Um bom começo de série, visto que apresenta/desenvolve todos os personagens com uma boa consistência. Um ponto forte é observar já nas primeiras cenas que o vilão quebra a quarta parede e desenvolve a história a partir dela. Apesar de trazer uma temática de super-heróis da DC, não se trata de super-heróis deuses, ou seja, perfeitos e acima da moral humana, e é interessante justamente isso, pois a todo momento se colocam como diferentes do herói que quer entrar na Liga da Justiça - Cyborg. Para uma questão mais profunda, cada personagem tem que lidar com um problema pessoal e psicológico e cada um dos problemas que são apresentados, os tornam cada vez mais interessantes. Por fim, uma ressalva que faria é que a personagem Jane merecia uma série só para ela e, diga-se de passagem, a atuação da Diane Guerrero é primorosa.
Sabe aqueles vídeos que surgem na time line da sua rede social e que, de tanta bobagem que lá existe, você não espera nada de mais? Pois bem! Foi isso que aconteceu a primeira vista comigo. No entanto fui surpreendido por tamanha profundidade em 4 minutos e 20 segundos de animação. Em português o título dá tantos significados a esta obra: O Presente no sentido de mimo; O Presente no sentido do hoje, do agora, do tempo que ficamos assistindo o vídeo e poderíamos estar lá fora; O Presente no sentido metafórico das possibilidades temporais, que não quer dizer o hoje, mas a época que vivemos (não me abrangerei sobre esse item para não dar spoiler). Mas o mais importante para mim foi o presente de ter visto, ouvido e sentido esse vídeo como uma prenda que compartilharam na time line pública da minha rede social. Seria importante as pessoas entenderem que seus posts, seja em qualquer rede social, é um presente que se dá a um público. Esses presentes serão doces, temperados, salgados, por vezes ácidos por serem críticas necessárias, mas que não sejam desumanizadores, pois quase não contemplei esse Presente por acreditar ser mais do mesmo. Não alimente a alma das pessoas com alimentos putrefatos. Pense em seus posts como iguarias que você serve em casa. Por fim, um velho ditado pode aqui ser ressignificado: "você é o que você (posta)".
Um belíssimo curta metragem, de fotografia incrível e de uma temática bem executada. Nele fica perceptível os conceitos de lembrança, memória e História. Tendo a premissa de que estamos inseridos num contexto, cada vez mais presente na vida cotidiana, de um mundo que se engendra nas questões de patrimonialização à partir do que nos é afável, podemos perceber que o apego da personagem aos objetos e fotografias têm como função lembrá-la de fatos e momentos que estão armazenados em sua memória para construir a sua própria História, como num acervo pessoal, no qual cada objeto é colocado de forma expositiva e que, por sua vez, cria uma narrativa da personagem que vai além a narrativa das imagens do curta. Penso que este documentário traz, ainda que no campo das sensibilidades imagéticas, a separação do que é lembrar, do que é memória e do que é história. Recomendo a todos que tenham a sensibilidade para apreciar a arte nacional por um ângulo menos trágico e dramático, para um mais cru e mais tátil.
Diria aos que acreditam que é um filme que demonstra as transformações que a fé faz na vida de uma pessoa muito ferida emocionalmente. E aos que não acreditam deixo somente a reflexão: Porque tirar de pessoas como essas, apresentadas no documentário, o seu consolo diante de uma dor tamanha em virtude de uma falsa consciência pela razão? É racional destruir a vida de alguém? As dores que estas mães e pais demonstraram não acabou ainda, no entanto, para eles, a morte é só um "até logo", isto os motiva a deixar a dor de lado e fazer suas atividades básicas do dia a dia, a exemplo se alimentar. Me emocionei muito vendo este documentário, pois, embora não tenha filhos, não saberia como me comportar diante desta saudade tamanha, se não fosse minha fé.
É um filme que me fez chorar, sentir raiva e compaixão ao mesmo tempo, como disse um amigo da rede social Filmow, Lucas Falcão, "muitos sentimentos foram despertados em mim (tanto é, que, confesso, tive que voltar algumas cenas, pois às vezes me pegava imerso nos meus próprios pensamentos e, num geral, de indignação)." Uma fotografia e maquiagem impressionante, sem contar a grande atuação do ilustríssimo elenco: Jim Parsons (The Big Bang Theory), Julia Roberts, Mark Ruffalo (The Huck), Matt Bomer (White Collar), Taylor Kitsch (O Grande Herói) e outros. A película se passa na década de 1980, e nos envolve com tamanha veracidade que é como se sofrêssemos "o que 'eles' sofreram, foi como se eu tivesse perdido os meus amigos como 'eles perderam'". É importante lembrarmos que o HIV e a AIDS (SIDA) foi nesta década definida pelo Centro de Controle de Doenças estadunidense como "a doença dos 4 H's", uma vez que a síndrome parecia afetar "somente" haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. Isto nos permite sugerir que, desde a sua descoberta, o preconceito com relação a esta doença foi muito grande, e ainda hoje. A desinformação faz com que não seja muito diferente atualmente, vide o que alguns políticos ainda dizem sobre ela e a sua correlação enganosa e deturpada em relação aos homossexuais, e que aqui no Brasil ainda, por considerar homossexuais grupo de risco, não se aceita a doação de sangue de homossexuais masculinos assumidos, em caso de insistência do doador é retirado o sangue porém é descartado em seguida, pois o custo para a "verificação" deste sangue seria alto. Em determinado momento do filme, a questão sobre "AIDS ser quase impossível em heterossexuais" me chamou atenção. Talvez, se tivesse sido apenas com homossexuais, de fato (embora isso seja cientificamente impossível), até hoje estes estariam lutando e correndo em círculos para tentar achar uma possível cura, um meio de sobrevivência, pois acredito que a apatia dos órgãos governamentais que não incentivaram, num primeiro momento, pesquisas sobre o assunto pois, como é mostrado numa fala do filme: "A resposta está aqui: Eles não gostam de nós.", vide as lutas que os homossexuais vêem travando em todo o globo por direitos que, em teoria, já lhes seriam assegurados (ser cidadão sem distinção por sexualidade). O governo estadunidense foi omisso por anos? Foi, e ainda é. Não só sobre o tema AIDS, mas sobre homossexualidade, preconceito, desrespeito à vida em muitos dos Estados que o compõe. No caso brasileiro há uma diferença que é muito importante ser divulgada em tempos de "Só no Brasil", pois aqui ainda se mantém o pioneirismo na luta contra a Aids e oferece-se tratamento gratuito a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Este é, sem dúvidas, um dos mais belos e triste filme que já vi, e acaba de entrar na minha lista de favoritos.
