constrangimento imagina com o sexo gay. Abdellatif Kechiche foi genial! Tudo no filme é natural, real e cru. É a vida de Adele, mas com muitas referencias a nossa vida. É um retrato lindo e real dos relacionamentos (sejam eles héteros ou homos) Sai do cinema tonto com tamanho realismo e a entrega maravilhosa das atrizes é inescapável. Um filme que nunca vou esquecer
Precisei olhar de perto pra finalmente ceder e colocar Closer nos meus filmes favoritos. Assisti o filme 3 vezes, cada uma em um período da minha vida. E ai que esta o segredo, ai que esta o detalhe que transforma o filme de Mike Nichols em único: ele é tão real que é difícil de aceitar que já nos comportamos ou ainda estamos comportando como um personagem de seu filme. Closer me chacoalhou e apresentou um resumo das relações que temos (não só amorosas), onde prezamos, em primeiro lugar, nos mesmo. O egoísmo, a “guerra de egos” e o orgulho transbordam dos relacionamentos.
O filme carrega inúmeros diálogos memoráveis. Os 4 atores estavam no auge quando fizeram Closer. É tudo soberbo. É incrível a química que Clive Owen tem com os outros atores. Natalie Portman está deslumbrante, Jude Law e Julia Roberts estão impecáveis. A fotografia do filme é outro show a parte. Tudo muito frio, serio e inúmeras cenas mereciam estar em galerias de arte. E sem falar da trilha. The Blower's Daughter e os solos de How Soon Is Now me arrepiaram.
Closer é um filme que merece ser visto e revisto e , junto com Before Midnight, é o filme que trata da maneira mais real e adulta um relacionamento.
"Eu queria ser um selvagem Pra ser o rei da sacanagem Eu queria fazer vodu Pra conquistar tu Eu queria ser um demônio E te derreter no meu inferno Eu queria que ela morresse De tanta satisfação Eu queria que ela morresse Morte por tesão!!!"
Já virou rotina eu entrar nessa pagina pra ver se o filme já saiu pra download e me deparar com elogios exaltados de quem viu. Conclusão: minha expectativa e a vontade (quase uma necessidade já) só cresce. Ta fácil não!
E Sofia Coppola erra do mesmo jeito de novo. Ela que sempre vem com "vou criticar a sociedade", mas só nos apresenta fatos. No fim parece uma apologia ou uma grande glamorizarão da geração fútil norte americana (e isso fica visível nos comentários do site como "To indo forma minha bling ring ") Bling Ring não aprofunda, não ousa e não vai fundo no assunto.
No decorrer do filme senti um nojo dos assuntos e ações realizadas por esses jovens, mas confessar que não é muito difícil se fascinar e se sentir atraído por esse mundo de aparências. Bling Ring serve para ser transmitido em telões de lojas e grife ou lotar o tumblr com imagens do filme. A "critica" a sociedade que esta tecnicamente presente no filme foi para segundo plano e é trocada pela glamorizarão, uma pena.
Com um texto transportado do teatro, Incêndios é uma pura tragédia grega no estilo de Sófocles.
Denis Villeneuve realiza uma adaptação com uma câmera fria, distante e que deixa o espectador a mercê de uma sucessão de descobertas arrebatadoras. Incêndio é um filme que não te deixa desgrudar os olhos da tela. É fascinante (e cruel) ir desvendando os mistérios da vida de uma das personagens mais forte que o cinema já me apresentou. O filme também conta com uma trilha sonora que mescla Radiohead com música clássica e é de encher os ouvidos e de deixar olhos encharcados.
Segunda vez que vejo Incêndios e foi tudo mais intenso e dilacerador. Um filme único!
