Shyamalan e suas escolhas... Se por um lado a tentativa de atualizar a graphic novel que inspirou o filme trazendo tensão racial é muita válida, o diretor falha e soa como alguém que quer surfar no hype do """"pós-terror"""". De resto, Shyamalan quer tanto imprimir sua identidade (ou melhor, vícios) na obra, que preenche uma história simples e com um enorme potencial filosófico com twists fracos e um clima de suspense que não funciona. Pesou a mão. Esse filme só serve pra que mais pessoas leiam Sandcastle.
legalzinho. mas fica aquela sensação de ser uma fórmula já desgastada... sdd de filmes de super herói mais low profile, tipo, precisam mesmo destruir uma cidade/salvar o universo sempre? é esse tipo de produção q bota batman pra lutar contra steppenwolf, arqueiro pra tacar flechinha no thanos, arlequina lutando contra entidade cósmica lovecraftiana, enfim. sempre imaginei q um grupo como esquadrão suicida deveria ter missões mais "black opps", coisas q não vão pra grande mídia inclusive. mas essas são minhas expectativas frustradas. o filme é bom.
acho que ainda vamos amadurecer mais o pensamento sobre o cinema autoindulgente de Kaufman. É problemático, muito white man problems (e eu confesso que me identifico muito), mas é Kaufman dando a cara à tapa. Como cantou Froid, "fazer arte é fácil, eu quero ver você se expor".
coitada da Margaret Atwood vendo essa temporada kkkkkkkk mano, fotografia massa e pa, mas não ajuda se a única personagem coerente na trama é a Tia Lydia. Todos os outros núcleos da trama - June, Lawrence, Nick, Waterfords - são ridículos. No relacionamento de June e Nick é tão fácil bater que tem nem graça mais, no entanto eu realmente não consigo entender a motivação desses personagens, principalmente Lawrence e Serena (desde a 3a temporada). No geral, a sensação é que o foco em June está muito desgastado perante um tentativa de trama mais macro, falando sobre as relações entre Gilead e outros países, algo que já tinha sido ensaiado antes, mas sem sucesso. Simplesmente não dá pra entender direito como funciona Gilead ou mesmo o que está acontecendo no resto do mundo.
O fato é que THT nunca vai superar sua 1a temporada, quando June ainda era uma personagem interessante e aquele mundo distópico era tão parecido com o nosso que era impossível ignorar. Infelizmente, são souberam continuar contando a história e o desfecho
para Fred, personagem que todos que acompanham a série passaram esse tempo todo sonhando com os piores finais possíveis pra esse lixo, é anticlimático e cai num esteticismo bobo com as mulheres segurando as lanternas enquanto outras o espancam. Aliás, o que foi aquela visita da June ao Fred???? Achei que a mulher iria envenenar o cara ou tirar alguma informação relevante mas não serviu pra nada.
E o Nick hein??? KKKK vamo lá, mais do que dizer que é um personagem horrível, o único jeito dessa relação funcionar era se ficasse claro que mais do que qualquer coisa romântica, o que Nick representaria pra June seria alguém do outro sexo que entendesse como Gilead era horrível, não uma utopia masculina, mas um sistema que desperta o pior em todos, homens e mulheres. Uma conexão assim seria impossível de estabelecer com o marido dela que não a entende. Parece legal, né, complexo e tal. Mas não é isso que acontece! Se tentaram construir uma June que sabe usar todos ao seu redor e se aproveita do """""amor""""" de Nick, bom, eu não vi isso, só incoerência e confusão.