O filme não tem a melhor atuação que já vi, tampouco traz uma comédia hilariante, é uma comédia pastelão que não deve ser vista somente por esse ângulo, pois apesar disso ele é recheado de críticas a politicagem que envolvem uma campanha política e a corrupção que, "pasmem", não é exclusividade do Brasil. Acredito que o humor ácido que envolve esta película deveria ser digerido por todos nós, para nos fazer pensar criticamente cada palavra dos nossos próprios políticos e dos militantes de partidos políticos aqui mesmo no nosso país. Acredito que em tempos de "politizados" que estão "invadindo" as redes sociais, fazer uma autocrítica não nos faria mal, principalmente quando vivemos num país de exclusividades duvidosas como a corrupção, as faltas de investimentos, os atrasos e seu "povo ignorante". Assistam e verifiquem se você não está sendo mais um dos manipulados pelas campanhas que estão "começando" neste ano de eleição.
É um filme que me surpreendeu. Não sou aquelas pessoas que vai ao cinema com expectativas altas, o que me faz sair da sala, muitas vezes, sem ser iludido. O que mais acontece é sair surpreendido e foi assim que cheguei em casa e decidi publicar minhas impressões sobre o filme. A começar pela história, vejo que é uma história muito, mas muito melhor que a clássica animação infantil da própria Disney! Quando eu for contar "Contos de fadas" para meus filhos, na Bela Adormecida será essa história, pois mostrará a eles que há bondade e maldade dentro de todos nós. A fotografia é fantástica, a atuação da Angelina Jolie foi primorosa, sem contar o excelente figurino, mas, acredito, que faltou investimentos para inserir-nos no mundo desta história, pois, por mais que fosse mencionada as palavras camponês e camponesa, não vi um camponês na história, somente soldados, nobres e reis. Relevo este dado por ter noção de que é uma história na qual o alvo é, principalmente, o público infantil, o que faz com que não se tenha muitos detalhes e nem mesmo nas batalhas se mostre sangue, pernas voando etc. É um filme primoroso, e no qual ensina-nos também que é a "família" a verdadeira magia que nos move.
Excelente curta! Em tempos de discussão G0ys (heterossexuais que mantêm relações com pessoas do mesmo sexo, mas não se vêm gays), é importante assistir este curta, pois irá dar uma boa visão de como estes pensamentos de distanciamento do que é homossexual, muitas vezes, são homofóbicos, e como eles repercutem na sociedade contemporânea. Gostaria de lembrar que homo tem a denotação de uno, único, um, logo, relações entre um único sexo (masculino/feminino) é uma relação homossexual. Para aqueles que querem ler mais sobre o que é G0y indico o seguinte link: <http://mulher.terra.com.br/comportamento/g0ys-sao-heterossexuais-mas-ficam-com-outros-homens-entenda,8a7911f247e85410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html>.
Um curta com uma excelente fotografia. Realmente acredito que há três níveis da aceitação: o campo público, quando a pessoa se projeta para o social como homossexual; o campo privado quando este abre sua sexualidade para as pessoas próximas - a família-; e o campo individual, no qual é a temática deste curta, que se trata do momento em que o indivíduo se percebe homossexual. O campo individual sofre imensa pressão dos campos privado e público, e por isso é tão difícil a aceitação desta condição sexual no que toca o indivíduo, e é por isso que nos vemos tão refletidos no personagem indiano, pois estas tensões perpassam a maioria de nós.
Um curta bonitinho, traz uma discussão entre a pressão social que desfavorece os gays e abre um diálogo propondo que há gays que fogem a imagem criada para este grupo social. A atuação é um tanto simplória, mas a mensagem é interessante. Recomendo.
A temática deste documentário, na minha opinião, é o "assumir-se gay". Nele vemos três tipos de conflitos desta temática: o primeiro é a auto-aceitação, vê-se a dificuldade que é entender-se gay, paradoxalmente, podemos observar que é inconsciente a consciência de ser gay nas falas que dizem, "era apaixonadinho(a) por um menino(a)", e sabe-se também que não se deve falar sobre isso naquele momento da "infância"; o segundo ato de assumir é o familiar, nas respostas acerca da aceitação familiar da sua condição humana, é importante que vejamos que ali são casos muito felizes de pessoas que tiveram uma boa aceitação, vi nesta página comentários de "como é 'fácil' assumir", no entanto quero lembrar que não é tão simples assim em locais e famílias mais tradicionais, os casos de homicídio familiar, suicídio e agressões físicas e morais por parte de familiares ainda é grande e vem contrapor esta visão.; o terceiro assumir é o social, e este, com o apoio familiar, é muito mais fácil, principalmente para aqueles que têm uma personalidade e psicologia mais definida. É importante observarmos que as falas de que a condição homossexual é tranquila, de que não há "sofrimento" em ser gay, vem das mulheres gays, já as falas dos homens sobre isso denota outra visão,e isto diz muito sobre a sociedade em que estes estão inseridos, e não porque ser mulher é mais aceitável, mas porque perpassa o campo do fetiche sexual e não da persona e sua identidade. Indicado para olhares mais atentos.
Genial!!! Creio que é tendencia entre os novos lançamentos da Disney quebrar os velhos clichês como: príncipes encantados; amor a primeira vista; a vida maniqueísta; - vide Enrolados e Valente, além deste. Frozen emociona, tem uma excelente história, belas imagens e, infelizmente (rss), não incentiva o lesbianismo como andam dizendo por aí (a menos que o amor fraterno agora seja algo sexual e eu não saiba). Aos pais digo que podem deixar seus filhos verem este filme sem medos, ele irá ensinar-lhes excelentes valores como por exemplo: não temer o diferente e enfrentar os medos. Recomendo!
