Infelizmente o filme é muito muito muito ruim. É impressionante o quanto esse filme desafia a inteligência do espectador. Pouca coisa nesse filme faz algum sentido ou não é absurdamente forçada. Parece que escreveram o roteiro em uma tarde e sob efeito de álcool. Sou um grande entusiasta do cinema nacional e fã do Lázaro Ramos (enquanto ator), então pra mim assistir esse filme foi assustadoramente decepcionante. Acho que estava bem empolgado depois de ver a estreia de Wagner Moura (conterrâneo de Lázaro) como diretor e esperava algo tão bom quanto Marighella. Sem sombra de dúvidas foi um dos piores filmes que assisti nos últimos anos. A premissa é muito interessante, os primeiros minutos de filme cumprem bem o papel de empolgar e instigar a curiosidade do espectador para o desenrolar do filme, mas o desenrolar e o final são toscos, com uma cena sem sentido após a outra, fora a forma altamente literal com que o filme expõe suas ideias, se mostrando infantil, bobão. Infelizmente não dá pra relevar falhas absurdas e estruturais do filme apenas por concordar ideologicamente com ele. E até quando o assunto é antirracismo o filme também é problemático ao sugerir em uma das cenas finais algo no sentido de que negros (no geral, à exceção de um personagem) seriam tão "racistas" quanto brancos (cena que mostra um personagem branco sendo morto ao mesmo tempo em que um personagem negro também é). Além disso o filme É cheio de momentos com discursos que deveriam ser inspirado(re)s e instigantes, mas são tão vazios de conteúdo quanto a obra como um todo. Outro ponto negativo que me chamou a atenção foi a edição de som. Em vários momentos o filme sugeria um barulho de murmurinho que mais parecia vozes na cabeça do protagonista. Nossa, é tanto ponto negativo que é difícil de enumerar aqui. O máximo que salva é um ou outro momento com a fotografia mais bonita ou movimentos de câmera e direção mais elaborados. Pra mim a expressão que resume esse filme é "vergonha alheia" e não tenho qualquer satisfação em dizer isso, muito pelo contrário.
Dá pra sentir o carinho com que esse filme foi feito. Pra mim foi bastante sensível e tocante. Consegui me transportar para aquele e para dentro da aquela família, sentineo seus anseios e apreensões o que justifica eu chamar o filme de intimista e imersivo. O fato de ser preto é branco, semi-autobiográfico e retratar a infância do biografado me remeteu imediatamente a "Roma" de Cuaron, mas não me fez perder o beijo no olhar pelo filme nem comparar, ao menos de imediato, as duas obras. Acertada a escolha do p&b a meu ver, linda a fotografia. Gostei de todas as atuações, com destaque para a criança, mas achei todos muito afiados. A mensagem de não-violência e crítica ao fundamentalismo religioso é sempre muito bem vinda para mim, ainda mais quando vista pelo olhar simples e inocente de uma crianca, ou pelo menos é a forma como entendi ser retratada no filme. E ainda mais em se tratando de uma religião vista por nós ocidentais como pacifista, sensata/moderada e até elevada/superior a outras, o cristianismo. Que de pacifista não tem praticamente nada. Gostei de conhecer um pouco mais da cultura irlandesa, não tão conhecida quanto a americana e inglesa (para falar de alguns dos paises que falam a língua mais falada do mundo) pelo olhar de alguém de lá. Único ponto negativo que achei foi a cena quase de super herói. Gostei da tensão, mas o desfecho, além de confuso, achei bastante mentiroso e que não casa com a proposta do filme.
*Por fim, nem queria dedicar muitas linhas a isso, mas é muito decepcionante ler diversos comentários aqui no filmow que parece de gente acostumada demais com filmes da Marvel (nada contra, inclusive eu amo) ou que o máximo de filme "não-comercial" que assiste é Tarantino (também nada contra, sou fã). "Esperava mais" dá vontade de dizer "Problema seu, querido!" O que cada um ESPERA do filme é problema totalmente seu, bem como a frustração vinda disso. Todo filme tem que ter tiro, porrada e bomba agora, é? Ou ESPERAVAM o que? Casamento no final a la novela da Globo? Cresçam!
Um filme delicado, tocante, apesar de simples, pra mim foi muito emocionante, fui da angústia à ternura. Pra mim as grandes obras de cinema já há alguns anos vem tentando retratar isso, ao mesmo tempo um tema individual e intimista e de outro Uma (ou mais) questão social, histórica. É o que esse filme faz e, apesar de parecerem desconectadas, um olhar mais apurado consegue perceber como elas se complementam: o elo entre as gerações, por vezes marcado pelo amor, pela violência ou pela negligência. Me parece que boa parte das pessoas, ao menos as que comentaram aqui, foram ver o filme cheias de expectativas, seja de ver um "filme Almodóvar", seja de ver algo mais comercialmente impactante. Bem, isso é problema totalmente delas. Filme nenhum tem que atender expectativa de ninguém. Guardem suas expectativas pra vocês. Teve até gente aqui dizendo como uma mãe reagiria diante de tal situação, como se maternidade fosse algo preestabelecido e uno, como se mães não fossem pessoas dentro da infinidade da variedade delas. As pessoas deveriam avaliar uma obra de acordo com o que ela se propõe e a meu ver essa é uma obra completa e satisfatória dentro de sua proposta, simples, mas tocante.
Achei o filme bem pretenciosinho. Os personagens são mostrados pelo filme como sendo fodões, mas só de forma verbal, n por meio de ações. Quando é por meio de ações é um negócio bem adolescente: "nossa, ele faz isso, como ele é fodão". O mesmo achei da comédia. Forçada muitas vezes. A cena deles no avião no início do filme pra mim resume bem essas duas coisas. Além disso, cenas de ação bem clichezonas, nada criativas, mais do mesmo. Fora que é cheio de inúmeras contradições.
O tal do pensador diz que é o único que pode controlar o Starro e o filme não mostra ele fazendo isso uma única vez. E na chance de ele fazer, não faz. A personagem da Viola Davis diz que irão precisar do tubarão pra entrar no Jotunheilm e não mostra em nenhum momento ele sendo imprescindível pra isso. A personagem da Alice Braga aceita lutar com o esquadrão contra o milico lá porque ele teria matado a família dela. E o esquadrão acabou de matar todos os colegas dela e ela fica de boa com isso? Sério? A piada foi até muito boa, mas bizarra de engolir na lógica do filme. Os caras são presos e escapam destruindo um blindado do país lá e ninguém vai atrás deles? Eles estavam com o Pensador e ele entra em Jotunheilm tendo sido sequestado no dia anterior sem ninguém estar nem aí ao ver ele entrando? E aquele lance de a chuva dar cobertura para eles? Que chuva é essa? Chuva de lâmpadas? Aí no meio daquele clarão tosco causado pela chuva, o sanguinário acerta um dardo no sopro no olho do soldado enquanto que os soldados nem viam eles chegando? É muita coisa furada, sem sentido. O Sanguinário trata a filha como um lixo e diz que ela não deveria buscar ele porque não tem nada de bom a acrescentar e na primeira oportunidade ele aceita a missão por ela. Tudo bem que dá pra argumentar que isso já é uma demonstração de que ele tem o coração bom, mas mesmo assim entregaram de bandeja na primeira oportunidade isso. Mas, o que realmente é muito positivo no filme são as mortes inesperadas que não são poucas e de personagens importantes. Realmente são impressionantes.
A direção de James Gunn é afiada e a fotografia excelente, casando bem com a trilha sonora, o que dá pra ver desde a primeira cena. Enfim, dá pra divertir, mas é cheio de problemas.
É cada comentário ridículo nessa página que dá vergonha. Fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas e o que elas esperam ao assistir um filme de terror. Querem tomar sustinho? É o que?