Outro ponto que não desce direito é como essa série parecia ser sobre a fragilidade dos direitos conquistados às duras penas por mulheres e outras minorias políticas, mas ela insiste em temas mais micro, o que não é necessariamente ruim, só não tem peso. Temas como maternidade, mas não no geral, sim especificamente para duas mulheres (June e Serena), relacionamento, novamente, em pequenos núcleos, são o que guiam a série agora, embora nunca tenham sido a melhor coisa dessa história. Sinto que em algum momento vão fazer spin-offs tipo um "Before Gilead" ou histórias que pensem na estrutura e ideologia de Gilead pra suprir as lacunas que essa série deixa, temporada após temporada. Mas não deixa de ser uma morte lenta e triste pra uma série que já nos inquietou tanto.
mais uma prova que elementos interessantes como design, animação fluida, trilha sonora incrível (estamos falando de thundercat e flying lotus) e um fato histórico singular, não são o suficiente pra sustentar uma obra sem uma boa direção e um roteiro que dê coesão pra esses elementos. Tudo em yasuke é meio jogado, rushado, os diálogos são terríveis, assim como os personagens secundários. É mais uma produção da netflix escrita e dirigida pelo algoritmo. Tentaram surfar na onda de dororo e demon slayer (contexto histórico alterado por elementos fantasiosos), além de tentarem preencher o vácuo que o yasuke histórico deixou para as produções por tanto tempo, e que continuará a deixar depois desse anime morno e da produção do longa que seria estrelado por chadwick boseman (RIP). Se o anime tentou ir pra uma vibe blaxploitation, bom, a comparação com afro samurai acaba sendo óbvia e deixa yasuke pior, pois é um anime que não faz jus ao legado. Continuo na esperança de ver esse fato histórico abordado de maneira digna.
Será que vale questionar se Polanski estava denunciando ou sendo conivente com a violência contra a mulher retratada aqui e em O Bebê de Rosemary? Pode ser uma pergunta absurda, mas é difícil não ressignificar sua obra a partir da sua vida pessoal. E quanto a separar o autor da obra, bem, claramente não é tão simples. Entretanto, uma vez exposta, não é mais do autor, é nossa pra ser percebida das mais diversas formas.
Assim sendo, o filme transmite uma repulsa muito mais profunda da denunciada pelo seu título brasileiro. Através de Carole, a vida parece insossa no geral, a apatia - ressaltada pelas cores - permeia quase tudo e quando finalmente dá espaço para outra coisa, o nojo de fato aparece. A personagem é pressionada pelos signos masculinos até seu limite e devolver toda a violência que sofreu. E é exatamente nesse ponto que Repulsion me parece que poderia ser mais intenso.
Ora, até o final do filme eu já tinha comprado a motivação da protagonista. Uma realidade tão angustiante fazia jus a sua lenta e sofrida jornada. Mas,
numa abordagem mais psicológica do trauma e do recalque, Polanski revela que Carole tinha sofrido abuso na infância.
E apesar disso fazer muito sentido com a denúncia que o filme faz, principalmente levando em conta a época que foi feito, novamente: o fato de as motivações de Carole sem essa revelação ainda se susterem muito bem deixa o filme ainda mais aterrorizante e universal, ao meu ver. Mas é só uma expectativa subvertida que tive enquanto assistia e que de forma alguma diminui o filme.
demora pra ficar interessante e, infelizmente, tem dois finais. O primeiro é bom e o segundo, desnecessário. Uma história boa mal contada, atabalhoadamente mesmo, mas q ganha força com a atuação de Jeon Jong-seo
No início, achei que seria uma abordagem meio Kaufman, discutindo sobre a insensibilidade e a farsa masculina de querer parecer mais inteligente, mais culto, simplesmente mais do que se é. Tudo que saía da boca de Malcolm soava como esse esforço, mas vamos entendendo que o filme é muito mais do que isso. E o que poderia cair facilmente numa coisa de "tapas e beijos" acaba sendo bem complexo ao ponto de você desistir de procurar certo e errado. Nem sempre esses dois são confiáveis, pois estão muito empenhados em machucar o outro mais do que se sentiu machucado. É doloroso ver, e a cada vez que Marie some você se pega tão nervoso quanto o Malcolm, achando que ela finalmente se foi e pode ter desistido de outras coisas além do relacionamento.