Béla Tarr me causa reações únicas! Ainda não consigo explicar os sintomas causados pelo seus filmes. Em Condenação (ou Danação) não foi diferente, me peguei arrepiado, com os olhos molhados e com um sentimento de vazio misturado com um hipinótica fascinação. Falar na perfeição estética dos filmes do Tarr já soa redundante, mas é necessário citar o modo divino que ele tem de filmar. Cada cena mereci ser enquadrada. Cada plano apocalíptico somado com os diálogos dostoievskiano transporta o expectador para as profundezas da alma. Me senti completamente despido e á mercê da solidão que é captada pelas lentes hipinóticas do diretor. "Danação" é aterrorizantemente lindo e melancólico. É mais uma experiencia extasiante que Béla Tarr me proporciona!
Império dos Sonhos é cubista, surrealista, naturalista, expressionista, experimental, flertar com o feminista à la Almodovar de uma forma obscura e genial, tem um que de noir, brinca com simbolismos que nos permite brincar com teorias, tem Nina Simone (que não podia ser usada da melhor forma), é critico e é completamente inovador na sua forma de filmagem/edição que é puro êxtase.
Lynch consegue criar três níveis de realidades numa unica realidade
e o legal da obra é viajar junto com o diretor e interpretar da sua maneira. David Lynch também te da a opção de simplesmente se deixar levar pelo suspense sensorial sem se preocupar com explicações. Tentar achar logica em muitas cenas é tirar a graça do filme.
O filme tem boas sacadas e é bem realizado. Ele começa bem, mas ai tudo se torna saturado e o personagem de Caio Blat se torna irritante. Ele é aquele cara de classe media lidando coma falsa liberdade/maturidade (que já foi explorado de uma jeito bem diferente no cinema nacional com o drama O Cão sem Dono) que acaba soando machista e medíocre. O que salva o filme são alguns diálogos muito bem escritos e a direção que é super bem realizada.
Elena é uma experiência e não um documentário. Uma experiência transferida da alma Petra Costa, Elena Andrade e Li An para a alma do expectador. São 82 minutos de uma sinceridade sem tamanho e de uma angustia puramente artística. Me encontro flutuando nas águas de Ofélia, de Elena, de Petra, de Li. Ainda não consegui me desprender da sinestesia que é a câmera dessa obra. Todos os poros, olhares, movimentos, sensações são captados e arremessados para dentro de nós. É arrebatador! É cruel! É lindo!
“Você é a minha memória inconsolável, feita de pedra e de sombra.”
Tudo soa muito artificial em Only God Forgives. Refn exagerou nas cenas estilizadas e fez do filme um grande e deslumbrante thriller onde não consegui sentir nada mais que apatia nas maiorias das cenas. A unica atriz que quebra a atuação plastica (talvez tenha sido a intensão do diretor) é Kristin Scott Thomas que me deixou fascinado por uma personagem fora dos padrões. O diretor (um dos meu preferidos) nos apresenta a uma historia de vingança com puros conflitos freudianos. Tudo é muito fascinante no cinema de Nicolas Winding Refn (cada cena digna de ser enquadrada), mas senti um certo exagero que fez parecer tudo artificial. É filme vale a pena ser visto pelo efeito que te causa, fica na cabeça e merece ser debatido, mas é inegável o sentimento de frustração que tive ao ver essa obra.
Uma das maiores vontades de Kerouac era que Marlon Brando comprasse os direitos de On The Road e fizesse dele um filme grandioso. O plano era "dar a essa obra um tom espontâneo e remover as pré-concepções das 'situações' para que as pessoas se pareçam como na vida real" (disse ele em uma carta para Brando cheia de sinceridade e ideias. A carta não foi respondida) E eis que depois de mais de 50 anos surge Walter Salles, um diretor brasileiro que tem nada mais e nada menos que Central do Brasil e Diário de Motocicleta como road movies em seu currículo. Minhas expectativas para o filme estavam gigantes..