Eu sou apaixonado por animações, mas essa é feia viu. Perdão. Os movimentos dos personagens são muito robóticos, artificiais, nada orgânicos, nada fluídos. Parece aquelas animações 3D da Barbie. Isso me incomodou quase o filme inteiro. O roteiro também é bem bobo muitas vezes, de modo que os personagens literalizam exageradamente seus sentimentos, especialmente quando Azur chega "na arábia" e está sozinho e fica narrando tudo o que está passando e sentindo. A justificativa de que o filme seria infantil não convence. Crianças não são tapadas, muito pelo contrário, elas aprendem e sentem muito menos com palavras e muito mais com expressões faciais, gestos e acontecimentos. Sei que a proposta do filme é tentar fazer um mea-culpa do homem branco europeu, mas a meu ver não deixou de ser eurocêntrico. No final das contas não posso deixar de apontar o machismo no filme em tratar a mulher como um troféu, apesar da personagem da princesa ensaiar um quebra disso. Por fim, assisti a versão dublada e me incomodou bastante a diferença dos timbres de voz dos personagens crianças quando estão falando português (dublagem brasileira) e quando estão falando árabe (dublagem original). Ficou muito discrepante.
Marvel errou a mão dessa vez. Com certeza foi o pior filme do UCM que vi desde Homem-Formiga e Vespa, mas talvez esse seja ainda pior. Muitos personagens (10 nesse caso!) a serem apresentados em um só filme é um problema e todos sabem disso. A Marvel sempre lidou muito bem com isso, apresentado cada personagem bem aos poucos filme após filme e até com cenas pós créditos. Não creio, no entanto, que o problema tenha sido apresentar os personagens, pois acho que conseguiu fazer dignamente. Mas desenvolver as relações entre eles pra mim que foi o problema. São muitas relações pra serem desenvolvidas e mudanças nessas relações, traições, não tinha como comprar tudo aquilo em um único filme, faltou muito desenvolver. Os erros de lógica pra mim também pesaram demais. É ridículo (Ridículo!) ver uma criatura que está na Terra há 7.000 mil anos falar em tom de indignação "já faz semanas que não temos notícia dele!" Oi? Semanas? O que são semanas pra vocês, queridos? Várias incoerências desse tipo durante todo o filme. Ainda sobre a lógica, a balança de poderes entre heróis sempre é uma questão problemática nos filmes da Marvel, mas assumo que nunca me incomodaram. Sendo que nesse filme não deu. Foi muito sem sentido tudo aquilo, quebrou completamente a minha imersão.
Ikaris é colocado como o mais forte de todos incomparevalmente o filme inteiro, o que por si só já me incomodou bastante. Aí no finalzinho do filme a Makkari briga de igual para igual com ele (o que é bem razoável em vista dos poderes dela), depois o Phastos sozinho segura ele o tempo que quer. Claramente os eternos juntos conseguem lidar com ele, apesar de ser colocado que isso era impossível. O Druig não usou seus poderes mentais uma única vez contra nenhum dos eternos, aí do nada querem que ele use contra um Celestial?! Não faz o menor sentido! Aliás, pra que serve o Druig enquanto eterno? Qual a função dele no time? Ele não pode usar os poderes dele nunca. Se a ideia era lotar a Terra de humanos então porque não colocaram o Druig para hipnotizar a todos só para acasalarem atingindo rapidamente o objetivo em poucas décas? E outra, porque o Celestial precisa de vida INTELIGENTE? Qual a explicação pra isso? A inteligência que dá matéria prima pra ele se formar? Não é explicado isso no filme. É muita ponta solta sem sentido nenhum. São só dois exemplos. O filme está abarrotado de erros de lógica dessa natureza.
Ainda sobre seus poderes. Eles são heróis cósmicos, não terrestres e a minha impressão foi a de que seus poderes são extremamente limitados. Acho que os Vingadores dariam uma surra absurda neles. As cenas de ação também me soaram patéticas. O eterno oriental cujo nome esqueci golpeando os deviantes é vergonhoso. Parece que os desviantes levam o rosto até o punho dele pra ele socar. Ele começa a fazer o movimento muito antes de acertar o deviante e o deviante vê ele iniciando o movimento do golpe até chegar no punho dele ficando óbvio de maneira bem artificial que o ator socou o vento e só depois acrescentaram digitalmente o deviante. A movimentação dos eternos em si nas cenas de luta (extremamente humana e limitada), a exemplo da Thena, não casa com a dos desviantes que são ultra ágeis com amplitude de movimentos muito maior. Ficou muito forçado. E olhe que sempre elogio muito as cenas de ação e de luta dos filmes da Marvel. Não foi o caso aqui. Enfim. Bem ruinzinho, mas se você resolver assistir de maneira completamente acrítica até gera alguma diversão. Destaque para o primeiro casal gay da Marvel com direito a beijo gay. Acho válido. Destaque para a 1a heroína andrógino do cinema que ninguém está mencionando, a (ou o) Duente (Sprite).
OBS: me chamou muito a atenção o fato de fazerem uma piada citando literalmente o Superman e outro citando Batman. Buguei. OBS 2: que mulher linda essa Gemma Chan. Estou impressionado. Apaixonante a personagem dela. OBS 3: me chamou a atenção o que creio que tenha sido a primeira cena de sexo em um filme do UCM. Desnecessária inclusive. Nada contra cenas de sexo em filmes, mas nesse não casou com a proposta soando forçado, diferentemente das de Watchmen e 300, por exemplo, que casam perfeitamente com a proposta do filme. Devia ter gastado mais minutos desenvolvendo a relação superficial entre os dois personagens em vez de colocá-los transando.
Que filme maravilhoso! Villeneuve é um Deus vivo! A concepção artística desse filme é algo absurdo. Que os filmes de Villeneuve contam com uma fotografia impecável e uma trilha sonora maravilhosa com o grave bem marcado pra gerar tensão (dessa vez sob autoria de Hans Zimmer), disso já sabíamos. Agora que cenografia e figurinos foram esses? Dos designs das naves à arquitetura dos palácios e das cidades, que imagens magníficas. As roupas um mix cultural. Chamam a atenção sem deixar de lado e ideia de serem funcionais para aquela realidade. As cenas de ação, de luta com faca me chamaram igualmente atenção. Muito criativas, um estilo que nunca havia visto. O elenco, sem comentários. Só deuses. Tudo nesse filme é incrivelmente autoral. Mas não tem como não lembrar de Star Wars assistindo-o. Curioso, pois soube que em verdade o livro Duna foi quem inspirou George Lucas. Os pontos fracos são o roteiro bem previsível
a ponto de os próprios personagens dizerem o que vai acontecer e realmente acontecer do jeito que disseram à exceção do momento que ia acontecer e como (a traição inesperada).
e o final que não é realmente um fim, apesar de que nada disso atrapalhou minimamente minha experiência, de modo que nem colocaria como algo negativo, apenas não estão à altura do filme. Ansioso pela sequência.
Esse roteiro é criminoso. Mais furado do que tudo. Dá vergonha. Totalmente sem pé nem cabeça. A voz da dragão na dublagem brasileira é insuportável, assim como a personagem é completamente despida de carisma. Tentaram fazer uma mistura de Pantera Negra com Mad Max e num chegaram perto nem do rascunho. A animação em si, a cenografia e a fotografia são as únicas coisas que salvam. Os efeitos dos fios de cabelo ao vento estão perfeitos. Enfim, O pior filme da Disney dos ultimos anos sem dúvidas.