Se tem algum ponto negativo, talvez os atores devessem ter entregado mais nos seus monólogos, principalmente Zendaya, pois é dela a cena mais oscar material do filme. De qualquer forma, fuck the oscars, esse filme é maravilhoso.
vamos ser francos - a visão original do diretor é sempre melhor do que um filme corporativo, um "corte dos produtores", q foi o caso do Liga da Justiça de 2017. Mas o cavaleiro do apocalipse Snydercut é bom? Não. Menos pior, eu diria. Os problemas continuam e até escalonam, como é o caso dessa megalomania do Snyder de tentar ser o Juscelino Kubitschek (50 anos em 5) da DC e tentar colocar aquilo deveria ser construído em anos de filmes em apenas 4 horas. Ironicamente, essas 4 horas, apesar de tentarem dar conta de um universo que não foi bem definido, se arrastam longamente, literalmente, já que o diretor parece pesar a mão na câmera lenta só por birra mesmo, tentando dar dramaticidade a cenas q não correspondem, jogando por cima um trilha sonora irritante. Não, SnyderCut não é "épico".
Outro problema é a identidade visual do filme. Isso é um problema generalizado desse pretenso DCU; todos os seus filmes têm escolhas de design horríveis, a exceção de Aves de Rapina. Esse Cyborg é estranhíssimo, seria melhor ter recortado o de Jovens Titãs Em Ação e renderizado no filme. E quanto ao seu peso trama, é uma das poucas coisas legais do filme, mas, novamente, precisava de um filme solo, pois é difícil se importar com personagens que você não conhece. O mesmo se aplica aos vilões, não conheço, não me importo, por mais que a câmera lenta e a trilha sonora tentem me convencer de que algo importante está acontecendo. Ah, e, como não poderiam ser diferentes, são horríveis, têm uma textura cinza zoada, algo genérico que parece ter saído de um PS3, beirando ao cômico (não é à toa que viraram meme).
Outra questão que não desce é esse Batman bonachão. Zack Snyder claramente não entendeu o personagem que, nessa versão, contrasta tanto com o Batman de BvS.
De resto, têm umas cenas de ação divertidas, umas lutas e tu fica "massa, véio", mas é só. Já estou esquecendo esse filme, assim como esqueci o de 2017, e esqueço a maioria das coisas que a Marvel faz também. Filmes bestas e cafonas. Coisa que fanboy idolatra nem sei por quê.
Vi uns cara respondendo comentários negativos com enérgicos "SEU MARVETE!", e, na boa, acho que isso prova meu ponto kkkkkkk cresçam, pelo amor de Deus
esse ep é a prova que os clichês por si só não são necessariamente um problema. Desde q Ali apareceu o arquétipo era óbvio - o "mestre", um personagem cuja função é ajudar o protagonista a ter uma epifania para poder seguir em frente. Seu jeito ácido de dizer a verdade sem eufemismos também não é novidade, mas não importa. Seja no "tough love" de Ali, seja na sua sabedoria, tudo nesse ep soa novo, fresco, e, acima de tudo, natural. A melhor coisa q saiu dessa série fantástica
antiquado no melhor sentido possível, parece que foi feito há décadas atrás. A coreografia é sempre importante, mas também é parte da temática - a identidade chinesa (e, agora nesse filme, até identidades diversas) frente ao imperialismo americano. Pra mim, é uma fórmula que não se desgasta nunca, talvez pela nostalgia dos trashs de artes marciais asiáticos, principalmente os chineses que me fizeram acreditar que, com o treino e perseverança, é possível voar.
o que eu mais tô gostando nessa nova leva de filmes de terror é a possibilidade de perceber outros medos para além das fobias do homem branco - e, a partir disso, compreender com um pouco mais de clareza o outro. assistir a His House foi como ver Síndrome de Berlim e Corra! Não obstante, acho que o diretor é muito fruto desse movimento e consigo ver muito da ambientação de A Bruxa, da introspecção de Babadook e até algo de lovecraftiano ali. As ressalvas ficam apenas no design - se His House acerta no que tem de melhor dessa onda pedantemente chamada de pós-terror, também cai no mesmo erro que alguns dos seus semelhantes: CGI. Talvez tenha faltado um pouco de orçamento, mas particularmente, prefiro maquiagem. Porém, é só um detalhe que ofusca a parte terror de mais um ótimo terror social.
