Zorra Total ganha de lavada! Acho que a ideia era fazer algo irreverente e politicamente incorreto. Se conseguiram ou não eu não sei. O que sei é que conseguiram fazer algo horrível.
Subiu uma estrela na revisão. Filmão! Roteiro perfeito, simples e complexo ao mesmo tempo. Como não era de se esperar menos de Tarantino. Tensão 100% do filme, nunca se o que vai acontecer, quem está falando a verdade ou mentindo, quem vai morrer e quem vai matar. (Essa parte do comentário se refere à primeira vez que vi) Tarantino mais uma vez ressaltando o racismo histórico nos EUA em seus filmes. Sendo anti-racista ao seu modo, violento ao máximo. E mais uma vez mostrando machismo e denotando feminismo em seu filme, também da sua forma, por meio de uma personagem feminina forte, marcante, inclusive rendendo a indicação ao Óscar para Jennifer Jason Leigh. Mas, falando em atuações, achei espetacular a do Samuel L. Jackson, talvez a melhor dele que já tenha visto e talvez a única vez que vi ele atuando no papel de um protagonista. O destaque da fotografia pra mim foram as paisagens naturais, especialmente no início do filme. Não lembre de fotografias de natureza nos filmes de Tarantino, só mais urbanas. Nesse filme ficou um capricho o começa com a neve, montanhas etc. Filme impecável, não consegui ver nenhum erro, mínimo que fosse, de continuidade, de montagem, tudo perfeito. Trabalho impecável do Tarantino. Quem reclama é porque está esperando um novo Pulp Fiction ou um Bastardos Inglórios dele, mas é um filme competentíssimo e que rende muita emoção.
*Não li isso em lugar nenhum, mas ao rever tive a mais absoluta certeza que o personagem excêntrico do Tim Roth, Oswaldo Mobray, o carrasco, foi feito para o Christoph Waltz. Lembra muito o Hans Landa do Bastardos Inglórios, fala francês e tem esse jeitinho. Não que o Tiom Roth tenha se saído mal, mas o Christoph Waltz daria show.
Tecnicamente achei o filme perfeito, impecável. Fotografia, cenografia, figurino, diálogos, roteiro, atuações. Destaque sem dúvida pra fotografia incrível. Os planos-sequências são competentíssimos, de modo que o filme já me ganhou na primeira cena e continuei encantado até o fim. Mas a história em si não me agradou particularmente. Romance tradicional, clássico.
Basicamente a velha história de um casal que começa se odiando e termina se amando. Nesse caso específico ele a odeia porque ela é feia e porque simplesmente odeia todo mundo mesmo. E ela o odeia porque ele aparentemente é um babaca. A construção dos personagens é interessante, mas não me convence. O Mr. Darcy se mostra um babaca no começo, quando conhece Lizzie e em diante. No decorrer da história ela vê que o mal julgou em certos pontos, foi enganada quanto a outros e que ele era realmente um babaca quanto a outros (me refiro à mesquinheza de desaconselhar o irmão a casar com a irmã dela por elas serem pobres e a família de "maus modos", bem como àquela fátidica conversa em que ele diz basicamente que a ama tanto que desconsidera o fato de ela ser uma pobretona aos olhos dele, abominável). Então ele passa de arrogante, prepotente a tímido, reservado, introspectivo; de invejoso a justo; de mesquinho a menos mesquinho. Quanto ao olhar de Mr. Darcy a Lizzie, ele vê que, apesar da falta de atributos estéticos ela é inteligente, firme, cativante, ou seja, se apaixona por qualidades da personalidade dela. Como a história é mostrada do ponto de vista dela, não há mudança quanto à sua personalidade, mas sim do seu sentimento em relação a ele, como já mencionei. Ah e não deixa de ser a velha história do homem rico que traz a bonança pra vida da gata borralheira, assim nós temos desde "Cinderela" aos mais atuais "Como Eu Era Antes de Você" e "50 Tons de Cinza". Quão ridículo é isso. Até quando?!
Algumas piadas muito boas, que rendem boas risadas, mas um roteiro furadíssimo, cheio de partes completamente sem sentido dentro da lógica do próprio filme. Achei os personagens mal contruídos também.