O ritmo do roteiro é extremamente arrastado é entediante, chegando a existir cenas toscas como momentos de risada do grupo em que foca em cada um dos personagens rindo um atrás do outro (já tínhamos entendido que eles estavam rindo, não precisava mostrar a risada de um por um). Tem muita cena super alongada que poderia ter sido cortada pela metade que não prejudicaria em nada o filme, pelo contrário, ajudaria. Nos filmes de Leone a demora das cenas provocam tensão crescente, nesse filme geram tédio e sono crescentes. As cenas de ação são altamente confusas, a montagem me pareceu destrambelhada, especialmente a 1a cena do tiroteiro na cidade. Quem reclama das cenas de ação dos filmes do Nolan precisa assistir esse filme. Os figurantes são patéticos, vários perdidos, com péssima atuação ou mau coreografados. Me lembrei das cenas de ação de Os Sete Samurais e de Vá e Veja, o que me fez sentir pena das desse filme. Todavia, gostei bastante da cena da perseguição no trem. Mas o que dizer daquele sangue cenográfico? Eu sei que tem coisas que devemos relevar pela época do filme, mas não consegui deixar de achar tosco todo aquele sangue fake. O machismo borbulha no filme, como é de costume nos filmes do gênero. As mulheres são todas mostradas como vagabundas, interesseiras, acéfalas ou só desimportantes mesmo. É interessante ver como vários elementos clássicos faroeste estão presentes no filme. Agora quanto ao final,
eles realmente não fugiram e preferiram voltar pra casa do general porque não tinham água? Sério roteirista? Não tinha nenhuma desculpa pior não? E novamente outra cena de ação altamente confusa no ato final, toda picotada. Mas o fechamento com a morte de "todos" do bando achei bem digna. Também gostei do encontro e reconciliação de Deke com Sykes no final, mas entendi como um furo de roteiro Sykes não ter visto ou querido saber da morte dos seus companheiros. Ele só chega na porta do local e volta como se não tivesse sofrido 1s pelo ocorrido. O filme simplesmente ignora, passa por cima disso.
O destaque do filme está sem dúvidas (1) nas atuações, em destaque a do ator que faz o protagonista com diversos maneirismos de pessoa com retardo mental, expressando uma variedade de emoções de uma pessoa nessa condição de forma bastante convincente, mas também da pequena atriz que faz a filha do protagonista, com grandes olhos bastante expressivos, e ainda destaco a do ator que fez o capitão Faruk; e (2) das temáticas abordadas que são diversas, desde a discriminação e bullying sofridas por pessoa com deficiência, especificamente a mental, à opressão estatal sobre o cidadão, aqui, diferentemente do que muitos entenderam, não representada pela polícia, mas sim pelas Forças Armadas (há uma diferença crucial) de um Estado militarizado, ditatorial, vivido pela Turquia desde 12 de setembro de 1980 (o filme se passa em 1984), além de muitos outros temas. Mas a temática que mais me chamou a atenção por ser a menos óbvia, mas, a meu ver, a mais destacada pelo filme, apesar de não ter visto ser comentada por ninguém aqui, é a paternidade responsável. Todo o filme gira em torno da importância da paternidade. Um pai com doença mental, que é motivo de chacota na sociedade, cuida melhor de sua filha, é mais presente e afetivo que os demais pais
, o que acaba sensibilizando os demais companheiros de cela de Memo. Além disso, temos a redenção do personagem Yussuf que se sacrafica por Memo 1º por ter matado sua filha e 2º para "devolver" Memo a sua filha que estava sem nenhum familiar para cuidar dela naquele momento. Temos o destaque à questão da paternidade inclusive no vilão do filme, tendo a morte de sua filha como razão de sua vingança a Memo. Aqui o filme curiosamente enaltece a paternidade inclusive do vilão, que demonstra atenção por sua filha desde a 1ª cena em que aparece, bem como sofre intensamente com a morte dela, buscando castigar o suposto algoz de sua filha e sua vingança chegando a o cegar.
Também vale destaque mencionar que é sempre positivo que caia na graça do público um filme de produção de um país cujo cinema é totalmente desconhecido do grande público, como é o cinema turco. Esse foi pessoalmente o 1º filme turco que vi, e, considerando a parca filmografia do país, merece sim a obra bastante crédito só por isso, nos aproximando um pouco mais da cultura e história daquele país. Agora, quanto aos pontos negativos do filme: temos o roteiro com inúmeras conveniências narrativas
(a exemplo do preso que convenientemente é mandado para matar exatamente o preso mais influente da cela que consegue tudo, convenientemente ele está acordado no meio da madrugada e vê sua vítima ir para um lugar sozinho no meio da madrugada, convenientemente Memo também acorda no meio da madrugada, convenientemente segue os dois e convenientemente defende o preso de ser morto de outro em vez de o próprio preso se defender)
, faltas de lógica (em que mundo um preso grita e puxa o braço do diretor de uma penitenciária na frente de outros presos e de funcionários da penitenciária e o diretor permite isso?
Em que mundo o diretor de uma penitenciária promove uma investigação - o que não é atribuição sua - em favor de um preso e essa investigação correria toda à revelia do militar de alto escalão que só saberia do resultado dela ao final depois inúmeras pessoas também saberem do que ocorreu)
e furos (a exemplo do final totalmente inverossímil,
acreditar que a família da menina não irá permitir a execução do réu sem estar em sua presença, além de não verificar o corpo do enforcado? Se o militar queria que sua morte servisse de exemplo? É de se acreditar que fosse ser amplamente noticiada e talvez até mesmo televisionada a execução. Isso fora várias outras inconsistências nesse plano final de substituição e fuga. Tudo isso pra conseguir um final feliz de forma totalmente forçada.
(a menina tem uma conversa com a avó sobre se ela irá morrer e deixar a criança sozinha e 20min de filme depois a avó morre, e em vários outros momentos do filme ele "canta uma bola" pra colher poucos minutos depois, tornando o filme óbvio)
, além de voltado ao fim exclusivo de "arrancar lágrimas" do espectador, sendo que neste ponto é acompanhado pela direção (longos planos de personagens chorando, se abraçando), fotografia (close-ups em personagens chorando com filtro "angelical") e trilha sonora (uso constante de trilha sonora sentimentalista, com uso de violino). Esse último ponto torna o filme artificial, cansativo, é muita cena por cima de cena com injustiça ou desgraça querendo fazer o espectador chorar a cada segundo. Felizmente essa não foi a percepção da grande maioria do público, que conseguiu se envolver com a história, apesar dos excessos dramáticos constantes, a ponto de fazer vista grossa às inúmeras falhas e "forçações" escatológicas do roteiro. Outro ponto negativo é que, em plena Turquia, em pleno oriente médio, nos deparamos com um elenco de pessoas árabes, mas cujos protagonistas (Memo e Ova) têm feições europeias, loiros de olhos e pele claras. Se estou vendo um filme turco, com cultura turca, quero ver personagens turcos, árabes, e não apenas no papel de coadjuvantes e vilões. Tudo isso tem um forte poder visual simbólico no público. Já basta Hollywood colocando árabes, negros, indianos, latinos etc. pra fazer papel de vilões e coadjuvantes em suas superproduções. Ainda temos que ver filmes turcos fazendo isso. Pelo menos todo o elenco branco (acrescentando a avó e Ova adulta) são de origem turca, apesar das feições nada árabes. Milagre na Cela 7 é um filme turco com ótimas atuações e que trata de temas da maior relevância e que parecem independer do contexto cultural (ocidente ou oriente, há 50 anos ou na atualidade), mas que peca ao forçar dramatizações exageradas e ilogicidades na trama para agradar ao público.
Que filme! O roteiro, baseado na obra de Dias Gomes e também assinado por este, já é incrível por si só, mostrando personagens icônicos, como o sertanejo ingênuo e devoto, o padre autoritário e julgador, o "playboy" da cidade galanteador e picareta, o jornalista que quer uma boa notícia a qualquer custo, dentre outros. Mas a direção consegue explorar com maestria, tanto a escadaria da Igreja de Santa Bárbara no Pelourinho, não deixando a limitação da locação tornar o filme monótono, quanto as diversas faces do Brasil e da Bahia, nos rostos negros em close-up, nos planos-detalhe dos berimbaus, nos planos "aéreos" mostrando as rodas de capoeira, a procissão, as baianas etc. Todavia, a meu ver, o que torna essa obra especial é a trama em torno da dicotomia entre cristianismo e "paganismo". Algo tão específico da história do Brasil que só o Brasil poderia produzir, a discriminação e demonização das religiões de matriz africana e o sincretismo religioso. Mas algumas coisas me incomodaram, como os momentos antes do ato final, em que achei que o ritmo se perde, ficando um pouco enfadonho, enquanto Rosa tenta encontrar o Bonitão; também achei muito maniqueísta a forma como Bonitão e Marly são mostrados na última cena em que aparecem ("Olha só como eles são maus fazendo tanta maldade gratuitamente e depois rindo malvadamente!"); também achei descartável o personagem de Antônio Pitanga, apesar de entender a importância de um personagem negro e capoeirista, que dessem mais relevância a ele no roteiro ou que o tirassem. E, por último, o que dizer desse final?! Belíssimo!