É um filme com boa "fotografia". Os cenários foram muito bem feitos, os personagens também muito bem desenhados, no entanto, a história é um tanto enfadonha. Confesso que minhas expectativas com relação a este filme foram um pouco altas, e a recepção baixa. Para quem quer belas imagens é ótimo, porém para quem quer uma bela história, condizente ao título, então indico outros filmes.
Gosto muito do cinema nacional. Porém, confesso que este é um filme que relutei muito para assistir, devido alguns pré-conceitos meus com relação a atuação de alguns atores, e que, depois de ver o filme, se tornaram novamente conceitos formados. A trama é interessantíssima, o cenário foi muito bem preparado, ainda mais sabendo que foi todo produzido no Brasil, até mesmo a parte que se passa na gelada Alemanha, o figurino foi incrível, no entanto, a atuação, as vezes, é pedante, clichê e estereotipada. Camila Morgado é uma atriz de renome, entretanto, não vi muitas diferenças entre Olga Benário e Manuela de Paula Ferreira (A Casa das Sete Mulheres), justifico esta falta da atriz pelo fato de ser tão próximos os anos de produção de ambos, e acredito que hoje ela esteja mais madura como atriz, embora eu não omita que ela teve belos momentos na película, mas foram momentos. Diferentemente da Morgado, Caco Ciocler, um ator também jovem porém já experiente no ano de produção, mostra um outro formato de atuação. A atuação dele é profunda, você vê que não é só o corpo que está sendo emprestado ao personagem, mas também a alma. Diferente do que alguns disseram aqui, por se tratar de uma biografia, penso que as personagens são humanizadas, mesmo em se tratando de personagens de personalidade forte, estes também eram seres humanos e tinham seus problemas afetivos e pessoais que, particularmente, acredito ter sido muito bem explorado pela biografia, pois até mesmo as pessoas mais "fortes" têm suas "fraquezas". Como historiador, gostei muito de ver que não se fez apologias demagogas ao ex-presidente Getúlio Vargas, pois se evidencia, no filme, o lado tão esquecido quando se fala deste ex-presidente: o lado duro e simpatizante do nazi-fascismo. Há cenas ótimas que merecem nosso reconhecimento, assim como há cenas desnecessárias por terem sido mal interpretadas. Recomendo para aqueles que não acreditam muito no cinema nacional, pois com este filme, verão que produções de alta qualidade também são realizadas aqui no Brasil, pequenos erros e defeitos há até em filmes aclamados pela grande mídia norte americana, e aqui também há, mas é uma bela produção.
Penso que é um filme para ler com atenção. Não é um filme para quem quer passar tempo, é um filme para se pensar. Acredito que as discussões aqui no @Filmow acerca deste filme estão sendo realizadas majoritariamente por historiadores e amantes da História, o que me deixa muito feliz. Porém, nestas discussões, há a falta de percepção de alguns que se atêm somente a atuação, que diga-se de passagem deixa mesmo a desejar em alguns momentos, e deixam de levar em consideração as perguntas que são levantadas pelo filme: Quem é o 'dono' da História? Quem conta a História? A História deve ser questionada? Se fosse conosco como agiríamos? Dentre outras. Levanto outros pontos que são ignorados: é um filme de 1990, que tenta retratar a mentalidade de uma época. Outras questões também são levantadas: o papel da mulher na sociedade da época representada; A ciência mole (Humanas), representada por Sonja, versus a ciência dura (Exatas), representada por Martin; As formas sociais de coerção - ora pela repressão ora pelo enaltecimento. Um outro ponto que também é interessante pensar é a diferença de lidar com o conhecimento para nós brasileiros e para os alemães. Nós brasileiros nos atemos à academia, somente acadêmicos teriam o respaldo para buscar o conhecimento com uma linguagem própria e por vezes rebuscada que não atingiria a massa, enquanto no filme mostra uma pessoa comum que busca o conhecimento e quer compartilhá-lo. Nele é evidenciado a função social do historiador e a dificuldade de contar a História do Tempo Presente. Às pessoas que estão em dúvida com relação a carreira de historiadores recomendo que veja o filme, entretanto, peço que não esqueçam que esta é uma obra ficcional, tem licenças poéticas. A carreira não é como é representada neste filme, temos amparos legais que nos salvaguardam. É um filme alemão, que prende nossa atenção, e, assim como um livro, pode a princípio não nos interessar, mas assim que começamos a lê-lo não conseguimos parar até que cheguemos ao fim.
A proposta do documentário é interessante, mas pouco produtiva. É imprescindível que o espectador entenda que tudo o que ele assiste é imbuído de ideologias, juízos de valor, recortes, e privilegia um ponto de vista que é transpassado por um clivo que vai desde o roteiro até aos entrevistados. Se analisarmos as perguntas que são feitas, o quadro que é pintado pelos entrevistados (imageticamente falando), o vocabulário usado, fica fácil saber que é um documentário que se restringe à classe média alta paulistana, branca (o que muitas vezes se torna redundante). Os entrevistados não procuraram entender os desdobramentos do porque eles podem chegar a dizer que são gays nos dias de hoje tão abertamente, o que faz com que eles usem generalizações e "esteriotipagens". É bom sabermos que têm jovens que estão confusos quanto a recepção de outros com relação as suas sexualidades, e que muitas vezes têm medo de como demonstrar isso e, por vezes, sabem que existe preconceito e discriminação, mas não sabem distinguir a diferença entre discriminação e preconceito, e os reproduzem como quando dizem que ser gay é ouvir certo tipo de música, é frequentar certos tipos de lugares, sem contar a clássica gafe de que ser gay é ser mais inteligente por ser menos preconceituoso (pensar isto é preconceito e dizer isto é discriminar), como um que jura que não parece ser gay e faz acepções pejorativas com relação a outros tipos de identidade de gênero dentro da comunidade gay. Faltou mostrar os jovens, também dentro da faixa etária proposta pelo roteirista, também dentro da classe social que é privilegiada pelo curta-documentário, que são bem seguros quanto a esta condição humana e que não dizem que "ser gay é um estilo de vida", pois isso só dá margem a interpretações errôneas de pessoas que estão a volta e usam estas mesmas expressões para discriminar. Faltou da parte da direção um recorte melhor, aprofundar questões que têm respostas vagas, faltou diversificar. Faltou para os entrevistados ver filmes como Prayers for Bob, Milk, C.R.A.Z.Y. Loucos de amor, documentários como Assim me diz a Bíblia, O outro lado de Hollywood. Falta leitura sobre o assunto, falta estudo sobre o assunto. Não acredito que a desculpa da idade deles seja cabível aqui, como eles mesmos disseram, quem quer procura, pesquisa busca saber mais, a diferença é que eu não tenho uma visão otimista do mundo, eu tenho uma visão mais realista, e se ficássemos esperando que tudo viesse pronto, morreríamos esperando. Recomendo outros curtas e outros documentários.