Exemplo, a cena em que eles vão fazer a entrega da mala de dinheiro. Não faz completamente o menor sentido, após de dias ambos procurando a menina, sabendo que ela está sendo procurada por mil pessoas em todo canto, e sabendo que ela acabou de ser vista, deixarem ela sozinha na casa com duas crianças tomando conta. Ainda mais pra fazer uma entrega que surge totalmente do nada no filme, sequer é explicada para eles, e eles vão sem cobrar nada. No mínimo só o personagem do Ryan Gosling iria e o do Crowe ficaria na casa, e ainda daria um esculacho no Gosling por fazer isso só por causa da menina que ele tá a fim. Outra cena com mil coisas sem sentido é na chegada dos dois à casa do Gosling com o John Boy lá dentro. Primeiro que a menina é arremessada no vidro que quebra bem na entrada da casa e o Gosling SE PERGUNTA se o Crowe ouviu alguma coisa e o Crowe ainda diz que não. Como assim?! Quebrou um vidro enorme bem na frente e eles mal ouviram? Logo em seguida o John Boy sai da casa bem calmamente em direção ao seu carro como quem vai embora (?????) e pega uma metralhadora e eles começam a trocar tiros. Uma falha reiterada nesse filme que achei que eles não cometessem mais em filmes de ação em hollywood depois de tantos anos de crítica a isso: "balas infinitas". O personagem do Crowe nessa cena tem infinitas balas e o John Boy em outra cena mais pra frente também.
Mas uma cena que achei legal foi a morte altamente repentina da Amelia. Muito inesperado, bem ao estilo de filmes do Tarantino e dos irmãos Coen. E as cenas que mais achei engraçadas foram os gritos finos do Gosling e a cena da arma no tornozelo. Muito inteligente, digna de um roteiro bem trabalhado de comédia.
ainda se trata de uma comédia crítica numa perspectiva econômica e ambiental, com foco nos EUA e na cidade de Detroit.
Pra mim o Ryan Gosling deixou a desejar como ator de comédia, infelizmente. Em algumas cenas o filme deixa a graça em cima apenas da sua atuação e nesses momentos não fui convencido por ela, achei forçado. Já o Crowe achei que se saiu muito bem como ranzinza, bruto. A menininha, Angourie Rice, é uma excelente atriz, além de uma fofura. No mais, a parte artística de caracterização pra época, figurino, carro, até as armas, as gírias etc. tudo muito bom.
Incrível! Nada menos que isso! Impressionante as situações "nonsense", desconfortantes, constrangedoras (muito mais que merecidas a maioria delas) pelas quais passam as pessoas nos encontros com o irmão de Ramli, Adi. Inclusive virei fã de Adi! Que postura! Não denota qualquer vingança, rancor, apenas tristeza e firmeza. A forma como ele se posiciona a meu ver é a perfeição. Não quer retribuição do mal causado ao irmão, o que ele busca obstinadamente é o direito à memória e à verdade. E é exatamente sobre isso que se trata o filme: direito à memória e à verdade. Impossível não comparar com a História do nosso próprio país e continente. Passamos por praticamente a mesma coisa precisamente na mesma época. A diferença é de 1 ano apenas da eclosão do nosso golpe civil-militar, 1964, para o deles, 1965. Ressalte-se o discurso de um dos assassinos, do esquedrão da morte, é certeiro em dizer que "os americanos [dos EUA] ensinaram a gente a odiar os comunistas". A ignorância e desinformação generalizada sobre os "comunistas" é idêntica à que existiu e ainda existe no Brasil, muito bem retratada no documentário "Cabra Marcado para Morrer". Bom (na verdade, não) saber que países para além da América Latina, na distante Oceania, também experimentaram o horror pelo qual passamos aqui na nossa história recente. Se não fosse por esse doc não sei quando e como saberia disso. Admirável a coragem de Adi, irmão de Ramli, e Joshua, diretor do filme. Meus parabéns a ambos por darem essa joia ao mundo graças a enorme coragem de ambos.
*Interessante que o Anonymous foram creditados em metade do créditos finais, da co-produção aos motoristas. Outra curiosidade foi o nome de Slavoj Zizek na lista de agradecimentos finais.
Lixo! Ninguém com mais de 18 anos de idade deveria cogitar gostar desse filme. Só sendo adolescente fã de filmes de ação baratos pra curtir um filme desses. Um roteiro vagabundo, todo cheio de furos e clichês, atuação podre de Vin Diesel, uns CGIs de fazer vergonha em algumas partes, como toda vez que aparecia aquele cachorro. Enfim, cinema do mais baixo nível pra fãs de "cenas" (precisa nem ter um filme com sentido, com uma história) de ação. Pra quem se contenta com tiro, músculo, luta, explosão, efeitos especiais (independentemente de qualidade) etc.