Já vi vários filmes excelentes sobre manicômio. Esse foi o 1o que vi num manicômio feminino. Acho que faltou explorar mais as especificidades disso e dar um enfoque do machismo na psiquiatria. Me deu a impressão que podia perfeitamente ser um filme com personagens masculinos, de modo geral, sendo que tinha E tem muito o que explorar de discriminação psiquiátrica contra mulheres. Quanto ao final
achei bem piegas dando lição de moral e fazendo fala reflexiva com música sentimentalista ao fundo. Fora que em dado ponto do filme tive certeza que a personagem da Angelina Jolie era um alter ego da personagem principal e acho que o roteiro pecou em não perceber o potencial disso que hoje pode parecer clichê, mas na época não era (o filme é do mesmo ano de Clube da Luta que eternizou esse plot twist no cinema).
As atuações da Angelina Jolie e da Wainona Rider estão impecáveis, mas a 1a pra mim rouba completamente a cena. Mas além delas o elenco está todo afiado.
Uma enorme decepção! Sei que o ideal é ir ao cinema sem expectativas, disposto a apreciar ao filme na medida a que ele se propõe. Mas considerando que já existe uma animação clássica da Disney de mesmo título e que a própria Disney quis fazer um remake em live action, acho justificável que eu crie e alimente a expectativa de que a Disney está fazendo isso para me proporcionar uma nova experiência, uma experiência melhor que a anterior ou no mínimo uma experiência equivalente à anterior. Acrescento o fato de Guy Ritchie ser o diretor do filme. Diretor de filmes excepcionais. Aí você se depara com um filme que não possui minimamente a marca do diretor. Sua direção está irreconhecível. Cadê a montagem frenética/camêra lenta acompanhada de narração? Não esperava violência explícita, por óbvio, que é outra marca do diretor. Mas nunca diria que este filme é assinado por ele, se fosse chutar diria que era do Kenny Ortega (High School Musical). Pra mim foi um filme que subtraiu elementos da animação original sem acrescentar algo à altura. Se eu fosse elencar aqui a quantidade de elementos que foram retirados ou realocados de modo a perder o impacto ou o sentido da animação original, teria que fazer dezenas de parágrafos. Só assistindo a esse filme me dei conta de que um dos elementos centrais da animção foi a grandiosidade dos ambientes, seja da caverna do tesouro, dos ambientes palácio do sultão ou mesmo de Agrabah. Nada disso está neste filme. Pelo contrário, parece que estamos num parque da Disney. A opção por cenários reais em vez de tela verde com CGI neste filme considero um tremendo desacerto. As sátiras a personalidades do mundo atual também é outro elemento central da animação que não está no filme. Até se justifica por Robin Williams era experto em imitações e o Will Smith pelo visto não. Mas Will Smith não precisava imitar ninguém, o mero fato de mencionar ou o filme mostrar essas personalidades já seria suficiente. A Disney é detentora de metade dos direitos autorais do entretenimento infantil e ainda assim não usaram marvel, star wars nem nada. Imagina uma piada usando o Thanos, quão genial seria se bem empregada. As cenas de "Um Mundo Ideal" são patéticas de pobres. Na animação eles rodavam o mundo e cada fala da música era acompanhada de uma cena imagética que a representava ou complementava. Neste filme rola um passeio pela cidade com um chroma key tosco e o tapete mal animado (se é que aquilo era animação). Pontos positivos do filme: cena da dança do Aladdin muito engraçada, música solo da Jasmin, atuação da atriz que fez a Jasmin, adição da personagem da "amiga"/ajudante, enfim, da Jasmin.
Sabe aquele filme cheio de clichês mal encaixados, cheio de coisas sem sentido ou forçadas pra própria realidade que o filme constrói? Esse é mais um deles. A discrepância das atuações dos atores que fazem o protagonista quando jovem e quando adulto faz parecer que são pessoas diferentes, não a mesma pessoa em idades distintas. Não que algum dos atores seja muito ruim ou um muito pior que o outro, mas fazem papéis distintos mesmo: um é um adulto bobalhão empolgado e feliz e outro é um adolescente introspectivo e revoltado. Zero sintonia. Gostei do filme já começar com a parte mágica de cara, sem arrodeios, o que é um fator que o distingue dos demais filmes de super-heróis, bem como com o fato de o filme começar pela história do antagonista. Fora isso, filme muito fraco.
Um dos roteiros mais mal feitos e uma das piores junções de clichês de forma mal empregada que já vi no cinema. Apesar disso, é divertidinho, as cenas de ação são bacanas, os efeitos visuais são bons. Mas só. Reforça a lição: nunca assista um filme só pelo elenco!
Que filme! Já começa frenético! Seguido de uma fotografia estonteante que se mantém assim até o final. A trilha sonora também acompanha esse alto nível. E que história! Tinha que ser contada num filme! Muito Brasil!
"Menino do sertão que não se encaixa no estilo de vida rural, vai pra "cidade grande" pra "tentar a vida", é levado pro mundo da pistolagem pelo próprio tio, policial militar, mas que nunca trabalhou como policial militar, mas sim como "matador de aluguel". Enriquece matando pessoas a custo alto, a pedido de ricos e até de políticos e empobrece ao tentar mudar de ofício. Cena icônica ele matando um militante do MST, na frente do filho do sem terra, a pedido do prefeito porque estava "criando confusão" na cidade. Executou 492 pessoas em poucas décadas por todao o Brasil. Nunca foi julgado ou condenado na vida.
Minha única crítica é ao elenco que, apesar de afiadíssimo, é todo composto pelo sul-sudeste do país, sendo que os personagens são quase todos do nordeste, do sertão do Maranhão mais exatamente, "terra de ninguém". O ator principal, paulista, apesar do esforço, é o que mais destoa fisicamente e em termos de sotaque do elenco local. A atriz principal curitibana e o ator que faz seu tio, carioca, não destoam tanto, mas fica a dúvida: será que não existem atores/atrizes do nordeste competentes pra fazer esses papéis? Claro que existem.
Algumas curiosidades sobre a vida de Júlio Santana que destoam do que é passado no filme:
"O primeiro crime como profissional ocorreu em 27 de julho de 1972. Pelo assassinato, recebeu 300 cruzeiros. 'Ganhar 300 cruzeiros por um dia de trabalho era algo que ele jamais imaginara ser possível. Além disso, havia gostado da emoção que sentira ao matar Caetano.' Ele 'queria ganhar mais dinheiro'." "O filho mais velho de Júlio morreu aos 19 anos, num acidente de motocicleta. 'Júlio acredita que a morte do seu primogênito foi um castigo de Deus por todas as desgraças que fez na vida'."
Fonte: www . olhardireto . com . br/conceito/noticias/exibir.asp?id=15205¬icia=historia-de-matador-que-executou-492-pessoas-vira-filme-dois-aconteceram-em-mt-trailer E falta um importante registro no filme: "Neste último tópico do caderno constam os nomes de José Genoino, ex-deputado federal, e da estudante secundarista Maria Lúcia Petit. Ele levou um tiro no braço. Ela foi morta. Ambos participavam da guerrilha do Araguaia, movimento organizado pelo Partido Comunista do Brasil contra a ditadura militar com o objetivo de criar um núcleo de guerrilha rural em 1972. Júlio, na época, tinha apenas 17 anos e se envolveu na história porque conhecia bem as matas onde os guerrilheiros estavam embrenhados." Fonte: aventurasnahistoria. uol . com . br/noticias/acervo/julio-santana-matador-araguaia-435045.phtml
Muito feliz de ver um filme brasileiro de tão alto nível este ano. Tive que atravessar a cidade pra assistir no único cinema em que estava passando, mas sai satisfeitíssimo.