Fantástico! O mais interessante desta versão de contos de fadas, além de não ter fadas, é que o "príncipe encantado" não é perfeito. As personagens não têm claramente um caráter maniqueísta, eles são humanizados por terem em si um lado bom e um ruim que se fundem. É o conto de fadas mais humano que já vi. A bruxa do clássico conto de Rapunzel é sempre vista como cruel de natureza, mas aqui ela apresentada como uma mãe super-protetora que impede a filha de ter suas próprias experiências. Ela não é vilã até que se faça dela vilã. É um paradigma Disney que é quebrado: a magia pela magia, do perfeito e maniqueísta para o humano. recomendo para todas as faixas etárias.
É uma animação para quem gosta de filmes, pois é cheia de referências: de Star Wars a The Rock Horror Picture Show. Conta com uma trilha sonora de arranhar a garganta e gargalhar ao mesmo tempo. Esta animação mereceu 5 estrelas e recomendo a todos.
Um filme com cenas monótonas e previsíveis. Apesar disso, tem seus pontos engraçadinhos. O que salva é Ashton Kutcher, não pela atuação, e sim, pela figura, se é que vocês me entendem.
Não é uma série para quem vive fantasias. É uma série crua, que mostra a verdade que tentamos esconder de nós mesmos. Todos temos um pouco de cada personagem desta série dentro de nós: suas inseguranças, suas perversões, sua forma desleixada de viver a vida. Ao conhecer a série, e ser apresentado às personagens, não fazia ideia que Lena Dunham era uma das atriz, também a roteirista, produtora e diretora da série. Me surpreendeu mais ainda saber que ela, sendo tão jovem, já apresenta tamanho talento. Posso afirmar que Lena (depois de ver a primeira temporada já nos tornamos íntimos), tem um toque de Bukowski, pois ela roteiriza e atua com tanta despretensão, malícia e verdade, quanto o escritor o fazia em seus contos. Recomendo a todos os homens que assistam esta série. Apesar do título ser um tanto repelente aos ditos "machos", é uma série que os ensinam a olhar para as mulheres com olhos menos lascivos e um pouco mais curiosos sobre a personalidade da possível mulher que encontrar no caminho. Já às mulheres, também recomendo que a veja, ficarão surpresas em se verem representadas na tela com tamanha verdade e sentimento. É uma série que, a meu ver, não tem uma faixa etária que não se identifica, e por falar nisto, é justamente a questão da identificação que a torna atrativa e envolvente!
Surpreendente, no real sentido da palavra. Quando comecei a assistir, pensei que seria um filme raso, que fora feito para promover Beyoncé, quando na verdade mostra que ela também é uma atriz que sabe dividir a atenção com a fantástica Jennifer Hudson. É um musical que te prende pela história de época, e que te faz sentir quão visceral é a Soul music. Eddie Murphy surpreendeu como ator, geralmente não gosto muito das atuações dele, mas neste filme realmente vi a importância que como ator ele tem. Recomendo a todos que gostem dos anos 1960 e 1970.
É um filme que vai te encantando aos poucos. O assisti sem expectativa alguma, sabia que se tratava de uma comédia romântica, que há muito eu não assistia. Me encantei. Achei-o sincero, sem contar as personagens, que são envolventes. Gosto do humor que foi empregado na trama, e me fez pensar um pouco sobre como lidamos com as expectativas em relação a vida e para com os outros. Embora algumas pessoas achem o filme inteiramente clichê, como pude perceber nos comentários aqui do Filmow, não acho que ele o seja. Penso que ele é óbvio, mas não clichê. Clichê seria se:
a personagem de Amy ficasse com o cara rico e bem sucedido profissionalmente, ou se a personagem do Matthew enricasse de alguma forma. Talvez o que alguns chamam de clichê seja por terminar no clássico "felizes para sempre", mas não esqueçamos que é uma escolha do escritor e ele optou por essa.
No mais, é um filme para uma noite chuvosa, acompanhado de um bom drinque sem álcool, pipoca e alguém para ficar de mãos dadas.
É impressionante como os filmes nacional que, na minha opinião, são muito bons, não têm tanta propaganda e repercussão quanto os ruins. É uma obra cinematográfica com um roteiro original que sai completamente do eixo Rio-SP-Favela-Nordeste que estamos habituados a ver nos filmes brasileiros. Bah! A estória se passa em uma comunidade descendente de italianos do Rio Grande do Sul. A atuação é fantástica, de maneira a não nos permitir eleger um personagem melhor que outro: Camila Pitanga, Fernanda Torre, Wagner Moura e Bruno Garcia, como protagonistas, enchem os olhos e arrebentam! A sinceridade do filme é tamanha, e é por isso que recomendo para todos que querem passar bons momentos, com boas risadas e em boa companhia.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraUm bom começo de série, visto que apresenta/desenvolve todos os personagens com uma boa consistência. Um ponto forte é observar já nas primeiras cenas que o vilão quebra a quarta parede e desenvolve a história a partir dela.
Apesar de trazer uma temática de super-heróis da DC, não se trata de super-heróis deuses, ou seja, perfeitos e acima da moral humana, e é interessante justamente isso, pois a todo momento se colocam como diferentes do herói que quer entrar na Liga da Justiça - Cyborg.