Que show foi esse que Leandra Leal deu?! Uau! Atuação irretocável. Fiquei triste pela atuação do Milhem Cortaz nas cenas de romance. Deixou a desejar. Mas deu show como sempre nas demais, em especial nas cenas de tensão e violência. Falando nisso, o filme tem cenas muito marcantes e que te deixam preso e segurando o fôlego. Fotografia muito boa. Mais um excelente filme sobre crime brasileiro. Pra quem gostou, na falta de indicações do filmow inclusive, eu indico "Estômago".
Já foi um dos meus filmes de guerra favorito. Agora, ao ver novamente, perde meia estrela. Tecnicamente o filme me parece impecável. Direção sensacional. Tudo no lugar. Me chamou a atenção a mudança de cores brusca na fotografia, hora azul, hora verde, hora laranja, enfim. Elenco, melhor impossível, ninguém nem mais ou menos, só estrela. Mas, pra falar no elenco, não posso acreditar que os estadunidenses só mandem brancos pra guerra. O filme inteiro tem 1 negro, 1, e é de longe o ator com menos fala de todos ali, quase um figurante. Nenhum hispânico. Tudo branquinho dos olhos azuis. Difícil de acreditar, dificílimo. E sobre a história do filme em si, não sei realmente se os somalis não selvagens que só sabem bradar, mas é justamente essa a imagem que o filme passa. Que são algo como animais descivilizados. Seguindo a velha fórmula dos filmes ufanistas ianques, pra variar. Não me descem mais essas historecas patrióides dos EUA. Matam 1.000 somalis para apenas 19 soldados americanos mortos (como mostra ao final) e fazem um filme pra fazer drama sobre a morte deles, colocá-los como heróis e mostrar quão guerreiros patriotas sangue no olho são os americanos. Ia ser interessante ver tropas somalis com uma base dentro dos EUA, indo capturar algum líder americano e matando 1.000 americanos. Mas isso tá longe de acontecer. Pra fechar com chave de ouro o resgate final do filme conta com a participação das tropas de """paz""" da ONU com seus capacetes azuizinhos "UN". Não entendi porque a ONU faria cobertura pra os americanos e não pros somalis se ambos estavam em guerra, em fogo cruzado e quem "atacou" foram os estadunidenses que entraram na cidade para capturar o povo, mas beleza. Próxima vez que eu ver deve perder mais meia estrela.
Scorses retorna à terra de seu ídolo, Kurosawa para, com certeza em homenagem a ele, fazer um filme de samurai. Vem coisa boa por aÍ! Ainda mais com Liam Neeson!
Só vim ver agora e nunca esperei que fosse gostar tanto desse filme. Direção monstra! Direção de arte impressionante. Maquiagem, figurino etc. Perfeito. As atuações de DiCaprio e Day-Leris são estonteantes, briga de gigantes! E que desenvolvimento de personagem com Amsterdam Vallon. Não esquecer de Liam Neeson, Brendan Gleeson e Cameron Diaz que estão ótimos também. Tecnicamente não tenho quaisquer críticas. O filme mostra as inúmeras e indeléveis contradições e preconceitos com e em que nasceu a sociedade estadunidense. São muitos níveis de críticas que seria de cansar de elencar. Mas, enfim, o racismo, a xenofobia, a democracia parca, falaciosa, a violência. Aliás, se existe diretor que retrata melhor o submundo de Nova York, por favor me apresentem, pois até onde conheço Scorsese faz isso como ninguém: Taxi Driver, Bons Companheiros, Gangues de Nova York e até Os Infiltrados. Desmancha qualquer glamour, elegância. É esgoto, sangue, crime! E, me perdoem os cinéfilos, fãs de Scorsese (sou um deles), mas definitivamente sou mil vezes mais fã da "fase Leonardo DiCaprio" que da "fase Robert DeNiro" de Scorsese! De longe!
Aí você relembra de um filme que assistiu há séculos e descobre que um dos personagens principais é interpretado pela Amy Adams que você não fazia ideia quem era na época. Hahaha Inclusive, talvez ela seja a única coisa que presta no filme todo.
Sei que esse filme não trata exclusivamente desse tema, mas quem quiser ver um fie realmente muito bom, e também brasileiro, sobre prostituição, especificamente a infantil, indico Anjos do Sol.