Medida Provisória
3.6 432Infelizmente o filme é muito muito muito ruim. É impressionante o quanto esse filme desafia a inteligência do espectador. Pouca coisa nesse filme faz algum sentido ou não é absurdamente forçada. Parece que escreveram o roteiro em uma tarde e sob efeito de álcool.
Sou um grande entusiasta do cinema nacional e fã do Lázaro Ramos (enquanto ator), então pra mim assistir esse filme foi assustadoramente decepcionante. Acho que estava bem empolgado depois de ver a estreia de Wagner Moura (conterrâneo de Lázaro) como diretor e esperava algo tão bom quanto Marighella. Sem sombra de dúvidas foi um dos piores filmes que assisti nos últimos anos.
A premissa é muito interessante, os primeiros minutos de filme cumprem bem o papel de empolgar e instigar a curiosidade do espectador para o desenrolar do filme, mas o desenrolar e o final são toscos, com uma cena sem sentido após a outra, fora a forma altamente literal com que o filme expõe suas ideias, se mostrando infantil, bobão.
Infelizmente não dá pra relevar falhas absurdas e estruturais do filme apenas por concordar ideologicamente com ele. E até quando o assunto é antirracismo o filme também é problemático ao sugerir em uma das cenas finais algo no sentido de que negros (no geral, à exceção de um personagem) seriam tão "racistas" quanto brancos (cena que mostra um personagem branco sendo morto ao mesmo tempo em que um personagem negro também é).
Além disso o filme É cheio de momentos com discursos que deveriam ser inspirado(re)s e instigantes, mas são tão vazios de conteúdo quanto a obra como um todo.
Outro ponto negativo que me chamou a atenção foi a edição de som. Em vários momentos o filme sugeria um barulho de murmurinho que mais parecia vozes na cabeça do protagonista. Nossa, é tanto ponto negativo que é difícil de enumerar aqui.
O máximo que salva é um ou outro momento com a fotografia mais bonita ou movimentos de câmera e direção mais elaborados.
Pra mim a expressão que resume esse filme é "vergonha alheia" e não tenho qualquer satisfação em dizer isso, muito pelo contrário.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraDá pra sentir o carinho com que esse filme foi feito. Pra mim foi bastante sensível e tocante. Consegui me transportar para aquele e para dentro da aquela família, sentineo seus anseios e apreensões o que justifica eu chamar o filme de intimista e imersivo.
O fato de ser preto é branco, semi-autobiográfico e retratar a infância do biografado me remeteu imediatamente a "Roma" de Cuaron, mas não me fez perder o beijo no olhar pelo filme nem comparar, ao menos de imediato, as duas obras. Acertada a escolha do p&b a meu ver, linda a fotografia.
Gostei de todas as atuações, com destaque para a criança, mas achei todos muito afiados.
A mensagem de não-violência e crítica ao fundamentalismo religioso é sempre muito bem vinda para mim, ainda mais quando vista pelo olhar simples e inocente de uma crianca, ou pelo menos é a forma como entendi ser retratada no filme. E ainda mais em se tratando de uma religião vista por nós ocidentais como pacifista, sensata/moderada e até elevada/superior a outras, o cristianismo. Que de pacifista não tem praticamente nada.
Gostei de conhecer um pouco mais da cultura irlandesa, não tão conhecida quanto a americana e inglesa (para falar de alguns dos paises que falam a língua mais falada do mundo) pelo olhar de alguém de lá.
Único ponto negativo que achei foi a cena quase de super herói. Gostei da tensão, mas o desfecho, além de confuso, achei bastante mentiroso e que não casa com a proposta do filme.
*Por fim, nem queria dedicar muitas linhas a isso, mas é muito decepcionante ler diversos comentários aqui no filmow que parece de gente acostumada demais com filmes da Marvel (nada contra, inclusive eu amo) ou que o máximo de filme "não-comercial" que assiste é Tarantino (também nada contra, sou fã). "Esperava mais" dá vontade de dizer "Problema seu, querido!" O que cada um ESPERA do filme é problema totalmente seu, bem como a frustração vinda disso. Todo filme tem que ter tiro, porrada e bomba agora, é? Ou ESPERAVAM o que? Casamento no final a la novela da Globo? Cresçam!
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraFácil o melhor filme do Batman de todos os tempos.
Mães Paralelas
3.7 411Um filme delicado, tocante, apesar de simples, pra mim foi muito emocionante, fui da angústia à ternura. Pra mim as grandes obras de cinema já há alguns anos vem tentando retratar isso, ao mesmo tempo um tema individual e intimista e de outro Uma (ou mais) questão social, histórica. É o que esse filme faz e, apesar de parecerem desconectadas, um olhar mais apurado consegue perceber como elas se complementam: o elo entre as gerações, por vezes marcado pelo amor, pela violência ou pela negligência.
Me parece que boa parte das pessoas, ao menos as que comentaram aqui, foram ver o filme cheias de expectativas, seja de ver um "filme Almodóvar", seja de ver algo mais comercialmente impactante. Bem, isso é problema totalmente delas. Filme nenhum tem que atender expectativa de ninguém. Guardem suas expectativas pra vocês. Teve até gente aqui dizendo como uma mãe reagiria diante de tal situação, como se maternidade fosse algo preestabelecido e uno, como se mães não fossem pessoas dentro da infinidade da variedade delas.
As pessoas deveriam avaliar uma obra de acordo com o que ela se propõe e a meu ver essa é uma obra completa e satisfatória dentro de sua proposta, simples, mas tocante.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraAchei o filme bem pretenciosinho. Os personagens são mostrados pelo filme como sendo fodões, mas só de forma verbal, n por meio de ações. Quando é por meio de ações é um negócio bem adolescente: "nossa, ele faz isso, como ele é fodão". O mesmo achei da comédia. Forçada muitas vezes. A cena deles no avião no início do filme pra mim resume bem essas duas coisas. Além disso, cenas de ação bem clichezonas, nada criativas, mais do mesmo. Fora que é cheio de inúmeras contradições.
O tal do pensador diz que é o único que pode controlar o Starro e o filme não mostra ele fazendo isso uma única vez. E na chance de ele fazer, não faz.
A personagem da Viola Davis diz que irão precisar do tubarão pra entrar no Jotunheilm e não mostra em nenhum momento ele sendo imprescindível pra isso.
A personagem da Alice Braga aceita lutar com o esquadrão contra o milico lá porque ele teria matado a família dela. E o esquadrão acabou de matar todos os colegas dela e ela fica de boa com isso? Sério? A piada foi até muito boa, mas bizarra de engolir na lógica do filme.
Os caras são presos e escapam destruindo um blindado do país lá e ninguém vai atrás deles? Eles estavam com o Pensador e ele entra em Jotunheilm tendo sido sequestado no dia anterior sem ninguém estar nem aí ao ver ele entrando?
E aquele lance de a chuva dar cobertura para eles? Que chuva é essa? Chuva de lâmpadas? Aí no meio daquele clarão tosco causado pela chuva, o sanguinário acerta um dardo no sopro no olho do soldado enquanto que os soldados nem viam eles chegando? É muita coisa furada, sem sentido.
O Sanguinário trata a filha como um lixo e diz que ela não deveria buscar ele porque não tem nada de bom a acrescentar e na primeira oportunidade ele aceita a missão por ela. Tudo bem que dá pra argumentar que isso já é uma demonstração de que ele tem o coração bom, mas mesmo assim entregaram de bandeja na primeira oportunidade isso.
Mas, o que realmente é muito positivo no filme são as mortes inesperadas que não são poucas e de personagens importantes. Realmente são impressionantes.
A direção de James Gunn é afiada e a fotografia excelente, casando bem com a trilha sonora, o que dá pra ver desde a primeira cena.
Enfim, dá pra divertir, mas é cheio de problemas.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraÉ cada comentário ridículo nessa página que dá vergonha. Fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas e o que elas esperam ao assistir um filme de terror. Querem tomar sustinho? É o que?
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraEu acho que esse foi o filme mais aterrorizante que vi em toda a minha vida.
As Aventuras de Azur e Asmar
4.0 31Eu sou apaixonado por animações, mas essa é feia viu. Perdão. Os movimentos dos personagens são muito robóticos, artificiais, nada orgânicos, nada fluídos. Parece aquelas animações 3D da Barbie. Isso me incomodou quase o filme inteiro.