Para uma questão mais profunda, cada personagem tem que lidar com um problema pessoal e psicológico e cada um dos problemas que são apresentados, os tornam cada vez mais interessantes.
Por fim, uma ressalva que faria é que a personagem Jane merecia uma série só para ela e, diga-se de passagem, a atuação da Diane Guerrero é primorosa.
O Presente
4.4 72Sabe aqueles vídeos que surgem na time line da sua rede social e que, de tanta bobagem que lá existe, você não espera nada de mais? Pois bem! Foi isso que aconteceu a primeira vista comigo. No entanto fui surpreendido por tamanha profundidade em 4 minutos e 20 segundos de animação. Em português o título dá tantos significados a esta obra: O Presente no sentido de mimo; O Presente no sentido do hoje, do agora, do tempo que ficamos assistindo o vídeo e poderíamos estar lá fora; O Presente no sentido metafórico das possibilidades temporais, que não quer dizer o hoje, mas a época que vivemos (não me abrangerei sobre esse item para não dar spoiler). Mas o mais importante para mim foi o presente de ter visto, ouvido e sentido esse vídeo como uma prenda que compartilharam na time line pública da minha rede social. Seria importante as pessoas entenderem que seus posts, seja em qualquer rede social, é um presente que se dá a um público. Esses presentes serão doces, temperados, salgados, por vezes ácidos por serem críticas necessárias, mas que não sejam desumanizadores, pois quase não contemplei esse Presente por acreditar ser mais do mesmo. Não alimente a alma das pessoas com alimentos putrefatos. Pense em seus posts como iguarias que você serve em casa. Por fim, um velho ditado pode aqui ser ressignificado: "você é o que você (posta)".
Lembranças
3.7 11Um belíssimo curta metragem, de fotografia incrível e de uma temática bem executada. Nele fica perceptível os conceitos de lembrança, memória e História. Tendo a premissa de que estamos inseridos num contexto, cada vez mais presente na vida cotidiana, de um mundo que se engendra nas questões de patrimonialização à partir do que nos é afável, podemos perceber que o apego da personagem aos objetos e fotografias têm como função lembrá-la de fatos e momentos que estão armazenados em sua memória para construir a sua própria História, como num acervo pessoal, no qual cada objeto é colocado de forma expositiva e que, por sua vez, cria uma narrativa da personagem que vai além a narrativa das imagens do curta. Penso que este documentário traz, ainda que no campo das sensibilidades imagéticas, a separação do que é lembrar, do que é memória e do que é história. Recomendo a todos que tenham a sensibilidade para apreciar a arte nacional por um ângulo menos trágico e dramático, para um mais cru e mais tátil.
As Cartas Psicografadas por Chico Xavier
3.4 42Diria aos que acreditam que é um filme que demonstra as transformações que a fé faz na vida de uma pessoa muito ferida emocionalmente. E aos que não acreditam deixo somente a reflexão: Porque tirar de pessoas como essas, apresentadas no documentário, o seu consolo diante de uma dor tamanha em virtude de uma falsa consciência pela razão? É racional destruir a vida de alguém? As dores que estas mães e pais demonstraram não acabou ainda, no entanto, para eles, a morte é só um "até logo", isto os motiva a deixar a dor de lado e fazer suas atividades básicas do dia a dia, a exemplo se alimentar. Me emocionei muito vendo este documentário, pois, embora não tenha filhos, não saberia como me comportar diante desta saudade tamanha, se não fosse minha fé.
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraÉ um filme que me fez chorar, sentir raiva e compaixão ao mesmo tempo, como disse um amigo da rede social Filmow, Lucas Falcão, "muitos sentimentos foram despertados em mim (tanto é, que, confesso, tive que voltar algumas cenas, pois às vezes me pegava imerso nos meus próprios pensamentos e, num geral, de indignação)." Uma fotografia e maquiagem impressionante, sem contar a grande atuação do ilustríssimo elenco: Jim Parsons (The Big Bang Theory), Julia Roberts, Mark Ruffalo (The Huck), Matt Bomer (White Collar), Taylor Kitsch (O Grande Herói) e outros.
A película se passa na década de 1980, e nos envolve com tamanha veracidade que é como se sofrêssemos "o que 'eles' sofreram, foi como se eu tivesse perdido os meus amigos como 'eles perderam'". É importante lembrarmos que o HIV e a AIDS (SIDA) foi nesta década definida pelo Centro de Controle de Doenças estadunidense como "a doença dos 4 H's", uma vez que a síndrome parecia afetar "somente" haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. Isto nos permite sugerir que, desde a sua descoberta, o preconceito com relação a esta doença foi muito grande, e ainda hoje. A desinformação faz com que não seja muito diferente atualmente, vide o que alguns políticos ainda dizem sobre ela e a sua correlação enganosa e deturpada em relação aos homossexuais, e que aqui no Brasil ainda, por considerar homossexuais grupo de risco, não se aceita a doação de sangue de homossexuais masculinos assumidos, em caso de insistência do doador é retirado o sangue porém é descartado em seguida, pois o custo para a "verificação" deste sangue seria alto.
Em determinado momento do filme, a questão sobre "AIDS ser quase impossível em heterossexuais" me chamou atenção. Talvez, se tivesse sido apenas com homossexuais, de fato (embora isso seja cientificamente impossível), até hoje estes estariam lutando e correndo em círculos para tentar achar uma possível cura, um meio de sobrevivência, pois acredito que a apatia dos órgãos governamentais que não incentivaram, num primeiro momento, pesquisas sobre o assunto pois, como é mostrado numa fala do filme: "A resposta está aqui: Eles não gostam de nós.", vide as lutas que os homossexuais vêem travando em todo o globo por direitos que, em teoria, já lhes seriam assegurados (ser cidadão sem distinção por sexualidade).
O governo estadunidense foi omisso por anos? Foi, e ainda é. Não só sobre o tema AIDS, mas sobre homossexualidade, preconceito, desrespeito à vida em muitos dos Estados que o compõe. No caso brasileiro há uma diferença que é muito importante ser divulgada em tempos de "Só no Brasil", pois aqui ainda se mantém o pioneirismo na luta contra a Aids e oferece-se tratamento gratuito a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Este é, sem dúvidas, um dos mais belos e triste filme que já vi, e acaba de entrar na minha lista de favoritos.