Ruim que dói. Foi um sacrifício assistir até o fim. O tema é relevantíssimo e as situações retratadas são muito pertinentes e bem representativas. Mas a execução é terrível, infelizmente. Começa pela peruca da protagonista mais nova, de incomodar de verdade. A atuação dela deixa a desejar, bem como da Kika Farias. Mas a Nanda Costa tá ótima, assim como o resto do elenco, especialmente a Marieta Severo e Mv Bill me surpreendeu. Acho que o pior do filme é a fotografia. Só sombras, a pessoa passa o filme inteiro vendo sombras. E não são sombras num sentido artístico. É você no meio de um diálogo não conseguir ver a cara do personagem porque tem sombra no meio. Muito ruim! A montagem é outro ponto péssimo do filme. Falta cadência, a sensação de que é uma cena amontoada na outra permanece durante todo o filme. Enfim, pessimamente dirigido! Aí nas 3 últimas cenas senti que o filme era outro. Deu uma melhorada grande.
Diferentemente de alguns que comentaram aqui, gostei bastante da cena final. Mas talvez tenha faltado algo mais marcante, mais concreto. Talvez pelo menos nas últimas cenas. Mas o filme é tão ruim que não dá pra exigir isso.
Pra mim foi uma experiência emocionante e revoltante assistir esse filme. Não é o primeiro doc sobre questão de drogas que assisto, mas faz tempo que não assisto nenhum. A verdade é que a criminalização da maconha, mas não só dela, de todas as drogas, é um dos maiores absurdos da história da humanidade. É um número incontável de pessoas mortas ou que deixaram de ter sua vida salva por conta dessa guerra hipócrita. São inúmeras pessoas doentes ou com sua liberdade cerceada com base em ignorância, estupidez, má-fé. Quem se der ao trabalho de ler um pouco da História das Drogas e a fase de sua criminalização entenderá isso. Não existe argumento científico para isso. Nunca existiu. O motivo nunca foi técnico, médico ou mesmo honesto. A demonização das "drogas" é uma grande falácia, a verdade é essa. A palavra "droga" em si já é uma mentira. Saber disso é de gerar uma profunda descrença na sociedade, nas instituições, nas autoridades, nas pessoas, mas é a realidade. Uma grande e absurda mentira que tomou o mundo já faz décadas. Mas conseguiremos superar essa fase obscura e abominável da nossa História como já superamos a escravidão, Idade Média, ditaduras militares, manicômios etc. E olharemos pra trás e veremos a criminalização dessas substâncias com a mesma vergonha que hoje olhamos para a Idade Média, uma época em que a ignorância é colocada num pedestal, inclusive pelos ditos cientistas.
Que atuação espetacular de Emmanuelle Bercot! Deu show! Vicent Cassel também está muito bem, mas ela sem dúvidas é a estrela do filme. Aí descubro que ela é a diretora de "De Cabeça Erguida", um dos melhores filmes franceses que já vi e um dos meus filmes favoritos, um primor! Que mulher é essa hein!?
Dos filmes franceses que conheço, os melhores são os com crianças. Sempre muito engraçados, emocionantes e envolventes. Vide "Tomboy" e "Feito Gente Grande", maravilhosos.
*Quem tá apaixonado pela Johanna sou eu! Que menina mais linda, minha gente!
Discordo dos comentários aqui que tratam o filme como o retrato de um "relacionamento conturbado" ou algo assim. Não, o filme trata de um relacionamento abusivo em inúmeros sentidos. A mulher não é louca. O homem a enlouquece. Um típico filho da puta. O filme leva a pessoa a sentir extrema indignação por o que ele é capaz de fazer com ela, a que ele a submete. Aí chega o final do filme e quase consegue estragá-lo completamente. Se não fosse pelo final seria 5 estrelas. Estou até agora revoltado com esse final.
Só achei interessante a dicotomia (fora isso achei o filme bem descartável) entre o juiz, rígido, ríspido, frio, antipático, indiferente e a médica, solidária, sensível, preocupada, atenciosa. Ah se no Brasil pelo menos os/as médicos/as fossem assim.
Pra comédia romântica pra mim serviu muito bem. Não é clichê por ter um diferencial bem claro. Tanto tratando da questão da discriminação sensibilizando o espectador, quanto fazendo piada com esse mesmo elemento. Achei bem divertido.
Para Maiores
2.1 1,4KZorra Total ganha de lavada!
Acho que a ideia era fazer algo irreverente e politicamente incorreto. Se conseguiram ou não eu não sei. O que sei é que conseguiram fazer algo horrível.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraSubiu uma estrela na revisão. Filmão! Roteiro perfeito, simples e complexo ao mesmo tempo. Como não era de se esperar menos de Tarantino.
Tensão 100% do filme, nunca se o que vai acontecer, quem está falando a verdade ou mentindo, quem vai morrer e quem vai matar. (Essa parte do comentário se refere à primeira vez que vi)
Tarantino mais uma vez ressaltando o racismo histórico nos EUA em seus filmes. Sendo anti-racista ao seu modo, violento ao máximo. E mais uma vez mostrando machismo e denotando feminismo em seu filme, também da sua forma, por meio de uma personagem feminina forte, marcante, inclusive rendendo a indicação ao Óscar para Jennifer Jason Leigh.