Sabe aquelas paradas que frustram por você saber que tinha potencial ali? É bem diferente de quando a obra é só ruim. Você fica decepcionado, inquieto com decisões de roteiro e com a parte boa da obra sendo ofuscada por... todo o resto. A parte boa? Brandão e Janete. O único núcleo legal. Moscovis arrebenta, assim como Morgado.
Moscovis dá um tom fora do óbvio pro personagem, fugindo da representação "monstruosa" de abusadores em geral - são homens, não são "doentes", demônios ou qualquer coisa além de humanos -, o que me parece mais mérito do ator do que da série mesmo. A dinâmica desse casal é o que realmente te deixa tenso na série. Mas é isso. Muito infelizmente, esse núcleo não é o foco, que tende para uma trama fraca de anti-heroína vs o mundo bem cafona. O resto da série é bem cafona, aliás. O desfecho de Brandão e Janete é anticlimático, os diálogos dos outros personagens são horríveis - bagulho tipo "que sociedade falocêntrica do c******!". Namoral, quem fala isso? É diálogo ou vídeo ensaio, pô? Enfim, decepcionante. Quanto à importância do tema, é bom lembrarmos que representatividade e sensibilidade é O MÍNIMO. E, sinceramente, nem sei se isso a série faz direito - sei que o desfecho de Janete é "realista", mas será que é o tipo de mensagem que deveríamos passar? Me lembra a irresponsabilidade da cena de suicídio de Hanna Baker... Mas sei que tô fora do meu lugar de fala aqui, foi só algo que seu senti baseado na minha perspectiva limitada e condicionada.
As estrelas são mais pelo que poderia ter sido, porque o que foi é muito ruim...
só agr a gente fica zoando branco universitário despolitizado, e pensar q esse filme já tinha deixado bem claro o quanto a realidade no Brasil é complexa. Uma pena q caiu no gosto popular pelos motivos errados, mas é sempre assim - Joker, Death Note, Matrix, Scarface, Taxi Driver, e tantas outras obras q parece q todo mundo "viu errado". Filmaço,
Aliás, o Neto ali no espelho engatilhando a pistola... Taxi Driver total!
famoso "filme da netflix" - um conceito bom, mas mal executado, vide I Am Mother e O Poço. Geralmente esse combo impede a netflix de emplacar obras de melhor qualidade, o que não é problema pra um serviço que tem foco na quantidade. No meio de um mar de produções genéricas e ruins, confesso que quero ver Old Guard 2.
rami malek odiando o capitalismo e ecos de clube da luta. Não, não é mr robot kkkkk mas é maneiríssimo como a discussão foi atualizada com a inserção do imigrante e da semi-servidão de certos empregos
olha, eu tentei... ignorei os diálogos ruins, os furos, as soluções bobas, os personagens mal construídos, a cafonice, a vergonha alheia das dancinhas, a pseudo complexidade q na vdd é só uma história ruim e mal contada mesmo, e por fim não sobrou mais nada. OA é isso aí. Uma série ruim q se leva mto a sério a ponto de ser engraçada (eu não parava de rir na 1a temporada -
aquela cena da prairie mordendo o cachorro é hilária, assim como o steve enfiando um lápis na menina e logo em seguida pedindo pra ela continuar com a história do cativeiro kkkkkk sem falar da coreografia no meio do school shooting
. A 2a temporada é melhor o suficiente pra vc parar de rir e só ficar puto com o q tá acontecendo. E, na moral, esse twist do final só reforça o quanto essa série tá tentando parecer inteligente
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraShyamalan e suas escolhas... Se por um lado a tentativa de atualizar a graphic novel que inspirou o filme trazendo tensão racial é muita válida, o diretor falha e soa como alguém que quer surfar no hype do """"pós-terror"""". De resto, Shyamalan quer tanto imprimir sua identidade (ou melhor, vícios) na obra, que preenche uma história simples e com um enorme potencial filosófico com twists fracos e um clima de suspense que não funciona. Pesou a mão. Esse filme só serve pra que mais pessoas leiam Sandcastle.