O roteiro também é bem bobo muitas vezes, de modo que os personagens literalizam exageradamente seus sentimentos, especialmente quando Azur chega "na arábia" e está sozinho e fica narrando tudo o que está passando e sentindo. A justificativa de que o filme seria infantil não convence. Crianças não são tapadas, muito pelo contrário, elas aprendem e sentem muito menos com palavras e muito mais com expressões faciais, gestos e acontecimentos.
Sei que a proposta do filme é tentar fazer um mea-culpa do homem branco europeu, mas a meu ver não deixou de ser eurocêntrico.
No final das contas não posso deixar de apontar o machismo no filme em tratar a mulher como um troféu, apesar da personagem da princesa ensaiar um quebra disso.
Por fim, assisti a versão dublada e me incomodou bastante a diferença dos timbres de voz dos personagens crianças quando estão falando português (dublagem brasileira) e quando estão falando árabe (dublagem original). Ficou muito discrepante.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraMarvel errou a mão dessa vez. Com certeza foi o pior filme do UCM que vi desde Homem-Formiga e Vespa, mas talvez esse seja ainda pior.
Muitos personagens (10 nesse caso!) a serem apresentados em um só filme é um problema e todos sabem disso. A Marvel sempre lidou muito bem com isso, apresentado cada personagem bem aos poucos filme após filme e até com cenas pós créditos. Não creio, no entanto, que o problema tenha sido apresentar os personagens, pois acho que conseguiu fazer dignamente. Mas desenvolver as relações entre eles pra mim que foi o problema. São muitas relações pra serem desenvolvidas e mudanças nessas relações, traições, não tinha como comprar tudo aquilo em um único filme, faltou muito desenvolver.
Os erros de lógica pra mim também pesaram demais. É ridículo (Ridículo!) ver uma criatura que está na Terra há 7.000 mil anos falar em tom de indignação "já faz semanas que não temos notícia dele!" Oi? Semanas? O que são semanas pra vocês, queridos? Várias incoerências desse tipo durante todo o filme.
Ainda sobre a lógica, a balança de poderes entre heróis sempre é uma questão problemática nos filmes da Marvel, mas assumo que nunca me incomodaram. Sendo que nesse filme não deu. Foi muito sem sentido tudo aquilo, quebrou completamente a minha imersão.
Ikaris é colocado como o mais forte de todos incomparevalmente o filme inteiro, o que por si só já me incomodou bastante. Aí no finalzinho do filme a Makkari briga de igual para igual com ele (o que é bem razoável em vista dos poderes dela), depois o Phastos sozinho segura ele o tempo que quer. Claramente os eternos juntos conseguem lidar com ele, apesar de ser colocado que isso era impossível.
O Druig não usou seus poderes mentais uma única vez contra nenhum dos eternos, aí do nada querem que ele use contra um Celestial?! Não faz o menor sentido! Aliás, pra que serve o Druig enquanto eterno? Qual a função dele no time? Ele não pode usar os poderes dele nunca. Se a ideia era lotar a Terra de humanos então porque não colocaram o Druig para hipnotizar a todos só para acasalarem atingindo rapidamente o objetivo em poucas décas? E outra, porque o Celestial precisa de vida INTELIGENTE? Qual a explicação pra isso? A inteligência que dá matéria prima pra ele se formar? Não é explicado isso no filme. É muita ponta solta sem sentido nenhum.
São só dois exemplos. O filme está abarrotado de erros de lógica dessa natureza.
Ainda sobre seus poderes. Eles são heróis cósmicos, não terrestres e a minha impressão foi a de que seus poderes são extremamente limitados. Acho que os Vingadores dariam uma surra absurda neles.
As cenas de ação também me soaram patéticas. O eterno oriental cujo nome esqueci golpeando os deviantes é vergonhoso. Parece que os desviantes levam o rosto até o punho dele pra ele socar. Ele começa a fazer o movimento muito antes de acertar o deviante e o deviante vê ele iniciando o movimento do golpe até chegar no punho dele ficando óbvio de maneira bem artificial que o ator socou o vento e só depois acrescentaram digitalmente o deviante. A movimentação dos eternos em si nas cenas de luta (extremamente humana e limitada), a exemplo da Thena, não casa com a dos desviantes que são ultra ágeis com amplitude de movimentos muito maior. Ficou muito forçado. E olhe que sempre elogio muito as cenas de ação e de luta dos filmes da Marvel. Não foi o caso aqui.
Enfim. Bem ruinzinho, mas se você resolver assistir de maneira completamente acrítica até gera alguma diversão.
Destaque para o primeiro casal gay da Marvel com direito a beijo gay. Acho válido. Destaque para a 1a heroína andrógino do cinema que ninguém está mencionando, a (ou o) Duente (Sprite).
OBS: me chamou muito a atenção o fato de fazerem uma piada citando literalmente o Superman e outro citando Batman. Buguei.
OBS 2: que mulher linda essa Gemma Chan. Estou impressionado. Apaixonante a personagem dela.
OBS 3: me chamou a atenção o que creio que tenha sido a primeira cena de sexo em um filme do UCM. Desnecessária inclusive. Nada contra cenas de sexo em filmes, mas nesse não casou com a proposta soando forçado, diferentemente das de Watchmen e 300, por exemplo, que casam perfeitamente com a proposta do filme. Devia ter gastado mais minutos desenvolvendo a relação superficial entre os dois personagens em vez de colocá-los transando.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraQue filme maravilhoso! Villeneuve é um Deus vivo!
A concepção artística desse filme é algo absurdo. Que os filmes de Villeneuve contam com uma fotografia impecável e uma trilha sonora maravilhosa com o grave bem marcado pra gerar tensão (dessa vez sob autoria de Hans Zimmer), disso já sabíamos.
Agora que cenografia e figurinos foram esses? Dos designs das naves à arquitetura dos palácios e das cidades, que imagens magníficas. As roupas um mix cultural. Chamam a atenção sem deixar de lado e ideia de serem funcionais para aquela realidade.
As cenas de ação, de luta com faca me chamaram igualmente atenção. Muito criativas, um estilo que nunca havia visto.
O elenco, sem comentários. Só deuses.
Tudo nesse filme é incrivelmente autoral. Mas não tem como não lembrar de Star Wars assistindo-o. Curioso, pois soube que em verdade o livro Duna foi quem inspirou George Lucas.
Os pontos fracos são o roteiro bem previsível
a ponto de os próprios personagens dizerem o que vai acontecer e realmente acontecer do jeito que disseram à exceção do momento que ia acontecer e como (a traição inesperada).
Ansioso pela sequência.
Raya e o Último Dragão
4.0 646 Assista AgoraEsse roteiro é criminoso. Mais furado do que tudo. Dá vergonha. Totalmente sem pé nem cabeça. A voz da dragão na dublagem brasileira é insuportável, assim como a personagem é completamente despida de carisma. Tentaram fazer uma mistura de Pantera Negra com Mad Max e num chegaram perto nem do rascunho. A animação em si, a cenografia e a fotografia são as únicas coisas que salvam. Os efeitos dos fios de cabelo ao vento estão perfeitos. Enfim, O pior filme da Disney dos ultimos anos sem dúvidas.
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraO ritmo do roteiro é extremamente arrastado é entediante, chegando a existir cenas toscas como momentos de risada do grupo em que foca em cada um dos personagens rindo um atrás do outro (já tínhamos entendido que eles estavam rindo, não precisava mostrar a risada de um por um). Tem muita cena super alongada que poderia ter sido cortada pela metade que não prejudicaria em nada o filme, pelo contrário, ajudaria. Nos filmes de Leone a demora das cenas provocam tensão crescente, nesse filme geram tédio e sono crescentes.
As cenas de ação são altamente confusas, a montagem me pareceu destrambelhada, especialmente a 1a cena do tiroteiro na cidade. Quem reclama das cenas de ação dos filmes do Nolan precisa assistir esse filme. Os figurantes são patéticos, vários perdidos, com péssima atuação ou mau coreografados. Me lembrei das cenas de ação de Os Sete Samurais e de Vá e Veja, o que me fez sentir pena das desse filme.