Mas, falando em atuações, achei espetacular a do Samuel L. Jackson, talvez a melhor dele que já tenha visto e talvez a única vez que vi ele atuando no papel de um protagonista.
O destaque da fotografia pra mim foram as paisagens naturais, especialmente no início do filme. Não lembre de fotografias de natureza nos filmes de Tarantino, só mais urbanas. Nesse filme ficou um capricho o começa com a neve, montanhas etc.
Filme impecável, não consegui ver nenhum erro, mínimo que fosse, de continuidade, de montagem, tudo perfeito. Trabalho impecável do Tarantino. Quem reclama é porque está esperando um novo Pulp Fiction ou um Bastardos Inglórios dele, mas é um filme competentíssimo e que rende muita emoção.
*Não li isso em lugar nenhum, mas ao rever tive a mais absoluta certeza que o personagem excêntrico do Tim Roth, Oswaldo Mobray, o carrasco, foi feito para o Christoph Waltz. Lembra muito o Hans Landa do Bastardos Inglórios, fala francês e tem esse jeitinho. Não que o Tiom Roth tenha se saído mal, mas o Christoph Waltz daria show.
Orgulho e Preconceito
4.2 2,8K Assista AgoraTecnicamente achei o filme perfeito, impecável. Fotografia, cenografia, figurino, diálogos, roteiro, atuações. Destaque sem dúvida pra fotografia incrível. Os planos-sequências são competentíssimos, de modo que o filme já me ganhou na primeira cena e continuei encantado até o fim.
Mas a história em si não me agradou particularmente. Romance tradicional, clássico.
Basicamente a velha história de um casal que começa se odiando e termina se amando. Nesse caso específico ele a odeia porque ela é feia e porque simplesmente odeia todo mundo mesmo. E ela o odeia porque ele aparentemente é um babaca. A construção dos personagens é interessante, mas não me convence.
O Mr. Darcy se mostra um babaca no começo, quando conhece Lizzie e em diante. No decorrer da história ela vê que o mal julgou em certos pontos, foi enganada quanto a outros e que ele era realmente um babaca quanto a outros (me refiro à mesquinheza de desaconselhar o irmão a casar com a irmã dela por elas serem pobres e a família de "maus modos", bem como àquela fátidica conversa em que ele diz basicamente que a ama tanto que desconsidera o fato de ela ser uma pobretona aos olhos dele, abominável). Então ele passa de arrogante, prepotente a tímido, reservado, introspectivo; de invejoso a justo; de mesquinho a menos mesquinho.
Quanto ao olhar de Mr. Darcy a Lizzie, ele vê que, apesar da falta de atributos estéticos ela é inteligente, firme, cativante, ou seja, se apaixona por qualidades da personalidade dela. Como a história é mostrada do ponto de vista dela, não há mudança quanto à sua personalidade, mas sim do seu sentimento em relação a ele, como já mencionei.
Ah e não deixa de ser a velha história do homem rico que traz a bonança pra vida da gata borralheira, assim nós temos desde "Cinderela" aos mais atuais "Como Eu Era Antes de Você" e "50 Tons de Cinza". Quão ridículo é isso. Até quando?!
Dois Caras Legais
3.6 639 Assista AgoraAlgumas piadas muito boas, que rendem boas risadas, mas um roteiro furadíssimo, cheio de partes completamente sem sentido dentro da lógica do próprio filme. Achei os personagens mal contruídos também.
Exemplo, a cena em que eles vão fazer a entrega da mala de dinheiro. Não faz completamente o menor sentido, após de dias ambos procurando a menina, sabendo que ela está sendo procurada por mil pessoas em todo canto, e sabendo que ela acabou de ser vista, deixarem ela sozinha na casa com duas crianças tomando conta. Ainda mais pra fazer uma entrega que surge totalmente do nada no filme, sequer é explicada para eles, e eles vão sem cobrar nada. No mínimo só o personagem do Ryan Gosling iria e o do Crowe ficaria na casa, e ainda daria um esculacho no Gosling por fazer isso só por causa da menina que ele tá a fim.