Nove Desconhecidos (1ª Temporada)
3.4 229 Assista Agoraé ruim mas é bom
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista Agoralegalzinho. mas fica aquela sensação de ser uma fórmula já desgastada... sdd de filmes de super herói mais low profile, tipo, precisam mesmo destruir uma cidade/salvar o universo sempre? é esse tipo de produção q bota batman pra lutar contra steppenwolf, arqueiro pra tacar flechinha no thanos, arlequina lutando contra entidade cósmica lovecraftiana, enfim. sempre imaginei q um grupo como esquadrão suicida deveria ter missões mais "black opps", coisas q não vão pra grande mídia inclusive. mas essas são minhas expectativas frustradas. o filme é bom.
ps.: dc finalmente tem seu deadpool né kkkkk
Adaptação.
3.9 707 Assista Agoraacho que ainda vamos amadurecer mais o pensamento sobre o cinema autoindulgente de Kaufman. É problemático, muito white man problems (e eu confesso que me identifico muito), mas é Kaufman dando a cara à tapa. Como cantou Froid, "fazer arte é fácil, eu quero ver você se expor".
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista Agoracoitada da Margaret Atwood vendo essa temporada kkkkkkkk mano, fotografia massa e pa, mas não ajuda se a única personagem coerente na trama é a Tia Lydia. Todos os outros núcleos da trama - June, Lawrence, Nick, Waterfords - são ridículos. No relacionamento de June e Nick é tão fácil bater que tem nem graça mais, no entanto eu realmente não consigo entender a motivação desses personagens, principalmente Lawrence e Serena (desde a 3a temporada). No geral, a sensação é que o foco em June está muito desgastado perante um tentativa de trama mais macro, falando sobre as relações entre Gilead e outros países, algo que já tinha sido ensaiado antes, mas sem sucesso. Simplesmente não dá pra entender direito como funciona Gilead ou mesmo o que está acontecendo no resto do mundo.
O fato é que THT nunca vai superar sua 1a temporada, quando June ainda era uma personagem interessante e aquele mundo distópico era tão parecido com o nosso que era impossível ignorar. Infelizmente, são souberam continuar contando a história e o desfecho
para Fred, personagem que todos que acompanham a série passaram esse tempo todo sonhando com os piores finais possíveis pra esse lixo, é anticlimático e cai num esteticismo bobo com as mulheres segurando as lanternas enquanto outras o espancam. Aliás, o que foi aquela visita da June ao Fred???? Achei que a mulher iria envenenar o cara ou tirar alguma informação relevante mas não serviu pra nada.
E o Nick hein??? KKKK vamo lá, mais do que dizer que é um personagem horrível, o único jeito dessa relação funcionar era se ficasse claro que mais do que qualquer coisa romântica, o que Nick representaria pra June seria alguém do outro sexo que entendesse como Gilead era horrível, não uma utopia masculina, mas um sistema que desperta
o pior em todos, homens e mulheres. Uma conexão assim seria impossível de estabelecer com o marido dela que não a entende. Parece legal, né, complexo e tal. Mas não é isso que acontece! Se tentaram construir uma June que sabe usar todos ao seu redor e se aproveita do """""amor""""" de Nick, bom, eu não vi isso, só incoerência e confusão.
Outro ponto que não desce direito é como essa série parecia ser sobre a fragilidade dos direitos conquistados às duras penas por mulheres e outras minorias políticas, mas ela insiste em temas mais micro, o que não é necessariamente ruim, só não tem peso. Temas como maternidade, mas não no geral, sim especificamente para duas mulheres (June e Serena), relacionamento, novamente, em pequenos núcleos, são o que guiam a série agora, embora nunca tenham sido a melhor coisa dessa história. Sinto que em algum momento vão fazer spin-offs tipo um "Before Gilead" ou histórias que pensem na estrutura e ideologia de Gilead pra suprir as lacunas que essa série deixa, temporada após temporada. Mas não deixa de ser uma morte lenta e triste pra uma série que já nos inquietou tanto.