Na Estrada é impecável tecnicamente. Sua fotografia deslumbrante combinada com a trilha cheia de jazz te deixa arrepiado. É tudo tão bonito que os "defeitos" e imperfeições que a geração beat pede não foi lembrado; tudo muito limpo, desordenadamente correto e deslumbrante que chega a frustar a vontade de Jack de fazer um filme que os personagens pareçam como na vida real. Mas o que não podemos reclamar é do respeito que Salles teve com a obra: todos as viagens e situações descritas no livro estão no filme, só que de uma forma mais contemplativa e menos beat (e de certa forma vazia) No fim das contas Na Estrada soa como uma grande homenagem (cheia de sentimentalismo) para On The Road e que sim me deixou de olhos molhados.
Falando de atuações os destaques são Tom Sturridge e Viggo Mortensen. A dupla principal não chegou a surpreender e se Kristen Stewart tivesse um pouco mais de expressão facial seria menos um ponto negativo pro filme.
Fazia tempo que não via um filme tão deslumbrante esteticamente e tecnicamente como esse, mas eu que não li o livro senti falta da tão complexa personagem Anna Karenina e de um melhor aproveitamento e desenvolvimento dos personagens secundários (ai fico imaginando quem leu) Mas no fim das contas me emocionei muito com esse obra magistral!
Odiei o formato do documentário. Parecia que estava vendo Globo Repórter ou qualquer coisa do tipo. Essas simulações com atores meia boca não deu certo não.
Em Nome De...
3.4 82Que filme incrivelmente bem realizada e corajoso! A trama flui lentamente de uma maneira sutil sem deixar de lado o peso que o tema pede. E tudo acompanhado de uma fotografia e trilha sonora deslumbrante.
Achei a cena do campo de milho e a cena final de sexo de um sutileza.
Me apaixonei pelo Lukasz e Andrzej Chyra interpreta um dos personagens mais bem construídos que já vi
Filme brilhante!
Moebius
3.3 100Nem sei por onde começar, mas vamos lá né.
Ki-duk Kim é sim um mestre e um poeta e continua sendo. A poesia e a beleza de seu cinema esta presente em Moebius da forma mais crua e bizarra possível, afinal poesia não tem que ser belo. Poesia não tem que ser limpa. Bukowski fazia poesia e escrevia “Você lança esperma com uma baleia lança água pelo buraco das costas.” Enfim o diretor conseguiu mexer comigo e me marcou. Achei a cena do sexo com a faca de estrema beleza. Só que aquela beleza desconcertante, chocante e bizarra, diferente da beleza pura de A Casa Vazia.
Ki-duk Kim constrói uma crônica inesquecível sem usar nem uma fala. Todo o dialogo do filme é feito através de olhares, gestos, gemidos e gritos. Não é necessário mais do que isso. É genial!
O filme é sustentado por metáforas e por teorias da psicanálise. Achei incrível como depois do prazer gerado por atos de violência sempre vem à dor genuína. Sempre depois do gozo vem o sofrimento. Sempre depois desse sofrimento vem à vontade de sentir mais prazer e o ciclo continua.
Também a cena tragicômica do personagem correndo atrás de seu pênis cortado e o tamanho do sofrimento sentido por ele ao ver que não ia ter seu pau de volta. Foi um sofrimento puramente pautado no ego e no “perdi a parte mais essencial do meu corpo”. Não foi um sofrimento físico.
Enfim, o filme causou uma enorme estranheza quando estava começando a assistir, mas logo depois cai em um fascínio e na poesia marginal de Moebius.
Ki-duk Kim é um dos maiores mestres do cinema contemporanio.
.
Depois de Maio
3.2 83 Assista AgoraDemorei a assistir Depois de Maio, dividi o filme em duas partes e meio que criei uma barreia que me fez ter uma enorme preguiça de terminá-lo. Mas, quando finalmente terminei, acabei gostando do filme.
Essa apatia e vazio que sentimos nos diálogos e ações, no meu ver, são propositais. O filme fala disso: depois que fizemos tudo, depois que fomos até o fim como continuar? E o filme veio em um momento singular aqui no Brasil, diante de tantos protestos e reivindicações. A geração de 68 foi fundamental, suas ações mudaram o mundo sim, mas o filme mostra o depois. "E agora?" "Mudamos, mas continuamos insatisfeitos (como sempre estaremos) o que fazer pra mudar e nos satisfazermos?"