Os Candidatos
3.0 274 Assista AgoraO filme não tem a melhor atuação que já vi, tampouco traz uma comédia hilariante, é uma comédia pastelão que não deve ser vista somente por esse ângulo, pois apesar disso ele é recheado de críticas a politicagem que envolvem uma campanha política e a corrupção que, "pasmem", não é exclusividade do Brasil. Acredito que o humor ácido que envolve esta película deveria ser digerido por todos nós, para nos fazer pensar criticamente cada palavra dos nossos próprios políticos e dos militantes de partidos políticos aqui mesmo no nosso país. Acredito que em tempos de "politizados" que estão "invadindo" as redes sociais, fazer uma autocrítica não nos faria mal, principalmente quando vivemos num país de exclusividades duvidosas como a corrupção, as faltas de investimentos, os atrasos e seu "povo ignorante". Assistam e verifiquem se você não está sendo mais um dos manipulados pelas campanhas que estão "começando" neste ano de eleição.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraÉ um filme que me surpreendeu. Não sou aquelas pessoas que vai ao cinema com expectativas altas, o que me faz sair da sala, muitas vezes, sem ser iludido. O que mais acontece é sair surpreendido e foi assim que cheguei em casa e decidi publicar minhas impressões sobre o filme. A começar pela história, vejo que é uma história muito, mas muito melhor que a clássica animação infantil da própria Disney! Quando eu for contar "Contos de fadas" para meus filhos, na Bela Adormecida será essa história, pois mostrará a eles que há bondade e maldade dentro de todos nós. A fotografia é fantástica, a atuação da Angelina Jolie foi primorosa, sem contar o excelente figurino, mas, acredito, que faltou investimentos para inserir-nos no mundo desta história, pois, por mais que fosse mencionada as palavras camponês e camponesa, não vi um camponês na história, somente soldados, nobres e reis. Relevo este dado por ter noção de que é uma história na qual o alvo é, principalmente, o público infantil, o que faz com que não se tenha muitos detalhes e nem mesmo nas batalhas se mostre sangue, pernas voando etc. É um filme primoroso, e no qual ensina-nos também que é a "família" a verdadeira magia que nos move.
Triple Standard
3.3 12Excelente curta! Em tempos de discussão G0ys (heterossexuais que mantêm relações com pessoas do mesmo sexo, mas não se vêm gays), é importante assistir este curta, pois irá dar uma boa visão de como estes pensamentos de distanciamento do que é homossexual, muitas vezes, são homofóbicos, e como eles repercutem na sociedade contemporânea. Gostaria de lembrar que homo tem a denotação de uno, único, um, logo, relações entre um único sexo (masculino/feminino) é uma relação homossexual. Para aqueles que querem ler mais sobre o que é G0y indico o seguinte link: <http://mulher.terra.com.br/comportamento/g0ys-sao-heterossexuais-mas-ficam-com-outros-homens-entenda,8a7911f247e85410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html>.
Proteja-me Daquilo Que Eu Quero
3.6 45Um curta com uma excelente fotografia. Realmente acredito que há três níveis da aceitação: o campo público, quando a pessoa se projeta para o social como homossexual; o campo privado quando este abre sua sexualidade para as pessoas próximas - a família-; e o campo individual, no qual é a temática deste curta, que se trata do momento em que o indivíduo se percebe homossexual. O campo individual sofre imensa pressão dos campos privado e público, e por isso é tão difícil a aceitação desta condição sexual no que toca o indivíduo, e é por isso que nos vemos tão refletidos no personagem indiano, pois estas tensões perpassam a maioria de nós.
En colo
3.5 16 Assista AgoraUm curta bonitinho, traz uma discussão entre a pressão social que desfavorece os gays e abre um diálogo propondo que há gays que fogem a imagem criada para este grupo social. A atuação é um tanto simplória, mas a mensagem é interessante. Recomendo.
Não Gosto dos Meninos
4.3 360A temática deste documentário, na minha opinião, é o "assumir-se gay". Nele vemos três tipos de conflitos desta temática: o primeiro é a auto-aceitação, vê-se a dificuldade que é entender-se gay, paradoxalmente, podemos observar que é inconsciente a consciência de ser gay nas falas que dizem, "era apaixonadinho(a) por um menino(a)", e sabe-se também que não se deve falar sobre isso naquele momento da "infância"; o segundo ato de assumir é o familiar, nas respostas acerca da aceitação familiar da sua condição humana, é importante que vejamos que ali são casos muito felizes de pessoas que tiveram uma boa aceitação, vi nesta página comentários de "como é 'fácil' assumir", no entanto quero lembrar que não é tão simples assim em locais e famílias mais tradicionais, os casos de homicídio familiar, suicídio e agressões físicas e morais por parte de familiares ainda é grande e vem contrapor esta visão.; o terceiro assumir é o social, e este, com o apoio familiar, é muito mais fácil, principalmente para aqueles que têm uma personalidade e psicologia mais definida. É importante observarmos que as falas de que a condição homossexual é tranquila, de que não há "sofrimento" em ser gay, vem das mulheres gays, já as falas dos homens sobre isso denota outra visão,e isto diz muito sobre a sociedade em que estes estão inseridos, e não porque ser mulher é mais aceitável, mas porque perpassa o campo do fetiche sexual e não da persona e sua identidade. Indicado para olhares mais atentos.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraGenial!!! Creio que é tendencia entre os novos lançamentos da Disney quebrar os velhos clichês como: príncipes encantados; amor a primeira vista; a vida maniqueísta; - vide Enrolados e Valente, além deste. Frozen emociona, tem uma excelente história, belas imagens e, infelizmente (rss), não incentiva o lesbianismo como andam dizendo por aí (a menos que o amor fraterno agora seja algo sexual e eu não saiba). Aos pais digo que podem deixar seus filhos verem este filme sem medos, ele irá ensinar-lhes excelentes valores como por exemplo: não temer o diferente e enfrentar os medos. Recomendo!