Marighella
3.9 1,1K Assista Agorapor mais que eu tenha amado o filme e a atuação de Seu Jorge, é difícil não continuar fantasiando sobre Mano Brown no papel de Marighella
Yasuke
3.1 42mais uma prova que elementos interessantes como design, animação fluida, trilha sonora incrível (estamos falando de thundercat e flying lotus) e um fato histórico singular, não são o suficiente pra sustentar uma obra sem uma boa direção e um roteiro que dê coesão pra esses elementos. Tudo em yasuke é meio jogado, rushado, os diálogos são terríveis, assim como os personagens secundários. É mais uma produção da netflix escrita e dirigida pelo algoritmo. Tentaram surfar na onda de dororo e demon slayer (contexto histórico alterado por elementos fantasiosos), além de tentarem preencher o vácuo que o yasuke histórico deixou para as produções por tanto tempo, e que continuará a deixar depois desse anime morno e da produção do longa que seria estrelado por chadwick boseman (RIP). Se o anime tentou ir pra uma vibe blaxploitation, bom, a comparação com afro samurai acaba sendo óbvia e deixa yasuke pior, pois é um anime que não faz jus ao legado. Continuo na esperança de ver esse fato histórico abordado de maneira digna.
Jiu Jitsu
1.6 61 Assista Agoraé bom demais pra ser verdade (aguardando ansiosamente o filme baixar)
O Céu de Suely
3.9 464 Assista Agoratem coisa que só quem é do nordeste entende...
Repulsa ao Sexo
4.0 462 Assista AgoraSerá que vale questionar se Polanski estava denunciando ou sendo conivente com a violência contra a mulher retratada aqui e em O Bebê de Rosemary? Pode ser uma pergunta absurda, mas é difícil não ressignificar sua obra a partir da sua vida pessoal. E quanto a separar o autor da obra, bem, claramente não é tão simples. Entretanto, uma vez exposta, não é mais do autor, é nossa pra ser percebida das mais diversas formas.
Assim sendo, o filme transmite uma repulsa muito mais profunda da denunciada pelo seu título brasileiro. Através de Carole, a vida parece insossa no geral, a apatia - ressaltada pelas cores - permeia quase tudo e quando finalmente dá espaço para outra coisa, o nojo de fato aparece. A personagem é pressionada pelos signos masculinos até seu limite e devolver toda a violência que sofreu. E é exatamente nesse ponto que Repulsion me parece que poderia ser mais intenso.
Ora, até o final do filme eu já tinha comprado a motivação da protagonista. Uma realidade tão angustiante fazia jus a sua lenta e sofrida jornada. Mas,
numa abordagem mais psicológica do trauma e do recalque, Polanski revela que Carole tinha sofrido abuso na infância.
A Ligação
3.6 514 Assista Agorademora pra ficar interessante e, infelizmente, tem dois finais. O primeiro é bom e o segundo, desnecessário. Uma história boa mal contada, atabalhoadamente mesmo, mas q ganha força com a atuação de Jeon Jong-seo
Malcolm & Marie
3.5 314 Assista AgoraNo início, achei que seria uma abordagem meio Kaufman, discutindo sobre a insensibilidade e a farsa masculina de querer parecer mais inteligente, mais culto, simplesmente mais do que se é. Tudo que saía da boca de Malcolm soava como esse esforço, mas vamos entendendo que o filme é muito mais do que isso. E o que poderia cair facilmente numa coisa de "tapas e beijos" acaba sendo bem complexo ao ponto de você desistir de procurar certo e errado. Nem sempre esses dois são confiáveis, pois estão muito empenhados em machucar o outro mais do que se sentiu machucado. É doloroso ver, e a cada vez que Marie some você se pega tão nervoso quanto o Malcolm, achando que ela finalmente se foi e pode ter desistido de outras coisas além do relacionamento.