Outra cena com mil coisas sem sentido é na chegada dos dois à casa do Gosling com o John Boy lá dentro. Primeiro que a menina é arremessada no vidro que quebra bem na entrada da casa e o Gosling SE PERGUNTA se o Crowe ouviu alguma coisa e o Crowe ainda diz que não. Como assim?! Quebrou um vidro enorme bem na frente e eles mal ouviram? Logo em seguida o John Boy sai da casa bem calmamente em direção ao seu carro como quem vai embora (?????) e pega uma metralhadora e eles começam a trocar tiros. Uma falha reiterada nesse filme que achei que eles não cometessem mais em filmes de ação em hollywood depois de tantos anos de crítica a isso: "balas infinitas". O personagem do Crowe nessa cena tem infinitas balas e o John Boy em outra cena mais pra frente também.
Mas uma cena que achei legal foi a morte altamente repentina da Amelia. Muito inesperado, bem ao estilo de filmes do Tarantino e dos irmãos Coen. E as cenas que mais achei engraçadas foram os gritos finos do Gosling e a cena da arma no tornozelo. Muito inteligente, digna de um roteiro bem trabalhado de comédia.
Ao menos não existem piadas preconceituosas e
ainda se trata de uma comédia crítica numa perspectiva econômica e ambiental, com foco nos EUA e na cidade de Detroit.
Pra mim o Ryan Gosling deixou a desejar como ator de comédia, infelizmente. Em algumas cenas o filme deixa a graça em cima apenas da sua atuação e nesses momentos não fui convencido por ela, achei forçado. Já o Crowe achei que se saiu muito bem como ranzinza, bruto. A menininha, Angourie Rice, é uma excelente atriz, além de uma fofura.
No mais, a parte artística de caracterização pra época, figurino, carro, até as armas, as gírias etc. tudo muito bom.
O Peso do Silêncio
4.2 57Incrível! Nada menos que isso! Impressionante as situações "nonsense", desconfortantes, constrangedoras (muito mais que merecidas a maioria delas) pelas quais passam as pessoas nos encontros com o irmão de Ramli, Adi.
Inclusive virei fã de Adi! Que postura! Não denota qualquer vingança, rancor, apenas tristeza e firmeza. A forma como ele se posiciona a meu ver é a perfeição. Não quer retribuição do mal causado ao irmão, o que ele busca obstinadamente é o direito à memória e à verdade. E é exatamente sobre isso que se trata o filme: direito à memória e à verdade.
Impossível não comparar com a História do nosso próprio país e continente. Passamos por praticamente a mesma coisa precisamente na mesma época. A diferença é de 1 ano apenas da eclosão do nosso golpe civil-militar, 1964, para o deles, 1965.
Ressalte-se o discurso de um dos assassinos, do esquedrão da morte, é certeiro em dizer que "os americanos [dos EUA] ensinaram a gente a odiar os comunistas". A ignorância e desinformação generalizada sobre os "comunistas" é idêntica à que existiu e ainda existe no Brasil, muito bem retratada no documentário "Cabra Marcado para Morrer".
Bom (na verdade, não) saber que países para além da América Latina, na distante Oceania, também experimentaram o horror pelo qual passamos aqui na nossa história recente. Se não fosse por esse doc não sei quando e como saberia disso.
Admirável a coragem de Adi, irmão de Ramli, e Joshua, diretor do filme. Meus parabéns a ambos por darem essa joia ao mundo graças a enorme coragem de ambos.
*Interessante que o Anonymous foram creditados em metade do créditos finais, da co-produção aos motoristas. Outra curiosidade foi o nome de Slavoj Zizek na lista de agradecimentos finais.
Riddick 3
3.0 404 Assista AgoraLixo! Ninguém com mais de 18 anos de idade deveria cogitar gostar desse filme. Só sendo adolescente fã de filmes de ação baratos pra curtir um filme desses.
Um roteiro vagabundo, todo cheio de furos e clichês, atuação podre de Vin Diesel, uns CGIs de fazer vergonha em algumas partes, como toda vez que aparecia aquele cachorro.
Enfim, cinema do mais baixo nível pra fãs de "cenas" (precisa nem ter um filme com sentido, com uma história) de ação. Pra quem se contenta com tiro, músculo, luta, explosão, efeitos especiais (independentemente de qualidade) etc.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraO que falar desse filme? Nossa!
Poderoso, tocante, poético, mas de uma maneira melancólica, triste, depressiva.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraQue show foi esse que Leandra Leal deu?! Uau! Atuação irretocável.
Fiquei triste pela atuação do Milhem Cortaz nas cenas de romance. Deixou a desejar. Mas deu show como sempre nas demais, em especial nas cenas de tensão e violência.
Falando nisso, o filme tem cenas muito marcantes e que te deixam preso e segurando o fôlego.
Fotografia muito boa.