Todavia, gostei bastante da cena da perseguição no trem. Mas o que dizer daquele sangue cenográfico? Eu sei que tem coisas que devemos relevar pela época do filme, mas não consegui deixar de achar tosco todo aquele sangue fake.
O machismo borbulha no filme, como é de costume nos filmes do gênero. As mulheres são todas mostradas como vagabundas, interesseiras, acéfalas ou só desimportantes mesmo.
É interessante ver como vários elementos clássicos faroeste estão presentes no filme.
Agora quanto ao final,
eles realmente não fugiram e preferiram voltar pra casa do general porque não tinham água? Sério roteirista? Não tinha nenhuma desculpa pior não?
E novamente outra cena de ação altamente confusa no ato final, toda picotada. Mas o fechamento com a morte de "todos" do bando achei bem digna. Também gostei do encontro e reconciliação de Deke com Sykes no final, mas entendi como um furo de roteiro Sykes não ter visto ou querido saber da morte dos seus companheiros. Ele só chega na porta do local e volta como se não tivesse sofrido 1s pelo ocorrido. O filme simplesmente ignora, passa por cima disso.
Milagre na Cela 7
4.1 1,2K Assista AgoraO destaque do filme está sem dúvidas (1) nas atuações, em destaque a do ator que faz o protagonista com diversos maneirismos de pessoa com retardo mental, expressando uma variedade de emoções de uma pessoa nessa condição de forma bastante convincente, mas também da pequena atriz que faz a filha do protagonista, com grandes olhos bastante expressivos, e ainda destaco a do ator que fez o capitão Faruk; e (2) das temáticas abordadas que são diversas, desde a discriminação e bullying sofridas por pessoa com deficiência, especificamente a mental, à opressão estatal sobre o cidadão, aqui, diferentemente do que muitos entenderam, não representada pela polícia, mas sim pelas Forças Armadas (há uma diferença crucial) de um Estado militarizado, ditatorial, vivido pela Turquia desde 12 de setembro de 1980 (o filme se passa em 1984), além de muitos outros temas.
Mas a temática que mais me chamou a atenção por ser a menos óbvia, mas, a meu ver, a mais destacada pelo filme, apesar de não ter visto ser comentada por ninguém aqui, é a paternidade responsável. Todo o filme gira em torno da importância da paternidade. Um pai com doença mental, que é motivo de chacota na sociedade, cuida melhor de sua filha, é mais presente e afetivo que os demais pais
, o que acaba sensibilizando os demais companheiros de cela de Memo. Além disso, temos a redenção do personagem Yussuf que se sacrafica por Memo 1º por ter matado sua filha e 2º para "devolver" Memo a sua filha que estava sem nenhum familiar para cuidar dela naquele momento. Temos o destaque à questão da paternidade inclusive no vilão do filme, tendo a morte de sua filha como razão de sua vingança a Memo. Aqui o filme curiosamente enaltece a paternidade inclusive do vilão, que demonstra atenção por sua filha desde a 1ª cena em que aparece, bem como sofre intensamente com a morte dela, buscando castigar o suposto algoz de sua filha e sua vingança chegando a o cegar.
Também vale destaque mencionar que é sempre positivo que caia na graça do público um filme de produção de um país cujo cinema é totalmente desconhecido do grande público, como é o cinema turco. Esse foi pessoalmente o 1º filme turco que vi, e, considerando a parca filmografia do país, merece sim a obra bastante crédito só por isso, nos aproximando um pouco mais da cultura e história daquele país.
Agora, quanto aos pontos negativos do filme: temos o roteiro com inúmeras conveniências narrativas
(a exemplo do preso que convenientemente é mandado para matar exatamente o preso mais influente da cela que consegue tudo, convenientemente ele está acordado no meio da madrugada e vê sua vítima ir para um lugar sozinho no meio da madrugada, convenientemente Memo também acorda no meio da madrugada, convenientemente segue os dois e convenientemente defende o preso de ser morto de outro em vez de o próprio preso se defender)
Em que mundo o diretor de uma penitenciária promove uma investigação - o que não é atribuição sua - em favor de um preso e essa investigação correria toda à revelia do militar de alto escalão que só saberia do resultado dela ao final depois inúmeras pessoas também saberem do que ocorreu)
acreditar que a família da menina não irá permitir a execução do réu sem estar em sua presença, além de não verificar o corpo do enforcado? Se o militar queria que sua morte servisse de exemplo? É de se acreditar que fosse ser amplamente noticiada e talvez até mesmo televisionada a execução. Isso fora várias outras inconsistências nesse plano final de substituição e fuga. Tudo isso pra conseguir um final feliz de forma totalmente forçada.
(a menina tem uma conversa com a avó sobre se ela irá morrer e deixar a criança sozinha e 20min de filme depois a avó morre, e em vários outros momentos do filme ele "canta uma bola" pra colher poucos minutos depois, tornando o filme óbvio)
Outro ponto negativo é que, em plena Turquia, em pleno oriente médio, nos deparamos com um elenco de pessoas árabes, mas cujos protagonistas (Memo e Ova) têm feições europeias, loiros de olhos e pele claras. Se estou vendo um filme turco, com cultura turca, quero ver personagens turcos, árabes, e não apenas no papel de coadjuvantes e vilões. Tudo isso tem um forte poder visual simbólico no público. Já basta Hollywood colocando árabes, negros, indianos, latinos etc. pra fazer papel de vilões e coadjuvantes em suas superproduções. Ainda temos que ver filmes turcos fazendo isso. Pelo menos todo o elenco branco (acrescentando a avó e Ova adulta) são de origem turca, apesar das feições nada árabes.
Milagre na Cela 7 é um filme turco com ótimas atuações e que trata de temas da maior relevância e que parecem independer do contexto cultural (ocidente ou oriente, há 50 anos ou na atualidade), mas que peca ao forçar dramatizações exageradas e ilogicidades na trama para agradar ao público.
O Pagador de Promessas
4.3 364 Assista AgoraQue filme! O roteiro, baseado na obra de Dias Gomes e também assinado por este, já é incrível por si só, mostrando personagens icônicos, como o sertanejo ingênuo e devoto, o padre autoritário e julgador, o "playboy" da cidade galanteador e picareta, o jornalista que quer uma boa notícia a qualquer custo, dentre outros. Mas a direção consegue explorar com maestria, tanto a escadaria da Igreja de Santa Bárbara no Pelourinho, não deixando a limitação da locação tornar o filme monótono, quanto as diversas faces do Brasil e da Bahia, nos rostos negros em close-up, nos planos-detalhe dos berimbaus, nos planos "aéreos" mostrando as rodas de capoeira, a procissão, as baianas etc.
Todavia, a meu ver, o que torna essa obra especial é a trama em torno da dicotomia entre cristianismo e "paganismo". Algo tão específico da história do Brasil que só o Brasil poderia produzir, a discriminação e demonização das religiões de matriz africana e o sincretismo religioso.
Mas algumas coisas me incomodaram, como os momentos antes do ato final, em que achei que o ritmo se perde, ficando um pouco enfadonho, enquanto Rosa tenta encontrar o Bonitão; também achei muito maniqueísta a forma como Bonitão e Marly são mostrados na última cena em que aparecem ("Olha só como eles são maus fazendo tanta maldade gratuitamente e depois rindo malvadamente!"); também achei descartável o personagem de Antônio Pitanga, apesar de entender a importância de um personagem negro e capoeirista, que dessem mais relevância a ele no roteiro ou que o tirassem.
E, por último, o que dizer desse final?! Belíssimo!
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraPorque raios esse é o título do filme?
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraJá vi vários filmes excelentes sobre manicômio. Esse foi o 1o que vi num manicômio feminino. Acho que faltou explorar mais as especificidades disso e dar um enfoque do machismo na psiquiatria. Me deu a impressão que podia perfeitamente ser um filme com personagens masculinos, de modo geral, sendo que tinha E tem muito o que explorar de discriminação psiquiátrica contra mulheres.