Se tem algum ponto negativo, talvez os atores devessem ter entregado mais nos seus monólogos, principalmente Zendaya, pois é dela a cena mais oscar material do filme. De qualquer forma, fuck the oscars, esse filme é maravilhoso.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3Kvamos ser francos - a visão original do diretor é sempre melhor do que um filme corporativo, um "corte dos produtores", q foi o caso do Liga da Justiça de 2017. Mas o cavaleiro do apocalipse Snydercut é bom? Não. Menos pior, eu diria. Os problemas continuam e até escalonam, como é o caso dessa megalomania do Snyder de tentar ser o Juscelino Kubitschek (50 anos em 5) da DC e tentar colocar aquilo deveria ser construído em anos de filmes em apenas 4 horas. Ironicamente, essas 4 horas, apesar de tentarem dar conta de um universo que não foi bem definido, se arrastam longamente, literalmente, já que o diretor parece pesar a mão na câmera lenta só por birra mesmo, tentando dar dramaticidade a cenas q não correspondem, jogando por cima um trilha sonora irritante. Não, SnyderCut não é "épico".
Outro problema é a identidade visual do filme. Isso é um problema generalizado desse pretenso DCU; todos os seus filmes têm escolhas de design horríveis, a exceção de Aves de Rapina. Esse Cyborg é estranhíssimo, seria melhor ter recortado o de Jovens Titãs Em Ação e renderizado no filme. E quanto ao seu peso trama, é uma das poucas coisas legais do filme, mas, novamente, precisava de um filme solo, pois é difícil se importar com personagens que você não conhece. O mesmo se aplica aos vilões, não conheço, não me importo, por mais que a câmera lenta e a trilha sonora tentem me convencer de que algo importante está acontecendo. Ah, e, como não poderiam ser diferentes, são horríveis, têm uma textura cinza zoada, algo genérico que parece ter saído de um PS3, beirando ao cômico (não é à toa que viraram meme).
Outra questão que não desce é esse Batman bonachão. Zack Snyder claramente não entendeu o personagem que, nessa versão, contrasta tanto com o Batman de BvS.
De resto, têm umas cenas de ação divertidas, umas lutas e tu fica "massa, véio", mas é só. Já estou esquecendo esse filme, assim como esqueci o de 2017, e esqueço a maioria das coisas que a Marvel faz também. Filmes bestas e cafonas. Coisa que fanboy idolatra nem sei por quê.
Vi uns cara respondendo comentários negativos com enérgicos "SEU MARVETE!", e, na boa, acho que isso prova meu ponto kkkkkkk cresçam, pelo amor de Deus
Euphoria: Trouble Don't Last Always
4.3 154esse ep é a prova que os clichês por si só não são necessariamente um problema. Desde q Ali apareceu o arquétipo era óbvio - o "mestre", um personagem cuja função é ajudar o protagonista a ter uma epifania para poder seguir em frente. Seu jeito ácido de dizer a verdade sem eufemismos também não é novidade, mas não importa. Seja no "tough love" de Ali, seja na sua sabedoria, tudo nesse ep soa novo, fresco, e, acima de tudo, natural. A melhor coisa q saiu dessa série fantástica
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista Agoraagr sim eu respeito o boba fett, rapaz, queisso! Sem falar que essa série retratou os jedi da forma que eu tanto esperava ver na nova trilogia
Willy's Wonderland: Parque Maldito
2.8 209 Assista Agoraquando o trailer é tão melhor que o filme... 3 estrelas pelo nic cage dançando enquanto joga pinball
O Grande Mestre 4
3.8 105 Assista Agoraantiquado no melhor sentido possível, parece que foi feito há décadas atrás. A coreografia é sempre importante, mas também é parte da temática - a identidade chinesa (e, agora nesse filme, até identidades diversas) frente ao imperialismo americano. Pra mim, é uma fórmula que não se desgasta nunca, talvez pela nostalgia dos trashs de artes marciais asiáticos, principalmente os chineses que me fizeram acreditar que, com o treino e perseverança, é possível voar.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista Agorao que eu mais tô gostando nessa nova leva de filmes de terror é a possibilidade de perceber outros medos para além das fobias do homem branco - e, a partir disso, compreender com um pouco mais de clareza o outro. assistir a His House foi como ver Síndrome de Berlim e Corra! Não obstante, acho que o diretor é muito fruto desse movimento e consigo ver muito da ambientação de A Bruxa, da introspecção de Babadook e até algo de lovecraftiano ali. As ressalvas ficam apenas no design - se His House acerta no que tem de melhor dessa onda pedantemente chamada de pós-terror, também cai no mesmo erro que alguns dos seus semelhantes: CGI. Talvez tenha faltado um pouco de orçamento, mas particularmente, prefiro maquiagem. Porém, é só um detalhe que ofusca a parte terror de mais um ótimo terror social.