Mais um excelente filme sobre crime brasileiro. Pra quem gostou, na falta de indicações do filmow inclusive, eu indico "Estômago".
Falcão Negro em Perigo
3.8 413 Assista AgoraJá foi um dos meus filmes de guerra favorito. Agora, ao ver novamente, perde meia estrela.
Tecnicamente o filme me parece impecável. Direção sensacional. Tudo no lugar. Me chamou a atenção a mudança de cores brusca na fotografia, hora azul, hora verde, hora laranja, enfim.
Elenco, melhor impossível, ninguém nem mais ou menos, só estrela. Mas, pra falar no elenco, não posso acreditar que os estadunidenses só mandem brancos pra guerra. O filme inteiro tem 1 negro, 1, e é de longe o ator com menos fala de todos ali, quase um figurante. Nenhum hispânico. Tudo branquinho dos olhos azuis. Difícil de acreditar, dificílimo.
E sobre a história do filme em si, não sei realmente se os somalis não selvagens que só sabem bradar, mas é justamente essa a imagem que o filme passa. Que são algo como animais descivilizados. Seguindo a velha fórmula dos filmes ufanistas ianques, pra variar.
Não me descem mais essas historecas patrióides dos EUA. Matam 1.000 somalis para apenas 19 soldados americanos mortos (como mostra ao final) e fazem um filme pra fazer drama sobre a morte deles, colocá-los como heróis e mostrar quão guerreiros patriotas sangue no olho são os americanos. Ia ser interessante ver tropas somalis com uma base dentro dos EUA, indo capturar algum líder americano e matando 1.000 americanos. Mas isso tá longe de acontecer.
Pra fechar com chave de ouro o resgate final do filme conta com a participação das tropas de """paz""" da ONU com seus capacetes azuizinhos "UN". Não entendi porque a ONU faria cobertura pra os americanos e não pros somalis se ambos estavam em guerra, em fogo cruzado e quem "atacou" foram os estadunidenses que entraram na cidade para capturar o povo, mas beleza.
Próxima vez que eu ver deve perder mais meia estrela.
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista AgoraEsperava mais
Silêncio
3.8 576Scorses retorna à terra de seu ídolo, Kurosawa para, com certeza em homenagem a ele, fazer um filme de samurai. Vem coisa boa por aÍ! Ainda mais com Liam Neeson!
Sonic Sea
3.3 2Onde encontro?
Gangues de Nova York
3.8 790Só vim ver agora e nunca esperei que fosse gostar tanto desse filme. Direção monstra! Direção de arte impressionante. Maquiagem, figurino etc. Perfeito. As atuações de DiCaprio e Day-Leris são estonteantes, briga de gigantes! E que desenvolvimento de personagem com Amsterdam Vallon. Não esquecer de Liam Neeson, Brendan Gleeson e Cameron Diaz que estão ótimos também. Tecnicamente não tenho quaisquer críticas.
O filme mostra as inúmeras e indeléveis contradições e preconceitos com e em que nasceu a sociedade estadunidense. São muitos níveis de críticas que seria de cansar de elencar. Mas, enfim, o racismo, a xenofobia, a democracia parca, falaciosa, a violência.
Aliás, se existe diretor que retrata melhor o submundo de Nova York, por favor me apresentem, pois até onde conheço Scorsese faz isso como ninguém: Taxi Driver, Bons Companheiros, Gangues de Nova York e até Os Infiltrados. Desmancha qualquer glamour, elegância. É esgoto, sangue, crime!
E, me perdoem os cinéfilos, fãs de Scorsese (sou um deles), mas definitivamente sou mil vezes mais fã da "fase Leonardo DiCaprio" que da "fase Robert DeNiro" de Scorsese! De longe!
Segundas Intenções 2
2.5 235 Assista AgoraAí você relembra de um filme que assistiu há séculos e descobre que um dos personagens principais é interpretado pela Amy Adams que você não fazia ideia quem era na época. Hahaha Inclusive, talvez ela seja a única coisa que presta no filme todo.
Sonhos Roubados
3.2 274 Assista AgoraSei que esse filme não trata exclusivamente desse tema, mas quem quiser ver um fie realmente muito bom, e também brasileiro, sobre prostituição, especificamente a infantil, indico Anjos do Sol.
Sonhos Roubados
3.2 274 Assista AgoraRuim que dói. Foi um sacrifício assistir até o fim.
O tema é relevantíssimo e as situações retratadas são muito pertinentes e bem representativas. Mas a execução é terrível, infelizmente.