Quanto ao final
achei bem piegas dando lição de moral e fazendo fala reflexiva com música sentimentalista ao fundo. Fora que em dado ponto do filme tive certeza que a personagem da Angelina Jolie era um alter ego da personagem principal e acho que o roteiro pecou em não perceber o potencial disso que hoje pode parecer clichê, mas na época não era (o filme é do mesmo ano de Clube da Luta que eternizou esse plot twist no cinema).
As atuações da Angelina Jolie e da Wainona Rider estão impecáveis, mas a 1a pra mim rouba completamente a cena. Mas além delas o elenco está todo afiado.
Aladdin
3.9 1,3K Assista AgoraUma enorme decepção!
Sei que o ideal é ir ao cinema sem expectativas, disposto a apreciar ao filme na medida a que ele se propõe.
Mas considerando que já existe uma animação clássica da Disney de mesmo título e que a própria Disney quis fazer um remake em live action, acho justificável que eu crie e alimente a expectativa de que a Disney está fazendo isso para me proporcionar uma nova experiência, uma experiência melhor que a anterior ou no mínimo uma experiência equivalente à anterior.
Acrescento o fato de Guy Ritchie ser o diretor do filme. Diretor de filmes excepcionais.
Aí você se depara com um filme que não possui minimamente a marca do diretor. Sua direção está irreconhecível. Cadê a montagem frenética/camêra lenta acompanhada de narração? Não esperava violência explícita, por óbvio, que é outra marca do diretor. Mas nunca diria que este filme é assinado por ele, se fosse chutar diria que era do Kenny Ortega (High School Musical).
Pra mim foi um filme que subtraiu elementos da animação original sem acrescentar algo à altura. Se eu fosse elencar aqui a quantidade de elementos que foram retirados ou realocados de modo a perder o impacto ou o sentido da animação original, teria que fazer dezenas de parágrafos.
Só assistindo a esse filme me dei conta de que um dos elementos centrais da animção foi a grandiosidade dos ambientes, seja da caverna do tesouro, dos ambientes palácio do sultão ou mesmo de Agrabah. Nada disso está neste filme. Pelo contrário, parece que estamos num parque da Disney. A opção por cenários reais em vez de tela verde com CGI neste filme considero um tremendo desacerto.
As sátiras a personalidades do mundo atual também é outro elemento central da animação que não está no filme. Até se justifica por Robin Williams era experto em imitações e o Will Smith pelo visto não. Mas Will Smith não precisava imitar ninguém, o mero fato de mencionar ou o filme mostrar essas personalidades já seria suficiente. A Disney é detentora de metade dos direitos autorais do entretenimento infantil e ainda assim não usaram marvel, star wars nem nada. Imagina uma piada usando o Thanos, quão genial seria se bem empregada.
As cenas de "Um Mundo Ideal" são patéticas de pobres. Na animação eles rodavam o mundo e cada fala da música era acompanhada de uma cena imagética que a representava ou complementava. Neste filme rola um passeio pela cidade com um chroma key tosco e o tapete mal animado (se é que aquilo era animação).
Pontos positivos do filme: cena da dança do Aladdin muito engraçada, música solo da Jasmin, atuação da atriz que fez a Jasmin, adição da personagem da "amiga"/ajudante, enfim, da Jasmin.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraAnsioso pra ver mais uma obra de KMF!
Ruben Brandt, O Colecionador
4.1 10 Assista AgoraAlguém sabe onde encontrar?
A Grande Cidade ou As Aventuras e Desventuras de Luzia …
3.8 20 Assista AgoraCalunga = Saci
Shazam!
3.5 1,2K Assista AgoraSabe aquele filme cheio de clichês mal encaixados, cheio de coisas sem sentido ou forçadas pra própria realidade que o filme constrói? Esse é mais um deles.
A discrepância das atuações dos atores que fazem o protagonista quando jovem e quando adulto faz parecer que são pessoas diferentes, não a mesma pessoa em idades distintas. Não que algum dos atores seja muito ruim ou um muito pior que o outro, mas fazem papéis distintos mesmo: um é um adulto bobalhão empolgado e feliz e outro é um adolescente introspectivo e revoltado. Zero sintonia.
Gostei do filme já começar com a parte mágica de cara, sem arrodeios, o que é um fator que o distingue dos demais filmes de super-heróis, bem como com o fato de o filme começar pela história do antagonista. Fora isso, filme muito fraco.
Alita: Anjo de Combate
3.6 814 Assista AgoraUm dos roteiros mais mal feitos e uma das piores junções de clichês de forma mal empregada que já vi no cinema. Apesar disso, é divertidinho, as cenas de ação são bacanas, os efeitos visuais são bons. Mas só.
Reforça a lição: nunca assista um filme só pelo elenco!
Operação Fronteira
3.1 379 Assista AgoraTem tudo pra ser um lixo.
O Ben Affleck estar nesse filme eu até entendo, mas o Oscar Isaac? Pena.
O Nome da Morte
3.4 156Que filme! Já começa frenético! Seguido de uma fotografia estonteante que se mantém assim até o final. A trilha sonora também acompanha esse alto nível.
E que história! Tinha que ser contada num filme! Muito Brasil!
"Menino do sertão que não se encaixa no estilo de vida rural, vai pra "cidade grande" pra "tentar a vida", é levado pro mundo da pistolagem pelo próprio tio, policial militar, mas que nunca trabalhou como policial militar, mas sim como "matador de aluguel". Enriquece matando pessoas a custo alto, a pedido de ricos e até de políticos e empobrece ao tentar mudar de ofício. Cena icônica ele matando um militante do MST, na frente do filho do sem terra, a pedido do prefeito porque estava "criando confusão" na cidade. Executou 492 pessoas em poucas décadas por todao o Brasil. Nunca foi julgado ou condenado na vida.
Minha única crítica é ao elenco que, apesar de afiadíssimo, é todo composto pelo sul-sudeste do país, sendo que os personagens são quase todos do nordeste, do sertão do Maranhão mais exatamente, "terra de ninguém". O ator principal, paulista, apesar do esforço, é o que mais destoa fisicamente e em termos de sotaque do elenco local. A atriz principal curitibana e o ator que faz seu tio, carioca, não destoam tanto, mas fica a dúvida: será que não existem atores/atrizes do nordeste competentes pra fazer esses papéis? Claro que existem.
Algumas curiosidades sobre a vida de Júlio Santana que destoam do que é passado no filme:
"O primeiro crime como profissional ocorreu em 27 de julho de 1972. Pelo assassinato, recebeu 300 cruzeiros. 'Ganhar 300 cruzeiros por um dia de trabalho era algo que ele jamais imaginara ser possível. Além disso, havia gostado da emoção que sentira ao matar Caetano.' Ele 'queria ganhar mais dinheiro'."
"O filho mais velho de Júlio morreu aos 19 anos, num acidente de motocicleta. 'Júlio acredita que a morte do seu primogênito foi um castigo de Deus por todas as desgraças que fez na vida'."
Fonte: www . olhardireto . com . br/conceito/noticias/exibir.asp?id=15205¬icia=historia-de-matador-que-executou-492-pessoas-vira-filme-dois-aconteceram-em-mt-trailer
E falta um importante registro no filme: "Neste último tópico do caderno constam os nomes de José Genoino, ex-deputado federal, e da estudante secundarista Maria Lúcia Petit. Ele levou um tiro no braço. Ela foi morta. Ambos participavam da guerrilha do Araguaia, movimento organizado pelo Partido Comunista do Brasil contra a ditadura militar com o objetivo de criar um núcleo de guerrilha rural em 1972. Júlio, na época, tinha apenas 17 anos e se envolveu na história porque conhecia bem as matas onde os guerrilheiros estavam embrenhados."
Fonte: aventurasnahistoria. uol . com . br/noticias/acervo/julio-santana-matador-araguaia-435045.phtml
Muito feliz de ver um filme brasileiro de tão alto nível este ano. Tive que atravessar a cidade pra assistir no único cinema em que estava passando, mas sai satisfeitíssimo.