A cena final foi uma das mais significativas e impactantes que eu já vi.
O personagem principal, que sempre sonhou em ser um artista plastico ou cineasta, se vê em um estúdio de cinema pra massa realizando uma função vazio e sem nem uma pegada artística.
O filme é arrastado sim, mas é incrivelmente bem realizado. Sua trilha, figurino e fotografia te transporta para uma época idealizada que é o sonho de muita gente. É mais um incrível trabalho de Olivier Assayas.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraSobre a cena de sexo muito longa e, como alguns dizem, "desessenciaria": vi aquele cena como um grito de liberdade. Um grito contra o falso pudor e falso moralismo que transborda das pessoa. Um grito sufocado contra a repressão e preconceito contra os homossexuais. Um grito contra os bons costumes que estão nos discursos de pastores e políticos homofóbicos e preconceituosos. É um chacoalhão no espectador. É a cena mais genial e verdadeira do filme. É apenas sexo. Não tem erotismo e não tem diálogos pretensiosos estilo filme porno. É uma câmera crua, natural!
O tabu do sexo explicito no cinema esta cada vez mais sendo abordado. Tem Shame, Azul é a Cor Mais Quente e Ninfomaníaca esta vindo ai. Esses filmes servem pra nos fazer refletir do porque cenas naturais de sexo causam mais constrangimento, mais censuras, mais discursos moralistas, mais "não quero ver" do que filmes com violência extrema e cenas de tortura.
Azul é a Cor Mais Quente vai ainda mais longe. Coloca cenas de sexo explicito gay. Se com sexo hétero já existe o constrangimento imagina com o sexo gay. Abdellatif Kechiche foi genial!
Tudo no filme é natural, real e cru. É a vida de Adele, mas com muitas referencias a nossa vida. É um retrato lindo e real dos relacionamentos (sejam eles héteros ou homos)
Sai do cinema tonto com tamanho realismo e a entrega maravilhosa das atrizes é inescapável.
Um filme que nunca vou esquecer
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraPrecisei olhar de perto pra finalmente ceder e colocar Closer nos meus filmes favoritos. Assisti o filme 3 vezes, cada uma em um período da minha vida. E ai que esta o segredo, ai que esta o detalhe que transforma o filme de Mike Nichols em único: ele é tão real que é difícil de aceitar que já nos comportamos ou ainda estamos comportando como um personagem de seu filme.
Closer me chacoalhou e apresentou um resumo das relações que temos (não só amorosas), onde prezamos, em primeiro lugar, nos mesmo. O egoísmo, a “guerra de egos” e o orgulho transbordam dos relacionamentos.
O filme carrega inúmeros diálogos memoráveis. Os 4 atores estavam no auge quando fizeram Closer. É tudo soberbo. É incrível a química que Clive Owen tem com os outros atores. Natalie Portman está deslumbrante, Jude Law e Julia Roberts estão impecáveis.
A fotografia do filme é outro show a parte. Tudo muito frio, serio e inúmeras cenas mereciam estar em galerias de arte. E sem falar da trilha. The Blower's Daughter e os solos de How Soon Is Now me arrepiaram.
Closer é um filme que merece ser visto e revisto e , junto com Before Midnight, é o filme que trata da maneira mais real e adulta um relacionamento.
Ainda Orangotangos
3.7 34"Eu queria ser um selvagem
Pra ser o rei da sacanagem
Eu queria fazer vodu
Pra conquistar tu
Eu queria ser um demônio
E te derreter no meu inferno
Eu queria que ela morresse
De tanta satisfação
Eu queria que ela morresse
Morte por tesão!!!"
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraJá virou rotina eu entrar nessa pagina pra ver se o filme já saiu pra download e me deparar com elogios exaltados de quem viu. Conclusão: minha expectativa e a vontade (quase uma necessidade já) só cresce. Ta fácil não!