Começa pela peruca da protagonista mais nova, de incomodar de verdade. A atuação dela deixa a desejar, bem como da Kika Farias. Mas a Nanda Costa tá ótima, assim como o resto do elenco, especialmente a Marieta Severo e Mv Bill me surpreendeu.
Acho que o pior do filme é a fotografia. Só sombras, a pessoa passa o filme inteiro vendo sombras. E não são sombras num sentido artístico. É você no meio de um diálogo não conseguir ver a cara do personagem porque tem sombra no meio. Muito ruim! A montagem é outro ponto péssimo do filme. Falta cadência, a sensação de que é uma cena amontoada na outra permanece durante todo o filme. Enfim, pessimamente dirigido!
Aí nas 3 últimas cenas senti que o filme era outro. Deu uma melhorada grande.
Diferentemente de alguns que comentaram aqui, gostei bastante da cena final. Mas talvez tenha faltado algo mais marcante, mais concreto. Talvez pelo menos nas últimas cenas. Mas o filme é tão ruim que não dá pra exigir isso.
Ilegal
4.4 50Pra mim foi uma experiência emocionante e revoltante assistir esse filme. Não é o primeiro doc sobre questão de drogas que assisto, mas faz tempo que não assisto nenhum.
A verdade é que a criminalização da maconha, mas não só dela, de todas as drogas, é um dos maiores absurdos da história da humanidade. É um número incontável de pessoas mortas ou que deixaram de ter sua vida salva por conta dessa guerra hipócrita. São inúmeras pessoas doentes ou com sua liberdade cerceada com base em ignorância, estupidez, má-fé.
Quem se der ao trabalho de ler um pouco da História das Drogas e a fase de sua criminalização entenderá isso. Não existe argumento científico para isso. Nunca existiu. O motivo nunca foi técnico, médico ou mesmo honesto. A demonização das "drogas" é uma grande falácia, a verdade é essa. A palavra "droga" em si já é uma mentira. Saber disso é de gerar uma profunda descrença na sociedade, nas instituições, nas autoridades, nas pessoas, mas é a realidade. Uma grande e absurda mentira que tomou o mundo já faz décadas.
Mas conseguiremos superar essa fase obscura e abominável da nossa História como já superamos a escravidão, Idade Média, ditaduras militares, manicômios etc. E olharemos pra trás e veremos a criminalização dessas substâncias com a mesma vergonha que hoje olhamos para a Idade Média, uma época em que a ignorância é colocada num pedestal, inclusive pelos ditos cientistas.
Segredos da Tribo
3.8 25Deveria se chamar "Segredos da Antropologia" ou "Segredo dos Antroólogos nas Tribos", isso sim!
Obrigatório em todos os cursos de Antropologia e Ciências Sociais.
Meu Rei
3.9 137 Assista AgoraQue atuação espetacular de Emmanuelle Bercot! Deu show! Vicent Cassel também está muito bem, mas ela sem dúvidas é a estrela do filme.
Aí descubro que ela é a diretora de "De Cabeça Erguida", um dos melhores filmes franceses que já vi e um dos meus filmes favoritos, um primor! Que mulher é essa hein!?
O Novato
3.8 42Dos filmes franceses que conheço, os melhores são os com crianças. Sempre muito engraçados, emocionantes e envolventes. Vide "Tomboy" e "Feito Gente Grande", maravilhosos.
*Quem tá apaixonado pela Johanna sou eu! Que menina mais linda, minha gente!
Meu Rei
3.9 137 Assista AgoraDiscordo dos comentários aqui que tratam o filme como o retrato de um "relacionamento conturbado" ou algo assim. Não, o filme trata de um relacionamento abusivo em inúmeros sentidos. A mulher não é louca. O homem a enlouquece. Um típico filho da puta.
O filme leva a pessoa a sentir extrema indignação por o que ele é capaz de fazer com ela, a que ele a submete. Aí chega o final do filme e quase consegue estragá-lo completamente. Se não fosse pelo final seria 5 estrelas. Estou até agora revoltado com esse final.
Um Belo Verão
3.9 115 Assista AgoraMaravilhoso!
A Corte
3.0 20 Assista AgoraSó achei interessante a dicotomia (fora isso achei o filme bem descartável) entre o juiz, rígido, ríspido, frio, antipático, indiferente e a médica, solidária, sensível, preocupada, atenciosa. Ah se no Brasil pelo menos os/as médicos/as fossem assim.
Um Amor à Altura
3.3 94 Assista AgoraPra comédia romântica pra mim serviu muito bem. Não é clichê por ter um diferencial bem claro. Tanto tratando da questão da discriminação sensibilizando o espectador, quanto fazendo piada com esse mesmo elemento. Achei bem divertido.