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraÉ um filme com boa "fotografia". Os cenários foram muito bem feitos, os personagens também muito bem desenhados, no entanto, a história é um tanto enfadonha. Confesso que minhas expectativas com relação a este filme foram um pouco altas, e a recepção baixa. Para quem quer belas imagens é ótimo, porém para quem quer uma bela história, condizente ao título, então indico outros filmes.
Olga
3.8 1,3K Assista AgoraGosto muito do cinema nacional. Porém, confesso que este é um filme que relutei muito para assistir, devido alguns pré-conceitos meus com relação a atuação de alguns atores, e que, depois de ver o filme, se tornaram novamente conceitos formados. A trama é interessantíssima, o cenário foi muito bem preparado, ainda mais sabendo que foi todo produzido no Brasil, até mesmo a parte que se passa na gelada Alemanha, o figurino foi incrível, no entanto, a atuação, as vezes, é pedante, clichê e estereotipada. Camila Morgado é uma atriz de renome, entretanto, não vi muitas diferenças entre Olga Benário e Manuela de Paula Ferreira (A Casa das Sete Mulheres), justifico esta falta da atriz pelo fato de ser tão próximos os anos de produção de ambos, e acredito que hoje ela esteja mais madura como atriz, embora eu não omita que ela teve belos momentos na película, mas foram momentos. Diferentemente da Morgado, Caco Ciocler, um ator também jovem porém já experiente no ano de produção, mostra um outro formato de atuação. A atuação dele é profunda, você vê que não é só o corpo que está sendo emprestado ao personagem, mas também a alma. Diferente do que alguns disseram aqui, por se tratar de uma biografia, penso que as personagens são humanizadas, mesmo em se tratando de personagens de personalidade forte, estes também eram seres humanos e tinham seus problemas afetivos e pessoais que, particularmente, acredito ter sido muito bem explorado pela biografia, pois até mesmo as pessoas mais "fortes" têm suas "fraquezas". Como historiador, gostei muito de ver que não se fez apologias demagogas ao ex-presidente Getúlio Vargas, pois se evidencia, no filme, o lado tão esquecido quando se fala deste ex-presidente: o lado duro e simpatizante do nazi-fascismo. Há cenas ótimas que merecem nosso reconhecimento, assim como há cenas desnecessárias por terem sido mal interpretadas. Recomendo para aqueles que não acreditam muito no cinema nacional, pois com este filme, verão que produções de alta qualidade também são realizadas aqui no Brasil, pequenos erros e defeitos há até em filmes aclamados pela grande mídia norte americana, e aqui também há, mas é uma bela produção.
Meu Malvado Favorito
4.0 2,8K Assista AgoraMuito fofo. QUERO APERTAR!!!
Uma Cidade Sem Passado
3.9 30Penso que é um filme para ler com atenção. Não é um filme para quem quer passar tempo, é um filme para se pensar. Acredito que as discussões aqui no @Filmow acerca deste filme estão sendo realizadas majoritariamente por historiadores e amantes da História, o que me deixa muito feliz. Porém, nestas discussões, há a falta de percepção de alguns que se atêm somente a atuação, que diga-se de passagem deixa mesmo a desejar em alguns momentos, e deixam de levar em consideração as perguntas que são levantadas pelo filme: Quem é o 'dono' da História? Quem conta a História? A História deve ser questionada? Se fosse conosco como agiríamos? Dentre outras. Levanto outros pontos que são ignorados: é um filme de 1990, que tenta retratar a mentalidade de uma época. Outras questões também são levantadas: o papel da mulher na sociedade da época representada; A ciência mole (Humanas), representada por Sonja, versus a ciência dura (Exatas), representada por Martin; As formas sociais de coerção - ora pela repressão ora pelo enaltecimento. Um outro ponto que também é interessante pensar é a diferença de lidar com o conhecimento para nós brasileiros e para os alemães. Nós brasileiros nos atemos à academia, somente acadêmicos teriam o respaldo para buscar o conhecimento com uma linguagem própria e por vezes rebuscada que não atingiria a massa, enquanto no filme mostra uma pessoa comum que busca o conhecimento e quer compartilhá-lo. Nele é evidenciado a função social do historiador e a dificuldade de contar a História do Tempo Presente. Às pessoas que estão em dúvida com relação a carreira de historiadores recomendo que veja o filme, entretanto, peço que não esqueçam que esta é uma obra ficcional, tem licenças poéticas. A carreira não é como é representada neste filme, temos amparos legais que nos salvaguardam. É um filme alemão, que prende nossa atenção, e, assim como um livro, pode a princípio não nos interessar, mas assim que começamos a lê-lo não conseguimos parar até que cheguemos ao fim.
Leve-me Pra Sair
3.2 59A proposta do documentário é interessante, mas pouco produtiva. É imprescindível que o espectador entenda que tudo o que ele assiste é imbuído de ideologias, juízos de valor, recortes, e privilegia um ponto de vista que é transpassado por um clivo que vai desde o roteiro até aos entrevistados. Se analisarmos as perguntas que são feitas, o quadro que é pintado pelos entrevistados (imageticamente falando), o vocabulário usado, fica fácil saber que é um documentário que se restringe à classe média alta paulistana, branca (o que muitas vezes se torna redundante). Os entrevistados não procuraram entender os desdobramentos do porque eles podem chegar a dizer que são gays nos dias de hoje tão abertamente, o que faz com que eles usem generalizações e "esteriotipagens". É bom sabermos que têm jovens que estão confusos quanto a recepção de outros com relação as suas sexualidades, e que muitas vezes têm medo de como demonstrar isso e, por vezes, sabem que existe preconceito e discriminação, mas não sabem distinguir a diferença entre discriminação e preconceito, e os reproduzem como quando dizem que ser gay é ouvir certo tipo de música, é frequentar certos tipos de lugares, sem contar a clássica gafe de que ser gay é ser mais inteligente por ser menos preconceituoso (pensar isto é preconceito e dizer isto é discriminar), como um que jura que não parece ser gay e faz acepções pejorativas com relação a outros tipos de identidade de gênero dentro da comunidade gay. Faltou mostrar os jovens, também dentro da faixa etária proposta pelo roteirista, também dentro da classe social que é privilegiada pelo curta-documentário, que são bem seguros quanto a esta condição humana e que não dizem que "ser gay é um estilo de vida", pois isso só dá margem a interpretações errôneas de pessoas que estão a volta e usam estas mesmas expressões para discriminar. Faltou da parte da direção um recorte melhor, aprofundar questões que têm respostas vagas, faltou diversificar. Faltou para os entrevistados ver filmes como Prayers for Bob, Milk, C.R.A.Z.Y. Loucos de amor, documentários como Assim me diz a Bíblia, O outro lado de Hollywood. Falta leitura sobre o assunto, falta estudo sobre o assunto. Não acredito que a desculpa da idade deles seja cabível aqui, como eles mesmos disseram, quem quer procura, pesquisa busca saber mais, a diferença é que eu não tenho uma visão otimista do mundo, eu tenho uma visão mais realista, e se ficássemos esperando que tudo viesse pronto, morreríamos esperando. Recomendo outros curtas e outros documentários.