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraResumão do filme antes de dar policia: http://www.youtube.com/watch?v=atQvZ-nq0Go
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraE Sofia Coppola erra do mesmo jeito de novo. Ela que sempre vem com "vou criticar a sociedade", mas só nos apresenta fatos. No fim parece uma apologia ou uma grande glamorizarão da geração fútil norte americana (e isso fica visível nos comentários do site como "To indo forma minha bling ring ")
Bling Ring não aprofunda, não ousa e não vai fundo no assunto.
No decorrer do filme senti um nojo dos assuntos e ações realizadas por esses jovens, mas confessar que não é muito difícil se fascinar e se sentir atraído por esse mundo de aparências.
Bling Ring serve para ser transmitido em telões de lojas e grife ou lotar o tumblr com imagens do filme. A "critica" a sociedade que esta tecnicamente presente no filme foi para segundo plano e é trocada pela glamorizarão, uma pena.
Incêndios
4.5 1,9KCom um texto transportado do teatro, Incêndios é uma pura tragédia grega no estilo de Sófocles.
Denis Villeneuve realiza uma adaptação com uma câmera fria, distante e que deixa o espectador a mercê de uma sucessão de descobertas arrebatadoras. Incêndio é um filme que não te deixa desgrudar os olhos da tela.
É fascinante (e cruel) ir desvendando os mistérios da vida de uma das personagens mais forte que o cinema já me apresentou.
O filme também conta com uma trilha sonora que mescla Radiohead com música clássica e é de encher os ouvidos e de deixar olhos encharcados.
Segunda vez que vejo Incêndios e foi tudo mais intenso e dilacerador. Um filme único!
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraA cena que estampa o poster é uma das mais incríveis e me causou arrepios e olhos molhados.
Danação
4.1 51Béla Tarr me causa reações únicas! Ainda não consigo explicar os sintomas causados pelo seus filmes. Em Condenação (ou Danação) não foi diferente, me peguei arrepiado, com os olhos molhados e com um sentimento de vazio misturado com um hipinótica fascinação.
Falar na perfeição estética dos filmes do Tarr já soa redundante, mas é necessário citar o modo divino que ele tem de filmar. Cada cena mereci ser enquadrada. Cada plano apocalíptico somado com os diálogos dostoievskiano transporta o expectador para as profundezas da alma. Me senti completamente despido e á mercê da solidão que é captada pelas lentes hipinóticas do diretor.
"Danação" é aterrorizantemente lindo e melancólico. É mais uma experiencia extasiante que Béla Tarr me proporciona!
Em Transe
3.6 738Eternal Sunshine of the Spotless Mind (mindfucker) do Danny Boyle
Os Reis do Verão
3.6 422 Assista AgoraUma delicia de filme!
Império dos Sonhos
3.8 433Império dos Sonhos é cubista, surrealista, naturalista, expressionista, experimental, flertar com o feminista à la Almodovar de uma forma obscura e genial, tem um que de noir, brinca com simbolismos que nos permite brincar com teorias, tem Nina Simone (que não podia ser usada da melhor forma), é critico e é completamente inovador na sua forma de filmagem/edição que é puro êxtase.
Lynch consegue criar três níveis de realidades numa unica realidade
David Lynch também te da a opção de simplesmente se deixar levar pelo suspense sensorial sem se preocupar com explicações. Tentar achar logica em muitas cenas é tirar a graça do filme.
Marina Abramovic: A Artista Está Presente
4.5 150O documentário já foi uma experiencia muito forte pra mim, imagina ficar frente a frente com Marina.
Inda estou em êxtase!
Avril
3.8 18Um amor de filme!
Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos
3.4 632O filme tem boas sacadas e é bem realizado. Ele começa bem, mas ai tudo se torna saturado e o personagem de Caio Blat se torna irritante. Ele é aquele cara de classe media lidando coma falsa liberdade/maturidade (que já foi explorado de uma jeito bem diferente no cinema nacional com o drama O Cão sem Dono) que acaba soando machista e medíocre.