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada)
4.2 760 Assista AgoraSabe aquelas paradas que frustram por você saber que tinha potencial ali? É bem diferente de quando a obra é só ruim. Você fica decepcionado, inquieto com decisões de roteiro e com a parte boa da obra sendo ofuscada por... todo o resto. A parte boa? Brandão e Janete. O único núcleo legal. Moscovis arrebenta, assim como Morgado.
Moscovis dá um tom fora do óbvio pro personagem, fugindo da representação "monstruosa" de abusadores em geral - são homens, não são "doentes", demônios ou qualquer coisa além de humanos -, o que me parece mais mérito do ator do que da série mesmo. A dinâmica desse casal é o que realmente te deixa tenso na série. Mas é isso. Muito infelizmente, esse núcleo não é o foco, que tende para uma trama fraca de anti-heroína vs o mundo bem cafona. O resto da série é bem cafona, aliás. O desfecho de Brandão e Janete é anticlimático, os diálogos dos outros personagens são horríveis - bagulho tipo "que sociedade falocêntrica do c******!". Namoral, quem fala isso? É diálogo ou vídeo ensaio, pô? Enfim, decepcionante. Quanto à importância do tema, é bom lembrarmos que representatividade e sensibilidade é O MÍNIMO. E, sinceramente, nem sei se isso a série faz direito - sei que o desfecho de Janete é "realista", mas será que é o tipo de mensagem que deveríamos passar? Me lembra a irresponsabilidade da cena de suicídio de Hanna Baker... Mas sei que tô fora do meu lugar de fala aqui, foi só algo que seu senti baseado na minha perspectiva limitada e condicionada.
As estrelas são mais pelo que poderia ter sido, porque o que foi é muito ruim...
Tropa de Elite
4.0 1,8K Assista Agorasó agr a gente fica zoando branco universitário despolitizado, e pensar q esse filme já tinha deixado bem claro o quanto a realidade no Brasil é complexa. Uma pena q caiu no gosto popular pelos motivos errados, mas é sempre assim - Joker, Death Note, Matrix, Scarface, Taxi Driver, e tantas outras obras q parece q todo mundo "viu errado". Filmaço,
Aliás, o Neto ali no espelho engatilhando a pistola... Taxi Driver total!
The Old Guard
3.5 663 Assista Agorafamoso "filme da netflix" - um conceito bom, mas mal executado, vide I Am Mother e O Poço. Geralmente esse combo impede a netflix de emplacar obras de melhor qualidade, o que não é problema pra um serviço que tem foco na quantidade. No meio de um mar de produções genéricas e ruins, confesso que quero ver Old Guard 2.
Buster's Mal Heart
3.3 117rami malek odiando o capitalismo e ecos de clube da luta. Não, não é mr robot kkkkk mas é maneiríssimo como a discussão foi atualizada com a inserção do imigrante e da semi-servidão de certos empregos
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraSe for tão bom quanto o livro é masterpiece! E na mão do Kaufman então...
The OA (Parte 2)
4.3 407olha, eu tentei... ignorei os diálogos ruins, os furos, as soluções bobas, os personagens mal construídos, a cafonice, a vergonha alheia das dancinhas, a pseudo complexidade q na vdd é só uma história ruim e mal contada mesmo, e por fim não sobrou mais nada. OA é isso aí. Uma série ruim q se leva mto a sério a ponto de ser engraçada (eu não parava de rir na 1a temporada -
aquela cena da prairie mordendo o cachorro é hilária, assim como o steve enfiando um lápis na menina e logo em seguida pedindo pra ela continuar com a história do cativeiro kkkkkk sem falar da coreografia no meio do school shooting