Enrolados
3.8 2,8K Assista AgoraFantástico! O mais interessante desta versão de contos de fadas, além de não ter fadas, é que o "príncipe encantado" não é perfeito. As personagens não têm claramente um caráter maniqueísta, eles são humanizados por terem em si um lado bom e um ruim que se fundem. É o conto de fadas mais humano que já vi. A bruxa do clássico conto de Rapunzel é sempre vista como cruel de natureza, mas aqui ela apresentada como uma mãe super-protetora que impede a filha de ter suas próprias experiências. Ela não é vilã até que se faça dela vilã. É um paradigma Disney que é quebrado: a magia pela magia, do perfeito e maniqueísta para o humano. recomendo para todas as faixas etárias.
Megamente
3.8 1,9K Assista AgoraÉ uma animação para quem gosta de filmes, pois é cheia de referências: de Star Wars a The Rock Horror Picture Show. Conta com uma trilha sonora de arranhar a garganta e gargalhar ao mesmo tempo. Esta animação mereceu 5 estrelas e recomendo a todos.
Jogo de Amor em Las Vegas
3.2 1,1K Assista AgoraUm filme com cenas monótonas e previsíveis. Apesar disso, tem seus pontos engraçadinhos. O que salva é Ashton Kutcher, não pela atuação, e sim, pela figura, se é que vocês me entendem.
Girls (1ª Temporada)
4.1 315Não é uma série para quem vive fantasias. É uma série crua, que mostra a verdade que tentamos esconder de nós mesmos. Todos temos um pouco de cada personagem desta série dentro de nós: suas inseguranças, suas perversões, sua forma desleixada de viver a vida. Ao conhecer a série, e ser apresentado às personagens, não fazia ideia que Lena Dunham era uma das atriz, também a roteirista, produtora e diretora da série. Me surpreendeu mais ainda saber que ela, sendo tão jovem, já apresenta tamanho talento. Posso afirmar que Lena (depois de ver a primeira temporada já nos tornamos íntimos), tem um toque de Bukowski, pois ela roteiriza e atua com tanta despretensão, malícia e verdade, quanto o escritor o fazia em seus contos. Recomendo a todos os homens que assistam esta série. Apesar do título ser um tanto repelente aos ditos "machos", é uma série que os ensinam a olhar para as mulheres com olhos menos lascivos e um pouco mais curiosos sobre a personalidade da possível mulher que encontrar no caminho. Já às mulheres, também recomendo que a veja, ficarão surpresas em se verem representadas na tela com tamanha verdade e sentimento. É uma série que, a meu ver, não tem uma faixa etária que não se identifica, e por falar nisto, é justamente a questão da identificação que a torna atrativa e envolvente!
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
3.6 456 Assista AgoraSurpreendente, no real sentido da palavra. Quando comecei a assistir, pensei que seria um filme raso, que fora feito para promover Beyoncé, quando na verdade mostra que ela também é uma atriz que sabe dividir a atenção com a fantástica Jennifer Hudson. É um musical que te prende pela história de época, e que te faz sentir quão visceral é a Soul music. Eddie Murphy surpreendeu como ator, geralmente não gosto muito das atuações dele, mas neste filme realmente vi a importância que como ator ele tem. Recomendo a todos que gostem dos anos 1960 e 1970.
Casa Comigo?
3.6 1,5K Assista AgoraÉ um filme que vai te encantando aos poucos. O assisti sem expectativa alguma, sabia que se tratava de uma comédia romântica, que há muito eu não assistia. Me encantei. Achei-o sincero, sem contar as personagens, que são envolventes. Gosto do humor que foi empregado na trama, e me fez pensar um pouco sobre como lidamos com as expectativas em relação a vida e para com os outros. Embora algumas pessoas achem o filme inteiramente clichê, como pude perceber nos comentários aqui do Filmow, não acho que ele o seja. Penso que ele é óbvio, mas não clichê. Clichê seria se:
a personagem de Amy ficasse com o cara rico e bem sucedido profissionalmente, ou se a personagem do Matthew enricasse de alguma forma. Talvez o que alguns chamam de clichê seja por terminar no clássico "felizes para sempre", mas não esqueçamos que é uma escolha do escritor e ele optou por essa.
No mais, é um filme para uma noite chuvosa, acompanhado de um bom drinque sem álcool, pipoca e alguém para ficar de mãos dadas.
Mas só se este alguém for alguém que você salvaria de um incêndio
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraÉ impressionante como os filmes nacional que, na minha opinião, são muito bons, não têm tanta propaganda e repercussão quanto os ruins. É uma obra cinematográfica com um roteiro original que sai completamente do eixo Rio-SP-Favela-Nordeste que estamos habituados a ver nos filmes brasileiros. Bah! A estória se passa em uma comunidade descendente de italianos do Rio Grande do Sul. A atuação é fantástica, de maneira a não nos permitir eleger um personagem melhor que outro: Camila Pitanga, Fernanda Torre, Wagner Moura e Bruno Garcia, como protagonistas, enchem os olhos e arrebentam! A sinceridade do filme é tamanha, e é por isso que recomendo para todos que querem passar bons momentos, com boas risadas e em boa companhia.