O que salva o filme são alguns diálogos muito bem escritos e a direção que é super bem realizada.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraElena é uma experiência e não um documentário. Uma experiência transferida da alma Petra Costa, Elena Andrade e Li An para a alma do expectador. São 82 minutos de uma sinceridade sem tamanho e de uma angustia puramente artística. Me encontro flutuando nas águas de Ofélia, de Elena, de Petra, de Li. Ainda não consegui me desprender da sinestesia que é a câmera dessa obra. Todos os poros, olhares, movimentos, sensações são captados e arremessados para dentro de nós. É arrebatador! É cruel! É lindo!
“Você é a minha memória inconsolável, feita de pedra e de sombra.”
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraTudo soa muito artificial em Only God Forgives. Refn exagerou nas cenas estilizadas e fez do filme um grande e deslumbrante thriller onde não consegui sentir nada mais que apatia nas maiorias das cenas. A unica atriz que quebra a atuação plastica (talvez tenha sido a intensão do diretor) é Kristin Scott Thomas que me deixou fascinado por uma personagem fora dos padrões.
O diretor (um dos meu preferidos) nos apresenta a uma historia de vingança com puros conflitos freudianos. Tudo é muito fascinante no cinema de Nicolas Winding Refn (cada cena digna de ser enquadrada), mas senti um certo exagero que fez parecer tudo artificial.
É filme vale a pena ser visto pelo efeito que te causa, fica na cabeça e merece ser debatido, mas é inegável o sentimento de frustração que tive ao ver essa obra.
Na Estrada
3.3 1,9KUma das maiores vontades de Kerouac era que Marlon Brando comprasse os direitos de On The Road e fizesse dele um filme grandioso. O plano era "dar a essa obra um tom espontâneo e remover as pré-concepções das 'situações' para que as pessoas se pareçam como na vida real" (disse ele em uma carta para Brando cheia de sinceridade e ideias. A carta não foi respondida)
E eis que depois de mais de 50 anos surge Walter Salles, um diretor brasileiro que tem nada mais e nada menos que Central do Brasil e Diário de Motocicleta como road movies em seu currículo. Minhas expectativas para o filme estavam gigantes..
Na Estrada é impecável tecnicamente. Sua fotografia deslumbrante combinada com a trilha cheia de jazz te deixa arrepiado. É tudo tão bonito que os "defeitos" e imperfeições que a geração beat pede não foi lembrado; tudo muito limpo, desordenadamente correto e deslumbrante que chega a frustar a vontade de Jack de fazer um filme que os personagens pareçam como na vida real.
Mas o que não podemos reclamar é do respeito que Salles teve com a obra: todos as viagens e situações descritas no livro estão no filme, só que de uma forma mais contemplativa e menos beat (e de certa forma vazia)
No fim das contas Na Estrada soa como uma grande homenagem (cheia de sentimentalismo) para On The Road e que sim me deixou de olhos molhados.
Falando de atuações os destaques são Tom Sturridge e Viggo Mortensen. A dupla principal não chegou a surpreender e se Kristen Stewart tivesse um pouco mais de expressão facial seria menos um ponto negativo pro filme.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraFazia tempo que não via um filme tão deslumbrante esteticamente e tecnicamente como esse, mas eu que não li o livro senti falta da tão complexa personagem Anna Karenina e de um melhor aproveitamento e desenvolvimento dos personagens secundários (ai fico imaginando quem leu)
Mas no fim das contas me emocionei muito com esse obra magistral!
Jack Kerouac - O Rei dos Beats
3.7 15Odiei o formato do documentário. Parecia que estava vendo Globo Repórter ou qualquer coisa do tipo. Essas simulações com atores meia boca não deu certo não.
Meu Malvado Favorito 2
3.9 1,8K Assista AgoraAcho que ri mais que qualquer criança do cinema. Bom de mais!